www.portalmegaphone.com.br
Distribuição Gratuita
Megaph Cultne ural
O ROCKER DA POMPÉIA Batemos um papo com Oswaldo Vecchione, desde 1967 à frente da banda Made in Brazil Página 2
Ano V – Nº 35 – Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015
a r b e l e c á d a g a l a T a Ci ’ a t e i l u J e u e m o sucesso de ‘R
EM ITAPIRA
Banda Lira reedita ‘Trilhas’ com viés beneficente Página 4
AÇÃO!
Festival de Cinema abre inscrições em Mogi Mirim Página 4
TEATRO
Circuito Cultural Paulista tem eventos em Itapira e Mogi Guaçu Página 6
N
a reta final da turnê do espetác u l o ‘ Ro meu e Julieta’, a Cia Talagadá avalia positivamente a recepção do novo trabalho, concebido com verba do ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. A peça estreou no dia 15 de agosto em Itapira (SP), berço do grupo teatral, e já passou também por Mogi Guaçu (SP) e Santo André (SP). A agenda compreende ainda exibições em Espírito Santo do Pinhal (SP), São Paulo (SP), Mogi Mirim (SP) e São Bernardo do Campo (SP). A Cia Talagadá concedeu um tom bastante crítico à montagem da clássica obra William Shakespeare. O espetáculo, com pouco mais de uma hora de duração, ganhou viés questionador, abordando temas como opressão, vulnerabilidade social, preconceito, violência, além de referências políticas e religiosas. Na peça, cinco moradores de rua interagem em meio a lixo, tralhas e tudo mais o que é descartado pela sociedade. Eles tentam subverter essa situação por meio de um universo lúdico, em que suas figuras grotescas interpretam a eles próprios. O fim trágico do clássico é de conhecimento de todos, porém, a Cia Talagadá se aproveita de metáforas nos
Agenda Cia Talagadá
fatos que antecedem seu desfecho para garantir momentos surpreendentes. O grupo buscou inspiração na vida e obra de Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), negro, nordestino e pobre que foi diagnosticado como paranoico-esquizofrênico. Viveu a maior parte de sua vida internado num manicômio e sobreviveu tanto aos tratamentos invasivos da época quanto ao isolamento físico e moral ao qual era submetido. Com seu fazer criativo, bordando, justapondo materiais e ressignificando objetos, fez de sua loucura um modo de transcender sua existência num mundo paralelo, no qual, inclusive, também sonhou encenar Romeu e Julieta. A estimativa é que perto de duas mil pessoas tenham assistido a encenação até agora. “Percebemos que todo o humor do espetáculo misturado às críticas sociais está funcionando. A mensagem chega ao público e volta pra gente na forma de olhares que acompanham dada ação da peça. É muito bom ver o quanto o espetáculo está funcionando e crescendo”, comentou um dos atores da Cia, Danilo Lopes. Além dele, o elenco conta ainda com os atores João Bozzi e Valner Cintra, membros da Talagadá, e participação especial dos músicos Diogo Henrique Gomes
(percussão) e Luan Martins de Freitas (violão). Cintra assina a direção do espetáculo, que teve sua trilha sonora composta pelo músico Luis Giovelli. Na turnê de circulação do espetáculo pelo ProAC, o grupo teatral fez questão de levar o trabalho a distritos rurais e bairros periféricos, como ocorreu em Itapira e em Mogi Guaçu, por exemplo. “Levar o espetáculo para os bairros periféricos da cidade, além dos distritos, praças e parques, e contar com um público grande e caloroso, nos mostra que a organização deste projeto funcionou e valeu a pena”, acrescenta Lopes. A turnê que engloba sete cidades também serve para garantir mais visibilidade ao trabalho da Talagadá. “O bom de ser uma companhia profissional é a possibilidade de um espetáculo não ser exibido uma única vez e nem ficar somente na cidade sede da companhia. A possibilidade de apresentar o espetáculo em outras cidades faz com que a companhia seja mais conhecida, e também podemos receber uma devolutiva de um público que não conhece o grupo pelas pessoas que o formam, e sim por sua obra artística. Nesse ponto, nos dá grande ansiedade de ver como nossa obra vai repercutir em outros lugares, principalmente em São Paulo, grande polo cultural e local de
Ministério abre revisão do Plano Nacional de Cultura Página 8
Próximas datas 04/09 - Espírito Santo do Pinhal (15h00 e 20h00) – Praça Rio Branco 05/09 - Mogi Mirim (15h00 e 21h00) – Praça Rui Barbosa 10/09 - São Paulo/SP 11/09 - São Paulo/SP 12/09 - São Paulo/SP 13/09 - São Bernardo do Campo/SP tantas referências”, pontua o ator. Mais que uma peça teatral de entretenimento, a adaptação de ‘Romeu e Julieta’ pela Cia Talagadá pode ser traduzida em uma peça política. O grupo inseriu temáticas a serem discutidas pela sociedade com energia, mas também de forma poética. “O espetáculo foi concebido com todo cuidado e carinho. É algo sobre como reeducar o olhar para nós e o nosso entorno por meio da arte. É nisso que a Cia Talagadá acredita em suas produções”, destaca Lopes. Ao analisar as atividades, o ator deixou transparecer uma espécie de desabafo, com referências claras à ausência de maior apoio e preocupação de órgãos públicos e privados com relação ao trabalho desenvolvido não só pela Talagadá, mas também por outros grupos organizados e independentes. Para Lopes, o resultado positivo das apresentações mostrou que o planejamento estratégico deu certo – incluindo a iniciativa
de levar arte para os bairros e distritos em Itapira. “Basta ter o discernimento de juntar uma boa divulgação a um trabalho de qualidade, ao respeito por aquilo que está sendo feito e ao que está sendo revertido para quem recebe isso. Itapira é uma cidade lindas e artística, e isso é comprovado com o crescimento de grupos culturais independentes que muitas vezes são taxados de desocupados e de toda a importância de seus trabalhos, que por brigas de egos inflados muitas vezes não recebem apoio, ou o apoio vem maquiado de falsidade para conseguir ibope político”, conclui. O espetáculo possui duas versões. A By Day tem classificação etária livre. Já na By Night, a classificação é de 16 anos, já que o roteiro ganha viés mais ácido. Após a circulação do espetáculo via ProAC, o grupo pretende buscar novas apresentações, seja por meio de contratações privadas ou participações em festivais.
Expoflora é opção de lazer e turismo Página 8
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 2
Editorial
N
Em frente!
o próximo mês de outubro, o Megaphone Cultural completa um ano de circulação. É a consolidação de um projeto que, após mais de dez anos na internet, também se fez presente no papel, no tradicional formato que segue conquistando gerações de leitores. Temos muito a nos orgulhar, sim, e também temos muito a agradecer. Nos últimos onze meses, a batalha para colocar cada edição nas ruas
não foi nada fácil. Uma luta a cada quinze dias para garantir a boa informação, responsável e com qualidade, em nome de uma paixão chamada jornalismo cultural. Com pouco apoio financeiro, o Megaphone Cultural chegou às bancas e aos pontos de distribuição trazendo centenas de matérias, entrevistas, artigos, resenhas, críticas, etc. Retratando o que há de melhor e mais sincero nas produções independentes, tratando de política cultural,
falando a linguagem do público, abrangendo diferentes editorias. A luta segue, pois há quem prefira pagar caro por anúncio em revista que publica conteúdo retirado da internet a fomentar um veículo original e autoral. Ninguém disse que seria fácil, e o prazer de ver cada nova edição ser consumida por um público vasto e fiel é o combustível para que este projeto continue sempre em frente. O resto é resto!
OSWALDO VECCHIONE UMA VIDA ROCK N’ ROLL
O
Fernando Pineccio/Megaphone
swaldo Vecchione é um nome que se confunde com o do Made In Brazil, banda que fundou em 1967 junto com seu irmão Celso. De lá para cá, Oswaldo gravou vários discos, tocou em todo o país e construiu, junto com os inúmeros músicos que passaram pelo grupo, uma história que está prestes a completar meio século de atividade ininterrupta no Rock n’ Roll. Nessa entrevista ao Megaphone Cultural, o vocalista, baixista, guitarrista, gaitista, compositor e produtor deu uma rápida geral em sua carreira, falando desde as dificuldades do início até a satisfação alcançada pelo sucesso de sua banda. Como a música entrou na sua vida? Seu pai ou sua mãe eram músicos? Oswaldo Vecchione: Quando eu era criança, meu pai escutava música orquestrada e cantava algumas árias de ópera no banho. Minha mãe ouvia Chico Alves, Nelson Gonçalves e outros cantores românticos, mas nada que me chamasse a atenção ou que eu curtisse.
Você começou o Made In Brazil em 1967. Logo de início você já imaginava que o rock iria ser a sua profissão? Oswaldo: Formei o Made in Brazil com meu irmão Celso e alguns amigos de escola. Nunca me passou pela cabeça, naquela época, que isso seria a minha vida, nem a minha profissão. Hoje em dia com a internet é absolutamente tranquilo conseguir a informação que você precisa. Mas como era isso nos anos 60? Como vocês faziam para se informar sobre tudo em termos de rock? (desde conseguir uma letra de música até descobrir qual a melhor corda para o baixo, por exemplo). Oswaldo: Era outra época, muito mais difícil, para você se informar sobre o que rolava nos Estados Unidos e na Europa. Estávamos sempre com as antenas ligadas. Quando descobríamos que algum conhecido ia viajar pra fora, juntávamos uma grana e dávamos pro cara trazer revistas, discos ou algum acessório para o baixo e para as guitarras, como cordas, palhetas etc. Nossos primeiros instrumentos e equipamentos eram de segunda mão. Só depois de dois anos de banda que meu pai resolveu investir em amplificadores profissionais novos e comprou três no mesmo dia, para nossa felicidade. E esse equipamento nós emprestávamos para os Mutantes tocarem também! Como aconteceu a contratação de vocês por uma gravadora para registrarem o primeiro disco? E a gravação em si foi complicada pela inexperiência dos músicos em estúdio? Oswaldo: Fomos contratados pela RCA Victor em 1973, uma multinacional. Durante um período, mais precisamente nos anos de 72 e 73, alguns olheiros de gravadoras, começaram a aparecer nos nossos shows, até que um deles fez uma proposta digna, com uma grana alta de adiantamento para compra de instrumentos e equipamentos e ajuda pra montar um show profissional, incluindo até as roupas dos músicos. A gravação foi complicada, não por nossa causa, mas porque, apesar de ser uma multinacional, a nossa música, a nossa linguagem não foi compreendida pelos técnicos. A gravadora teve que parar as gravações e importar um técnico argentino que tinha experiência com esse tipo e rock e nos ajudou nos dois primeiros
Oswaldo durante recente show em Mogi Guaçu discos. Fomos uma espécie de cobaia. O segundo disco do Made, “Jack O Estripador” (1976), é o mais bem sucedido de vocês. Por que você acha que isso aconteceu? Ou seja, o que esse álbum tem de especial? Oswaldo: Penso que foi a nossa experiência com as músicas, o cuidado com o repertório e também o cantor. Percy Weiss entrou pra cantar com a banda e não à frente da banda, como era o Cornelius - que era um grande talento, mas que causou muitos problemas na estrutura do Made na época. Como Percy era um principiante e a banda não, ficou mais fácil, pois ele nos ouvia e seguia à risca o que pedíamos. Já o álbum seguinte, “Pauliceia Desvairada” (1978), talvez seja o mais diversificado em termos de estilo, já que tem alguns temas mais leves. O que levou você a fazer um disco com essa característica? Oswaldo: Pensei em incluir mulher na banda, então coloquei três backings vocals e uma bailarina. E também quis trabalhar com um cantor, no caso o Caio Flávio, com mais técnica e recursos vocais e, por tabela, incluir mais baladas e blues no repertorio. Foi uma opção profissional, pensei mais nos shows do que propriamente no disco. Como você sabe, o Made é uma banda de palco e o grosso do nosso sustento vem dos shows e não dos discos.
minguando e as bandas foram ficando pelo caminho. Mas o Made, graças ao sucesso da música “Minha Vida É Rock’n’Roll”, se livrou em parte desse martírio. O próximo disco, “Deus Salva... O Rock Alivia” (1985), marcou a aproximação do Made com o Rock pesado. Você curte Heavy Metal? Oswaldo: Eu saquei que vinha um movimento de Rock pesado por aqui e saímos na frente mais uma vez: gravamos o álbum “Deus Salva... O Rock Alivia” e também participamos da coletânea “Metal Rock”. O Raul Seixas ficou louco com o nosso som nesses dois discos e me chamou para um jantar e para uma conversa na casa dele. Queria o Made tocando com ele em shows e nos discos. Não fechamos por questões legais envolvendo gravadoras. Depois, ele procurou o Marcelo Nova. Gosto de Judas Priest, de AC/DC e de outras poucas bandas de Heavy, mas prefiro Rock e Blues sempre!
Por sua vez, “Minha Vida É Rock’n’Roll” tem a música de maior sucesso da banda, que é a faixa título. Qual você acha que é o principal atrativo dessa música? Oswaldo: Dei sorte, pois esse foi o primeiro disco que gravei como vocalista principal. Essa música tem todo um contexto em torno de si, não é só mais uma música. Virou um hino numa época que todas - eu disse todas! - as bandas de Rock brasileiras pararam. O Made, com o sucesso dessa música, teve a chance e a oportunidade de continuar na estrada com um fôlego renovado. Era uma época difícil por conta do surgimento do Punk Rock e da Disco Music. Aí o mercado foi
Você concorda que “Sexo Blues & Rock’n’Roll” seria o disco mais Rhythm n’ Blues do Made? Oswaldo: Na verdade, já no disco anterior, “In Blues” (89), resolvemos voltar às origens da banda, direcionando o trabalho para o blues e o Rhythm n’ Blues, como era no início. Aliás, acabamos de relançar “Sexo, Blues & Rock n’ Roll” com uma nova capa e no formato digipack, com um álbum com letras e muitas fotos. Essa é a terceira tiragem desse álbum, que é um dos meus favoritos da discografia do Made. “Massacre” saiu em 2005, mas estava engavetado desde os anos 70. O que aconteceu com ele? Oswaldo: “Massacre” foi gravado em 77. Gravamos uma pré-produção com dezesseis musicas, a censura vetou nove e ele acabou proibido, assim como o show, que acabou proibido no dia da estreia. Os tapes de “Massacre” estavam perdidos, mas eu recuperei e lancei em CD quando o Made co-
memorou trinta anos. E em janeiro deste ano, lançamos como ele tinha sido pensado: em vinil prensado nos Estados Unidos, colorido e numerado. É uma edição pra colecionador e graças a Deus já esgotou! “Rock de Verdade!” foi o último disco que vocês lançaram, em 2008. Quando vem um novo disco do Made In Brazil? O fato de o download ilegal de música ser uma realidade é um impedimento para isso? Oswaldo: Não pensamos nisso. O lance da internet não nos afeta. A banda tem que ter um disco de inéditas para comemorar os cinquenta anos de estrada e de carreira. Talvez esse ano ainda ou no primeiro semestre de 2016 vamos lançar um CD duplo que gravamos no Dia Internacional do Rock deste ano, na Rádio Brasil 2000, com vários convidados como Simbas (ex-Tutti Frutti/Casa das Máquinas), Pompeu (Korzus), Paulão de Carvalho (Velhas Virgens), Andre Christovam, Ivan Busic (Dr. Sin), Tony Babalu, Franklin Paolillo e outros. Com o lançamento desse disco, ganharemos tempo para investir em novas músicas e fazer um trabalho bacana e marcante. Quem viver verá!!! “Guerrilha” vem aí detonando! Você tem quase cinquenta anos de carreira. O que o Rock lhe deu ao longo de todo esse tempo? Oswaldo: Liberdade e alegria de viver! Me deu um motivo para viver, muitos amigos e gente do bem que gosta da minha pessoa e do som da minha banda. O que mais posso pedir? Quais seus próximos planos? Oswaldo: Além de “Massacre” em vinil e da nova tiragem de “Sexo, Blues & Rock n’ Roll”, lançamos também, com a ajuda de nosso amigo e supercartunista Márcio Baraldi, uma nova revista-pôster com biografia, homenagens e muitas fotos. Tem muita coisa legal para acontecer nos próximos dois anos, afinal estamos nos aproximando dos cinquenta anos de banda, um número mágico, que espero estar vivo para curtir com meu irmão, meus músicos, amigos e família! Viva o Rock!! Obrigado!
Formação atual do Made: banda segue rumo aos 50 anos de atividades
Divulgação
Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira
Vendas: Alexandre Battaglini (9.9836.4851)
www.portalmegaphone.com.br
Projeto Gráfico: Cássio Rottuli (9.9946.9027) Cidade-sede: Itapira/SP
Circulação na Baixa Mogiana e Circuito das Águas imprensa@portalmegaphone.com.br
facebook.com/megaphonenews *Exceto matérias assinadas. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do Megaphone Cultural.
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 3
Monsters Of Vip reúne quatro bandas em Itapira A Divulgação
gendado para o próximo dia 12, o Monsters Of Vip reúne quatro bandas no Vip Eventos, em Itapira. O evento tem por objetivo prestar tributo a grandes nomes do Rock and Roll, abrindo espaço também para a apresentação de música autoral. As homenagens da noite ficam por conta das bandas Animal Boys (Ramones Cover), Hell Point (Slayer Cover) e The Hammer (Motörhead Cover). Na parte independente, a Céu em Chamas apresenta todo o peso e fúria de seu trabalho próprio. “Nossa ideia é fazer esse evento anualmente, com tributo a grandes nomes”, comenta um dos organizadores, Anderson Carlos Rosa. “E sempre teremos também uma banda autoral abrindo o evento”, acrescenta. Os ingressos antecipados custam R$ 20,00 e estão à venda em Itapira (Loja Zone Rock), Amparo (Loja Groove), Mogi Mirim (School Skate Store) e Mogi Guaçu (Disco Tem).
Céu em Chamas participa do evento
Divulgação/Echos Studio Bar
i Guaçu
og M em ão iç ed va no m te a rn ve Ta na te Uma Noi
Agenda dos melhores eventos de 04/09 a 26/09
PROGRAME-SE
AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)
Restaurante Pizzaria Bar Balada & Eventos
AVENIDA JACAREÍ, 64 – ITAPIRA 04/09 - Garage 3 Rock Band 19/09 - Me Gusta 19/09 - Red Hot Chilli Pepers Cover 10/09 - The Mittus (Tributo a Legião Urbana)
O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114
Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu 04/09 - Red Brown 05/09 - Mad & Mad Benefiente 06/09 - Tarso Muller Country Rock 11/09 - Falsa Indentidade 12/09 - Pink Floyd Brazil 18/09 - Máfia do Blues 19/09 - 2° Noite da Pin Up com Charangas e The Hicks 25/09 - Super Over 26/09 - Folk You
CASA DE SHOWS & EVENTOS
Rebels and Sinners toca no Capitão Jack
O Capitão Jack Music Bar, em Mogi Guaçu, abriga no dia 12 de setembro mais uma edição de Uma Noite na Taverna. A festa com temática medieval conta com apresentação da banda Rebels and Sin-
ners, conhecido grupo de música irlandesa, além de competição de cervejas, exposição de artesanato viking, ambiente decorado e venda de Hidromel – a bebida dos vikings. O evento ainda contará
com a presença do grupo Uybassy Arquearia, com o público podendo atirar com seus arcos e flechas. O evento tem previsão de início para 20h00. Os ingressos antecipados custam 20,00, sendo possível
a reserva pelo email capitaojackmusicbar@gmail. com ou pelo telefone (19) 9.8321-2761. Na portaria, o preço sobe para R$ 25,00. O Capitão Jack fica na Avenida Mogi Mirim, 472, Centro.
Telefone: (19) 9.9792-7325 Rua Batista Venturine, 36 - Bairro Santa Fé - Itapira 12/09 - Monsters Of Vip com Céu em Chamas, Motorhead Cover, Ramones Cover e Slayer Cover 20/09 - Pagode Vip 26/09 - Calavera Fiesta – Old Chevy e Old Classics
CAPITÃO JACK MUSIC BAR Telefone: (19) 9.9107-8309 Av. Mogi Mirim, 472 - Centro - Mogi Guaçu/SP 05/09 - Valvulados Classic Rock 12/09 - Uma Noite na Taverna
PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:
ITAPIRA
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Banca Bela Vista | Praça da Bíblia - Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro Luli Padaria Caseira | Avenida Paoletti, 93 – Santa Cruz
MOGI MIRIM
Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro Rogatte Tattoo Rua XV de Novembro, 133 - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Riff Lord Stúdio | Rua Waldomiro Martini, 63 – Centro Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Capela
Quer ser um distribuidor? Entre em contato: (19) 9.9836.4851 ou contato@portalmegaphone.com.br
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 4
Leo Santos/Megaphone
Concerto da Banda Lira reverte renda à associação
O
Clube da Saudade, em Itapira, abriga no próximo dia 18 a segunda edição do espetáculo ‘Trilhas’, da Banda Lira Itapirense. Desta vez, o evento terá viés beneficente à Associação Pétalas de Rosa, que atua junto a pessoas acometidas pelo câncer de mama. A produção foi apresentada pela primeira vez em outubro de 2012, na Concha Acústica Paulino Santiago, como parte das comemorações do aniversário da cidade. A nova apresentação terá ainda a participação especial do Coral Cristália. O início é previsto para 20h00 e os ingressos estão à venda por R$ 10,00. A apresentação marcará a abertura das atividades do Outubro Rosa – como é conhecido o mês que abriga diversas atividades voltadas à luta contra o câncer de mama. “A ideia (do concerto beneficente) surgiu na caminhada do Outubro Rosa do ano passado, quando a Banda Lira nos recepcionou. O maestro (Maurício Perina) gostou e abraçou nossa causa”, frisa uma das fundadoras e presidente da associação, Vanda Soliani. O valor arrecadado com a venda dos convites será integralmente revertido à associação, que
Perina comanda Lira em nova edição de concerto temático
planeja a aquisição de um veículo para realizar visitas a pacientes em tratamento contra a doença. Ao todo, foram confeccionados 500 ingressos. Em ‘Trilhas’, a Banda Lira Itapirense executa músicas de trilhas
sonoras de obras clássicas e contemporâneas do cinema mundial, enquanto um telão exibe imagens dos filmes homenageados. Segundo Perina, o repertório está sendo atualizado, tendo em vista que já se
passaram três anos desde a primeira apresentação. “Incluímos novas peças, de filmes lançados mais recentemente, como temas do ‘Frozen’ e ‘Game of Thrones’. Serão apresentadas aproximadamente 13 pe-
Festival de Cinema de Mogi Mirim abre inscrições
O Festival de Cinema de Mogi Mirim está com inscrições abertas para obras e roteiros. O evento acontece em outubro e a programação oficial deve sair nos próximos dias. Em sua quinta edição, o festival tem como novidade um concurso que visa premiar os melhores roteiros. Ao todo, cinco roteiros de ficção serão selecionados, mas não haverá premia-
O cineasta Wes Craven, diretor de filmes de terror que se tornaram verdadeiros ícones do gênero, morreu no último domingo (30) aos 76 anos, informou a família. Entre suas obras de destaque estão as sequências Pânico e A Hora do Pesadelo, que revelou o cultuado personagem Freddy Krueger. O cineasta, que aterrorizou gerações de espectadores de cinema em todo o mundo, travava uma luta com um tumor no cérebro. Segundo a família, Wes Craven morreu na sua casa em Los Angeles, acompanhado por familiares. Os críticos de cinema são praticamente unânimes em afirmar que o americano elevou os filmes de terror a outro patamar. Antes, o gênero era visto como diversão para adolescentes. Wes Craven, contudo, conseguiu
ção em dinheiro. A Paco Huberts Produções, organizadora do concurso, filmará um dos cinco roteiros finalistas, com um orçamento máximo de R$ 20 mil. As inscrições estão abertas até o dia 30 de setembro. Já no concurso de obras, serão ofertados seis prêmios com certificado e menção honrosa para os curtas e roteiros que o júri considerar relevantes.
Serão premiados os três curtas que se classificarem em primeiro lugar nas categorias ficção, animação e documentário, além dos prêmios de Estímulo Estudantil, Júri Popular e Melhor Roteiro. Os filmes podem ser inscritos até o dia 20 de setembro e, os roteiros, até 30 do mesmo mês. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 21 de outubro,
às 20h00, no Centro Cultural de Mogi Mirim. Os regulamentos dos concursos estão disponíveis no site www.phfilmes.com. br. Mais informações também podem ser obtidas pelos endereços eletrônicos cia_vidraca@yahoo. com.br e contato@phproduções.com.br, ou pelos telefones (19) 3805-4381, (19) 9.9218-7013 e (19) 9.8275.3048. Reprodução
Cineasta ficou famoso por criar Freddy, personagem de filmes de terror
Criador de Freddy Krueger, Wes Craven morre aos 76 anos levar para os filmes uma reflexão sobre a violência da sociedade americana, como na franquia Pânico, que rendeu US$ 600 milhões no mundo. Antes do sucesso, Craven fazia parte
de uma leva de cineastas independentes e chegou até mesmo a escrever e dirigir filmes pornográficos para pagar suas contas. Após a consagração, ele também se aventurou por
outros gêneros. Nos anos 80, por exemplo, dirigiu alguns episódios da série Além da Imaginação. Craven era natural do estado norte-americano de Ohio.
ças, entre elas alguns medleys (junção de várias músicas)”, explica o regente e diretor artístico da Lira. O concerto terá duração de aproximadamente 1h30. Os ingressos podem ser adquiridos diretamente
com as integrantes da Associação Pétalas de Rosas. Reservas e informações também pelo grupo Pétalas de Rosas – Unidas por Laços de Solidariedade no Facebook, ou pelo telefone 3863-2333. Divulgação
Evento cinematográfico acontece em outubro
Feira do Livro de Mogi Guaçu tem segunda edição
A Secretaria Municipal de Cultura de Mogi Guaçu promove, entre os dias 3 e 6 de setembro, a segunda edição da Feira do Livro de Mogi Guaçu. O evento tem por objetivo fomentar a doação, troca e venda de obras literárias. O evento acontece no hall de entrada do Centro Cultural da cidade, localizado na Avenida dos Trabalhadores, 2.651, no Jardim Camargo. De acordo com a Prefeitura, a programação prevê dois cenários de contação de história. Um deles, no dia 5, acontece às 10h00, com
Angélica Colombo e Alfredo Barzon. O outro, no dia 6, no mesmo horário, tem o contador Marcos Cunha. A contação de histórias foi destaque na primeira edição, atraindo grande público. A feira acontece sempre das 9h00 às 19h00. No ano passado, a feira movimentou quase 2,4 mil títulos entre literatura geral, infantil, juvenil, brasileira e estrangeira. Ainda segundo a Prefeitura, o evento foi incluído no Calendário Oficial e terá edições anuais, sempre no mês de setembro.
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 5
o d o ã ç a r t a é o t n a S o Choro Pr a ir p a t I m e a n e C m e s Clássico
Divulgação
Choro pro Santo dá continuidade à agenda do Clássicos em Cena em Itapira
O
trio Choro Pro Santo é a próxima atração do Clássicos em Cena em Itapira. A apresentação acontece no dia 23 de setembro, às 20h00, com entrada franca. O projeto acontece no auditório da Penha S/A, com patrocínio da empresa itapirense via Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). A nova apresentação é a terceira de uma série de cinco na temporada do projeto executado pela Direção
Cultura. Em julho, no dia 22, o coral Black Voices abriu o ciclo de eventos, seguido pelo show ‘Guitarra Portuguesa’, a cargo de Ricardo Araújo Trio, em 19 de agosto. O Choro Pro Santo segue o mesmo formato das demais apresentações, intercalando músicas com comentários descontraídos do maestro Parcival Módolo. O trio é formado por Adriano Dias (violão 7 cordas), Thadeu Romano (acordeon) e Fábio Ber-
gamini (bateria). O grupo foi formado em 2005 com a proposta de interpretar música brasileira com a fusão de compositores clássicos de várias épocas. A principal característica do Choro Pro Santo grupo é a junção de três instrumentistas virtuoses numa formação inusitada e original. Em meio aos arranjos do trio – que toca desde Pinxiguinha e Ataulfo Alves a Vila Lobos e Stravinsky – são interpretadas também
composições próprias. O auditório da Penha fica na Rua Comendador Funabashi Tokuji, 170, no Jardim Ivete. A empresa pede a doação de alimentos que serão revertidos à Santa Casa de Itapira. Depois da apresentação do dia 23, a agenda do Clássicos em Cena prossegue em Itapira com a Orquestra da Casa das Artes, no dia 28 de outubro, e Sexteto Carlos Gomes, em 18 de novembro.
Noite da Pin Up ganha segunda edição n’O Profeta Divulgação
The Hicks toca em evento temático
O Profeta Pub Rock, em Mogi Guaçu, confirmou a segunda edição da Noite da Pin Up. O evento está marcado para o próximo dia 19 e reúne as bandas Charangas, com repertório voltado exclusivamente à Jovem Guarda; e The Hicks, com Rockabilly 50/60’s. Segundo direção da casa, uma tatuagem do Diz a Lenda Tattoo será sorteada entre as pin up participantes da noite. O melhor casal dançante também ganhará um bônus de R$ 10,00 em consumação, além de sorteio de diversos brindes para o público caracterizado. O evento tem início previsto para 23h00 e a entrada custa R$ 15,00. O Profeta Pub Rock fica na Rua Vereador João da Rocha Franco, 39, no Centro.
Pela primeira vez no ano, vendas de livros apresentam resultado negativo Pela primeira vez este ano, as vendas de livros no varejo em todo o país apresentaram resultado negativo, contrariando a tendência que vinha sendo observada desde janeiro. Entre os dias 13 de julho e 9 de agosto, o setor livreiro registrou variação negativa tanto em volume (-5,5%) quanto em faturamento (-3,1%), em comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas no período atingiram o montante de R$ 100,4 milhões. Os dados constam do 6º Painel das Vendas de Livros do Brasil, divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pelo Instituto de Pesquisas Nielsen. Os números têm como base o resultado do BookScan Brasil, sistema de monitoramento que apura as vendas de livros nas principais livrarias e também em supermercados. Apesar do resultado negativo dessa pesquisa, as vendas de livros registram crescimento de 6,61% em volume e de 6,05% em faturamento, no acumulado do ano, em comparação com o mesmo período de 2014. O crescimento, no entanto, ficou abaixo da inflação do período, que é de 9,5%. De acordo com o sindicato, para o segundo cálculo são analisados fatores como número de exemplares vendi-
dos, preço e desconto médio oferecidos pelos livreiros. Realizado pela entidade em parceria com o Instituto Nielsen, que atua em mais de 100 países, o Painel das Vendas de Livros tem como objetivo dar mais transparência à indústria editorial brasileira. Para o presidente do Snel, Marcos da Veiga Pereira, os números negativos apontados no 6º Painel de Vendas de 2015 resultam da comparação com o mesmo período de 2014, que correspondeu ao final da Copa do Mundo. “Naquela época, o crescimento das vendas foi de 30%, se comparado ao período anterior”, disse Pereira. Apesar da crise econômica, Marcos Pereira espera reversão da tendência de queda nas vendas. “Com a Bienal do Livro [de 3 a 13 de setembro próximos, no Rio], os editores publicarão suas maiores apostas para 2015, o que deve atrair mais público para as livrarias. Por outro lado, estamos atravessando uma das maiores crises econômicas dos últimos anos, e nosso mercado não é imune”, afirmou o presidente do Snel. Realizado pela entidade em parceria com o Instituto Nielsen, que atuam em mais de 100 países, o Painel das Vendas de Livros tem como objetivo dar mais transparência à indústria editorial brasileira.
Mercado livreiro sentiu efeitos da crise
Divulgação
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 6
Nua e crua: atriz apresenta ‘A Merda’ em Mogi Guaçu
O
Te a t ro Tu p e c d o Centro Cultural de Mogi Guaçu recebe, no próximo dia 11, a peça A Merda (La Merda) De Cristian Ceresoli. O evento integra o cronograma bimestral do Circuito Cultural Paulista, programa gerido pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Com classificação etária de 18 anos, o espetáculo do gênero monólogo mostra uma mulher que,
arrebatada por seu fluxo de consciência, luta com obstinação, coragem e resistência, se manifestando em sua bulimia e revoltada confidência pública, “para abrir seu próprio espaço como celebridade em uma sociedade de Coxas e Liberdade”, conforme define a direção. Nua, sentada como um animal em um pedestal circense sob os holofotes, a personagem interpretada pela atriz Christiane Tri-
cerri – que também dirige o espetáculo – tem sua voz amplificada por um microfone e, com ferocidade brutal, avança rumo ao “mundo que conta”, disposta a tudo para alcançar seu objetivo de “chegar lá e acontecer”. O evento começa às 20h00 e tem duração aproximada de uma hora. O Centro Cultural de Mogi Guaçu fica na Avenida dos Trabalhadores, 2.652, no Jardim Camargo. Nelson Aguilar/Divulgação
Gal Opido/Divulgação
Christiane Tricerri protagoniza monólogo em Mogi Guaçu
Itapira também recebe peça no mesmo dia Também pelo Circuito Cultural Paulista, Itapira recebe no dia 11 o espetáculo teatral ‘Desamor’, da Companhia Satélite. A atividade será abrigada no teatro do Instituto Américo Bairral, na Vila Pereira. A trama, com duração de 45 minutos e classificação etária de 18 anos, narra a história de um taxista machista, incapaz de amar alguém e que faz michê
Desamor é opção em Itapira
com seus clientes. Em um boteco sujo de um tradicional bairro paulistano, ele tenta entender a atitude de um dos seus passageiros e repensa sua vida. Enquanto bebe cerveja e saboreia pastéis frios, ele trava um diálogo solitário com a lembrança deste homem nobre que, através de um gesto de generosidade, o faz repensar toda sua trajetória de vida e levá-
-lo à redenção de seus valores religiosos, sexuais, morais e éticos. O teatro do Bairral fica na Rua Dr. Hortêncio Pereira da Silva, 313. A entrada é franca, mas informações sobre retirada antecipada de ingressos devem ser obtidas junto à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, pelo telefone 3813-1090.
‘Itapirense de coração’, Renata Paschoal estreia espetáculo em SP Após temporada de sucesso no Rio de Janeiro, o espetáculo teatral ‘Eu e Ela’ estreou em São Paulo, no último dia 2. A peça tem produção assinada pela atriz Renata Paschoal, que mantém íntimas ligações com Itapira. Na peça, ela também atua no elenco ao lado de Cláudia Mauro e Andre Dale. O texto é de Guilherme Fiuza, que faz sua primeira incursão dramatúrgica de Guilherme Fiuza no teatro, e a direção é de Ernesto Picollo. A comédia, que abriu curta temporada no Teatro MuBE Nova Cultural, se desenrola a partir de uma barata. Não, não se trata de qualquer tipo de alusão intelectual ou questionamentos infindáveis que remetam a Kafka ou Clarice Lispector. O enredo trata mesmo de um divertido e angustiante encontro entre uma mulher de meia idade e o inseto odiado por dez entre dez mulheres. Sozinha em seu apartamento, a personagem central aguarda notícias do marido, enquanto monitora por telefone os passos da filha adolescente e resolve questões de trabalho por email. Não seria uma noite muito diferente de tantas outras não fosse a presença do inseto asqueroso que a encurrala em seu apartamento e ao longo da história a deixa histérica – trazendo à tona o fracasso de seu casamento, a insatisfação com o emprego e consigo mesma. “Essa história, mais do que uma comédia rasgada, é uma crônica sobre a solidão feminina. A relação das mulheres com a barata sempre me chamou atenção. É mais do que nojo e medo, é quase um fetiche ao contrário. A peça não é cabeçuda, é prosaica. O simbolismo brota da banalidade. O teatro é poderoso para você arbitrar aquela situação limite e aprisionar toda a plateia naquela situação”, conta Fiuza, que em seu vasto currículo inclui a coautoria do seriado ‘O Brado
Divulgação
Filme com Fernanda Montenegro também chega aos cinemas No dia 10 de setembro estreia, nos cinemas do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Salvador e Belo Horizonte o filme ‘Infância’, estrelado por Fernanda Montenegro e produzido pela Forte Filmes, produtora fundada em 2007 por Renata Paschoal. A obra é ambientada no Rio dos anos 1950. Dona Mocinha, personagem de Fernanda Montenegro, é uma matriarca bastante rígida que é fã de Carlos Lacerda. Em sua casa está o neto Rodriguinho, triste, pois seu cachorro morreu após comer as bolinhas de naftalina que a avó sempre coloca nos armários de casa. Em meio a esta situação ela precisa lidar com o fato
de que o genro, Henrique, vendeu dois terrenos seus sem permissão. Na trama, Renata faz uma pequena participação. O neto de Fernanda ganha vida a partir do filho de Renata, Enrico. O longa é baseado na peça ‘Do Fundo do Lago Escuro’, de Domingos Oliveira, com quem Renata trabalha há 11 anos. Em 2010, o espetáculo foi apresentado no Rio com participação do próprio autor, trajado com uma peruca branca e representando a moral da classe média. “Fernanda foi assistir a peça, eu me lembro perfeitamente deste dia. Ao final, ela foi falar com Domingos e disse – ‘agora vamos fazer o filme, Domingos. Agora você mos-
Renata atua em peça que chega a teatro paulista
Retumbante’, da TV Globo. Na peça, Renata se desdobra entre três personagens inusitados: uma policial, a vizinha da mulher aterrorizada e a própria barata. Apesar do sucesso no Rio, a atriz diz que prefere não criar expectativas para a nova temporada na capital paulista. “O público é imprevisível e não conheço o Teatro MuBE, embora seja muito bem falado e localizado num ponto nobre de São Paulo. Mas, só de estar com uma peça que já estreou no Rio com uma bela temporada, e agora estreando em São Paulo, para mim já é sucesso”, comenta a atriz. Renata Paschoal
nasceu em Caldas (MG), em 31 de outubro de 1975. Aos três anos, com a separação dos pais, mudou-se com sua mãe para Itapira, onde viveu até os 18 anos. Depois, foi morar em Campinas (SP) e, em 2001, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive até hoje. Seu currículo inclui inúmeros trabalhos de destaque, entre eles peças teatrais, e participações no cinema e na TV, como nas novelas ‘Malhação’, ‘A Lua Me Disse’ e ‘Prova de Amor’, por exemplo. O MuBE fica na Avenida Europa, 218, no Jardim Europa. Maiores informações pelo site www. mubenovacultural.com.br.
Fernanda Montenegro atua em longa produzido por Renata
trou como é o papel. Eu te mostrarei como fazê-lo dez vezes melhor’. E foi assim. Fernanda entrega nesse filme uma interpretação exuberante e decidida, como era de se esperar que ela fizesse”, comenta Renata. “Dá pra ter ideia da minha emoção? Imagina ter a Fernanda Montenegro pedindo para você fazer um filme para ela? No dia seguinte eu estava levantando o projeto, orçando, colocando nas leis de incentivo e pedindo patrocínio. Filmamos em 2013 e só agora está indo aos cinemas, embora já tenha percorrido alguns festivais e ganhado vários prêmios”, finaliza. Divulgação
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 7
Crônicas de Itapira
S
por Luiz Martinho Stringuetti Filho
ento-me empenhado, me encontro disposto a discorrer sobre a coletividade, a sociedade, seus integrantes e interpretes, seus ideais e a sua capacidade de transformação. Mas, vejo que se sucede, como de costume, que me vejo inclinado a escrever sobre a arte. Não porque pessoalmente acredite na cultura como o mais eficaz instrumento de evolução, crescimento pessoal e social; não porque, pessoalmente, acredite na arte como a mais poderosa técnica de autoconhecimento e libertação da expressão, que implica, em contrapartida, um efeito terapêutico de compreensão de si e do outro e, ainda, o aumento da tolerância e do respeito através da tomada de consciência da alteridade; não porque, também pessoalmente, vislumbre na arte a possibilidade da catarse e sublimação de tudo aquilo que, em nome de uma vida coletiva mais organizada e contida, legamos ao quarto escuro de nossas mentes. Mas simples e naturalmente, porque, talvez, a arte seja tudo aquilo sobre o que eu seja capaz de escrever. Penso, a princípio, em Itapira; na riqueza toda particular desse mês de agosto, que correu repleto de ótimas opções culturais, como o Festival de Inverno, A Festa da Nona e a sempre excelente programação da Casa das Artes, dentre outras. Mas, volto-me com particular atenção para um final de semana específico, dois dias que se desdobraram com um cheirinho inusitado de coisa grande no ar. Nossa cidade, geralmente pacata, sediou a grande estreia do novo espetáculo da incrível Cia. Talagadá, uma corajosa, poética e bem realizada adaptação de Romeu e Julieta – corajosa não apenas pelo viés político e polêmico que perpassa a obra da companhia itapirense mas, porque, sem dúvida, é sempre um gesto de risco se dispor a adaptar o trabalho de um gênio da alçada do poeta inglês –, foi tomada por uma ocupação cultural, um sarau com bandas e pessoas de talento e vontade e teve uma raríssima e incrível reunião de tribos com o “Hip Hop na Quebra”; pra finalizar, no domingo, a efusão seguiu para os distritos com a continuação da estreia teatral e deixou na cidade mais um foco de cultura, que foi o encontro artístico nomeado EncontrArte, organizado por um coletivo apartidário e independente de artistas e apoiadores culturais. Bom, aqui gostaria de fazer notar, que há uma diferença básica e essencial entre os eventos que movimentaram este final de semana e os outros citados previamente. Essa diferença é exatamente aquilo que aproxima os acontecimentos culturais do final de semana ao tema de abertura deste artigo, minha visada sobre a arte e a poesia. Trata-se da voluntariedade independente (e poderíamos dizer ‘resistente’) que caracteriza todas as quatro iniciativas referidas anteriormente – a estreia da Talagadá, a ocupação da praça Bernardino de Campos, o show e sarau organizado na concha acústica, e o encontro artístico do domingo. Diferentemente do Festival de Inverno, organizado pela Prefeitura, ou da programação da própria Casa das Artes, uma associação privada,
burocraticamente organizada para o ensino, a difusão e o fomento artístico – que, diga-se de passagem, apesar do excelente trabalho realizado neste mês, enquanto instituições, pública ou privada, justificam-se exatamente pela conclusão desta meta social – todos os outros eventos ocorridos nos dias 15 e 16 de agosto foram organizados e realizados por artistas e apoiadores sem qualquer intuito econômico (a não ser naquilo que a economia possui, etimologicamente, de “administração da casa pública”), ou melhor, sem qualquer intento de lucro ou subsídio pessoal - o que é bem diferente do dificílimo e justo financiamento estatal de projetos como o PROAC (quando estes também conseguem escapar das bem consolidadas redes de favorecimento). Neste ponto, costuro os assuntos, volto então a considerar a minha inclinação pessoal ao fazer artístico. Embora, desde muito novo – favorecido pela circunstância de uma educação privilegiada, dentro dos limites da classe média de uma cidade do interior, é preciso frisar – tenha demonstrado gestos de afeto pela literatura e as artes plásticas (ah! como é bom então lembrar aos guardiões da “alta arte” que os quadrinhos se constituem o mais popular objeto de convergência destas duas artes! e como me inspiraram!), escrevendo e ilustrando, já aos treze anos, os meus próprios contos, quando me volto a observar o longo caminho transcorrido desde esta primeira experiência até a atual conclusão de minha dissertação de mestrado e pesquisa artística, e os dezesseis anos que se passaram, não posso deixar de notar que todas as minhas escolhas agiram em convergência para que eu me aproximasse da poesia (e aqui, como Octavio Paz e outros teoricos da poesia, podemos pensar no termo enquanto efeito, forma de conhecimento e comunhão artística, e não apenas como um gênero específico). E o que tem a Poesia a ver com a voluntariedade, independência e resistência apontados nos eventos do referido final de semana? Bom, é fácil notar que a arte poética se encontra em crise nos dias de hoje, mais do que isso, a poesia moderna transformou-se na própria crise. A poesia não enfeita paredes. A poesia não nos distrai. A poesia exige tempo. A poesia não se reduz a uma única perspectiva, sequer a verdadeira poesia pode conhecer uma única interpretação. Mas nós somos a geração da urgência. Queremos tudo, e queremos tudo pra ontem. Pasteurizamos a cultura para que ela possa constituir-se em valor econômico – afinal, tempo é dinheiro e, se leva tempo, tem que trazer dinheiro. Não ouso dizer que a poesia esteja morta (embora, por vezes, ela se faça de cadáver no quarto dos fundos, para que nos lembremos de que há alguma coisa podre no ar); muito menos sugeriria que a poesia tenha se tornado uma tarefa de especialista – que a poesia é arte pros eleitos, isso já se desmentiu a tempos, o que de difícil existe na interpretação poética, só é difícil porque nos esquecemos do que seja a fruição (in)utilitarista; aceitar o discurso da ambiguidade, conceder o direito de dizer sim ou não
Luiz Martinho Stringuetti Filho tem 29 anos, é professor, pesquisador de literatura e poeta.
A gente precisamos de estudo... por Ricardo Pecego
Estou presenciando em diversos momentos, que várias pessoas estão falando de educação, defendendo-a como bandeira do desenvolvimento, solução para crise e tudo mais. O que eu gostaria também de saber seria: o que é educação, como se distribui, como se institui e principalmente quem teria acesso? Tendo em vista das mudanças que o setor precisa depender da educação como solução é crer em uma revolução drástica. Digo isso porque este segmento é um dos mais estagnados que conheço. Existe uma forte militância, uma grande quantidade de defensores, um tanto mais de teóricos e cientistas do tema, que por algum motivo não alcançam um determinado acordo e com isso o sólido formato jesuítico/ prussiano permanece há mais de 400 anos. No Brasil o problema é gravíssimo, tanto que é de nossa cultura ter uma justificativa que dê às suas ações, uma utilidade básica, não se busca realização pessoal. Por exemplo: Vamos para autoescola não para aprender a dirigir e sim para tirar carta; protestamos contra o governo, mas na eleição justificamos nosso voto, para aproveitar o dia de folga; reclamamos da agenda cultural da cidade, mas não frequentamos eventos culturais; dizemos que a educação é a solução e lemos menos de dois livros por ano; queremos defender o meio ambiente, mas não reduzimos nosso consumo; reclamamos do serviço público e brigamos por uma vaga nos concursos para obter estabilidade. Para mim todos esses exemplos e outros que poderia citar, ilustram um grande problema de educação. Dá para perceber que culturalmente nós não aceitamos buscar crescimento sem recompensa, sempre atrelamos a outro ganho. As grandes redes de ensino se aproveitam justamente dessa mentalidade: “Seu filho nas grandes universidades, número um do ENEM”. A escola (e os publicitários) já percebeu que se a propaganda for com esse direcionamento os pais matriculam seus filhos. Afinal de contas quem iria escolher uma escola com o seguinte slogan: “Com sua ajuda formamos seres humanos éticos e detentores de grande bagagem conceitual e prática”? Acredito que seria um fracasso por aqui. Primeiro porque divide a responsabilidade (“com sua ajuda...”). Além de ter o filho teria que ajudar a escola no trabalho de educação. Segundo que ser ético é sinônimo de “inocente” no Brasil (e é pejorativo), terceiro que não queremos saber se nossos filhos terão conhecimento amplo teórico e prático, a sociedade quer que ele passe no vestibular, de preferência de uma faculdade pública (ai não paga, que alívio). Nós vinculamos (não que sejamos culpados disso), a educação à escola, faculdade e universidade como os únicos centros de educação. Tanto que depois deste processo nós somos apenas treinados (as empresas que são a continuidade da escola pregam o treinamento), somos adestrados para nossas responsabilidades e estas garantem uma conta recheada e a credencial de “consumidor fodão”. Com grana ninguém segura a gente! Munidos de capital todos os obstáculos, as doenças vão embora, podemos assinar todos os canais mais queridos do mundo e deixar que eles se encarreguem de complementar a educação formal, o papel da televisão é proporcionar o lúdico para nossas crianças.
pra qualquer coisa, e mais, de dizer sim e não ao mesmo tempo, a impossibilidade da paráfrase reducionista ou da interpretação limitadora, a recusa obstinada ao senso comum, tudo isso vai contra nossa atual concepção moral de valores. Fazer poesia, hoje, não é mencionar, ou indicar a crise, fazer poesia é vivenciar, dramatizar, tornar-se a crise. Compreender a situação periférica da cultura, a demanda padronizadora do mercado capitalista, diante a multiplicidade individualista da concorrência econômica e os valores bem definidos da ciência e da tecnologia implica compreender a situação de tensão a que todos fomos relegados; o estado de crise da contemporaneidade. Somos obrigados (e assim desejamos!) a viver em um mundo plural, mas ainda somos coagidos pela lógica do utilitarismo tecnocrata a tomar partidos da “verdade” e da "eficiência", como se a vida fosse um simples cálculo que permitisse a classificação simplista e castrativa (de imputação alheia) entre o certo e o errado, o útil e o inútil, o verdadeiro e o falso. E pouquíssimas formas de pensamento, como determinadas correntes de espiritualidade, ou aquilo que quero denominar como “conhecimento poético”, nos permitem, de fato, vivenciar o exercício da alteridade, a experienciação da multiplicidade. Bom, acho que isto é o suficiente para entendermos porque a poesia é um objeto de resistência, porque ela não se enquadra no quadro de valores de mercado do atual estado das coisas. E disso, fica fácil entender o que eu quero dizer com a afirmação de que a Poesia é um gesto de voluntariedade, de independência, de resistência – e daqui, fica mais fácil dizer o que, pra mim, transforma os eventos ocorridos nos dias 15 e 16 de agosto, aos meus olhos, em Poesia, numa demonstração de resistência. Em tempos de protesto e hipocrisia, de ladrões que roubam ladrões e estão perdendo seus mil anos de perdão, quando pagamos pelos erros alheios através de promissórias de erros futuros, fazer arte é, como dizia Nietzsche, uma das poucas maneiras de não morrermos da realidade. Neste sentido, entre as ruínas dum sistema político carcomido por seus próprios arquitetos, as instituições não fazem mais que seu dever (e ainda fazem pouco) em tentar fomentar a cultura em um povo sedado pelo ódio e cego pela incapacidade de, com as próprias mãos, alcançar a transformação de suas estruturas – se é que existe sentido na democracia, tal o seria. Mas o indivíduo, o cidadão, o ser social que embala o sistema político, parece ainda não ter compreendido que não basta bater panelas, tirar ‘selfies’ nas “trincheiras”, erguer cartazes e apontar o dedo; e, parece-me, está ainda mais longe de perceber que o bem-estar social demande a compreensão da diferença, a voluntariedade independente e a resistência ao status quo de um sistema político corrompido até os ossos. Características que, sem dúvida, podem nos ser ensinadas pela poesia, pela arte e através do fomento e da difusão cultural plural, voluntária, independente e inclusiva.
Tomo como exemplo uma pessoa muito próxima que admiro bastante, cuja bagagem acadêmica é ampla formou-se em Direito e a empresa que ele trabalhou mais de vinte anos lhe deu oportunidade de fazer um MBA. Já o vi esporádicas vezes (convivemos há quinze anos) utilizando-se daquilo que aprendeu na faculdade, porém, destaco que educacionalmente seu pilar de desenvolvimento, foi justamente a forma como se deu sua infância, aqui mesmo em Itapira. Oriundo de família humilde e vivente numa época em que a cidade ainda tinha muitas ruas de terra, esta pessoa com seus amigos construíam os próprios brinquedos: Armas, estilingues, carrinhos e as mais diversas engenhocas tomaram forma e criaram conexões importantes para que hoje mais de quarenta anos depois, essa pessoa, pudesse ser amplamente independente para pensar em soluções. Esta pessoa que relato tem uma facilidade imensa de pensar em diversas perspectivas não somente para construir coisas (que no caso é excepcional), mas tornou isso um instinto para tudo que realiza. Com esse exemplo eu ilustro que a educação, da forma pela qual a palavra é empregada nos dias de hoje, no sentido disciplinar, corretor, ao invés de instrutivo, estimulante e para nos tornar aptos à sobrevivência em nosso meio ambiente, pois como seres biológicos temos que de alguma forma utilizar de nossas habilidades inatas e instintivas para permanecermos vivos, o ser humano diferente de outros seres biológicos do planeta é o único que estuda, cria conteúdo e modifica ou se prepara para as mudanças do ambiente, não seria necessário, por exemplo, que outras pessoas da mesma espécie recaiam sobre o mesmo erro várias veze. Com o formato engessado da educação (na minha concepção muito disso se deve a interesses escusos) o conhecimento sumiu das escolas (local designado para difundi-lo), hoje ela só serve (na maioria das vezes) para dar conteúdo pré-vestibular e ai ingressam na faculdade milhares de jovens de 17 anos, crus, que mal sabem a que se dedicarão no futuro, contam apenas com a perspectiva de um salário adequado para lhes manter como consumidores ativos. Eu estudei em colégio de freiras até a sétima série. O mais legal, na minha lembrança, era sem dúvida o espaço que a escola oferecia e assim conseguia me esconder, cabular aulas e me sentir livre por alguns momentos. Essa revolução é gigantesca compete a todas as esferas, eu e você. Já existem diversas proposições, pedagogias e métodos diferenciados de educação, que ainda são movimentos tímidos, rotulados como hippies, mas pelo menos já quebram uma rotina estagnada. Acredito também que é urgente modificar a preparação dos nossos futuros professores, diretores, coordenadores, que tenhamos foco no desenvolvimento do ser humano criativo e solidário. Temos que gritar como o Pink Floyd fez no clipe The Wall, permitir e favorecer o desenvolvimento de uma nova geração livre das amarras das novelinhas e da cerveja e redescobrir tantas outras coisas mais edificantes, que hoje deixamos para segundo plano. Que as previsões do filme A Viagem (2012), dos irmãos Wachowski não se concretizem, e possamos reeditar o Renascimento da nossa espécie.
Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.
anorama
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 4 de setembro de 2015 | Página 8
Aberta consulta pública para revisão de metas do PNC D
irigentes do Ministério da Cultura (MinC), incluindo o ministro Juca Ferreira, apresentaram, na tarde do último dia 1º, o relatório de monitoramento e a revisão das metas do Plano Nacional de Cultura (PNC). A iniciativa de estabelecer um canal de participação em torno do PNC foi transmitida ao vivo pela NBR, de forma inédita, direto do auditório do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), em Brasília. O público participou enviando perguntas e fazendo solicitações, que foram respondidas ou encaminhadas. O evento marcou a estreia de um novo canal de transparência, o #MinCAoVivo, programa piloto do Canal Cultura com o objetivo de reunir os gestores do ministério em torno de um assunto prioritário. A apresentação ainda foi marcada pela abertura da consulta pública sobre a revisão das metas do plano, que ficará aberta até dezembro de 2015. Dessa forma, a sociedade civil poderá participar do desenvolvimento das políticas públicas de cultura no país apresentando a sua opinião sobre a proposta do MinC, ou mesmo apresentando novas
propostas. "A máxima do nosso Ministério e o que norteia os nossos trabalhos é a participação social, que para nós é vista mais como um direito cultural. Todas as políticas formuladas contam com a participação direta da população através da internet, das conferências, dos conselhos. As nossas ações são feitas com base na participação social", afirmou o secretário de Políticas Culturais do MinC, Guilherme Varella. A participação pode se dar por meio de plataforma digital; envio de comentários, vídeos, áudios e textos; atividades presenciais regionais e setoriais; e encontros promovidos por governos municipais e estaduais, conselhos de cultura, redes, movimentos, grupos culturais etc. Após a consulta pública, um Comitê Executivo irá deliberar sobre a revisão final do PNC – o processo deve ser finalizado no primeiro semestre de 2016. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, reforçou que "o Ministério está levando a sério o planejamento de longo, médio e curto prazo”. “O Plano Nacional de Cultura orienta todos os outros instrumentos de planejamento, os planos anu-
ais, os PPAs e todos os planos setoriais. Estamos integrando todos os mecanismos de planejamento e é normal, em um planejamento com validade de 10 anos, que a gente ajuste essas metas". Juca Ferreira reforçou três grandes prioridades da pasta: a contribuição para o corpo simbólico do País, incorporando linguagens artísticas em diversas áreas; a ampliação do acesso à cultura, e a ampliação do fomento e o incentivo à economia da cultura do Brasil. O Plano Nacional de Cultura (PNC), aprovado pela Lei nº 12.343/2010, é o principal marco legal para o desenvolvimento das políticas culturais brasileiras. O plano é composto de 53 metas, elaboradas a partir do diálogo entre governo, gestores e sociedade civil. Elas envolvem temas como crescimento do espaço da produção audiovisual brasileira, ampliação dos Pontos de Cultura, capacitação dos gestores, aumento da participação popular e economia da cultura. As metas do PNC foram elaboradas durante o ano de 2011 e publicadas pela Portaria nº 123/2011. O atual plano tem validade até 2020.
Divulgação/MinC
Juca Ferreira participou de apresentação do relatório Divulgação/Vera Longhini
Holambra abriga nova edição da Expoflora
Tradicional evento segue até o fim do mês A 34ª Expoflora acontece até 27 de setembro, em Holambra (SP). O evento, considerado o maior no segmento de flores e plantas ornamentais da América Latina, começou em 28 de agosto. As atividades acontecem sempre de sexta-feira a domingo e no feriado de 7 de setembro, das 9h00 às 19h00. São esperados cerca de 300 mil visitantes nos 17 dias do evento, vindos de todas as partes do Brasil. A Expoflora lança as novidades em flores e plantas ornamentais ao mercado, indicando as tendências do setor. Uma delas é a volta das flores de jardim. Entre as novidades estão os kalanchoes de corte, resistentes ao etileno e, portanto, muito mais duráveis, petúnias que suportam mais o calor e podem ser plantadas em sol pleno, além da volta de outras variedades de flores e plantas de jardins, como rosas (rasteiras, híbridas e arbustivas), dálias, crisântemos, antúrios, sanseveria, coco ornamental e Zamini, que é uma mini zamioculca, entre outras. O mercado de flores prevê para 2015 um crescimento entre 6% e 8%. Os lançamentos de novas variedades, a disponibilidade das flores e plantas cada vez mais próximas do consumidor (pontos de venda),
34ª Expoflora Próximas datas Localização: Holambra (SP) Data: 28 de agosto a 27 de setembro, de sexta a domingo, e na segunda-feira, dia 07 de setembro. Horário: das 9h00 às 19h00 Informações: (19) 3802-1421 / expoflora@expoflora.com.br
e o planejamento em longo prazo feito pelos produtores são os fatores apontados pelo setor para os resultados positivos. Holambra (junção das palavras Holanda, América e Brasil) é uma antiga colônia holandesa, hoje um município com cerca de 12 mil habitantes e reconhecido como a Capital Nacional das Flores. Trata-se do maior produtor e centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do país, respondendo por 50% do mercado brasileiro de flores, por meio de duas importantes cooperativas: Veiling de Holambra e Cooperflora. A Expoflora não se caracteriza como feira, pois o seu objetivo não é vender, mas, sim, mostrar ao público as flores e plantas ornamentais cultivadas por mais de 400 produtores que atuam em Holambra. Os produtores aproveitam a Expoflora para lançar
novas variedades de flores e plantas, ditar tendências no paisagismo e decoração e para avaliar a sua aceitação pelo consumidor. A infraestrutura da Expoflora reúne duas praças de alimentação, com 16 lanchonetes e sete restaurantes (de fast-food até comidas nacionais e típicas holandesas), duas confeitarias típicas; estacionamento com capacidade para cinco mil veículos em sistema rotativo; posto médico, sanitários em alvenaria, fraldário, bebedouros com água fresca, áreas de descanso com bancos à sombra das árvores; caixas eletrônicos, lojas de souvenir holandeses e três pavilhões de exposição (Shoppings Vermelho, Verde e Azul), onde podem ser encontrados cerca de 250 estandes, desde artesanatos a produtos industriais e para decoração, além de móveis e utensílios domésticos.