Megaphone Cultural #41

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Distribuição Gratuita

Megaph Cultne ural

PAULO ANHAIA

fala ao Megaphone sobre experiência como produtor Página 2

Ano V – Nº 41 – Edição Quinzenal | 15 de dezembro de 2015

Divulgação

Cantor celebra 50 anos de carreira com show em Itapira

Ícone da Jovem Guarda, Eduardo Araújo toca em Itapira

T

ido com um dos grandes ícones da Jovem Guarda, o cantor Eduardo Araújo se apresenta em Itapira no dia 26 de dezembro. ‘O Bom’, como é conhecido em homenagem a uma de suas principais canções, apresenta o show comemorativo a seus 50 anos de carreira. O evento acontece no salão social da Sociedade Recreativa Itapirense e tem viés beneficente, com a renda sendo revertida à Casa da Criança ‘Celencina Caldas Sarkis’. Dono do hit ‘Vem Quente Que Estou Fervendo’, Eduardo Araújo formou parceria com a cantora Sylvinha Araújo, falecida em 2008. O

músico, um dos pioneiros do Rock e da Soul Music no Brasil e um amante incansável do folclore e da música regional, traz na bagagem nada menos que 30 discos gravados. Também é reconhecido internacionalmente como um dos grandes nomes da Country Music. Os ingressos do primeiro lote estão à venda por R$ 120,00 (mesa para quatro lugares, na pista, para associados do clube) ou R$ 160,00 (mesa com quatro lugares, na pista, para visitantes). No mezanino (camarote open bar), são duas opções: individual, em pé, nos valores de R$ 90,00 (público geral) e R$

80,0 (sócios), e camarote coletivo (pacote para 10 pessoas), por R$1.100,00 (público geral) e R$ 900,00 (associados). Em Itapira, os convites podem ser adquiridos na própria Recreativa. Pontos de venda também estão disponíveis em Lindóia (Padaria Pão da Serra), Mogi Guaçu (Selaria do Mineiro) e Jacutinga /MG (Restaurante Recanto dos Amigos). Outras informações pelos telefones (19) 9.9848-3964, (19) 9.99321590 e (11) 9.9199-8959. A casa abre às 21h00. A Recreativa fica na Rua Dr. Décio Queiroz Telles, 250, no Bairro dos Prados.

BOA AÇÃO

TUDO NOVO Itapira

AVALIAÇÃO

Noéis Anônimos dão as caras em Itapira

Após reforma, Santa Fé reabre salão social

Banda Lira comemora ano positivo

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AVENTURA

Casal itapirense roda mais de 8 mil km, de moto, por 13 estados Página 5


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Editorial

A

Opções têm de sobra. Basta querer!

oferta de eventos gratuitos e abertos ao público em geral nem sempre é uma realidade em cidades interioranas. O acesso a opções culturais, de lazer e entretenimento em cidades pequenas quase sempre permanece vinculado ao pagamento de algumas notas para acessar casas particulares e produções privadas. A suposta falta de opções, contudo, é fator costumeiramente apontado por uma parcela do público que simplesmente não está disposta a sair e viver um pouco. Ou tem outras prioridades, mas continua usando o argumento falho do “nunca tem nada pra fazer”.

O

As épocas natalinas são boas até pra quem não curte natal. Cidades como Itapira e Mogi Guaçu preparam programações especiais com variedade de atrações. Ainda que em alguns casos as administrações pequem pelo amadorismo no suporte estrutural e, principalmente, de divulgação, as iniciativas dos grupos e artistas envolvidos é digna de muitos aplausos. Aplausos que faltam quando o público – não de maneira geral, mas quase que totalmente – deixa de prestigiar eventos públicos. Alguns, inclusive, preferem deixar de ver uma banda autoral em um espaço público para pagar caro no ingresso de um show de alguém que somente

toca canções de outros artistas. Outra desculpa comum é a do “não fiquei sabendo” – ora, em tempos de internet e ampla rede de informações, basta selecionar melhor o conteúdo de interesse e procurar fontes oficiais ou confiáveis para se manter por dentro do que vai rolar ou está rolando. É uma triste realidade que desmotiva quem faz seu próprio trabalho e mete a cara. Aliás, independentemente de trabalho autoral ou cover, de teatro ou dança, de circo ou orquestra, a falta de público em eventos gratuitos é um problema com uma só origem: a preguiça de quem prefere reclamar na internet a sair de casa e dar oportunidade para o novo.

PAULO ANHAIA

DESVENDANDO OS SEGREDOS DO ESTÚDIO Divulgação/Arquivo Pessoal

Por Antônio Carlos Monteiro

interesse começou na Jovem Guarda. A paixão foi despertada por John Lennon. Kiss, Sex Pistols e AC/ DC mostraram para o então garoto Paulo Anhaia que não tinha jeito: o rock ia ser sua vida. A partir daí, foram muitas bandas, incluindo o Monster, que fez um bom barulho nos anos 2000, e uma infinidade de produções - nem ele consegue dizer quantos discos/músicas já produziu, mixou, captou, editou... Sim, a vida de um produtor não se resume a entrar no estúdio e dizer: “Vamos fazer a boa!”. Paulo, porém, faz isso de outra forma, já que é esse o nome do curso online que ministra e no qual conta todos os segredos da produção - segredos que ele conhece muito bem, já que ostenta com orgulho na estante nada menos que quatro prêmios Grammy. Baixista, vocalista, produtor e de bem com a vida. Com vocês, num papo exclusivo com o Megaphone Cultural, Paulo Anhaia. Quando e como o rock entrou na sua vida? Paulo Anhaia: Eu era garotinho e ouvia muito Roberto Carlos. Adorava aquela época da Jovem Guarda e lembro de ficar dublando os solos das músicas com um saxofone de brinquedo que eu tinha... Mas a mudança veio mesmo em 8 de dezembro de 1980, com a morte de John Lennon. Eu me apaixonei por (Just Like) Starting Over e depois pelos Beatles. A vinda do Queen no início de 81 também foi muito marcante. Junte a isso três LPs: Alive! do Kiss, que foi trazido dos EUA pelo pai de um amigo de escola; The Great Rock'n'Roll Swindle do Sex Pistols, que foi trazido da Inglaterra pelo pai de outro amigo, e Highway To Hell do AC/DC. Esses discos mudaram a minha vida e me fizeram querer montar uma banda, subir no placo e fazer música.

E quando você definiu que iria fazer da música a sua profissão? Paulo: Aos 10 anos de idade, ouvindo esses discos todos. Decidi que iria viver de música, mesmo se fosse tendo uma loja de discos. Perto da minha casa tinha a Discoteca da Lili, uma loja de discos que meu irmão (o guitarrista Carlinhos Anhaia) e eu frequentávamos todos os dias pra conversar com os donos e aprender mais sobre música.

E a opção pelo baixo, quando se deu? Paulo: Eu queria ser guitarrista - mais precisamente, eu queria ser o Angus Young (risos). Na verdade, ainda quero! (mais risos) Mas meu irmão tinha mais facilidade pra tocar e o Wagner, um amigo de escola com quem montamos a primeira banda, também tinha e era dono de uma guitarra SG Giannini. Um dia vi a capa do Please Please Me dos Bealtes e vi que o Paul tocava uma tal de 'guitarra baixo' - era assim que estava escrito na capa do LP brasileiro. Optei por isso, mesmo sem saber de que se tratava. Quais as principais bandas pelas quais passou? Paulo: Primeiro teve o Pozzeidon, que começou em 84, durou seis anos e gravou duas demo tapes com quatro músicas cada. Fizemos muitos shows, só em 1989 foram 54 apresentações, mais de uma por semana. Era um power trio em que todos cantavam. Depois teve The Big Spender, em 1992, quando comecei a gravar umas coisas com um gravador de quatro canais, que finalmente consegui comprar. Eu era o vocalista, tocava violão e piano em algumas músicas. Tínhamos um baixista, um guitarrista e um batera. Toquei também com o Complexo B, em 1993, que era uma banda de covers de Hard Rock que fazia o circuito de bares de SP. Era outro power trio. O Monster foi muito importante pra mim. Surgiu em 1998 e durou dez anos. Fizemos três CDs, dois DVDs e muitos shows, alguns em lugares que nunca pensei que tocaria. Tocamos no BMU no DirecTV Music Hall, que antes era o Palace. Subir no mesmo palco onde já passaram Tom Jobim, Saxon, Djavan, UDO e muitos outros tem um peso. E foi sensacional. O Monster também era um power trio e eu era o vocalista e baixista. O Monster acabou sendo sua banda de maior sucesso e uma das características mais marcantes do grupo era levar bom humor ao heavy metal. Você concorda que o metal é um gênero meio 'reclamão', como declarou Roberto Frejat certa vez? Paulo: O metal se leva a sério demais! Eu sempre achei que

Anhaia acumula experiência como músico e produtor os caras das bandas eram divertidos fora do palco e sisudos em cima dele. Resolvemos levar o nosso bom humor pra cima do palco. Não que fôssemos uma banda de humor, como Mamonas Assassinas, mas éramos uma banda bem humorada, como Anthrax, por exemplo.

Hoje você se tornou um renomado produtor. Quando começou a atuar nessa área e o que o levou a escolher essa profissão? Paulo: Acho que sempre fui produtor, mas não sabia (risos). Eu sempre escolhi o set list, sempre fui chato com relação a arranjos, sempre dirigi minhas bandas, mas não sabia que isso era produzir. Sempre tive interesse por áudio também e uma coisa foi se ligando à outra. Quando comprei aquele gravador de quatro canais, no início dos anos 90, comecei a gravar minhas músicas em casa e de repente já tinha uma lista de clientes, outras bandas que me procuravam para gravar suas músicas.

Quantos trabalhos vocês já produziu e quais os mais marcantes? Paulo: Vixe... Não sei dizer, já passei de cinquenta CDs completos, com certeza, se contar singles que produzi, já passei de cem. Isso como produtor, pois como engenheiro de som com certeza trabalhei em milhares de músicas, entre gravação, edição, mixagem, masterização... São mais de vinte anos em estúdio! O primeiro CD das Velhas Virgens, ‘Foi Bom Pra Você?’, foi muito marcante, porque foi a primeira banda a confiar no meu trabalho a ponto de me pagar para fazer um CD completo deles - e é um disco muito querido pelo público até hoje. Com a grana dessa produção paguei o parto do meu filho, que hoje tem 20 anos. O CD ‘Indiferença’ do Oficina G3 é um trabalho que fez muita diferença pra muita gente. De vez em quando alguém me diz que resolveu tocar guitarra ou que se converteu ao cristianismo por causa dele. O ‘On The Rock’ do Resgate também me traz o mesmo tipo de retorno, o que chega a ser curioso, já que sou ateu. Os cinco discos do CPM22 que produzi com Rick Bonadio e Rodrigo Castanho fizeram muita diferença pra mim, um deles, ‘Cidade Cinza’, me deu o Grammy Latino de melhor disco de rock. Tenho mais três Grammys como engenheiro de som: ‘Tamo Aí Na Atividade’ do Charlie Brown Jr., ‘Sacos Plásticos’ dos Titãs e ‘Sete Chaves’ do NZ Xero. Os discos do Monster são muito especiais pra mim. Neles eu tive que ser artista e produtor, tanto que a produção é assinada por Paulo Anhaia e Paul X, que era meu pseudônimo na banda. Por falar nisso, como você encara essa questão de o próprio músico produzir sua obra? Alguns dizem que é mais

interessante ter alguém com uma visão 'de fora' para orientar o trabalho. O que pensa a respeito? Paulo: Eu queria ter um produtor de fora e na época pensei em Tom Capone ou em Marcelo Sussekind. Também queria masterizar com George Marino. Por questões financeiras e também de praticidade, eu mesmo acabei produzindo, mas se pudesse optar, sempre teria um produtor e seria só o cara que canta e toca baixo. Sei dividir bem as coisas, quando sou músico não sinto vontade de ir mexer na mesa de som. Certa vez, entrevistando o conhecido produtor Chris Tsangarides, ele me disse que o produtor muitas vezes tem que ser também um proctologista... Você concorda com ele? Paulo: (rindo muito) Excelente! Eu sou mais do tipo produtor psicólogo e parceiro, mas já enfiei o dedo em algumas pessoas, sim!

Você também criou um curso de produção online, 'Vamos Fazer a Boa'. Como ele funciona? Paulo: É um curso semanal, com duração de um ano, com quarenta videoaulas de uma hora de duração cada. Nesses vídeos abordo tudo que um produtor musical precisa saber pra iniciar na profissão: aspectos musicais, técnicos, organizacionais, psicológicos e de negócios. É talvez meu projeto mais ambicioso até agora, e os alunos que fizeram dizem que ele mudou suas vidas. Tenho muito orgulho desse curso. Produzir, gravar, mixar, masterizar. Qual das etapas de uma produção é a mais legal para você? Paulo: Acho que todas. Ultimamente tenho curtido muito mixar, mas sempre que pego algum detalhe que está 'devendo' penso em como seria legal se eu tivesse produzido o trabalho. Com quem você está tocando atualmente? Paulo: Eu toco no Electric Funeral, no Damage Inc. (Metallica Tribute), no Dirty Voltage (AC/DC Tribute) e também no Critical Mass, que é uma banda autoral de Thrash Metal. Estamos produzindo um CD sem pressa, e até o meio do ano que vem ele será lançado

Você se considera realizado como músico/produtor? Em caso negativo, o que falta para se realizar? Paulo: Eu acho que o dia que me considerar realizado posso parar de trabalhar, não é mesmo? Se eu ainda gosto do que faço e ainda quero entrar no estúdio pra gravar ou subir no palco pra tocar é porque ainda tenho algo a conquistar. Não sou pessimista e sei festejar as pequenas vitórias da vida, mas sempre que termino um projeto fico feliz porque posso começar outro. Acho que isso resume a minha vida!

Antônio Carlos Monteiro é guitarrista, jornalista e crítico de música. Atua como redator na Revista Roadie Crew e colabora com o Megaphone Cultural.

Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*

Impressão: Jornal Tribuna de Itapira

Vendas: Alexandre Battaglini (9.9836.4851)

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Projeto Gráfico: Cássio Rottuli (9.9946.9027) Cidade-sede: Itapira/SP

Circulação na Baixa Mogiana e Circuito das Águas imprensa@portalmegaphone.com.br

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Arquivo/Megaphone

Comatose volta ao palco de pub guaçuano

PROGRAME-SE

Agenda dos melhores eventos de 17/12 a 02/01

AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)

O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114

Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu 19/12 - Águas Claras (Tributo a Raul Seixas) 26/12 - Comatose (Tributo a Pearl Jam) 02/01 - Cargo Mega Jumbo (Noite Indie)

O CHOPINHO Telefone: (19) 3843-7230 Rua Dr. Norberto da Fonseca, 240 - Nova Itapira https://www.facebook.com/ochopinho

a r r e c n e k c o R b u P ta fe o Pr m a J l r a e P o a to u ib tr ano com

A

agenda do Profeta Pub Rock deste ano termina no dia 26 com show da banda Comatose, que presta tributo ao Pearl Jam. O grupo, que não toca na casa desde janeiro, volta com tudo para garantir a noitada com um repertório que passa por todos os discos dos músicos norte-americanos. A abertura fica por conta

da banda Cri$e, projeto autoral cujas atividades remontam à década de 90 e que vem sendo resgatado pelos seus integrantes – entre eles o baixista da Comatose – Rodrigo Mendes, o Drigão. O grupo em tributo ao Pearl Jam, ele se junta aos companheiros Chico Galesso (voz), Silvio e Igor Mondini (guitarras) e Pi (bateria). “A expecta-

tiva é monstruosa e não poderia ter lugar melhor para esse show de fim de ano. O Profeta Pub Rock é o nosso quintal e esperamos a casa cheia para rever e abraçar todos os nossos amigos e amigas”, comentou Galesso. De acordo com ele, os próprios integrantes da banda estão ansiosos pelo show, já que não tocam juntos há quase seis

meses pelo fato de cada um morar em cidades diferentes. “Estamos com muitas saudades um do outro e, principalmente, de tocar”, disse o vocalista. O evento começa às 23h00. Os ingressos custam R$ 15.00 diretamente na portaria. Mais detalhes pela página d’O Profeta Pub Rock no Facebook (www.bitly.com/ profetapubrock). Thiago Almeida/Divulgação

Mavericks é atração em evento da Santa Fé

m a r u g u a in e r k c o r e Shows d é F ta n a S a d l ia c o s o lã a s

Após uma ampla reforma que contemplou praticamente toda sua estrutura, o salão social do Clube de Campo Santa Fé, em Itapira, será reinaugurado com shows de rock nesta sexta-feira (18). Palco de grandes eventos culturais e sociais, o salão reabre suas portas para receber o público com apresentação especial da banda paulis-

tana Mavericks, que conta com a abertura a cargo dos grupos locais Sons of Seattle e Jack James. A reforma que começou em julho e foi concluída recentemente contemplou a substituição do piso do salão, adaptação do palco para padrões profissionais, revitalização da pintura das arquibancadas e revisão das condições gerais de segurança. “O

novo piso possui verniz antichamas e as adaptações na entrada principal obedecem às instruções do corpo de bombeiros”, comentou o presidente do clube, Antonio Carlos Rossi Junior, o Carlinhos. De acordo com ele, a organização do evento de reinauguração ficou por conta do ex-presidente da Santa Fé e atual secretário muni-

cipal de Cultura e Turismo, Marcelo Dragone Iamarino. O evento tem previsão de início para 21h00. Os convites para associados custam R$ 10,00. Já os visitantes pagam R$ 20,00. As vendas antecipadas acontecem na bilheteria do clube, à Rua Alberto Sartori, 130, na Santa Fé. Outras informações pelo telefone (19) 3863-0994.

17/12 - Marcão Andrade 18/12 - Ed Campos 19/12 - Marcão Andrade 23/12 - Ed Campos 26/12 - Saray Tainan 27/12 - Rafael Storari 28/12 - Waldemar Razzo 29/12 - Aimberê Dantas 30/12 - Tempero Brasileiro 02/01 - Ed Campos

CHOPERIA TRADIÇÃO facebook: Choperia-Tradição

Avenida Luiz Gonzaga de Amordo Campos, 31 Jardim Casagrande - Mogi Guaçu

17/12 - Júlio e Serginho (Classic Rock) 18/12 - Texugo e Michele (MPB/Pop Rock) 19/12 - Lina Martins e Renata Rocha (Tributo a Beatles e Classic Rock) 26/12 – Rodrigo Treisnota 02/01 - Trilogia Urbana

Evento medieval tem nova edição em Mogi Guaçu O Capitão Jack Music Bar, em Mogi Guaçu, abriga no próximo sábado (19) mais uma edição do evento temático ‘Na Taverna’. A noite medieval conta com show do grupo Taberna Folk, com repertório cravado na música celta européia, e reúne ainda competição de chopp e apresentação do grupo Artemis Arquearia, que prestará suporte a quem quiser se aventurar na modalidade. O evento que já vem se tornando tradicional no estabelecimento também oferece promoção de chopp a noite toda. “Teremos o ambiente decorado, músicas especialmente selecionadas, cerveja gelada e o autêntico hidromel, além

dos trajes de época para levar o público a uma viagem na era medieval”, comentou uma das idealizadoras do evento, Leilane Camargo. ‘Na Taverna’ ainda conta com feira de artesanatos medievais e vikings. O estacionamento é gratuito ao lado do bar. O primeiro lote de ingressos já está esgotado. Os convites do segundo lote, que custam R$ 20.00, ainda podem ser adquirido diretamente no Capitão Jack ou pelo telefone (19) 9.9107-8309. Na portaria o preço pode subir. Outras informações no Facebook do evento (www. bitly.com/nataverna). O bar fica na Avenida Mogi Mirim, 472, no Centro de Mogi Guaçu. Divulgação

Taberna Folk volta a Mogi Guaçu

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu: MOGI MIRIM

ITAPIRA Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Banca Bela Vista | Praça da Bíblia - Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro Luli Padaria Caseira | Avenida Paoletti, 93 – Santa Cruz Center Supri  Rua José Bonifácio, 194 – Centro – 3863-0972

Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro

MOGI GUAÇU Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Capela Woodstock Barbearia & Tattoo  Rua Manacás, 295, Ypê Pinheiros – 9. 9602-2811

Quer ser um distribuidor? Entre em contato: (19) 9.9836.4851 ou contato@portalmegaphone.com.br


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Leo Santos/Megaphone

CRÍTICA EXPOSTA! Em Itapira, Péricles de Almeida expõe obras que dialogam com temas da atualidade

Itapira tem programação especial até dia 22

Vagner Sanches/Divulgação

O

poeta e artista plástico Péricles de Almeida, 76, assina a nova mostra do Museu Histórico e Pedagógico ‘Comendador Virgolino de Oliveira’, no Parque Juca Mulato. A exposição, aberta no último dia 7, segue até o dia 5 de fevereiro de 2016, com visitação gratuita e aberta ao público. Batizada de ‘A Arte Conceitual de Péricles de Almeida’, a mostra volta a exibir trabalhos do artista que há 15 anos não participava de uma exposição. Com uma linha de atuação bastante abrangente, que envolve instalações, esculturas e telas, por exemplo, o artista reúne na nova mostra alguns trabalhos que dialogam diretamente com as demandas humanas, sociais e políticas da atualidade. Temas como a corrupção, terrorismo, rompimento das barragens em Mariana-MG, aquecimento global e violação aos diretos humanos são alguns dos temas retratados nas obras criadas a partir objetos diversos e materiais recicláveis. Além das esculturas – algumas das quais permitem a interatividade com o público – a mostra reúne recortes de jornais antigos, pinturas e imagens de algumas das centenas de telas já criadas pelo artista. A reunião de diversas linguagens visa justamente mostrar ao espectador a abrangência da atividade artística de Péricles. Depois de tanto tempo sem expor, o artista que em tempos passados costumava ocupar até mesmo espaços pú-

Banda Lira apresenta concerto de Natal na Praça

Serviço ‘A Arte Conceitual de Péricles de Almeida’ no Museu Histórico e Pedagógico ‘Comendador Virgolino de Oliveira’ – Parque Juca Mulato. Visitação gratuita e aberta ao público até 05/02/2016, de segunda à sexta-feira, das 08h00 às 11h15 e das 13h00 às 17h15. Aos domingos, das 8h00 às 11h30. Sábados: fechado.

Péricles com uma de suas esculturas, que retrata o mosquito da dengue blicos com suas instalações, não tem uma expectativa bem desenhada com relação à audiência da nova mostra, mas espera que sua arte seja consumida principalmente pelas novas gerações. “Não sei mais qual o comportamento do público, mas quero servir mais de referência a um público jovem. Quero que essa exposição receba visitas, principalmente, de crianças e de estudantes”, disse. Uma das obras que compõem o acervo exposto faz referência a um exemplar do mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como dengue, febre chikungunya e zika vírus, por exemplo. O poder de destruição do inseto levou a escultura a ser sugestivamente batizada de ‘Terrorista Tupiniquim’. “Esse é o nosso terrorista, que já matou mais que o Estado Islâmico”, diz o artista. Outra instalação,

‘Efeitos Colaterais da Corrupção’, mostra um cidadão totalmente desamparado pelo poder público – sem moradia e sem saúde. “Nessa exposição eu abordo temas mundiais e nacionais. No nosso caso, do brasileiro, eu mostro o cidadão sem leito no hospital, jogado na rua, sem teto. Nessa obra usei somente papelão e plástico que peguei da rua”, conta. Em outra obra da exposição, o espectador pode interagir, abrindo a tampa de uma privada com a inscrição ‘socorro! Por favor, abra’ e que guarda o nosso planeta tão degradado pela violência ao meio-ambiente. Em uma das instalações, o lamaçal causado pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco, em Minas Gerais, é exposto por meio de uma torneira sem água limpa e um animal que sofre com a sede. O autor reforçou que espera

que as crianças sejam levadas a conhecer e interagir com os trabalhos. Até por isso as obras trazem pequenas descrições didáticas apontando para as representações propostas. “Meu foco principal são as crianças. Faço questão que venham as escolas e vou estudar a prorrogação (da mostra), pois ela vai acontecer durante o período sem aulas. Quero mostrar às crianças que é possível fazer arte com objetos do cotidiano”, frisa. Aposentado do Banco do Brasil desde 1991, Péricles de Almeida também é o responsável pelo conceito do Marco do Milênio, instalado desde 2000 no Convívio Prefeito Alcides de Oliveira (Encosta do Penhão). O monumento possui uma cápsula do tempo que guarda diversos objetos, cartas, documentos e fotografias, a ser aberta somente em 2050.

Casa das Artes apresenta Cantatas de Natal

Leo Santos/Megaphone

O ciclo de apresentações da Cantata de Natal da Casa das Artes de Itapira segue até o dia 22 em Itapira. O roteiro foi aberto no último dia 7, na Praça Bernardino de Campos. Ao todo, o tradicional evento tem cinco apresentações neste ano, sendo quatro em Itapira e uma em Valinhos (SP). A apresentação inicial reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a direção da associação cultural. O espetáculo teve início às 19h30 e recepcionou a caravana do Papai Noel da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira) – matéria na página 7 desta edição. Ao todo, o evento reúne 120 vozes – 20 delas de adultos e outras 100 de crianças, na faixa etária de 7 a 14 anos, além de 40 músicos da corporação. As apresentações são comandadas pelo maestro César Lupinacci e o repertório envolve canções típicas natalinas e sa-

cras. No dia 16, a apresentação ocorre no Centro Espírita ‘Luiz Gonzaga’, às 20h00, com a participação especial da cantora Mônica Martelli. No dia 19 o

O Conselho Municipal de Política Cultural de Itapira abriu um cadastramento online de artistas e grupos artísticos independentes do município. A intenção é criar um banco de dados sobre os representantes das mais diversas linguagens artísticas, como música, teatro, dança, artes plásticas, artesanato, cultura popular, movimentos sociais (Hip Hop, Rap, Cultua Afrodescendente) e capoeira, entre outros. Os interessados devem preencher um formulário disponibilizado no site da Prefeitura (www.itapira.sp.gov. br/cultura/cadastro_artista). As informações serão organizadas e arquivadas tanto junto ao Conselho como na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. De acordo com o presidente do Conselho, o ator Danilo Lopes, a ação foi discutida no Conselho e ganhou o apoio do Departamento de Comunicação Social da administração, que implantou o formulário de cadastro no

site da municipalidade. “Com esse cadastro, poderemos ter um controle e uma dimensão dos artistas que temos em nossa cidade”, destacou Lopes. Segundo ele, as informações serão importantes, por exemplo, para formular o Plano Municipal de Cultura – demanda que figura entre os principais objetivos do Conselho. Inclusive, na próxima reunião do colegiado – marcada para o dia 14 de janeiro – o balanço preliminar do cadastramento já entrará na pauta e poderá servir para começar a nortear os passos referentes à formatação do Plano. “Uma vez tendo esses cadastros a gente consegue diagnosticar os grupos culturais, organizar esses grupos no Plano de Cultura e ter um maior contato entre Conselho e artistas, para sabermos das demandas e necessidades dessa galera”, frisou o presidente do órgão, que também vê no cadastramento uma forma de detectar possíveis necessidades

Apresentações acontecem até dia 22

Conselho de Cultura abre cadastro para artistas e grupos de Itapira

evento é em Valinhos. A tradicional mostra na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha está agendada para dia 20, às 20h00. O último espetáculo da

temporada acontece dia 22, às 20h00, na Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro dos Prados. Todas as exibições têm entrada franca. Fernando Pineccio/Megaphone

Cadastro foi discutido em reunião do Conselho de desenvolvimento de projetos específicos. “Vamos saber como a cultura vem acontecendo em Itapira, quais as linguagens, os grupos ativos. Assim poderemos desenvolver fóruns municipais de cultura para cada linguagem. Certamente é um passo importante para a organização que o Conselho tanto busca”, destacou. Ao acessar o site, o interessado deverá informar o nome do grupo ou artista, selecionar uma ou mais opções que identificam

a área de atuação e preencher informações relativas à localização e contato. O cadastramento não tem um prazo determinado. A intenção é que a ferramenta fique disponível de forma permanente para propiciar a atualização constante do banco de dados. Contudo, é importante que os artistas e grupos já se cadastrem antes da reunião do dia 14 de janeiro do Conselho, justamente para possibilitar a avaliação inicial do processo.

A programação cultural especial de fim de ano em Itapira segue até o dia 22, com atividades gratuitas na Praça Bernardino de Campos. Nesta terça-feira (15), o Espaço Cultural ‘Maurício José Bazani’, no piso inferior do logradouro, recebe a banda Led On (Pop Rock), a partir das 20h00. Na quarta-feira (16), o público confere o concerto especial de Natal da Banda Lira Itapirense, também às 20h00. A corporação musical sob o comando do maestro Maurício Perina recebe como convidados o cantor Douglas Moisés e os corais Cidade de Itapira, Veredas

de Águas de Lindóia e Municipal da Estância de Socorro. A programação segue no dia 17 com a dupla sertaneja Jonas & Thiago, às 20h00; Orquestra Umadi Celebrai, e na sexta-feira (18), às 16h00. No sábado, a Praça recebe a festa dos Noéis Anônimos (matéria de capa desta edição). Na segunda-feira (21), o palco do logradouro recebe a Orquestra de Viola Caipira e, na terça-feira (22), Eliete Banda Show, sempre às 22h00. A programação começou no dia 5 deste mês e já reuniu diversas atrações, entre grupos musicais e artísticos, como academias de dança e de capoeira.

Inspirados e Uvalua fazem shows gratuitos em Mogi Guaçu Rodrigo Peguin/Agência Kinkan

Inspirados é uma das atrações As bandas Inspirados (Rap Nacional) e Uvalua (Rock/Reggae) se apresentam gratuitamente em Mogi Guaçu. Os shows acontecem, respectivamente, no sábado (19) e no domingo (20), a partir das 18h00 no Parque dos Ingás, região central da cidade. As apresentações integram a programação especial de natal da cidade, que no último sábado (12) também recebeu o grupo Broove. A programação começou no dia 11. O show da Uvalua representa o encerramento do ciclo de shows. Durante as atividades, as crianças podem se divertir e tirar fotos com o Papai Noel que fica na casinha próxima

ao palco. No último domingo, o espaço recebeu as apresentações do Grupo de Violeiros da Emia (Escola Municipal de Iniciação Artística) e da banda Major Rank, além de um espetáculo de dança. Na próxima sexta-feira (18), a Orquestra Guaçuana de Viola Caipira se apresenta às 18h00. Às 20h00, a criançada pode curtir o Musical Frozen com a Cia de Dança Nathalia Melo. Também no próximo sábado, às 10h00, acontece a apresentação do projeto Zumba Solidária e, às 20h00, o palco é tomado por um musical a cargo do Stúdio de Dança WM’s. No domingo, às 10h00, tem samba com Paulino do Cavaco e Convidados.


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E D A D R E IB L E D M K IL M O OIT

Divulgação/Arquivo Pessoal

Casal de motociclistas de Itapira percorre 13 estados sobre duas rodas

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tapira, 7 de novembro de 2015. São 5h45 da manhã quando a reportagem do Megaphone Cultural chega a um posto de combustíveis na Rua Armando Salles de Oliveira, quase na saída da cidade pela Rodovia SP147. Em uma das bombas, um frentista completa o tanque de 33 litros da BMW R-1200 GS Adventure, um brinquedinho com mais de 200 quilos de desenvoltura tanto no asfalto quanto na terra. O encontro marcado pelo repórter é com o casal Capdeville Baptista Junior, 57, o Léo, e Marisa Turcati Capdeville, 58, dois apaixonados pelo motociclismo que estão prestes a rodar exatos 8.411,5 a contar da bomba do posto – onde o hodômetro foi zerado – até o retorno à residência do casal, na região rural de Itapira, depois de passar por 13 estados das regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. O objetivo do encontro é registrar, em foto (imagem abaixo), a saída do casal. Tanque cheio e pneus calibrados, o tempo é suficiente apenas para o desejo de boa viagem enquanto o casal se acomoda na moto ainda mais pesada por conta da bagagem. E pé na tábua. Na alça da rodovia, o casal toma sentido a Mogi Mirim. O traçado da aventura é muito claro: cruzar o país em linha reta, até a pontinha do mapa, lá em cima, no Pará, e retornar pelo litoral nordestino. No primeiro dia de viagem, com condições favoráveis no que se refere à qualidade do asfalto, clima e a própria adrenalina – o “pique” – do início da aventura, Léo e Marisa viajaram nada menos que 860 quilômetros, deixando o território paulista, passando

por Minas Gerais e fazendo a primeira parada em Goiânia (GO), após onze horas em cima da máquina. No dia seguinte, o casal deixou a capital goiana com destino ao Tocantins. A parada, 550 km depois, ocorre em Gurupi, já em um trajeto com estradas ruins. No terceiro dia, a dupla vestiu pela única vez as capas de chuva por conta de umas pancadas que só fizeram aumentar o calor durante os 530 km percorridos até Araguaína, onde a pausa para o descanso se faz necessária. A chegada ao Pará aconteceu no quarto dia de viagem. A pernoite, em um hotel na cidade de Paragominas, antecede uma visita a um casal de amigos – Paulo e Andreia – em Belém. O trajeto até a capital paraense, segundo Léo, ficou menos arriscado sem a presença dos grandes caminhões – parados devido à greve dos caminhoneiros ocorrida em diversos estados brasileiros. “A estrada estava mais fácil, mas o calor era muito forte, mesmo com as pancadas de chuva”, lembrou. Já na região amazônica, a recepção na casa dos amigos foi tão boa, conforme destacado pelo casal, que eles até dispensaram a ida à Ilha de Marajó, uma das principais atrações turísticas do Pará. A partir deste ponto, os motociclistas itapirenses iniciam as visitas às praias e a viagem somente via litoral. “Fomos muito bem recebidos e passamos dias incríveis. Estava tão bom que esquecemos a Ilha de Marajó. Fizemos muitos passeios, conhecemos parques, museus, frutas e comidas típicas”. Mas o roteiro tinha que continuar e a partida aconteceu três dias depois, no dia 14. O destino

Léo e Marisa quando saiam de Itapira na madrugada do dia 7 de novembro

Léo e Marisa durante passagem pelo Nordeste: aventura e companheirismo representaria, na avaliação do casal, o pior trecho da viagem: o Maranhão. Em uma espécie de diário de bordo com anotações diárias da viagem, o casal registrou a percepção sobre a localidade. “Estado paupérrimo, estradas horríveis, sem sinalização e regras. Foi o dia mais difícil. Foram 11 horas para percorrer 400 km (nota do redator: menos da metade da distância percorrida no primeiro dia de viagem dentro do mesmo espaço de tempo). Sem comida e com pouquíssimos postos de combustíveis. Chegamos à (cidade de) Alcântara com autonomia para apenas 30 km. Foi assustador, pois as estradas estavam desertas, sem sinal de celular e no meio do nada. Estradas feias, sem visual nenhum e com queimadas”, descreveu o diário. A falta de sinalização, inclusive, os levou a errar o caminho, percorrendo um trecho de 40 km em sentido oposto ao do pretendido. A coisa não melhorou nem mesmo em São Luís, capital do Maranhão. A permanência na cidade foi de dois dias – “mas só por conta do cansaço que estávamos devido ao trajeto Divulgação/Arquivo Pessoal

muito ruim”, enfatizou o motociclista. No décimo dia de viagem, Léo e Marisa saíram com destino ao Piauí. Não sem antes reforçar as péssimas impressões sobre a infra-estrutura (ou a falta dela) e sobre todo o contexto social do Maranhão. “A saída de São Luís foi bem complicada. Para percorrer 120 km, saindo do hotel até a primeira parada, levamos duas horas. Trânsito intenso, ultrapassagens complicadas e buracos, muitos buracos. A falta de sinalização e conservação de estradas continua sendo a marca do Maranhão”, descreveu Léo no registro da viagem. Para não ser injusto, ao menos uma boa lembrança ficou de Maranhão: um encontro com outros motociclistas, membros do ‘Falcões da Ilha MC’. “Em resumo, a passagem pelo Maranhão só foi agradável pelos novos amigos motociclistas. Impressionante o descaso dos donos da ‘fazenda’ com a população. De todos os estados que já conhecemos em nossas viagens, certamente o Maranhão é o mais pobre e abandonado”, lamentou o motociclista. No estado piauiense a situação melhorou bastante, com boa sinalização e cidades estruturas. A parada acontece em Parnaíba e engloba outros passeios. De lá para o Ceará, no décimo segundo dia de viagem, e o casal estaciona a BMW em Jijoca de Jericoacoara. Depois, Fortaleza, em uma espécie de parada forçada por causa do sol castigante e cada vez mais quente à medida que as horas avançam. No dia seguinte, as duas rodas voltam à estrada, agora com destino à cidade de São Miguel do Gostoso – já no Rio Grande do Norte – com pernoite antes, em Mossoró, no mesmo estado. “Saímos de Mossoró em direção a São Miguel do Gostoso em uma estrada tranquila, com poucas curvas e com muitos pontos de parada. Tudo ia bem, até que percebi

que o GPS me mandava voltar. Curtindo a estrada, errei em uns 40 a 50 km a saída. O GPS, querendo ajudar, nos enviou por vicinais no meio do sertão potiguar. Estradas estreitas, sem nenhuma sinalização, péssimo asfalto e perdido no meio da caatinga. Enfim, conseguimos voltar à estrada normal, BR-101, com asfalto bom e uma viagem tranqüila”, descreveu Léo no diário. A passagem pela aprazível cidade deixou saudades, de acordo com o casal. No décimo nono dia de viagem, a BMW rompeu com sentido à Natal e, depois, João Pessoa, já na Paraíba. No dia 25, vigésimo dia da aventura, Léo e Marisa chegaram ao Recife (PE), passando direto com sentido à Maragogi, no Alagoas, onde pernoitaram. De lá pra Maceió, onde aproveitaram para visitar familiares. Ao sair com sentido à Aracajú (SE), contudo, os dois enfrentaram momentos de tensão. “Pegamos um trecho errado no caminho e de repente o asfalto acabou. Virou somente uma estrada de terra, com muita areia, onde os pneus afundavam”, lembrou Marisa. “Foram doze quilômetros difíceis, pilotando com os pés no chão e em baixíssima velocidade, em meio a muito calor. Isso nos fez sofrer um bocado, mas passamos e demos muitas risadas de nervoso e alegria ao chegar a uma estrada de asfalto, ruim, mal sinalizada, mas asfalto”, frisou Léo. A aventura inusitada antecedeu a chegada à Penedo, cidade histórica às margens do Rio São Francisco. De balsa, finalmente chegaram ao destino planejado, Aracajú, onde pernoitaram. No dia seguinte, o casal cruzou mais uma fronteira e entrou na Bahia por estradas boas e bem sinalizadas, onde permaneceram dois dias na praia de Imbassaí. A saída para Vitória da Conquista, no dia 30 de novembro, representou o início do retorno à Itapira. De lá, os

motociclistas seguiram com direção a Montes Claros, em Minas Gerais. Próxima parada, no dia 2º de dezembro: Belo Horizonte, dentro de uma estratégia para mandar a motocicleta para a revisão em uma concessionária da marca alemã. No dia seguinte, depois de 450 litros de gasolina, centenas de fotografias de recordação e muita história pra contar, o casal retornou à Itapira. Cansados, mas extremamente satisfeitos. “Foi algo muito feliz. E durante todo o caminho eu estava com o meu grande piloto, meu Valentino Rossi”, brincou Marisa. “Essa mulher é incrível, passamos por alguns apertos em alguns momentos, estresse, calor, medo, tensão, e o que me marcou foi o companheirismo dela. Foi uma grande aventura, voltei muito feliz”, confirmou Leo. A viagem, em princípio, seria feita em parceria com um amigo do casal, Júlio Recchia, que por motivos particulares precisou permanecer na cidade. Casados há 13 anos, Léo e Marisa não perdem tempo em afirmar que os planos para a próxima aventura já estão em andamento. O destino, desta vez, pode ser pelos demais estados brasileiros ou até mesmo para o Exterior. Ou os dois. “Sempre gostamos de viajar de moto, mas por conta de compromissos profissionais precisamos parar um pouco nos últimos anos. Agora podemos retomar essa agenda”, frisou o motociclista. “Quem nunca viajou de moto, eu aconselho a tentar. É uma paixão, eu sempre fico muito tranqüilo em cima da moto. E viajar oito mil quilômetros com a mulher atrás não tem preço. Foi algo muito especial. Um casal fazer sozinho essa viagem é preciso um pouco de coragem, não só pelo excesso de quilometragem, mas por todo o contexto, estradas ruins, locais isolados, sem apoio, sempre torcendo pra tudo dar certo”, finalizou.


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Banda Lira celebra ano de sucesso e com recorde de apresentações

Vagner Sanches/Divulgação

Corporação musical centenária fecha 2015 com 94 concertos

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ida como uma das corporações musicais mais tradicionais de toda a região, a Banda Lira Itapirense se prepara para encerrar mais um ano de muito trabalho. Trabalho, inclusive, que culminará, até o fim de 2015, em um número recorde de 94 apresentações. Com tantas atividades, sempre com balanços positivos, a avaliação do maestro Maurício Perina, diretor artístico da Banda Lira Itapirense, não podia ser melhor. “Foi um ano muito especial em todos os aspectos”, define. No último mês do ano, a corporação ainda possui diversos compromissos. Entre eles, os concertos especiais natalinos que sempre emocionam o público. O primeiro deles aconteceu no último domingo (13), na Igreja Matriz de Santo Antônio, a partir das 20h00. Nesta quarta (16), o mesmo evento será apresentado na Praça Bernardino de Campos, no Centro, também às 20h00. Assim como no domingo, a Banda Lira recebe como convidados os corais Cidade de Itapira, Veredas de Águas de Lindóia e Municipal da Estância de Socorro, além do cantor Douglas Moisés. A apresentação é gratuita e aberta ao público em geral. De acordo com Perina, o grande destaque deste ano dentro do cronograma de atividades da Lira foi o show ao lado dos cantores Sérgio Reis e Renato Teixeira, em junho. O espetáculo, beneficente à Santa Casa de Misericórdia local, reuniu grande público e foi bastante elogiado. Ou-

Grupos da Banda Lira durante apresentação na Praça: saldos muito positivos tra apresentação especial foi a reedição do concerto Italianíssimo, em agosto, durante a Festa Della Nonna, com participação dos cantores líricos Nunno Dellalio (tenor) e Marina Gabetta (soprano). Segundo o maestro, as diferenças extremas entre os repertórios das duas apresentações serviram para reforçar a versatilidade dos músicos da Banda Lira. “Tivemos o concerto com o Sérgio e o Renato e, logo em seguida, o Italianíssimo, e os dois compromissos foram cumpridos com êxito. Isso deixou claro o crescimento dos músicos, pois são dois repertórios bem diferentes, cada um com suas particularidades. Saímos do sertanejo e fomos para a ópera, dois estilos com suas próprias linguagens que demandaram muito estudo tanto dos músicos quanto do maestro”, frisa. O trabalho junto aos projetos, como a Escola de Mú-

sica e o Viva Música também cresceu neste ano. Ao todo, as atividades voltadas à musicalização desenvolvidas pela Banda Lira atenderam mais de 700 aprendizes. Através de uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e com o patrocínio do Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, o projeto Escola de Música é desenvolvido em instituições como a Casa da Criança ‘Celencina Caldas Sarkis’, a ADI (Associação Down de Itapira), o Educandário ‘Nossa Senhora Aparecida’ e no projeto Eco Batuque, abrigado no Centro Comunitário do Distrito de Eleutério. Já o Viva Música acontece nos NAIs (Núcleos de Atenção Integral), dentro de uma parceria entre a Lira e a Secretaria Municipal de Promoção Social. A centenária instituição ainda mantém grupos como as bandas Alpha e Escola,

além de outros grupos instrumentais. De acordo com Perina, vários alunos inseridos nos projetos já estão iniciando suas atividades na própria Banda Lira. “Temos vários aprendizes dos núcleos de musicalização que já estão começando na Banda. É exatamente esse o objetivo dos cursos, que é o de formar novos músicos”, enfatiza o maestro. Ao longo do ano, a Banda Lira também se manteve presente nas manifestações religiosas e culturais da cidade. Para se ter uma ideia, foram mais de 20 acompanhamentos de procissões, fora as participações em solenidades e eventos diversos. Mais recentemente, a partir do começo do segundo semestre deste ano, a Lira iniciou uma parceria com a Faculdade Nazarena do Brasil, em Campinas, para fornecer descontos as componentes da banda em qualquer um

de seus cursos – e, claro, na licenciatura em Música. “Isso também foi uma coisa muito importante que aconteceu neste ano. Fomos procurados pela Faculdade Nazarena para formular essa parceria graças à credibilidade da Banda Lira. Depois, os descontos também foram estendidos aos familiares dos nossos músicos”, revelou Perina. Além dos concertos natalinos, grupos da corporação também têm apresentações agendadas na Clínica de Repouso Santa Fé, na terça-feira (15) e na Igreja Matriz de Santo Antônio, na quinta-feira (17). No domingo (20), a Banda Lira vai à Estância de Socorro para uma apresentação especial na Praça da Matriz da cidade. As atividades da instituição podem ser acompanhadas pelo site www.bandaliraitapirense.org.br e pela página oficial no Facebook (www. facebook.com/bandaliraitapirense).

SOBRE A BANDA LIRA A Banda Lira Itapirense foi fundada em 10 de abril de 1909, tendo recebido a declaração de Utilidade Pública Municipal em 15 de julho de 1970. Com 106 anos de história, a corporação é considerada uma das mais antigas bandas com atividade ininterrupta no país. Atualmente, a corporação reúne 46 músicos em sua composição sinfônica, que se apresentam sob a batuta do maestro Maurício Perina, diretor artístico da instituição desde 1999. As atividades da Banda Lira Itapirense contam com o apoio da Prefeitura Municipal de Itapira, por meio das secretarias municipais de Cultura e Turismo e de Promoção Social, e por meio do patrocínio do Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Brasil.


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Itapira recebe kit de projeção cinematográfica

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Prefeitura de Itapira conquistou, junto ao Governo do Estado de São Paulo, um kit de cinema itinerante. O anúncio foi feito na sexta-feira (11) pela administração municipal. O kit reúne equipamentos de projeção e de sonorização, que poderão ser em-

pregados em exibições cinematográficas ao ar livre ou em ambientes fechados. O convênio para a cessão do kit foi assinado pelo prefeito José Natalino Paganini (PSDB) em São Paulo (SP), junto ao secretário estadual de Cultura, Marcelo Mattos Araújo e do deputado

Divulgação

estadual José Antônio Barros Munhoz (PSDB), que colaborou na gestão para a conquista do conjunto. A entrega dos equipamentos deve ocorrer nos próximos dias, segundo informado pela Prefeitura. O kit ficará aos cuidados da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Paganini e Munhoz junto ao secretário Marcelo Araújo

Papai Noel da ACEI a ir p a It m e 3 2 ia d té a e d n ate

Leo Santos/Megaphone

A temporada de visitas ao Papai Noel da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira) segue aberta até o dia 23 no município. O atendimento às crianças ocorre no período noturno, de segunda a sexta-feira, entre 19h00 e 22h00, na casinha montada no piso superior da Praça Bernardino de Campos, região central. A chegada do personagem símbolo do Natal aconteceu em meio a muita festa no dia 7 passado, Crianças podem visitar o bom velhinho na Praça

de depois que uma comitiva que contou com presença de palhaços da Banda do Nheco passou por diversos bairros da cidade. No trajeto foram distribuídas balas e guloseimas às crianças. Na chegada ao Centro da cidade, o bom velhinho foi recepcionado por centenas de crianças, além do presidente da ACEI, José Aparecido da Silva e do prefeito José Natalino Paganini (PSDB). Uma edição da Cantata de Natal da Casa das

Artes também integrou o evento. As festividades natalinas na região central de Itapira envolvem também feira gastronômica na Praça Bernardino de Campos, com dezenas de barracas. Brinquedos infláveis também são opções para a diversão da criançada. O comércio também segue aberto em horário especial até o dia 23, com as lojas do Centro e em conglomerados comerciais de bairros atendendo até 22h00.

2015: um ano para ser lembrado e comemorado! por Ricardo Pecego

É, eu sei. O título infeliz dessa minha coluna talvez seja dissonante à realidade que somos ostensivamente obrigados a aceitar, pois estamos em crise! Como Leandro Karnal bem aponta em uma das suas diversas reflexões, estamos sim vivendo um momento de crise, há mais de 50 anos! A corrupção, a concentração de renda e o poder nas mãos de alguns meritocratas, o sucateamento da educação e das instituições de representação popular e toda essa ladainha iniciada lá pelos idos dos anos 60, não é de hoje. E justamente por isso que eu comemoro com esse honrado título desta coluna, o ano em que muitos “bastas” começaram a repercutir. Em São Paulo, por exemplo, estudantes derrubaram o secretário de Estado da Educação, em Brasília prendeu-se o primeiro senador em pleno exercício de mandato, a mídia (em certos círculos) fala declaradamente da responsabilidade da Vale no desastre de Mariana (sendo esta um potencial anunciante de seus veículos de comunicação), empreiteiros foram presos e tem até samba para o japinha da Polícia Federal! Ainda faltam algumas mazelas para extirparmos da sociedade? Sim, muitas por sinal, mas temos que observar de maneira Darwiniana nesse momento, que caminhamos para frente, e não podemos deixar que o aspecto econômico, paute nossa evolução e a transforme num período de trevas abismais. Esse aspecto de crise no Brasil parece tão fabricado que é como se a crise econômica fosse apenas um privilégio nosso, pelo contrário ela é mundial e se quisermos nos comparar com a Suíça ou com a Noruega, por exemplo, como acontecem nas redes sociais, temos que buscar os caminhos para tais possibilidades e isso se faz com atitudes, que ressalto acima, dia após dia, ano após ano, temos um imenso déficit para ser recuperado em diversos segmentos. Esse país, como já escrevi em outras oportunidades, já foi grande por si só e tem plenas condições de o ser novamente. Nós já encantamos culturalmente o mundo, sem impor nenhum modelo econômico, e esta influência é maior que o dinheiro. Ary Barroso, Carmen Miranda, Villa Lobos, Jobim, Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Milton Nascimento, Egberto, Hermeto, Duo Abreu, Duo Assad, Ivan Lins, João Gilberto, Baden Powell, Elis, Pixinguinha, Fábio Zanon, Paulo Bellinati, Marco Pereira e Sepultura são brasileiros que fizeram e ainda fazem com que nossa cultura seja influência para formação cultural e artística em todo o mundo. Não temos a visibilidade da Lady Gaga, mas como ela mesma sabe, sua influência é como meteoro do Luan Santana, movimenta uma massa enorme de pessoas, mas não transforma ninguém. Em um vídeo postado no Youtube, a cantora se mostra deprimida pela finalidade do seu trabalho e irritada com o formato que o mercado lhe submeteu e do qual agora carrega os estigmas, sem

saber como se livrar. Daí vem depressão e outros males como ocorreu com a senhorita Winehouse, por exemplo. No meu ponto de vista agora devemos aproveitar do nosso lastro no setor cultural, desligar a televisão, o rádio e promover um resgate a nossas tradições como a Capoeira, Folias de Reis, Cavalo Marinho, Frevo, Samba, dar mais amplitude e alcance ao nosso folclore, conhecer e reconhecer a nossa cultura indígena, quilombola, e claro a mescla que resultou disso tudo com a colonização. Sem medos ou melindres de preferir uma, ou outra, mas que seja algo que possamos chamar de nosso, de nacional, de brasileiro. Acredito que nos apoderando daquilo que já temos e que outros usufruem, podemos quebrar esse paradigma que Suassuna divertidamente revela, do porque ele odeia a Disney. Não é pelo que ela produz, mas pelo fato que ela é sonho de tantos que aqui estão e que nunca valorizaram, ou observaram aquilo que também temos. Será nosso dever daqui em diante nesse constante processo de evolução que marca esse ano de 2015, e entender que o Rei Roberto é fabricado, assim como Rei Elvis, para dar suporte a quem controla economicamente este segmento, criando assim uma mistura que nos impede de chegar aonde realmente nossas raízes e belezas culturais nos enchem os olhos de alegria, emoção e contentamento. Precisamos que os grupos artísticos que se mobilizem, possam criar uma movimentação de crítica social e autocrítica do segmento para que o cenário se modifique e assim possamos criar aquilo que temos como vocação. Somos a mescla de um povo extremamente sofrido que se acha livre e na verdade é ainda escravo e alienado as vontades de um pequeno grupo e para se livrar dessa hipnose devemos transcender e o caminho da transcendência é a arte, é o conhecimento é a mobilização é o exigir igualdade. Soa revolucionário, mas é só o tom, na realidade somos um povo tão pacífico que até mesmo 50 anos de depreciação não nos incomoda. Meus votos são para que essa movimentação reverbere e suas ondas possam ativar em todos quantos for possível à falta de conforto necessária para que a tal crise seja um catalisador para alguma mobilização, mesmo que sejam das mais infantis como pedir intervenção militar. Nenhum processo de politização é claro, ordenado, ou objetivo, ele passa por inúmeras variáveis que devemos, sim, enfrentar e não confrontar. Parafraseando Chico Buarque na estrofe que me identifica e personifica o momento e o título deste texto que defenderei sempre: “... Apesar de você, amanhã há de ser outro dia. Inda pago pra ver, o jardim florescer, qual você não queria. Você vai se amargar, vendo o dia raiar sem lhe pedir licença. E eu vou morrer de rir, que esse dia há de vir antes do que você pensa...”.

Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.


anorama

www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 15 de dezembro de 2015 | Página 8

Bom velhinho verde e amarelo! Arquivo/Megaphone

Projeto Noéis Anônimos leva solidariedade e alegria a famílias carentes de Itapira

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divertida trupe dos papais noéis tipicamente brasileiros volta a dar as caras no próximo sábado (19), em Itapira. Vestidos de verde e amarelo, os Noéis Anônimos novamente farão a alegria da criançada e entre abraços e muito carinho. Neste ano, a ação social sem cunho político ou empresarial vai distribuir 1,1 mil cestas natalinas, cinco mil sorvetes, quatro mil brinquedos e mais de 800 quilos de balas. As cestas são distribuídas a famílias carentes previamente cadastradas junto à Secretaria

Noéis Anônimos unem diversão e ação social em Itapira Municipal de Promoção Social. Esta será a 16ª edição do evento criado por um empresário itapirense em agradecimento ao sucesso de sua empresa. Cerca de 100 noéis iniciarão as atividades, no dia 19, às 8h00, com passagens pelo Lar São Vicente de Paulo, Casa de Repouso Allan Kardec e Clínica de Repouso Santa Mônica. Em uma carreta decorada e repleta de animação, o grupo de voluntários seguirá distribuindo balas e sorvetes aos populares – especialmente às crianças e idosos – até chegar à Praça Bernardino de Campos, que abriga o ápice da festa. O

espaço público recebe os bons velhinhos para a distribuição dos brinquedos, além de concentrar outras atrações para a criançada, como balão pula-pula, piscinas de bolinhas, cama elástica, tobogã, algodão-doce e pipoca. A principal intenção da campanha é servir de exemplo para empreendedores de outras regiões do país para que ajudem a criar um projeto nacional de amor e solidariedade ao próximo. Para participar ou contribuir com a iniciativa, acesse o site www.noeisanonimos. com.br ou ligue para (19) 3913-9700.


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