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Distribuição Gratuita
Megaph Cultne ural Ano V – Nº 47 – Edição Quinzenal 17 de março de 2016
Questionamentos
Com Paulo Maeda e Nathália Furlan, o espetáculo circense ‘Inverso e Movida – Acrobacias de Solo’ é uma das atrações da programação Página 5
MP recebe representação contra Secretaria de Cultura de Itapira Eleição
Conselho de Política Cultural tem composição alterada
Página 5
Página 2
A
Circuito Sesc de Artes traz diversidade cultural à região Paulo Barbuto/Divulgação
Batemos um papo com Deca, guitarrista com trabalhos nas bandas Pitbulls On Crack e Baranga
Pioneira
Convenção de tatuagem confirmada em Mogi Guaçu
Página 3
Grátis
Show de samba e teatro infantil são atrações do Circuito Cultural Paulista em Itapira e Mogi Guaçu Página 6
Aprendizado
Bares
temporada 2016 do Circuito Sesc de Artes tem novas edições confirmadas em Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu. O evento multicultural oferece uma vasta programação artística que abrange diversas linguagens, como teatro, dança, artes visuais, circo e música. Em Itapira, a iniciativa – que retorna após três anos – acontece no dia 8 de abril. No dia seguinte é a vez de Mogi Mirim, que tem programação idêntica. O destaque fica por conta do tributo aos Novos Baianos, que reúne Anelis Assumpção, Curumin e Márcia Castro. Em Mogi Guaçu, a programação é diferenciada e se desenrola no dia 17 do mesmo mês. Neste caso, o destaque musical fica a cargo do cantor e compositor Filipe Catto, com show em homenagem à Cássia Eller. O Circuito Sesc de Artes passa por mais de 100 cidades, com diversos roteiros diferentes, sempre ocupando espaços públicos e ofertando as atividades de forma gratuita. Confira nesta edição a programação completa dos três municípios da Baixa Mogiana que recebem o festival.
Veja opções para comemorar o St. Patricks Day na região
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Educação
Vestibular da Fatec oferece possibilidade de isenção de taxa
Página 7 Página 8
Palestra sobre produção de cerveja caseira é bem avaliada em Mogi Guaçu
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 17 de março de 2016 | Página 2
Editorial
Explicações necessárias
A
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itapira deve enfrentar uma bela dor de cabeça com a representação protocolada no MP (Ministério Público), no fim de fevereiro. A matéria que detalha o assunto está nesta edição e traz as demandas apresentadas pelos autores do documento, que cobram transparência da pasta. O secretário Marcelo Dragone Iamarino nega tudo e se mostra indignado. O fato é que a representação assinada por membros da Sociedade Civil presentes no Conselho Municipal de Política Cultural de Itapira representa a última gota em um copo que simboliza a relação entre o grupo e o titular da Secretaria. Uma relação marcada, lamentavelmente, pelo afastamento, pela desconfiança e pelo não-reconhecimento, por parte da administração municipal, do Conselho como
importante ferramenta de contribuição, fiscalização e fomento cultural. Na representação, a ausência de um contato mais amigável entre as partes fica evidente por meio das cobranças de prestação de contas e informações que não chegaram à mão dos solicitantes, como reza o rito legal. As dificuldades do Conselho em conseguir informações nunca foi segredo. Parte de seus membros não escondia a insatisfação por não conseguir tocar projetos junto à pasta. Como o exemplo, uma proposta de agenda cultural online e interligada para reunir todos os eventos do município, auxiliando na divulgação das ações e evitando o acúmulo de diversos eventos em uma mesma data, pulverizando ainda mais o já restrito público. A ferramenta não contou com a devida atenção da Secretaria, ficando desatualizada e perdendo sua função até ser
extinta. Na representação, o Conselho também cobra do MP uma investigação com relação à retirada, sem autorização do órgão, de mais de R$ 5 mil da conta do Fundo de Cultura. A retirada, feita pela Secretaria, não passou pelo crivo do colegiado conforme determina a lei. E enfrenta acusações de superfaturamentos. Tudo isso, agora, deverá ser explicado à Promotoria – ao menos é o que esperam os conselheiros autores do documento. Em tempos em que a classe política anda tão desacreditada e que a transparência é fator preponderante para reforçar relações de confiança, a Secretaria de Cultura e Turismo de Itapira dá um passo atrás no que se refere à boa gestão e administração aberta e participativa, como prometido pelo secretário em sua posse, em 2013, mas que parece ser justamente o oposto.
DECA
Divulgação
TALENTO E PERFORMANCE A SERVIÇO DO ROCK
G
Por Antonio Carlos Monteiro
uitarrista, compositor, performático em cena e de bem com a vida. Esse é Deca, guitarrista que tem seu nome ligado a duas bandas bastante representativas do rock brasileiro: Pitbulls On Crack (que contava como baixista Luiz Domingues, já entrevistado nestas páginas) e Baranga, quarteto que já tem cinco discos gravados. Neste papo com o Megaphone Cultural Deca fez um apanhado de sua carreira, falou sobre os "15 minutos de fama" com o Pitbulls e explicou que tem diferença, sim senhor, entre amizade de banda e amizade de boteco. Quando e como o rock entrou na sua vida? Deca: Ah, boas lembranças! Eu devia ter uns 10 anos e foi através de uma tia 'rockeira' que é um pouco mais velha que eu. Meu primeiro disco de rock foi uma coletânea de clássicos com Chuck Berry, Little Richards, Jerry Lee Lewis, Elvis Presley, Bill Halley e mais alguns outros mestres. O legal é que eu comecei do começo, com os caras que inventaram tudo isso, os verdadeiros culpados por a gente estar se falando agora e de quem for ler depois de publicado! E desse disco pra frente foi só 'piorando'... (risos)
Por que escolheu a guitarra como seu instrumento? E como foi seu aprendizado? Deca: Guitarra é tudo no rock'n'roll, né? Na real, eu fiquei na dúvida se seria bateria ou baixo, mas... guitarra é tudo! (risos) Eu tinha uns 17 anos e um amigo meu que era pianista começou a tocar numa banda de Hard Rock e eu estava sempre junto pra fotografar - era o jeito de eu viver aquela coisa legal de banda, ensaios e shows. Esse meu amigo pianista tem um irmão que tocava muito e como eu estava sempre na casa deles, ficava pedindo pra ele me ensinar uns acordes e coisas assim. O legal é que aprendi tocar guitarra com uma guitarra plugada num amplificador. Fiz umas aulas num conservatório, mas só serviu pra montar minha primeira banda, porque logo na primeira aula o professor me deu um violão pra tocar... Um tempo depois, fiz umas aulas no IGT, mas, cara, ia lá mais pra
Deca possui íntima história ligada ao Rock no Brasil fazer amizade com guitarrista, falar de guitarra e assistir a vídeos de rock. Tive aula com um guitarrista que tocou com uma cantora nacional de MPB ou um treco parecido, ele ia fazendo uns acordes e os alunos faziam uns solos... Achava muito chato aquilo e já zoava solando com a guitarra nas costas tipo Hendrix - claro que pipocando um monte de notas... (risos) Quais as primeiras bandas que você teve e o que aprendeu com elas? Deca: Minha primeira banda chamava-se Trama. Ela começou no tal conservatório musical e soava meio pop rock. Foi lá que comecei a compor e a explorar mais o lado da performance. Tocamos em alguns festivais de escolas, em que sempre tem muita gente, e chegamos a participar com um videoclipe no primeiro programa da finada MTV dedicado a vídeos de bandas nacionais. Depois, veio o Pitbulls On Crack e foi lá que tive meus '15 minutos de fama'. Falando sobre o Pitbulls On Crack (que eu até hoje acho uma das melhores coisas surgidas no rock nacional), qual era a intenção de vocês tanto em termos de estilo dentro do rock como de sucesso e repercussão? Deca: Muito obrigado pela opinião e elogio! Eu também adorava aquela banda e pra mim foi uma experiência fantástica! A nossa intenção foi tocar
rock sem estar descaradamente dentro de um estilo, ainda que pudesse ter elementos do estilo que fosse, desde que a música ficasse legal. Não tinha fórmula. No final, o som e a 'cara' da banda acabaram ficando parecidos com as bandas do tal movimento grunge. Claro que a intenção foi ter o máximo de exposição e sucesso possível e isso aconteceu, por um tempo, mas como aconteceu e no pouco tempo depois de formar a banda, nos surpreendeu. Lançamos um disco, Lift Off, pela gravadora do Ivan Lins (Velas), fizemos muitos shows, tocamos em lugares top e pra muita gente, participamos de um CD coletânea da 89FM daqui de Sampa e durante umas semanas uma das músicas ficou entre as dez mais pedidas pelos ouvintes. Aprendi muito sobre composição, equipamento, performance, gravação e, principalmente, como o business da música é estupidamente efêmero! Dentro desse grande profissionalismo, o disco do Pitbulls teve uma edição que vinha numa lata imitando a da sopa Campbells criada por Andy Warhol e com uma série de 'bugigangas' dentro. De quem foi essa ideia e quem bancou isso? Deca: É mesmo, o disco teve uma edição limitada especial de lançamento e distribuição. A ideia foi resultado de uma reunião sensacional de 'brainstorm' com a banda e o pessoal da gravadora. Surgiram milhōes de ideias, inclusive algumas absur-
das como colocar um saquinho de pulgas de verdade dentro da tal lata... (risos) Chegamos até a contatar um pet shop que disse que conseguiria fácil os bichinhos malditos depois dos banhos dos cachorros, mas eles recomendaram que deixássemos essa loucura de lado pelo risco de doenças... (risos) Quem bancou tudo e fez todas as parcerias do que vinha na lata (Coca Cola, Pedigree, etc.) foi a gravadora. Você disse que tocaram muito na época. Onde aconteceram esses shows? Deca: Tocamos em tudo quanto é tipo de lugar, sem 'pudor' nenhum. Uma apresentação podia ser numa casa de shows top e a próxima num lugar simples e desconhecido, mas que sempre tinha público legal que conheceria e curtiria a banda. Apesar de ser tão legal, o Pitbulls lançou apenas um disco e logo encerrou atividades. Por que não continuou? Deca: É, foi só um disco, além das duas músicas na coletânea da 89FM. O motivo do fim da banda foi o clássico caso das 'divergências musicais'. Como não éramos apegados a um estilo, cada um começou a ir musicalmente para um lado e no fim cada um foi fazer outras coisas, inclusive em outras bandas. Esquisito, mas foi o que aconteceu e terminamos em 1999, logo após vários shows
por São Paulo e Paraná. Foi no começo dos anos 2000, se bem me lembro, que você, Paulão Thomaz, Soneca e Xande criaram o Baranga. Qual era a intenção de vocês quando começaram a banda? Deca: Sim, foi nessa época que as primeiras conversas começaram, antes de tocar qualquer nota, e a intenção foi criar uma banda só de rock and roll pra colocar em prática todas as nossas influências e preferências comuns, como AC/DC, Motörhead, Status Quo, Rose Tattoo e algumas outras bandas sensacionais. Caí de cara, de corpo e alma e com guitarra e tudo no Baranga! O Baranga acabou se consolidando como um dos maiores nomes do rock brasileiro, mesmo trabalhando no underground e numa época em que o download (legal e ilegal) de música domina o mundo. O que fizeram para conseguir isso? Deca: Puxa! Obrigado por mais esse comentário legal! O público curte a banda e comparece aos shows e acho que é porque somos muito dedicados ao que fazemos e também porque somos muito honestos nas letras e na atitude. Em 2015, o baterista Paulão Thomaz resolveu deixar a banda. Por que isso aconteceu? Foi complicado substituí-lo? Porém, pelo que se percebe, não houve maiores ressentimentos,
já que o Baranga chegou a dividir palco com a nova banda dele, Kamboja. É isso mesmo? Deca: O Paulão saiu porque estava com projetos pessoais e musicais diferentes. Um dia, fomos à casa dele, conversamos e, pra (não) variar, depois fomos tomar umas cervejas! Amizade de bar é mais forte que amizade de banda! (risos) Fizemos dois shows com banda atual dele e foram duas festas fora e dentro do palco, com direito a participação especial! Mas, sim, foi muito complicado encontrar outro batera, Testamos um monte de caras legais, mas que não se encaixavam. Só que a gente ficou pesquisando, anunciando e agendando um monte de audição e esquecemos do Fernando Minchillo, o Alemão. Ele acompanha o Baranga desde o primeiro show, escuta as mesmas bandas que a gente e toca num estilo que se encaixou logo de cara. Quais os próximos planos do Baranga? Deca: Já temos dez músicas novas prontas pra gravar e estamos em fase de pré-produção, para fazer ajustes aqui e ali. Devemos começar as gravaçōes do sexto CD em maio. Depois disso, vamos finalmente colocar em prática os planos de gravar ao vivo, lançar um DVD e preparar o sétimo CD. Nossos ídolos estão morrendo. Muito em breve, poucos deles estarão por aí e praticamente todos aposentados. O que vai ser do rock quando isso acontecer? Deca: É triste, mas é inevitável. Aliás, tem alguns desses nossos heróis do rock que ainda estão por aí fazendo hora extra... (risos) Eu escuto muita Música Clássica, tem poucos compositores novos, mas tem, e com o Rock vai ser igual. Vai ter muito mais banda de cover e de tributo, e alguns fazendo músicas próprias e levando o rock pro século XXII. E, claro, o rock vai continuar se misturando, se modificando e existindo. Você se considera realizado como músico? Em caso negativo, o que falta para se realizar? Deca: Sou inconformado e inquieto por natureza! Sempre quero mais uma saideira no bar! Preciso gravar um disco ao vivo, lançar um DVD, lançar mais discos e tocar onde ainda não toquei e tocar de novo onde já toquei!
Antonio Carlos Monteiro é guitarrista, jornalista e crítico de música. Atua como redator na Revista Roadie Crew e colabora com o Megaphone Cultural.
Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira
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O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro / Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro / Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz / Banca Bela Vista | Praça da Bíblia - Santa Cruz / Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis / Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro / Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro / Center Supri Rua José Bonifácio, 194 – Centro – 3863-0972 / Fatec ‘Ogari de Castro Pacheco’ Rua Tereza Lera Paoletti, 570, Jardim Bela Vista
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Bancas do Sardinha | Rua Pedro Botesi (Tucura) / School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro / Fatec ‘Arthur de Azevedo’ Rua Ariovaldo Silveira Franco, 567, Jardim 31 de Março
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Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde / Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro / Banca da Capela |Praça da Capela - Capela / Woodstock Barbearia & Tattoo Rua Manacás, 295, Ypê Pinheiros – 9. 9602-2811
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www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 17 de março de 2016 | Página 3
Mogi Guaçu terá convenção de tatuagem em maio
F
oi confirmada para maio a primeira edição da Ink Town – Convenção de Tatuagem de Mogi Guaçu. O evento acontece nos dias 20, 21 e 22 no Centro Cultural da cidade e reunirá diversas atividades relacionadas ao universo das tatuagens. O cronograma reunirá festival que premiará os primeiros e segundos colocados em 17 categorias, além de desfile de Tattoo Girls e Lady Tattoo, workshops, shows musicais e apresentação de Diego Magno, do tricampeão brasileiro de Bike Trial. Uma praça de alimentação com lanchonetes gourmets também está confirmada. O objetivo do evento é divulgar a arte corporal e reunir, em um só espaço, diversas linguagens artísticas e culturais. Mais que isso, ao encampar a primeira edição de uma convenção de tatuam em Mogi Guaçu, o Ink Town chama pra si a responsabilidade de preencher uma lacuna existente com relação a este tipo de evento na região. O convite individual para cada dia custará R$ 10,00, mas, de acordo com a organização, haverá pacotes promocionais para os três dias de evento,
com venda antecipada. O pacote custa R$ 20,00. Crianças até 10 anos não pagam entrada, desde que estejam acompanhadas dos responsáveis e comprovem a idade. O evento também tem viés beneficente, e por isso todo ingresso deverá ser apresentado na portaria acompanhado de um litro de leite ou um quilo de ração para cães ou gatos. Na ausência desses produtos, será cobrada uma taxa adicional de R$ 5,00. Os canhotos do ingresso ainda darão direito à participação em sorteios de brindes durante a programação. A programação musical reúne, no primeiro dia do evento, as bandas Aom Sounds, Uvalua, Inspirados Rap Nacional e Rap NGO, além de duelos de DJs e B-boys. No sábado, o som fica por conta do DJ Mouse e das bandas Prime Zero, Guns n’ Roses Cover, Blacjaw, Dots (System of a Down Cover), Colapse NR, Chaoslace e Executer. Já no domingo e último dia, o som também começa com DJ, além das bandas Cargo Mega Jumbo, Hard Core, Roçabilly Brothers e The Hicks. As atividades acontecerão sempre entre 10h00 e
PROGRAME-SE
AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)
O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114
Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu 18/03 - Low Ladys 19/03 - Brian Damege (Tributo ao Pink Floyd) 26/03 - Hemp Family (Tributo ao Planet Hemp) + DJ Mouse e DJ Nikito
O CHOPINHO Telefone: (19) 3843-7230 Rua Dr. Norberto da Fonseca, 240 - Nova Itapira https://www.facebook.com/ochopinho 17/03 - Everton Coraça 18/03 - Carlos Henrique 19/03 - Brasilidade (Duo) 24/03 - Ed Campos 26/03 - Tempero Brasileiro (Duo) 01/04 - Gustavo Mariano 02/04 - Carlos Henrique
Evento reunirá artistas e atividades do gênero 22h00. Outros detalhes sobre o evento e a programação completa estão na página oficial do Ink Town no Facebook (www.
bitly.com/inktown). Organização é da Tattoo Rempel e Tchelo Tetzlaf, com patrocínio d’O Profeta Pub Rock .
St. Patricks Day movimenta bares da região
Celebrado mundialmente em 17 de março, o St. Patrick’s Days (ou Dia de São Patrício) motiva diversos eventos também na região. A data é conhecida pela oferta de chopp e cerveja – na maior parte das vezes de coloração verde – em homenagem ao religioso
irlandês. A festa possui grande apelo popular em países de língua inglesa e, por isso, atrai público jovem aos bares e pubs – daí o apelo da cerveja. Outro motivo é que a data, celebrada no dia do falecimento de São Patrício, ocorre durante a quaresma, período no qual os
cristãos costumam se privar de diversos hábitos – incluindo o consumo de bebidas alcóolicas. O St. Patricks Day, contudo, acabou se tornando um dia de exceção, onde todos acabam cedendo ao desejo de comer, beber e festejar. Na Irlanda, inclusive, por ocasião
EM ITAPIRA No Capitão Black, a celebração acontece na sexta-feira (18), quando o chopp Brahma será ofertado a R$ 4,90 durante toda a noite. O som fica por conta da Garage 3 Rock Band. O bar fica na Avenida Jac areí, 64, na Santa Cruz. Reservas e info rmações pelo telefone (19) 3863-7 272 ou pelo site www.capitaoblack.com.br. EM ITAPIRA O Empório Bueno também pro move sua fes ta de St. Pat rick s Day, no sáb ado (19). A casa oferece chopp arte san al ver de, alé m da seleta car ta de cer vejas naciota nais e imp orta das. O eve nto con som O s. sco peti e hos ainda com espetin dupla fica por conta do músico Bola e da fica ento Rocky Raccoon. O estabelecim São no 81, l, Lea na Rua Cônego Guerra pelo Benedito. Informações e reservas . www site pelo ou 01 3-70 384 telefone (19) emporiobueno.com.br.
Agenda dos melhores eventos de 17/03 a 07/05
da forte tradição cervejeira, a proibição do consumo da bebida no Dia de São Patrício é oficialmente suspensa. Em Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu, a data não passará em branco, com diversas opções para o público. Confira algumas recomendações:
EM MOGI MIRIM o em O St. Patricks Day será celebrad idas. Beb s grande estilo na Newnes nesente riam prop O evento acontece 00. 18h das ir part a , (17) ta quinta-feira de o carg a fica ical mus o açã A anim ndo usa nto Cesio 137 Duo. Quem for ao eve ha um chouma peça de roupa na cor verde gan limitados, são e 0 10,0 R$ pp. Os ingressos custam temática. ão oraç dec com ta con e o evento ainda ) 3806(19 fone Informações e reservas pelo tele m.br. O s.co bida 2623 ou pelo site www.newnessbe ani, agn Rav ônio Ant Rua estabelecimento fina na é. 110, Vila São Jos
EM MOGI GUAÇU A loja Mestre Cervejeiro terá com emoração do St. Patricks Day em dose tripla. Os eve ntos tecem nesta quinta-feira (17), sexta-fe aconira (18) e sábado (19). Nos três dias a loja oferece uma gama de produtos e conta ainda com promoções e descontos. Na quinta e na sexta-fe ira, as celebrações começam às 18h00. Já no sábado , o evento é a partir das 11h30. A loja fica na Rua Waldomiro Martini, 104, no Centro. Informações e reservas via fone (19) 3569-9961. Saiba mais sobre o estabelecimento no site www .mestre-cervejeiro.com.
Restaurante Pizzaria Bar Balada & Eventos
AVENIDA JACAREÍ, 64 – ITAPIRA 18/03 - St Patrick’s Day com Garage 3 Rock Band 01/04 - Duo Rock Vandinho e Linguiça 15/04 - Garage 3 16/04 - Let It Beatles 29/04 - Rocky Racoon 07/05 - 70 & Tal
CHOPERIA TRADIÇÃO facebook: Choperia-Tradição
Avenida Luiz Gonzaga de Amordo Campos, 31 Jardim Casagrande - Mogi Guaçu
17/03 - Roni Bueno 18/03 - Frequência Acústica 19/03 - Lina + Reh + Di 20/03 - Calculados 24/03 - Serginho & Júlio
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Circuito Sesc de Artes confirma atividades em Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu
O
Circuito Sesc de Artes definiu sua programação nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu. Conforme já antecipado pelo Megaphone, após três anos sem edições em Itapira, o evento volta a ocupar a Praça Bernardino de Campos com atividades artísticas e culturais no dia 8 de abril, sexta-feira. Em Mogi Mirim, o evento acontece no dia seguinte, 9 de abril, sábado, na Praça Chico Mendes. Já em Mogi Guaçu, o cronograma será apresentado no dia 17 do mesmo mês, um domingo, na Praça Angelina Mariotoni (Campo da Brahma). A proposta do Circuito Sesc de Artes é intervir positivamente no dia-a-dia de cidades que não possuem unidade do Sesc, democratizando o acesso à cultura e levando atrações de diversas linguagens artísticas. A ocupação de praças, parques e ruas reforça a ideia do espaço público ser um local de convivência e de encontro. A exemplo de outras cidades, a programação em Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu reunirá apresentações e atividades de música, teatro, dança, circo, artes visuais e literatura. Na esfera musical, o destaque em Itapira e em Mogi Mirim, que recebem programações idênticas, é o espetáculo ‘Dê um Rolê’, que reúne Anelis
Assumpção, Curumin e Márcia Castro em uma homenagem aos Novos Baianos. No repertório, canções como ‘Mistério do Planeta’, ‘Acabou Chorare’, ‘Barra Lúcifer’, ‘Colégio de Aplicação’, ‘Preta Pretinha’ e ‘Besta É Tu’. O teatro estará presente com ‘Felinda’, peça da Cia Carroça de Mamulengos. Felinda é uma moça nem feita e nem linda que fugiu com um circo, mas por não ter nenhuma habilidade que servisse ao picadeiro, foi deixada para trás. Sozinha, desatinou, esqueceu seu nome e de onde vinha. Restaram apenas as lembranças do circo: uma charanga de palhaços, bonecos reais e seres imaginários, que entram em cena ao som de música ao vivo. A Cia é uma trupe de saltimbancos com quase 40 anos, formada por pessoas da mesma família. Já em Mogi Guaçu, o show principal fica por
conta do cantor Filipe Catto, que presta tributo a Cássia Eller. A programação ainda reúne show de mágica e números de dança, entre outras atrações. A programação é totalmente gratuita e, em todas as cidades, acontecem a partir das 16h00, com classificação etária livre. A última vez que o Circuito Sesc de Artes passou por Itapira foi em 2012. Antes disso, o evento já havia aportado no município em 2010 e 2011. Neste ano, a iniciativa atende a 114 municípios paulistas durante quatro finais de semana, entre os dias 1º e 24 de abril. São 12 roteiros diferentes que englobam linguagens como música, dança, teatro, circo, cinema, artes visuais, literatura, cultura digital e artemídia. Cada roteiro percorre entre nove e 12 cidades. Ao todo, serão 67 trabalhos artísticos e 807 apresentações e intervenções, sempre em sextas, sábados e domingos, reunindo um total de 311 artistas e culminando em mais de 600 horas de atividades. A coordenação fica a
cargo de 19 unidades do Sesc que atuam regionalmente e em parcerias com prefeituras e sindicatos dos comércios das cidades atendidas. Para o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, o Circuito Sesc de Artes promove a democratização da cultura e estimula a aproximação das pessoas destas cidades com as diversas manifestações artísticas. “Promover a itinerância da programação em comunidades onde não há a presença do Sesc, em parceria com os órgãos municipais,com a ocupação dos espaços públicos por artistas em praças, ruas e parques, demonstra a relevância da cultura. Tem por objetivo, também, despertar o interesse do público pelas diversas linguagens presentes na programação. Música, dança, teatro, circo, cinema, literatura e as artes visuais abrem possibilidades para uma experiência inovadora e transformadora em todos, a toda hora e em todos os lugares”,destaca. As programações de Itapira e de Mogi Mirim integram o Roteiro 1 e também serão apresentadas nas cidades de Jales, Tanabi, Votuporanga, Mogi Mirim e Americana. Já a programação de Mogi Guaçu faz parte do Roteiro 2 e também passará por Fernandópolis, Santa Fé do Sul, Mirassol, Tupã, Oswaldo Cruz, Adamantina, Santa Bárbara D’Oeste e Valinhos. A programação completa pode ser consultada em www. circuito.sescsp.org.br.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA ITAPIRA Dia 8 de abril A partir das 16h00 Praça Bernardino de Campos
MOGI MIRIM Dia 9 de abril A partir das 16h00 Praça Chico Mendes
Música | Dê um Rolê - Anelis Assumpção, Curumin e Marcia Castro se unem para prestar uma homenagem aos Novos Baianos. No repertório, canções como Mistério do Planeta, Acabou Chorare, Barra Lúcifer, Colégio de Aplicação, Preta Pretinha e Besta É Tu. Teatro | Felinda - Felinda, após ser abandonada pelo circo, desatinou e ficou apenas com as memórias do picadeiro: uma charanga de palhaços, bonecos reais e seres imaginários, que entram em cena ao som de música ao vivo. Dança | Paisagens Inter-urbanas - A performance, que acontece em meio a diversos baldes coloridos, propõe um diálogo entre os espectadores e a memória da água na cidade que os cerca. Artes Visuais | Cine Magia – Gabinete de Curiosidades e Habilidades - Exibição de curtas-metragens, dirigidos pelo cineasta francês Georges Méliès entre 1896 e 1913. A atividade compõe o Gabinete de Curiosidades e Habilidades inspirado antigos carros itinerantes que iam de cidade em cidade apresentando toda sorte de atrações artísticas e curiosidades. Circo | Inverso e Movida – Acrobacias de Solo - A dupla de acrobatas apresentam intervenções - parada de mãos e performance de mão a mão - que reúnem técnica e poesia de movimentos. Artes Visuais | Clube do Bordar - Gabinete de Curiosidades e Habilidades - Oficina onde os participantes iniciarão o processo de confecção de um bordado, a partir de textos e desenhos sugeridos pelo grupo. A atividade compõe o Gabinete de Curiosidades e Habilidades inspirado antigos carros itinerantes que iam de cidade em cidade apresentando toda sorte de atrações artísticas e curiosidades. Literatura | Palavra + Imagem - Gabinete de Curiosidades e Habilidades - Uma dupla mediará a leitura de livros ilustrados de um acervo. A atividade compõe o Gabinete de Curiosidades e Habilidades inspirado antigos carros itinerantes que iam de cidade em cidade apresentando toda sorte de atrações artísticas e curiosidades. MOGI GUAÇU Dia 17 de abril A partir das 16h00 Campo da Brahma Artes Visuais | Selfie HQ – Gabinete de Curiosidades e Habilidades - O artista Diego Castro orienta o público a criar sua própria história em quadrinhos. A atividade compõe o Gabinete de Curiosidades e Habilidades inspirado antigos carros itinerantes que iam de cidade em cidade apresentando toda sorte de atrações artísticas e curiosidades. Cinema | Cine Magia - Gabinete de Curiosidades e Habilidades - Exibição de curtas-metragens, dirigidos pelo cineasta francês Georges Méliès entre 1896 e 1913. A atividade compõe o Gabinete de Curiosidades e Habilidades inspirado antigos carros itinerantes que iam de cidade em cidade apresentando toda sorte de atrações artísticas e curiosidades. Literatura | Palavra + Imagem - Gabinete de Curiosidades e Habilidades - Uma dupla mediará a leitura de livros ilustrados de um acervo. A atividade compõe o Gabinete de Curiosidades e Habilidades inspirado antigos carros itinerantes que iam de cidade em cidade apresentando toda sorte de atrações artísticas e curiosidades. Teatro | A Saga do Herói Morto - O espetáculo cômico resgata o mito do herói por meio de sua jornada, recriando personagens típicos da Idade Média, para relembrar atitudes heróicas rotineiras e também propor uma reflexão sobre problemas sociais.
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Dança | Sr. Calvino - Figuras que se encantam pelos pequenos detalhes presentes no cotidiano das cidades e que passam despercebidos pela maioria das pessoas. Circo | Duelos Mágicos - Felipe Gouvea e Willy White duelam de maneira bem humorada exibindo diversos números. Música | Filipe Catto canta Cássia Eller – O cantor e compositor Filipe Catto empresta seu timbre de contratenor para uma homenagem a uma de suas referências musicais: Cássia Eller.
Cia. Alcina da Palavra é uma das atrações do festival
Estréia do ‘Raízes do Samba’ é bem avaliada em Itapira O pátio da antiga Estação da Fepasa, na região central de Itapira, foi palco da estreia do projeto ‘Raízes do Samba’, na manhã do domingo (13). Organizado por músicos do município, o evento reuniu mais de 300 pessoas em cinco horas de atividades. A programação começou às 10h00 e se estendeu até 15h00, a pedido do público. A proposta de mobilizar o cenário musical itapirense com a realização de rodas de samba mensais ganhou o apoio de vários músicos. “Iniciamos as apresentações às 10h00 e deveríamos ter encerrado às 14h00, mas o pessoal gostou tanto da ideia que ficamos um pouquinho mais. Todos interagiram totalmente com o projeto. Cantaram e dançaram bastante. Acredito que acertamos em tudo”, avaliou um dos coordenadores do evento, Silvio Maktura. O repertório foi composto basicamente por samba raiz e tributos a cantores consagrados, tudo a cargo dos músicos Andercleisson Gonçalves, Juninho Santos, Tales Henrique Souza, Felipe Laurindo, Elcinho Dias, Ivory Nicolai Piardi, Leandro Santos, Silas Oziel Silva, Everton Pinheiro Araújo, Adan
Leo Santos/Megaphone
Grupo se apresentará uma vez por mês Leo Santos/Megaphone
Público prestigiou primeira data da iniciativa Guilherme Franco e Guilherme Orozimbo. Nos intervalos, o som ficou a cargo do DJ Lai, com seleção marcada por Samba Rock e Black Music. “O músico Paulinho Pimenta deu uma ‘canja’ e alguns músicos locais também participaram, o que é muito bom, pois queremos
abrir espaço para cantores da cidade e músicos autorais que não têm condições ou espaço para apresentar suas composições”, disse Maktura. A próxima edição do evento acontece no dia 24 de abril, com início às 10h00, no mesmo local. A entrada é franca.
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Conselho pede ao MP que investigue contas da Secretaria de Cultura de Itapira
M
embros da sociedade civil no Conselho Municipal de Política Cultural de Itapira protocolaram uma representação contra a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. O documento datado do dia 26 de fevereiro requer a ‘averiguação da regularidade nas contas’ da pasta dirigida pelo secretário Marcelo Dragone Iamarino, denunciando ‘ações indevidas’ e elencando diversos fatores que motivaram a representação. O documento é assinado por Danilo Lopes, Heloísa Bueno de Moraes, Valner Cintra, Eduardo Nascimento e Felipe Nascimento – conselheiros durante o biênio 2013/2015. Até o último dia 4, Lopes presidia o órgão, que teve sua composição alterada pela eleição para o biênio 2016/2018 (matéria nesta página). Entre as denúncias, os autores da representação afirmam que ‘houve retirada de dinheiro da conta do Fundo do
Conselho de Cultura’, no valor de R$ 5.355,00 – sem a devida autorização dos membros do órgão conforme preconiza a lei. Segundo apurado, a conta teria perto de R$ 10 mil, que de acordo com os planos do Conselho, poderiam ser destinados a cinco editais de R$ 2 mil para financiar projetos de artistas independentes do município, mediante inscrição, análise e aprovação do colegiado. Os conselheiros que assinam a representação também afirmam que a Secretaria não apresentou a prestação de contas de 2014, ‘tendo sido apresentado ao Conselho apenas o portfólio de fotos dos eventos realizados, sem detalhamentos e valores’. A representação afirma ainda que o Conselho, em sua gestão mais recente, não tevereconhecido seu caráter consultivo e deliberativo. ‘Nenhuma ação (aprovação de convênios, valores destinados a eventos o festas etc) da Secretaria de Cultura e Turismo na gestão do biênio 2013-2015 Arquivo/Megaphone
Lopes é um dos autores da representação
passou pela aprovação de seus membros’, descreve a representação à qual a reportagem teve acesso. Os representantes ainda relatam um “aparente boicote” às ações do Conselho, com a criação de uma agenda cultural online criada pelo órgão em parceria com empreendedores locais e desativada ‘especialmente por falta de alimentação de dados por parte da Secretaria’. Outro boicote teria sido com relação à inserção do Conselho de Cultura no processo de construção do Plano Municipal de Cultura em consonância com o Sistema Nacional de Cultura, que deveria ser participativo e democrático, ‘mas cuja representação está sendo realizada pelo próprio secretário (Iamarino), ignorando o processo devido e as eleições necessárias através de fóruns municipais’ pra que seja garantida a devida representação popular nos fóruns regionais e estaduais. A representação ainda cita a existência de denúncias anônimas da sociedade civil ‘a respeito de notas fiscais apresentadas por trabalhos que não foram executados ou superfaturados, sempre pelos menos prestadores de serviço, relacionados àcontratação de artistas, convênios e equipamento técnico’, como gastos com alimentação, infraestrutura de palco, equipamento de som e iluminação, banheiro químico e segurança. ‘Desta forma, foram violados os cofres públicos e o direito de participação popular no processo democrático e na devida sugestão de políticas públicas, diante do que solicitamos abertura de processo para averiguação das informações
para legitimação dos membros da sociedade civil no conselho, enquanto representantes ativos da população no que diz respeito ao desenvolvimento cultural local’, finaliza o documento. Durante a eleição de quinta-feira, os autores da representação pretendiam ler um manifesto, mas o procedimento não pode ser feito para não ferir o rito legal do processo de votação. “Ao contrário do que é previsto por lei, nunca fomos consultados para a realização das atividades financiadas pela pasta (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e muito menos empoderados a deliberar projetos ou recursos, ao contrário, nossos questionamentos a respeito da destinação da verba pública eram sempre considerados de maneira equivocada como afronta política”, diz um trecho do texto, ao qual a reportagem também teve acesso. O manifesto também cita a falta de participação de membros do poder público nas reuniões, motivo pelo qual diversas vezes, foi necessário encaminhar ofícios solicitando novos nomes para a devida representação. Anteontem, a Promotoria de Justiça confirmou o registro da representação, que por conter informações bancárias teve decretado o sigilo. A promotora Patrícia TaliatelliBarsottini deverá dar andamento no caso, segundo apurado pela reportagem. DEFESA O secretário municipal de Cultura e Turismo, Marcelo Dragone Iamarino, rechaçou as
Eleição altera composição e diretoria do Conselho Eleição realizada na tarde do último dia 3, no auditório da Casa da Cultura João Torrecillas Filho, definiu a nova composição do Conselho Municipal de Política Cultural. Na ocasião, também foi eleita a nova mesa diretora do órgão. O arquiteto José Antônio Valverde, presidente do Coral Cidade de Itapira, foi escolhido para presidir também a diretoria do Conselho. A Vice-Presidência e a Secretaria ficaram com Edno Moreira Henrique e Eric Lucian Apolinário, respectivamente. Ambos são representantes da Prefeitura no Conselho, o que agradou o secretário de Cultura e Turismo, Marcelo Dragone Iamarino, já que a relação com a antiga diretoria não era das melhores – vide a representação encaminhada ao Ministério Público (matéria nesta página). O agora ex-presidente Danilo Lopes também disputou a reeleição, mas acabou sendo vencido por 7 votos a 3. O resultado foi idêntico nas votações para vice-presidente e secretários. Até então, todos os cargos da diretoria eram ocupados por representantes da sociedade civil no Conselho. A vice-presidência era de Valner Cintra e, a secretaria, de Heloísa Bueno de Moraes. Cintra também disputou a eleição para o mesmo cargo anteriormente ocupado, enquanto que o conselheiro Felipe Nascimento se candidatou à vaga de secretário. A estrutura do Conselho Municipal de Política Cultural Leo Santos/Megaphone
Valverde foi eleito presidente do órgão
Fernando Pineccio/Megaphone
Arquivo/Megaphone
Iamarino se defende de acusações informações contidas na representação e disse que fará sua defesa por meio dos “advogados da Prefeitura”. “Estou sendo representado na Promotoria por não atender os anseios (do Conselho), mas nunca me mandaram um ofício, era uma bagunça, e agora vou ter que me defender através dos advogados da Prefeitura. Eles (autores da representação) não têm nenhum documento para apresentar sobre o que falaram (na Promotoria) e nós já estamos levantando todos os documentos”, rebateu. Os autores garantem o contrário, que todos os documentos e cópias dos ofícios não respondidos estão anexados na representação enviada ao MP. Muitos dos pedidos também eram feitos nos encontros do Conselho e registradas em atas, que representam, também, documentos oficiais. Contudo, a presença do secretário sempre foi rara nas reuniões. No ano passado, por exemplo, em 18 reuniões ordinárias e extraordinárias, somente quatro tiveram a participação de Iamarino, segundo as listas de presença. O secretário disse que o dinheiro retirado do Fundo foi utilizado para o pagamento de troféus do Festival de Dança. “Ninguém levou dinheiro de lado
nenhum. Foi pedido verbalmente (ao Conselho) e não tivemos resposta. E que fique claro que todo o dinheiro que estava no Fundo foi a própria Secretaria que colocou através da cobrança das taxas nos nossos eventos. Nunca ninguém da sociedade civil veio colocar dinheiro no Fundo, em 2013 não tínhamos nada na conta e depois tivemos cerca de R$ 10 mil e usamos uma parte”, argumentou. Presidente do Conselho quando da representação, Danilo Lopes disse que tem, sim, os ofícios com os pedidos que ficaram sem respostas, bem como as atas das reuniões com as discussões sobre essas demandas. “Temos tudo documentado e isso está com o Ministério Público. Ele (Iamarino) não estava presente na maioria das reuniões, faltava pra caramba, inclusive temos um ofício dele respondendo que não tinha tempo e nem funcionários para nos responder”, garantiu. “Não fizemos a representação sem provas do que estamos falando. Desde a falta da prestação de contas, que é necessária para construir o Plano Municipal de Cultura, até a saída de dinheiro do Fundo sem a devida aprovação, o que é inaceitável, é burlar uma lei, e isso só foi aprovado pelo próprio secretário”, complementou Lopes.
CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA CULTURAL COMPOSIÇÃO – BIÊNIO 2016/2018
• REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL TEATRO
Titular: Danilo Alves Lopes Suplente: André Luís Augusto Avancini
ARTES VISUAIS
Titular: Valner Cintra Suplente: João Marquezini
DANÇA
Titular: Juliana Avancini Suplente: Paulo Sérgio Lucas
MOVIMENTOS SOCIAIS DE IDENTIDADE Titular: Felipe Nascimento Suplente: Aline Fernanda Longo
MÚSICA
Titular: José Antônio Valverde Suplente: João Lucas
Procedimento foi abrigado na Casa da Cultura envolve dois representantes da sociedade civil - sendo um titular e um suplente - para cada um dos seguintes segmentos artísticos: Dança, Música, Artes Visuais, Teatro e Movimentos Sociais de Identidade. O mesmo ocorre com o Poder Público, que deve indicar dois nomes de cada uma das seguintes pastas administrativas: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.No caso da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, são quatro nomes: dois titulares e dois suplentes. Perto de 40 pessoas acompanharam a eleição, coordenada pela advogada Patrícia Helena Modesto, da Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos. Apesar do resultado do pleito, o secretário municipal de Esportes e Lazer, Luiz Domingues, permanecerá como presidente interino até que o resultado seja homologado e ocorra a posse. Essa situação é assegurada ao membro decano do Conselho. Antes da votação para os componentes da mesa diretora – que reúne as preferências dos membros do Conselho – ocorreu a indicação dos representantes do Poder Público e da Sociedade Civil ao órgão. A área musical foi a que mais concentrou votos: 16. Na área de Movimentos Sociais de Identidade foram 10 votos, seguido por Dança, com 4, Artes Visuais e Teatro, com 3 cada. Ao término da votação, a advogada avaliou positivamente o processo de votação e fez recomendações aos eleitos. “Todos sabem que tem serviço, então se dediquem. É a cultura do mu-
nicípio na mão de vocês”, disse. “O ideal é que não faltem (às reuniões, que são quinzenais) e que, tão logo tomem posse e se tornem realmente um Conselho, tentem melhorar esse regimento interno que está um pouco falho em algumas coisas”, sugeriu. Já na condição de presidente do Conselho, Valverde disse que sua expectativa é de “muito trabalho”. “Ainda não sei quais os encaminhamentos internos,mas a única coisa de que tenho certeza é que tudo vai depender de muito trabalho da equipe eleita. Espero poder unir todos em um bem comum que é a cultura, um setor muitas vezes esquecido e de muita importância para a cidade”, disse. O novo presidente afirmou que há tempos já cogitava a hipótese de participar do Conselho para expandir sua atuação na área cultural. A respeito de comentários de que a Secretaria Municipal de Turismo tivesse feito uma convocação a representantes de entidades culturais conveniadas com a Prefeitura, Valverde disse que somente recebeu uma sugestão de Iamarino para que se candidatasse, mas negou qualquer imposição. “Não foi um convite incisivo, uma convocação ou algo imposto. Não tenho o rabo preso com ninguém, se alguém está pensando isso pode tirar o cavalinho da chuva. A única coisa que eu tenho é vontade de trabalhar nessa área e poder escrever meu nome como alguém que fez algo pela cultura. Vou tentar encaminhar esse Conselho para o bem maior que é a cultura, sou apartidário e minha intenção é atuar de forma completamente imparcial”, salientou.
O secretário confirmou que esse convite foi estendido a todos, “principalmente aos conveniados”. “São pessoas envolvidas, que trabalham na área da cultura há muitos anos e têm que ver o andamento das coisas. A maior parte da verba da Cultura vai para os meus conveniados, então precisam estar a par do que o Conselho discute”, frisou o secretário, que aproveitou para elogiar o novo presidente do órgão. “O Valverde é um grande amigo, e acho que por isso agora haverá um relacionamento melhor (entre a Secretaria e o Conselho). Sempre conversamos, e isso é algo que eu não tinha com a outra diretoria, ninguém vinha me procurar”, frisou o secretário com 14 ausências em 18 reuniões realizadas pelo Conselho em 2015.
ESPERADO Lopes, agora ex-presidente e que segue como conselheiro, afirmou que o resultado da eleição já era esperado. “Tínhamos a intenção de continuar o trabalho que fizemos nesses dois últimos sofridos anos. Até entrarmos, o Conselho era de fachada, não funcionava, não se ouvia nem falar. Conseguimos um movimento para atrair mais artistas e fazer com que funcionasse de verdade, então estamos tranquilos e felizes de ao menos ver esses artistas e interessados reunidos. No mínimo, fizemos a Secretaria se movimentar e agora todos sabem que o Conselho existe”, avaliou. De acordo com ele, diversas ações em andamento deverão ter continuidade – e para isso as demandas deverão ser apresentadas à nova diretoria. “Existem
• REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO Titular: Marcelo Dragone Iamarino Suplente: João Batista Lucas Titular: Eric Lucian Apolinário Suplente: Silvia Helena da Rocha
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Titular: Maria José Diniz da Silva Suplente: Mariah Tagliatti
SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE Titular: Edno Moreira Henrique Suplente: Fábio Alexandre Giovelli
SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES E LAZER Titular: Luiz Domingues Suplente: Marcos Gasparino Schimidt
várias ações pertinentes que merecem cuidado especial, como o Plano Municipal de Cultura. Várias cidades da região já estão formalizando seus planos e fazendo assembleias e a gente gostaria que isso continuasse sendo construído aqui”, frisou. Lopes também ressaltou que a presença de membros da antiga composição no novo grupo seguirá a mesma linha ideológica, com viés de parceria, mas também de questionamentos. “Precisamos de um Conselho não só para promover projetos, mas também para fiscalizar, coisa que nunca aconteceu antes. Tivemos muitas dificuldades para fazer isso nos dos últimos anos e por isso ficamos felizes que o Conselho continue com membros da sociedade civil que mantém esse mesmo objetivo. Não vamos deixar de lutar e cobrar que as ações sejam transparentes”, disse. O conselheiro também desejou que a nova diretoria se comprometa
para que o Conselho não volte a ser “apenas de fachada”. “Todos temos muita responsabilidade e não podemos ser coniventes com o que consideramos errado. Em nossa gestão seguimos à risca o Regimento Interno, o Conselho é consultivo e deliberativo, então temos que ser consultados e deliberar sobre as ações”, reforçou. O Conselho Municipal de Política Cultural foi criado em 2011. A atuação dos conselheiros não é remunerada, sendo considerada de relevante interesse público. Entre os objetivos do órgão, descritos na lei que o criou, está a necessidade de sugerir critérios para a aplicação de recursos destinados à Cultura, pronunciar-se sobre convênios, apreciar e aprovar as diretrizes dos Fundos de Cultura, fiscalizar o cumprimento das diretrizes e instrumentos de financiamento da cultura e opinar sobre projetos apresentados ao Fundo Municipal de Cultura visando subvenções.
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Chuva impede apresentação teatral em Itapira A apresentação do espetáculo Romeu e Julieta agendada para a tarde do último domingo (13), em Itapira, precisou ser cancelada devido à chuva. O evento, a cargo da Cia Talagadá, aconteceria às 15h00 na Praça Bernardino de Campos, mas acabou sendo suspenso por causa do mau tempo. Apesar de intensa, a chuva foi isolada, sendo registrada somente na região central. A atividade, contudo, foi remarcada. No final da manhã de sábado (12) o grupo já havia cumprido agenda no mesmo espaço, atraindo um público aproximado de 50 pessoas que acompanharam a adaptação do clássico de Willian Shakespeare. “A apresentação de sábado foi muito bacana. Além das pessoas que foram à Praça assistir o espetáculo, tivemos também as pessoas que estavam passando e resolveram parar para assistir. A recepção foi muito positiva”, comentou um dos atores do grupo, Danilo Lopes. No dia seguinte, a expectativa era ainda melhor, segundo ele. A apresentação chegou a
começar, já com um público de quase 80 pessoas, mas logo em seguida a chuva começou e não deu mais trégua. “Quando a chuva começou, as pessoas correram pra se esconder e paramos a apresentação. Em seguida, a chuva se intensificou e aí não teve como continuar, até pelo fato de que usamos microfones ligados à eletricidade”, disse Lopes. A apresentação foi reagendada para o próximo sábado (19), também na Praça Bernardino de Campos. A ideia é que o evento integre a programação do Sarau Cultural, cujo tema desta vez aborda questões ligadas à sexualidade e pluralidade de gênero (matéria ao lado). Com isso, o cronograma que teria início às 14h00 agora começará às 11h00, também com atividades gratuitas e abertas ao público. “Foi uma pena não conseguirmos apresentar a peça no domingo, tinha bastante gente, inclusive pessoas de Mogi Mirim e Mogi Guaçu que vieram para assistir. Mas, já aproveitamos e fizemos o convite para o sábado, e esse público disse que pretende
Leo Santos/Megaphone
Espetáculo precisou ser adiado voltar”, concluiu o ator. Na adaptação, a Cia Talagadá se apropria da clássica trama para tratar de questões como vulnerabilidade social, intolerância, preconceito, violência e opressão. Em meio ao lixo, tralhas e tudo mais que
é descartado pela sociedade, cinco moradores de rua tentam subverter suas próprias realidades por meio do universo lúdico, no qual suas figuras grotescas interpretam a si mesmas utilizando-se de objetos, instalações, assem-
blages, música e performances para recontar, a seu modo, um dos maiores clássicos da dramaturgia mundial. A peça já circulou por várias cidades no ano passado, através de um patrocínio do ProAC (Programa de Ação
Cultural do Estado de São Paulo). Apesar do final trágico do enredo, já conhecido pelo público, os personagens abusam de metáforas nos fatos que antecedem seu desfecho, o que acaba surpreendendo os espectadores.
O Sarau Cultural tem nova edição neste sábado (19) em Itapira. Abrigado na Praça Bernardino de Campos, região central da cidade, o evento independente surge com a temática da Pluralidade de Gênero e Sexualidade. A programação gratuita e aberta ao público prevê a ocupação da Praça com diferentes linguagens artísticas e culturais do município e da região. Motivado pelo Dia Internacional da Mulher, o Sarau estende sua temática a outras discussões relativas a gênero sexual e conceitos sociais, com o objetivo de desconstruir preconceitos e também o machismo. Exposições, shows musicais, varal de poesia, informativos, mostras
independentes e apresentação do grupo de Maracatu compõem a programação. A iniciativa é organizada pelos coletivos Voz Popular e Por Trás da Rotina Itapirense. “O evento contará com apresentações de dança, rodas de conversa e muita arte e informação de produção local para reforçar o amor e o respeito. Teremos uma decoração expressiva e bem especifica ao tema desta edição do Sarau Cultural”, comenta uma das idealizadoras do Sarau, Aline Fernanda Longo, 23. Entre outras atrações, o evento prevê um pocket-show com Raicca Evans e três exposições fotográficas assinadas por Sabrina Brombim, Fábio Zangelmi e Joyce
Meneghini. “Todas têm o objetivo de dar maior visibilidade ao público LGBT com uma forma artística única”, resume Aline. De acordo com ela, Sarau é totalmente aberto para exposições, instalações, varais e qualquer manifestação artística e cultural, sem necessidade de agendamento prévio. “É só chegar, todos podem participar”, enfatiza a organizadora. O evento conta com cantina, que comercializa bebidas e alimentação – inclusive com opções vegetarianas, além da venda de camisetas personalizadas do Sarau, cuja renda é revertida ao custeio das atividades. Outras informações podem ser obtidas pela página www.facebook.com/ sarauitapira.
O Circuito Cultural Paulista reabre sua agenda em Itapira nesta sexta-feira (18), com show do cantor Chocolatte da Vila Maria. O evento é gratuito e acontece a partir das 19h30 na Casa da Cultura ‘João Torrecillas Filho’. O espetáculo batizado de ‘Samba de Todos os Tempos’ tem duração aproximada de 1h30 e classificação etária livre. O sambista baiano apresenta um repertório que engloba samba enredo, partido alto, samba de terreiro e marchinhas. Chocollate já se apresentou ao lado de artistas consagrados como Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Demônios da Garoa e Quinteto em Branco e Preto. Para o dia 16 de abril também está confirmada a apresentação do show ‘Clássicos Populares & Populares Clássicos’, a cargo do trio Celina Charlier, Marcio Miele e Fábio Pellegatti. O show tem duração de 1h15, também com classificação etária livre, e abrange um cardápio musical bastante eclético. O duo Charlier-Pellegatti (flautista e cellista) abre o programa com peças conhecidas de compositores eruditos que caíram no gosto popular, como Bach e Villa-Lobos, e seguem com arranjos para flauta e cello de tango, folclore japonês e chorinho. Em seguida, convidam ao palco o cantor e compositor Marcio Miele, e o repertório do trio passeia por MPB romântica, canção infantil, xote e swing bra-
sileiro com um toque orquestral. Para fechar o programa, Marcio une música latino-americana a um humor brega-chique. O evento começa às 20h00, também na Casa da Cultura, que fica na Rua Rui Barbosa, 750, no Centro, mais precisamente defronte ao Parque Juca Mulato. A necessidade de retirada antecipada de ingressos deve ser checada com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo pelo telefone (19) 3813-2010.
Sarau aborda gênero e sexualidade
Chocolatte da Vila Maria faz show nesta sexta em Itapira
MOGI GUAÇU Em Mogi Guaçu, o Circuito Cultural Paulista tem nova atividade no dia 9 abril – em pleno aniversário da cidade. A atração fica por conta do espetáculo teatral ‘A Menina e o Sabiá’, do Grupo Ares. A peça narra a história de amor e amizade, entre uma menina e um sabiá que vivia preso na gaiola, sonhando com a liberdade. O evento começa às 17h00 no Teatro Tupec do Centro Cultural, na Avenida dos Trabalhadores, 2651, Jardim Camargo. No sábado (12), o mesmo local recebeu o show da banda Mustache e os Apaches, também programa do Governo do Estado. O Circuito Cultural Paulista é realizado em parceria com as prefeituras dos municípios participantes, no interior e no litoral. A programação é divulgada bimestralmente envolvendo dança, teatro adulto e infantil, circo e música. As temporadas vão de
Divulgação
Sambista se apresenta na Casa da Cultura março a novembro, sempre com um espetáculo por mês em cada cidade participante. O objetivo do programa é promover a difusão cultural descentralizada. Por meio da realização de espetáculos em diversas linguagens artísticas, busca atuar na formação de público e no acesso da população à diversidade artística.
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Fernando Pineccio/Arquivo/Megaphone
Faculdade pública gratuita oferece oportunidades aos candidatos
r la u ib t s e v o d a x a t e d Fatec oferece isenção D
esde o último dia 8 os candidatos ao Vestibular do 2º Semestre da Fatec (Faculdade de Tecnologia) podem requerer a isenção total ou a redução da taxa de inscrição, estabelecida em R$ 75,00. O procedimento pode ser feito até 15h00 do dia 8 de abril, e o resultado será divulgado no dia 3 de maio, mesmo dia em que serão abertas as inscrições para a efetiva participação no Vestibular, cujo prazo seguirá até 15h00 do dia 9 de junho.
A prova do processo seletivo da Fatec será no dia 3 de julho. O programa de isenção é válido para todas as unidades da Fatec no Estado, incluindo as instituições de Itapira e Mogi Mirim. Na unidade itapirense, por exemplo, são dois cursos disponíveis: Gestão da Tecnologia da Informação e Gestão da Produção Industrial, com 40 vagas cada um para o período noturno. Em Mogi, a Fatec tem cursos de Análise e Desenvolvimento de Sis-
temas, Gestão Empresarial (EAD), Mecânica de Precisão, Mecatrônica Industrial e Projetos Mecânicos, cujas aulas variam entre os períodos da manhã, tarde e noite. Neste ano, segundo o Centro Paula Souza, que rege as faculdades públicas estaduais, serão oferecidas seis mil isenções. “Esse é mais um diferencial da Fatec. O candidato que não tiver condições de pagar a taxa de inscrição poderá requerer a redução ou a isenção da taxa”, comenta a
Precisamos falar de mulher. Jéssica Rosa
Desde os meus 2 anos eu soube o que é ser mulher. Ser mulher é ser traída. É ser trocada. É ser enganada. Ser mulher é ser calada, censurada, castigada. “Feche a perna”. Mandaram uma criança de 5 anos fechar a perna. Porque um homem adulto não parava de olhar. “Olha esse short”, “esse batom tá muito escuro”, “esse decote tá muito profundo”. Menstruou. “Cuidado, você já pode ter bebês”, “não anda sozinha a noite”, “não sai com qualquer um”, “você tá saindo com homens demais, não é melhor controlar?” “tem que tomar remédio”, “precisa usar sutiã”. Namorou. “Só um pouquinho”, “eu pirei porque te amo”, “ele bate na mulher, mas é meu amigo e é gente boa”, “não conversa com aquela menina, ela vai te jogar contra mim”, “minha ex era louca”, “você não é como as outras”. A minha vida como mulher é uma espera constante. Espero por ser mais bonita. Espero por me ver na televisão. Espero pelo cara que me note. Espero pelo homem que me beije. Espero pelo homem que me leve ao altar. Espero pelo homem que me dê filhos. Espero que meus filhos estudem, se casem, me deem netos. Espero pela morte. E se você não esperar por isso é louca, puta, descontrolada, subversiva. Como mulher, eu não posso amar quem eu quero. Não posso sair como eu quero. Não posso sair com quem eu quero. Meu corpo é um campo de batalha: minhas vontades versus o mundo. Não quero usar sutiã hoje. Não quero ir de vestido e salto. Quero usar batom vermelho as 8 horas da manhã. E eu não sou puta. Ou sou. E todas somos, fomos ou seremos. E que bom. Se ser como as outras é ser livre, então somos como as outras. Vamos falar sobre ser mulher. O capitalismo investe milhões em produtos voltados para mulheres. E estou falando de cosméticos, só para começar. São produtos para mudar cheiros, aparência, gosto. Ser mulher é não poder ser mulher. Não pode ter pelos, não pode ter cheiros. As unhas não podem ser naturais, o rosto também não. Não pode ser gorda ou magra demais. Não pode ser negra demais. Não pode usar maquiagem demais, mas não pode não usar. Não pode, não pode, não pode.
A indústria farmacêutica investe milhões entendendo nosso organismo, infinitamente mais complexo que o dos homens (não me levem a mal, caros leitores machos, mas nosso corpo é feito para receber uma vida e prepará-la por 9 meses). Nos enchem de hormônios que nem sabemos as futuras consequências. E os médicos não ajudam. “É fraquinho, não faz nada”. Parece que nossa única solução é se lotar de organismos estranhos. Nada pode ser como nasceu. Nada. Ser mulher negra é uma luta 24 horas por dia, 7 dias por semana. Ganhamos menos. Somos sexualizadas. Só estamos na tv quando somos escravas, empregadas, amantes. Nosso lugar na tv só é destaque quando somos produtos do turismo sexual de estrangeiro. Não estamos na universidade, não estamos nos cargos altos. Não estamos. Não existimos durante o ano todo. E em fevereiro podemos estar. Desde que nuas e desde que não sejamos escuras demais, gordas demais e, claro, desde que não sejamos lésbicas. Ser mulher é ser objeto de desejo. É temer todo homem que se aproxima. É temer ficar perto demais de um tio que te olha estranho. É ver sua mãe chorando. É ver sua avó, negra, limpando casa de branco para criar os filhos. Nossa história não está nos livros. Ninguém nos conta sobre nossas heroínas. Ninguém nos dá armas para lutar. E, em um dia do ano, eles nos dão rosas. Eles nos dão rosas porque somos SUAS. Suas mães, suas irmãs, suas esposas, suas filhas. Esse ano eu não vou dar rosas para mulheres. Esse ano eu vou dar palavras. Nós somos nossas. É o nosso corpo. É a nossa vida, nossa vontade. Esse ano eu vou dar palavras para lutar. Vou dar abraços. Vou dizer “vem lutar comigo”. Vou dizer “eu sou igual a você, eu te respeito. Mesmo que todos digam que não somos iguais. Nós somos. Você não é louca. Você não é puta. Você não é medíocre ou burra. Você é demais. É linda, especial. Você é minha irmã”. Nesse dia 8 de março eu não vou me calar. Eu não vou aceitar. Nesse dia 8 de março, eu vou lutar. Sem armas ou gritos. Eu vou lutar com a minha mãe, com a minha avó e com minhas tias. Nesse dia 8 de março, eu vou (me) libertar.
Jéssica Rosa, 19, é estudante de História na Unicamp, membro do Coletivo Voz Popular/Por Trás da Rotina Itapirense.
coordenadora do Vestibular da Fatec de Itapira, Daniela Trani. Para ter direito ao benefício, o interessado deve preencher alguns requisitos básicos que comprovem sua condição socioeconômica carente. Todos os critérios podem ser consultados no site www.vestibularfatec.com.br ou nas secretarias das unidades. O candidato à isenção ou redução deve preencher o formulário no mesmo site. “Após o preenchimento do
formulário, é preciso guardar o número do protocolo, que deverá constar no envelope que vai conter os documentos comprobatórios. O candidato deve entregar os documentos comprobatórios em envelope lacrado, com o número de protocolo de inscrição, na secretaria da Fatec em que pretende estudar, de segunda à sexta-feira das 09h00 às 20h00”, acrescenta a coordenadora. Os locais da prova serão divulgados no dia 28 de
junho. Em Itapira, a Fatec ‘Ogari de Castro Pacheco’ fica na Rua Tereza Lera Paoletti, 570, no Jardim Bela Vista. Já em Mogi Mirim, a Fatec ‘Arthur de Azevedo’ atende na Rua Ariovaldo Silveira Franco, 567, no Jardim 31 de Março. O calendário completo do Vestibular do 2º Semestre está disponível no site www.vestibularfatec.com.br. Outros detalhes também nos sites das instituições: www. fatecitapira.edu.br e www. fatecmm.edu.br.
Oxalá aos bons ouvidos alemães! Meu tributo ao Mestre Naná... por Ricardo Pecego
Nós temos de ser gratos à Alemanha, em especial a um alemão, que nem de longe marcou um dos gols que tomamos aqui na Copa. Muito antes destes, ele conseguiu nos recolocar no mapa mundi da música instrumental graças a um projeto que ainda hoje rende frutos selecionados. Estou falando de Manfred Eicher, fundador do selo ECM Records, um visionário da música, que hoje aos quatro cantos simboliza alta qualidade artística no segmento. Gravar e lançar pela ECM é para muito poucos. No início dos 70, quando o Brasil começa o período mais vil da ditadura militar, a mídia difundia a “música de tradução fonética enlatada americana”, ou Jovem Guarda, enquanto os poetas se desdobravam para que suas letras não fossem censuradas. Foi uma época que cantar era preciso, pois as letras formavam e compartilhavam a opinião daquela geração, a arte tinha um posicionamento ideológico. Com isso, a consagrada MPB seguiu seu caminho, tomou vulto, ganhou plateias imensas e por isso foi banida e exilada. Em paralelo a tudo isso, nossa música instrumental, da tradição do chorinho, já mesclada e harmonizada à Bossa Nova, caiu em desuso. Faltavam nela palavras tão necessárias naquele tempo. Nossa música instrumental podia não ter letra (óbvio), mas tinha de sobra: expressão, virtuosismo, vanguardismo e genialismo. Ainda bem que Egberto e Naná Vasconcelos seguiram para fora, onde num ambiente politicamente mais estável apreciavam a música vinda daqui do Brasil. Naná chamou atenção do mundo acompanhando outros músicos, mas sua percussão era de um refinamento tão grande que saiu do fundo dos palcos e ficava na frente com o mesmo destaque de estrela das bandas em que participou. Nascido em Pernambuco, ele se especializou no Berimbau e levou para o velho continente uma sonoridade que para nós era insignificante. Gravou em 76 ao lado de Gismonti o disco “Dança das Cabeças”, depois disso tornou-se uma celebridade internacional, que mostrava a música brasileira e sua versatilidade ao lado de nomes como B.B. King, Jan Garbarek, Pat Metheny, Paul Simon entre muitos outros. Lembro-me até hoje quando eu conheci Naná Vasconcelos. Foi lá pelos idos anos 90, quando uma matéria no Jornal Nacional (um milagre), ressaltava que fora reconhecido como o melhor percussionista do mundo. Apareceu um negro com uma roupa africana, que era brasileiro e fazia um som estranho. Para mim, na época, aquilo não tinha nada de brilhante, não me sentia representado, era algo exótico, sem conexão. Essa estranheza, talvez, seja a falta de pertencimento cultural que nossa nação ainda nutre. Somos americanizados desde criança, e só numa idade mais adulta temos a possibilidade de tirar as cabeças das nossas cavernas - não que eu seja um lúcido, pois ainda sinto os grilhões nos pés, mas sinto necessidade de difundir, valorizar e cultivar aquilo que é nosso. Num mundo global como o que vivemos, se não dermos espaço para nossa cultura, seremos um fake de algo que não
compreendemos por completo, pois pertence a um movimento cultural que não é nosso. Não nos fechemos ao que é de fora, mas temos que nos abrir para o que é daqui, da nossa terra. O berimbau, um instrumento trazido por escravos, ícone da Capoeira, nas mãos de um negro, torna-se um estigma para nós, achamos realmente insignificante. Uma ferida que em pleno século XXI já deveria estar cicatrizada. A ECM tornou-se a casa de Naná, ali ele gravou mais de 15 discos, sua criatividade nos trouxe gravações excelentes e isso lhe rendeu uma agenda internacional perene, e com todo esse reconhecimento ele viveu o Brasil, uma personalidade que tinha independência para seus experimentos e projetos, que realizados aqui foram seu combustível criativo, para a continuidade de sua carreira como o brasileiro com maior quantidade de Grammys (oito, no total). Não que isso seja o mais importante, mas é que prêmios brasileiros relevantes, ou o reconhecimento, e a curadoria do seu acervo, nós aqui não conseguimos prover, mas lá no exterior esta figura foi honrada por construir uma linguagem, dar nova vida a percussão no mundo com um arco de madeira, um fio, uma pedra, uma baqueta e uma cabaça! Percorreu de ponta a ponta esse planeta dizendo ser brasileiro. No Brasil, seus vários projetos conseguem ainda hoje resgatar, e manter ativo o orgulho de uma rica cultura, que apesar de jovem é plural e encanta a todos por onde passa. Vamos aproveitar aqui, a oportunidade para deixar claro, que a cultura popular não são apenas as manifestações nordestinas, mas em todo nosso país temos uma ampla diversidade de cultura regional, sejam em ritos, cânticos, contos, lendas, festejos. Nas regiões menos urbanizadas essa tradição ganha mais força, pois a “marcha do progresso” vem sempre carregada das modernidades que nos entretém e tomam nosso tempo, nosso caro tempo, que ao invés de trabalharmos em função de conservá-lo, ocupamos em preenchê-lo. As modernidades são bem vindas? Claro, mas hoje estamos mais vivendo em função de novos aplicativos e possibilidades e deixamos de lado a tradição, ou rotulamos as tradições como ocupação de idosos ou de crianças, como um passatempo. As lendas, o nosso folclore, ficam a cargo da escola. É lá que se aprende isso, em casa temos Netflix. Existem correntes trabalhando contra esse contexto? Sim, várias, até aquelas que glamourizam a cultura popular. Eu quero deixar muito claro que não acho, por exemplo, que o Naná Vasconcelos e sua música deveriam ter aceitação em massa para fazer shows em estádios de futebol pelo Brasil (apesar de já ter feito em locais imensos em outros países). Minha cobrança é no quesito acesso, da mesma forma que artistas pop têm seu espaço, seja na mídia, nas gravadoras, nas casas de shows, que se dê acesso a artistas como Naná, e assim, caso isso ocorra, quem sabe no futuro vamos instituir homenagem ao alemão que deu voz ao Berimbau!
Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.
Edição Quinzenal | 17 de março de 2016 | Página 8
s e r o t u d o r p e n ú e r Palestra u ç a u G i g o M m e de cerveja uma produção de 20 litros de cerveja, por exemplo. A ideia foi apresentar técnicas sobre como reutilizar esse fermento nas próximas produções”, destacou o empresário. O evento começou por volta das 13h00 e se estendeu até 16h00. As explanações ficaram por conta do mestre e doutor em biotecnologia industrial pela USP (Universidade de São Paulo) Celso Santi Junior, homebrewer (fabricante de cerveja caseira) há três anos, ex-docente de Enzimologia e com sete anos de experiência em fermentação. Depois da apresentação dos tópicos, os participantes participaram de uma confraternização oferecida pelo Empório do Monge. “O feedback deste evento é maravilhoso. Realmente superou nossas expectativas. O objetivo do Empório do Monge é disseminar a cultura cervejeira e ser um ponto de encontro do pessoal que atua na área. Fiquei muito feliz com toda a repercussão. O mais importante é que fizemos novas amizades e trocamos experiências”, comemorou Bubba. De acordo com ele, a ideia agora é promover eventos men-
Evento ganhou adesão acima das expectativas
sais, sempre ligados à produção. A intenção é também oferecer palestras a produtores iniciantes e pessoas interessadas em começar a produzir cerveja em casa. O Empório do Monge Cervejas e Sabores Especiais fica na Avenida Mogi Mirim, 710, esquina com a Rua Paraná. Outras informações pelo telefone (19) 9.9974-3529 ou no site www.emporiodomonge.com.br.
Bubba e Dr. Celso, que proferi u a palestra, ao lado das respectivas esposas, Márcia e Mariana: evento aprovado Anúncio veiculado gratuitamente
E
specializada em c e r ve j a s e s a bores especiais, a loja Empório do Monge abriu suas portas no sábado (12) para seu primeiro evento destinado a produtores caseiros de cerveja. Na ocasião, o estabelecimento situado em Mogi Guaçu ofereceu uma palestra sobre a reutilização da levedura no processo de produção da bebida. O evento foi direcionado a pessoas que já conhecem o processo e fazem sua própria cerveja e a participação superou as expectativas da organização. “O foco desse evento foi realmente trazer quem já faz cerveja e está em um estágio um pouco mais ava n ç a d o n e s s e m e i o . Recebemos perto de 35 pessoas, entre as quais grupos que se reúnem para produzir cerveja”, comentou o responsável pela loja, Claudio Mariano, 45, o Bubba. Na prática, a palestra teve por objetivo fornecer orientações sobre como coletar de forma adequada a levedura empregada na produção da cerveja para propiciar sua reutilização. “Dependendo da receita, a levedura chega a representar 20% do custo em
Fernando Pineccio/Arquivo/Megaphone
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