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Megaph Cultne ural Ano V – Nº 55 – Edição Quinzenal 21 de julho de 2016
EDITORIAL
Até quando os eventos, principalmente os independentes e voltados ao rock, vão amargar prejuízos na região?
Página 2
Fábio Zangelmi/Divulgação
a r i e r r a c e d s o n a 50
O
cantor italiano Tony Angeli gravou na primeira quinzena deste mês o DVD espe-
cial que celebra seus 50 anos de carreira. No show, o artista, que há mais de 10 anos vive em Itapira, reuniu no palco
do Teatro Gamaro, em São Paulo, os amigos Agnaldo Rayol e Sérgio Reis. O registro que marca a comemoração
deve chegar às lojas até meados de outubro, conforme previsão do próprio cantor. Página 8
Rafael Martins Trio faz show em Serra Negra
Banda Lira Itapirense se apresenta em Sousas
Feira do Livro movimenta mais de mil trocas
Mogi Guaçu pode ter Faculdade de Música
Itapira Festival
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Fora de casa
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Sucesso Itapira
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Boa notícia
Página 7
Divulgação/Echos Studio Bar
Cantor italiano gravou DVD em São Paulo
ViraNoite: rock e arte em meio à natureza!
A
nova edição do ViraNoite Luau Festa Rock está confirmada para o sábado (23) em Itapira. O evento acontece no Espaço Natureza, às margens da antiga rodovia vicinal entre Itapira e Mogi Guaçu, com programação que reúne 10 bandas,
além de outros atrativos artísticos. O evento tem shows das bandas Stranhos Azuiz, Militia, Fever (Aerosmith Cover), Rebels & Sinners, Setenta & Tal, Broove, Igual Blues Band, Sons Of Seattle, Uvalua e Santusa. Página 3
Nova empreitada
Mão de Morsa inicia atividades Página 5
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 21 de julho de 2016 | Página 2
Editorial
Eventos sofrem sem patrocínio e com pouco público
P
roduzir eventos na região da Baixa Mogiana nunca foi tarefa das mais fáceis. Mas, em um passado não muito distante, essa atividade era no mínimo prazerosa. Quem nunca teve finalidades comerciais ao menos se divertia bastante na produção, ofertava ao público opções de entretenimento e podia até sair de bolso vazio, mas com as contas pagas. Mas, os tempos são outros. O fenômeno da falta de renovação do público é só um dos motivos que estão levando muitos produtores a desistirem das empreitadas que visam organizar eventos culturais, especialmente àqueles que concentram bandas. Se antes as dificuldades estavam principalmente atreladas aos eventos com música independente, agora até eventos com bandas-tributo estão sofrendo com a falta de público. O resultado de casa vazia é só um: dívidas. Promovido recentemente em Mogi Guaçu, o Guaçu Festival de Artes e Sustentabilidade pode ser tomado como um belo retrato do que vem ocorrendo. Lindo em sua organização, quem foi adorou, elogiou, nas redes sociais muitas pessoas compartilharam as infor-
mações, mas... deu prejuízo. E, quiçá fosse diferente, mas tapinhas nas costas não pagam contas. O saldo negativo ficou para a produção, que agora tenta arrecadar verbas para quitar tudo e, corajosamente, realizar a segunda edição. Outro evento com bandas autorais, em Itapira, também amargou alto prejuízo ao receber somente 60 pagantes. Tudo com custo reduzido, já sabendo as dificuldades, e ainda assim os organizadores ficaram no vermelho. O próprio Megaphone é um exemplo: em maio, o Megaphone Music Art, organizado com apoio de agentes culturais e músicos para ajudar a pagar as impressões destas páginas, terminou com sorte no zero-a-zero. E isso só ocorreu pelo fato de que tudo foi feito, também, com custo muito baixo, e algumas das atrações ainda abriram mão de seus cachês em sinal de apoio ao fomento da boa informação. No entanto, o resultado é duro: muito trabalho, nenhuma mudança no panorama, dívidas que seguem. Afinal, o que está acontecendo? Por qual motivo muitas pessoas mais jovens, hoje, preferem ficar na porta de uma casa de
shows ou na frente de um evento sem entrar, sem pagar ingressos na maioria das vezes a preços simbólicos e unicamente para custear toda a estrutura? Enquanto isso, muitos outros não se queixam em despender algumas centenas de reais para assistir a grandes shows. Se a ausência de público pagante já torna tudo mais difícil, pense então que a maioria destes eventos tem sido feita sem qualquer tipo de patrocínio – nem apoio público, nem repasses privados. A questão precisa ser debatida, e não é tarefa fácil. O assunto, precisa pautar discussões para, quem sabe, produtores possam repensar os formatos adotados e que, vai saber, já não atraem mais o público esperado. Não for isso, como já vem ocorrendo, produtores e agentes culturais seguirão abraçando o desânimo e reconhecendo que “não dá mais”. E o interior, já tão carente de opções para determinados públicos, ficará ainda mais sem eventos de qualidade. Afinal, o que era paixão, para alguns está virando mágoa. E ninguém mais quer bancar rolê e ver apoio só na internet.
por Léo Rodrigues
L
á se vão 60 anos desde que o sertão mineiro ganhou o mundo pela literatura de Guimarães Rosa. Mas Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile, publicados em 1956, podem na verdade ter nascido quatro anos antes, quando o escritor mineiro organizou uma boiada para entender melhor a cultura sertaneja. Nessa aventura, Guimarães Rosa registrou lugares, palavras, expressões e personagens. Entre tantos vaqueiros que se juntaram à empreitada, um pode ter sido definitivo para as obras roseanas: Manuelzão. A cruzada teve origem na Fazenda Sirga, a 60 quilômetros de Andrequicé, distrito de Três Marias (MG), onde Manuelzão viveu seus últimos 20 anos. Dez dias depois, o ponto de chegada foi uma fazenda em Araçaí (MG), município vizinho a Cordisburgo (MG), cidade natal de Guimarães Rosa. A revista Cruzeiro, dos Diários Associados, publicou um relato da expedição na reportagem Rosa e seus vaqueiros, em 21 de junho de 1952. Nas fotos, Manuelzão está entre o grupo. Em sua homenagem, o escritor mineiro escreveu o conto Uma Estória de Amor, do livro Corpo de Baile, que posteriormente foi desmembrado em três volumes: Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do Sertão. Manuelzão é o protagonista do primeiro volume: após a morte de sua mãe, o vaqueiro resolve atender a um pedido dela para que fosse construída uma capela em suas terras e a obra é inaugurada com uma grande festa. Guimarães Rosa mescla realidade e ficção: assim como o personagem, a capela existe e ao seu lado
Léo Rodrigues/Agência Brasil
Guimarães Rosa e Manuelzão: a amizade de oito dias que gerou uma obra de 60 anos
Capela construída por Manuelzã o em homenagem a sua mãe. A igrejinha aparece no conto Manuelzão e Miguilim, de Guimarães Rosa está o túmulo de sua mãe. Já a festa é romanceada. Das páginas do conto, Manuelzão se tornou talvez o principal embaixador da obra roseana. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o homenageou criando o Projeto Manuelzão, destinado à recuperação do Rio das Velhas. O vaqueiro foi a diversos programas de televisão e atuou em uma cena do capítulo inaugural da série Grande Sertão: Veredas, levado ao ar pela Rede Globo em 1985. Morto em 1997, seu enterro mobilizou centenas de pessoas. Parte desse sucesso é relatado em detalhes pelo jornalista Pedro Fonseca. Sobrinho da última mulher de Manuelzão, ele se afeiçoou ao “tio torto”, como se diz em Andrequicé. Fonseca garante que Uma Estória de Amor é apenas a parte mais evidente da influência do vaqueiro na obra roseana. “Ele permeia toda a obra de Guimarães Rosa. Ele
também está em Noites do Sertão e no Grande Sertão: Veredas. O Riobaldo é o Manuelzão, é bem nítido”, analisa Pedro. Quem conheceu o vaqueiro se surpreende com a exatidão da descrição do personagem por Guimarães Rosa, dando a impressão de um longo convívio, o que não aconteceu de fato. “A convivência deles foi de uns oito dias e nunca mais se viram. Mas uma convivência intensa, dia e noite”, diz Pedro Fonseca. Mesmo por poucos dias, o sobrinho de Manuelzão diz não estranhar a atenção destacada que o tio recebeu de Guimarães Rosa em meio a um bando de vaqueiros. Segundo o jornalista, ele não passava despercebido. “Em 1989, eu apoiei o Brizola na campanha para presidência da República. O José Maria Rabelo, que era o presidente do PDT em Minas Gerais, me perguntou se eu poderia levar o Manuelzão para um evento com o Brizola em
Belo Horizonte. Eu levei e foi uma confusão. Muita gente achou ruim que ele apareceu mais que o Brizola. Era assim: onde ele ia, ele era o astro”, relata. Em Andrequicé, Manuelzão é conhecido como o cidadão mais ilustre que viveu no distrito. Em torno dele e de Guimarães Rosa se organiza anualmente a Semana Cultural Festa de Manuelzão, cuja edição de 2016 terminou no último domingo (17). Famoso contador de casos, o vaqueiro está em fotos nas paredes de praticamente todos os bares do pequeno distrito. “Ele era uma pessoa humilde, contadora de casos. Mesmo a figura dele rodando o mundo, ele não se importava com dinheiro. Se convidavam Manuelzão pra um evento em Brasília e perguntavam quanto ele cobraria, ele respondia: ‘nada, estou indo passear’. Manuelzão deixou um legado para Andrequicé”, diz Márcia Alves, dona de um dos bares que home-
nageiam o vaqueiro personagem. Essa disponibilidade de Manuelzão foi explorada por muitos, segundo o jornalista Pedro Fonseca. “As pessoas convidavam ele para eventos de empresas onde ele era o astro, lucravam com sua aparição e lhe pagavam apenas uns trocados.” O Memorial Manuelzão, construído na casa onde ele morou em Andrequicé, reúne pertences pessoais e documentos sobre sua relação com Guimarães Rosa. Assim como o escritor, ele também tem frases marcantes que são citadas pelos moradores: “Não tenho medo da morte porque sei que vou morrer. Tenho medo do amor falso, porque mata sem Deus querer”, dizia sempre. LIVRO Com a autoridade de quem conviveu por 40 anos com Manuelzão, o jornalista Pedro Fonseca decidiu lançar em 2007 o livro O
xale de Rosa, para decifrá-lo para além da obra roseada. “No final da vida, ele virou o personagem. Deixou de ser o cidadão e virou o personagem. Mas foi também o que deu uma sobrevida a ele. Ele vivia pelo sucesso. Mas eu me interessava pelo cidadão Manuelzão. Não o personagem.” Um fato sobre Manuelzão intrigava Pedro: ele não compartilhava as histórias de Dom Silvério (MG), na região mineira da Zona da Mata, onde nasceu. “Ele não falava nada sobre essa época. Dizia que não tinha pai, só mãe. Quando se fixou na fazenda próxima a Andrequicé, levou a mãe para morar com ele, mas não tinha contato com o restante da família. Ficou 60 anos sem visitar sua cidade e quando o fez, foi sozinho, meio escondido”, conta o jornalista. Manuelzão deixou sua cidade natal com 20 e poucos anos, no início da década de 1930. “O sonho dele era se juntar ao bando de Lampião. Quando ele estava em Pirapora (MG), ele recebeu a notícia de que Lampião tinha sido morto. Então, seguiu sua vida no sertão mineiro”. Para escrever o livro, Fonseca foi à cidade de Manuel Nardi, como se chamava Manuelzão, e descobriu que o sobrenome era de uma família grande e nobre na região. Na cidade, o jornalista passou a investigar que razões levaram Manuelzão a abandonar uma vida relativamente confortável para se embrenhar pelo sertão. Ainda no desafio de decifrar o vaqueiro, o jornalista organizou uma expedição para refazer o percurso trilhado por Guimarães Rosa e seus vaqueiros, respeitando os mesmos pontos de parada. “Nós guiamos 198 cabeças de gado. Eu precisava vivenciar essa experiência para entender como é essa vida de vaqueiro.”
Léo Rodrigues, enviado especial da Agência Brasil a Minas Gerais
Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
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O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:
MOGI MIRIM
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro / Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro / Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz / Fatec ‘Ogari de Castro Pacheco’ Rua Tereza Lera Paoletti, 570, Jardim Bela Vista / Banca Antonelli Rua Soldado Constitucionalista, 54 - Jardim Soares
Bancas do Sardinha | Rua Pedro Botesi - Tucura / School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro / Fatec ‘Arthur de Azevedo’ Rua Ariovaldo Silveira Franco, 567, Jardim 31 de Março / Banca São José | Praça São José - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde / Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro / Banca da Capela |Praça da Capela - Capela
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Banda 70 % Tal é uma das atrações do evento
Agenda dos melhores eventos de 21/07 a 27/08
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o n s a d n a b 0 1 e n ú e r u Lua a ir p a It m e , a z e r u t a Espaço N nhos Azuis (tributo a Led Zeppelin e Black Sabbath), Militia, Fever (Aerosmith Cover), Rebels & Sinners, Setenta & Tal, Broove, Igual Blues Band, Sons Of Seattle, Uvalua e Santusa. As atividades também englobam malabarismos do artista circense Felipe Morgado e Batalha de Conhecimento Rima & Rap. Com previsão de frio, o evento volta a reunir praça de alimentação com quentão, vinho-quente e chocolate-quente, além de pipoca e outras opções gastronômicas. As famosas balinhas de cachaça para as primeiras 300
pessoas maiores de idade, com a devida comprovação, também estão garantidas. A área de camping ficará disponível a partir das 18h30, até a manhã do dia seguinte, para quem prefere descansar no próprio local. Os ingressos antecipados estão no segundo lote, com investimento de R$ 30,00 até o dia do evento, nos pontos de venda. Na portaria, o valor pode subir. As vendas em Itapira acontecem na Costa Maneira e n’O Chopinho. Em Mogi Mirim, os ingressos estão disponíveis na School Store e, em Mogi Guaçu, na
Telefone: (19) 3843-7230
Disco Tem. Em Amparo e Pedreira, os convites podem ser adquiridos com Bruno Rocha, pelo telefone (19) 9.9659-9332. Em Jacutinga (MG), com Efrain Tavares, cujo contato é feito pelo (35) 9.8808-5267. Em Espírito Santo do Pinhal, os ingressos são vendidos por Ricardo Manca, pelo número (19) 9.9342-2759. A organização é da Festa Rock em parceria com a Agência Kinkan. O evento tem o apoio cultural do Megaphone. Outras informações pela página oficial do evento no Facebook (www. bit.ly/ViraNoiteItapira).
Evento em Mogi Mirim recebe banda da Eslováquia
O Bar do Juca, em Mogi Mirim, recebe mais uma atração internacional e de (muito) peso. O espaço alternativo abriga, no domingo (24), evento com shows das bandas Beton (Crust Punk/Death Metal), da Eslováquia; Deadtrack (Crust), de Uberlândia (MG), Grotesque (Punk Rock), de Mogi Guaçu e Venomous Stench (Death/ Black Metal), de Campo Limpo Paulista (SP). O rolê independente é promovido pelos coletivos Insurgência Ativa e No Gods, No Masters. Em atividade desde 2004, a Beton está em turnê pelo Brasil, com apresentações enérgicas e elogiadas em diversas cidades. As expectativas para o evento são as melhores, de acordo com um dos organizadores, Júlio Araújo. “A cada show aparece mais gente da região, público
O CHOPINHO
Murilo Jards/Divulgação
C
onfirmada para o próximo sábado (23), em Itapira, a terceira edição do ViraNoite Luau Festa Rock terá nada menos que 10 shows, além de outras atrações artísticas. O tradicional evento volta a ocupar as dependências do Espaço Natureza, às margens da antiga rodovia vicinal entre Itapira e Mogi Guaçu e que durante muitos anos foi palco do Motor Rock – Encontro de Motociclistas de Itapira. O ViraNoite começa às 18h30 e o cronograma de shows, dividido em dois palcos, envolve as bandas Stra-
21/07 - Zezão Acústico 22/07 - Rotta do Som 23/07 - Frequência Acústica 28/07 - Marcelo Espanhol 29/07 - Altos & Baixos 30/07 - Roni Bueno 31/07 - 4° Encontro de Motos Custom (Kerozene, Major Rank e Delta Harmônico)
Beton durante show em São Carlos, no último fim de semana: vez agora é de Mogi Mirim que acaba sendo maior que o de Mogi Mirim e de Moi Guaçu. Quanto à apresentação das bandas, está garantida uma noite bem doida”, frisou. Além das atrações musicais, a programação do evento engloba
ainda discotecagem de Metal e Punk nacional dos anos 80, cantina com comidas veganas, bancas de materiais independentes e chopp artesanal. As atividades começam às 17h00 e o ingresso custa R$ 10,00
diretamente na portaria. A arrecadação com portaria e vendas de produtos é revertida ao custeio do evento. O Bar do Juca fica na Avenida Padre João Vieira de Ramalho, 325, no Mirante.
Rua Dr. Norberto da Fonseca, 240 - Nova Itapira https://www.facebook.com/ochopinho 22/07 - Everton Coraça 23/07 - Marcão Andrade 29/07 - Rafael Zanella 30/07 - Gustavo Nunes 05/08 - Daniel Fernandes 06/08 - Marcão Andrade 12/08 - Raoni Fraga 13/08 - Wellington Clemente
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Presença Itapirense!
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Rafael Martins Trio é atração no Festival de Inverno de Serra Negra
O
penúltimo dia do Festival de Inverno de Serra Negra terá entre suas atrações a presença de um artista itapirense. O músico Rafael Martins integra a programação do tradicional evento no sábado, dia 30 de julho, com o Rafael Martins Trio. O grupo se dedica a resgatar o repertório do Samba Jazz Brasileiro inserido na MPB (Música Popular Brasileira), com ênfase aos grandes compositores do país. A apresentação acontece no palco principal do festival, na Praça João Zelante, região central da estância turística, com início ao meio-dia. Para compor o trio, Rafael Martins (contrabaixo acústico) conta com a companhia dos músicos Gustavo Merida (piano) e Eduardo Sueitt (bateria). Surgido na década de 60, o Samba Jazz uniu a sofisticação do Jazz aos elementos do
Samba, resultando em uma “sonoridade brasileira, rica harmonicamente, rítmica na essência e vibrante na execução”, conforme define o grupo. Assim, a criatividade dos arranjos e a construção de improvisos são ingredientes garantidos no espetáculo, cujo repertório foi selecionado a partir de pesquisas junto à discografia gravada na época. “É grande a nossa expectativa para essa apresentação no Festival de Inverno de Serra Negra. Ficamos muito felizes com o convite e, por isso, separamos um repertório especial para o público que estará nos prestigiando”, comenta Rafael Martins. De acordo com ele, a apresentação terá em torno de 1h20. Clássicos do gênero, como ‘Quintessência’ (J. T. Meirelles), ‘Amphibious’ (Moacir Santos) e ‘Embalo’ (Tenório Jr.) serão apresentados em conjunto com
Folha Seca e Céu em Chamas, de Itapira, participam do evento
ção Tiago Marcelino (voz), Carlos Eduardo (guitarra), Rick Sholl (baixo) e Marcos Funabashi (bateria). A primeira colocada da edição de 2015, Cidade Fantasma, de Extrema (MG), também confirmou participação, assim como a Noyzze, vencedora de 2013 e prata-da-casa. Em 2014, a banda campeã foi a Muqueta na Oreia, de Embu das Artes (SP), que não concorre neste ano. As inscrições terminaram no último dia 15 e, ao todo, atraíram a atenção de 40 bandas, das quais 13 foram classificadas para a disputa. A avaliação será feita por um corpo de jurados que envolve, por exemplo, a presença do músico Kim Kehl, guitarrista, cantor e compositor com mais de 30 anos de carreira no Rock brasileiro e com passagens em bandas como Made in Brazil e Nasi e os Irmãos do Blues, além do próprio Kim Kehl & Os Kurandeiros. Kim, inclusive, fará uma participação no show de encerramento do evento, a cargo da banda Rockstrada. O Festival de Rock de Socorro faz parte da programação do Festival Cultural de Inverno
standards da Bossa Nova em versões instrumentais, outra marca registrada do Samba Jazz. Ainda de acordo com o grupo, o repertório homenageia também instrumentistas que representam a memória da música instrumental brasileira, como os bateristas Edison Machado, Dom Um Romão e Milton Banana, os pianistas Luiz Carlos Vinhas, Tenório Jr. e Luiz Eça e os contrabaixistas Tião Neto, Manoel Gusmão e Luiz Chaves. A apresentação é gratuita e aberta ao público. Conforme já noticiado pelo Megaphone Cultural na edição passada, a programação do Festival de Inverno de Serra Negra foi aberta no início do mês, mas o ciclo de shows começou a partir do dia 15. O evento se encerra no dia 31. O cronograma completo pode ser consultado no site do Megaphone (www.bit.ly/festivaldeinvernoserranegra).
Rafael Martins toca em Serra Negra
14 bandas disputam Festival de Rock de Socorro Divulgação
se Céu em Chamas: grupo itapiren também toca no evento
Folha Seca participa de nova edi ção do Festival de Rock de Socorr o
CONFIRA TODAS AS BANDAS CONCORRENTES: BANDA
da cidade, que começou no último dia 6 e vai até domingo (24). As bandas concorrentes deverão apresentar uma música já consagrada, para aquecimento, além de uma composição autoral que será avaliada e pontuada pelos três jurados. Os critérios analisados e suas respectivas pontuações serão os seguintes: letra (de 0 a 10 pontos), melodia (0 a 10 pontos), interpretação (0 a 5 pontos), arranjo (0 a 5 pontos) e presença de palco (0 a 5 pontos). Demais detalhes do evento estão no site www. festivalderock.com.br.
BANDA SQT BLUEZZEIRA DE RESPONSA CARVEL CÉU EM CHAMAS CIDADE FANTASMA CIGANA DONA RUTE FOLHA SECA NOIZZY O QUARTO CÉU FEAT. CADÚ SANTOS PROJETO METHAPHORA RADIONICA STEREONOVA THE WOLF SOCIETY
Responsabilidade social - anúncio gratuito
As bandas Céu em Chamas e Folha Seca estarão encarregadas de representar Itapira na edição 2016 do Festival de Rock de Socorro (SP). O evento acontece nesta sexta-feira (22), a partir das 19h00 na Praça da Matriz, região central da estância turística.Ao todo, 14 bandas estão inscritas na disputa que premiará as três primeiras bandas com melhor pontuação. A vencedora ganhará R$ 1 mil, enquanto que a segunda e a terceira bandas mais bem colocadas voltarão pra casa com R$ 700,00 e R$ 300,00, respectivamente. A Céu em Chamas (Heavy/ Thrash Metal) conta com Rafael Coradi (voz), Alemão Pompeu e Maicon Salvador (guitarras), Juninho Frango (baixo) Betão Job (bateria). Já a Folha Seca (Rock/Alternativo) reúne em sua forma-
Fernando Pineccio/Megaphone
MÚSICA
CIDADE
É BRASIL
MONTE ALEGRE DO SUL
A ESTRADA É LONGA
SOCORRO
DOIS SOIS
CAMPINAS
OLHOS PULSANTES
ITAPIRA
JEITINHO BRASILEIRO
EXTREMA
UM DESABAFO
LIMEIRA
NA PEGADA DA VIDA
SOCORRO
ROTINA
ITAPIRA
ADDICTION
SOCORRO
O PREÇO DA MALDADE
MONTE SIÃO
JOHNNY BLACK
SOCORRO
DAQUI PRA FRENTE
SÃO BERNARDO DO CAMPO
CONTRAMÃO
AMPARO
GOOD TIME RISING
SOCORRO
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A
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proposta é das mais simples: tocar Rock and Roll e Pop Rock, com tributos a grandes nomes do gênero, e garantir a diversão em bares, festas e eventos dos mais diversos. A receita foi experimentada pela primeira vez no primeiro dia deste mês e, a julgar pelas impressões iniciais, foi mais que aprovada. É dessa forma que o nome Mão de Morsa começa a aparecer, ainda que timidamente, mas com muita vontade se firmar no mercado musical regional. Apesar de reunir integrantes itapirenses, o primeiro show aconteceu no Jukadani Rock Bar, em Mogi Guaçu (SP). A apresentação de estreia chegou seis meses após a fundação do grupo, no primeiro dia deste ano, quando Fernando Bazani (voz/ guitarra), Roberto Godoi Job (voz/baixo) e Rafael Coradi (voz/bateria) se uniram para colocar em prática um novo projeto, diferente do que estavam acostumados. Bazani vem da Mr. Speed
! k c o R i a s e u q e m Espre
Após show de estreia,
Job, Coradi e Bazani formam trio da Mão de Morsa
mira novas oportunidades
gi Guaçu
Primeiro show aconteceu em Mo
(Hard Rock), mas também integra a Love Gun (Kiss Cover). Da mesma forma, Coradi também atuou na Mr. Speed e tem participação na banda-tributo ao Kiss, mas atualmente se dedica bastante a algo bem mais pesado na Céu em Chamas
(Heavy/Thrash Metal, que também conta com Job. O inusitado nome, explica Coradi, tem a ver com a missão central do novo trio, que aposta em muitas versões cravadas no Classic Rock e também no Rock brasileiro. As influências vão desde
Festival de Artes e Sustentabilidade reúne 900 em Mogi Guaçu A primeira edição do Guafas (Guaçu Festival de Artes e Sustentabilidade) ocupou as dependências do Centro Cultural de Mogi Guaçu com uma ampla gama de atividades artísticas, culturais, educativas e socioambientais. O evento aconteceu sexta-feira (8) e domingo (10) e movimentou perto de 900 pessoas em público circulante que prestigiaram as atrações distribuídas em shows musicais, peças teaRodolfo Peguin/Agência Kinkan
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trais, exposições, oficinas e performances, entre outras. Para a organização, que produziu o evento de forma independente e sem qualquer tipo de apoio do poder público, o evento cumpriu seus objetivos – unir artistas, ativistas e produtores e mostrar que a sociedade civil, de maneira organizada, pode fazer acontecer em vez de esperar que os governos o façam. “Nesse sentido, demos início a uma rede cultural na região
tro Cultural
Atividades aconteceram no Cen
que pretendemos consolidar com ações de intercâmbio cultural em formato parecido com o nosso festival nas cidades de Mogi Mirim, Limeira, Itapira, Araras, Estiva Gerbi e até Campinas”, comentou um dos idealizadores do Guafas, Rodrigo Peguin, da Agência Kinkan. Ainda assim, o caixa do evento deixou a desejar, não arrecadando o total esperado para subsidiar as atividades, resultando em “um pequeno prejuízo”, segundo a organização. “No entanto, o público presente nos deu um feedback muito positivo e demonstrou apoio e interesse na causa cultural. Deu pra ter certeza de que nós que estamos incomodados com a situação de abandono das políticas culturais da região não estamos sozinhos”, ponderou. De acordo com ele, pelo caráter colaborativo do evento, a programação acabou sofrendo algumas alterações durante os três dias de atividades. Entre mais de
50 atividades, porém, o cronograma acabou desfalcado somente por três atrações previstas, cancelados por motivos de força maior. Em contrapartida, outros atos acabaram por entrar de última hora na programação. De acordo com Peguin, as maiores dificuldades se resumiram mesmo na falta de apoio do poder público, tanto na divulgação quanto na realização do evento. O que não impede que a organização já pense em edições futuras – já com previsão para os meses de maio a julho de 2017. “A ideia no próximo ano é descentralizar as atividades, ocupando a Praça da Juventude do Jardim Chaparral, o Centro Cultural e o Parque dos Ingás, em três fins de semana diferentes, com diversas atividades”, adiantou. “Gostaria de agradecer imensamente a participação de todos os artistas e ativistas que fizeram desse o embrião de muitas transformações culturais”, concluiu.
Rolling Stones, Beatles e Metallica até Titãs, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial, só pra citar alguns exemplos. “Nosso objetivo é tocar, agitar e espremer muito Rock e Pop por onde passarmos”, enfatiza. “Nossas expectativas são ótimas, é
um novo projeto, com repertório diferenciado e a certeza de que vamos surpreender com muita descontração e diversão”, complementa o baterista. De acordo com ele, a primeira apresentação serviu para dar o norte que a banda precisava. Até então apenas ensaiando, o grupo ainda não tinha a noção de como seria a recepção ao trabalho. “O primeiro show foi o que realmente precisávamos para saber que estamos correndo na direção certa do que almejamos com a Mão de Morsa, que é a parceria entre os integrantes, entrosamento com o público, música e diversão”, explica. “Nosso primeiro show foi uma grande experiência, tocamos em outra cidade que não a nossa e para um público que conhece muito de Rock n’ Roll e suas vertentes. E percebemos que fomos bem aceitos, agradamos a todos”, destaca Coradi, rendendo agradecimentos à direção da casa que abrigou a primeira empreitada. Agora, a banda espera expandir a agenda e levar o trabalho a mais lugares da região e, quem sabe, alçar voos mais distantes. “Vamos ensaiar mais para tocar mais, para espremer ainda mais Rock and Roll e levar sempre boas energias por onde a Mão de Morsa tiver a oportunidade de passar”, finaliza o baterista. O contato pode ser feito diretamente pela página oficial da banda no Facebook (www.bit.ly/MaodeMorsa). Rodolfo Peguin/Agência Kinkan
ções
Banda Broove foi uma das atra
ede de r a i r c l a iv t s e F utores d o r p e s a t s i t ar ajuda e agora busca dição e para segunda r a articulação en-
fomenta s Na tentativa de utores, agentes e ativista od ro pr st , da as st ca ti ar um abriu tre os disgião, o Guafas culturais da re e pretendeu reunir nomes ras. qu tu fu te atividades permanen insar e apoiar as postos a integr podem preencher a ficha de om. .c os Os interessad tp://www.agenciakinkan to ht en crição no site ralelo, a organização do ev to pa en m Em ia s. nc fa na ua fi br/g panha de m ca va para no s a re valo já abriu um ite a doação de osta é que a rm pe e qu vo . A ap coleti nha ento em 2017 subsidiar o ev egue a R$ 45 mil. A campa em a ch ad o rr çã será ence arrecada esse site Vakinha e acontece pelo e vem. Para contribuir, ac qu o abril do an inhaguafas. www.bit.ly/vak
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 21 de julho de 2016 | Página 6
Distrito de Sousas, em Campinas, recebe concerto da Banda Lira Itapirense
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Banda Lira Itapirense viaja neste sábado até Campinas (SP), para apresentação especial na tradicional Festa de Sant’Ana, no Distrito de Sousas. É a primeira vez que a centenária corporação musical participa do evento que está em sua 84ª edição e que celebra a padroeira da localidade. Já há alguns anos, a Banda Lira participa de uma festa também tradicional em Joaquim Egídio, outro distrito de Campinas, sempre no mês de agosto. Agora, a corporação atende ao
convite formulado também pela organização das festividades em Sousas. “Já recebemos convites em anos anteriores para participar dessa festa em Sousas, mas a data acabava coincidindo com a festa de Eleutério (distrito de Itapira), e como também é um evento tradicional, sempre demos preferência para ficar aqui. Porém, desta vez deu certo de irmos à Festa de Sant’Ana de Sousas”, frisou o maestro Maurício Perina, diretor artístico da Lira. O concerto reunirá a formação de banda sinfônica da instituição, que no
A Feira de Troca de Livros Beneficente promovida pelo ‘Clube do Livro Outra Xícara Por Favor’ movimentou um total de 1.147 títulos na tarde do último domingo (17) em Itapira. O evento, em sua quarta edição, voltou a reunir grande número de participantes no salão paroquial da Igreja Matriz de Santo Antônio, na região central, com atividades entre 14h00 e 17h00. Uma das coordenadoras do evento, Marina Risther Razzo, comemorou a adesão do público. “Meia-hora antes do início do evento a fila já era muito extensa. Entre os participantes havia muitos rostos novos e outros já conhecidos de outras feiras. Em termos de público, essa foi nossa melhor edição. As pessoas estavam realmente muito interessadas. A questão não era apenas fazer boas trocas, mas sim se envolver com todas as demais atrações. Tanto é que muita gente chegou cedo e só foi embora quando encerramos as atividades”, salientou. Os organizadores estimam que mais de 300 pessoas tenham passado pelo local e a arrecadação de produtos de higiene pessoal, trocados por obras
literárias chegou perto de 1,5 itens. Os donativos serão revertidos à Casa da Criança ‘Celencina Caldas Sarkis’ e à ‘Casa do Pão’, ambas em Itapira, e NESA (Núcleo de Ensino e Socialização do Autista) de Mogi Guaçu. O evento ainda concentrou a comercialização de bebidas, salgados e doces pelo Café Empório das Tortas. A programação também contou com a participação das escritoras Camila Pelegrini e W.F Endlich, de Mogi Guaçu, e Mara Deméter, de Campinas. Livros novos puderam ser adquiridos na loja itinerante da Livraria Sonhe Livros, de Jacutinga (MG). “As escritoras deram uma atenção impar ao público e autografaram seus livros. O café permaneceu bem movimentado, assim como a livraria. Ainda não tive tempo de fazer um feedback com esses colaboradores, mas com base no que vi acredito que a adesão foi muito boa”, avaliou Marina. As reuniões do Clube do Livro acontecem em sábados alternados na Casa da Cultura ‘João Torrecillas Filho’. O próximo encontro acontece dia 6 de agosto, às 15h00. Atualmente a iniciativa conta com a adesão de 32 integrantes.
Vagner Sanches/Divulgação
Maurício Perina comanda a Lira fora de casa último dia 15 se apresentou no 4º Festival de Inverno de Itapira, recebendo convidados especiais no palco. No evento de Sousas, a corporação contará com 50 músicos. O concerto tem duração de aproxima-
damente uma hora, com início às 20h00. A programação religiosa da Festa de Sant’Ana começou na última terça-feira (19) e segue até a próxima terça-feira (26), dia da padroeira. Já a programação festiva
acontece entre sexta-feira (22) e domingo (24), com shows musicais dos mais diversos gêneros. Antes da Banda Lira, no sábado, sobem ao palco os grupos Green River (Classic Rock), Rock Daniel’s (Blues e Rock)
e Mary Jam (Pop Rock). Depois do concerto, o público ainda confere a apresentação da dupla sertaneja Fábio Henrique e Gabriel. A programação completa e outros detalhes estão no site www.santanasousas.com.br.
Feira do Livro supera marca de 1,1 mil trocas em Itapira Leo Santos/Megaphone
Clube do Livro promoveu nova edição de feira
CUL TU RAN DO 4º Encontro de Motos Custom em Mogi Guaçu A Choperia Tradição, em Mogi Guaçu, abriga a quarta edição do Encontro de Motos Custom no dia próximo dia 31, a partir das 10h00. O evento, que celebra o Dia Nacional do Motociclista, celebrado em 27 de julho, reúne as bandas Major Rank, Kerozene e Delta Harmônico. O almoço na faixa será servido entre 12h00 14h00 e haverá ainda sorteio de brindes. Brazuca Até Umas Horas com Criolo e Emicida O evento Brazuca Até Umas Horas tem nova edição em Mogi Guaçu nesta sexta-feira (22). Desta vez, os homenageados são os rappers Criolo e Emicida, com tributo a cargo da banda Mariamadame. O groove também está garantido com os DJs Ed e Nikito. N’O Profeta Pub Rock a partir
Reprodução/Internet
Reprodução/Internet
das 22h00. Mais informações, preços e ingressos em www.bit.ly/brazucatres. Festival Expressão Livre acontece em Monte Sião O Festival Expressão Livre está em sua décima quinta edição em Monte Sião (MG). No último dia 16, o evento já concentrou o concurso de MPB e, neste sábado (23) é a vez do concurso de bandas de Rock. É um dos maiores eventos de música independente da região e vale a pena conferir. Pra quem não pode ir, ainda tem a transmissão ao vivo pelo site www.festivalexpressaolivre.com.br, onde também estão disponíveis para votação as músicas dos grupos concorrentes. Discos de Tim Maia retornam em vinil A Polysom, em parceria com a Universal
Music, está relançando três discos do começo da carreira de Tim Maia. Os álbuns foram lançados em 1970, 1971 e 1973, sendo o primeiro, segundo e quarto da carreira do carioca. Os discos chegam às lojas em vinil de 180 gramas pela coleção ‘Clássicos em Vinil’. Documentário sobre Janis chega aos cinemas brasileiros Estreou no último dia 7 nos cinemas brasileiros o documentário ‘Janis: Little Girl Blue’, que conta a história da cantora Janis Joplin. O longa reúne imagens de arquivo – entre elas algumas inéditas, além de performances da artista que morreu aos 27 anos em 1970. Janis Lyn Joplin nasceu em 1943 e até hoje é considerada uma das maiores cantoras da história. A voz marcante e o talento incomparável lhe renderam o título de rainha do Rock e do
Reprodução/Internet
Blues. O filme é assinado por Amy Berg e mostra também a passagem pela cantora no carnaval brasileiro, na Bahia e no Rio
de Janeiro, oito meses antes de morrer. Trailer disponível no site do Megaphone (www.bit.ly/docjanis).
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u ç a u G i g o M e d l a Faculdade Municip a c i s ú M e d o s r u C r poderá te
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Fa c u l d a d e M u nicipal ‘Franco Montoro’, de Mogi Guaçu, protocolou junto ao CEE (Conselho Estadual de Educação) o Projeto Pedagógico para implantação do Curso de Música. O encaminhamento foi no dia 29 de junho pelo do diretor da instituição, Márcio Antonio Ferreira. Em 2015, a Facul-
dade Franco Montoro realizou estudo nas escolas públicas sobre o interesse quanto a vários cursos, entre eles o de Música. A consulta acabou captando número significativo de alunos que deixam a cidade para estudar em conservatórios e universidades. Caso seja aprovado pelo CEE, o Curso de Bacharelado em Música ofer-
tará oportunidade para muitos jovens desenvolverem suas habilidades em instrumentos musicais, cantos e metodologias de pesquisa na área, ganhando o mercado de trabalho neste campo das artes. É previsto que o Centro Cultural de Mogi Guaçu, em parceria com a Faculdade ‘Franco Montoro’, passará a ter salas para acolher
Lendário Woodstock será ‘reproduzido’ em Limeira O Horto Florestal de Limeira vai sediar a primeira edição do Woldstock Rock Limeira, que fará homenagem aos 47 anos do lendário festival Woodstock. Assim como o evento original, a festa acontecerá em agosto, com três dias de atividades – 26, 27 e 28. A intenção é reproduzir um pouco do espírito do Woodstock, com programação que reunirá grupos que prestam tributo aos artistas que se apresentaram no festival de Bethel, como Creedence Clearwater Revival, Janis Joplin e Jimi Hendrix. O Woodstock reuniu milhares de pessoas no interior do estado de Nova Iorque em agosto de 1969, com um discurso de paz e voltado às mais diversas manifestações culturais. O evento tem Limeira terá ainda bandas covers de outros nomes da música mundial, como Metallica, AC/DC e Iron Maiden, e também homenagens
Divulgação
práticas de ensino – como aulas de audição e aulas de apresentação, além de conservatório, como laboratórios da instituição que poderão ser utilizados também pela EMIA (Escola Municipal de Iniciação Artística). Parcerias com a Corporação Musical ‘Marcos Vedovello’, Banda Marcial dos Ipês e Banda Marcial ‘Luizinho Lanzi’,
recentemente implantada, também deverão ser viabilizadas tão logo o projeto receba a aprovação do Conselho Estadual de Educação. A estrutura oferecida pela Faculdade ‘Franco Montoro’ está adequada ao que propõe a Resolução Nº 2, de 8 de março de 2004, do Conselho Nacional de Educação, através da Câmara Técnica de Ensino
Superior. A expectativa é de que o curso encontre grande ressonância na região, pela proximidade com cidades distantes até 60 quilômetros, o que irá permitir o retorno dos alunos às suas casas todos os dias, evitando gastos desnecessários com moradias e transporte para outras instituições mais distantes.
O livre direito à opinião pode ser um passo à vala do radicalismo
por Ricardo Pecego
Woodstock ficou na imaginação e no coração de muita gente a grupos e artistas nacionais como Legião Urbana, Raul Seixas e Tim Maia. De acordo com a organização, a estrutura também terá uma grande área de camping e diversas atividades culturais e sociais, além de estacionamento, praça de alimentação e segurança. Os
ingressos estão sendo vendidos a R$ 30,00 para os três dias ou separadamente, sendo R$ 10,00 para a sexta-feira e domingo e R$ 20,00 para o sábado. Compras e programação completa por dia de evento no site www.woldstockrock. com.br.
Uma das minhas grandes certezas na vida é compreender que minha opinião nem sempre tem a mesma significância para outras pessoas. Ela pode variar de importância sendo, para alguns, mais relevante do que é para mim, mas pode também não ter valor nenhum para um grupo ainda mais numeroso. A opinião tornou-se uma febre mundial, nos dias de hoje, com o advento das redes sociais, e com isso podemos perceber muito mais nitidamente as tendências e a forma com que cada um se expressa e se comunica. A opinião hoje em dia viaja e conquista adeptos numa velocidade incrível, coisa de minutos e já foi compartilhada, com réplicas e tréplicas de outros que também querem expor o seu ponto de vista. Sobre nós estão pairando milhões de opiniões, dos mais variados assuntos, e nossas afinidades criam então as conexões primárias e secundárias, é assim que os algoritmos formam os núcleos de amigos e conhecidos que terão acesso ao teu pensamento. Um tanto preocupante é saber que igualitariamente sua opinião vai pairar sobre as vistas daqueles que pensam muito diferente de você, que sendo conhecidos ou não, estão empoderados pelo Deus da Web a digitar suas palavras de oposição. É preciso lembrar aqui, por mais que seja doído, que talvez a razão esteja com eles. É complexo de admitir, mas num mundo cheio de opiniões, será que só as nossas estão corretas? Óbvio que não, aquele que admite estar certo em todos os aspectos é mais um dos idiotas que Humberto Eco demonstrou que a internet deu voz, e que antes deste fenômeno mantinham suas opiniões reclusas às suas próprias mentes, e ao pequeno nicho de idiotas a seu redor. Faz parte de nosso inconsciente ter certeza de que não somos donos da verdade, mas quando lemos, ouvimos, ou assistimos alguém que opina na direção contrária da nossa, parece que a essência dos idiotas, que talvez tenhamos sido em outras vidas, ressurge num ímpeto, e com o máximo das nossas forças argumentativas, recheadas de sarcasmo e raiva, trabalhamos para dar a resposta que cale o opositor para todo o sempre. Na idade das pedras competíamos por brasas (vide Guerra do Fogo), nas épocas posteriores por terras, por ouro, pelo melhor emprego e posição social, agora a briga é pela opinião suprema, aquela que tenha compartilhamentos e desencadeie tretas fortíssimas pelos comentários gerados. Vários meios de comunicação já entenderam essa lição, juntando numa mesma mesa para o debate ferrenho pessoas de grupos opositores, agindo como conciliadores, mas na verdade apenas criando material para um lado e outro depois publicarem os trechos que mais lhe interessam, e assim levar de carona os milhões que de um lado e de outro vão curtir, compartilhar e comentar, lógico! O fruto desse formato insano de livre pensamento e expressão cria diversos nichos de radicalismo, que no meu ponto de vista é o ponto mais prejudicial para todos nós, se analisarmos o complexo contexto que cercam esta movimentação da sociedade. Na verdade como Bauman muito bem explica no Tempo Líquido, a volatilidade das relações humanas, causadas pela interação global entre os seres, trouxe como consequência, no meu ponto de vista, o radicalismo a outro patamar de atuação, e principalmente, talvez
o mote mais grave, de aceitação dentro das redes sociais, da internet e consequentemente dentro de nossas casas. Hoje nós somos divididos em favoráveis e contrários de toda diversidade existente, e ficar em cima do muro, não tiver opinião formada, ou mesmo se não quiser opinar, cedo ou tarde alguém de algum dos lados, querendo demonstrar sua estupidez vai te criticar e tentar tirá-lo do centro. Isso basicamente é querer transformá-lo de metamorfose ambulante, para te colocar no patamar de ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Por de trás da tela do computador é fácil opinar, apertar o enter e rapidamente fechar aquela tela para só mais tarde ver o que aconteceu. Quando enxergamos que nosso pensamento permaneceu ali firme, escrito do mesmo jeitinho que o deixamos, nos sentimos fortes. Alguns de nós, então, em pleno devaneio, embriagados de poder escrevem frases ofensivas a determinados grupos sociais, que estão mais engajados que nunca para combater, educar e repreender, tal como o professor do clipe do The Wall, e aí a guerra come solta. Uma campanha viral comprovou isso. Eles selecionaram uma grande quantidade de pessoas dentro de uma rede social, que postaram frases racistas em seus perfis, ou atacando perfis de pessoas negras. Nesta seleção, eles conseguiram traçar os locais, onde estas pessoas moravam e instalaram nos arredores outdoors com suas frases, mas mantendo a identidade delas preservadas. O resultado foi que ao serem revelados (mesmo não sendo identificados), 90% das pessoas excluíram seus perfis da rede social. Elas não sofreram nenhum tipo de ataque cibernético, o ataque foi moral, foi o medo de ser julgado na sociedade real como racista. Apenas uma das pessoas, procurou a organização da iniciativa, querendo espaço para se redimir. A frase do jovem foi: “preciso de um banho, pois estou fedendo a preto”. A equipe então deu voz à pessoa que estava envergonhada, pois nem percebera que seu comentário foi racista. Num contraponto, assisti a um vídeo de uma vlogueira repudiando o acontecimento de um crime brutal. Seu descontentamento não era com o ocorrido propriamente dito, mas sim da existência de direitos humanos, como se eles fossem um mecanismo de atenuação de crimes, e sua revolta ganhou milhares de compartilhamentos. Temos que ter a cabeça fria, e o olhar crítico, afiado para que possamos desvendar as sutilezas que podem nos levar ao radicalismo em qualquer âmbito, só assim poderemos constituir uma sociedade equilibrada, sabendo que nem todos tem o mesmo nível de entendimento social que o nosso, alguns tem muito mais! Devemos entender que aquele que sugere, ou divulga os absurdos não deve ser abandonado à convivência de quem o influenciou, mas deve ser submetido a diversos outros pontos de vista para começar a exercitar sua crítica, a ampliar seus horizontes de entendimento. Parece tolo, mas lembrem-se quando crianças, que você apanhava de um irmão, ou parente e se revidasse perdia a razão? Acho que as pessoas precisam ser trazidas à realidade. Não está funcionando esfregar na cara delas que são parte dos idiotas de Humberto Eco, e o tempo demonstrará que agindo desta maneira logo faremos parte de uma subcategoria desta mesma turma.
Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.
anorama
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o r u O e d s Boda com a música
Edição Quinzenal | 21 de julho de 2016 | Página 8
Fábio Zangelmi/Divulgação
Cantor italiano Tony Angeli grava DVD para marcar 50 anos de carreira
Gravação aconteceu em teatro paulistano no dia 14 passado
zer de fazer tudo isso é cada vez maior. Quanto mais experiência e sabedoria você tem, quanto mais os fãs acompanham onde quer que eu vá, mais há prazer em trabalhar, em produzir, cantar, gravar. Esse carinho do público é uma coisa que tem que ser agradecida, por isso me dedico há tanto tempo de corpo e alma para que o pessoal passe momentos lindos e agradáveis”, disse. “E não importa onde eu vá cantar, se é lá ou cá, se é pra dez mil pessoas ou para 150. Não tem distinção de classes, é o mesmo trabalho, a mesma dedicação, a mesma força e o mesmo sentimento”, complementou. Para o artista, a postura diante dos fãs, a seriedade com o trabalho e o carinho e preocupação com a própria obra é o que explica a solidez de uma carreira com cinco décadas se interrupções de alguém que chegou ao Brasil para ficar poucos meses, morando em hotéis, e que nunca mais foi embora. “Tudo o que se faz com amor e com o dom natural sempre será um sucesso. Não importa o que seja. É muito difícil você conseguir fingir. Você pode até mentir por uma temporada, mas chega uma hora que não cola mais, a coisa fica forçada e acaba dando na cara. O que é natural vem da alma e isso acontece em todas as profissões, não é só com o artista, na música, com o ator, é com o jornalista e com qualquer outra pessoa. Se você faz com amor e dedicação você cada vez mais está um degrau a cima e não vai estacionar nem vai cair”, frisou. Apesar da serenidade e firmeza de um artista consolidado e realizado, Tony Angeli não conseguiu
esconder o nervosismo às vésperas da gravação do DVD. De acordo com ele, o sentimento era semelhante à primeira vez que subiu em um palco para cantar, aos 11 anos, e desceu prometendo que jamais voltaria a fazer aquilo novamente. “Ansiedade, preocupação, nervosismo, é impressionante”, revelou. “Eu até pedi desculpas à minha esposa, pois não estou tratando bem as pessoas, estou muito concentrado, sempre com a cabeça em outro lugar”, confessou o artista que nos últimos meses ouvia até no rádio do carro os arranjos das músicas que compõem o repertório do novo registro. AMIGOS O DVD, na verdade, já era pra ter sido gravado bem antes. A data, inicialmente, havia sido marcada para o dia 7 de junho, também em São Paulo, mas problemas familiares de Tony impediram que o compromisso se concretizasse. “Então, um mês e meio antes da primeira data eu já estava com a cabeça a mil”, lembrou. O convite de Tony para que Agnaldo Rayol e Sérgio Reis cantassem com ele no show especial foi prontamente atendido pelos dois artistas. A amizade duradoura entre eles
Fábio Zangelmi/Divulgação
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noite do último dia 14 foi de grande emoção para o cantor Tony Angeli, que gravou seu DVD em comemoração aos 50 anos de carreira. A gravação aconteceu em São Paulo, mais precisamente no Teatro Gamaro, na região da Mooca. Na ocasião, o italiano radicado no Brasil desde 1964 e que há mais de 10 anos escolheu Itapira como domicílio, recebeu como convidados os cantores Agnaldo Rayol e Sérgio Reis – amigos de longa data e que subiram ao palco ao lado de Tony para tonar a celebração ainda mais especial. O DVD deverá chegar ao mercado somente em meados de outubro, contendo 15 canções escolhidas a dedo pelo artista e sua equipe. A gravação foi acompanhada por um público de aproximadamente 500 pessoas – boa parte amigos e convidados do principal galã da música italiana no Brasil. A presença de dezenas de amigos na plateia, inclusive, tornou a missão ainda mais difícil para Tony, que antes do show já não escondia a ansiedade. “Cantar para amigos é muito mais difícil que cantar para uma multidão de pessoas que não conheço pessoalmente. O peso é ainda maior. Não se pode desagradar um amigo, não pode cometer uma gafe”, avaliou o cantor duas noites antes da apresentação, ao receber em sua casa a reportagem do Megaphone. Ele próprio, ao lado da esposa Mirtes Aparecida Bianchezi, recepcionou a equipe na porta da residência. Esbaforidos em meio a tantos preparativos para o show, os dois haviam acabado de chegar em casa e confessaram que a correria era grande já há vários dias. A explicação é que Tony e a fiel escudeira Mirtes tomaram pra si a missão de cuidar de praticamente todos os detalhes da gravação. Nada de zelo exagerado, mas sim de cuidados prévios para que tudo transcorresse exatamente como o planejado. “Não é querer cuidar de tudo, é que a gente é exigente, quer a coisa bem feita”, afirmou Tony ao ser questionado sobre os motivos pelos quais resolveu encabeçar a produção ao lado da esposa e de alguns colaboradores. “Não sei se é chatice ou não, mas gostamos de tudo nos mínimos detalhes. Se deixamos outras pessoas fazerem, talvez deixem de fazer uma coisa, ou não faz como o esperado, então é melhor fazer por conta para sair tudo correto”, explicou. Durante toda a entrevista de quase uma hora, Mirtes permaneceu em outro cômodo, envolvida em telefonemas e anotações. Os dois ainda revelaram que logo na manhã seguinte já partiriam para São Paulo para acompanhar a montagem do palco do espetáculo. “Depois que isso tudo passar, vamos sumir um pouco”, brincou a esposa-empresária do cantor. De acordo com Tony, a intensa movimentação, entretanto, não era problema algum. Ao contrário. “Meu querido, o pra-
Tony Angeli reside em Itapira há mais de dez anos
começou já entre os anos 1960 e 1970. Sérgio, Tony Angeli conheceu no camarim de um show beneficente no Ibirapuera, em 1967. O amigo – hoje deputado federal – também costuma visitar Tony em Itapira, sempre sem alarde, sempre pra descansar mesmo. Mas tem vinho e pescaria, invariavelmente. “Viramos grandes amigos, amigos normais. Quase nunca falamos de música, de carreira”. Já com Agnaldo, a relação começou nos bastidores de um programa de TV, também durante os anos de ouro da Jovem Guarda, quando ambos trocaram elogios pelas atuações diante do microfone. Na época, inclusive, o contrato de Tony no Brasil havia acabado e ele fazia planos para voltar à Argentina, país em que já havia trabalhado ao sair da Itália para a América do Sul. A decisão de ficar no Brasil foi tomada por influência direta de Agnaldo, que ao ouvir de Tony que ele pretendia voltar ao vizinho país, recomendou para que o italiano ficasse por aqui e insistisse na carreira. “Ele me falou que a América do Sul era o Brasil e aí eu vi a dimensão desse país, suas capitais e todas as possibilidades de trabalho que eu tinha aqui. Dava pra mais vinte Tony Angeli”, brincou. No show, o cantor foi acompanhado por uma orquestra. As músicas ganharam nova roupagem, com arranjos modernizados. Agora, é possível que alguns ajustes tenham que ser feitos em estúdio e, depois, o registro segue edição, produção, mixagem e masterização. “Ainda vai levar um tempo para ficar pronto, mas entre o final de setembro e o começo de outubro o DVD deve sair”, avisou Tony.
Último disco foi ‘feito em casa’ Aliás, não é a primeira vez que Tony assume as rédeas de sua própria produção. Seu mais recente disco, lançado neste ano - Meglio Stasera – foi dirigido e produzido por ele, além de ter sido totalmente gravado em um estúdio montado em sua própria casa. “A maioria dos artistas que têm contrato com gravadora não podem chegar com as músicas que escolheu e gravar. Quem determina o que vai pro disco é a gravadora, e não o artista. Esse último disco eu gravei em casa no ano passado. Montei um pequeno estúdio, mas com tudo de primeira linha, chamei músicos de Itapira e cidades da região e consegui fazer um disco exclusivamente feito aqui, com ideias minhas e do meu maestro. Só mandei pra São Paulo para mixar e masterizar”, contou. Para o cantor, a música hoje, de forma geral, segue sofrendo transformações, mas a qualidade em termos de conteúdo é menor que no passado. “Se você fizer uma pesquisa, percebe que a cada 15 ou 20 anos a música muda. Hoje é a era do funk, do sertanejo universitário. Mas a música, com poesia, a música que tem um conteúdo, feita pra tocar o coração, quase não existe mais. Hoje existe mais comércio, o compositor faz música para vender, para ganhar dinheiro. Na minha época a música era feita com o coração. Muitas vezes o artista nem sabia quanto ganhava, ia fazer o show, o empresário vinha e pagava. São contextos totalmente diferentes”, opinou. “Antigamente, o artista era conhecido por sua voz, por sua figura, por ser bonito ou por cantar bem, pela sua pessoa. Hoje é diferente, o empresário quer saber que música você canta, se conhecer a música, aí ele escolhe. E isso faz muita diferença
em termos de qualidade”, avaliou. Perguntado sobre quem era o Tony Angeli de 1964, quando chegou ao Brasil, e quem é agora, o cantor brincou antes de responder: “a mesma pessoa, só que mais velha”, disse aos risos. “Quando vim, cheguei cheio de sonhos para conquistar um país novo, com garra e entusiasmo, mas com medo, sozinho, sem ninguém e morando em hotel. Hoje me olho no espelho e vejo que consegui. Não foi aquele sonho, mas aí é que está o negócio. Eu tenho que agradecer muito ao meu público, que me aceitou e me incentivou, a quem me contratou, a Deus, pois eu nunca fui aquele artista que só visava o sucesso, que ia a todos os lugares com o disco debaixo do braço”, contou, avisando que iria “ser meio grosseirinho” na resposta. “Nunca puxei o saco de ninguém. Se gosta de mim, tudo bem, se não gosta vou fazer outra coisa. Por isso, talvez, eu não tenha atingido um sucesso estrondoso, pela minha certa displicência em termos artísticos. Tem colega que toma café pensando no sucesso, vai dormir pensando no sucesso, fica atrás de compositores, gravadoras, televisão, jornalistas, vive só pra isso. Eu vivi sempre na minha e estou vivendo até agora. Encho a boca pra dizer que cantei, sobrevivi, fiz meu pé de meia e vivi pra caramba, fiz tudo o que quis”, resumiu Tony Angeli, visivelmente emocionado. “E é isso o que vale?”, emendou o repórter. “É isso o que vale. Hoje eu vejo que consegui tudo e não me dediquei só à minha carreira. Eu fui pescar, eu trabalhei bastante, eu ri, eu chorei, tomei vinho, curti os amigos, a casa, a natureza. E continuo cada vez mais. Já me perguntam quando eu vou parar, e eu respondo que não sei. Enquanto Deus manter essa minha voz e a disposição, e enquanto quiserem, eu vou continuar. Não tenho prazo de validade e não me canso. Até morrer vou procurar fazer o melhor, sempre agradecendo todo o carinho que meus fãs me dão”.