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Ano V –
SEM PARAR! Fabiano Negri fala sobre sua extensa carreira musical Pág. 2
Nº 32 – Edição Quinzenal | 16 de julho de 2015
m e t o n r e v n I e d l a iv t s e F a ir p a t I m e r o n e m o ã iç ed
Marise Marra é uma das atrações do evento
C
om as atividades reduzidas a dois dias – e não distribuídas em quatro dias como nas edições anteriores – o Festival de Inverno de Itapira chega à sua terceira edição nos dias 1 e 2 de agosto. O evento também foi transferido para a antiga Estação da Fepasa, já que a quadra do Parque Juca Mulato, que abrigou as programações de 2013 e 2014, está parcialmente ocupada por obras de construção de palco fixo. A programação deste ano foi divulgada com exclusividade na edição 31 do Megaphone Cultural, publicada no último dia 2. Desta vez, diferentemente do que ocorreu nas duas
primeiras edições, o evento não terá nenhuma atração de maior destaque. No ano passado, a banda gaúcha Cachorro Grande e a dupla Craveiro & Cravinho foram os principais nomes na programação. No ano anterior, 2013, o show de maior destaque ficou por conta do cantor Kiko Zambianchi. O cronograma desta nova edição reúne, principalmente, atrações locais. Nos dois dias de evento, as atividades começarão às 14h00, com entrada franca. Os shows serão abrigados na área que serve de estacionamento à Secretaria Municipal de Obras e Planejamento e à entidade Jovem em Ação,
ambas alocadas no prédio da Fepasa. No sábado, dia 1, a programação reunirá bandas de Rock e Blues. Já no domingo, apesar do roteiro também contar com grupos ligados ao gênero, a programação também reúne duplas sertanejas e grupos de MPB. Nos dois dias, a DJ Kay Freitas comandará o som no intervalo das bandas. Os grupos Zualê e Cia de Theatro Paulino Santiago serão responsáveis por intervenções artísticas. A expectativa da Prefeitura é que pelo menos duas mil pessoas acompanhem as apresentações. Confira a programação completa na seção ‘Agenda’ - Página 3
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Editorial
Confiança comprometida
N
ão pegou bem a alteração de horário do Festival de Bandas de Rock de Itapira sem que fosse feita ampla divulgação da mudança. Marcado oficialmente para 16h00 do último dia 11, o evento começou com duas horas de antecedência, às 14h00. Por meio de fontes, a reportagem do Megaphone apurou que as bandas selecionadas para a disputa haviam sido comunicadas cinco dias antes. Porém, conforme evidenciado, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo parece não ter encontrado tempo hábil para publicar uma simples nota em sua página oficial no Facebook. Pior: a própria Prefeitura não fez publicar qualquer informação referente à mudança, nem no site oficial, nem na página do Facebook, nem no Jornal Oficial ou em qualquer outro meio. Somente o titular da Secretaria divulgou, na manhã do mesmo dia 11, uma mensagem
sem eu perfil pessoal na rede social apontando para o início às 14h00. A única informação pública sobre a antecipação do evento foi veiculada no site deste veículo, poucas horas antes do evento, quando a informação chegou à redação. A suposta incompatibilidade de horários do corpo de jurados como justificativa para a necessidade da alteração de horário não foi suficiente para eliminar as críticas. Ao contrário, revela falta de planejamento. Não se derruba uma parede se um tijolo não encaixar depois da obra estruturada. Muda-se o tijolo. Há quem minimize a situação. Certamente, não é a mesma postura de quem perdeu metade do evento por chegar no horário estipulado e divulgado em matérias jornalísticas sérias sobre o acontecimento. De agente público, espera-se postura pública.
Selecionar mais bandas que o previsto no próprio regulamento também foi um passo perigoso dado pela pasta responsável pelo evento. Abre-se precedente para questionamentos, abre-se margem para desconfianças – ainda que a intenção tenha sido realmente boa e coroada de boa fé. Por fim, não divulgar as notas das bandas vencedoras – fato inédito na história do festival – também fez várias pessoas torcerem o nariz. Sem qualquer explicação plausível, a pontuação concedida pelos jurados foi solenemente omitida do público durante a cerimônia de premiação. Certamente, são coisas a serem revistas para que o evento não perca o caráter confiável que conquistou nos últimos anos. De evento com recursos públicos, espera-se transparência. E de gestores espera-se responsabilidade com a informação. Questão de respeito e seriedade.
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por Antonio Carlos Monteiro
V
Negri coleciona vasta experiência no campo musical
ocalista, multi-instrumentista, produtor, arranjador, professor. Não há atividade no mundo da música que não seja familiar ao campineiro Fabiano Negri, que ingressou na carreira há vinte anos. Seu nome se tornou popular graças ao trabalho com a banda de Hard Rock ‘Rei Lagarto’, que encerrou atividades em 2011. Hoje, Fabiano se divide entre a banda de blues Rock/Classic Rock ‘Dusty Old Fingers’ e sua carreira solo, pela qual acaba de lançar seu segundo álbum "Maybe We'll Have A Good Time... For The Last Time". É verdade que seu início na música foi através de "Menina Veneno", sucesso do cantor Ritchie? Fabiano Negri: É verdade... (risos) Eu devia ter uns seis anos e essa foi a primeira música que me chamou a atenção. E foi aí que começou minha paixão pela música. Foi o meu descobrimento. Em que momento você decidiu que a música seria sua profissão? Fabiano: Foi um processo natural. Depois desse meu encontro com a música a partir desse tema do Ritchie, eu passei a ser totalmente aficionado por música. Percebi que era algo de que eu gostava muito, mais que qualquer outra coisa. E depois do Ritchie veio Michael Jackson, depois veio Ozzy e a partir daí eu não parei mais.
Antes de entrar no Hard Rock, você teve uma banda de Heavy Metal, o ‘Mindfreak’, que gravou o álbum "Shattering Blow" em 1998. Como foi essa experiência de gravar Rock pesado? Fabiano: Eu cresci no Heavy Metal. Meus amigos também curtiam metal e essa turma começou a ter um interesse maior pela música. Daí surgiu o Mindfreak. E em 1995, através de um consórcio de bandas, a gente conseguiu lançar
FABIANO NEGRI ACIMA DE TUDO, A MÚSICA
nosso disco. Foi muito bacana, a gente curtiu muito, mas faltava experiência, foi a primeira vez que a gente se juntou num estúdio. Logo em seguida, você entrou no Rei Lagarto. Como se deu sua entrada na banda? Fabiano: Nesse mesmo consórcio, o Rei Lagarto também estava gravando seu primeiro disco. E o vocalista saiu no meio da gravação. Então, o Yon Berry (baixista), que conhecia meu trabalho por causa do Mindfreak, me convidou para cobrir um show. Eles gostaram e me convidaram pra entrar na banda e, consequentemente, gravar o disco. Pra quem nunca tinha gravado nada, gravar dois discos de uma vez só foi muito legal (risos).
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Você ficou no Rei Lagarto de 1998 a 2004. Nesse período, você gravou dois discos ("Overdrive" e "Free Fall") e fez muitos shows. Quais suas lembranças desse tempo? Foi sua época mais intensa como músico? Fabiano: O Rei Lagarto, como alguns sabem, foi uma banda muito importante no cenário underground. Foi aí que eu aprendi realmente a ser músico. A gente fazia 120 shows por ano, a galera estava adorando e eu consegui viver tudo que um músico vive na estrada e em estúdio. É um período do qual eu me orgulho muito. Você saiu da banda, ela encerrou atividades e, depois de algum tempo, o Rei Lagarto voltou com a formação original. Por quê? Fabiano: A gente percebeu que tinha errado e deixado um trabalho incompleto, Mas o cenário era outro, o espaço para banda
autoral era cada vez menor. A gente até levou um susto quando voltou a tocar e o público não estava lá. Essa volta rendeu mais três discos ("The Forgotten Road", "Oceans" e "The Clockmaker's Dream") e em 2011, após vinte anos de estrada, a banda resolveu encerrar atividades. Por que tomaram essa atitude? Fabiano: Porque a gente sentiu que não tinha mais nada para fazer, não tinha para onde crescer. E eu estava totalmente envolvido com outros estilos de música, querendo me dedicar a outras coisas, e o resto do grupo também. A gente se separou amigavelmente, fizemos um show de despedida e foi muito legal. Só tenho boas lembranças do Rei Lagarto. Em seguida, você se lançou em carreira solo com o disco "A Practical Guide To Throwing Money Away". Por que um disco solo em vez de montar uma nova banda? Fabiano: Eu tinha muitas músicas prontas e não sabia o que fazer com elas. Então, resolvi brincar de artista solo... (risos) Foi um disco que eu fiz por prazer pessoal, nem me importava com o que ia acontecer. Fiz só um show e foi isso. Pensei que ia parar por ali, mas estava enganado. Depois, você se afastou um pouco do Rock criando a Unsuspected Soul Band, que fazia uma música mais dançante, baseada no Funk (o verdadeiro) e na Soul Music. Você tem influências fora do Rock? Fabiano: Esses são dois estilos de músicas de que gosto muito. Eu tinha várias composições nesse estilo e pensei em lançar como trabalho solo, mas resolvi transformar numa banda. Era uma proposta bacana. A banda tocou bastante, tivemos uma visibilidade legal. Mas aí o Yon, que estava no time, foi morar fora do Brasil e achei melhor que a banda não existisse mais. Simultaneamente, você começou uma banda de Classic Rock, a Dusty
Old Fingers, que lançou um disco em 2013, "The Man Who Died Everyday". Foi uma novidade para você em termos de estilo? Fabiano: Também surgiu de uma ideia que eu tinha de fazer um disco de Blues. Além de fazer minhas letras, eu gosto de ter o insight de outras pessoas. Foi quando eu chamei o Tony Monteiro (N.R.: sim, esse mesmo...) e chegamos num disco conceitual sobre a história do Brian Jones (N.R.: primeiro guitarrista dos Rolling Stones). A gente juntou uma galera que acabou dando certo e também virou uma banda. Gravamos o disco e ele foi muito bem recebido tanto pelo público como pela crítica. E não é algo tão fora do meu estilo, é um tipo de som de que eu sempre gostei e tem alguma ligação com o som que eu fazia no Rei Lagarto. E continua sendo uma experiência legal, tanto que a gente está compondo para o próximo disco, que deve sair no ano que vem. Seu último lançamento é outro disco solo, "Maybe We'll Have a Good Time... For The Last Time". Qual o motivo desse título? Fabiano: Esse título diz muito sobre o fato de que quando eu lanço um disco ele pode ser o último. Hoje as pessoas não gostam de pagar pela música, tem que trabalhar muito para levar o público para o show, então todo disco pode ser o último. Então, se esse disco se pagar, vou investir em outro. Senão, pode ser que seja meu último. E o título tem a ver também com o momento carrancudo que nós estamos vivendo. As pessoas não se divertem mais, não estão a fim de simplesmente viver a vida, sempre com aquele olhar carrancudo sobre o mundo. Em termos de estilo, como você definiria esse disco? Fabiano: É um disco que tem vários estilos juntos, mas tudo amarrado pelo Rock. Tem Pop, Soul, balada, Progressivo, até alguma coisa de Folk. Creio que é o trabalho mais bem produzido que eu fiz até hoje. Gostei muito do resultado, tenho muito orgulho desse álbum.
Além de músico, você também é produtor e professor de música. Falando primeiro sobre as produções: qual foi sua formação para se envolver nessa área? E quais você acha que devem ser os principais aspectos a que um produtor deve estar atento na hora de gravar um artista? Fabiano: Quando você assume o papel de produtor, precisa ter cacife pra fazer isso. E eu consegui conquistar isso ao longo dos anos. O produtor é aquele cara que dá um toque do que está faltando na música. Produzir é muito difícil. Pra colocar seu nome como produtor, você precisa contribuir muito. E eu acredito que estou no ponto de poder produzir um artista, tenho produzido vários e eles têm ficado satisfeitos com o resultado. Você é professor de música há muitos anos. Qual a maior dificuldade nessa missão de ensinar música normalmente a jovens repletos de sonhos? Fabiano: Ser professor de música é muito gostoso. Conviver com pessoas que gostam de música e conviver com os sonhos dela alimenta bastante a minha vida. Não acredito que exista dificuldade para ensinar. A maior dificuldade é dizer para uma pessoa que ela não é o que ela imagina ser. Eu tenho que botar na cabeça do aluno que ele tem que ser ele mesmo. Quando ele entende isso, vai crescer dentro da sua capacidade. Mas isso não é uma dificuldade, na verdade é o maior desafio. E é a parte mais gostosa, na verdade. O que falta para Fabiano Negri se realizar na música? Fabiano: O que falta é mais pessoas ouvirem a minha música. E essa é a parte mais difícil. Apesar de toda a facilidade que a internet traz, é complicado fazer com que a pessoa pare o que está fazendo e se conecte com a sua música. Fazer essa conexão está cada vez mais difícil. Tem muita coisa acontecendo na música e o ouvinte casual sabe separar o que é ruim do que não é. O que falta pra mim é isso: quero que mais pessoas se conectem com a minha música e a entendam.
Antonio Carlos Monteiro é guitarrista, jornalista e crítico de música. Atua como redator na Revista Roadie Crew e colabora com o Megaphone Cultural.
Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira
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3º Festival de Inverno de Itapira Dias 1 e 2 de agosto – 14h00 Antiga Estação da Fepasa Avenida Rio Branco – Centro – Entrada Franca
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Sábado – Dia 1
Maestro João Carlos Martins se apresenta no último dia do evento
Amparo abriga nova edição do Festival de Inverno O Festival de Inverno de Amparo (SP) – um dos mais tradicionais da região – acontece entre os dias 16 de julho e 2 de agosto. Neste ano, as atrações serão apresentadas em diversos pontos do município. O palco principal será alocado ao lado do Paço Municipal, no Bairro Ribeirão. Os maiores destaques desta edição ficam por conta do músico Yassír Chediak, considerado um dos grandes nomes da Viola Caipira no Brasil; e do maestro João Carlos Martins e Orquestra Filarmônica Bachiana. Nenhuma outra atração com maior apelo popular foi
anunciada pela prefeitura da cidade. No ano passado, nomes como RPM, Jorge Vercillo, Família Lima e Diogo Nogueira figuraram entre os destaques. O evento reúne dezenas de atrações musicais, de dança e teatro, com apresentações gratuitas e abertas ao público.
POLÊMICA No ano passado, uma decisão judicial suspendeu dois shows de Rock que aconteceram nos dois últimos dias do evento. O motivo alegado pelo juiz Fernando Leonardi Campanella, que atendeu a queixas de
moradores próximos à Praça Pádua Salles, foi de que as bandas do gênero “são os que mais perturbam a tranquilidade”. A medida gerou polêmica, mas a liminar foi acatada pela Prefeitura. Caso contrário, a administração seria multada em R$ 100 mil por cada show promovido. Neste ano, como reflexo direto do ocorrido, a mesma praça abriga apenas eventos em um auditório, sem shows abertos. Somente o tradicional Festival Gastronômico ocupa o logradouro. A programação completa do evento está no site do Megaphone (www.
bitly.com/festivalamparo).
MAIS A Estância Hidromineral de Lindóia também promove seu Festival de Inverno. O evento começou no dia 10 e segue até o dia 25 de julho. A programação reúne sessões de cinema, gincanas e shows diversos, tudo com entrada franca. A programação está disponível em www.lindoia.sp.gov.br. Já na cidade vizinha, Águas de Lindóia, o evento do gênero também deve ocorrer no final do mês, mas até a última quarta-feira (15), a programação ainda não estava definida. Rodrigo Peguin/Agência Kinkan
Roda de Samba e Choro é atração no dia 26, em Mogi Guaçu
Céu em Chamas New Heaven Sexy Drive Ilusão de Ótica Folha Seca Sons Of Seatle Zoraide Máfia do Blues Marise Marra 70 & Tal Rockstrada
Domingo – Dia 2 Projeto Bem Brasil Kauan & Rafael Jonas & Tiago Ramon & Adriano Tempero Brasileiro Jack James Garage 3
Nos dois dias:
Grupo Zualê Cia de Theatro Paulino Santiago DJ Kay.
PROGRAME-SE
Agenda dos melhores eventos de 18/07 a 29/08
AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)
Restaurante Pizzaria Bar Balada & Eventos
AVENIDA JACAREÍ, 64 – ITAPIRA 22/08 - Blaze Of Glory (Bon Jovi Cover) 29/08 - Festa do Patrão – Bandas Pearl Gabor, Rolling Pappers, 70 & Tal e Luciano Bola. DJs Kay Freitas, Lai, Guto Guimarães e Geoli.
O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114
Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu 17/08 - Banda Idem 18/07 - Arraiá Mardito com Roçabilly Brothers e Hellgrass 24/07 - Projetos Engavetados – Tributo a Engenheiros do Hawaii 25/08 - Jack Flash – Tributo a Rolling Stones 01/08 - Banda Zenith
CASA DE SHOWS & EVENTOS
Tradicional evento tem nova edição A tradicional Roda de Samba e Choro tem nova edição marcada para o próximo dia 26 em Mogi Guaçu. O evento, a cargo do Grupo da Estação, acontece a partir das 10h00 na Praça Duque de Caxias, atrás da antiga
Estação de Trem da Avenida dos Trabalhadores. Aberto ao público e com entrada franca, o evento é marcado pela descontração e alegria, reunindo famílias inteiras que acompanham um seleto repertório que reúne clássicos do Samba
e do Choro. A percussão conta com Diogo Henrique Gomes, Carlinhos Batera e Régis Leandro. Os instrumentos de sopro ficam por conta dos maestros Maurício Perina e Gilmar Bueno, mais o professor Jonas Caciano. Nas cordas,
José Roberto Vital e Henrique Perina; enquanto que Deilson Martins solta o vozeirão. A organização pede que o público contribua com a limpeza do local, levando sacolas para armazenar os resíduos gerados durante o evento.
Telefone: (19) 9.9792-7325 Rua Batista Venturine, 36 - Bairro Santa Fé - Itapira 08/08 - Valhala Metal Fest II – Bandas Pagan Throne, Hagbard, Cavaleiro Dragão e Krieg Music Medieval. 16/08 - 3º EncontrArte – Diversas atrações teatrais, musicais e exposições.
PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu: ITAPIRA
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Banca Bela Vista | Praça da Bíblia - Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro Luli Padaria Caseira | Avenida Paoletti, 93 – Santa Cruz
MOGI MIRIM
Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro Rogatte Tattoo Rua XV de Novembro, 133 - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Riff Lord Stúdio | Rua Waldomiro Martini, 63 – Centro Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Capela
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Fernando Pineccio/Megaphone
Fenícia, Tio Mandrake e Cidade Fantasma dominam o Festival de Rock de Itapira
A
banda Fenícia, de Descalvado (SP), foi a vencedora da quinta edição do Festival de Bandas de Rock de Itapira. O grupo conquistou o primeiro lugar, na avaliação dos jurados, com a música ‘De Repente’. O grupo Tio Mandrake, de Cosmópolis (SP), vencedor do evento no ano passado, se manteve no pódio e ocupou a segunda colocação, com a música ‘Crawling To Death’. Já a banda mineira Cidade Fantasma, de Extrema (MG), conquistou a terceira colocação com a composição autoral ‘Cárcere’. O julgamento foi feito pelos músicos Ciro Zam-
pieri, de Águas de Lindóia (SP); Rogério ‘Zenith’ Nogueira, de Mogi Mirim (SP); e Luís Palandi, de Itapira. Ao contrário do que ocorreu nas edições passadas, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo não divulgou a pontuação obtida pelas bandas. Pela primeira colocação, a Fenícia levou um prêmio de R$ 1 mil. A segunda e a terceira colocadas ganharam, respectivamente, R$ 600,00 e R$ 300,00. Todas as vencedoras receberam troféus. O evento começou às 14h00 – duas horas antes do anunciado oficialmente – e reuniu outras seis
EncontrArte confirma terceira edição para agosto
A terceira edição do EncontrArte está confirmada para o dia 16 de agosto, em Itapira. O evento, em formato sarau, tem por objetivo reunir diversas linguagens artísticas em um mesmo espaço. O Vip Eventos volta a ser palco da atividade cultural, que tem início previsto para 14h00. A entrada foi fixada em R$ 6,00, mais um quilo de ração animal, cuja arrecadação será revertida à UIPA (União Internacional Protetora dos Animais) de Itapira. No campo musical, o evento já tem confirmadas as participações de Luís Giovelli (Jazz e música atonal), Zé Guerreiro (Viola Caipira e Popular), Experiment3rio (Jazz Avant-garde), The Troubledours (Duo Violão e Voz) e DJ Lai. Nas artes cênicas a representação fica por conta da Cia Usina de Teatro, As Ofélias, e Pedro e Letícia, com a peça infantil ‘Joões e Marias’. As artes plásticas contarão com os artistas Carlos Torriani, Rômulo Coutinho, Larissa Demiciano e Coletivo Obras de Marte. Na esfera fotográfica, o 3º EncontrArte terá exposições de Monik Ungaratti, Paulo Estevão e Matheus Gomes. A Dança será representada por Letícia Lupinacci, com o número ‘Outo(r)nar-se’; Anel Ribeiro, com ‘Reflexo’ e pela dupla Tamires Ponces e Gustavo, com o número ‘Dois Palhaços e Uma Dança’. O evento também contará com instalação ‘Alquimia dos Sentidos’, a cargo
da fotógrafa Krys Freitas, além de leitura de poesias com Heloísa Caversan, Jéssica Rosa, Letícia Souto e Samuel Elias; bazar de trocas de artigos culturais e presença da Livrando – Livraria Itinerante. A novidade deste ano, segundo um dos idealizadores do evento, o poeta e professor Luiz Martinho Stringuetti Filho, é a participação em uma ocupação cultural a ser promovida na Praça Bernadino de Campos no dia anterior ao evento, sábado, 15 de agosto. Na ocasião, o logradouro abrigará a estreia da nova peça da Cia Talagadá, ‘Romeu e Julieta’. “O EncontrArte se fará presente com um varal de poesias, e a exposição fotográfica de Monik Ungaratti, que homenageia a Banda Lira Itapirense, além de uma apresentação da própria Banda Lira. Também serão distribuídos cupons de desconto para a entrada no encontro do dia seguinte”, comentou. De acordo com Stringuetti, a nova edição do evento também concentra mais participações regionais, reforçando o intercâmbio entre artistas e entre o próprio público de diversas cidades. O formato é resultado da criação do Coletivo EncontrArte, que reúne organizadores, curadores e colaboradores da iniciativa. “Acredito que a multiplicidade artística que o EncontrArte objetivava só tem a ganhar com a organização do coletivo, formado por personalidades ativas na divulgação
Banda Fenícia, de Descalvado (SP), foi vencedora do concurso
bandas na disputa: Uvalua (Mogi Guaçu), New Heaven (Itapira), Espiral 8 (Limeira), The Goo Goo Mucks (Itapira), Rockstrada (Socorro) e Folha Seca (Itapira). O ciclo de apresentações terminou por volta das 16h45, com o resultado sendo anun-
ciado às 17h45. A banda itapirense Zoraide, também selecionada para a disputa, não compareceu ao evento. Já a Noizzy, de Socorro (SP), ficou fora da competição devido a um imprevisto com um de seus integrantes. Cada banda Divulgação/Cia das Imagens
Zé Guerreiro participa do evento
cultural de Itapira. Tanto pela ampliação de perspectivas propiciada pelo trabalho de uma equipe maior, quanto pela presença de representantes de outra cidade”, frisou. Diante de tudo isso, a expectativa para a terceira edição do evento não poderia ser melhor. “A expectativa é a de superação. Assim como dobramos o número de visitantes da primeira para a segunda edição do encontro, agora, com o aumento do número de atrações de fora, esperamos ainda mais participação. Depois de muito tempo à margem, a cultura de nossa
região vem sendo abordada com a devida atenção pela nossa população. Em dois anos de evento, vemos o aumento do número de iniciativas artístico-culturais, como encontros, oficinas, saraus e festivais em nossas cidades. Não só o EncontrArte, mas também a produção artística de nossa região só tende a crescer nos próximos anos em espaço e qualidade”, concluiu. O Vip Eventos fica na Rua Baptista Venturini, 36, na Santa Fé. Maiores informações podem ser obtidas na página do evento no Facebook (www.bitly. com/3encontrarte).
concorrente apresentou duas músicas, sendo a primeira já consagrada do público e, a segunda, autoral, que foi analisada pelos jurados. Foram considerados quesitos como letra da música, melodia (instrumentação e arranjos) e interpretação (voz, afi-
nação, ritmo, desempenho de palco e receptividade do público). Um público de aproximadamente 200 pessoas prestigiou o ciclo de apresentações. Foi a primeira edição do evento em que uma banda local não se classificou entre as três primeiras colocadas.
Escritores e editoras de todo o país já podem inscrever suas obras na edição 2015 do Prêmio São Paulo de Literatura. O prazo vai até dia 19 de agosto. O regulamento está disponível no site www.cultura.sp.gov.br. Romances publicados em 2014 poderão concorrer em uma das categorias: ‘Melhor Livro do Ano’ e ‘Melhor Livro do Ano – Autor Estreante Mais de 40 anos’ e ‘Melhor Livro do Ano – Autor Estreante Menos de 40 anos’. Com o objetivo de estimular a criação literária, incentivar a leitura e fomentar a publicação de novos autores, o Prêmio São Paulo de Literatura é o maior do país em valor de premiação individual. No total, são distribuídos R$ 400 mil reais: R$ 200 mil para o autor do ‘Melhor Livro do Ano’, e R$ 100 mil para cada um dos autores vencedores da categoria de estreantes. Para concorrer ao Prêmio, os livros devem ser de ficção no gênero romance, escritos originalmente em língua portuguesa, com primeira edição mundial publicada no Brasil ao longo do ano de 2014. A ênfase no gênero é uma característica do Prêmio São Paulo de Literatura desde sua criação, em 2008, inspirado no britânico Booker Prize. Serão inscritos na categoria ‘Melhor Livro do Ano’ autores que já publicaram romances anteriormente. Já na categoria dos estreantes, os escritores podem ter obras publica-
das em outros gêneros: o importante é que o livro inscrito seja o seu primeiro romance. Uma novidade este ano é quanto ao número de finalistas: até o ano passado, eram sempre 20, sendo 10 não estreantes e 10 estreantes, com uma lista única para autores com mais e com menos de 40 anos. Neste ano, serão três listas de finalistas, uma para ‘Melhor Livro do Ano’ e duas para ‘Melhor Livro do Ano Autores estreantes’ contendo a divisão +40 e -40 anos, cada uma delas podendo conter entre 2 e 10 livros, a critério do júri. Com isso, o número total de finalistas ao Prêmio São Paulo de Literatura pode chegar a 30.
Prêmio SP de Literatura abre inscrições
EDIÇÕES ANTERIORES Na edição 2014 do Prêmio, venceram Ana Luisa Escorel, com Anel de Vidro (Melhor Livro do Ano), Verônica Stigger, autora de Opisanie Swiata (Autor Estreante +40) e Marcos Peres, com O Evangelho Segundo Hitler (Autor Estreante -40). Grandes nomes da literatura nacional já venceram outras edições do Prêmio, tais como Cristóvão Tezza (O filho eterno), Ronaldo Correia de Brito (Galiéia), Raimundo Carrero (Minha alma é irmã de Deus), Tatiana Salem Levy (A Chave de Casa), Rubens Figueiredo (Passageiro do fim do dia), Daniel Galera (Barba Ensopada de Sangue) e Bartolomeu Campos de Queirós in memoriam (Vermelho amargo).
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Divulgação/Cia das Imagens
Socorro tem Festival
Evento oferece concertos gratuitos à população
de Rock no dia 25
Clássicos em Cena inicia a ir p a t I m e a d a r o p m nova te C ompletando 15 anos de atividades, o projeto Clássicos em Cena retorna a Itapira após quatro anos desde sua última apresentação no município. Com patrocínio da empresa Penha S/A, o ciclo de concertos começa no dia 27 de julho e segue com edições mensais até novembro, ofertando ao público as atrações Black Voices, Guitarras Portuguesas, Choro pro Santo, Orquestra da Casa das Artes e Sexteto Carlos Gomes. Na prática, o projeto consiste em uma série de apresentações comentadas de música clássica e instrumental. Criado em 2000 e produzido pela Direção Cultura, o projeto oferece apresentações gratuitas e abertas ao público. Os comentários da cada concerto são feitos pelo
renomado maestro Parcival Módolo, doutor pela University of Southern California e coordenador-geral da Divisão de Arte e Cultura do Instituto Mackenzie. É, também, o principal maestro convidado da Orquestra Sinfônica de Potsdam, na Alemanha, e maestro principal e diretor-artístico da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto (SP). A primeira apresentação da nova temporada, no dia 27, fica a cargo do grupo Black Voices. No dia 18 de agosto é a vez das Guitarras Portuguesas. Em 24 de setembro o projeto apresenta o Choro pro Santo e, no dia 18 de outubro, a Orquestra Casa das Artes. A série termina no dia 19 de novembro com o Sexteto Carlos Gomes. Com exceção da apresentação do
dia 18 de outubro, alocada na Concha Acústica ‘Paulino Santiago’, todos os demais eventos acontecem no auditório da Penha, à Rua Comendador Funabashi Tokuji, 170, no Jardim Ivete. Também com exceção do evento na Concha Acústica, que começa às 18h00, as outras apresentações estão marcadas para 20h00. O objetivo principal é
A Casa das Artes encerrou, no último dia 7, o ciclo de recitais dos alunos de seus cursos de musicalização. As apresentações começaram no final de junho, com o Recital de Flauta, e foram finalizadas com Recital de Metais. Todos os eventos aconteceram no auditório da instituição, à Rua Campos Salles, 4, no Centro. Na prática, as exibições têm por objetivo avaliar o desenvolvimento artístico dos alunos durante o semestre. Através dos recitais, os f u t u ro s m ú s i c o s p o d e m demonstrar o aprendizado absorvido e desenvolver habilidades inerentes às
apresentações em público. “Nossa avaliação dos recitais é muito positiva. Percebemos que, agora, os alunos estão realmente se apresentando. Antes, eles somente tocavam, agora já falam diretamente ao público ao qual se apresentam”, comentou a diretora de Comunicação e Eventos da associação cultural, Josiane Moraes. O primeiro recital, de Flauta, foi promovido no dia 24 de junho. No dia seguinte foi apresentado o Recital de Clarinete e Saxofone, seguido pelo Recital de Piano, no dia 26. Já no dia 30 aconteceu o Recital de Bateria e Percus-
são. O mês começou com o Recital de Violão, no último dia 1º. Sequencialmente, aconteceu o Recital de Cordas, no dia 2, e o de Viola Caipira, no dia 3, até a finalização com os Metais, anteontem. “Em todas as apresentações tivemos o auditório lotado, com público de 80 pessoas”, frisou Josiane.
A Estância Turística de Socorro (SP) realiza no dia 25 de julho a terceira edição do Festival de Rock. O evento havia sido programado para o dia 17, mas foi adiado. As apresentações acontecem a partir das 20h30 na Praça da Matriz, região central da cidade. As inscrições já estão encerradas e, segundo a organização, tiveram participação recorde com 30 adesões. Serão selecionados 14 grupos que disputarão as três melhores colocações, mediante avaliação de um corpo de jurados, com prêmios de R$ 1 mil para o primeiro colocado, R$ 700,00 e R$ 300,00 para o segundo e terceiro, respectivamente. O evento é promovido pela ONG (Organização Não-Governamental) ‘Rede Apren-
diz’ em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Socorro, e apoio do Coletivo Rock Ativo e do Megaphone Cultural/Portal Megaphone. Entre os jurados desta edição figura a instrumentista Michelle Abu, que já atuou com grandes artistas da cena musical nacional e internacional, entre eles Lobão, Ira!, Elza Soares, Maria Alcina, Baby do Brasil, Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Aldo Brizzi (Itália) e Toumani Diabaté (Mali). Atualmente é baterista das bandas Palavra Cantada e Mercenárias. Além de atuar como jurada, Michelle deve fazer uma participação especial no festival. A relação das bandas selecionadas está disponível para consulta no site www. festivalderock.com.br. Divulgação
democratizar a música clássica, tornando-a mais acessível ao público e aproximando as pessoas de produções de qualidade. Ao longo destes 15 anos, já se apresentaram no projeto nomes como Quinteto de Madeiras, Duo de Viola e Cravo, Orquestra da Sociedade Filarmônica de Valinhos e Janice Pezoa Trio, entre outros grupos renomados.
Clássicos em Cena Temporada 2015 em Itapira
27 de julho: Black Voices 18 de agosto: Guitarras Portuguesas 24 de setembro: Choro pro Santo 18 de outubro: Orquestra Casa das Artes 19 de novembro: Sexteto Carlos Gomes
Michelle Abu marca presença entre os jurados
Casa das Artes encerra ciclo de recitais
MAIS Para a sexta-feira, dia 17, a Casa das Artes prepara mais uma edição de seu Sarau Julino. O evento acontece nas próprias dependências da instituição, à Rua Campos Salles, 4, Centro. O convite custa R$ 5,00. “Teremos co-
Divulgação/Casa das Artes
Alunos mostraram aprendizado midas típicas, varal de poesias e apresentações musicais. O palco será aberto a quem quiser se apresentar”, comentou
Josiane. Segundo ela, a Casa oferecerá cachorro-quente, chocolate-quente e pipoca. Os participantes deverão levar
um prato de salgado ou doce e suas bebidas, que não devem ser alcoólicas. O início das atividades é previsto para 18h00.
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A
terceira Feira de Troca de Livros Beneficente de Itapira acontece no próximo dia 26. Promovido pelo Clube do Livro ‘Outra Xícara Por Favor’, o evento será abrigado no salão paroquial da Igreja Matriz de Santo Antônio, na região central da cidade. As atividades acontecem entre 14h00 e 17h00, com entrada franca. O objetivo é fomentar o interesse pela literatura a partir da troca de obras de diversos gêneros, que garante o acesso à leitura de qualidade praticamente sem custo. Por conseqüência, o evento também propicia a interação entre os amantes dos livros interessados em renovar a coleção. Para a nova edição, o Clube do Livro vai disponibilizar um acervo disponível superior a 200 títulos. “Destes, ao menos 130 livros são novos, ainda embalados, que variam entre lançamentos até clássicos da literatura mundial”, comenta uma das organizadoras do evento, Nádia Fressatto de Godoy. De acordo com ela, a feira deste ano também conquistou parcerias que visam garantir um evento maior e mais bem organizado. Entre esses parceiros figuram, por exemplo, o Empório das Tortas, Livrando – Livraria Itinerante, a escritora Camila Pelegrini, a ONG (Organização Não-Governamental) ‘Anjos sem Asas’ e uma atividade voltada exclusivamente para crianças,
Divulgação/Cristina Mochetti
Feira de Troca de livros tem terceira edição em Itapira
REGRAS A terceira edição da Feira de Trocas de Livros Beneficente dividirá os títulos em duas seções: ‘Literatura’ e
‘Outros’. Na primeira categoria estarão disponíveis os livros de todos os gêneros do segmento juvenil e adulto, como romances, suspenses, aventura, policial, etc. “Os títulos nacionais ou internacionais poderão ser trocados por outro livro de literatura, mais um produto
de higiene pessoal. Os interessados nas obras literárias deverão entregar, em um caixa na entrada do evento, seus livros e produtos, recebendo um cupom para cada conjunto dos itens”, explica Magno Rocha, também membro do Clube. Na segunda seção não
haverá livros literários. O acervo reunirá obras didáticas, de auto-ajuda, religiosos, infantis, HQs e enciclopédias, por exemplo. Neste caso, os livros não serão trocados por outras obras, e sim apenas por um produto de higiene. O cupom também deverá ser retirado no caixa, sendo que cada produto doado dá direito a um cupom. Nesta edição, os produtos arrecadados serão revertidos a, pelo menos, duas entidades: ‘Casa do Pão’ e ‘Casa Transitória’. “Dependendo do montante de produtos de higiene arrecadados, poderá ser selecionada ainda uma terceira entidade”, adianta Rocha. Outra organizadora e integrante do Clube do Livro, Marina Risther Razzo, evidencia o orgulho da agremiação em ver o evento crescer em tamanho e qualidade, proporcionando mais cultura e conhecimento à população. “Ainda mais se atentarmos para o fato de que tudo é organizado por um grupo de jovens e adultos que trabalham gratuitamente, sem receber nada em troca além de satisfação, e que todo dinheiro utilizado no evento é proveniente de ações produzidas pelo Clube (como venda de rifas e pizzas) e de nossos patrocinadores”, conclui Marina. O salão paroquial fica na Rua Ribeiro de Barros, 272. Maiores informações sobre o evento podem ser acessadas via Facebook (www.bitly.com/feiratrocadelivros).
O jornalista, músico e crítico de música Antônio Carlos Monteiro, o Tony, lançou um site para celebrar seus 30 anos de atividade no jornalismo musical. O marco, inclusive, não poderia ser celebrado em data mais representativa – no dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock. “Minha primeira matéria foi a cobertura do show de lançamento do primeiro disco do Ultraje a Rigor, ‘Nós Vamos Invadir Sua Praia’, que aconteceu em 13 de julho de 1985 mesmo dia do Live Aid, que acabou motivando a criação do Dia do Rock”, comenta Tony Monteiro. Com extenso currículo de atividades ligadas prin-
cipalmente à produção de conteúdo para veículos especializados, Tony já passou pelas revistas Roll, Metal, Mix e Rock Brigade, por exemplo. Atualmente, integra a equipe da Rodie Crew, considerada uma das maiores e melhores publicações brasileiras sobre Rock e Heavy Metal, e atua como colaborador do Megaphone Cultural. A ideia de lançar um site para comemorar as três décadas de profissão surgiu durante uma conversa entre Tony e sua filha, Karina Mochetti. A iniciativa ganhou adesão da esposa e mãe, Cristina Mochetti, que abraçou a causa e, segundo o próprio homenageado, “trabalhou a valer nos site”.
“É uma satisfação imensa poder comemorar uma marca como essa. Afinal, estamos no país do axé, do sertanejo, do pagode e do pancadão, então poder viver o rock e de rock há tanto tempo dá uma sensação de dever cumprido”, comemora Tony. “É aquela história: todo mundo procura se realizar profissionalmente, mas poucos conseguem. Eu consegui unir minhas duas paixões, rock e jornalismo. Então, sou um sujeito realizado. Mas estou muito longe de parar, tem muitos anos de trabalho pela frente”, pondera. Na prática, o endereço www.tonymonteirorock. blogspot.com.br visa reu-
niu um pouco de tudo o que o jornalista produziu e produz. “Lá tem um monte de coisas sobre esses 30 anos. Algumas produções que fiz, as bandas de que participei e participo e matérias muitas matérias”, diz. “Além disso, nele há um blog para o qual pretendo produzir textos periodicamente, se possível saindo um pouco do campo da música - se bem que vai ser impossível deixar isso totalmente de lado”, avisa. Outras seções também devem ser incorporadas ao endereço, que também já mostra uma série de depoimentos de amigos e admiradores de Tony – entre eles músicos, produtores e jornalistas.
Arquivo/Leo Santos/Megaphone
Evento fomenta atividade literária no município
com contação de histórias a cargo de uma equipe coordenada por Juliana Oliveira. O próprio local escolhido para a terceira edição do evento também já garante maior amplitude à feira. “O espaço é muito amplo e com estrutura preparada para receber as 600 pes-
Monteiro é um dos mais conhecidos profissionais do jornalismo musical no país
soas esperadas neste ano”, frisa outra organizadora e integrante do Clube do Livro, Paula Montanari.
Tony Monteiro lança site para celebrar três décadas de jornalismo musical
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Morro do Gravi volta a abrigar homenagens aos soldados de 1932 Antonio Zalberto Bezerra da Silva
Ato tradicional ocupou área de monumento
O
Morro do Gravi, um dos principais palcos da Revolução Constitucionalista de 1932 em Itapira voltou a concentrar homenagens na manhã do último dia 9, feriado estadual pelo acontecimento histórico. O local situado às
margens da estrada interna entre Itapira e Mogi Mirim abriga um monumento em homenagem aos soldados mortos durante as sangrentas batalhas entre as tropas paulistas e federalistas. A tradicional solenidade que aconteceu anualmente
reuniu autoridades municipais, civis e militares, bem como o Grupo Escoteiro de Itapira e a Banda Lira Itapirense. Representantes do Núcleo M.M.D.C. também estiveram no evento, aberto às 9h00 pelo prefeito José Natalino Paganini (PSDB).
Um público expressivo formado por mais de 200 pessoas acompanharam as homenagens, que foram prestigiadas também pelo aposentado Antônio Cescon, que tem quase 98 anos e foi testemunha ocular dos acontecimentos de 1932.
A crítica especializada em coisa nenhuma, ou a falta de bagagem de quem lê e não enxerga, ou escuta, mas não ouve. por Ricardo Pecego Não tem coisa mais simples do que falar mal dos outros, dá prosa longa e reflexões que trazem solução para todos os problemas alheios. Assim é o Crítico. O pior do crítico nem é, no meu ponto de vista, o prazer que tem em detonar uma produção artística, mas quando ele representa um meio de mídia e não tem bagagem para desenvolver sua tese é quando ele crítico tem uma formação cultural bem ao nível do mar. Esse é um fato preocupante, pois hoje as pessoas buscam na internet, ou redes sociais as justificativas para seus argumentos e muitas vezes encontram os blogueiros da vida e passam a defender seus textos como se fossem tirados da Enciclopédia Mirador. O recente Birdman (2014) mostra esse cenário da luta entre o artista e seu meio de vida contra o crítico que pode esvaziar o teatro em três ou quatro linhas, diferente daqui, nos EUA a crítica tomou grande proporção e temos gente muito boa escrevendo em grandes meios de mídia. Os críticos de destaque por lá escrevem livros, fazem pesquisas e realmente tem um poder de formar a opinião pública. Destaco o trabalho de Alex Ross crítico da revista New Yorker que mantem um blog homônimo ao livro que é uma tremenda pesquisa sobre a música do século XX (The res tis noise). Mas lá, como cá, sempre tem os Manés que tem seu espaço em holofote e com isso disseminam opiniões que mais parecem provocações, feitas sob medida para se tornar viral pela grande rede, ou muitas vezes são de uma ignorância imensa sobre qualquer assunto, sendo apenas alguém que resolveu blogar (para nossa tristeza). Se pesquisar (nem precisa ir longe) você poderá encontrar casos de artistas que graças ao Jabá tem espaço de sobra e ganham muitas letras nos textos destes formadores de opinião (isso sim é ser chique). Se eu fosse segmentar aquilo que temos acesso fácil hoje nas linguagens artísticas e montasse um glossário estereotipado para que você possa se orientar e não cair em armadilhas seria o seguinte: Música: Os músicos deixaram para lá as partituras (sem querer generalizar) e passaram a utilizar tablaturas, uma simplificação que leva o mesmo a não transpor mais os obstáculos da interpretação das intenções do compositor. A partitura é um código simbólico recheado de intenções, sentimentos e momentos que o criador de uma determinada obra se deu ao árduo trabalho de elaborar (Nota do reclamante: “Mas eu faço música pop, rock, não precisa de partitura!” Resposta: “Se pensa assim realmente só precisa da energia elétrica continue na mesmice. Raul Seixas tinha um maestro, os Beatles tinham maestro.”) Sem contar as letras que tem uma capacidade limitada, a rimas de tempos em tempos e palavras que não te instigam a nenhum significado simbólico, uma metaforazinha aqui e ali é coisa rara. O esquema é ter a aparência o mais brejeira possível, que pelo menos o rótulo de MPB já leva na hora. Pintura: A pintura caiu em desgraça, não se tem mais o requinte da mistura de cores, ou a capacidade de aplicar aquela pincelada em que o pintor consegue causar os mais diferentes impactos, que transparecem na sua tela. O esquema é fazer borrão dégradé, colar uns penduricalhos e vender aos
montes nos shoppings. Artes Cênicas: A dramaturgia vive seu inferno astral com novelas (sim ainda temos novelas!) que priorizam a buzanfa da menina que um dia foi cega. Fora a montagem, uma conexão de cenas que deixa o espectador mais atento zonzo de tão rápidas mudanças (as falas se tornaram curtíssimas para não demostrar a fraqueza do texto e dos atores). No Teatro uma série de cópias mal feitas de desenhos infantis da moda, circulam com produções duvidosas, que beiram o risco de curto circuito de tantas gambiarras juntas(Saiu um desenho novo já tem Cia Teatral fazendo o “musical”), sem contar as “Paixões de Cristo” que tem cidade fazendo licitação de tanta Cia Teatral (como diz no Cnae) querendo encenar . O Cinema consegue produzir, repleto de patrocinadores por sinal, aquilo que de mais caricato se encontra na televisão, uma tragédia de deixar até o mestre Aristóteles de queixo caído com os roteiros que parecem só usar Deux es machina do começo ao fim. Nossos filmes top dos últimos 5 anos foram comédias que os personagens trocam de corpo. A alma do marido vai parar na alma da esposa e nesses casos mesmo se tratando de alma, não há restrições da parte de pastor nenhum. Literatura: Na literatura é Harry Potter, Vampiros e sociedades alternativas do futuro que comandam as prateleiras das livrarias (depois viram filmes). Pra vender mais do que esses gêneros só livros de receitas, a gastronomia virou nossa nova literatura. Phillip Dick se esqueceu deste prognóstico nas suas previsões de futuro da humanidade. Artes Plásticas: Aqui o que vale é a bizarrice, quanto mais, melhor. As Mostras e Bienais estão repletas de obras em que a falta do contexto simbólico, estético e artístico. E isso acaba sendo justamente a forma de “protesto” do “artista” rompendo os paradigmas que prendem o ser humano na forma e no significado do contexto de obra de arte em si por ela mesma (Entendeu? Nem eles!). Dança: Este é o território dos extremos. De um lado a tentativa da manutenção do rigor clássico, outra vertente está muito mais pra ginástica; e claro tem a contemporaneidade que é quase tão bem explicada como as artes plásticas com a diferença que no final todos aplaudem e uns até se emocionam. Mas claro que este aqui que vos abre os olhos de enxergar, não os deixaria assim num cenário tão cinza, afinal de contas existem pessoas preocupadas ainda em desempenhar seu papel dentro do âmbito artístico. Gente que desafia com critério e instiga nossa percepção e emoções. Cuidado com o condicionamento a esta arte estereotipada que tive que descrever acima, ela pode contaminar seu discernimento e a cura pra isso é um trabalho quase de desintoxicação. Criticar também pode ser uma arte se estiver resguardada, pelo conteúdo de quem produz e de quem opina. Nós é que devemos ter o olhar crítico mais apurado e não dar holofote para os “filósofos” da internet que aos montes tentam escalar, pela nossa falta de paciência em checar melhor as fontes, o topo da disseminação de uma opinião, que por vezes pode ser vazia, ignorante, ou corrompida por interesses diver$o$.
Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.
anorama
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Divulgação/Arquivo/Núcleo M.M.D.C de Itapira
A
nitidez de detalhes que antes poderiam passar despercebidos é uma das primeiras impressões de quem visita a exposição ‘1932 – A Cor da Guerra’, que segue até o dia 31 deste mês no Museu Histórico e Pedagógico Comendador Virgolino de Oliveira, em Itapira. A mostra foi aberta no dia 9 deste mês, em pleno feriado que lembrou os 83 anos do início da Revolução Constitucionalista, conflito armado que colocou soldados paulistas em confronto contra tropas federais com o objetivo de derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas. A mostra reúne fotografias originais, produzidas em preto e branco durante os quase três meses de batalhas – muitas delas em terras itapirenses - que agora ganharam cores a partir da intervenção digital do designer gráfico Paulo Bellini. A intenção, segundo o curador da exposição, o historiador Eric Lucian Apolinário, 25, é oferecer uma nova perspectiva sobre os registros que preservam a memória de um dos mais importantes acontecimentos do país. A abertura, na quinta-feira, reuniu autoridades municipais, visitantes e familiares de combatentes ou voluntários que de alguma forma participaram da guerra. A exposição ocupa parte do segundo piso do Museu, situado no interior do Parque Juca Mulato, região central da cidade. Apesar de o projeto inicial prever 25 imagens, a abertura reuniu um número menor de fotografias, 18. O restante deve chegar nos próximos dias. Ou seja, mesmo quem acompanhou a abertura, ainda terá a oportunidade de conferir novos registros modificados. A intervenção feita em um programa de computador próprio para manipulação de imagens garantiu às fotografias uma nova roupagem, que chama atenção não só pela qualidade do trabalho, mas também por permitir outra leitura das informações contidas nos registros. “O objetivo é reconstituir de maneira artística aquela realidade e trazer para o presente, mostrando assim uma nova possibilidade de interpretação aos olhos das novas gerações que estão conhecendo a história de 1932”, detalha Apolinário. As fotos, de maneira geral, não retratam sangrentas batalhas ou situações de risco. São retratos de homens que atuaram na Revolução como soldados ou voluntários, bem como de mulheres que, na condição de enfermeiras, se dispuseram a socorrer os feridos em combates. “Fotografias de combates da Re-
Fotos receberam tratamento digital para exposição conceitual
HISTÓRIA DA GUERRA AO VIVO E A CORES Exposição em Itapira reúne fotografias originais da Revolução Constitucionalista, que ganharam cores para realçar detalhes! Rodrigo Souza/Tribuna de Itapira
Apolinário entre as imagens que compõem a mostra: trabalho inédito volução são extremamente ratas. Mesmo assim, escolhemos as fotos mais significativas e interessantes. Algumas ainda vão chegar, pois é um processo trabalhoso e o Paulo ainda não conseguiu entregar todas”, comenta o curador da mostra, que também dirige o Museu na condição de servidor da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e responde como presidente do Núcleo M.M.D.C., órgão itapirense dedicado à memória da Revolução Constitucionalista. A imagem que mais se aproxima dos conflitos armados retrata uma tropa federalista a postos em uma trincheira na Avenida dos Biris, no Parque Juca Mulato – bem atrás de onde hoje está o Museu. “Provavelmente eram da Força Pública de Alagoas”, aponta Apolinário. De forma geral, os registros mostram soldados se preparando para a guerra – desembarcando nas estações
ferroviárias ou se deslocando em veículos que eram requisitados a empresas e órgãos da cidade para servir aos batalhões. Uma das fotos mostra, por exemplo, um caminhão pertencente à loja Casa Vermelha carregando vários soldados. Em outra, o veículo que transporta os combatentes carrega a inscrição da Delegacia Técnica de Itapira. “Guerra é guerra, e as tropas requisitavam os veículos, que muitas vezes não eram devolvidos”, enfatiza o curador. “Temos documentos que revelam processos contra a Prefeitura ou o Exército, instaurados por donos de veículos que foram requisitados pelos soldados, mas que não foram devolvidos depois que a guerra terminou”, conta. Segundo ele, as imagens expostas revelam, principalmente, dois momentos da Revolução. “Temos os soldados paulistas posando para fotos antes de seguirem
para as trincheiras, para o combate mesmo. Eles estavam partindo para a linha de frente e não sabiam o que deveriam esperar, ainda não tinham vivido a guerra na prática. E temos soldados federais também posando para fotos após a tomada de Itapira, já em setembro de 1932”, diz. Alguns destes registros também foram feitos no próprio Parque Juca Mulato. Na mostra, Apolinário resolveu de última hora colocar reproduções das fotografias originais abaixo das imagens com cores. A intenção, segundo ele, era proporcionar um “choque” nos espectadores. Deu certo. “Funcionou muito bem, as pessoas se mostraram espantadas. É algo totalmente diferente, e desta forma dá pra comparar, vendo a foto original, em preto e branco, e uma cópia com cores, que revela muitos detalhes”, comenta o historiador. A não ser pela coloração, as
fotos não sofreram qualquer manipulação. “Não houve alterações. Apenas em uma delas foi removida uma dedicatória para permitir o trabalho. As demais somente foram coloridas mesmo”, explica Apolinário. As cores também abrangem somente uma parte das imagens. “Optamos por colorir somente o objeto principal de cada foto, deixando o fundo em preto e branco. isso ajudou a destacar ainda mais esses detalhes”, frisa. O trabalho feito por Bellini envolveu pesquisas, por exemplo, das cores dos vagões dos trens, veículos e outros objetos que aparecem nas fotos. Capacetes e fardas que integram o acervo do próprio Museu também serviram de base para que o designer pudesse aplicar os devidos tratamentos às fotos. Algo que chama bastante atenção são as cores dos fardamentos das tropas federalistas e paulistas, praticamente idênticas. “Isso dificultava muito a identificação de quem era aliado ou inimido. Há relatos de que, nos momentos de maior desespero, já no final de agosto, em confrontos na região do Cubatão, os soldados atiravam já sem saber se realmente se o alvo se travava de inimigo ou não”, afirma Apolinário. Outro fator que implicava maior dificuldade ainda era que algumas tropas paulistas eram do Exército, ou seja, apesar de usarem o mesmo fardamento, serviam ao Governo. As fotos têm autorias diversas. Algumas delas são atribuídas ao fotógrafo José Martins Santiago, pai de Paulino Santiago e avô de André Santiago, também fotógrafo ainda em atividade no município. Outras foram feitas por alguns das centenas de profissionais que se dispuseram a documentar o fato que marcaria para sempre a história de São Paulo e do Brasil. EXPECTATIVA A abertura reuniu autorida-
des municipais, como o prefeito José Natalino Paganini (PSDB), e o secretário municipal de Cultura e Turismo, Marcelo Dragone Iamarino. O historiador Plínio Magalhães da Cunha também prestigiou o evento, bem como o próprio autor das intervenções nas fotografias. “Me sinto feliz por ter realizado esse trabalho. Nunca tinha feito algo nessa linha e precisei buscar referências na Europa e nos EUA para entender o processo, que levou muitas horas em cada imagem para deixar o mais próximo possível da realidade”, comentou Bellini. “Foram vários erros e acertos, aplicando várias técnicas até chegar ao que está sendo apresentado na exposição”, resumiu. Apolinário espera que as visitas ao acervo sejam frequentes durante a exposição, mas ele sabe que o período de recesso escolas dificulta um pouco a divulgação junto a um dos públicos alvos. “O grande problema é que o 9 de julho sempre cai nas férias escolares, mas mesmo assim esperamos que os estudantes venham conferir esse trabalho”. Até por isso, existe a possibilidade de que o encerramento da mostra seja adiado. Depois da exibição em Itapira, ‘1932 – A Cor da Guerra’ já tem outro endereço confirmado: a estância turística de Socorro (SP), em janeiro de 2016. “Também estamos negociando uma exposição no Palácio da Justiça, em São Paulo”, afirma Apolinário. Após as mostras, as imagens serão arquivadas. “Não são registros com caráter histórico para exposição permanente. As fotos originais, sim, têm o valor histórico e podem ser exibidas permanentemente”, reforça. Para Apolinário, a mostra que une criatividade e tecnologia à preservação da memória da Revolução Constitucionalista acaba por renovar o interesse da população pelo tema, bem como pelas atividades no Núcleo M.M.D.C. de Itapira. “Realmente, percebemos que as pessoas buscam mais informações e aparecem mesmo para conferir o trabalho. Na abertura, recebemos a visita de um espectador de São Bernardo do Campo, por exemplo, que veio exclusivamente pela exposição”, salienta o historiador. Entre as novas imagens que deverão compor o acervo, uma poderá ser considerada mais forte por retratar um voluntário morto no Distrito de Eleutério. “A imagem está com o Paulo e tudo depende do resultado. Se ficar boa, também poderá ser incluída na mostra, e aí será uma parte um pouco mais chocante”, finaliza.