Megaphone Cultural #33

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Distribuição Gratuita

Megaph Cultne ural

Bem Brasil terá edições mensais em Itapira Página 3

Divulgação

Ano V – Nº 33 – Edição Quinzenal | 6 de agosto de 2015

Valhala Metal Fest Evento reúne quatro bandas em Itapira!

Hagbard é uma das bandas presentes no evento

O

Vip Eventos, em Itapira, abriga na noite de sábado (8) a segunda edição da banda Valhala Metal Fest. O evento temático tem por objetivo divulgar o trabalho de grupos autorais do gênero Folk/Celtic/Viking/Epic e Pagan Black Metal. Desta vez, quatro bandas sobem ao palco: Hagbard, de Juiz de Fora/MG; Cavaleiro Dragão, de Hortolândia/SP; Krieg Medieval Music, de São Paulo/SP e Pagan Throne, do Rio de Janeiro/RJ.

As atividades começam às 21h00, divididas em dois ambientes. Apesar de o evento ser temático, o traje a caráter não é obrigatório. A Krieg abre o ciclo de shows com muita música medieval no quiosque da casa. O evento também terá venda de Hidromel, conhecida como a bebida dos Vikings, nas versões suave e seco, além de estandes de acessórios de Rock/Metal e produtos medievais. Os ingressos antecipados

custam R$ 20,00. Na portaria, a entrada sobe para R$ 30,00. Os pontos de vendas são: Loja Zone Rock (Itapira), Groove Instrumentos Musicais (Amparo), Disco Tem (Mogi Guaçu) e School Store (Mogi Mirim). Reservas de convites antecipados também podem ser feitas pelo telefone (19) 99715-7646. O evento tem o apoio do Portal Megaphone e Megaphone Cultural. O Vip Eventos fica na Rua Baptista Venturini, 36, na Santa Fé.

Marco

Romeu e Julieta

Livro celebra dez anos do Varal de Poesias

Cia Talagadá estreia novo espetáculo

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Bar temático

Capitão Jack abre ‘convés’ em Mogi Guaçu

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Editorial

E

O bom que pode ser bem melhor!

m linhas gerais, o Festival de Inverno de Itapira coube bem nas dependências da antiga Estação da Fepasa, na área central da cidade. A mudança, motivada pela construção de um palco fixo no Parque Juca Mulato - local original do evento – acabou agradando a boa parte do público e também à organização. Não há de se negar que o antigo imóvel que servia à ferrovia é de um charme único. Tanto que merecia bem mais atenção dos governos que seguem administrando a cidade quanto à sua manutenção e utilidade. Aliás, a revitalização e transformação do espaço em um centro cultural foi uma das promessas de campanha do atual prefeito José Natalino Paganini (PSDB). A terceira edição do Festival de Inverno ficou mais aconchegante. O público se acomodou bem no pátio do prédio histórico. A acústica funcionou bem e o som estava perfeito em quase todos os shows. Mas, há que se considerar alguns fatores. O primeiro é que o público desta edição foi bem menor que das edições anteriores. O que se explica facilmente diante da ausência de atrações com maior apelo popular, como ocorreu nas duas edições anteriores.

Estruturalmente, o evento também superou as expectativas, com uma praça de alimentação diversificada e bem distribuída, próximo ao palco e ao público. A limpeza do local também foi bem melhor que a verificada na edição anterior, por exemplo. A parte negativa, contudo, fica condicionada a dois pontos. O primeiro é a falta de incentivo financeiro às bandas que foram convidadas – principalmente as locais, que já convivem com tão poucas oportunidades. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, os grupos não receberam cachê. O motivo alegado pelo titular da pasta, Marcelo Dragone Iamarino, foi a “crise” vivenciada pelo Brasil e que reflete no município. Crise que, aparentemente, não foi suficiente para evitar um investimento na ordem de R$ 60 mil em custeio de um dos shows da Festa do Peão de Itapira – evento que é privado. Outro ponto a ser questionado revela a incoerência sobre o local escolhido para o evento. Apesar da boa acomodação e receptividade, a antiga estação é bastante próxima a um hospital – fato que chegou a ser apontado, pela administração anterior, como impedimento para a construção da Concha Acústica naquele espaço. Mas, a Concha Acústica foi erguida. Com recursos federais superiores a meio milhão.

E segue praticamente esquecida, com parte de sua estrutura sendo tomada pelo vandalismo sem qualquer resposta do Poder Público. Se já há uma estrutura destinada a receber os eventos municipais (ao menos em teoria), por qual motivo ela não foi opção diante da impossibilidade de promover o evento no Parque? Também, por qual motivo o evento não foi no próprio Juca Mulato, já que o Festival de Rock foi lá promovido, em julho, mesmo com as obras de construção do palco – que também, em tese, seria desnecessário diante da existência da Concha. São questões que ficam sem respostas – literalmente – pois a administração já foi questionada por este veículo, mas preferiu o silêncio. Silêncio que serve apenas para manter a aparente incoerência em vez de tornar os motivos claros e, quiçá, perfeitamente compreensíveis. De qualquer forma, fica a torcida por um Festival de Inverno que cresça a cada ano. E não o contrário, como aconteceu desta vez com dois dias a menos de programação; e claramente prejudicado pela falta de investimento em detrimento de outras prioridades e nenhuma divisão mais justa dos recursos disponíveis à área cultural do município.

Leonardo Beraldo/Divulgação

Músicos conceituados se apresentaram em São João

Duo Assad e Brasil Guitar Duo: um grande encontro! Ricardo Pecego, enviado especial a São João da Boa Vista

C

onsiderados dois dos principais representantes do violão erudito e popular no mundo, os irmãos Sérgio e Odair Assad celebram, neste ano, 50 anos de carreira. O Duo Assad, como se apresentam, está em turnê no Brasil para comemorar o marco e passou pelo Festival Assad, evento que os homenageia na terra natal – São João da Boa Vista (SP). A dupla tornou-se fenômeno internacional pela qualidade da sonoridade de seus violões. Conhecidos pelo virtuosismo, os irmãos Assad revitalizaram o universo da composição contemporânea para violão. Começaram a tocar em casa, com o pai, que gostava de choro. Em 1969 se mudaram para o Rio de Janeiro, onde entraram de cabeça nos estudos de violão clássico, por sete anos, com Monina Távora, legendária

Duo Assad Megaphone - No repertório que trazem agora, nessa comemoração de 50 anos de carreira, existem algumas músicas que provavelmente a senhora Monina Távora não aprovaria. Esta maturidade musical, poucos podem dar-se ao luxo. Essa quebra de protocolo se deu por conta das apresentações em família ou do projeto com Yo-Yo Ma (franco-americano considerado um dos melhores violoncelistas do mundo)? Como foi o processo de escolha destas músicas? Sérgio Assad - Certamente a Monina questionaria tudo nesse repertório. Mas isso, na verdade, é uma imagem que foi criada de que fazemos a mistura da música popular com a erudita, a gente nunca fez isso, na verdade nós sempre procuramos seguir as normas da Monina. Nós procuramos sim para nosso repertório alguns compositores que consideramos híbridos. Basta você ouvir o repertório do Radamés Gnattalii vai encontrar música popular, também. O Egberto Gismonti também compõe música popular, mas esses tipos de compositores compõem uma música que tem cara de música, num momento em que todo mundo estava fazendo dodecafonismo, por exemplo. Não que eu seja contra, acho extremamente importante, mas chega um momento que o artista

tem que conversar com a plateia e se você executa uma música hermética, apenas, você não cria esse vínculo, passa a fazer música para músicos apenas. Acho que a música depende dessa comunicação com o público, afinal de contas eles estão ali, na plateia, para nos assistir. O Yo-Yo Ma, por exemplo, transita nos dois mundos (erudito e popular) e vive fazendo trabalhos alternativos também, mesmo sendo um músico consagrado de música erudita. Estamos, inclusive, desenvolvendo um projeto com ele que acontecerá até o fim do ano, chamado ‘BRIC’, em referência ao bloco econômico, e nós seremos os representantes do Brasil com mais um violinista russo, um chinês que toca sheng e um percussionista indiano. Cinquenta anos de carreira e 30 longe do Brasil. Mesmo ainda não sendo o ideal, hoje vocês já estão fazendo turnês mais extensas pelo país. Acreditam na melhora do cenário, ou são simples circunstâncias que os projetos incentivados podem propiciar? Acho que acontecem as duas coisas. A gente sempre vinha ao Brasil antes, mas não para tocar. Esse ano, por exemplo, coincidiu de sermos contemplados pelo edital da Petrobras que proporcionou apresentações pelo país todo e isso foi muito legal. Há 30 anos a gente conseguia percorrer o Brasil também com projetos da Funarte. O bacana

Megaphone - Podemos dizer que o Brasil é o país do duo certo, tendo em vista o trabalho de vocês, do Siqueira Lima e dos mestres Assads e Abreus. Acham isso uma coincidência ou uma imensa capacidade de diálogo musical que nós, brasileiros, temos? Douglas Lora - Eu acho que o brasileiro gosta de ter parceiro. Nossa música tem uma espontaneidade, essa coisa da improvisação, choro e samba onde as pessoas conversam pela música. No nosso caso, o violão clássico de nylon tem alguma aproximação desses estilos onde o violonista também toca com a unha com o dedo, e acho que seja muito por isso que no Brasil o duo dê tão certo.

vocês, principalmente depois que se mudaram para o Exterior. Qual a principal diferença (sem contar a moeda) dos circuitos nacional e internacional para vocês? Não dá para separar, o dinheiro faz parte. O fato do dinheiro e da moeda estar mais presente num determinado local favorece a criacao de mais oportunidades ali, com mais séries de música, mais festivais, e muito mais trabalho. Acredito que se aqui nós tivéssemos mais exposição do público a séries de música clássica, cresceria o interesse do público também. Porque material tem de monte, não falta, eu conheço centenas de músicos em São Paulo que não têm oportunidade de tocar no Exterior hoje, mas se tivessem teriam muito trabalho. Falando da música clássica acho que vai muito da atenção que cada país dá ao estilo.

Grandes parcerias se estabeleceram ao longo dos anos para

É muito complicado falar com vocês sem citar o grande mestre

Brasil Guitar Duo

violonista argentina que foi pupila de Andrés Segóvia, tido como o maior violonista do século 20. No final da década de 70 começaram a investir na carreira internacional, ganhando o prêmio máximo em Bratislava (Eslováquia). Depois viajaram para os Estados Unidos e a partir de 1983 radicaram-se na Europa. O Duo Assad chamou a atenção da crítica especializada por sua total sintonia de técnica e interpretação. Por serem irmãos, Sérgio e Odair começaram a tocar na mesma época; tiveram aula com os mesmos professores e aprenderam as mesmas técnicas, resultando em uma interação absoluta entre o som dos dois violões. Protagonizaram uma carreira de muito sucesso na Europa, participando de festivais em todo o mundo e colecionando prêmios, como vários Grammy. Compositores como Astor Piazzolla e Radamés Gnattali compuseram peças especialmente para o duo, que também se apresentou acompanhado por orquestras em vários

países. O Festival Assad aconteceu entre os dias 22 e 26 de julho no Theatro Municipal de São João da Boa Vista. Além do Duo Assad, outros grandes nomes também tocaram como PianOrquestra (piano e percussão) com Badi Assad e Carolina Assad, Renato Borghetti e grupo, Trio Madeira Brasil (cordas), Mestre Siqueira (cavaquinho) e Yamandu Costa, tido como um dos maiores nomes do violão popular no Brasil. O Megaphone Cultural marcou presença e conversou tanto com os irmãos Assad como com o jovem Brasil Guitar Duo, formado pelos violonistas João Luiz e Douglas Lora. A dupla foi vencedora do concurso internacional ‘Concert Artists Guild’, com os músicos sendo saudados pela revista ‘Classical Guitar’ pela “maturidade de musicalidade e virtuosismo técnico”. Além das apresentações no Brasil, o Duo tem freqüentado concertos internacionais em festivais na Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Coréia do Sul, Colômbia e Áustria, entre outros países. de estilo música de boa qualidade, é sempre música e essa ideia ainda não foi testada em lugar nenhum que tenhamos notícia de misturar todas as vertentes de um instrumento num concurso. Então, como já deu certo essa ideia (pela quantidade de inscritos), é continuar e fazer desse festival e desse concurso eventos internacionais. Acho que vai ser muito bacana essa ideia de fazer o concurso sem distinção de estilo.

de agora foi revisitar grandes centros e locais que a gente já conhecia e conhecer outros. Foi maravilhoso. Tivemos, inclusive, a oportunidade de gravar um disco, com repertório que resgata a memória do violão brasileiro. Vejo também que o público do país cresceu. Tudo bem que estamos numa posição privilegiada, fazendo 50 anos de carreira com bastante mídia e divulgação, mas eu vejo que existe realmente muito mais campo de trabalho que existia há trinta anos. Já tem algum tempo que você, Sérgio, traz composições próprias para o repertório do Duo, e algumas de suas músicas já são parte do repertório de outros grupos. Esse trabalho vem numa crescente e, no seu ponto de vista, chegará um dia de o Duo produzir um CD 100% autoral? O Duo, na verdade, não tem essa

preocupação. Eu já fiz trabalhos autorais com outros grupos até. Mas, eu e o Odair sempre tivemos vontade de tocar vários compositores em nossos trabalhos. Nesta grande festa que é o Festival Assad, temos um concurso para violonistas. No exterior temos grandes concursos que servem justamente como propulsores de carreiras na música, em especial para o Piano e o Violão. Acredita que esse seja o caminho para descobrirmos novos Assads ou Zanons por aí? A gente não sabe ao certo. Estamos testando algo que foi inusitado e deu muito certo, pois tivemos 110 inscrições esse ano. É inédito e chamamos o concurso de ‘Violão Sem Fronteiras’, ou seja, cada um dos inscritos é um universo diferente e quero ver o que será na final. Acho isso muito bonito, afinal, independente

Com o advento dos CDs independentes, os artistas cada vez mais têm de cuidar das prioridades artísticas e comerciais para garantir o desenvolvimento de suas carreiras. Vocês tiveram que lidar com essas duas frentes? Como Foi? Demos muita sorte com isso, pois sempre encontramos pessoas que ficaram fascinadas com nosso trabalho e resolveram ajudar. Acabaram acontecendo coisas na nossa vida profissional que são muito difíceis de acontecer normalmente. E que bom que aconteceram! Eu conto e as pessoas não acreditam. Por exemplo, a gente foi para Nova York para fazer nossa estreia por lá e vem um cidadão e diz: ‘eu quero assinar um contrato com vocês!’. Era o Harold Shawn, dono de uma das maiores agências de produção dos Estados Unidos, isso é coisa que não acontece. Por um lado, isso também fez com que se abrissem oportunidades diferentes no meio para quem veio depois da gente. Muita coisa que tanto os Abreu

ele nos passou e que consolidaram nossa escola violonística. Ele é uma figura central, que mesmo não estando presente no mundo físico, está nos nossos corações.

Henrique Pinto, que é o responsável pelo refinamento do trabalho de vocês e que hoje nos observa de outro plano. Depois de tantas referências, estudando no Exterior e vivenciando a rotina com grandes mestres como Brouwer, YoYoMa, Paquito e Assads, o quanto ainda é latente o toque do mestre Henrique no trabalho de vocês?

Sempre. O Henrique está sempre presente e tem concertos que nós ficamos até arrepiados, com a certeza que ele esta vendo de algum lugar. Depois que ele faleceu, acabamos fazendo diversas coisas e depois a gente lembrava que ele já havia previsto sobre esses acontecimentos na nossa aula. E quando a gente toca sempre pensa nos fundamentos que

Em 2014, vocês estiveram na China para uma série de apresentações. Como é a receptividade do chinês à nossa música? Douglas Lora- Até no Japão tem clube de choro e a música brasileira é viral, toma conta mesmo. Lá na China, muito mais que uma questão de mercado, é uma questão de cultura; Os orientais têm um poder de concentração maior para nosso estilo de música. Por exemplo, na Coréia, fizemos uma apresentação em um parque e estava chovendo, as pessoas, a maioria sendo jovens, permaneceram ali durante todo nosso recital, apenas cobriram suas cabeças. Além do duo, vocês hoje mantêm outras atividades ligadas ao Jazz,

quanto nós acabamos deixando consolidado para os Duos due vem hoje, então esses que acabam sendo mais independentes já encontram algumas portas abertas também. O Duo chegou num patamar de notoriedade que pouquíssimos na história da música conquistaram. Como lidar com essa situação no que se refere à preparação dos projetos futuros? Além de toda essa coisa de utilizar compositores híbridos, essa nossa ligação com a música popular nos ajudou a não ficar presos e sempre buscar o novo. Há alguns anos, nós saímos em turnê como trio, junto do violonista Romero Lubambo, que é do Jazz. A gente adorou fazer! Hoje, queremos projetos assim, que a gente curta realmente fazer, tanto que dessa turnê saiu um disco que não fizemos para nenhuma gravadora, fizemos para gente mesmo. Vamos lançar o disco um dia, foi uma coisa totalmente nova para gente, adoramos e acho que todos podem tentar coisas novas. Acho que as pessoas têm que ter criatividade, não precisa ser inusitado para inovar, mas precisa de imaginação. Tem essa garotada nova aí que tem muita imaginação, no meu ponto de vista, eles sabem que não dá para fazer exatamente o que a gente fez e faz. O Brasil Guitar Duo e o Duo Siqueira Lima, por exemplo, acho que são privilegiados, por exemplo, pois estão deitados no berço da música brasileira, e isso não tem preço.

Samba, música latina. Todas essas experiências e vivências com formações e ritmos diversos agregam de que forma no trabalho do Duo? Antes a gente já tocava música popular, e isso ajudou quando fomos apresentados ao clássico. Essa base musical permitiu certa flexibilidade. Diferente de quem já começa no clássico, lendo partitura sem ter a experiência da música mais informal. O legal é que adicionamos essa atenção, esse cuidado que os músicos eruditos tem com a música nos demais estilos que nos envolvemos. Quais são as próximas empreitadas do duo, estão trabalhando num repertório específico? Em setembro sai um disco só com obras de Leo Brouwer, pela Naxos. Depois, vamos gravar um CD com orquestra, com concertos do Paulo Belinatti dedicado ao nosso duo, Leo Brouwer e Egberto Gismonti. São esses nossos próximos projetos.

Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*

Impressão: Jornal Tribuna de Itapira

Vendas: Alexandre Battaglini (9.9836.4851)

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Projeto Gráfico: Cássio Rottuli (9.9946.9027) Cidade-sede: Itapira/SP

Circulação na Baixa Mogiana e Circuito das Águas imprensa@portalmegaphone.com.br

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Com edições mensais, Bem Brasil levará música à antiga estação ferroviária de Itapira A

Monik Ungaratti/Divulgação

Grupo reúne músicos de Itapira e Mogi Guaçu bastante elogiada, com um público participativo acompanhando o repertório mais que animado. Tão participativo que Bola não resistiu e desceu para cantar junto aos espectadores. As apresentações futuras devem começar sempre às 10h00. A ideia é

Monik Ungaratti/Divulgação

pós estrear no domingo (2) – durante a terceira edição do Festival de Inverno de Itapira – o Projeto Bem Brasil quer lançar nova tradição no município. A ideia, a princípio, é que o conjunto promova apresentações mensais, sempre aos domingos e gratuitas, na antiga Estação da Fepasa, região central da cidade. No repertório, clássicos do samba, MPB e choro, com a intenção de fortalecer e divulgar a música brasileira. A formação fixa reúne oito pessoas: Maurício Perina (tropete), Jonas Caciano (sax tenor, flauta e clarineta), Paulo Bazani (sax soprano e alto), José Armando Mantuan (contrabaixo), Henrique Perina (violão), Caio Riberti (bateria), Luciano Pereira Coelho, o Bola (percussão e voz), Reginaldo Pereira Coelho, o Nenê (percussão) e Iara Ribeiro (voz). Excepcionalmente, na primeira apresentação, Caciano foi substituído por Igor Riberti, devido à incompatibilidade de agenda. A primeira edição começou às 14h00, abrindo o cronograma do segundo e último dia do festival (matéria nesta edição). A iniciativa foi

Segundo Perina, ideia é inspirada na Roda de Samba e Choro de Mogi Guaçu

Nova edição do Sarau Cultural aporta na Praça O Sarau Cultural ‘Por Trás da Rotina Itapirense’ tem nova edição agendada para o dia 15 de agosto em Itapira. Desta vez, o evento acontece na Praça Bernardino de Campos, entre 11h00 e 16h00. A intenção é agregar público à apresentação teatral ‘Romeu e Julieta’, da Cia Talagadá, que estreia no mesmo dia, também na Praça (matéria nesta edição). Para isso, o Sarau convocou as bandas Wild Star e Solara. O tradicional varal de poesias e exposições diversas também complementam a programação. “A proposta é fazer uma ocupação cultural na Praça. E, fazer isso junto com a Cia Talagadá é uma forma de destacar a importância de todos os envolvidos nesse meio, juntando tudo”, comentou uma das idealizadoras e organizadoras do Sarau Cultural, a estudante Aline Fernanda Longo, 22. O viés social e político segue presente e, desta vez, aborda a questão dos Direitos Humanos, com panfletagem e conscientização sobre o tema. Além disso, o Clube do Livro ‘Outra Xícara Por Favor’ estará presente com uma banca de livros a preços populares. A renda será revertida à próxima Feira de Trocas de Livros Beneficente, que teve sua mais recente edição no final de julho (matéria nesta edição). O grupo ‘Anjos

Fernando Pineccio/Arquivo/Megaphone

PROGRAME-SE

inspirada na Roda de Samba e Choro que acontece já há três anos em Mogi Guaçu, a cargo do Grupo da Estação – idealizado por Henrique Perina e que também conta com Caciano e Maurício Perina. “A Roda de Samba foi algo que deu muito certo em Mogi Guaçu e isso começou a movimentar algumas cidades da região, também”, comenta Maurício Perina, que também responde pela direção da Banda Lira Itapirense. “Isso é muito legal, pois dá ênfase à música brasileira e quem ganha com isso é a população. Vamos trazer nossa experiência adquirida no evento do Guaçu e unir o útil ao agradável”, frisa. As apresentações devem durar aproximadamente 1h30. “A cada edição pretendemos chamar um convidado especial para participar de algumas músicas”, revela. A expectativa, de acordo com ele, é das melhores. “Sempre temos uma boa expectativa. Teremos um repertório bastante eclético e esperamos que o público compareça e que esse evento se torne tradição”, finaliza Perina. A iniciativa tem o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Agenda dos melhores eventos de 07/08 a 12/09

AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)

Restaurante Pizzaria  Bar Balada & Eventos

AVENIDA JACAREÍ, 64 – ITAPIRA 07/08 - Happy Hour com Vitor Moreno Acústico – Reservas de Mesas: (19) 3863-7272. 22/08 - Blaze Of Glory (Bon Jovi Cover) 29/08 - Festa do Patrão – Bandas Pearl Gabor, Rolling Pappers, 70 & Tal e Luciano Bola. DJs Kay Freitas, Lai, Guto Guimarães e Geoli.

O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114

Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu  07/08 - Marcelo Espanhol & Banda  08/08 - 70 e Tal  14/08 - Total Underground com Heretic (México), Securitate (Machado/ MG), Tumbero (Cambuí/MG), Chaoslace (São Bernardo do Campos/SP)  21/08 - Nirvana Cover  22/08 - Chucrobilly Man & Roçabilly Brothers  28/08 - Nação Soberana  29/08 - Águas Claras - Tributo a Raul Seixas

CASA DE SHOWS & EVENTOS Telefone: (19) 9.9792-7325 Rua Batista Venturine, 36 - Bairro Santa Fé - Itapira  08/08 - Valhala Metal Fest com Pagan Throne (Rio de Janeiro/RJ), Hagbard (Juiz de Fora/MG), Cavaleiro Dragão (Hortolândia/SP) e Krieg Music Medieval (São Paulo/SP)  16/08 - EncontrArte  22/08 - Don Juanna & Ideia Acesa  23/08 - Feijoada Vegetariana  22/08 - Roots Sessions  05/09 - Baile Funk  12/09 - Monsters Of Vip com Céu em Chamas, Motorhead Cover, Ramones Cover e Slayer Cover.

Aline é uma das idealizadoras do evento sem Asas’ também marcará presença com feira de adoção de animais e barraquinha

CAPITÃO JACK MUSIC BAR de comidas vegetarianas e recebimento de doações. A organização do Sarau Cultu-

ral é independente e conta com apoio do Coletivo Voz Popular.

Telefone: (19) 9.9107-8309 Av. Mogi Mirim, 472 - Centro - Mogi Guaçu/SP 06/08 - Happy Hour a partir das 18h00 07/08 - Happy Hour a partir das 18h00 08/08 - Militia, Os Botequeiros, Satanagem e Hazy – Evento Beneficente ao grupo Anjos de Focinhos. 22/08 - Delirium Fest com Lothlöryen, Overture (Tributo ao Rush) e The Morning View. 29/08 - Happy Hour a partir das 18h00 05/09 - Valvulados Classic Rock 12/09 - Uma Noite na Taverna

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:

ITAPIRA

Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Banca Bela Vista | Praça da Bíblia - Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro Luli Padaria Caseira | Avenida Paoletti, 93 – Santa Cruz

MOGI MIRIM

Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro Rogatte Tattoo Rua XV de Novembro, 133 - Centro

MOGI GUAÇU

Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Riff Lord Stúdio | Rua Waldomiro Martini, 63 – Centro Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Capela

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Fernando Pineccio/Megaphone

a ir p a It m e a n e C m e s o ic s s do Clá

Black Voices agradou no retorno do ‘Clássicos' Rodrigo Souza

A

maestrina toca uma nota. Não é o início de uma canção, mas sim a referência para que um grupo de músicos, à capella, abra a temporada do projeto Clássicos em Cena no município. Os componentes entram no anfiteatro da Penha S/A em meio ao público, do fundo em direção ao palco. Cantam, caminham e levam a plateia a ritmar a música com palmas, exatamente da forma como os escravos americanos faziam no século 18. O projeto musical abriu sua nova temporada em Itapira na noite do último dia 22. A primeira apresentação depois de quatro anos desde a última edição no município foi baseada no ‘Spiritual’, música americana cantada por negros escravizados. Durante pouco mais de uma hora, o grupo coral Black Voices, acompanhado pelo idealizador do projeto, o maestro Parcival Módolo, ofereceu gratuitamente aos itapirenses a oportunidade de conhecer um estilo musical que influenciou raízes de inúmeros gêneros populares da atualidade. Com pouco mais de 150 pessoas no anfiteatro, o grupo iniciou o espetáculo com ‘If I Had a Hammer’, introduzindo o ouvinte ao gênero. A cada canção, Módolo contextualizou o expectador, no mesmo molde em que o Clássico funciona já há 15 anos. Em uma realidade que mistura

cristianismo, escravidão, interesse econômico e outros elementos que fundamentam grande parte da cultura americana, os ‘Negros Spirituals’ serviam também como músicas de trabalho. Além disso, emergiram como meios para carregar histórias e folclores, como no caso de John Henry e sua lenda com o martelo, cantada em ‘Dis’Ol Hammer’. Todo repertório foi conduzido pela regente Sônia Campos. Em seguida, foi apresentada ‘Rock My Soul’. Trazidos da África para as Américas, os negros nos Estados Unidos encontraram dentro do cristianismo uma semelhança ao povo hebreu - nação de Israel - que estava cativa no Egito. Por isso, nomes como Moisés, Abraão, Elias, entre outros personagens do Antigo Testamento bíblico, são constantes referências. Esse contexto foi trazido à tona com ‘Go Down Moses’, no qual o grupo de cantores pediu ajuda aos presentes e fez todo mundo cantar na clássica forma de pergunta e resposta. Enquanto os músicos cantavam uma frase, público repetia, estreitando o contato entre cantores e plateia. Módolo explicou que as canções de trabalho mantinham ainda um duplo sentido - o incentivo ao labor diário e a esperança de um futuro melhor, se não nesta vida, na eternidade prometida pelo cristianismo. Ou então, o objetivo era avisar que alguém iria fugir, geralmente pegando ‘carona’ em alguma

carroça. Toda essa duplicidade de sentidos foi retratada em ‘Elijah Rock’, ‘Run To My Lord’, ‘Swing Low, Swit Chariot’ e ‘Free At Last’. A forte presença do ‘Spiritual’ na cultura norte-americana foi demonstrada com o conhecido ‘When The Saint’s Go Marching In’, que fez inclusive as pessoas dançarem no auditório. O espetáculo chegou ao final com ‘Ride The Chariot’. Depois do sorteio de cinco brindes, o conhecido ‘Oh! Happy Day’ fechou o cronograma. “É a música da margarina”, brincou a maestrina, para que as pessoas cantassem juntas. EQUIPE O grupo que estevem em Itapira foi formado por seis músicos: Márcia Cardoso (mezzo soprano), Nemias Albuquerque (tenor 1), Marcelo Lima (barítono), Thiago Bardella (tenor 2), Lisandra Donatti (contralto) e Edu Costa (baixo). “É a terceira vez que a gente se apresenta aqui em Itapira. É um público muito caloroso. A gente agradece a cidade. É um prazer cantar para esse povo tão bacana”, elogiou Albuquerque. Ele também falou da experiência

de cantar músicas tradicionais americanas. “Acho que a música não tem fronteira. Não tem tempo certo. O ‘Spiritual’ acontece quando os negros são levados da África para serem escravos. Eles foram obrigados a assumir a cultura do branco e a sua religião. O povo africano escravizado encontra ressonância na história do povo hebreu. E eles vêem na figura de Jesus o maior libertado da Bíblia, a esperança de serem verdadeiramente livres”, relatou. Antes da programação, Módolo fez algumas considerações e explicou o projeto. O sócio da Direção Cultura, Antoine Kolokathis, também fez uso da palavra, assim como representantes da Penha S/A. O Clássicos em Cena continua até novembro. As próximas atrações terão Guitarras Portuguesas, Choro Pro Santo, Orquestra da Casa das Artes e Sexteto Carlos Gomes. A realização do espetáculo é da Direção Cultura, com patrocínio da Penha S/A por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) do Ministério da Cultura e apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

“Música descartável é necessária”, diz maestro Parcival Módolo Rodrigo Souza O maestro Parcival Módolo possui currículo extenso, internacional, que o gabarita para, com enorme facilidade, traduzir e explicar o contexto das canções que fazem parte das apresentações do projeto Clássico em Cena. Seu trabalho visa levar às pessoas música de qualidade, mas, necessariamente, não extinguir aquelas canções que, como ele mesmo definiu “não são tão boas assim”. “A música descartável é necessária”, definiu, logo após o primeiro evento da nova temporada do projeto em Itapira, na noite do último dia 22. “Acho que outros povos são preocupados com sua música de consumo. Isso faz parte, vai ter sempre. Digo o seguinte: para tomar um cafezinho, a melhor coisa é você pegar em um copinho descartável e jogar fora. Mas, para tomar um vinho em uma noite especial, tem que ser uma taça de cristal. Eu não quero tomar meu cafezinho em uma taça de cristal. O que acontece é que a gente não conseguiu mostrar para

Clássicos em Cena em Itapira Próximas datas

19/08 - Guitarras Portuguesas 24/09 - Choro pro Santo 28/10 - Orquestra Casa das Artes (apresentação especial - local a definir) 18/11 - Sexteto Carlos Gomes

as pessoas, no Brasil, que as duas coisas convivem numa boa. A música descartável é necessária, porque ela fala de um momento atual. Mas logo vai embora. Ela cumpriu o papel dala. Mas tem um outro acervo que precisa ser ouvido”, salientou. O objetivo de levar música de qualidade para as pessoas é a proposta que inspirou a criação do Clássicos em Cena. “Eu quero repartir essa coisa bacana, que move minha vida, com as outras pessoas. Música é sempre bacana e existe uma música muito boa, e talvez uma não tão boa assim. A gente pode ouvir todas elas. Mas gastar um tempo para essa (boa), que vale a pena”, relatou. Módolo é doutor pela University of Southern Califórnia, dos Estados Unidos, e coordenador geral da Divisão de Arte e Cultura do Instituto Mackenzie. Rege regularmente várias orquestras brasileiras e do exterior. Descreveu que tem sido muito positivo todo o trabalho do Clássicos. “Como tem acontecido em vários lugares, e aqui (Itapira) também, o público é sempre muito receptivo. E o resultado é quase sempre uma coisa bonita. O nome ‘música clássica’ é uma desgraça, ela cria uma barreira. Minha primeira preocupação é dizer que clássico para nós é aquilo que ficou, que é a nossa herança”, sugeriu. “A gente não consegue fazer no Brasil que as duas coisas (tipos de música) caminhem com a mesma importância. E as pessoas não têm chance de ouvir. O que falta é mostrar isso para as pessoas. E isso está na raiz do Clássicos em Cena”.

Fernando Pineccio/Megaphone

a d ra o p m te re b a l’ a u it ir p ‘S o ri Repertó

Parcival Módolo fez análise crítica da música

Evento mistura Rap, Rock Iesi oferece curso de MBA em Gestão Empresarial Informe Publicitário

e Reggae em Itapira

Fernando Pineccio/Arquivo/Megaphone

Divulgação

Raproots é uma das atrações A Concha Acústica ‘Paulino Santiago’, em Itapira recebe, no próximo dia 15, um evento que se destaca pela união de bandas de diversos estilos. Batizado de ‘Hip Hop na Quebrada’, a iniciativa conta com representações de Reggae, Rap e Rock. Além disso, são previstas ações envolvendo grafite, com Fael Tujaviu, e poesia, com Almir Carulla, bem como batalha de ri-

mas e discotecagem com DJ Lai. O início das atividades é previsto para 16h00. O cronograma envolve os grupos Malícia Urbana, Raproots, Consequência Emocional, Céu em Chamas e Inspirados. A entrada é gratuita e a expectativa é que pelo menos 200 pessoas passem pelo local, situado à Avenida Professor Fenízio Marchini, na Encosta do Penhão.

Instituição de Ensino Superior abre novas oportunidades

O Iesi (O Instituto de Ensino Superior de Itapira) firmou parceria com a Unip (Universidade Paulista) e está oferendo curso de Pós Graduação MBA em Gestão Empresarial, na Modalidade semipresencial. O valor do investimento é de 12 mensalidades de R$ 311,34. Ex-alunos e colaboradores de empresas conveniadas têm direito a bolsa de estudos que garante descontos na mensalidade. As matrículas estão abertas na secretaria do Iesi, na Avenida Rio Branco, 99, ou pelo site www.iesi.edu. br. Mais informações pelo telefone (19) 3863-5510.


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Festival de Inverno de Itapira atrai 2 mil em edição menor A

terceira edição do Festival de Inverno de Itapira foi encerrada na noite de domingo (2), mais precisamente por volta das 23h00, após um ciclo de shows artísticos que começou no dia anterior. Pela primeira vez o evento foi abrigado na antiga Estação da Fepasa, dada a ocupação de parte da quadra do Parque Juca Mulato – local original do festival – pelas obras de construção de palco fixo. A estimativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo é de que as atividades tenham atraído perto de 2 mil pessoas, em público rotativo, durante os dois dias de evento. A programação teve início no sábado (1), com abertura a cargo do grupo Céu em Chamas às 14h00.

Em seguida, subiram ao palco as bandas New Heaven, Sexy Drive, Ilusão de Ótica, Folha Seca, Sons Of Seatle, Máfia do Blues, Marise Marra, 70 & Tal. A Zoraide, que originalmente constava na programação, acabou encerrando as atividades e não participou do evento. O grupo Rockstrada foi responsável por encerrar o primeiro dia de atividades. Se o sábado foi dominado pelas bandas de Rock, no dia seguinte o evento ganhou mais pluralidade e abriu espaço a outros gêneros, como MPB, samba, choro e sertanejo. As atividades foram retomadas às 14h00 com o Projeto Bem Brasil, em apresentação inaugural de uma iniciativa que prevê apresentações mensais no mesmo espaço, sempre aos

domingos pela manhã. Na sequência tocaram as duplas Jonas & Tiago e Ramon & Adriano. A dupla Kauan & Rafael, que também figurava na programação, não compareceu ao evento. O Rock voltou à cena com a banda Jack James, que precedeu a apresentação do Tempero Brasileiro, com repertório mais voltado à MPB. O evento terminou com as bandas Mavericks e Garage 3, também com repertório cravado no Rock. Durante os dois dias de evento, a programação contou com a participação da DJ Kay, além de intervenções artísticas do Grupo Zualê e da Cia de Theatro Paulino Santiago. Nos dois dias, ao se dirigir ao público do evento, o secretário municipal de

Cultura e Turismo, Marcelo Dragone Iamarino, enfatizou que levar atividades culturais à antiga estação era um desejo antigo da administração, cuja revitalização do espaço, inclusive, figurou entre as propostas de campanha do atual governo municipal. Ele também agradeceu às bandas que aceitaram participar do evento sem cobrar cachê, atribuindo o formato reduzido do evento à falta de verbas da Prefeitura. A presença de público ficou bem abaixo da esti-

O Varal de Poesias de Itapira celebrou seus dez anos de atividades com lançamento de uma coletânea poética na noite de sábado (1). O livro independente, também batizado de ‘Varal de Poesias’, traz 91 textos de dez autores, distribuídos em 116 páginas. A cerimônia de lançamento e de comemoração do décimo aniversário aconteceu na Casa das Artes, mesmo espaço que abriga as reuniões mensais do grupo. O evento no último sábado começou às 19h30 e durou perto de duas horas, reunindo pouco mais de 100 pessoas. A abertura da noite foi feita por uma das inte-

grantes do grupo, a artista plástica e poetisa Cornélia Herr, que fez uma breve explanação sobre o Varal de Poesias e apresentou um poema de sua autoria. Ao longo do evento, os presentes também puderam conferir duas instalações da artista. “Tivemos apresentações musicais a cargo dos alunos da Casa das Artes, intercaladas com declamação de poemas de cada um dos autores presentes no livro”, explicou um dos fundadores do grupo, o poeta e escritor Arlindo Bellini. Espaço ainda para uma intervenção teatral do Grupo Zualê, que precedeu o efetivo lançamento do livro

que foram autografados pelos autores. “Todos os autores estavam presentes no evento, e o público acompanhou as atividades até o final. Foi uma noite muito prestigiada, marcando os dez anos dos nossos encontros com muito otimismo e alegria”, comentou Bellini. Além de textos de Bellini e de Cornélia, compõem a coletânea obras dos poetas independentes Alexandre Cezaretto, Felipe Nascimento, Freedman da Silva, Helô Bueno, Mayara Cecília, Maria Inês Severina, Samuel Elias e Maria Clara Fazolli. O evento foi encerrado com um coquetel de confraternização. É a segunda obra lançada pelo Varal

de Poesias – em 2010, um livro já havia marcado a celebração pelos cinco anos de atividades. A obra atual teve tiragem inicial de quase 150 exemplares – sendo alguns já comercializados durante a cerimônia de lançamento. Cada livro custa R$ 25,00 e pode ser adquirida diretamente com os autores, durante os encontros do grupo que acontecem, geralmente, no primeiro sábado de cada mês. As encomendas também podem ser feitas pela internet, no http://varaldepoesiasdeitapira.blogspot.com ou pelo Facebook (Varal de Poesias de Itapira).

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Evento aconteceu na antiga Estação da Fepasa

mativa divulgada no ano passado, quando o evento se desdobrou ao longo de quatro dias e, conforme afirmou o secretário, na época, atraiu entre 15 e 20 mil espectadores. O público menor, entretanto, já era algo esperado diante da ausência de shows com maior apelo de público. Nas duas edições anteriores, em 2013 e 2014, nomes como Kiko Zambianchi, Cachorro Grande e Craveiro & Cravinho foram responsáveis por atrais mais pessoas ao evento, incluindo uma grande parcela de público

da região. Desta vez, o festival se concentrou praticamente em bandas estabelecidas em Itapira – exceto por Marise Marra, de Campinas-SP, Rockstrada, de Socorro-SP e Mavericks, de São Paulo-SP. Em linhas gerais, o evento foi bem avaliado, com o local também sendo aprovado. “A avaliação do local foi ótima, a receptividade do público superou as expectativas, os comerciantes e toda equipe gostaram muito do local também”, informou o secretário.

Leo Santos/Megaphone

Varal de Poesias celebra dez anos com nova coletânea

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Dia dos Pais é no Buriti Shopping! O Buriti Shopping preparou promoções especiais para o Dia dos Pais, celebrado no dia 9 de agosto. O conglomerado comercial em Mogi Guaçu tem opções para todos os gostos, que certamente vão emocionar os papais – desde os mais moderninhos aos mais intelectuais. Além das boas oportunidades com ótimos preços, o Buriti Shopping também lançou a campanha ‘Complete o Amor de Seu

Pai’. A cada R$ 250,00 em compras, o participante da ação ganha um carregador portátil de celular exclusivo para presentear o papai. Ele também pode escrever uma carta que será enviada via correios ao homenageado. NOVIDADE Outra promoção especial do Buriti Shopping torna isenta a taxa do estacionamento para quem consumir a partir de R$ 20,00 na praça de alimenta-

ção, cafés e restaurante. O brinde vale entre segunda e sexta-feira, das 11h30 às 14h30, com apresentação do cupom fiscal nos guichês de estacionamento. “A cortesia do estacionamento na hora do almoço visa atender melhor e privilegiar os clientes”, informa o estabelecimento. A promoção é válida para carros e motocicletas. Mais informações no site www.buritishoppingmogiguacu.com.br.

Começaram na última segunda-feira (3) as inscrições para o 32º Feteg (Festival de Teatro do Estudante Guaçuano). O evento é aberto aos grupos teatrais em atividade nas escolas de Mogi Guaçu. O prazo vai até 31 de agosto e o horário de atendimento é das 9h00 às 16h00, no Centro Cultural. O Feteg será realizado entre os dias 1º e 31 de outubro, com apresentação de uma peça por noite. No

último dia, às 20h00, será realizada a cerimônia de premiação, abrigada no Teatro Tupec do Centro Cultural – mesmo local que receberá todas as peças participantes. Serão outorgados certificados de participação a todos os inscritos. Os vencedores na primeira, segunda e terceira colocação e divididos nas categorias infanto-juvenil e adulto serão premiados

com troféus. A organização vai atribuir medalhas de Menção Honrosa ao melhor cenário, figurino, iluminação, sonoplastia, atriz e ator coadjuvante, atriz e ator revelação e maquiagem. A peça que for classificada em primeiro lugar no Feteg terá vaga assegurada no 7º Festival de Teatro de Mogi Guaçu, previsto para maio de 2016. A realização do Feteg é da Secretaria Municipal de Cultura.

Mogi Guaçu abre inscrições para Festival de Teatro Estudantil

Arlindo Bellini é um dos integrantes do Varal


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C

Leo Santos/Megaphone

om um público na casa de 400 pessoas, a terceira edição da Feira de Trocas de Livros Beneficente fomentou exatas 1.371 trocas na tarde do domingo, 26 de julho, em Itapira. O evento promovido pelo Clube do Livro ‘Outra Xícara Por Favor’ foi abrigado no salão paroquial da Igreja Matriz de Santo Antônio, na região central, e terminou com avaliação bastante positiva tanto da organização como do público considerado recorde. Ao todo, cerca de 350 pessoas retiraram cupons p a ra s o r te i o s d u ra n te o evento, mas os organizadores contabilizam um público entre 400 e 450 pessoas. Os participantes puderam trocar seus livros, acompanhados por produtos de higiene, por outros títulos de literatura de gêneros juvenil e adulto divididos em categorias como romance, aventura, policial e suspense, por exemplo. Em outra seção, formado por obras didáticas, religiosas e infantis, por exemplo, as trocas foram feitas comente por produtos de higiene. Segundo a organização, foram movimentados nesta edição 985 títulos de literatura, além de 386 obras de gêneros variados. No comparativo com a edição do ano passado, que fechou com 879 trocas, a feira deste ano apresentou um crescimento de quase 56% nas movimentações. Na primeira edição do evento, em 2013, foram 675 trocas. Os materiais arrecadados serão revertidos a duas entidades - Casa do Pão e Casa Transitória. Conforme divulgado anteriormente pela organização, dependendo do volume de produtos arrecadados uma terceira entidade poderá ser selecionada. As atividades começaram às 14h00 e se estenderam até 17h00. Contudo, ao meio-dia já havia uma fila considerável de amantes da literatura. “Incrível seria uma

ótima palavra para descrever nossa avaliação sobre esta edição da feira”, comemorou uma das organizadoras, Nádia Fressatto de Godoy, 25. “Não imaginávamos que conseguiríamos lotar um salão daquele tamanho, mas conseguimos”, completou outra organizadora, Marina Risther Razzo, 25, em referência ao espaço mais amplo e que abrigou pela primeira vez uma edição do evento. “Esse foi o primeiro evento realizado numa estrutura maior e mais complexa, e tudo funcionou maravilhosamente bem”, emendou. Foi também a primeira vez que a Feira de Trocas de Livros agregou parceiros durante as atividades. Entre

eles, a Livrando – Livraria Itinerante e a ONG (Organização Não-Governamental) Anjos sem Asas’. O evento ainda contou com a presença da escritora Camila Pelegrini e ofertou um espaço voltado exclusivamente às crianças, com contação de histórias, manuseio de fantoches e cirandas a cargo do grupo Catavento e Conta Histórias. “Nossos parceiros tiveram retornos acima do esperado e agregaram muito. Ficamos surpresos e muito felizes com o aumento de público em relação à edição anterior. Todos os membros do Clube estão muito orgulhosos”, enfatizou Marina. Nas redes sociais, o sucesso do evento ficou evidencia-

O Projeto Coreto passará a ter edições quinzenais a partir deste mês em Itapira. O evento organizado pela Casa das Artes e que acontecia uma vez por mês agora terá duas edições dentro do período. A novidade atende aos pedidos do público, que vem aprovando a iniciativa, segundo o maestro César Lupinacci, diretor artístico da instituição cultural. “Vamos fazer duas (edições) por mês. O pessoal está gostando, conversamos com os músicos e deu certo”, anunciou. O evento

acontece sempre aos domingos, a partir das 10h00, no Parque Juca Mulato, região central da cidade. O objetivo é resgatar a presença familiar ao espaço arborizado, em apresentações musicais que revivem o charme das bandas de coreto. Na mais recente edição, no final de julho, mais de 100 espectadores acompanharam a apresentação do Grupo de Saxofone da Casa das Artes. O clima mais frio foi apontado como motivo para um público menor que o registrado na edição anterior,

no final de junho, quando a apresentação de Viola Caipira foi acompanhada por quase 180 pessoas – público recorde do evento. As próximas edições estão marcadas para os dias 16 e 30 de agosto. Em setembro, os eventos acontecerão nos dias 13 e 27. Já em outubro, o Projeto Coreto acontece nos dias 11 e 25 e, em novembro, nos dias 15 e 29. As atrações ainda estão sendo definidas pela Casa das Artes. A agenda pode ser acompanhada pelo site www.casadasartes.art.br

Evento reuniu amantes da literatura

Feira de Livros cresce e fomenta mais de

1,3 mil trocas

Projeto Coreto ganha duas edições por mês em Itapira

do por elogios e comentários de muitos participantes. O sentimento diante de tamanha aprovação, segundo outra organizadora, Paula Montanari, 25, pode ser traduzido em um misto de satisfação e espanto. “Neste ano, demos um passo muito ousado. Inserimos outras pessoas na programação e não sabíamos se as novas ideias dariam certo. Mas, deu mais que certo”, salientou. De acordo com ela, o crescimento do evento já motiva a intenção de planejar a próxima edição com maior tempo de antecedência. “Começaremos os preparativos para a edição do ano que vem ainda neste ano. Mas, ainda vamos manter a feira anualmente”, frisou.

DEMANDAS Apesar de todo o sucesso, os organizadores ponderaram que alguns detalhes geraram contratempos e serão revistos. Nada que desabone a iniciaria. Ao contrário, apenas motiva maior empenho dos membros do Clube do Livro. “Queremos trazer novidades a cada ano, aumentar o número de livros, fazer melhorias com relação à organização, manter nossas parcerias e, quiçá, agregar mais. Queremos deixar o evento mais funcional o possível”. Segundo Nádia, outra intenção é aumentar a abrangência da feira com outras opções além das trocas. “Queremos proporcionar, a partir das próximas edições, não

apenas trocas, mas uma completa experiência literária. Talvez não seja possível já na próxima edição, mas é o intuito que temos”, afirmou. “Queremos introduzir, aos poucos, outros aspectos da literatura, como já fizemos neste ano, trazendo a escritora e a contação de histórias, por exemplo. Mas, as trocas continuarão sendo a alma da feira, a peça fundamental”, adiantou Marina. O evento também recebeu a visita da escritora Lilia Aparecida Pereira da Silva e do escritor Thiago de Menezes, além do prefeito José Natalino Paganini (PSDB). Um telão homenageou autores falecidos, onde também foram exibidos os patrocinadores da iniciativa.

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Evento será mais frequente no Parque


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Cia Talagadá estreia ‘Romeu e Julieta’ com turnê em sete cidades A Cia Talagadá – Teatro de Formas Animadas divulgou as datas de apresentação de seu mais novo espetáculo, ‘Romeu e Julieta’. A montagem, aprovada no ano passado pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), passará por sete cidades em um total

de 19 apresentações. Destas, oito serão em Itapira – município-sede do grupo formado pelos atores Danilo Lopes, Valner Cintra e João Bozzi. A estreia acontece no dia 15 de agosto e a turnê segue até 13 de setembro, com encerramento em São Bernardo do Campos (SP). O espetáculo também terá apre-

Agenda

ITAPIRA 15/08 – Praça Bernardino de Campos – 11H00 e 21h00* 16/08 – Distrito de Eleutério – 10h00 16/08 – Distrito de Barão Ataliba Nogueira – 16h00 22/08 – Parque Juca Mulato – 10h00 e 21h00* 23/08 – Convívio Betinho/Casa do Pão – Parque São Francisco – 10h00 23/08 – CEU Istor Luppi – 16h00 MOGI GUAÇU 28/08 – Centro Cultural – 14h00 28/08 – Distrito de Martinho Prado – 19h30 * Classificação ESPÍRITO SANTO DO PINHAL etária: 16 anos. 04/09 – Praça Rio Branco – 15h00 e 20h00 Demais horários, classificação livre. MOGI MIRIM 05/09 – Praça Rui Barbosa – 15h00 e 21h00* SANTO ANDRÉ – 29/08 SÃO BERNARDO DO CAMPO – 13/09 SÃO PAULO – 10, 11 E 12/09

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sentações em Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Espírito Santo do Pinhal, Santo André e São Paulo. Durante todo o primeiro semestre deste ano a Cia Talagadá trabalhou na montagem do clássico de Shakespeare sob uma ótica diferenciada – e já adotada pelo grupo em trabalhos como ‘Cabeça Oca’ e ‘Na Boca do Lixo’. A ideia, segundo Lopes, é apropriar-se do tema para tratar de questões relacionadas à vulnerabilidade social, intolerância, preconceito, violência e opressão. “Abordar esses temas são características intrínsecas do repertório da Cia Talagadá. Apesar do objetivo principal ser artístico/estético, o engajamento político está sempre presente em nossas obras”, comenta. De acordo com ele, o desafio do projeto foi adaptar um dos maiores clássicos da dramaturgia universal para a junção de duas linguagens diferentes, o Teatro de Rua e Teatro de Formas Animadas. “Além do texto de Shakespeare, a inspiração também se deu das obras do artista autodidata Arthur Bispo do Rosário, as quais boa parte foi produzida dentro de um sanatório na década de 1960 e

cuja técnica pode ser caracterizada como ‘Assemblages’, utilizando de elementos descartados para a construção da sua arte”, explica o ator. A cenografia do espetáculo segue esse formato, construído a partir de elementos descartados e reutilizados de maneira artística e poética, dando um novo significado ao termo “pobre”. “Assim, chegamos à conclusão de que, a exemplo de ‘Cabeça Oca’, o novo espetáculo também será híbrido, misturando encenação de atores, objetos, performance, música e instalação, num espetáculo poético, engajado e rico em plasticidade”, enfatiza Lopes. Valner Cintra assina a direção do novo espetáculo, que conta também com a participação dos músicos Diogo Henrique Gomes (percussão) e Luan Martins de Freitas (violão), além da parceria com Luís Giovelli, compositor da trilha sonora original. O grupo também contou com assessoria da pesquisadora em interpretação cômica Cida Almeida, que dirigiu vários espetáculos em São Paulo e ministrou aulas na oficina Mazzaropi e SP Escola de Teatro de São Paulo. “A partir

dos elementos que já estavam concebidos para o espetáculo, ela nos orientou na pesquisa de interpretação na área da comicidade (Clown e Bufão), e está sendo nossa orientadora em todo o trabalho de interpretação desenvolvido no

espetáculo”, revelou Cintra. As apresentações acontecerão em versões diurnas e noturnas. Na primeira, a classificação etária é livre. Nas noturnas, o espetáculo é recomendado para maiores de 16 anos.

Estadual de Cultura foi construído por uma Comissão de Sistematização de Informações, Elaboração e Redação do Plano Estadual de Cultura do Estado de São Paulo. Independente e formada por 41 membros titulares e 41 suplentes,

ela reuniu representantes eleitos em todas as regiões paulistas, indicados pelas entidades de linguagens artísticas e integrantes do poder público. Ao longo de oito meses, o grupo trabalhou no documento que agora está disponível para

consulta pública. O texto é composto por 20 diretrizes, cada uma delas integrada por objetivos, ações e metas. São esses itens que estão disponíveis para receber sugestões. Basta preencher um formulário eletrônico indicando

qual a contribuição ao texto e acrescentar uma justificativa. Ao final da Consulta Pública, o material será consolidado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e em seguida encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa.

Cia Talagadá e equipe de apoio: tudo pronto para nova turnê

Plano Estadual de Cultura é aberto à consulta pública Até o dia 15 de setembro a sociedade poderá contribuir para a construção do Plano Estadual de Cultura, documento que funcionará como o planejamento estratégico da política cultural do Estado de São Paulo para os próximos 10 anos. A

consulta pública está disponível na internet, por meio do site www.planoestadualdecultura.sp.gov.br, onde estão disponíveis o texto base, a legislação e todos os documentos que podem subsidiar as contribuições. O texto base do Plano

Um breve relato de uma história muito importante! por Ricardo Pecego 50 anos atrás numa família onde o choro, o samba e a seresta eram o combustível da vida, os irmãos Sérgio, mais velho, e Odair adotaram o instrumento mais popular do Brasil como fiel companheiro de jornada, ali utilizando do sobrenome da família como brasão, nascia o Duo Assad. Seu Jorge, pai dos garotos era o grande incentivador, bandolinista, chorão assumido levava os garotos para participar de rodas de choro conviver com outros músicos e com repertório brasileiro que tinha Garoto, Pixinguinha, Dilermano, Jacob Bitencourt entre outros como ícones do estilo. A mãe, Dona Ica, cantora de voz e afinação invejáveis, colaborava para que a canções contribuíssem como referências para Sérgio e Odair. Assim o samba, o bolero as serestas de Noel, Cartola, Dalva, Ataulfo e Elizeth deram o acabamento nas fundações desta sólida formação musical. Sua habilidade e entrosamento impressionavam por onde que passassem, Odair era apenas um menino, menor que seu próprio violão (começou com 8 anos) acompanhando seu irmão maior(com 12), mas com uma desenvoltura musical de gente grande. Chegaram até na televisão, no programa de Moacir Franco, causando realmente um frisson, eram prodígios. Toda essa admiração desperta no Sr. Jorge Assad, não apenas a responsabilidade de que seus filhos tocassem um instrumento, ou tivessem amplo conhecimento da música brasileira, ele começa a enxergar a possibilidade de que a música pudesse ser o trabalho daqueles dois. Começa então a busca por alguém que pudesse prover o aprimoramento artístico e técnico. Ele precisava encontrar um professor que conseguisse realmente trazer algo novo, um tanto inexplicável, mas para dar aulas para os dois. Com certeza tinha que ser alguém muito especial. Lá pelos idos de 1967 então, surge esse alguém, como numa conjunção astral, no meu ponto de vista, uma gravação de um duo carioca formado pelos Irmãos Sérgio e Eduardo Abreu (o grande Duo Abreu) é ouvida pelos Assad que ficam espantados, simplesmente maravilhados pela musicalidade apresentada. Quem lhes mostrou a gravação, foi o jornalista Oromar Terra. Aquela professora do tal Duo Abreu seria uma ótima opção também para os Assad. Naquele mesmo ano o Sr. Jorge Assad busca contato desta bem falada professora e consegue um encontro de seus filhos para uma avaliação. O encantamento foi tal que a família inteira foi de mudança para que os rapazes pudessem estudar com a essa mestra. Dona Monina Távora era esse personagem, argentina de nascimento, que escolhe um brasileiro como marido e ao invés de se dedicar uma brilhante carreira musical opta pelo ensino (PARA NOSSA ALEGRIAAAA!), poucos sabem que a técnica, o prestígio e a sabedoria de Dona Monina, influenciaram grandes nomes do nosso violão, consolidando-o como nosso instrumento nacional (a de lembrar que somente no Brasil, por exemplo, o violão não é chamado de guitarra, como na língua espanhola e inglesa, ou até mesmo em Portugal). Para esclarecer melhor, Dona Monina, respeitosamente falando, foi uma brilhante violonista, aluna do Mestre Andrés Segóvia (o maior violonista do século XX, que colocou o violão nas salas de concerto do mundo todo, o mestre dos mestres)

ela tornou-se uma referência cultural na cidade maravilhosa contribuindo e muito com grandes violonistas como Turíbio Santos e Jodacil Damasceno, mas o destaque de seu trabalho foi com os duos. Primeiro os irmãos Abreu, um Duo que conquistou o mundo numa carreira meteórica e imortal que até hoje ressoa. O Outro destaque foi justamente com o trabalho do Duo Assad, nesse período de sete anos de intenso aprimoramento, ela com seu toque de midas conseguiu lapidar e transformar aqueles dois jovens tocadores de violão, em artistas do mais alto gabarito. Ela ampliou os horizontes destes São Joanenses de tal forma, que o encantamento dos dois pelo instrumento tornou-se ainda mais intenso. O Duo passa então, depois do período com Dona Monina, a viver de música, o que para os violonistas clássicos do final da década de 70 e meados de 80 não era fácil, pois a Ditadura estava num período de extrema agressividade e as artes, assim como muitas outras atividades ficaram em segundo plano. Com cenário pouco favorável internamente, o Duo Assad começa a mostrar seu trabalho no exterior. Em 1979 eles vencem o Young Artists Competition, em Bratislava, este concurso impulsionou de tal forma sua visibilidade no exterior que em 1985 foram viver fora do Brasil. Assim uma carreira de muitas conquistas se consolidou, o estilo, a técnica e o timbre que conquistaram com muito trabalho e auxílio da Dona Monina, aliados ao seu talento natural e carisma ajudou nesse processo, sem contar que muitos compositores passaram a escrever complexas músicas dedicadas ao Duo, como numa intensão de desafio e homenagem ao mesmo tempo. Nome s como Nikita Koshkin, Marlos Nobre, Edino Krieger, Radamés Gnatalli, Egberto Gismonti e Astor Piazolla são parte fundamental do que hoje é o repertório dos Assad. Vieram os prêmios (2 grammys) e o reconhecimento mundial. Podemos dizer com orgulho que o melhor duo de violões da atualidade e dos últimos 30 anos, pelo menos, é brasileiro! Temos aqui ainda que destacar, conhecendo e acompanhando melhor essa família em sua trajetória, que a grande felicidade dos Assad é fazer música. Além do Duo, Seu Jorge e Dona Ica, outros talentos surgiram e destaco aqui duas mulheres: a primeira irmã de Sérgio e Odair é Badi Assad, uma cantora de altíssimo nível, excelente instrumentista e com uma capacidade improvisação e polifônica espantosa. Badi mantém carreira no Brasil, com apresentações regulares no exterior. O outro destaque é a compositora Clarice Assad, filha de Sérgio que está despontando no cenário mundial, vivendo atualmente em Nova Yorque ela mantém trabalhos que trafegam na fronteira do erudito, jazz e da música popular, compondo para diversas formações e se apresentando, cantando em português, inglês francês, japonês e tratando a música como obra de arte plena e sem fronteiras, ou barreiras. Tudo isso me encanta, me leva para outro patamar, torna minhas concepções meros pensamentos e consolida a força que tem a arte. Apesar do tom mais formal do texto (levando em conta outros que fiz para essa coluna), meu sentimento é de satisfação e alegria de ter a oportunidade de falar de gente tão feliz e artística quanto: Os Assad de São João da Boa Vista.

Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.


anorama

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TODOS A BORDO!

Mogi Guaçu tem nova opção em bar temático

U

m espaço conceitual, com temática que remete aos piratas e cuja ordem é beber e se divertir. Assim pode ser definido o Capitão Jack, novo bar instalado em Mogi Guaçu, mais precisamente no imóvel que anteriormente abrigou o agora extinto Dinossaurus Rock Bar. Totalmente revitalizado, com uma nova cara e, por consequência, com um novo clima, o estabelecimento foi inaugurado no dia 18 e julho e já mostrou a que veio.

Com casa cheia, as bandas Barbaria e Raiva Inc. evidenciaram os principais estilos musicais que deverão predominar no local. A direção, inclusive, está a cargo do vocalista da Barbaria, Leandro Louback, o Draco, junto à sócia Leilane Camargo. “Tivemos a ideia de assumir o bar após longas conversas sobre a proposta que queríamos lançar. Há muito tempo nós dois organizamos eventos, principalmente nas áreas Folk e Medieval”,

Ambiente remete a um convés de navio

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comenta Louback. A decoração é uma atração à parte. Tem âncora, barril, baú, uma réplica de um antigo canhão, um painel rústico, de madeira. A própria logomarca do bar mostra um pirata com uma bela caneca de chopp. A ideia, em linhas gerais, é que o local se assemelhe a um porto. Por isso, um deck de madeira interliga um galpão, onde funciona o bar e onde ocorrem os shows, com uma área ao ar livre, repleta de verde. “Esse tipo de coisa não existia na região. Tudo passou a se tornar real depois que organizarmos os eventos ‘Uma noite na Taverna’ e ‘Festa Irlandesa’, por exemplo. E foi um risco que assumimos, pois era tudo muito novo e diferente, não sabíamos se tinha público pra isso e as bandas que tocam nesses eventos são diferentes de tudo que já se viu e ouviu por aí”, comenta o sócio do bar. “Então, resolvemos trazer isso pra nossa cidade, oferecer um bar que possa se tornar um local agradável, num ambiente como se fosse um porto, ou mesmo um convés de um navio”, explica. Uma mesa de sinuca também está à disposição dos clientes. O bar aposta ainda em cervejas artesanais e num chopp - tamDivulgação

Área externa, ao ar livre, concede mais liberdade ao público

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Bar temático funciona com proposta inovadora

bém artesanal - exclusivo do estabelecimento, o Toras Beer. Quase um mês após a abertura, o local já recebe elogios e começa a conquistar um público cativo, com projetos que transcendem até mesmo as expectativas iniciais dos proprietários. Com a aprovação do público, o bar começou a abrir para happy hour às quintas e sextas-feiras, a partir das 18h00, com entrada

gratuita. “O pessoal tem nos elogiado bastante pela diversidade musical. Já tivemos atrações que realmente interagiram muito com o público. E começamos a receber um tipo de clientela que gosta de curtir boa música, tomar uma cerveja, saborear umas porções e bater papo com os amigos”, ressalta Leilane. Aos sábados, a casa funciona a partir das 20h00, geralmente com sho-

ws ou eventos temáticos. O Capitão Jack aceita cartões de crédito e débito. Mais informações sobre o estabelecimento podem ser acompanhadas pela página oficial no Facebook (www.bitly.com/capitaojack). A agenda também é publicada na página 2 das edições Megaphone Cultural. O Capitão Jack fica na Avenida Mogi Mirim, 472, no Centro de Mogi Guaçu.


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