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Megaph Cultne ural
EDITORIAL
Ano V – Nº 54 – Edição Quinzenal 7 de julho de 2016
Uso da Lei Rouanet como instrumento de corrupção apenas reforça a desconfiança e o preconceito contra leis de incentivo Página 2
Bruno Nascimento/Divulgação
Divulgação
Lothlöryen
Monallizza
Stranhos Azuis
Janis
A
primeira quinzena de julho concentra diversas opções culturais nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu. São atrativos para os mais diferentes gostos, desde a nova edição do Valhala Metal Fest, cujo um dos destaques é o grupo Lothlöryen (foto acima, à esquerda), até o tributo ao ícone brazuca da Soul Music, Tim Maia, com a banda Monallizza (foto acima, à direita). Em Itapira também tem o Festival de Inverno, cujo destaque é o cantor Supla (ao lado, à direita) e, já na
Lançamento Itapira
segunda quinzena, o ViraNoite Luau Festa Rock, com várias bandas, entre elas a Stranhos Azuis (ao lado, à esquerda, o guitarrista Danilo Zanite). A rainha do Rock e Blues, Janis Joplin (ao lado, também à esquerda), também ganha tributo em Mogi Guaçu. Além disso, em Itapira, tem o Revolution 1931 Beer Fest e a Feira de Trocas de Livros, e os Festivais de Inverno de Mogi Mirim, Serra Negra e de Socorro. Ufa!
Cargo Mega Jumbo divulga vídeo de nova música
Sem grana, Águas de Lindóia cancela Festival de Inverno
Página 6
Por decreto
Página 5
Ramon Vasconcelos/Elastica/Divulgação
Divulgação
Divulgação
TEM ROLÊ PRA TODO MUNDO!
Supla
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 7 de julho de 2016 | Página 2
Editorial
A importância da ‘Boca Livre’ e das leis de incentivo
A
Operação Boca Livre, desencadeada pela Polícia Federal para investigar supostos desvios nas verbas obtidas por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), refletiu em Itapira. Uma empresa farmacêutica da cidade – Cristália – teve seu nome envolvido em possíveis irregularidades que teriam sido cometidas por uma empresa contratada para gerenciar e executar seus projetos, a Bellini Cultural, cujos proprietários foram presos. Os casos relacionados ao suposto esquema seguem sob investigação e ainda podem dar muito pano para a manga. O fato é que acontecimentos assim acabam por reforçar o preconceito já existente contra as leis de incentivo, seja na esfera cultural ou em outras áreas, como a esportiva, por exem-
plo. A corrupção institucionalizada no país provoca uma desconfiança generalizada e prejudica quem trabalha sério e de forma honesta. Obviamente, a operação é válida, necessária e que venham outras. O que fica a lamentar é que o mecanismo de incentivo, que financia inúmeros projetos magníficos e que, sim, transformam realidades, é jogado na vala comum por uma parcela da sociedade que acredita que se trata apenas de mais uma forma de corrupção. Pior: além de uma parte da população, casos assim também faz com que empresas se fechem cada vez mais para esse tipo de parceria, evitando apoiar e patrocinar projetos. Por isso, o conhecimento é importante, e o debate deve prevalecer para mostrar que a Lei Rouanet do Governo
Federal, assim como o ProAC (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo são ótimas ferramentas – e extremamente importantes - para fomentar e desenvolver a cultura. É importante, também, que as empresas optem por ao menos ouvir os produtores e agentes culturais de suas próprias cidades, dando-os a chance de apresentarem seus projetos sem intermediários. Isso pode demandar, por exemplo, a existência de um setor específico dentro da organização para receber e acompanhar os assuntos, mas certamente poderá ser uma receita bem mais sadia e transparente de investimento social com o devido reconhecimento e retorno – e o melhor, sem viaturas na porta e uma imensa mancha negra a ser exibida pela mídia. A coluna ‘Outra História Por Favor’ é publicada no Megaphone Cultural pelo Clube do Livro ‘Outra Xícara Por Favor’ com periodicidade mensal. Contato outraxicaraporfavor@hotmail.com
O Homem Invisível
O
por Marina Risther Razzo
ar que entrava e saía de seus pulmões deixava-o inebriado. Seu cérebro já quase não respondia aos seus comandos, e suas mãos já estavam adormecidas. Não havia o que fazer. Cobertores, ainda que velhos e esburacados, foram-lhe entregues, mas os ventos gelados da rua eram implacáveis. Não havia como se esconder por completo. Ainda assim, era o silêncio, e não o frio, o que mais lhe machucava. Até os sons dos carros que passavam, quando raramente passavam, tornaram-se música para seus ouvidos. Era estranho para ele viver na total solidão. Podia não ter com quem conversar, já que ninguém jamais lhe dava oportunidade de falar, como se ele não tivesse nada interessante para dizer, mas sempre tinha pessoas, animais e movimentos para observar e se distrair. Mas até isso, a possibilidade de observar pessoas, haviam lhe tirado. Ele nunca incomodou ninguém. Ficava sentado apenas olhando, e eventualmente saia para caminhar. Uma senhora lhe dava pães todos os dias, e assim ele nunca precisou pedir dinheiro. Não via problema nisso, mas se orgulhava de nunca abordar as pessoas pedindo nada. Ele sabia que elas se incomodavam com isso, e ele detestava ser um incômodo. E assim ele vivia seus dias, solitário, calado e atento. Os dias passavam devagar como uma leve brisa, e apesar de triste, para ele tudo estava indo bem. Adorava observar o humor de cada pessoa pela manhã. Alguns olhavam para o chão, outros para os céus, e a maioria para as telas de seus smartphones. Tinham aqueles que diziam “bom dia” para outros que passavam, e alguns que não só nada diziam como também ignoravam a gentileza dos demais. Havia os cachorros, sempre tão simpáticos e receptivos, com quem fazia amizade em um instante. Alguns lhe faziam companhia por meses ou até mesmo anos, outros iam e viam como as pessoas das ruas. Muitos de seus amigos de quatro
patas ganhavam atenção da população. Ganhavam carinho, comidas, equipe de resgate, fotos para as redes sociais. Dele, no entanto, ninguém tirava foto. Carinho então era algo com quem ele nem sonhava, já que tinha consciência do quão sujo e asqueroso devia aparentar. Comida, só ganhava daquela simpática velhinha que lhe trazia pão. Mas ele não se importava muito. Gostava de ver os bichinhos ganhando cuidados e atenção. Não era egoísta, e mesmo os animais não mereciam passar por tudo que ele passava. Um de seus passatempos favoritos era contar os carros na rua. Separava por marca e cor, exercício que utilizava para manter uma boa memória. Estava envelhecendo e tinha uma vaga lembrança de como sua mãe morreu com aquela horrível doença que faz você ir aos poucos esquecendo de tudo. Apesar disso ter acontecido em tempos remotos dos quais tão pouco se lembrava, ainda tinha nítido dentro de si o pânico que sentiu na época ao perceber que a única pessoa que amava no mundo havia esquecido quem ele era. Eventualmente encontrava algum livro jogado no lixo da rua. Nunca conseguia entender por que alguém joga um livro fora, já que o valor de um livro, por mais velho que seja, não se perde jamais. Às vezes encontrava uns livros estranhos, como aquele tal do ‘Cinquenta Tons de Cinza’. Não gostou da história e pensou que se tivesse uma filha, jamais a deixaria ler algo daquele gênero. Como as moças poderiam achar que aquilo era amor? No entanto, já encontrou no lixo obras preciosas, como aquela linda história do corcunda que se apaixona pela cigana. Ficava imaginando Paris, a bela e suntuosa Catedral de Notre Dame, e assim sentia como se estivesse um pouquinho lá também. Os livros o faziam viajar. Percebia, quando estava lendo, que as pessoas o olhavam esquisito. Para ele, um mundo onde um homem lendo era algo que causava estranheza, era um mundo muito triste. Um dia policiais chegaram dizendo que ele teria que se retirar dali. Não entendeu. Viveu ali durante anos e nunca importunou e nem foi importunado
por ninguém. Mas os policiais insistiam que ali não era lugar para um morador de rua, que o bairro era nobre e que as pessoas se sentiam incomodadas com a presença dele. Tentou em vão argumentar com o policial, mas este sequer deixou-o falar. Como sempre, as pessoas achavam que ele nada tinha para dizer que importasse. O policial apenas disse - “Vá para um lugar onde o senhor não incomode ninguém, fora da vista das pessoas”. Então esse era o problema: ser visto. Era sua mera existência, ainda que silenciosa e pacata, que incomodava as pessoas. Deveria então viver como um homem invisível, mas lembrou que já se sentia invisível há muito tempo. As pessoas o viam, mas não o enxergavam. - Eu pensava que ser visto, mas ser ignorado, era a mesma coisa que não ser visto de forma alguma - disse para o policial, e então se afastou. Agora era inverno, e o local onde ficava era pacato como deveria ser. Não seria visto e não incomodaria ninguém. Mas estava triste. O único barulho que ouvia era o de sua própria respiração, que agora estava lenta e pesada por causa do frio. Às vezes passavam carros, mas não tinha mais graça contá-los, já que eram tão poucos que até a pior das memórias seria capaz de memorizá-los. Vasculhava em busca de livros, mas até aquele momento quase nunca encontrou. Foi até a biblioteca municipal um dia, mas como não possuía comprovante de endereço, não poderia pegar livros emprestados. Eventualmente aparecia algum cachorro, e ali, naquele bairro sem movimento, até eles eram invisíveis. Comida era coisa rara. Sentia falta do pão e do olhar de bondade da velhinha. Percebeu que nunca havia perguntado o nome dela, e chorou. Já não tinha mais medo daquela doença que matou sua mãe. Às vezes ele achava que seria melhor mesmo esquecer tudo. Já não tinha muita coisa para se apegar, e o pouco que lhe dava ânimo de viver havia sido tirado. Já que a sociedade esqueceu dele, qual o problema dele esquecer a si mesmo? Já que era um homem invisível, que se tornasse então em um homem sem memória.
Marina Risther Razzo, 26 anos, é advogada e uma das fundadoras do Clube do Livro ‘Outra Xícara por Favor’.
Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira
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O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:
MOGI MIRIM
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro / Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro / Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz / Fatec ‘Ogari de Castro Pacheco’ Rua Tereza Lera Paoletti, 570, Jardim Bela Vista / Banca Antonelli Rua Soldado Constitucionalista, 54 - Jardim Soares
Bancas do Sardinha | Rua Pedro Botesi - Tucura / School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro / Fatec ‘Arthur de Azevedo’ Rua Ariovaldo Silveira Franco, 567, Jardim 31 de Março / Banca São João | Praça São José - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde / Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro / Banca da Capela |Praça da Capela - Capela
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Stranhos Azuis volta a ser destaque no ViraNoite
Agenda dos melhores eventos de 07/07 a 27/08
PROGRAME-SE
AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)
O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114
Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu 15/07 - Dead 27 (Tributo a Janis Joplin + Cargo Mega Jumbo) 16/07 - Arraiá do Pub – Ralé (Tributo ao Charlie Brown Jr) 09/07 - Super Over 23/07 - Ground Bones & Dots 30/07 - Legião Urbana São Paulo 29/07 - Live Guns (Guns Roses Cover) Restaurante Pizzaria Bar Balada & Eventos
AVENIDA JACAREÍ, 64 – ITAPIRA
! O T A M O N A T S E F R E T VAI
k c o R ta s e F u a u L e it o N Vira a ir p a It m e 3 2 ia d o ã iç d e a v o n tem
A
terceira edição do ViraNoite Luau Festa Rock foi confirmada para o próximo dia 23 em Itapira. O evento, que já se tornou tradicional e esperado, acontece no Espaço Natureza, em total clima de descontração. Com atividades a partir das 18h30, o evento volta a reunir diversas atrações entre shows musicais e intervenções artísticas. A banda Stranhos Azuis, que já marcou presença nas duas primeiras edições, novamente volta ao palco atendendo aos pedidos do público. No evento, o grupo se apresenta com seu elogiado tributo ao Led Zeppelin e
Black Sabbath. O cronograma de shows ainda conta com as bandas Fever (Aerosmith Cover), Rebels &Sinners, Setenta & Tal, Militia, Igual Blues Band, Broove, Sons Of Seattle, Uvalua e Santusa. As atividades também voltam a envolver os malabarismos do artista circense Felipe Morgado e a Batalha de Conhecimento Rima & Rap. Além disso, para manter a receita de sucesso das edições anteriores, a praça de alimentação do ViraNoite volta a reunir vinho-quente, quentão, chocolate-quente e pipoca. As famosas balinhas de cachaça para as primeiras 300 pessoas (maiores de idade, com a devida
O clima de festa junina vai se misturar com a pegada roqueira d’O Profeta Pub Rock, em Mogi Guaçu. O Arraiá do Pub está marcado para o próximo dia 16, com atividades a partir das 22h00. O evento não tem quadrilha, mas ainda garante a sonzeira pra não deixar ninguém parado com a banda Ralé, que apresenta tributo ao Charlie Brown Jr. A gastronomia típica, contudo, não vai falar: o público terá à sua disposição doces, quentão e cachorro quente, cuja distribuição é gratuita até 1h00 da matina. Além dis-
so, o Arraiá do Pub também vai sortear uma tatuagem para a pessoa que estiver com o melhor traje caipira da noite. Os convites antecipados custam R$ 15,00 e estão à venda na Choperia Tradição, à Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31. Na portaria, o preço da entrada sobe para R$ 20,00. O evento tem o apoio do Studio 77 Tattoo & Piercing (Jef Seven). Mais detalhes na página oficial do evento no Facebook (www.bit.ly/ArraiaPub). O Profeta Pub Rock fica na Rua João da Rocha Franco, 39, no Centro.
comprovação), também estão garantidas. A área de camping ficará disponível a partir das 18h30, até a manhã do dia seguinte, para quem prefere descansar no próprio local. Os ingressos antecipados já estão à venda com investimento a R$ 25,00 (primeiro lote, até dia 13). A partir disso, o preço sobe para R$ 30,00. Na portaria, o valor poderá sofrer alterações. As vendas em Itapira acontecem na Costa Maneira e n’O Chopinho. Em Mogi Mirim, os ingressos estão disponíveis na School Store e, em Mogi Guaçu, na Disco Tem. Em Amparo e Pedreira, os convites po-
dem ser adquiridos com Bruno Rocha, pelo telefone (19) 9.9659-9332. Em Jacutinga (MG), com Efrain Tavares, cujo contato é feito pelo (35) 9.8808-5267. Em Espírito Santo do Pinhal, os ingressos são vendidos por Ricardo Manca, pelo número (19) 9.9342-2759. A organização é da Festa Rock em parceria com a Agência Kinkan. O evento tem o apoio cultural do Megaphone. O Espaço Natureza fica às margens da Rodovia SPI-177/342 (antiga vicinal entre Itapira e Mogi Guaçu). Outras informações pela página oficial do evento no Facebook (www.bit.ly/ ViraNoiteItapira). Divulgação
Arraiá do Pub une rock e festa junina em Mogi Guaçu
Ralé: banda toca Charlie Brown Jr em evento temático n’O Profeta
08/07 - Banda Monallizza (Tributo a Tim Maia) 22/07 - Let It Beatles & Duo Rock 20/08 - The Mittus (Tributo a Legião Urbana) 27/08 - More Over
CHOPERIA TRADIÇÃO facebook: Choperia-Tradição
Avenida Luiz Gonzaga de Amordo Campos, 31 Jardim Casagrande - Mogi Guaçu 07/07 - Marcelo Espanhol 08/07 - A Bella e Os Feras 09/07- Maycon Carvalho 13/07 - Rock Village & Bella e Os Feras 14/07 - Júnior Rodrigues 15/07 - Rox Acústico 16/07 - Frequência Acústica 17/07 - Linha de Base
O CHOPINHO Telefone: (19) 3843-7230 Rua Dr. Norberto da Fonseca, 240 - Nova Itapira https://www.facebook.com/ochopinho 08/07 - Wellington Clemente 09/07 - Marco Aurélio 15/07 - Ed Campos 16/07 - Flávia DeSena 22/07 - Everton Coraça 23/07 - Marcão Andrade 29/07 - Rafael Zanella 30/07 - Gustavo Nunes
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O
s amantes da literatura já podem se programar para a quarta edição da Feira de Troca de Livros Beneficente em Itapira. O evento organizado de forma independente está confirmado para o dia 17 de julho, no salão social da Igreja Matriz de Santo Antônio. As atividades acontecem entre 14h00 e 17h00 e o sistema de trocas será o mesmo adotado nas edições anteriores e que atraíram grande público. Para efetuar uma troca, os interessados deverão fazer a doação de um produto de higiene pessoal. A arrecadação terá como destino três instituições assistenciais: a Casa do Pão e Casa da Criança ‘Celencina Caldas Sarkis’, em Itapira, e o NESSA (Núcleo de Ensino e Socialização do Autista), em Mogi Guaçu. Serão aceitos para trocas somente livros de literatura – como ficção, romance, drama, policial, terror, aventura e suspense, por exemplo. Obras com conteúdos religiosos, de autoajuda, técnicos, didáticos e com selos de instituições de ensino não serão aceitos. Já livros de coleções lançadas por órgãos como Estadão de Folha de S. Paulo são bem vindas. Os participantes deverão passar pelo caixa, onde será feita a entrega dos livros e dos produtos de higiene. Com isso, será entregue o cupom que dará direito à troca por qualquer dos livros disponíveis na feira. De acordo com o Clube do Livro ‘Outra Xícara Por Favor’, responsável pela organização, o evento também terá uma seção de obras variadas e que não serão trocados por outros livros, apenas por produtos de higiene. Nesta seção haverá livros infantis, enciclopédias e de institui-
Leo Santos/Megaphone/Arquivo
o i r á r e t i L o b Escam
Feira em Itapira troca livros por produtos de higiene Evento que fomenta trocas de livros chega à quarta edição
ções de ensino, por exemplo. “Além da feira, em si, teremos algumas atrações adicionais, com a presença de três autoras que apresentarão seu trabalho e darão autógrafos no evento”, comenta uma das fundadoras do Clube do Livro e organizadora do evento, Nádia Fressatto de Godoy. De acordo com ela, as escritoras confirmadas são Camila Pelegrini, Mara Deméter e Walquiria Francato Endlich. “Ainda estamos fechando algumas parcerias, então pode ser que existam mais novidades”, acrescenta.
Durante o evento, o Empório das Tortas também comercializará café, salgados e pães de queijo. A expectativa de público gira em torno de 400 pessoas – mesma média verificada no ano passado. “Uma coisa interessante que percebemos é que acabamos por criar uma ‘clientela’, ou seja, pessoas que são fiéis à nossa feira e que nos visitam todos os anos e já ficam aguardando a próxima edição. Achamos isso muito legal”, enfatiza a também fundadora do Clube e organizadora, Paula Montanari. O Empório das Tortas
também estará comercializando café, salgados e pães de queijo, e o evento deverá também envolver brincadeiras para tornar as atividades mais dinâmicas e gerar maior interação entre os participantes. De acordo com outra organizadora, Marina Risther Razzo, também fundadora do Clube do Livro, para a edição deste ano foram criadas algumas regras para organizar ainda mais a movimentação do público e as trocas. O evento contará com fiscais para auxiliar os participantes em casos de dúvidas e
também para coibir possíveis condutas inadequadas. “Desenvolvemos algumas regras básicas sobre o funcionamento da feira, sobre os ideais que fundamentam o evento e sobre o comportamento esperado dos participantes. Essas regras estão sendo divulgadas na página do evento no Facebook e, no dia da feira, ficarão expostas para que todos possam consultá-las. Também entregaremos aos participantes um pequeno resumo delas para que todos possam ter ciência. Não se tratam de regras restritivas,
Festival de Rock de Socorro recebe inscrições
O Festival de Rock de Socorro tem sua quarta edição no próximo dia 22. O evento acontece na Praça da Matriz, na região central da cidade, e integra a programação do Festival de Inverno. As inscrições de bandas interessadas na disputa seguem até o dia 15. O regulamento e a ficha de adesão estão no site www. festivalderock.com.br. A participação é gratuita. No evento, as bandas concorrentes deverão apresentar suas músicas autorais que
serão avaliadas por uma comissão julgadora. Serão concedidos pontos com base em critérios como com letra, melodia, interpretação, arranjo e presença de palco. Os prêmios para os três primeiros grupos colocados são R$ 1 mil, R$ 700,00 e R$ 300,00, respectivamente. As bandas NoiZZy, Muqueta na Oreia e Cidade Fantasma foram as campeãs das três primeiras edições. Os músicos Andre Jung – ex-baterista do Ira! e Titãs, e Michelle Abu – percussionista que
já se apresentou com Ira!, Arnaldo Antunes, Lobão, Mercenárias, entre outros – foram jurados das edições 2014 e 2015 e fizeram os shows de encerramento. Neste ano, entre os jurados estará o músico Kim Kehl, que também se apresentará no final do evento. O Festival Rock é promovido pela Secretaria Municipal de Cultura em parceria com a ONG Rede Aprendiz e apoio do Coletivo Rock Ativo e do COMUC (Conselho Municipal de Cultura).
mas sim de diretrizes para que possamos promover um evento cultural de qualidade, com educação, boa vontade e respeito ao próximo”, ressalta. A organização do evento lembra ainda que são aceitas doações de livros para compor o acervo da feira. Para isso, o contato pode ser feito pelo e-mail outraxicaraporfavor@hotmail.com ou pela página do evento Facebook (www.bitly.com/ feiradolivro2016). O salão da Igreja Santo Antônio fica na Rua Manoel pereira, 703, no Centro. Divulgação
Banda Cidade Fantasma foi a vencedora no ano passado
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Silveira Júnior/O Impacto/Reprodução
Membros da Lyra Mogimiriana ao lado do fragmento do Muro
Em Moji Mirim, Festival de Inverno tem até fragmento do Muro de Berlim
U
ma peça de concreto de pouco mais de três toneladas, medindo 3,60 metros de altura por 1,50 metro de largura, é uma das atrações da 5ª edição do FESTIMM (Festival de Inverno de Moji Mirim), entre os dias 6 e 9 de julho. Trata-se de um fragmento do Muro de Berlim, que agora pertence à Lyra Mojimiriana e que permanecerá exposto durante todo o evento, que é promovido pela
instituição. As atividades estão concentradas no Centro Cultural ‘Professor Lauro Monteiro de Carvalho e Silva’, no Centro. Em março do ano passado, a Lyra recebeu a confirmação de que seria contemplada com um pedaço do Muro de Berlim, barreira que dividia os lados comunista e capitalista da Alemanha e que foi derrubada em 1989, depois de 28 anos de existência. O fragmento é um patrimônio do governo alemão e foi doado
para a entidade musical através do projeto Blue Hearts, do qual a Lyra faz parte, assim como instituições de outros países. São 25 peças que foram cedidas para os parceiros do projeto e Moji Mirim, por meio da Lyra, é a única cidade da América do Sul que será contemplada com a peça histórica. No Centro Cultural, os visitantes poderão conhecer e fotografar a peça, acompanhando ainda explicações de alemães presentes no
evento sobre as experiências relacionadas ao Muro de Berlim. Depois, existe a possibilidade de que a peça seja exposta em outras cidades da região. A quarta edição do FESTIMM começou na última quarta-feira (6), com a Orquestra Sinfônica Lyra Mojimiriana. Neste ano, o destaque da programação fica por conta da dupla alemã Felice e Cortes Young, que toca nesta quinta-feira (7). Os ingressos para os três primeiros
dias custam R$ 20,00 (R$ 15 antecipados). No sábado (9), o valor é de R$ 45,00 para o show especial de encerramento. O
Programação Completa Festival Itapira
Em Serra Negra, as atividades do Festival de Inverno começaram no último dia 1º, envolvendo atrações musicais a um Festival de Food Truck na Praça Sesquicentenário. Em seguida, foram iniciadas também as atividades na Praça João Zelante, principal palco do evento. A programação segue neste fim de semana, com Encontro de Fuscas no Centro de Convenções da cidade, entre os dias 9 e 10. Nos mesmos
dias, a Praça João Zelante será ocupada por apresentações de danças protagonizadas por alunos das escolas municipais dentro do Festival Cultural Julino. O tradicional ciclo de shows do evento será retomado a partir do dia 15 e vai até o fim de julho. A programação, que pode ser consultada integralmente no site do Megaphone Cultural (www.PortalMegaphone.com.br), reúne bandas e artistas dos mais diversos
Alegando a necessidade de “conter gastos” a Prefeitura Municipal e Águas de Lindóia cancelou a edição 2016 do Festival de Inverno da cidade. O evento, que acontece tradicionalmente em julho, foi suspenso com base em um decreto baixado pelo prefeito Antônio Nogueira (DEM). O documento assinado no final de junho estabelece medidas
para contenção de despesas de incremento à receita, com o objetivo de “equilibrar as contas públicas no exercício de 2016”. O cancelamento do Festival de Inverno dividiu opiniões, especialmente nas redes sociais, com posições contrárias e favoráveis à decisão. “Em razão da necessidade de conter gastos para equilibrar as contas públicas no exer-
Em Itapira, Festival tem Supla como destaque Divulgação
Supla canta no sábado O cantor Supla será a principal atração do Festival de Inverno de Itapira, que acontece entre os dias 14 e 19 de julho na antiga Estação da Fepasa, no Centro. A programação do evento reúne ainda mais de uma dezena de bandas, entre outras atividades, como um Festival de Food Truck. A abertura acontece na quinta-feira (14), com Noite da Dança que envolverá vários grupos. No dia seguinte, a Banda Lira Itapirense volta
a reunir convidados: as cantoras Carol Marques e Cristal de Carvalho e o guitarrista Renato Albannez, para um concerto especial. O show de Supla acontece na noite de sábado (16). Bandas de rock como Love Gun (Kiss Cover), Céu em Chamas e 70 & Tal também integram a programação que será distribuída em dois palcos. Os grupos artísticos Zualê e Cia de Theatro ‘Paulino Santiago’ também participam das atividades.
Informação com qualidade e imparcialidade
Quinta-feira, dia 14 19h30 – Noite da Dança (Grupo de Dança Prefeitura Municipal de Itapira, Grupo de GR Prefeitura Municipal de Itapira – CEU, Grupo de GA Prefeitura Municipal de Itapira – CEU, Cia. Paulino Santiago, Lar São José, Grupo Zualê, Estúdio de Dança K Dance e do Estúdio Art & Movimento). Food Truck & Bike Sexta-feira, dia 15 19h30 – Banda Lira & Convidados Food Truck & Bike Sábado, dia 16 11h00 – Food Truck & Bike 14h00 – Céu em Chamas 15h00 – New Heaven 16h00 – Sons of Seatle 17h00 – Os Cabrones 18h00 – 70 & Tal 19h00 – Renato Albannez Rock Trio 20h00 - Kiss Cover 21h00 - Anonimato 22h00 – Toro Rock Band 23h00 – Supla Domingo (17) 11h00 – Food Truck & Bike Projeto Raízes do Samba 16h00- Meno Del Picchia 17h00 – Jack James 18h00 – Bitenka e Banda Sky
pacote para todos os dias custa R$ 60,00. (com informações de Paulo Renato Lilli, de O Impacto)
Destaques da Programação
Quinta-feira, dia 7 - Felice & Cortes Young (Berlim) e apresentação de Jazz e Bossa Nova Sexta-feira, dia 8 - Tatiana Rocha, com abertura do Coral Clássico Lyra e Grupo de Seresta; e apresentação do Grupo da Estação. Sábado, dia 9 - Rock n’ Concert com Orquestra Sinfônica Lyra Mojimiriana, Banda Zenith, Felice & Cortes Young e Coral Infantil sob a regência do maestro Carlos Lima e ‘canja’ com professores da Lyra, músicos da Orquestra e outros artistas.
Serra Negra tem programação diversificada até o fim do mês
Em Águas de Lindóia, evento é cancelado
estilos: Me Gusta (Pop Rock), Devonts (Folk), Lira Itinerante (Instrumental), Velha Arte do Samba (Samba Raiz), Demozi Trio (Blues/Jazz), Estado Etílico (Rock), Rafael Martins Trio (Bossa Nova/Jazz) e Villa Bagage (Sertanejo Universitário) são algumas das atrações englobadas na programação diversificada. O cronograma também reúne atividades teatrais. Todos os eventos são gratuitos e abertos ao público.
cício de 2016, as atividades que estavam previstas para o Festival de Inverno, realizada anualmente no mês de julho, foram suspensas”, destacou nota emitida administração da cidade. Entre diversas diretrizes, o decreto suspendeu, por tempo indeterminado, a realização de eventos que gerem despesas ao poder público municipal, com exceção daqueles de caráter obrigatório, além de interromper a contribuição de qualquer tipo para a realização de outros eventos promovidos por instituições não governamentais.
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Capitão Black abriga tributo a Tim Maia O empolgante e elogiado show em tributo a Tim Maia protagonizado pela Banda Monallizza desembarca pela primeira em vez em Itapira. O evento está confirmado para esta sexta-feira, dia 8 de julho, no Capitão Black. A sonoridade contagiante do grupo ocupa o palco do pub da casa, que reabriu recentemente após uma ampla reforma que deu nova cara ao espaço, com ainda mais conforto ao público.
O evento começa às 21h00 e os ingressos do primeiro lote custam R$ 30,00. Na área VIP, o preço é de R$ 50,00. Na portaria, o preço pode sofrer alterações. Considerada uma das melhores bandas em homenagem ao pai da Soul Music brasileira, a Banda Monallizza se destaca pelo carisma, bom humor e pela interação que faz com que os espectadores participem ativamente do show. O grupo é formado por Big
Divulgação
Tiago (voz) Bene Fugagnoli (baixo), Rafinha (guitarra), Adriano Carneiro (bateria), Mestre Carioca (percussão), Sr. Paulo (sax alto) e Norival (sax tenor). Informações e reservas pelo telefone (19) 3863-7272. O Capitão Black fica na Avenida Jacareí, 64, na Santa Fé. O acesso ao pub é pela Rua Papa Pio XII, que fica na lateral da casa. Detalhes também na página oficial do evento (www.bit.ly/ TimMaianoCapitao).
Cargo Mega Jumbo lança vídeo da música I’m Not Going Down
Banda divulgou clipe na internet
A banda Cargo Mega Jumbo (Indie Rock) divulgou recentemente o vídeo com a execução da música ‘I’m Not Going Down’, que integrará o disco autoral ‘Killjoy’, em fase final de produção. A banda com mais de dois anos de estrada contra com Eric Ferreira (voz/ guitarra), Thiago Xavier (guitarra), Raul Boni (baixo/voz) e Gabriel Tagliaferro (bateria). O primeiro disco autoral do grupo está sendo gravado em um estúdio de Amparo (SP). Com viés conceitual, o álbum reunirá 12 faixas que revelam um pouco da personalidade da banda. “É uma obra conceitual em que as faixas discorrem sobre a história de uma jovem de personalidade forte que está se descobrindo como indivíduo e passa, assim como a maioria das pessoas, por problemas de identidade”, diz o vocalista. O vídeo pode ser assistido no Portal Megaphone, por meio do link www.bit. ly/CargoMegaJumbo, onde também estão disponíveis as informações do disco.
Monallizza toca pela primeira vez
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em Itapira
Coral Batucarte faz apresentações gratuitas no Buriti Shopping
Coral se apresenta em duas sessões O Coral Batucarte é atração gratuita no Buriti Shopping, em Mogi Guaçu, nesta sexta-feira (8). As duas apresentações acontecem na Praça de Alimentação do conglomerado comercial, às 18h00 e às 19h00. Cada uma delas tem duração de 20 minutos. O Batucarte é um projeto social
que oferece curso de musicalização e canto coral para 60 crianças e adolescentes com idade a partir de sete anos. As atividades também envolvem aulas de percussão corporal e outras dinâmicas em grupo. O repertório é variado, incluindo músicas folclóricas brasileiras e de outros países, popular e
erudito. Por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), as atividades são patrocinadas pela Ingredion do Brasil. Mais detalhes sobre o projeto pelo e-mail tsaeventos@tsaeventos.com.br. Informações sobre o Buriti no site www.buritishoppingmogiguacu.com.br.
www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 7 de julho de 2016 | Página 7
Tributo a Janis Joplin abre Projeto Dead 27
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rainha do Rock e Blues, Janis Joplin, será homenageada com tributo em Mogi Guaçu. O evento está confirmado para o próximo dia 15, sexta-feira, n’O Profeta Pub Rock. Na ocasião, a casa abre suas portas às 23h00 para a noitada que promete relembrar os maiores sucessos da cantora que em 1970 deixou uma legião de fãs órfãos de sua voz marcante e talento incomparável. O tributo a Janis, na verdade, representa a primeira edição do Projeto Dead 27, concebido pela Lag0 para
reverenciar a obra e a memória de artistas que morreram aos 27 anos. Além dela, músicos como Kurt Cobain (Nirvana), Jimi Hendrix, Jim Morrison (The Doors) e Amy Winehouse também morreram com a mesma idade. O Projeto Dead 27 também prevê eventos em homenagens a esses nomes, cujas datas ainda serão divulgadas. Na noite em homenagem à Janis Joplin, o palco será comandado pela banda Janis Joplin Tributo Brasil, que conta com Giovanna Bacci (voz), Felipe Poch (guitar-
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capelas e outros sítios que tiveram papel relevante nos desdobramentos do Movimento de 1932. Segundo a Prefeitura itapirense, o roteiro conta com sinalização para auxiliar as pessoas que tiverem curiosidade e interesse na história relacionada aos combates ocorridos entre Itapira e Jacutinga. O mapeamento da região foi feito com a participação do o Núcleo MMDC de Itapira e do Comtur (Conselho Municipal
de Turismo de Itapira). Cada ponto de interesse da rota está devidamente identificado com placas padronizadas contendo quilometragem e nomenclatura dos lugares visitados. O lançamento da Rota da Revolução será feito com eventos nas duas cidades. Em Itapira, durante a solenidade no Morro do Gravi, a partir das 8h00, em Jacutinga na Praça Delfim Moreira (antiga estação ferroviária), às 10h30.
Das misturas nasce a diversidade
por Giovana Covelli e Luane Melato
Atualmente em Itapira há grupos populares que promovem eventos culturais de fácil acesso para todos os tipos de público, incentivando a cultura popular brasileira com matrizes africanas na cidade de forma gratuita, divertida e independente. No dia 26 de junho ocorreu um maravilhoso encontro de dois desses grupos populares: os veteranos da Congada (grupo marcado pela tradicional participação na festa de São Benedito) e os principiantes do Maracatu (grupo recém-criado que, de forma independente, divulga a sua cultura na cidade). A Congada foi introduzida no folclore brasileiro por negros que foram forçados a servirem como escravizados, portanto, essa manifestação conhecida tem suas raízes cravadas na cultura africana. Originalmente, os negros organizavam cultos em homenagem aos deuses tradicionais do candomblé e umbanda. Porém, quando essas pessoas chegaram ao Brasil e foram obrigatoriamente convertidas ao catolicismo acabaram vendo seu culto original ser encarado como heresia, um grande pecado. A Congada Mineira de São Benedito tem o mesmo nome desde o início do grupo e toda a sua carga histórica é passada de geração em geração por seus integrantes, porém, a renovação está cada vez mais difícil. Mas, os congadeiros persistem com toda a alegria, sabedoria e experiência. Essas pessoas personalizam a cultura popular brasileira na nossa cidade. Já o Maracatu é uma manifestação da cultura popular brasileira, que também tem sua origem afrodescendente e surgiu na época da escravidão, mais precisamente onde hoje é o Estado de Pernambuco. Diz a história que o Maracatu surgiu como uma forma de homenagear a Coroação do Rei do Congo, prática
Série de eventos acontece em Mogi Guaçu
ra), Eduardo Mizuta (baixo), Alcimar Santos (bateria) e William Giovanini (Teclado). O evento também tem participação da banda Cargo Mega Jumbo (Indie Rock). Os ingressos antecipados estão no segundo lote, cujo investimento é de R$ 25,00 até dia 13. Na portaria, a entrada sobe para R$ 30,00. As vendas acontecem em Mogi Guaçu (Everyday Head Shop), Mogi Mirim (Rogatte Tattoo) e Itapira (Preserve Streetwear). Outros detalhes na página oficial do evento no Facebook (www.bit.ly/ Dead27Janis).
Parceria entre Itapira e Jacutinga cria ‘Rota da Revolução’
ma parceira entre as prefeituras de Itapira e de Jacutinga (MG) culminou na criação da Rota da Revolução, cujo lançamento acontece no próximo sábado, dia 9 de julho, data em memória ao Soldado Constitucionalista. O projeto desenvolvido pelas secretarias de Cultura das duas cidades abrange uma área de 65 quilômetros e engloba fazendas históricas, estações ferroviárias,
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existente na África. Em Itapira, o Maracatu é um movimento idealizado por um coletivo de ideologia de esquerda, que iniciou os trabalhos no começo deste ano com a ideia de trazer a cultura brasileira com raízes africanas para a cidade. Sendo realizado na praça principal, o movimento logo se tornou conhecido e cada vez mais pessoas foram se aproximando e dando visibilidade. É um movimento totalmente independente que tenta tornar os cidadãos mais participativos e solidários. O encontro desses dois grupos – a Congada e o Maracatu - foi realizado na Rua Minas Gerais, no Jardim Magali, local de ensaio da Congada e contou com aproximadamente 50 populares que participaram de forma ativa e pacífica da apresentação. Houve uma grande troca de experiência em que os dois grupos intercalaram suas apresentações de forma companheira e respeitosa, ensinando não só a parte cultural e musical, mas também a parte social dos indivíduos, em que os participantes foram bem receptivos e colaboraram com cada pessoa nova que quis participar do movimento. Um encontro popular especial e talentoso, marcado por muitas histórias e emoções, e com divertimento a todos os presentes. Enquanto não há data para o próximo encontro desses grupos, você pode conhecer cada um desses movimentos de forma individual e, quem sabe, se juntar a um deles e valorizar cada vez mais as nossas raízes africanas. O Maracatu acontece todo domingo, às 15h00, na Praça Bernardinho de Campos. Acompanhe o movimento pelo facebook (www.facebook. com/MaracatuItapira). A Congada Mineira acontece quinzenalmente, aos domingos, também às 15h00, na Rua Minas Gerais, 94. Os ensaios são abertos ao público em geral.
Giovana Covelli, 18, é cuidadora de animais e membro do Maracatu Itapira. Luane Melato, 17, é estudante e membro do Maracatu Itapira.
Reflexão da grande oportunidade das cidades pequenas – Parte 2 por Ricardo Pecego
O terceiro setor que abriga as organizações da sociedade civil tem cada vez uma maior influência dentro do cenário social nas cidades. Estas organizações são formadas com intuito de prover algo que, por estagnação ou falta de vontade política, os governos municipais não conseguem. Podem gerir desde a relação com animais abandonados à fiscalização da conduta moral e funcional dos candidatos e eleitos a cargos públicos. Sem demagogia, o terceiro setor ainda carece de muito recurso financeiro, precisa de ampla organização da parte dos dirigentes das associações, além de pessoas com conhecimento amplo de legislação. Para aqueles não são integrantes do terceiro setor (a grande maioria das pessoas), devemos desmistificar algumas informações: terceiro setor não é assistencial, não existem apenas para caridade, trabalhos com crianças, idosos, ou voluntariado. No terceiro setor estão inseridas algumas iniciativas que servem como um complemento do serviço público, ou uma forma inovadora de se prestar serviços, num formato diferente do velho sistema patrão/empregado. Nós que estamos no terceiro setor buscamos soluções através do trabalho para as grandes mazelas sociais, que insistentemente há tempos se busca solução na economia. Esse é o grande problema, no meu ponto de vista. Quando nós acreditamos que, liquidando os problemas econômicos, os demais problemas também são solucionados, não estamos pensando no cenário por completo. Se todas as pessoas têm dinheiro, logo elas podem comprar aquilo que precisam, e dentro das conformidades nas quais vivemos hoje, também poderão comprar supérfluos. Colocando isso numa dimensão global, não teremos recursos suficientes para suprir a demanda mundial. Duas coisas podem acontecer em virtude da lei de oferta e procura: os itens podem se esgotar ou o preço deles pode aumentar em tal proporção que não sejam mais acessíveis. Limitando o mercado novamente a um grupo que tenha muito mais dinheiro que a média. Nos tempos atuais podemos enxergar, por exemplo, a população chinesa (maior do mundo), onde isso fica muito evidente. Apesar do amplo crescimento econômico, apenas um pequeno número de chineses tem poder aquisitivo representativo, porque não se pode dar grana na mão de tanta gente, seria o colapso. Percebe que a solução não é ter dinheiro, o caminho para solução dos problemas sociais seria a implantação de um novo desejo. Não o desejo de posse e acúmulo de bens, mas uma sociedade que busca, assim como qualquer ser vivo, vencer os obstáculos do meio ambiente, no nosso caso incluindo nesse mote a capacidade de transformar o meio em que vivemos com uso de técnicas e tecnologia que propiciam, por exemplo, hortas no deserto. No terceiro setor, o trabalho coletivo e a implantação de modelos sustentáveis de atuação nos mais diversos segmentos são hoje os primeiro passos para a sociedade onde poderemos usufruir uns dos outros em troca de nossos talentos, daquilo que produzimos, seja tangível ou intangível. Percebe-se que quando abrimos o leque de valor ao que também é intangível nós fazemos um upgrade em praticamente
todas as pessoas existentes, que além de impressões digitais únicas, tem formas de pensar, agir e aptidões igualmente particulares. Você passa a ter valor, o que em qualquer grupo social animal é corriqueiro. O mais importante em todo esse modelo que apresento aqui é que mesmo você trabalhando e atuando no segundo, ou primeiro setor, pode se dedicar ao trabalho voluntário, por exemplo, dentro de uma associação que esteja atuante em sua cidade. Pode fazer com que seu valor intangível seja percebido, e melhor, fazer a diferença na rotina dos grupos que já estão engajados em ações pertinentes no seu entorno. O que estou propondo não é apenas aquele serviço voluntário mecânico do tipo que fuja das suas habilidades naturais, esses são importantes também, mas usar das habilidades que você usa para prover seu sustento em prol destas ações teria um impacto muito mais significativo. Na primeira parte deste texto (publicada na edição anterior, número 53, do Megaphone Cultural) eu demonstrei as realidades de uma metrópole, uma grande cidade do interior e uma microrregião, separadas por 170 quilômetros de distância. No título deste texto eu ressalto que o trunfo para uma transformação social ampla pode acontecer nas cidades pequenas, pois ali as pessoas estão mais próximas, elas se conhecem, sabem suas origens e a história de seus parentes, além disso, o poder público é muito mais acessível, então o impacto da atuação de uma associação séria é sentido no nosso dia-a-dia. Quem não percebe as melhorias é por que não está interessado no bem estar coletivo, porque não usa a cidade como sua, vive dentro do seio do seu lar, sai para jantar fora, ou para entretenimento, se enche de cerveja nos churrascos de fim de semana, e leva a vida nesse ciclo que por mais que seja prazeroso, não é nem de longe útil. Num momento qualquer essas pessoas são pegas pelas mazelas sociais: acidente de carro com motorista embriagado, criminalidade, brigas, tarifações do governo, movimentos econômicos, que de alguma forma vão exigir mais destes para a manutenção dessa zona de conforto. Elas ficarão com menos tempo, mais trabalho e mais doentes, pagando planos de saúde pela vida toda esperando pelo inevitável – usá-los. Essas pessoas também vão procurar um culpado, alguém que possam apontar e responsabilizar por situações das quais elas próprias poderiam trabalhar para amenizar do contexto social geral. A primeira ferramenta de atuação em prol da melhoria social é o voto, na escolha de cada indivíduo a chance de eleger pessoas engajadas e responsáveis que atuarão em prol de todos. Não escolha pelo slogan, se aproxime dos candidatos, demonstre seu ponto de vista. Quando estiverem cumprindo mandatos, mantenha a proximidade, pergunte o que estão fazendo, e assim teremos possibilidades de deixar o setor público produtivo suficiente para atuação da sociedade civil, das associações e da sua própria. Numa metrópole como São Paulo isso é complexo, pois ali você é apenas um número; em Campinas continua sendo, mas na Baixa Mogiana temos a faca e o queijo na mão. Bora degustar?
Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.
om o objetivo d e d iv u l g a r e apoiar o trabalho de bandas autorais dos gêneros Folk/Viking/Epic e Pagan Metal, o Valhala Metal Fest tem sua terceira edição confirmada para sábado (9) em Itapira. Assim como nas duas oportunidades anteriores, as atividades ocupam as dependências do Vip Eventos, com início às 20h00. O ciclo de shows reúne as bandas Lothlöryen (Poços de Caldas/SP), Sigfadhir (São Paulo/SP), Fafnir (Salto/ SP) e Eldhrimnir (Santa Isabel/SP), e o público terá à disposição diversos tipos de Hidromel – a famosa ‘bebida dos vikings’. O evento tem conceito temático, mas o traje a rigor não é obrigatório. De acordo com a organização, os dois ambientes da casa abrigarão as atividades: os shows acontecerão no palco do salão, enquanto que, nos intervalos das bandas, um telão no quiosque exibirá performances de outras bandas. O evento também contará com estande de produtos medievais. Os ingressos antecipados custam R$ 25,00 e estão à venda em Itapira (Loja Zone Rock) e em Amparo (Loja Groove). Para demais localidades, há a opção de inclusão em nome na lista, procedimento que deve ser feito pelo email lojadometal@gmail.com ou pelo celular/WhatsApp (19) 99715-7646. Na portaria, a entrada sobe para R$ 35,00. Valhala Metal Fest tem o apoio cultural do Megaphone, além do Rock on Stage, Simple Rock And Roll, Coletivo La Migra, Mad & Mad In Rock e da Loja do Metal. Outros detalhes na página oficial do evento no Facebook (www.bit.ly/ ValhalaMetalFest).
Edição Quinzenal | 7 de julho de 2016 | Página 8
Bruno Nascimento/Divulgação
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anorama
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Lothlöryen é destaque do evento
a v o n m e m a c o t s a Quatro band t s e F l a t e M a l a h l a edição da V CONHEÇA AS ATRAÇÕES Lothlöryen (foto acima) - Formada em Poços de Caldas/MG em 2002 e com cinco álbuns de estúdio lançados, o Lothlöryen é hoje uma das bandas mais tradicionais da cena Folk brasileira. Apesar de inseridos dentro desse contexto, a música do sexteto mineiro transcende qualquer rotulação específica, na atualidade. O último álbum, ‘Principles of a Past Tomorrow’ , aclamado pela imprensa nacional e internacional, destila momentos de puro Folk Metal, porém, mesclados a elementos de Prog e Power Metal envoltos em uma roupagem moderna e diferenciada. No Valhala Metal Fest, a Lothlöryen fará um show com duas horas de duração. Sigfadhir - A princípio sob o nome Drunkagård, o Sigfadhir surgiu em São Paulo/SP em 2008, quando André Frekihugr e Felipe Malavazzi criaram um projeto para tocar sons sobre bebedeiras, trolls e brigas de taberna. Com o passar do tempo a temática da banda foi mudando, tendendo cada vez mais para letras e sons que tratavam de batalhas, da vida e crenças dos povos vikings. E assim surgiu o Sigfadhir. O nome, que significa Pai da Vitória, é uma homenagem à Odin, o deus da sabedoria, da guerra e da morte na mitologia nórdica. A ideia é trazer aos ouvidos dos
apreciadores canções com o peso e a força do metal aliados a melodias heróicas e tribais, com elementos de influência tradicional e letras sobre deuses e povos pagãos do antigo mundo. Fafnir - Oriunda de Salto/SP, a banda foi formada em 2010 para atuar apenas como um projeto paralelo. Porém, em 2013, acabou se tornando uma banda, de fato. Sem um rótulo fixo, a Fafnir faz uma mesclagem de estilos (Death/Black/Viking/Folk), com influências de nomes como Vader, Thyrnfing, Death, Amon Amarth, Savatage, Running Wild, Graveworm, Manegarm, Suidakra, entre outros.
Eldhrimnir - Um caldeirão de puro álcool, magia e música. Assim pode ser definido o grupo que apresenta um repertório autoral, contando com canções alternadas entre português e inglês, trabalhadas de forma acústica que mesclam toda a vertente do Folk Metal, variando entre temas como pirataria, paganismo, música tradicional irlandesa, country e, claro, a boa celebração ao álcool. No repertório, espaço ainda para covers de bandas como Mr. Hurley & Die Pulveraffen, Flogging Molly, Tuatha de Danann, entre outras.
Evento em Itapira reúne cervejarias artesanais, food trucks e Rock and Roll A primeira edição do Revolution 1932 Beer Fest acontece neste sábado (9) em Itapira. O evento, que ocupa as dependências do Espaço Cedro, tem por objetivo promover a cultura cervejeira no município, além de fomentar o setor e estimular a economia do segmento na região. Para isso, a iniciativa reunir diversas cervejarias artesanais, atrativos gastronômicos e muito Rock and Roll. As atividades começam às 14h00. Por ocorrer no feriado estadual da Revolução Constitucionalista, o Revolution 1932 Beer Fest ganhou temática vinculada ao episódio histórico, além de um cerveja oficial: a 1932,
produzida pela Sauber Beer, de Mogi Mirim (SP). A realização do evento fica a cargo do Beer Tour Paulista e do Empório Bueno, com apoio do Megaphone Cultural e do Núcleo M.M.D.C. de Itapira. Os convites antecipados estão à venda por R$ 35,00. Na portaria, o valor da entrada poderá sofrer alterações. A programação musical terá apresentações das bandas Garage 3 Rock Band, Kiss Cover e Rockstrada, com abertura de Fábio Over. Além de diversas cervejarias e lojas do ramo, o evento também contará com a presença de empresas que fornecem equipamentos e insumos para produtores caseiros de cerveja, bem
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Rockstrada participa de evento em Itapira como espaço gourmet com lanches e porções. As vendas antecipadas de ingressos acontecem
em Itapira (Empório Bueno, Skull Barber, Fox Moto e BeneditinUS Beer Kombi), Mogi Mirim (New-
ness Bebidas Importadas e Sauber Beer), Mogi Guaçu (Mestre Cervejeiro e Empório do Monge), Monte
Alegre do Sul (Pit Stop Chopp), São João da Boa Vista (Mr. Beer), Serra Negra (Cerveja Artesanal Boutique) e Campinas (Cervejoteca). O ingresso dá direito à entrada e um copo personalizado do evento. A consumação é à parte. Os convites também podem ser adquiridos pelo Facebook (www.bit.ly/revolutionbeerfest) ou pelo telefone/whatsapp (19) 9.9986-2909, com possibilidade de reserva e entrega dos convites em domicílio. Mais informações pelo site www.1932beerfest.com.br.