O Caminho da Graça
Olhem para o Eterno Deus, pois é Dele que vem as consolações! Caio Fábio
“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse. Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? (clama dizendo:) Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo (a gente) é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente. Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus! Eis que o SENHOR Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa. Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente. Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão? Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento? Eis que as nações (as nações unidas) são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta (como poeira ao vento). Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto (para que lhe fossem oferecidos holocaustos). Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo (ele as considera menos do que nada, são como um vácuo). Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para ela. O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile. Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes para os fundamentos da terra? Ele (o SENHOR) é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar; é ele quem reduz a nada os príncipes (os presidentes, os primeiros-ministros, os governadores e os ditadores) e torna em nulidade os juízes da terra. Mal foram plantados e semeados, mal se arraigou na terra o seu tronco (o tronco dos tronos e dos sistemas), já se secam, quando um sopro passa por eles (quando um vento dos tempos muda), e uma tempestade os leva como palha (os leva como se fossem palha. Onde estão?). A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar. Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”
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Vamos ler no profeta Isaías, capítulo 40...
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pela habilidade de um homem em esculpir uma madeira que não incline? Será que vocês não sabem? Será que vocês não ouviram? Será que vocês não têm percebido o que foi dito desde o princípio? Será que vocês não atentaram ainda para a natureza da constituição de todas as coisas neste planeta e no universo? Eu sou aquele que me assento sobre a redondeza deste planeta que vaga como um nada no espaço. Eu sou aquele que recolhe os céus dos cosmos como quem dobra uma cortina, ou como quem abre uma tenda, e o expande. Sou eu, o Senhor, quem reduz os príncipes e os poderosos a nulidades; os seus sistemas mal são plantados e logo são desarraigados, ficam apenas as ruínas físicas ou ideológicas; para mim são como uma palha, não suportam um vento de mudança de eras. A que vocês me compararão? Quem será o meu igual? Levantem os olhos, vejam quem criou todas essas coisas, quem conta as estrelas incontáveis, quem botou nomes em todas elas; e não são os nomes pelos quais vocês as chamam, porque vocês não conhecem nada do universo que eu criei e que continua em expansão – o universo, os multiversos, os mundos paralelos; eu dei nome às partículas menores e nenhuma delas se chama de Higgs, elas são chamadas pelos nomes que eu dei a elas; não são prótons nem fótons nem elétrons, todas têm o nomezinho que eu lhes dei; o átomo de vocês eu criei e o chamo por um nome que vocês não conhecem. E todos eles me atendem. Os buracos negros, a energia negra, a massa negra, os buracos de minhoca, as galáxias em bilhões e bilhões, espalhadas em expansão, todas elas – do elemento micro indefinível,
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Esta é a palavra de Deus. É Deus falando com a gente. E o extraordinário nessa fala de Deus é que ela está cheia de autoexaltações. Do ponto de vista humano, é a fala do narcisismo divino, da megalomania de Deus, porque não faltam nela referências à incomparabilidade divina. A começar do verso 12 ele vai criando figuras e imagens e vai nos apresentando e expondo a menos que relatividade de todas as coisas existentes ante o Absoluto-Absoluto do Absoluto de Deus: Quem, na concha de sua mão mediu as águas, quem botou todas as águas do universo na mão, como uma gotinhazinha? Quem mediu, num terço de uma medida antiga, o efa, todo o pó da constituição planetária e da constituição universal, quem é que pesou tudo isso como se fosse um ourives botando um pouquinho de ouro numa balança de precisão? E quem o instruiu, e instruiu o seu Espírito, ou foi seu conselheiro, ou o ensinou? Quem lhe deu compreensão, quem o instruiu na vereda dessa criação, quem lhe deu entendimento para fazer a maravilha de tudo o que criou? Olhem as nações, são como um pingo, pingando de um balde. Olhem as ilhas, são como um sopro de poeira num vento, espalhadas ante os nossos olhos, sendo preciso um raio de sol para se ver o granular da poeirinha? Todos os animais do Líbano (que era um Jardim do Éden nos dias de Isaías, quando essas coisas foram ditas ao povo de Israel), todos os animais do Líbano queimados em holocaustos – diz ele – não atenderiam a coisa alguma diante de mim. Vocês não têm medida; perante mim as nações são nada, são como um vácuo. A que vocês me compararão? Com o que vocês me confrontarão? Com os ídolos de vocês, criados pela expertise, criados
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Mas por que é que Deus faz essa exaltação tão extraordinária de si mesmo? Por que ele usa de uma megalomania tão fantástica e tão incomparável que obviamente só cabe em Deus, em alguém que seja eterno e incriado (do contrário, quem quer que assim falasse precisaria ser internado)? Por que fala ele desse modo? Com que razão de ser? São duas as razões que este texto nos apresenta para Deus se exaltar. Essa exaltação divina fala da humildade desse Deus que é manso e humilde de coração. Ele começa dizendo: Consolai, consolai o meu povo. E ele deixa a sua autoexaltação sanduichada entre esse desejo de consolação e uma angústia do coração humano. Que angústia é essa? Depois de ele dizer tudo isso que diz sobre si mesmo, ele vem para aquela questão mais básica da alma e diz: Por que tu dizes: o meu direito passa despercebido diante do meu Deus? Eu sou aquele que fez as macrorrealidades inalcançáveis, inabraçáveis, grandiosas, porém, vocês são tão diminutos que a grandiosidade delas foge ao escopo da percepção de vocês; e sou aquele que fez as microrrealidades. De modo que o macro, para mim, é um pó; e o pó do pó do micro existe, para mim, como se fosse macro. Para mim não existe nada macro e não existe nada micro; galáxias e átomos, todos têm a mesma proporção diante de mim, que os fiz; todas as coisas existem em mim. E eu estou dizendo isto – diz o Senhor – para que vocês creiam no
meu desejo de consolar vocês. Ou eu não terei o poder de consolar vocês? E também digo essas coisas por causa do meu desejo candente, e apaixonado, e entregue, e quebrantado, de acordar vocês para a realidade de que o direito de vocês não me passa despercebido. Hoje, com absoluta certeza, aqui entre nós e entre os muito mais que nos assistem pela VVTV há aqueles que olham para os seus corações e gemem angustiados, dizendo: Senhor, eu quero consolação, minha alma não sabe consolar-se; de onde virá a minha consolação? Aí, antes que Deus diga qualquer coisa sobre consolação ele quer que nós percebamos o significado de que é ele quem deseja consolar-nos, e que nós percebamos, minimamente, quem ele é. Por isso ele nos toma pelas mãos e nos leva a essa viagem para fora da atmosfera, para fora da galáxia, para fora do universo, e para dentro da estrutura do pó, da existência; e se revolve conosco para dentro das estruturas de poder deste mundo, dos príncipes, dos tiranos, e dos poderes constituídos, e nos diz: Seja de onde quer que venha o vosso aturdimento – seja de grandezas inconcebíveis ou de poderes maiores do que o de vocês –, eu sou o Senhor, que meço as grandezas como se fossem pequenezas em balanças de precisão. Eu sou o Senhor, diante de quem todo poder deste mundo que se levante contra vocês é como um nada, é como um vácuo, os príncipes e os poderosos são como um nada, diante de mim; os ídolos, os deuses, aqueles a quem se fazem oferendas, para mim são o que são de fato: ainda que atrás deles haja pretendentes à divindade, haja demônios, haja anjos caídos, haja criaturas rebeladas, todos eles são aos meus sentidos como um pedaço de pau esculpido que precisa de ajuda para não pender. Diante de quem
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invisível, intangível, inconcebível aos sentidos, até àquilo que de grande vos deixa aturdidos – eu, o Senhor, criei, fiz, nomeei. E todas essas coisas existem em mim e para mim. Todas bem contadas. As quais eu chamo pelos seus nomes, porque eu sou grande em força e forte em poder. E nem uma só vem a faltar.
vocês estão amedrontados? Por que motivo vocês não se deixam ser consolados? Qual é o poder que se levanta para alvoroçar seus corações e não lhes permitir divisarem a grandeza da minha consolação? Ou qual é o direito de vocês que passa despercebido de mim? Levantai os vossos olhos e vede, penetrai no átomo e enxergai, percebei todas as coisas criadas, vede que das partículas imensuráveis às grandezas inescrutáveis eu sou o Senhor. Se as forças e os movimentos magnéticos que acontecem dentro de um átomo e nas partículas subatômicas, todas as dinâmicas absolutamente fantásticas acontecem por causa da sustentação do meu poder – diz o Senhor – como passa despercebido diante dos meus olhos o vosso direito? Se eu chamo as estrelas e as galáxias por nomes próprios, e todas as existências cósmicas e ultracósmicas por seus próprios nomes, como passaria o vosso direito despercebido diante dos meus olhos? Se eu peso as macrorrealidades, como se fossem coisa nenhuma, em balança de precisão, como não enxergaria eu aquelas que são as causas relacionadas à vossa consolação? Essa é a razão da autoexaltação de Deus: quebrantar-se ao ponto de dizer: Eu fiz todas essas coisas, mas meu desejo mais irreprimível é consolar vocês, e é dar a vocês a garantia de que qualquer que seja o direito real, legítimo e verdadeiro das vidas de vocês, nenhum deles passa despercebido diante dos meus olhos. Todavia, uma vez que ele se nos mostra, que faz um apocalipse, que tira um véu de diante dos nossos olhos e manda que os ergamos e que vejamos, e que discirnamos, e que compreendamos, e que entendamos que ninguém disse nada a ele, ninguém o aconselhou, ninguém o instruiu, ninguém o
guiou no caminho do entendimento, e que todas as coisas que existem, existem para além da nossa própria compreensão, e os discernimentos que vamos tendo sobre a sua própria constituição já nos deixam embasbacados, um ano depois do outro, num avolumamento de saberes que apenas arranham a própria realidade que ainda nos é para além da própria imaginação; ele diz tudo isso para curvarse, para abaixar-se e dizer: Falai ao coração do meu povo, ao coração de Jerusalém (ao seu coração); sim, falai ao coração do meu povo que o tempo da guerra acabou. Quem diz isso é o Senhor: o tempo da guerra acabou. O estado de conflito, de agonia, diz ele, acabou. As veredas escabrosas, os caminhos tortuosos, todos os moveres da existência de vocês, completamente tumultuados, ele diz: Eu falo do deserto e ordeno: Sejam endireitados esses caminhos, aplanadas essas veredas, derrubados os outeiros e aterrados os vales; andem, passem. Será que aquele que criou todas essas coisas não pode endireitar os caminhos de vocês? Olhem, comparem a minha glória com a existência de vocês: vocês são erva, eu sou aquele que é o emanador de toda shekinah, de toda glória cósmica e transcósmica e que dura eternamente. A glória de vocês é erva, tudo da vida de vocês passa. Eu, porém, consolo vocês com a minha palavra, que é permanente eternamente. Eu consolo vocês com boas-novas, consolo vocês com a minha presença: Eis aí está o vosso Deus, Emanuel, diz Deus. Esse Deus que os céus dos céus não podem conter habita com o quebrantado e contrito de coração. Eu consolo vocês com o meu braço dominador, com o meu poder, com o meu galardão, com a minha recompensa, com o meu acolhimento de pastor, que coloca cada um de vocês nos braços e os
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E o direito que passa despercebido diante dos olhos de Deus? Quantos, aqui, têm dito nos últimos dias, nos últimos meses, ou disseram hoje, ou carregam no coração esse titubeio: “será que a minha vida é percebida por Deus?”. Maior do que um átomo você é, não é? Maior do que um bóson de Higgs, você é; são precisos trilhões e quatrilhões de átomos para fazer você. Ele conhece as partículas invisíveis aos nossos olhos Para que elas seja detectadas, gastam-se bilhões e bilhões de dólares e anos e anos de experimentos. E ele diz: Todas elas têm um nome que eu lhes dei, as microrrealidades e as macrorrealidades; por que o direito de vocês passaria despercebido aos meus sentidos? Nenhum bóson de Higgs diz “eisme aqui, Senhor, envia-me a mim”. Nenhum deles amanhece de joelhos. Nenhum deles geme – nenhum fóton, nenhum próton, nenhum conjunto de partículas, nenhum quarks, nenhum deles. Nenhum buraco negro sente depressão, nenhum buraco de minhoca tem angústia de ser; mas eu os chamo pelos nomes, e nenhum só deles vem a faltar. Por que você, que sabe de si, que diz “eu sou”, que foi feito à minha imagem e semelhança no que diz respeito a poder voltar-se sobre si mesmo com esse tipo de autopercepção que você carrega, existiria despercebido diante de mim? Nem você, nem sua vida, nem seu direito, nem a justiça, nem a injustiça, nem a iniquidade contra você praticada, nem tampouco o seu pecado, nada passa despercebido diante de mim. Levantai os olhos, percebei-me! E
enxergando-me – diz ele – enxergai-vos. E em assim fazendo, enxerguem-se diante de mim, e me enxerguem em relação a vocês. Para receber esse consolo que vem dele, é preciso, todavia, haver no nosso coração essa disposição de parar com as guerras. Você quer ser consolado? Pare de guerrear contra quem quer que seja, ou contra você mesmo – chega. Você quer ser consolado? Pare de construir veredas tortas, aceite os consertos de Deus na sua vida. Você quer ser consolado? Não se engane, não se equivoque sobre a realidade absolutamente banal daquilo que você chama de minha glória, de meus valores, que são apenas como erva. Você quer ser consolado? Dê ouvidos à boa-nova, acolha a presença de Deus, que diz: Eu estou aqui, agora, com você, deixe-me levar você, façase ovelhinha, deixe-me carregar você nas tetas do meu amor e da minha graça. Você quer que o seu direito seja percebido diante de mim? E ele é. Olhe para mim. Você não sabe, não ouviu que eu, o eterno Deus, o Senhor, o Criador de todas as coisas, não me canso nem me fatigo? Você está cansado? Você transfere e projeta para mim o seu cansaço? Você me julga pela exaustão da sua existência? Você se deprimiu e pensou que eu estou deprimido? Entrou em pânico e pensou que eu paniquei? Ficou confuso e achou que eu me confundi? Você se vê impotente e transfere para mim a sua própria impotência? Eu sou o Senhor, eu sou aquele cujo entendimento não se pode esquadrinhar, eu sou aquele que faz forte ao cansado. Eu sou aquele que faz forte ao cansado e que multiplica as forças ao que não tem mais nenhum vigor. Há muitos jovens aqui que se cansaram, que se fatigaram, e que de exaustos existencial e psicologicamente estão
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recolhe como se fossem cordeirinhos e os leva nos seios, nas tetas do amor; e aqueles que amamentam, carentes, eu vou guiando mansamente pela estrada. Ou eu não posso consolar vocês? Ou será que vocês é que não querem ser consolados?
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Não sei se vocês sabem, mas quando a águia chega a uma determinada idade o bico dela vai ficando diminuído, de tanto que ela, como predadora, caçou; e as garras dela também vão ficando desgastadas. E ela vai para um lugar de refúgio e de
quietude, e o bico dela cai; e as garras também caem, e as penas também. E surge um bico novo, e garras novas, e penas novas. Essa é a imagem que o profeta Isaías, falando pelo Espírito de Deus, está usando para nós. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços, de exaustos e de deprimidos caem. Mas os que esperam, os que confiam, os que descansam, os que discernem Deus, os que abandonam-se nele pela fé, os que se deixam consolar por ele, os que se pacificam nele, os que, nele, cessam a guerra interior, os que aplanam suas veredas conforme a palavra dele, os que perdem as ilusões das ervas e das glórias passageiras e olham para a glória eterna dele, que permanece para sempre, os que acolhem a sua boa-nova, os que discernem sua presença, que diz: Eu estou aqui, e estou ao lado, juntinho, cuidando como um pastor, como quem deixa vocês mamarem nas tetas eternas e guiando mansamente. Apesar de eu ser quem sou, eu sou assim também, manso e humilde de coração. Se vocês assim me discernirem, se vocês me perceberem e esperarem no meu amor, e crerem que nenhum direito de vocês passa despercebido diante dos meus olhos e que nenhuma vida existe diante de mim sem que eu a conheça pelo nome que ninguém conhece, pelo registro desse nome no livro da vida, e não no cartório; se vocês crerem nisso, vocês podem estar cansados como estiverem, desconsolados como estiverem, angustiados como estejam, impotentes como estejam, todavia, hoje, se alguém quiser confiar em mim, eu renovarei as suas forças. E quem quiser esperar em mim subirá com asas novas, como águias. Quem quiser depender de mim correrá e não se cansará, caminhará e não se fatigará – diz o Senhor.
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caindo. Mas o Senhor não se cansa nem se fatiga. Alguns anos atrás, logo que nos mudamos para cá, já haviam sido contabilizados cerca de vinte meninos de Brasília que pularam do último andar de um shopping center da cidade, esbagaçando-se lá embaixo, no pátio central, ao ponto de terem de fechar aquela área e isolá-la, para que a loucura da angústia não acometesse outros indivíduos e eles pulassem de lá. Todos eles, meninos adolescentes. Hoje, a grande crise da psicologia é a depressão infantil e a síndrome do pânico em crianças de sete, oito, nove, dez anos de idade. Porque os jovens se cansam e se fatigam. E os moços, com toda sofreguidão, com toda busca, com toda volúpia de sorver a existência acabam que, de exaustos, caem. Mas o Senhor diz: Se você olhar para mim, e se você confiar em mim, e se você, de fato, souber e crer que eu sou aquele que sustenta todas as coisas e que todas as coisas em mim existem, as infinitamente mínimas e as infinitamente grandiosas, e que eu conheço a todas pelo nome e conheço você pelo nome, e tenho o desejo de falar-lhe ao coração e de consolar-lhe; se você olhar para mim e crer em mim, e assim me perceber e se entregar e descansar, o que eu digo a você é que os que esperam no Senhor, todavia, renovam sempre as suas forças. Renovam. Se reconsolam. Se revivificam. Renascem. São rejuvenescidos, são infiltrados por um vigor completamente novo. E, estranhamente, sobem com asas como águias – o voo da águia, a renovação da águia.
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Se, todavia, discernirmos quem é Deus e quem ele deseja ser para nós, e como ele é estranhamente quebrantado e humilde de coração, e acolhedor, e apaixonado, e íntimo, e presente; e se o nosso coração abraçar pela fé essa grandeza pequenininha que cabe em nós, então explodirá em cada um de nós o poder das águias; e outra vez os desbicados ganharão bicos, os sem pegada ganharão garras de fé e de confiança, os sem asas ganharão capacidade nova de planar no céu da bondade de Deus, em confiança; sejam velhos ou sejam jovens, renovarão as suas forças, subirão, correrão, andarão, e não se cansarão. Porque assim diz o Senhor: Anuncia a boa-nova, Sião. Anuncia a boanova, Caio. E eu digo: Eis-me aqui, Senhor, o que hei de dizer? Disse-me o Senhor: Dize a eles que toda glória deles é como a flor da erva; mas que eles olhem para mim,
vejam quem eu sou, creiam na minha palavra, porque ela permanece para sempre; percebam a minha grandeza e não se assustem, porque a exposição da minha grandeza é apenas para mostrar a intimidade do meu coração acolhedor, que diz: Quem pode o mais, pode o menos, quem conhece estrelas, por que não conheceria seres humanos, que dizem: “Dói, ai! Socorro, meu Pai! Ó Deus, tem misericórdia de mim!”. O sol não me pede compaixão, mas o meu povo grita por socorro; como não ouviria eu? E como não viria eu, e como não diria eu: Eis-me aqui? E como não pacificaria eu seus corações, e como não os consolaria? E como não faria valer o seu direito, e como não interviria em suas vidas? E como não renovaria as suas mentes, corações, almas e existências? E como não fortificaria o velho, e como não soergueria o jovem? Tão somente peço: Confiem em mim, esperem em mim, descansem em mim; e os que correm não se cansarão, e os que andam não se fatigarão, e os que tinham caído de exaustos, subitamente serão levantados e voarão como águias; e provarão toda a minha graça, e todo o meu amor, e todo o meu cuidado, e a bondade do meu pastoreio – diz o Senhor. Essa é a palavra de Deus. Essa é a profecia do Eterno para o coração de cada um de nós. Em nome de Jesus.
Mensagem ministrada em 22/07/2012 Estação do Caminho - DF
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Mas sozinhos, todos nós morremos desconsolados. Fazemos perguntas a nós mesmos e não obtemos respostas. E internalizamos e introjetamos a percepção de que a nossa vida acontece no mais profundo desamparo, e entramos em pânico. E não conseguimos nos significar a nós mesmos diante da vida, nem diante da existência, nem, tampouco, diante de Deus. E, aí, desfalecemos e morremos. E mesmo que sejamos jovens, nos deprimiremos, nos panicaremos, nos angustiaremos, e desfaleceremos na nossa falta de significado.