O Caminho da Graça
O poder da Palavra para a vida! Caio Fábio
Vamos ler em João 20. 30 – 31... “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
dificuldade de registro apenas alguns poucos foram selecionados. E no caso deste evangelho que nós lemos, João diz que conquanto ele estivesse presente desde os primeiros dias e que tivesse visto praticamente tudo e não perdido nada, ele foi absolutamente seletivo e criterioso na escolha dos sinais em razão dos quais ele construiria a arquitetura da sua mensagem (mensagem que nós chamamos de evangelho de João porque é a boa nova de Jesus segundo a pregação de João, mas que poderíamos perfeitamente chamar de mensagem de João sobre o Evangelho). João não está nem um pouco preocupado em fazer uma narrativa sequencial nem de acurácia histórica nos seus detalhes e sequencialidades. João está como eu estou diante de vocês hoje aqui: pregando. Só que ele está pregando de modo escrito. E pregando sem aquela preocupação de iniciar com um determinado fato histórico numa linha do tempo e seguir essa linha do tempo até o último fato histórico importante de Jesus entre nós neste Planeta. João é o último de todos a escrever. Já tinha vindo o evangelho de Marcos, já surgira o de Mateus com acréscimos ao de Marcos, já surgira o de Lucas. E agora é João, o idoso, o velho, escrevendo; quando Pedro já tinha
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João nos dá conta de que os sinais que Jesus fez foram absolutamente para além da possibilidade de registro – especialmente numa época em que todo e qualquer registro significava um trabalho penoso. Dois mil anos atrás não havia esses iPhones que nós usamos, as pessoas não ficavam como nós, lendo a bíblia num “iPhonezinho”, escrevendo mensagens de texto; para se mandar um bilhete era uma mão de obra, era quase como comprar um tablet, escrever uma mensagem e mandar. Pergaminhos de literatura eram difíceis, grandes, pesados, inadequados. Então, qualquer que fosse o trabalho literário, tinha que ser objetivo, não se podia dar-se ao luxo de escrever por escrever; o que se escrevia tinha de ser pensado, premeditado, repensado e escrito, porque a tecnologia das escritas era complexa – não o ato de escrever, mas os materiais para se escrever, para se registrar, os registros eram difíceis. E essa é uma realidade que não cabe na nossa mente, nesta época em que temos nanochips com capacidade de bilhões de registros, e cada dia eles ficam menores, com a capacidade de registro maior. Dois mil anos atrás seria magia do inferno, pensar-se em tal possibilidade. Então, muitos foram os sinais que Jesus fez, mas por essas razões de