ADRIANA OLIVEIRA
Banda Desenhada Nova aventura de Astérix em outubro
PEIXE
Museu Gulbenkian Penelope Curtis é a nova diretora pág. 09
Pedro Cardoso tem na sua guitarra um “Motor” pág. 08 PORTUGAL quarta-feira 1 abril 2015 ano 10, nº 2279 Lisboa 13° | 29°
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www.readmetro.com Diretor: Diogo Torgal Ferreira
Mais empreendedorismo Economia. Nos primeiros dois meses do ano foram criadas 7.873 empresas em Portugal, mais 477 do que em janeiro e fevereiro de 2014. “Comércio Automóvel” e “Hotelaria e Turismo” são dois dos setores em destaque pág. 07 PUB
Nacional JOAO SANTOS
Nacional. Engarrafamentos são os principais inimigos da produtividade laboral Mais de metade dos portugueses considera que o trânsito retira capacidade de trabalho. Falhas de tecnologia estão também entre as interrupções mais temidas pág. 04
Nacional
Continuar a reformar Comissário diz que futuro Governo tem de manter credibilidade pág. 05
Mundo
Líder da oposição vitorioso Muhammadu Buhari reivindica presidência da Nigéria pág. 06
Sport Jordana Brewster cresceu em Londres, Rio e Nova Iorque e chegou ao grande ecrã em “Velocidade Furiosa”. O 7º capítulo da saga estreia-se amanhã, marcado pela morte de Paul Walker págs. 10 e 11 © REUTERS
Derrota com Cabo Verde Seleção portuguesa perde por 2-0 em jogo de solidariedade pág. 14
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Hieróglifos que viram “heróiglifos”
60 segundos
“Perfeita para contar histórias”
JOSH LANE / JOSHLANEDESIGN.COM
JOSH LANE, DESIGNER GRÁFICO E ILUSTRADOR, 27 ANOS, DE KANSAS, MISSOURI, EUA
JORNAL
Qual a inspiração por trás desta imagem? Tenho a tendência de ler muito depressa, o que até acaba por ser uma maldição, e uma vez li a palavra “hieróglifo” como se fosse “heróiglifo”. Comecei imediatamente a imaginar os possíveis cenários e combinações de heróis. O que foi mais difícil em imortalizar estas figuras e transformá-las em papiro? A imagem e a emoção tinham que ser as certas. Como não queria desenhá-los diretamente em pedra ou papiro, tive que o tornar verosímil digitalmente. Por isso as marcas, arranhões e cores foram sem dúvida a chave. Parece quase natural que super-heróis encontrem uma nova casa num mundo mágico, mitológico e cheio de deuses. Achei que os super-heróis podiam ser perfeitos pois podem ser vistos como deuses que podiam muito bem ter aparecido nos hieróglifos originais. Além do mais, esta forma de arte é fantástica para contar histórias. Tem uma certa estrutura, no entanto, com formas simples.
Ban Ki-moon
“Quatro em cada cinco sírios vivem em situação de pobreza, miséria e privações. O país perdeu quase quatro décadas de desenvolvimento humano” O secretário-geral da ONU, ontem, na abertura da terceira conferência anual de doadores para a Síria, que se realiza no Kuwait, acrescentou que esta é a “mais grave crise humanitária dos nossos tempos”. O conflito na Síria já custou mais de 215 mil vidas desde março de 2011 e provocou mais de 10 milhões de refugiados e deslocados, quase a metade dos 23 milhões habitantes do país.
vídeo do dia O músico Mac DeMarco fez uma visita ao programa de Conan O’Brien, onde interpretou “Let Her Go”. Venha escrever connosco. Entre em facebook.com/metroportugal
Estrelas de Banda Desenhada em arte antiga Um artista transportou super-heróis para um mundo de mitos ao desenhá-los em hieróglifos. Nesta série, no original de “Hero-glyphics”, Josh Lane une algumas personagens favoritas de todos os tempos da televisão e BD ao antigo Egito. MWN
Herge del Rio. Pela Baixa
Num mundo em que os deuses egípcios podessem lutar contra os super-heróis da Marvel, quem ganharia? Osíris e Anúbis ou os X-Men? Sem dúvida que quem ganharia seriam os X-Men, pois são uma equipa. Consigo imaginar os deuses egícpios a lutarem uns contra os outros por poder, dando oportunidade aos X-Men de atacar. MWN
Com este bom tempo apetece mesmo passear e desfrutar o que de melhor Lisboa tem para nos oferecer. Deixo-vos uma sugestão para fim de tarde. Vão até à baixa de Lisboa e descubram como está bonita. Desçam a R. Augusta, passem por baixo do Arco triunfal, fotografem-se no Terreiro do Paço e desfrutem das inúmeras esplanadas ou fiquem simplesmente de frente para o Cais das Colunas, banhado pelo Tejo, a apreciar o vaivém das gaivotas. Depois podem ainda aproveitar para visitar o MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo que é mesmo ali. O MUDE é um museu dedicado a todas as expressões do design, com áreas de exposição, criação, convívio, educação e debate, afirmando-se como um lugar vivo, inclusivo e de todos. O museu apresenta exposições temporárias de design e moda e é gratuito. Eu fui e recomendo. Vão e depois contem-me!
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Bombeiros
Simulador de estratégia em cenários de risco O Centro de Simulação e Realidade Virtual inaugurado ontem na Escola Nacional de Bombeiros, Sintra, permitirá estudar estratégias de socorro em cenários de risco, impossíveis de recriar em simulações físicas.
Metro do Porto
Continuidade de serviço está assegurada A continuidade do serviço do Metro do Porto está assegurada com “normalidade e fiabilidade”, disse ontem à agência Lusa fonte oficial da empresa, no dia em que terminaria a prorrogação do contrato com a ViaPorto.
Obras no rio Arade fazem temer pela segurança A prevista redução do molhe de Ferragudo, no Algarve, para permitir a entrada de grandes navios de cruzeiro em Portimão, está a preocupar os autarcas de Lagoa, que temem um aumento da insegurança na zona ribeirinha. A zona ribeirinha de Ferragudo, pequena vila piscatória, atravessada por um canal fluvial e que está separada de Portimão pelo rio Arade, costuma ficar inundada sempre que há tempestades, ondulação forte ou marés vivas. © LUIS FORRA/LUSA ESTELA SILVA/LUSA
Segurança. 13.353 escutas telefónicas Os órgãos de polícia criminal efetuaram, em 2014, 12.902 detenções no âmbito da investigação criminal, 11.658 buscas e 13.353 escutas telefónicas, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), ontem entregue no Parlamento. Em 2014 foram constituídos 38.104 arguidos, menos 29,1% do que em 2013 (53.763 arguidos). As interceções telefónicas subiram 2,1% face a 2013.
IRS. Entrega em papel diminui e aumenta na Internet Os trabalhadores dependentes e os pensionistas usam cada vez mais a Internet para entregar declarações de IRS, com as entregas em papel a voltarem a cair em 2015. Segundo o Ministério das Finanças, a entrega em papel de rendimentos de 2014, mas entregues este ano, que acabou ontem, caiu 11% face a data homóloga do ano anterior, passando de 474.597 contribuintes para 420.774.
Trânsito afeta produtividade Estudo. Para 51% dos portugueses inquiridos, os principais inimigos da produtividade são os engarrafamentos no percurso para o trabalho e nas deslocações para reuniões. O estudo realizado pela Regus Business Centers – que inquiriu mais de 22.000 colaboradores em 100 países – revela ainda que 45% dos portugueses apontam as chamadas de telemarketing como outro dos inimigos da produtividade. Em termos globais, as razões apontadas pelos 22.000 colaboradores são os engarrafamentos (56%) e as falhas das Tecnologias de Informação (TI) (43%) em áreas de trabalho alternativas como cafés. “Então, onde é que os profissionais encontram um pedaço de céu de produtividade fora do escritório?”, questionam os responsáveis pelo estudo. “De facto, há várias op-
ções disponíveis para quem deseja adotar uma aproximação mais flexível ao trabalho, sendo que os ‘business centers’ estão altamente posicionados, com mais de metade dos profissionais portugueses (51%) a acreditar que estes são um porto de abrigo seguro para a produtividade quando se está a trabalhar fora do escritório”, lê-se ainda. “Ter a opção de trabalhar em diferentes locais pode ser extremamente benéfico para muitos colaboradores, mas o desafio está em encontrar o ambiente certo fora do escritório”, defende Jorge Valdeira, Country Manager da Regus Portugal.
Piores interrupções Apenas 30% dos inquiridos portugueses (e 34% dos colaboradores globais) afirmam que trabalhar a partir de casa é bom para a produtividade. Assim, de acordo com o estudo, as piores interrupções de um dia de trabalho são: • 56% – Engarrafamentos • 43% – Falhas de TI • 40% – Reuniões demoradas • 26% – Atrasos nos transportes • 19% – Chamadas telefónicas • 19% – Viagens para reuniões • 16% – Obras nas estradas • 13% – Conferências por telefone • 11% – Greves de transportes • 11% – Smartphone sem bateria
NACIONAL | 05
Reformas são para continuar Zona Euro. Independentemente do resultado das eleições legislativas “há que prosseguir com as reformas estruturais”. As palavras são do comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, ontem na Assembleia da República. “Qualquer que seja o Governo que sairá das urnas, no outono, [ele] deverá continuar as reformas, elaborar o seu programa e manter a credibilidade” do País, disse em resposta ao CDS-PP na audição conjunta das comissões parlamentares de Assuntos Europeus e de Orçamento, Finanças e Administração Pública. O responsável alertou ainda que a dívida pública continua a merecer uma “atenção especial”, advertindo que é necessário um “programa equilibrado” para a redução do endividamento português.
Receita do dia: Bacalhau Colorido com Batata a Murro Hoje a sugestão é Bacalhau Colorido com Batata a Murro. Numa pequena grelha asse as batatas. Numa frigideira deite um pouco de azeite, cebola, pimentos diversos cortados em rodelas, alho picado, uma folha de louro e deixe a refogar um pouco em lume baixo. Muito importante é a maneira como o bacalhau é frito no azeite... Conheça deliciosas receitas de todo o mundo! Participe em www.metrosuperchef.com e ganhe uma viagem ao Peru
Lisboa
O comissário francês Pierre Moscovici disse ainda que o défice de Portugal pode ficar abaixo dos 3% em 2015. © MÁRIO CRUZ/LUSA
Direitos
António Costa renuncia ao mandato na Câmara
PR veta compensação relativa à cópia privada
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, anunciou ontem que irá apresentar hoje em reunião da câmara um pedido de renúncia ao mandato. António Costa marcou uma declaração à imprensa para as 12h nos Paços do Concelho.
O Presidente da República (PR), Cavaco Silva, vetou ontem o diploma sobre “a compensação equitativa relativa à cópia privada”, defendendo uma reponderação legislativa mais conforme a uma adequada proteção dos direitos de autores e consumidores.
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MUNDO | 06
“Há 20 mil pessoas no corredor da morte” Justiça. A Amnistia Internacional (AI) condena a pena de morte em quaisquer circunstâncias. Ao metro, a diretora executiva da AI Portugal fez uma análise aos dados mais recentes. “Houve, em 2014, um aumento alarmante nas condenações à pena de morte, de 28% sobretudo devido à situação que se vive internamente no Egito e na Nigéria. O número de pessoas que foram subitamente condenadas à pena de morte disparou nestes dois países”, começa por dizer Teresa Pina, diretora executiva da AI Portugal. Estes são alguns dos dados que constam do Relatório Anual da Pena de Morte em 2014 da Amnistia Internacional. “Imaginamos que haja cerca de 20 mil pessoas no corredor da morte. Em grande parte também devido ao facto de haver um grande país – que é o maior executor de todos, a China – em que nem sequer conhecemos os números
com fiabilidade, pois são considerados segredo de Estado pelo país”, avança ao metro. Ainda assim, e embora as condenações tenham aumentado entre 2013 e 2014, as execuções diminuíram. “Apesar de o número de países com pena de morte se ter mantido, nos 22 países, o número de execuções decresceu 22%. Contudo, são números que mais uma vez não contabilizam o caso chinês”, continua Teresa Pina. Para a responsável, num panorama mais abrangente, quando comparados os números de hoje com os de há 20 anos houve uma redução de países a executar para quase metade. “Em 1995, eram 41 países, e agora são 22”, diz, lem-
brando um caso em particular: “No continente americano, os EUA continuam a ser o único país a executar pessoas. Apesar disso, diminuíram de 39 para 35 as execuções, o que mantém uma tendência de descida”, enumera. Teresa Pina deixa ainda um alerta: “Cada vez mais, os grupos armados estão a recorrer às execuções sumárias, de uma forma notória e quase propagandista. Estou a falar do autoproclamado Estado Islâmico. De facto é um terror, e qualquer pessoa regista esta atuação na consciência, mas isso deveria dissuadir os nossos Estados, que são entidades soberanas, e reforçar o abandono da pena de morte, até para se distanciarem destes grupos armados que não têm legitimidade política e demoPATRÍCIA TADEIA crática.”
Contra
Ações do Estado Islâmico deveriam levar os países a abandonar a pena de morte, diz diretora executiva da AI Portugal. © 123RF
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“A AI é contra a pena de morte. Esta não dissuade a prática de crimes e a vida humana deve ser sempre protegida” Teresa Pina, diretora executiva da Amnistia Internacional Portugal
Iémen
Nigéria. Buhari reivindica vitória nas presidenciais O líder da oposição Muhammadu Buhari reivindicou ontem a vitória nas eleições presidenciais na Nigéria, tendo já recebido um telefonema de felicitações do presidente em exercício e candidato derrotado, Goodluck Jonathan. Ao fim de três derrotas, em 2003, 2007 e 2011, este antigo general, de 72 anos, autor de um golpe de Estado em 1983, de etnia Peul, originário do norte de maioria muçulmana, reivindicou ontem a vitória e prometeu desembaraçar os nigerianos da corrupção, considerada como um dos priores males da primeira potência económica de África.
ONU retira funcionários internacionais As Nações Unidas anunciaram ontem que decidiram retirar todos os funcionários internacionais da organização a trabalhar no Iémen, por razões de segurança. O trabalho da ONU no país vai ser garantido pelos funcionários nacionais da organização.
Iraque
Primeiro-ministro avança “libertação” de Tikrit O primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi anunciou que a cidade de Tikrit foi retomada aos jiadistas após a mais vasta operação desencadeada pelas forças iraquianas contra o Estado Islâmico (EI). Ainda assim, os jiadistas ainda controlam diversos setores de Tikrit, disse a coligação internacional que combate o EI.
Oficial
20h00 A contagem dos votos começou na segunda-feira e foi suspensa às 20h00 de ontem. Não obstante, a vitória de Buhari foi dada por garantida, uma vez que contava 14.951.140 votos, perante os 12.827.522 de Jonathan.
EPA
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ECONOMIA | 07
Ano começa com mais criação de empresas Empreendedorismo. Nos dois primeiros meses de 2015, foram constituídas 7.873 novas empresas em Portugal, um crescimento de 6,4% face a igual período do ano passado. De acordo com os dados da IGNIOS, no total acumulado de janeiro e fevereiro, foram criadas 7.873 empresas, mais 477 do que nos dois primeiros meses de 2014. Fevereiro contribui com 3.340 empresas e janeiro com 4.533. “O facto de continuarem a constituir-se mais empresas do que em 2015 reflete, acima de tudo, a confiança dos empresários na recuperação da economia. A par dos indicadores mais quantitativos, este indicador de sentimento é também importante para sustentar o percurso de crescimento económico”, diz António Monteiro, CEO da IGNIOS, em comunicado enviado ao metro.
Bebidas
O estudo da empresa de gestão de risco destaca pela positiva entre as novas empresas os setores do “Comércio Automóvel”, que aumentou o seu peso de 3,2% para 4,3% e a a “Hotelaria e Restauração” (10,9% para 11,5%). Mas o maior número de companhias constituídas é na área de “Outros Serviços” (2.681). O Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos da IGNIOS revela também que os dois primeiros meses do ano registam 1.432 insolvências, mais 60 entidades do que em igual período do ano passado. Este crescimento de 4,4% em termos homólogos interrompe um ciclo de descidas.
Grécia
Primeiro Gin tinto do mundo no mercado
Tempo para chegar a um acordo “escasseia”
O primeiro Gin tinto do mundo, produzido por um empresa de Valença, começou ontem a ser distribuído para o mercado nacional, sendo que 600 das 5.000 primeiras garrafas seguem para Angola, revelou à agência Lusa o produtor, João Guterres.
A chanceler alemã advertiu ontem a Grécia de que o “tempo escasseia” face à necessidade de Atenas chegar a acordo com os credores e se comprometer com reformas. Angela Merkel instou Atenas a deixar claro que vai manter os compromissos.
Coca-Cola investe na Indonésia A Coca-Cola tem planeado um investimento de quase 500 milhões de dólares (mais de 465 M€) nos próximos três ou quatro anos na Indonésia. O objetivo é crescer neste mercado e para tal vai construir uma nova fábrica junto da Coca-Cola Amatil Indonesia, a sua atual unidade no país. © EPA
Seguros. PPR puxam pelas poupanças Os Planos Poupança Reforma (PPR) foram os produtos do ramo Vida que mais aumentaram no último ano, com uma subida de 8,6% entre fevereiro do ano passado e fevereiro de 2015, refere a Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Em comunicado, a APS adianta que os PPR subiram em 260 M€, passando dos 12.426 M€ para 13.490 M€ em fevereiro deste ano. “Uma evolução que não é de estranhar no atual contexto de expansão das contribuições para este tipo de produtos, mais 32,6%”, revela a APS.
Valores Em termos globais, a APS refere que os portugueses acumulam quase 43 mil M€ em seguros de poupança, um crescimento de 4,7% O setor do Vestuário foi um dos que aumentou o seu nível de insolvências em janeiro e fevereiro. © 123RF
• Há um ano, o montante estava nos 41.119 M€. O aumento foi 1.900 M€.
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08 ADRIANA OLIVEIRA
CULTO
Ócio criativo com...
Ian Parton, The Go! Team JOÃO MIGUEL RODRIGUES
Um disco: “‘Philosophy of the World’, das The Shaggs. Era um trio de raparigas dos anos 60. O pai deve tê-las obrigado a ir para estúdio! Não estavam nada prontas tecnicamente. Tudo muito amador. Mas é o que torna interessante. As melodias são muito cruas.”
Um livro: “‘Ethan Frome’, de Edith Wharton. Deve ter sido escrito nos anos 20, sobre o período colonial inglês nos EUA. É sobre um homem que gosta da prima da mulher, acho eu. É uma história de amor, esquisita, nada tradicional.”
Um filme: “‘American Movie’, de Chris Smith. É um documentário sobre um realizador de filmes de terror ‘low budget’ que envolve a família toda na produção dos filmes. A mãe torna-se um zombie para o ajudar. É incrível.”
Dois discos em três anos – “Apneia” e agora “Motor” – refletem muito o ímpeto criativo que existe em si, numa altura em que trabalha quase exclusivamente a solo? Vejo-me como
PEIXE Pedro Cardoso, ex-guitarrista dos Ornatos Violeta, volta aos discos a solo com “Motor”. Um disco simples, mas com as melodias instrumentais e emoções bem oleadas.
uma pessoa criativa. Sempre fui. Além do lado de tocar guitarra e fazer música, aquilo que mais me move é criar. Estes discos juntam as duas coisas, que são o que mais gosto de fazer: tocar guitarra, interpretar, mas também compor e criar.
O HOMEM E A SUA GUITARRA
Quando é que este disco começa a nascer? Creio que este começa onde
o “Apneia” acaba. Comecei a fazer novas músicas, desenvolver ideias, que culminaram neste “Motor”. Acha que exigiu mais de si em termos criativos, mas também no lado técnico? Não costumo preocupar-me
com isso. Só quando chego à altura de tocar as músicas e executá-las é que me dou conta da dificuldade técnica. Neste caso, sem ser uma coisa consciente – está ligado à minha evolução como músico – as músicas são mais exigentes. Daí o nome do disco: tem que ver com a motricidade e com o lado mais físico dos temas. O Pedro também é professor de guitarra. Esse lado da pedagogia
é uma espécie de percurso paralelo, desde meados dos anos 90... E não se cruza com o lado criativo?
Não deixa de ser uma atividade musical. É pedagogia ligada à música. Aprendo muito, porque, por um lado obriga-me a estar muito em contacto com a parte teórica e mesmo técnica. E a experiência humana, o contacto com os alunos que me pedem opinião para os seus projetos, é sempre muito enriquecedor. Depois de tantos anos a trabalhar com bandas, a compor para poesia, encontra no lado instrumental um outro conforto? Acho que sim.
Mas acima de tudo há uma ideia de independência: não escrevo, não crio textos, mas a música não necessita obrigatoriamente de ter palavras. Este projeto tenta condensar a minha experiência num
formato simples, com uma guitarra. É desmistificar o ato musical: às vezes as pessoas querem fazer música e pensam que precisam de um vocalista, um baixista, baterista... A música são só sons organizados e a mim agrada-me a música instrumental pela sua universalidade.
De qualquer das formas, há sempre pensamentos e emoções que se querem transmitir. Só pensa nisso depois?
Acaba por ser um exercício introspetivo, quase de exorcismo ou terapêutico. Não penso em conceitos e por isso é tão ingrato dar nomes às músicas, porque sou obrigado a concetualizar! Normalmente escolho títulos que não desvendem muito daquilo que está por trás da música. Na verdade, não está nada para lá da minha vontade de criar uma narrativa sonora, mas abstrata. E sem a guitarra elétrica, como usou nos Ornatos Violeta, nos Pluto e nas outras bandas que teve. É, eventual-
mente, a forma mais orgânica de fazer música. Sentirmos o instrumento junto ao corpo, a vibrar, sem cabos que codifiquem e descodifiquem, serem só os dedos e as cordas a produzir som dá algo mágico e é inspirador. BRUNO MARTINS
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Astérix e Obélix estão de regresso em outubro Banda desenhada. O novo álbum da série protagonizada pelos gauleses irredutíveis tem data de edição mundial a 22 de outubro e vai chamar-se “O Papiro de César”. O título, anunciado ontem na Feira do Livro Infantil de Bolonha, Itália, é o 36.º volume de uma série de sucesso internacional criada por René Goscinny e Albert Uderzo, mas a história e o desenho da nova aventura são de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, respetivamente. A dupla de autores é a mesma que em 2013 assinou o volume anterior, “Astérix Entre os Pictos”, o primeiro no qual Uderzo não participou e que, mesmo assim, vendeu cerca de 5,4 milhões de exemplares. De acordo com a editora Éditions Albert René, Jean-Yves Ferri e Didier Conrad “respeitaram todas as tradições de Astérix estabelecidas pelos seus criadores”, numa história “complexa e palpitante”,
Os livros das aventuras de Astérix e Obélix já venderam mais de 350 milhões de exemplares por todo o mundo. © DR
O inglês Benjamin Clementine é a mais recente confirmação do festival Super Bock Super Rock, onde vem mostrar o álbum “At Least for Now”. O festival acontece de 16 a 18 de julho no Parque das Nações, em Lisboa.
Ao vivo
D.A.M.A. e Selah Sue no Festival do Crato O festival de música e feira de Artesanato e gastronomia na vila alentejana do Crato vai regressar entre 26 e 29 de agosto. Os primeiros artistas confirmados são os portugueses D.A.M.A. e a belga Selah Sue.
Arte. Penelope Curtis troca Tate por Museu Gulbenkian A atual diretora da Tate Britain, a historiadora Penelope Curtis, assume, no outono, a direção do Museu Gulbenkian. O nome foi escolhido entre quase 30 candidatos a um concurso internacional para preencher o lugar deixado em aberto com a saída de João Castel-Branco Pereira. “Desejo manter tudo o que é bom no Museu, que eu admiro profundamente, e trabalhar para que aproveite o seu potencial de uma forma mais abrangente especialmente na relação com o Centro de Arte Moderna”, disse.
Música
Wado abre o “Bloco” O músico brasileiro Wado atua hoje à noite no Musicbox, em Lisboa, no concerto que inaugura as sessões “Bloco”, de músicos brasileiros, em Portugal. Amanhã é a vez do Centro Cultural de Ílhavo e, no sábado, toca no Passos Manuel, no Porto.
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LIVROS DE CABECEIRA “Para Que Não te Percas no Bairro” PATRICK MONDIANO [Porto Editora] É o mais recente livro do Nobel da Literatura de 2014. “Um Homem Sem Passado” PETER MAY [Marcador] O escritor escocês é um mestre do crime. O mais recente policial não desilude. “Ser Mortal” ATUL GAWANDE [Lua de Papel] Como enfrentar o envelhecimento daqueles que amamos? Com prefácio de João Lobo Antunes.
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Concerto
Benjamin Clementine no Super Bock Super Rock
que se passa em terra de gauleses, remete para a atualidade, na qual não faltam novas personagens, lutas e, claro, a poção mágica. No anúncio em Bolonha, onde decorre a mais importante feira de negócios do livro para crianças e jovens, participaram ainda, por videoconferência a partir de Paris, Anne Goscinny, filha de René Goscinny, e Albert Uderzo, de 87 anos, que retirou-se em 2011 alegando cansaço. A personagem Astérix foi revelada ao mundo na revista Pilote em 1959. O primeiro livro, “Astérix, o Gaulês”, só saiu em 1961, dando início a uma das mais bem sucedidas séries de banda desenhada, com mais de 350 milhões de livros vendidos em todo o mundo. AGÊNCIA LUSA
Letras
Penelope Curtis será a primeira estrangeira a dirigir a Gulbenkian. © HUGO GLENDINNING
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“Filmar sem o Paul é algo que ainda me custa lembrar” 7ª arte. Aí vão sete capítulos da saga “Velocidade Furiosa”. Este novo filme fica marcado pela ausência do malogrado Paul Walker. A atriz Jordana Brewster recorda-nos como foi esta diferente e emocionante experiência de representação. JOHN-MIGUEL SACRAMENTO EM HOLLYWOOD
A impressão digital da beldade humana é adornada por contornos exóticos – aqui não estamos apenas a falar de tropicalismos de franja e minissaia, mas, também, na mistura de influências e em variantes preciosas resultantes do choque de neutrões opostos. Os pais são: um presidente de universidade, neste caso Yale, e uma modelo brasileira de fatos
de banho, como se o plano divinal tivesse sido, desde o início, criar a cabeça mais luminosa no pedestal mais vistoso, músculo e pose servindo de combustível a grandes ideias. Promessa cumprida! Cresceu em Londres, no Rio de Janeiro e em Manhattan, se é que tal enciclopédia de saber se pode imaginar. Fez-se notar tanto na televisão americana como na brasileira – em “Su-
per Xuxa”, de 1988, Jordana ganha lugar a ser mencionada, pela primeira vez, no ecrã. Tinha oito anos. Alguns anos mais tarde domina tanto a comicidade física e verbal como a soturnidade misteriosa da femme fatale, hoje totalmente triste com a ideia de ter perdido o grande amigo Paul Walker (fatalmente sinistrado num acidente de automóvel num momento em que a Jordana se encontrava no Texas a filmar para a televisão).
O coração da memória caiu pesado na conversa. O filme teve de ser terminado sem a presença de um dos atores principais, o Paul Walker. Como fizeram essas cenas? Foi bom que
os dois irmãos dele, o Cody e o Caleb, nos tivessem ajudado a completar algumas cenas. Sem eles não teria sido possível dar uma conclusão à história. Não lhe sei revelar muito desses aspetos
Memória de Paul Walker
“Senti-me sempre fora de perigo quando ele andava por perto. Mais do que outra faceta, acho que vou manter vivo o espírito da pessoa que ele era”
CINEMA | 11
técnicos do trabalho. Mas posso garantir que a cena final em Malibu foi muito difícil de fazer. Havia uma enorme carga emocional no ar. Filmar o sétimo capítulo sem o Paul é algo que ainda me custa lembrar. Só o simples ato de ir todas as manhãs para o local de filmagens, e saber que ele não ia estar lá, era difícil. Ou, por exemplo, sentar-me na cadeira da maquilhagem e esperar que, a qualquer momento, ele entrasse por ali para alegrar o ambiente como sempre fez. Foi tudo muito surreal. Ainda agora, chegada ao hotel para fazer a promoção do filme, a primeira coisa que faço quando me encontro com os outros atores é desatar a chorar histericamente. Quais são as melhores recordações que tem dele? É tudo tão estranho
porque, se eu for a analisar bem, não tenho nenhumas recordações más dele. Era o tipo de pessoa aberta, genuína e bonita. Era assim normalmente e, por isso, foi assim que tratou sempre os seus colegas do cinema. Era uma pessoa muito calorosa que dava grande atenção aos pormenores de segurança nas cenas arriscadas e mortais que faziam parte do guião. Senti-me sempre fora de perigo quando ele andava por perto. Mais do que outra faceta, acho que vou manter vivo o espírito da pessoa que ele era.
Entretanto, já foi vista na série televisiva “Dallas”. Teve pena que tivesse acabado? Tive. Mas, ao menos, foi
possível dar um fim credível aos temas que tinham sido abordados. Além disso, foi gratificante verificar que a série tinha realmente muitos fãs. Gostei que se tivessem reunido no Twitter, em campanha, fazendo esforço para que a série não fosse cancelada. Outro aspeto novo na sua vida, desde o último “Fast and Furious”, é ter-se tornado mãe. Como se tem dado nesse papel? Cabe-lhe como uma luva ou provoca insónia? Sabe,
sempre fui o tipo de pessoa que gosta de manter as coisas sob controlo. Tenho uma personalidade, digamos, dominante. Ser mãe veio mudar a situação por completo. Ficou tudo virado de pernas para o ar, do avesso. Uma mãe é aquela criatura que não consegue nunca preparar o futuro. A vida torna-se muito mais inesperada porque as situações estão constantemente em fase de evolução. Mas tem sido divertido, além de ser uma grande lição sobre a vida. Não achou o processo perfeitamente natural? Os homens, que apreciam de fora, acham sempre que uma mãe se adapta naturalmente ao que lhe surge pela frente nas questões da maternidade… Sim, é um processo
natural e muito gratificante. Gosto muito de saber, por exemplo,
Crescimento
“A diferença está na dimensão. No primeiro pedia-se um intervalo de duas horas entre cenas movimentadas. Agora os atores trabalham num sítio e os carros estão às cambalhotas noutro” que agora estou ligada ao meu bebé por um amor incondicional. O maior desafio veio das expetativas criadas por mim mesma. Presumi que ia ser naturalmente dotada. Não previ que, de 4 em 4 meses, ia mudar tudo. Ia mudar o ritmo do sono e o ritmo das fraldas, o espaço entre as refeições e a hora da brincadeira, o horário para isto e a hora certa para aquilo. A dificuldade foi mais logística que outra coisa. Que relação tem com os horários sempre novos das tendências da moda? Vejo que hoje veio vestida por… Vestido Philip Lim
e sapatos Suart Weitzman. E os seus criadores de roupa prediletos quais são? Adoro o trabalho da Mo-
nique Lhuillier porque constrói peças muito elegantes que fazem de mim uma espécie de princesa. Gosto de promover os filmes que faço porque é sempre aquela época do ano em que trabalho de perto com estilistas e fico mais com ar Barbie. Voltando a estes filmes da série “Fast and Furious”: qual é a maior di-
ferença entre o primeiro episódio e este que agora chega aos cinemas? A maior diferença foi o
sétimo episódio ter sido rematado, em parte, sem o Paul Walker. Mas ainda bem que conseguimos terminar as cenas. O público que já era fã dele vai poder observar e apreciar o que o Paul andava a fazer pouco antes de falecer. De resto, a diferença está na dimensão. No primeiro era pedido aos atores que esperassem cerca de duas horas entre cada uma das cenas mais movimentadas de perseguição automóvel. Era preciso desobstruir as ruas e as avenidas, limpar os estilhaços e voltar a colocar os carros outra vez no lugar de partida. Agora temos duas equipas de filmagem. Os atores trabalham num sítio e os carros são postos às cambalhotas noutro sítio. O grupo de atores cresceu. Temos o Kurt Russell, o Jason Statham e o Djimon Hounsou. Que dizer, a aventura é agora muito maior e excitante.
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ZOOM | 12
O seu gato vai ficar feliz para sempre se transformar as paredes desocupadas lá de casa num verdadeiro parque felino vertical com parapeitos, pontes, desníveis e aqueles postes para arranharem – tão importantes que são. METRO WORLD NEWS FOTOS: GOLDTATZE
Um decordador de interiores... para gatos Um carpinteiro alemão e a sua equipa têm transformado várias casas em elaborados parques de diversões para gatos. A empresa chamada Goldtatze (em português: “Pata de ouro”) faz os gatos andarem num sobe e desce constante. Mas, claro, com um estilo de vida mais endinheirado. Todos os “parques” são à medida da casa de cada dono, feitos a partir de materiais naturais. Stefan Hofmann, fundador da Goldtatze, diz: “Cada gato é especial, por isso também o ambiente de cada um. Damos nova vida aos ‘quartos de gatos’ com elementos naturais, mas luxuosos, que rivalizam com o mundo ‘exterior’.” Mais informações: http://www.goldtatze.de
Brincadeiras felinas perfeitas lá para casa Filosofia felina no centro das instalações domésticas “Se o gato não consegue ambientar-se à nossa natureza, então a natureza há-de encontrar uma forma de entrar no nosso apartamento”, diz Hofmann.
Clientes a olharem felizes para os seus animais... felizes O criador das peças domésticas lembra a história de um cliente a descrever o passeio de um gato pelo teto da casa: “Deitei-me de barriga para cima e olhei para ele a sorrir. Deve ter sentido que estava no céu.”
Tudo o que um gatinho precisa As instalações incluem passadeiras nas paredes, redes para gatos entre o teto e pontes suspensas; arranhadores feitos a partir de galhos de árvores verdadeiras.
Gatos não são os únicos a “ronronar” O mobiliário felino também é uma bênção para os donos. “Se dermos uma dimensão superior aos gatos, vamos ter mais espaço para nós.”
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TRAVEL | 13
Vietname: festa do sabor Viagens. Para a melhor cozinha vietnamita, esqueça os restaurantes enganadores: coma nas ruas como os locais. Encontre marisco sublime em Phu Quoc, no extremo sul.
Dicas ONDE COMER A comida mais deliciosa no Vietname encontra-se nas bancas de rua. Se quer comer bem sem pôr em risco o sistema digestivo, em Hanoi pode ir a restaurantes como Nha Hang Ngon ou Highway 4, conhecidos por servir autênticos clássicos. Em Ho Chi Minh (Saigão), espreite Cuc Gach Quan, o Temple Club ou Hoa Tuc. ONDE FICAR Em Hanoi tem de ser no Metropole, um dos mais conhecidos da Indochina (sofitel.com). Em Saigão, o Hotel Continental é o rei: é um dos hotéis de “O Americano Tranquilo”, livro clássico de Graham Greene (continentalhotel.com.vn)
A cozinha vietnamita mistura várias texturas: pratos que são, ao mesmo tempo, estaladiços e macios. O Bun Cha é um bom exemplo.
Quando os veraneantes se dirigem para o Vietname, as agências de viagem começam a “dar-lhe à séria” na promoção dos rolinhos-primavera. Mas vamos lá esclarecer uma coisa: os rolinhos-primavera são estaladiços, derretem-se na boca e sabem maravilhosamente bem. Mas ao contrário do que se pensa e de todo o folclore feito à sua volta, não fazem parte da gastronomia nacional. Com exceção do “pho”, comido em todo o país, o Vietname não tem outro prato que tenha o dom da ubiquidade. De uma maneira geral, os sabores são vibrantes –
cebolinha, sumo de lima, citronela, coentros, alho, gengibre, molho de peixe e chili. A cozinha vietnamita também mistura texturas: por exemplo, pode conseguir um prato que é, ao mesmo tempo estaladiço e macio. “Bun cha” é um bom exemplo, já que a carne, os noodles e as ervas frescas têm todos diferentes texturas. No entanto, tal como as paisagens e a biodiversidade do Vietname, a cozinha em cada região, cidade ou vila é diferente. Pegue-se no exemplo de Phu Quoc: uma ilha paradisíaca no ex-
tremo-sul: aqui, o “catrich” (arenque) é tão bom e fresco que é comido cru embebido em sumo de limão. Também é assim o marisco, que até nos faz esquecer as praias, os mergulhos e as viagens de pesca para nos dedicarmos só à cozinha. A cidade de Ho Chi Minh (Saigão) é também um terror para a linha, já que os vietnamitas têm uma obsessão com carnes doces e saborosas e peixe. Mas os grandes petiscos são as versões à moda de Saigão dos pratos da antiga capital do império, Hue. Os locais pegaram nas iguarias, deram-lhes um
VIAJAR Aventure-se. É fácil ter companhia para a viagem costeira de Saigão para Hanoi, ou vice-versa. Encontre um tradutor e não perca do Delta do Mekong, as Terras Altas (no centro) ou Ha Giang, no norte.
toque local que faz saber ainda melhor. Para experimentar uma mistura rica da gastronomia regional e sulista, vá ao restaurante Hoa Tuc. A capital de comer na rua é Hanoi. A população amontoa-se em pequenos bancos nas ruas, a comer grandes sopas de noodles, petiscos fritos, rolos de arroz e METRO WORLD NEWS muito mais.
5 PRATOS PARA DEGUSTAR QUANDO FOR AO VIETNAME
PHO Em Hanoi e Saigão abunda esta sopa leve, de arroz e noodles. Pronuncie “fur” e aponte para os de vaca ou frango: este é raro e cozinha-se no complexo e saboroso caldo. Acrescente lima, chili e pão doce.
BUN CHA Este almoço típico de Hanoi é perfeito para o verão. Feito de caldo de peixe, aletria fresca, ervas aromáticas, hambúrgueres de porco grelhados em chamas e bacon ao estilo vietnamita, dá para sentir o cheirinho bom à distância.
CHA CA LA VONG Um famoso prato nortenho de peixe do rio frito na sua mesa, com noodles gordurosos, amêndoas torradas, molho de peixe, cebolas e aneto para um jantar leve, mas preenchido. O melhor mesmo é comê-lo na Cha Ca Street, em Hanoi.
BANH XEO Versão vietnamita dos crepes de camarão franceses, com rebentos e carne de porco. É crocante, leve e ingerido enrolado em folhas de mostarda com ervas e legumes em conserva que são mergulhadas em molho de peixe doce.
COM TAM SUON Prato de Saigão com trinca de arroz e porco grelhado. O arroz (com tam) é cozinhado em grandes panelas; o nuong suon (carne de porco doce) é grelhado na rua. Serve-se com legumes em conserva e molho de peixe doce e picante.
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SPORT
Itália e Inglaterra amarram-se em Turim (1-1) Duas seleções históricas do futebol mundial defrontaram-se ontem em Turim sem que nenhuma saísse propriamente a rir da outra. Adiantou-se a Itália, com um golo aos 29 minutos de Graziano Pelle. A pontaria do avançado do Southampton valeu uma vantagem mínima aos transalpinos que seria mantida até aos 79 minutos, quando Andros Townsend (Tottenham) rematou forte e cruzado, de fora da área, para as redes à guarda de Buffon. © REUTERS
Cabo Verde faz a festa na Amoreira José Fontelas Gomes
“Quem decide os campeonatos são os jogadores e os treinadores. Há competência e incompetência em todas as atividades. A arbitragem não é exceção” Resposta do presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol às declarações do treinador do FC Porto, Julen Lopetegui, o qual afirmou na véspera, ao Porto Canal, que “não podem ser os árbitros a decidir o campeonato”.
Seleção. De uma forma ou de outra, Cabo Verde ganharia sempre o jogo de ontem, destinado a angariar fundos para as vítimas do vulcão da ilha do Fogo. Mas levou essa ideia à letra. Ao útil, a receita do encontro (€50.000) que será direcionada para a recuperação económica da ilha e auxílio a todos os atingidos, os cabo-verdianos juntaram o agradável: uma vitória por 2-0 contra Portugal no estádio da Amoreira. Não é certo que Cabo Verde jogue “melhor do que a Sérvia”, como o selecionador dos “tubaPORTUGAL rões azuis”, Rui Águas, disse na antevisão. Afinal de contas, rematou apenas duas vezes durante o jogo de ontem, dando-se o caso de que em ambos fez golo: primeiro por Odair, num cruzamento-remate fortuito, que desviou em Antunes e enganou o guarda-redes Anthony
Lopes, um dos sete estreantes portugueses; depois por Gegé, que antes de marcar também beneficiou de um desvio alheio. O que parece consensual é que a versão da Seleção que ontem evoluiu deixa muito a desejar face às escolhas habituais – só Hugo Almeida e Vieirinha eram rostos conhecidos. Num jogo atípico, nota positiva para CABO VERDE Bernardo Silva, cujo pé esquerdo espalhou charme nos 62 minutos em que foi utilizado; ao invés, foi de tapar os olhos o desempenho de Hugo Almeida, que esta época desativou o faro do golo que ainda o tornava útil – um remate certeiro em jogos oficiais – e ontem demonstrou porquê.
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Portugal: estreias • Anthony Lopes (Lyon) • Paulo Oliveira (Sporting) • André Pinto (Sp. Braga) • Bernardo Silva (Monaco) • Ukra (Rio Ave) • Danilo (Marítimo) • André André (V. Guimarães)
O jogo ficou ainda marcado pela expulsão direta de outro estreante, André Pinto. O central do Sp. Braga travou Heldon em falta aos 60m quando o leão cedido ao Córdoba seguia isolado para a baliza, e apagou qualquer réstia de esperança numa recuperação. Os minutos finais foram disputados ao som de “olés” cabo-verdianos vindos das bancadas. Não era para tanto, pelo menos ao nível do futebol praticado, mas isso pouco importa: afinal a noite era mais de festa para o convidado do que para o RUI ALEXANDRE COELHO anfitrião.
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Seleção sub-21
Portugal perde último ensaio, em Praga A Seleção de sub-21 saiu derrotada por 1-0 de um jogo particular diante da República Checa, em Praga, no último teste antes do Euro 2015 da categoria a realizar naquele país. Skalak marcou de penalty o golo do triunfo checo aos 73m. Recorde-se que Inglaterra (18 de junho), Itália (21) e Suécia (24) são os adversários portugueses no grupo B da prova.
Fórmula 1
Vettel foi “surpresa total” para Rosberg Depois do diretor da Mercedes, agora foi o piloto da escuderia, Nico Rosberg, a admitir que a vitória de Sebastian Vettel (Ferrari) na Malásia foi uma “surpresa total”. “Depois da nossa dupla vitória na Austrália [pilotos e construtores], cheguei a dizer que esperava mais concorrência da Ferrari...”, escreveu o alemão na sua coluna semanal no jornal Bild.
Djokovic, o reformador Ténis. O primeiro tenista do ranking mundial é da opinião que a Taça Davis não tem um formato atrativo para jogadores e fãs. Depois de afastar o belga Steve Darcis rumo aos “oitavos” em Miami, Novak Djokovic surgiu na sala de imprensa e criticou a calendarização da prova de seleções, que se estende por todo o ano e com eliminatórias a seguir aos torneios major. “O importante é que os jogadores de maior nível estejam presentes”, disse, ressalvando que isso tem sucedido por se supor “riscos de lesões”. O ideal, defendeu, seria a competição ter um modelo aproximado ao do Mundial de futebol: um torneio de duas semanas a cada ano que reúna 16 equipas em quatro grupos. Depois decidia-se o título numa final-four, propôs a estrela de BelRUI ALEXANDRE COELHO grado.
NBA. Portland é a décima equipa nos play-offs A duas semanas do fim da fase regular (82 jogos), a lista de apurados para os play-offs cresceu para dez, cortesia dos Portland Trail Blazers. Comandados pelo base Damian Lillard (19 pontos, quatro ressaltos e sete assistências), os Trail Blazers bateram em casa os Phoenix Suns (109-86) e juntaram-se a Warriors, Grizzlies, Rockets e Clippers nos qualificados de Oeste. Na conferência Este também já há 5 bilhetes reservados: Hawks, Cavaliers, Bulls, Raptors e Wizards.
Luta
6 Djokovic: “A Taça Davis é a única prova por equipas (...); por isso, devemos potenciá-la e organizá-la de forma adequada.” © EPA
vagas estão abertas, três por conferência. Em Oeste, esses lugares são, à data, dos Spurs, dos Mavericks e dos Thunder – por esta ordem. Na conferência Este sucede o mesmo com Bucks, Heat e Celtics. PUB
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BdP obriga a cumprir contratos Banca. O Banco de Portugal (BdP) vai obrigar as instituições a cumprir as condições estabelecidas nos contratos de crédito indexadas à Euribor. Em comunicado, o supervisor do sistema financeiro refere que os contratos existentes, sejam eles de crédito à habitação, pessoal ou às empresas, os bancos “devem respeitar as condições estabelecidas para a determinação da taxa de juro celebrados com os clientes”. Ou seja, por exemplo, num crédito à habitação com taxa variável a três meses, se a Euribor for negativa e se o spread (margem de lucro do banco) for baixo, poderá dar-se o caso de o banco ter de “pagar” o dinheiro emprestado, abatendo no capital em dívida. Para o BdP, as instituições têm de cumprir os de-
cretos-lei de 2006 e 2007 em que “quando a taxa de juro aplicada a contratos de crédito e financiamento esteja indexada a um índice de referência, deve resultar da média aritmética simples das cotações diárias do mês anterior ao período de contagem dos juros”.
Sem limites Nos contratos de crédito existentes, “não podem ser introduzidos limites à variação do indexante que impeçam a plena produção dos efeitos decorrentes da aplicação desta regra geral”.
16 Nacional
Segunda recontagem mantém maioria absoluta A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou ontem que a segunda recontagem dos votos confirmou que o PSD conseguiu a maioria absoluta nas eleições da Madeira de domingo. Depois de serem atribuídos 24 deputados ao PSD, ontem, uma primeira recontagem retirou a 11ª maioria absoluta. O PSD perdera um deputado em benefício da CDU. Mas os votos de Porto Santo não tinham sido contabilizados por erro informático e contabilizando-os “o PSD mantém a maioria absoluta”, afirmou um porta-voz da CNE.
Sport
Murray avança em Miami O britânico Andy Murray superou a oposição do sul-africano Kevin Anderson, por dois sets a um (6-4, 3-6 e 6-3), e carimbou presença nos quartos de final do Masters 1000 de Miami, onde vai defrontar o austríaco Dominic Thiem. Tomas Berdych, Juan Monaco e David Ferrer também se qualificaram.
Na rede www.telegraph.co.uk/technology
“No Dia das Mentiras, a Google vai permitir aos seus utilizadores jogarem PacMan nas ruas do Google Maps. Para aceder, basta clicarem no ícone que vai estar localizado no canto inferior esquerdo do ecrã.”
Bolsa
O dia a dia dos mercados Petróleo
Ouro
Psi-20
$55,11 (-2,09%)
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5.968,53 (-0,79%)
Euro para: Dólar 1,074; Libra 0,723; Real 3,439
NATO mostra a sua presença na Europa de Leste A “Dragoon Ride” chegou ontem a Praga, capital da República Checa, onde faz uma paragem de um dia. Esta é uma operação que leva os soldados norte-americanos que terminaram uma missão no Báltico de volta à sua base na Alemanha. Uma viagem de mais de 1.500km que passou ainda por Letónia, Lituânia e Polónia e tem como objetivo mostrar a força dos EUA e dos seus aliados da NATO na Europa de Leste numa altura em que a tensão com a Rússia está muito elevada. © EPA
Metro Portugal Rua Luciana Stegagno Picchio, n.º 3, 1549-023 LISBOA - PORTUGAL E-mail: geral@metroportugal.com METRO PORTUGAL Título licenciado a Transjornal – Edição de Publicações, SA pertencente à PROPRIEDADE Metro International, SA, EDITORA Transjornal – Edição de Publicações, SA., Capital Social €50.000,00, Contribuinte 505338602, registada na C.R.C de Cascais nº 505338602, Principal acionista Metro News – Publicações, S.A (100%) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Alda Delgado, António Simões Silva, Luís Santana, Paulo Fernandes, Pedro Araújo e Sá Depósito Legal: 220825/04, ERC nº 124635, Periodicidade Diária Distribuição Gratuita Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas S.A. Rua Consiglieri Pedroso 90, Casal de Santa Leopoldina, 2730-053 Queluz de Baixo DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL Ricardo Branco Diretora-adjunta Ana Silveira Agências Adriana Macedo, Daniel Barata, Margarida Rego, Paula Tavares, Raquel Pinto; Diretos Filomena Mestre, Helena Sanhudo, Joana Almeida, João Rodrigues, Luís Farinha Planeamento Maria da Luz Veiga Tel. 210494204/210494815; Fax 21 049 31 34 PORTO Gabriela Raposo, Tiago Medeiros Tel. 22 532 23 09 Fax 22 532 23 99 E-mail publicidade@metroportugal.com DESIGN GRÁFICO Joana Pio, Rui Gonçalves DIRETORA MARKETING Isabel Rodrigues Diretor-adjunto João Aleixo Gestor de Produto Manuel Aleixo Passatempos Marta Tavares (info@clubedepassatempos.pt) Ativações e Eventos Carlota Montenegro, David Fernandes, Mafalda Esteves, Maria Barbosa, Tania Sant’ Ana CHEFE DE DISTRIBUIÇÃO José Magalhães Distribuição António Caldeira, Orlando Lopes (Porto) DIRETOR Diogo Torgal Ferreira Editor Executivo Magalhães Afonso Coordenador Bruno Martins Redação Luís Carmo, Patrícia Tadeia, Rui Alexandre Coelho, Raquel Madureira (Porto) Editora gráfica Sónia Santos Grafismo Rita Alves, Túlio Vasco Fotografia Laura Haanpää Assistente Ana Rodrigues Revisão Catarina Poderoso.