Metrópole 19

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Nº19 | AGOSTO - 2013 | R$ 12, 90

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M E T R O P O L E R E V I S T A . C O M . B R

H O B B Y

UMA VISITA AO HORÁCULO A R Q U I T E T U R A

VOLUMETRIA SIMÉTRICA E MINIMALISMO

OLOBO E N S A I O

F O T O G R Á F I C O

E A MENINA DA CAPA VERMELHA

B E M - E S TA R E S A Ú D E

SOPAS PARA AQUECER O INVERNO M Ú S I C A

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ÍNDICE

08

HOBBY

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VINTAGE

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SUSTENTABILIDADE

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ARQUITETURA

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FOTOGRAFIA

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METRODECOR

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CUSTOMIZAÇÃO

38

SPOT

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DICAS CULTURAIS

46

MÚSICA

48

METROBYTES

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BEM-ESTAR E SAÚDE

52

DESTAQUE

54

OTORRINOLARINGOLOGIA

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ENTREVISTA

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DERMATOLOGIA

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OTORRINOLARINGOLOGIA

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CORPO E MOVIMENTO

Uma visita ao “Horáculo” Uma sexagenária cheia de charme Rodrigo Pasquini

Volumetria Simétrica e Minimalismo Cliques compulsivos touchscreen Raíssa Schebeleski Danieli Veiga Fio Artes

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ENSAIO FOTOGRÁFICO

O Lobo e a Menina da Capa Vermelha

Sinfonia nas 10 cordas: a viola caipira de Marcelo Simões Cláudio Resende EXPEDIENTE

Capa

Sopas para aquecer o Inverno Eli Martinelli

Dra. Maria Carolina Corpa Gurgel Dra. Mônica Fernandes Dra. Flávia B. do Amaral Isabela Schwab

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ARTES PLÁSTICAS

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BACKSTAGE

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HOBBY

Uma visita

AO “HORÁCULO” TEXTO GRACIELI POLAK

| FOTOS FERNANDO NUNES

lhando do lado de fora, dificilmente alguém acertaria o que abriga a construção inusitada perto do Parque do Lago. No terreno bem cuidado, apenas uma pequena elevação e uma porta solitária delimitam o local, especialmente projetado para dar melhores condições de abrigo para algumas centenas de garrafas de vinho – e conforto e privacidade para os bebedores. “Muita gente já perguntou se aqui é algum tipo de estação de luz ou de água, alguma coisa assim. Isso aqui é um mistério”, conta o agricultor Horácio M. Pinheiro, dono e idealizador do espaço. Descendo a escada, já debaixo da terra, a impressão é outra. O local traduz a atmosfera para que foi criado, com iluminação baixa e som bem distribuído pelo espaço. A decoração intimista proporciona a sensação de se estar em um lugar realmente diferente do habitual. Um espaço pensado especialmente para uma boa degustação de vinhos. A adega, que abriga também uma espécie de pub intimista, é um capítulo à parte para a Confraria do Horáculo, mas nem sempre as reuniões foram feitas no bunker. Obra inusitada A ideia de construir uma adega surgiu durante uma das sextas-feiras dedicadas a degustar a bebida, no escritório do advogado Jeferson Peliser. Uma vez por semana os amigos se reuniam e iam ficando até muito além do expediente. Mas fazer essas reuniões em um escritório de um prédio comercial não condizia com a ideia de privacidade que tinham. Nem mesmo os vinhos, que se acumulavam nas despensas de casa, estavam bem guardados. E foi aí que a adega começou a ser construída – pelo menos na cabeça de Horácio. “A ideia era reunir de oito a dez amigos para construir junto, mas não encontrei quem topasse. Um dia surtei e resolvi que ia construir sozinho”, conta.

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O inverno bateu à nossa porta e é com esse friozinho que Metrópole dá continuidade à série de degustadores de vinho de Campo Mourão. Nesta edição, visitamos o Horáculo, que reúne um grupo de amigos todas as semanas para degustar vinho e conversar sobre a vida, mas em um lugar diferente: uma adega subterrânea.


Veja mais em:

metropolerevista.com.br/m/19/horaculo Horåcio M. Pinheiro, dono e idealizador do espaço onde acontecem as reuniþes


HOBBY

André Pacholek Jeferson Peliser Rogério Tonet

Claudinho Santana

Horácio

Flávio Henrique Lopes

Sem sócio no empreendimento, ele e um amigo começaram a desenhar o projeto do bunker. A proposta inicial era de construir o ambiente completamente abaixo do nível do solo, mas, no meio das escavações, barreiras naturais dificultaram o processo. Com muita água e uma laje de pedras, ele achou que era hora de parar por ali, sem complicar mais o projeto, que se arrastou por alguns anos. Da ideia, para a finalização do espaço, foram quase cinco anos. Horácio conta que foram pelo menos dois, tentando convencer os amigos a investir no projeto de construção. Com a obra iniciada, foram cerca de três anos até conseguir concluir e deixar do jeito imaginado, sem nada para botar defeito. A inauguração foi em 2007.

amigos. O espaço é de Horácio, mas o apreço ao vinho é de todos e a confraria se estabelece quase sem nenhuma regra, baseada apenas na boa convivência. Toda quarta-feira é sagrada para o grupo, que reúne amigos ligados justamente pela bebida. Nessa turma estão os advogados Jeferson Peliser – que antes emprestava o escritório – e André Pacholek, os administradores Demar Pereira e Flávio Henrique Lopes, o empresário Claudinho Santana e o professor Rogério Tonet. “Mas tem muito mais gente que vem aqui, com mais ou menos frequência”, revela Rogério. De acordo com Horácio, o ambiente foi planejado para abrigar amigos e bons apreciadores da bebida, por isso a adega está sempre aberta para quem, como ele, aprecia a bebida e os bons momentos que ela proporciona. E nesses anos em que está aberta, o movimento foi grande, com antigos e novos amigos que foram se achando.

A turma das quartas Adega pronta, o jeito foi levar os vinhos para lá e aproveitar o espaço e os

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Demar Pereira

Um deles é o administrador Flávio Lopes, que hoje recebe o honroso título de presidente da confraria. “Presidente de brincadeira, porque a gente só precisava organizar um pouco a faxina do local depois das reuniões, tratar de questões práticas. Alguém tinha de administrar isso”, se diverte. Tirando a administração funcional de Flávio, não existem muitas regras para os frequentadores. Para manter a ordem nas reuniões, cada um leva uma garrafa de vinho. A comida eles racham. Nas quartas-feiras só vão os homens, para conversar sobre futebol, música ou para fazer planos de conquistar o mundo. Bons vinhos Com uma gama de opções de vinhos de vários níveis e de diversas origens armazenados na adega, há espaço para vários gostos. Horácio tem predileção pelos vinhos europeus, gosto que



HOBBY

Para acompanhar um bom vinho, nada melhor que um delicioso bacalhau

divide com Flávio. Já André prefere as bebidas espanholas e italianas, enquanto Rogério faz questão de frisar a qualidade de vinhos sul americanos, principalmente argentinos e chilenos. O professor, além de apreciar a degustação dos vinhos, defende a busca pela qualidade empregada pelos principais produtores para que tenham chegado a esse patamar. “O Dom Melchor, um vinho muito conhecido, é da vinícola ‘Concha y Toro’ a quarta maior do mundo. E eles tiveram a preocupação de, a partir década de 70, trazer cepas de uva e enólogos para o Chile, o que foi elementar para elevar a qualidade desse vinho”, salienta Rogério Além da degustação, Rogério aprecia também escrever sobre os vinhos tomados. Lê sobre o assunto e sempre tem uma sugestão. Para isso, segundo ele, é importante a troca de opiniões entre os amigos e também a experimentação de novos sabores. “Se você sente um aroma no vinho que às vezes não consegue identificar é bom falar, compartilhar a impressão. Muitas vezes isso rende algumas risadas, mas a troca de informações é muito válida”, relata. Elemento vivo Os vinhos consumidos na adega são diretamente relacionados aos gostos pessoais dos frequentadores. Como

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JUMP


HOBBY

Algumas amostras dos vinhos na Adega de Horácio

cada um traz uma garrafa por reunião, a variedade é grande. Na coleção particular de Horácio, então, há garrafas de diferentes origens e também variadas safras do mesmo vinho. “O barato do vinho é isso, uma garrafa nunca ser igual à outra. A cada ano o vinho é diferente e isso é maravilhoso”, conta Rogério. “E é por isso que se guarda. Para poder comparar, verificar o estágio de desenvolvimento do vinho”, ressalta Horácio. E aí se justifica todo o esforço em construir a adega: para dar condições para que os vinhos se desenvolvam em condições ideais. E quais são essas condições ideais? “Mínimo de variação de temperatura, umidade e pouca luz. Se tem muita luz incidindo na garrafa, ela sofre alteração. No subterrâneo é mais fácil manter a temperatura com pouca variação”, explica Horácio, que não se arrepende nem um pouquinho do investimento feito na adega. “Tem vinhos que comprei logo depois de vir para a adega que estão maravilhosos. O vinho é um elemento vivo. Ele nasce, amadurece e

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“O vinho é um elemento vivo. Ele nasce, amadurece e envelhece. Conservá-lo em condições ideais faz com que essa vida seja prolongada e melhor apreciada”.

Horácio Pinheiro

envelhece. Conservá-lo em condições ideais faz com que essa vida seja prolongada e melhor apreciada”, defende. Centro das atenções Dentre os muitos assuntos discutidos na adega, um dos principais é o próprio Horácio, de onde vem o nome da confraria, decidido durante a visita de Metrópole. “É o Horácio que acaba influenciando tudo que a gente conversa aqui. E, se o Horácio não vem, o assunto acaba sendo a ausência do Horácio”, conta Jeferson. No rol das brincadeiras, os amigos costumam escrever atas em um caderninho que mantêm a várias mãos. Ali são registrados acontecimentos de Campo Mourão, visitas inusitadas e al-

gumas ideias. “E as frases célebres do Horácio”, brinca André. Acima de tudo, a adega, ressaltam os amigos, é um lugar para se pensar e para conversar sobre tudo. Com vinho junto, tudo fica ainda melhor. “O vinho é a forma mais elegante de se embriagar. E a gente bebe vinho para ficar alegre, para expandir a mente”, conclui Rogério.

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HOBBY

QUER APROVEITAR O INVERNO E COMEÇAR A DEGUSTAR VINHOS? CONFIRA AS DICAS DO HORÁCULO: • • • •

Experimente um Merlot. O vinho é ideal para quem está começando. Sinta o aroma com cada uma das narinas. Acredite, a percepção é diferente. Prove diferentes vinhos: só assim você descobre do que realmente gosta. Reúna amigos para suas degustações. A companhia é uma boa aliada, além de tornar a bebida ainda mais agradável.

VINHOS DA NOITE POR ROGÉRIO TONET

Quinta da Terrugem 2006 (Portugal). Excepcional vinho alentejano, equilibradíssimo e de boa persistência. Aromático na boca, de média potência, complexo, sabores de frutas negras e a presença do tostado do carvalho. Dom Melchor 2008 (Chile). Primeiro vinho ultra Premium sul americano, é comparável (quanto à qualidade) aos grandes vinhos franceses, tanto que já figurou entre os 10 melhores vinhos do mundo da revista especializada “Wine Spectator”. Predominantemente Cabernet Sauvignon, traz todas as características desta uva, aroma animal, couro e “estrebaria” e na boca é persistente e apesar de potente e “tânico”, é aveludado no final. Tikal Natural Malbec 2011 (Argentina). Um Malbec argentino muito peculiar, diferente dos Malbecs padrão. No nariz frutado e na boca tem um sabor metálico que aparece. Interessante, em especial por ser procedente de vinhedos de manejo orgânico. Marques de Casa Concha Merlot 2009 (Chile). Excelente vinho da Concha y Toro e, nesta uva/safra, levou 91 pontos da revista “Adega”. A linha é sempre avaliada acima dos 90 pontos das principais publicações. Vinho equilibradíssimo, boa acidez e os 14,5% de álcool nem aparecem, boa presença de madeira tanto no aroma como na boca, desce “redondo”. Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2005 (Chile). Outro clássico, o Montes Alpha, rivaliza com os melhores Cabernets europeus e por um preço bem razoável. Este 2005 estava excelente, no ponto para ser degustado, até “leve” perto dos outros Cabernets da noite. DV Catena Syrah-Syrah 2010 (Arg). Os “DV” são velhos conhecidos do público conhecedor de vinhos. Nesta versão, a uva Syrah vem de dois vinhedos diferentes, o que traz mais complexidade ao vinho. Bastante presença de madeira tanto no nariz como na boca.


DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO: •

• •

Compre uma taça grande, pode ser de vidro mesmo (aqui na adega, tudo é de vidro), mas precisa ser “bojuda” para deixar o vinho “respirar”. Um bom vinho “melhora na taça”, ou seja, o contato com o ar vai deixando o vinho cada vez mais equilibrado. Esqueça saca-rolhas complicados. Existem três que são importantes conhecer: o saca-rolhas do tipo “sommelier”, ou “amigo do garçom” que é simples, parece um canivete e é o que usamos durante a reportagem. Outro importante é o de lâmina, que deve ser usado com vinhos guardados há muitos anos, para evitar que a rolha esfarele. Por fim, o saca-rolhas a gás, substitui os outros dois, com o inconveniente que precisa ser recarregado, trocando-se a carga de gás. É importante observar a “temperatura de serviço” do vinho. Existem várias indicações de temperatura para cada tipo de vinho. Para simplificar: tintos entre 15 e 17°C, brancos entre 10 e 12°C e espumantes de 5 a 7°C. A afirmação: “vinho: quanto mais velho melhor” é verdadeira? A resposta é categórica: “Depende!”. Vinhos “de guarda”, sim, melhoram com o tempo, pois a oxidação vai “amansando” os taninos e equilibrando o álcool e a acidez. Nesta classe estão os grandes Bordeaux, bons Cabernets Sauvignons e alguns brancos muito especiais. No geral, vinhos tintos com teor alcoólico mais alto (acima de 13,5%) ou de castas mais potentes podem ser guardados por até 8 anos. Alguns vinhos muito especiais, como os grandes franceses e italianos, além dos fortificados como os do Porto podem ser guardados por 40, 50 anos. No geral, os vinhos “modernos”, são produzidos para consumo imediato, não melhorarão com o tempo e duram apenas uns três anos. Como guardar vinhos? Observe duas variáveis: temperatura e umidade. Quanto menor a variação de temperatura, melhor. Idealmente uma adega deve manter-se em temperaturas amenas, nunca acima de 18, no máximo, 20°C. A umidade não deve ficar abaixo de 70%, pois, as rolhas podem ficar ressecadas e racharem. É importante manter os vinhos protegidos da luz. Por isso que uma adega subterrânea é ideal para guarda de vinhos por longo tempo. Compre um decanter, de vidro mesmo. Esse equipamento tem duas utilidades: a) decantar vinhos guardados há muitos anos, pois acumula sedimentos sólidos no fundo da garrafa, separando o líquido que será degustado; b) para deixar o vinho “arejar” ou “aerar”, ou seja, acelerar o processo de oxidação do vinho (que demoraria anos para acontecer com o vinho vedado por uma rolha). Para essa segunda utilidade existem “aeradores” que são peças que são adaptadas às garrafas fazendo o vinho circular, ondular ou borbulhar aumentando o contato com o ar. Degustar vinhos é passear pelo mundo. Procure experimentar vinhos de várias partes do mundo e compare como aromas e sabores variam mesmo se as cepas (variedades de uvas) forem as mesmas.

DICAS DE VINHOS BÁSICOS, FÁCEIS DE ENCONTRAR: A ideia aqui é indicar vinhos bons, de várias procedências e cepas, mas sempre de preço acessível. •

• •

Werry Werry Woods Merlot – vinho australiano, simples e agradável. A uva merlot é ideal para começar a degustar vinhos, pois é “saborosa” e “aveludada”, mas não é tão leve que impeça o iniciante a continuar a procurar vinhos mais encorpados. Estremoz “.COM” – vinho português, da região do Alentejo, bom para conhecer as cepas portuguesas (Turiga, Trincadeira e Aragonês, além da Cabernet Sauvignon). Bom vinho a um bom preço. Alamos Malbec – Típico “best buy” sul americano. Nesse caso, na uva Malbec, a principal casta argentina. Potente, saboroso, com final de boca aveludado. Recomenda-se deixá-lo no decanter por meia hora antes de degustar, principalmente se a safra for recente.


VINTAGE

UMA SEXAGENÁRIA

CHEIA

de charme TEXTO RENATO J. LOPES FOTOGRAFIA FERNANDO NUNES

ascida na Itália no fim da década de 40, a Lambretta, a princípio lançada como um meio de locomoção de baixo custo, em seus mais de 60 anos conquistou a paixão de muitas pessoas. Entre elas se encontra o casal Luiz Gustavo Chiminácio Gurgel e Mariana Scattu Gurgel, que mantém o seu modelo 1959 em dia, que você pode ver durante o verão, pelas ruas de Campo Mourão. O casal tem uma queda por objetos antigos. Tanto que já moraram em uma casa de madeira, toda decorada com móveis antigos, herdados da avó de Mariana, que foram restaurados, mas que na nova casa não combinam mais. Entre as raridades, estão uma geladeira de 1950 e um fogão a lenha de mais de 100 anos. Mas, o encanto pela Lambretta surgiu numa viagem à Itália, onde se veem muitas pelas ruas. Assim decidiram que teriam uma no Brasil, quando fosse possível. E isso aconteceu há 5 anos, quando eles estavam fazendo compras em um mercado e viram um senhor com uma laranjada e branca, que não quis vender, mas indicou uma pessoa que venderia. Foi assim que chegaram até Paulo Ruela, restaurador que mora no Lar Paraná e na época já havia restaurado mais de 30 Lambrettas, coincidentemente conhecido de Gustavo. “Eu fui falar com ele, havia duas: tinha uma dele, que ele queria caro e estava cheia de fru-fru, mas não era o que a gente queria. E tinha uma – que é essa – que estava cortada na aba dela e estava dourada e chumbo”, lembrou Gustavo. Para que ficasse mais fiel possível à original, eles pesquisaram as cores

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Gustavo e a Lambretta 1959

originais na internet e escolheram um branco vintage. Só que o único lugar que tinha essa cor era a Volkswagen, onde eles pegaram a tinta e ainda acrescentaram um verde pastel que é a cor dela. “Pegamos a cor original, que dentro das cores era amarela, azul, vermelha e verde. Achamos a verde mais bonitinha e mandamos fazer do jeitinho que era a original”, ressaltou Gustavo. As peças foram compradas pela internet, ou numa loja especializada em Curitiba. As únicas que não são originais são os retrovisores, pois os originais não são permitidos pela legislação de trânsito e o pisca, pois não se usava pisca na época da fabricação. Paulo Ruela ficou responsável pela parte mecânica e montagem, sendo pintada depois numa outra empresa e feito o polimento das partes cromadas em Maringá. O processo todo levou de seis a sete meses, de comprar a moto, as peças, arrumar e mandar pra pintar. Depois de pronta, só é preciso man-

ter a manutenção em dia, que segundo Gustavo, não dá muito trabalho. “O que não pode é deixar ela no inverno com gasolina dentro, porque tem que limpar o carburador. Mas se deixar o tanque vazio, desligar a magueirinha, não tem erro. Põe gasolina, bate duas vezes e já pega na partida. Uma pra bombear a gasolina e outra pra funcionar”, enfatiza. Como eles têm a Lambretta mais por hobby, andam pouco, principalmente no verão. “Gosto de ir trabalhar com ela. Não saio pra viajar, até porque o motorzinho dela é fraquinho. Ele é mais de tração. E como ela é 2 tempos, fica o cheiro de gasolina muito forte”, lembrou. Mas, eles não são os únicos proprietários de Lambretta na cidade. Segundo Gustavo, ele sabe de aproximadamente 5 motos. “Tem a do Paulo Ruela, a do senhorzinho que a gente viu, a do Gustavo Bayer e tem mais uma, uma verde. Se tiver 5 na cidade, é muito”, concluiu.


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Eles ganharam

“UM FIM DE SEMANA INESQUECÍVEL EM TERMAS DE JUREMA” Marcos e Adriana Pelisser foram os felizardos que ganharam a promoção: “Um fim de semana inesquecível em Termas de Jurema”, em sorteio realizado por Metrópole e Termas de Jurema, que teve como prêmio duas diárias com acompanhante. O casal é de Campo Mourão, mas atualmente reside em Castanhal, no Pará e veio especialmente para aproveitar o prêmio. O sorteio foi realizado no dia 20 de maio e apenas no mês de julho eles puderam desfrutar do presente. “Podemos realizar o sonho de conhecer esse paraíso e aproveitar para rever a família”, afirmou Adriana. O sorteio teve 1.993 compartilhamentos, envolveu 4.705 usuários, alcançou 91.748 pessoas e teve 1.425 participantes.

Tiago de Andrade

FOI O VENCEDOR DO KIT METROCULT.

Em sorteio realizado no dia 5 de julho, Tiago de Andrade, de Umuarama – PR, levou a sorte grande e faturou o Kit Metrocult, recheado de itens culturais. Ele recebeu os prêmios em mãos no dia seguinte ao sorteio e disse estar muito feliz. “Valeu galera, valeu também por entregar tão rápido! Curti demais!”, afirmou. Participaram do sorteio 363 pessoas, alcançando 24.985 pessoas, envolvendo 940 usuários e 403 compartilhamentos. Fique de olho em novas promoções. Quem sabe você é o próximo ganhador?

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OR SUSTENTABILIDADE

POR RODRIGO SAMPAIO PASQUINI Biólogo, Analista Ambiental e Diretor Ambiental do Instituto Consciência Verde.

Você utiliza materiais

sustentáveis?

s materiais ou produtos utilizados nas construções devem ser fabricados com responsabilidade, e quem usa tem uma parcela fundamental para dar continuidade no processo de sustentabilidade. Muitos produtos que se intitulam verdes ou ecológicos, devem ser questionados se possuem alguma certificação de um órgão ou entidade responsável e confi ável. Vejamos agora alguns materiais e produtos sustentáveis:

Fibras vegetais São excelentes materiais que substituem as fibras de vidro e sintéticas. Possuem características físicas e mecânicas, em alguns casos muito melhores do que as não naturais, principalmente quando incorporadas com compostos plásticos. Feitas à base de uma série de plantas e vegetais como o sisal, o coco, a cana-de-açúcar, o algodão, entre outros, são utilizadas para confecção de uma ampla gama de produtos. Podem ser misturadas ao concreto para agregar maior resistência, ser usadas para fazer telhas, tapumes, revestimentos acústicos e térmicos, painéis, tecidos, tapetes e carpetes. Óleos vegetais Bastante usados em produtos alimentícios, farmacêuticos e atualmente vinculados ao setor energético, na produção de biocombustíveis. Os óleos vegetais também são utilizados em vários produtos aplicados na construção civil. Hoje existem tintas, vernizes, impermeabilizantes e solventes à base desses óleos, que descartam o uso de produtos químicos prejudiciais à saúde. São derivados de inúmeros tipos de vegetais e sementes. Solo Cimento Muito útil em meios rurais, pela disponibilidade da matéria-prima, já que a maior parte da mistura vem do chão. É um tipo de cimento para argamassa ou estrutura, adequado para uso

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em revestimentos de pisos e paredes devido à elasticidade, usado para pavimentação, em muros de arrimo, confecção de tijolos e telhas, sem que haja uma queima prévia. O solo cimento é um material homogêneo resultante da mistura de solo, cimento e água, ideal para construções de pequeno porte. O solo usado é composto por uma parte maior de areia e outra menor de argila. A proporção de cimento e solo fica em torno de 1 para 12, ou seja, uma parte de cimento e outras doze partes de solo. É importante lembrar que o solo cimento mais adequado não pode conter materiais orgânicos e deve ser bem peneirado na fabricação.

Reflorestamento – a madeira de reflorestamento advém de lugares que mantêm uma área de floresta original ou replantada, através de manejos sustentáveis de produção. A atividade prevê a preservação dessas matas ao mesmo tempo em que sustenta o ritmo da extração. Certificadas – as madeiras certificadas são aquelas que conseguem comprovar a origem de onde foram retiradas, através de selos concedidos por órgãos competentes e avaliadores. Um dos mais conhecidos é o selo verde do Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), presente em mais de 50 países.

Concreto reciclado Concreto é um material composto por cimento, areia, água, compostos britados (brita, cascalho ou pedregulho) que eventualmente contém materiais ligantes como colas, fibras e outros aditivos. O concreto reciclável possui inúmeras fórmulas e combinações possíveis. O uso do concreto reciclado tem despertado cada vez mais uma consciência de reaproveitamento dos materiais que antigamente eram descartados, como restos de tijolos e telhas, abrindo espaço para empresas que separam e comercializam materiais que sobram nos canteiros de obras e nas demolições.

Piso intertravado O piso intertravado é composto por peças de concreto modulares, com diversas formas e cores, que são assentadas como um quebra-cabeça, por isso o nome. Muito resistentes, são usados em calçadas, parques e grandes extensões de pisos externos. A vantagem para o meio ambiente é que, ao contrário do que vemos por aí, os pisos intertravados possibilitam que a água da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo, facilitando a drenagem.

Madeiras alternativas A madeira é um excelente material, utilizada desde sempre pelo ser humano, encontrada em inúmeras cores, cheiros e durabilidades, muito utilizada na construção civil, porém, todos sabem dos riscos da extração em larga escala sem as devidas preocupações ambientais. Muitas espécies de árvores e suas florestas foram dizimadas para abastecer o consumo humano em toda a história. Por isso, a preocupação de se utilizar madeiras alternativas (de reflorestamento e certificadas) é de extrema importância, quando aplicadas em uma construção sustentável.

Equipamentos sanitários de baixo consumo e automáticos Os vasos sanitários e pias são campeões no quesito desperdício de água. Muitas vezes esquecemos uma torneira pingando ou a descarga desregulada, o que acaba lançando enormes quantidades de água sem necessidade. Por isso, a tendência é que cada vez mais os sanitários tenham equipamentos reguladores de consumo. Alguns fabricantes de equipamentos sanitários já disponibilizam no mercado torneiras com sensor de presença e vasos sanitários com duplo acionamento. O vaso funciona com meia descarga no caso dos líquidos e vazão completa para sólidos. Alguns modelos mais simples limitam a vazão de seis litros, mesmo com o botão sendo apertado insistentemente.



SIMÉTRICA

VOLUMETRIA

ARQUITETURA

E MINIMALISMO

PROJETO ARQUITETÔNICO E L I Z Â N G E L A G U RG E L D E C A RVA L H O FOTOGRAFIA FERNANDO NUNES

volumetria simétrica e o minimalismo no desenho são características deste projeto, assinado pela arquiteta Elizângela Gurgel de Carvalho e a equipe Exacta Arquitetura, de uma casa no centro de Campo Mourão, para uma família com fi lhos adultos. Os ambientes foram organizados em pavimento térreo e superior, com linhas retas e puras e volumes marcantes, valorizando o estilo contemporâneo.

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ARQUITETURA

Na organização dos ambientes, o piso inferior foi destinado às áreas sociais, de lazer e serviços, marcadas pela integração entre as salas de estar, jantar, home teather e varanda, voltadas estrategicamente para a piscina. Além do espaço gourmet, este piso ainda comporta home office, área de serviço e cozinha. No piso superior todas as suítes estão voltadas para a área de lazer, com piscina e um lindo jardim ornamental. A ampla utilização do vidro como principal material de fechamento, em especial nas portas e janelas, foi essencial, entre outras coisas, pela comunicação dos espaços internos com os externos. As grandes estruturas proporcionadas tanto pelo concreto armado, quanto pelos fechamentos em vidro, proporcionam o máximo aproveitamento natural da iluminação e da ventilação em todos os ambientes da residência. Nos materiais são destaque a pedra portuguesa branca na fachada, porcelanatos e madeira maciça nos pisos.

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O que você confere nestas fotos é o fruto de um trabalho integrado realizado entre colaboradores da Exacta Arquitetura e fornecedores que participaram ativamente deste projeto. São eles: Boutique das Plantas, Casa Bella Cortinas, Gesso Leste, Portobello Shop, Madeipisos – Pisos em Madeiras, Marmoraria Marmocampo, Todeschini e Vidraçaria Tempertech.


FOTOGRAFIA

CLIQUES COMPULSIVOS A mourãoense Carolina Kffuri, radicada em Braga, Portugal (para cursar mestrado em Direito), tem em suas horas vagas um “vício” muito bonito: fotografar, de seu telefone celular, os cenários que vislumbra em seus dias europeus. Metrópole fez a ponte entre os continentes para falar com ela sobre essa mania. arolina que é advogada (especialista em Direito Civil e Direito de Família, mestranda em Direito e Informática) começou a fotografar quando comprou um iPhone e, pela qualidade que a câmera do dispositivo proporcionava, ela começou a postar em suas redes sociais. Quando descobriu o Instagram (rede social de fotografias), começou a fazer da prática um ritual diário. Mas, para ela isso é apenas “uma brincadeira, meu momento de relax, de alegria. Meu happy hour”, afirmou. Ela, que não é uma expert no assunto, chegou a fazer um workshop de fotografia. Após o curso, o professor disse que a fotografia não era muito a praia dela, mas que ela iria tirar fotos caseiras, sem muita conotação e que não dava para fazer disso uma profissão, ou algo lucrativo. Carolina até tentou usar uma máquina profissional, mas desanimou. “Tinha medo de sair com ela pendurada no pescoço e, com o comentário do fotografo bem conceituado que apresentou o workshop, me conformei em brincar de fotografar cenários mais caseiros”, lembrou. Por isso ela fotografa quase que exclusivamente pelo seu celular, pois, apesar de limitar as fotografias noturnas e em algumas vezes ter uma baixa resolução, ela prefere a mobilidade e a praticidade. Os temas que ela escolhe para fotografar são os mais diversos, dependendo da perspectiva que ela vê. Mas, ela revela algumas preferências. “Sendo advogada

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touchscreen TEXTO RENATO J. LOPES | FOTOS CAROLINA KFFURI


Confira as fotos de Carolina no Instagram: http://instagram.com/carolinakffuri

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especialista em família, fica fácil perceber que realmente gosto de gente, crianças, bebês, famílias em geral”, disse. Ela prefere os flagrantes, fotos espontâneas, pois eles manifestam a verdade do momento, fotografam o sentimento. Para Carol, fotografar é “um presente, uma oportunidade, uma alegria, uma oração de agradecimento. Uma forma de contar uma história, observar e avaliar a sua vida, uma reflexão, uma diversão, uma lembrança, uma maneira de guardar um momento da vida”, definiu. Mas, no final, ela fotografa não apenas pelo ato de fazer a foto, mas pelo retorno que recebe das pessoas, que se emocionam, sorriam e participam com ela do seu dia a dia. “Tem coisa mais gostosa do que saber que tem uma galera vendo as mesmas coisas que eu? Cultura não é só o que se lê, mas o que se vive! Aprendo com as fotos e acredito que tem gente que aprende comigo”, concluiu.

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FOTOGRAFIA

CAROL, JOÃO GUILHERME E FERNANDO “A minha ligação com crianças e animais, em especial os cachorrinhos, é imensa. E como a gente atrai aquilo que pensa e gosta, estou sempre com um ‘miúdo’ por perto. A Mariah, minha sobrinha e as minhas filhas caninas são ótimas modelos! Com as fotografias e as postagens na rede social recebo presentes divinos! Um exemplo é do João Gulherme Iurk que tem 10 anos e me provocou com uma fotografia com o remédio para não enjoar que usei todos os dias no cruzeiro que fizemos juntos. Aliás, nessa viagem deliciosa, me reaproximei de pessoas maravilhosas e fiz amigos mega especiais, filhos de amigos e conhecidos. Virei a tia Cá! Depois de quase um ano sem ver os meninos, um ano e meio depois do cruzeiro, o Fernando Berti de 11 anos e o João Iurk de 10, escreveram um comentário em uma foto no Instagram: ‘Posta foto sua’. Aí, no mesmo momento, o Fernado Berti continua: ‘estamos com saudade’; e o João Guilherme conclui: ‘Eu tô mais’ (risos) Ai eu pergunto: como não ser feliz sendo tão querida por esses meninos?”


Fotos Texto Vídeos Promoções


METR OD EC OR METRODECOR

MAXI-LUMInÁRIAS Objetos que beiram o exagero, mas surpreendem pelo grande formato

este ano tive novamente o privilégio de visitar a mais completa mostra de decoração, arquitetura e paisagismo das Américas. A Casa Cor, presente em 19 cidades no Brasil e 5 países da América Latina, apresentou neste ano, em 77 ambientes, o conceito “Morar Bem”. São diversas propostas de lofts, estúdios, casas e até um apartamento completo. Resgatando a sofisticação, aliada à funcionalidade, 90 profissionais apresentaram ambientes repletos de requinte, conforto e tecnologia. Além disso, em uma parceria inédita com a FIESP, 17 peças de mobiliário, ícones do design mundial, formam uma exposição de peças do acervo do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque). Peças que estiveram presentes no Salão do Móvel de Milão, também podem ser vistas abrilhantando a mostra. Nesta edição, a mostra foi realmente focada no bem-viver, com propostas ousadas, porém voltadas para o extremo aconchego. O que me chamou muita atenção foi o que me dei a liberdade de batizar “Maxi-luminárias”. Em diversos ambientes, com propostas diferentes, elas deram o toque especial à decoração.

Grande parte do que se vê na decoração é oriundo do mundo da moda, e atualmente, quase tudo é maxi (maxi colar, maxi bolsa, maxi pulseiras, maxi acessórios). Esse conceito nada mais é do que o objeto usado em um tamanho bem grande, fora do que era convencional, e/ou bem cheio de detalhes. E como na moda, quando se usa um objeto maxi em uma composição, o restante deve ser escolhido com cautela, para que os objetos não briguem. Pendentes, arandelas, abajures... Nos estilos mais diferentes e inusitados, as luminárias tiraram as composições do óbvio e perturbaram os visitantes, em ambientes assinados por renomadíssimos arquitetos, decoradores, designers e paisagistas, pois as “maxi” não se limitaram a ambientes internos e também deram show a céu aberto. Confira nas imagens.

Veja mais fotos e conteúdo:

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METR OD EC OR METRODECOR



ENSAIO FOTOGRテ:ICO

O LOBO E A MENINA DA

CAPA VERMELHA


FOTOGRAFIA FERNANDO NUNES

clássica história “Little Red Riding Hood”, ou como é conhecido no Brasil, “Chapeuzinho Vermelho”, tem sua origem na Europa do século XIV, mas o conto tem inúmeras releituras, tornando-se parte da cultura popular mundial, e uma das fábulas

mais conhecidas de todos os tempos, em especial a versão dos irmãos Grimm. Num projeto que esperou dois anos para ser realizado, Metrópole faz sua própria releitura da história. Uma versão diferente com vários lobos e uma personagem principal que aparentemente não é tão inocente quanto na versão clássica.









Fotografia e Direção de Arte Fernando Nunes Produção de Moda e Styling Joseane Larissa Make Up Michelly Fushiki Hair Stylist Sheila Fushik i Ferri Confecção/Cabeça do Lobo Juliana Martini Modelos Tátil a Ferreira Maurício Pozza Milton Lima Iluminação Silvio Vilczak

Apoio Técnico Geovane Rodrigues Captação de Imagens para o backstag e Haline Moreira Agradecimentos Bottega Comercial Vanilla Boutique Marujo Sport Chácara Fiorella Associação dos Funcionários da Copel


CUSTOMIZAÇÃO

POR DANIELI VEIGA Estudante de moda e proprietária do Relicário Vintage Store.

Customizando

o customizado

Se você exagerou na customização assim como eu, aqui vai uma opção de “re-customização”.

Objetos utilizados: Short, linha de costura, agulha e tesoura.

Resultado final Ficou com um aspecto diferente e exclusivo, até um pouco assimétrico, fugindo dos modelos tradicionais atuais. Essa foi uma das alternativas para aquela peça que você chegou a pensar em descartar. E existem várias outras opções. Pense bem, pois a peça que está deixada de lado pode vir a ser única.

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Primeiro e único passo: Costurar os buracos com ponto atrás, apenas.


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Artesanato CURSOS, MATERIAIS E LEMBRANCINHAS

Não é porque o artesanato tem sua origem datada no ano de 6.000 a.C., que nos dias de hoje não encontra os seus amantes e praticantes. Pelo contrário, a cada dia aumenta a procura pela arte. Em Campo Mourão existe uma loja especializada em artigos para artesanato, aviamentos e lembranças, a Fio Artes. Na Fio Artes, você encontra aviamentos, peças prontas e material para que você personalize os seus objetos. A empresa oferece peças em MDF, materiais para artesanato em geral e caixas customizadas. Além de uma grande diversidade em caixas para lembranças de casamento, convites de casamento e peças para decoração de festa infantil, tudo com a possibilidade de personalizar e deixar os materiais com a sua cara. E se você quer fazer artesanato e não tem prática, não tem problema. A Fio Artes oferece uma diversidade de cursos. Segundo a proprietária Viviane França Alves, os cursos disponíveis são: Arte em MDF, Patchwork, Patch Embutido e Patch Apliquê. “São cursos que vão ajudar a criar e personalizar caixas, roupas, tecidos e lembrancinhas”, lembrou. Além desses cursos, esporadicamente são oferecidos workshops de produtos e marcas. Visite a Fio Artes e conheça todas essas novidades. A loja está localizada na Rua Araruna, 1292, em frente ao Colégio Sigma. Entre em contato pelo fone: (44) 3525-5693, ou perfi l do Facebook: facebook.com/viviane.fioartes

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Viviane, proprietária da Fio Artes


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LE GUND Maison

ALUGUEL E VENDA DE TRAJES

Casa Bella Cortinas Seja seu estilo clássico, moderno, romântico ou corporativo, a Casa Bella Cortinas disponibiliza produtos que deixam seus ambientes ornados com elegância e funcionalidade. São 14 anos de experiência com cortinas, persianas, almofadas, colchas, boxes, toldos articulados e sombreiros. A empresa apresentou recentemente seu novo showroom, onde os clientes de Campo Mourão e região podem conferir as últimas tendências em tecidos nacionais e importados, além de ambiente confortável e atendimento personalizado. A loja fica na Av. Manoel Mendes de Camargo, 1891. Veja de perto as novidades ou agende uma visita pelo fone (44) 3523-9999.

Seja na hora de escolher o traje para uma festa, o vestido de noiva, ou o terno para aquela ocasião especial, há sempre a dúvida de qual deve ser a melhor opção, ou o lugar certo para alugar ou adquirir a roupa certa. Para esses e demais momentos especiais, a LE GUND Maison oferece trajes voltados para todos os estilos, desde o clássico e elegante, ao romântico e sonhador. A empresa é sinônimo de sofisticação e modernidade, buscando oferecer aos clientes o que há de melhor em moda festa, com preços competitivos, preocupando-se, sobretudo, com a qualidade de atendimento; além de uma seção especial para trajes masculinos, como camisas, ternos e blazers. Consulte um dos atendentes da LE GUND Maison, na loja localizada no centro de Campo Mourão, na Rua Harrison José Borges, 715, ou entre em contato pelo fone: (44) 3524-9034.

Seguro para automóveis

MAIS QUE LUXO, UMA NECESSIDADE Ter um bem assegurado é mais confortável para todo mundo, pois evita que o contratempo de perdas, roubos ou extravios ocasionem prejuízos inesperados. O que até alguns anos atrás era considerado um artigo de luxo, hoje se tornou necessidade: o seguro para automóveis. Com o crescimento de roubos e acidentes de carros, esses seguros tornaram-se uma das mais importantes necessidades quando se adquire um carro novo ou seminovo. Para escolher o melhor tipo de seguro, alguns fatores devem ser levados em consideração. Nem sempre ver apenas o preço é conveniente, pois você pode acabar por vir a contratar um seguro caro, mas ineficiente; ou um muito barato, mas que pode causar surpresas na hora de acioná-lo. Antes de fechar o seu seguro, consulte a G2 Corretora de Seguros, pois seus profissionais vão lhe oferecer propostas de acordo com suas reais necessidades, de uma forma justa e personalizada. Vá até um dos dois endereços: na Rua São Paulo, 1046 (próximo ao Banco do Brasil) ou na Rua Francisco F. Albuquerque, 1560. Se preferir, entre em contato por telefone: (44) 3016-4049 ou (44) 9859-3200.

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O Centro de Beleza Regina di Lima completou recentemente 5 anos de atendimento a Campo Mourão e região. E, para completar a festa, está atendendo em novo endereço, num espaço preparado especialmente para receber clientes e familiares de forma aconchegante. No Regina de Lima você tem à sua

disposição serviços de salão de cabeleireiros, estética e produtos cosméticos, sempre prezando pela qualidade nos serviços, para que seus clientes se sintam em casa e continuem aproveitando o que há de melhor em tratamentos de beleza, sem a utilização de produtos químicos perigosos como o formol.

Ganhadora

de 1 ano de yázigi campo mourão

Yázigi Campo Mourão e Revista Metrópole realizaram sorteio no Facebook, no dia 11 de julho, de uma bolsa de estudos para dois módulos (cursados em 2 semestres), com início em julho de 2013, totalizando 100 horas de estudo e a ganhadora foi Rafaela Freitas, de 16 anos. A proprietária da Escola de Idiomas, Sônia Maria dos Santos Rodrigues, entregou o prêmio à Rafaela, que afirmou estar muito feliz. “Nunca fiz Inglês. Não esperava ganhar o prêmio, mas estou muito feliz, pois quero fazer uma especialização fora do Brasil e esse curso vai me ajudar”, disse. A ação alcançou 11.876 pessoas, envolveu 541 usuários, teve 224 compartilhamentos e 195 participantes.

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Visite o Centro de Beleza Regina di Lima em seu novo espaço e conheça essas e muitas outras novidades que sua beleza merece. O novo ambiente está localizado na Rua Harrison José Borges, 735, no centro de Campo Mourão. Entre em contato e agende sua visita pelos fones: (44) 3016-3123, ou 9934-8334.


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joão pEdro Santos Marques

20 anos, vendedor e acadêmico de curso de letras que eu mais gosto em livros é a oportunidade de ter acesso a uma nova percepção da realidade. Um livro que mudou minha forma de pensamento sobre a arte foi “Retrato do Artista Quando Jovem”, do James Joyce. Na obra, o autor usa o pseudônimo de Stephen Dedalus, e a narrativa evolui de acordo com o desenvolvimento intelectual do personagem, sendo que sua percepção de realidade é baseada nos autores que ele leu. Em uma passagem do livro, Stephen entra em um período de epifania, onde ele usa três métodos: exílio, sutileza e silêncio. Depois que eu li isso, percebi que se você conseguir praticar essa questão de onde você quer estar, com quem você quer estar, e o que você deve falar, não haveria tantas desavenças. Indico. Gosto de observar a percepção de vida, presente nos filmes do Woody Allen, pois ele sempre consegue pegar a questão da relação humana e procurar o sentido da vida. Um filme como, “Para Roma com Amor” (To Rome with Love) é interessante porque traz uma visão cosmopolita da cidade, trabalhando com um cenário cheio de arquitetura e os pontos turísticos de uma forma brilhante. O protagonista mantém uma conversa com o seu “eu do passado” se questionando sobre várias ações. Recomendo, pois é muito interessante essa oportunidade de você enxergar que a vida é muito melhor do que o próprio lugar em que você está. Na área de música, indico “Handel”, que é um compositor de ópera da época do barroquismo. É interessante como ele trabalha muito a escala diatônica, que é uma característica do barroco. Em suas obras é presente a característica de elogio à igreja. Em cada composição ele surpreende mais.

ISABELLA

Weffort de Lellis Schiavetto 17 anos, estudante or ser bastante comentado nas aulas de Literatura, li “Laços de Família”, da Clarice Lispector. É um livro com relatos sentimentais, que mostra como a vida é surpreendente até mesmo quando parece normal, em situações como em um almoço de aniversário, numa viagem de bondinho ou até numa decisão sobre o que almoçar. É um livro de leitura dinâmica, que revela que a vida não tem nada de comum; cada situação é surpreendente de uma maneira, basta que estejamos abertos ao que ela quer nos mostrar. Indico. Na parte de filmes, sou eclética, aprecio desde filmes recentes de ação e aventura, como antigos em preto e branco, que é o caso do filme, “A Felicidade Não se Compra” (It’s a Wonderful Life), de 1946. Indico. Outro que recomendo para amantes do cinema é “Quanto Mais Quente Melhor” (Some Like It Hot), de 1959, com Marilyn Monroe. A cena final é como um tapa na cara do preconceito que existia nessa época. Musicalmente falando, sou apaixonada por rock, principalmente indie rock. Indico as bandas: Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Foo Fighters e Linkin Park. E como acho o Brasil muito rico nesse lado cultural também, indico Los Hermanos, Tom Jobim, Caetano Veloso e Criolo, que é um cantor que coloca a realidade brasileira de uma maneira muito diferente em suas músicas.


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sinfonia nas10cordas: aviolacaipirademarcelosimões

Ele mistura viola caipira com música clássica; sertanejo com chorinho. Conheça a história do violonista Marcelo Simões, que já viveu só de música, mas hoje faz da viola o seu repouso da alma. TEXTO RENATO J. LOPES | FOTOS FERNANDO NUNES

história de Marcelo Simões começa em sua infância, ao crescer vendo seu pai ao violão, ouvindo muito Dilermando Reis. Ali, no leito familiar, ele foi pegando gosto pela música. Até que, aos 14 anos, decidiu fazer aulas de violão, chegando a se formar em violão popular em um conservatório da cidade. A partir daí ele foi tocando em frente, sempre se aprimorando no violão.

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Começou a tocar em grupos e duplas, até começar a viajar como violonista da dupla mineira Alisson e Ryan. Numa dessas viagens, ele conheceu Rogério Gorin. “O Rogério que me apresentou à viola. Essa batida de pagode que a gente escuta, eu fazia no violão e via que era diferente do que eu ouvia nos discos. Era porque era na viola. E comecei a tocar viola por causa dele”, lembra. Vendo o talento de Marcelo, o dono da dupla em que ele tocava, comprou uma viola. Logo ele foi esquecendo o violão e, quando ele percebeu, estava só tocando viola. Com isso, acabou se dedicando mais ao instrumento, fazendo aulas em Curitiba, Maringá e

São Paulo. No período em que ele trabalhava como músico, gravou o DVD da dupla, além de fazer shows com eles e dar aulas em vários lugares do Brasil. Também foi proprietário, na cidade de Campo Mourão, das escolas de música Segóvia e Musiarte. Há 5 anos ele parou de tocar profissionalmente e resolveu se dedicar ao ramo da construção civil, mas não deixa de tocar. “Hoje em dia tenho a música por amor, não fico nem um dia sem pegar a viola. Sempre que tenho oportunidade faço shows, jantares e casamentos”, afirmou. Como artista solo, ele tocou em festivais, como o Festival de Música de Londrina e o Festival de


Música de Ourinhos, além de abrir shows para o pianista Arthur Moreira Lima e a dupla Edson e Hudson, que chegou a lhe oferecer a oportunidade para trabalhar, mas ele não aceitou. O que impressionou a dupla e tantas outras pessoas foi a forma que Marcelo tem de tocar, que agrega a técnica do violão clássico à viola caipira. E se você acha que viola é só para música caipira, Marcelo explica que não. “Eu toco bossa nova na viola, chorinho na viola. Tenho um arranjo para ‘O Tema da Vitória’ e ‘Mercedita’. Porque o pessoal pensa que viola é só para o sertanejão, que não é”, disse. Almir Sater é o violeiro que ele mais admira. “Ele é um violeiro diferente. Tem as raízes de Tião Carreiro, mas jogou a viola mais pra um lado de um country, de um blues, então assim, é diferente, gosto muito dele. Por causa das letras também”, ressaltou. Outro violeiro que ele admira muito é Tião Carreiro, que segundo ele foi quem inventou o pontiado do pagode. Para criar seu estilo, Marcelo une as batidas dos dois mestres com seu próprio jeito de tocar. Entre os projetos futuros está a gravação de um disco com composições próprias. Composições que ele já emprestou para alguns artistas, como a dupla mineira com que ele trabalhou e outras, para músicos aqui da cidade. Mas, ele explica que nenhuma chegou ao sucesso, porque o estilo que ele compõe não é comercial. “São músicas com harmonias bem trabalhadas e melodias diferentes. Se fizer sucesso, é com as pessoas que gostam”, disse. Como ele veio de uma família simples e sempre teve contato com o campo, as letras de suas músicas privilegiam a vida em meio à natureza, o que relembra sua infância. Para compor, ele pensa primeiro na melodia e depois na letra. “A melodia é o que fica, é o mais difícil. Se você pegar uma música do Almir, como ‘Tocando em Frente’, a melodia fica, mas às vezes a letra não”, concluiu.

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música

AFINAÇÃO DA VIOLA CAIPIRA, POR MARCELO SIMÕES “A viola caipira tem muitas afinações. A mais usada se chama ‘Cebolão em Mi Maior’, que é o que todo violeiro começa a tocar. Dá pra tocar músicas do Tião Carreiro, que são as músicas ‘chave’, digamos assim. Nessa afinação, você toca a viola aberta, sem usar a mão esquerda, e ela dá um acorde de Mi Maior. Pra você tocar outros estilos de música, às vezes é preciso mudar de afinação. Se você for num show de um violeiro como Almir Sater ou Fernando Deghi, você os vê usarem umas 6 violas diferentes no palco, cada uma com uma afinação diferente. Se você pegar pra tocar um chorinho, vai ter que usar uma afinação em Ré, por exemplo. Tem que diversificar, diferente do violão. A viola está caminhando para ser um instrumento universal, para ser tocado de tudo, que dá pra tocar Jazz, como o violeiro Paulo Santana, de Maringá, que toca jazz na viola”.

Tema da Vitória

Mercedita na Viola Caipira

Tempestade Mourãoense



POR CLÁUDIO LUÍS RESENDE 3

uanto vale a informação? Perguntinha difícil de responder, hein! Pra começar a conversa, dá pra fazer uma conta rápida. Vamos lá: um HD de 1Tb (Terabyte, ou 1000 Gigabytes, se preferir) custa uns R$ 300 no mercado formal (uns US$ 80, ali em Salto Del Guairá, se estiver a fim de dar um rolê e aproveitar pra comprar “unas cositas mas”). Continuando o raciocínio, um texto de 100 linhas, gerado no Microsoft Word 2007 – assim como uma planilha do Microsoft Excel 2007, com 1000 células – mede uns 10 Kb (Kbytes). Então, fazendo as contas direitinho, chegamos à conclusão de que um arquivo com as características acima custa R$ 0,000003. Já sei: vão me falar que não existem mais de 2 casas após a vírgula da unidade do Real. Tô sabendo. Mas, se o dólar e a gasolina podem, então meus Kbytes também podem. Mas é bobagem ficar fazendo esses cálculos. A informação tem valor muito pouco mensurável. Até porque, algumas informações guardadas num computador têm valor muito subjetivo e pouco tabelável. Quanto vale o vídeo do seu casamento ou do nascimento do seu bebê? E a foto dos seus pais, de noivos, ele de topete James Dean e ela, de cachos Marilyn Monroe (aquela cujo original se perdeu e você só tem esca-

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neada...)? Que valor tem o material do seu TCC, que você vem construindo há mais de 6 meses? Se com as informações do computador de casa é assim, o que dizer, então, do computador do escritório, da loja, do consultório, da clínica, da fábrica? Lá no escritório, estão todos os seus contatos, com nomes, endereços, telefones, e-mails; na loja, a lista dos seus clientes, com o quê e quando eles compram, quanto e como pagam; no consultório, sua agenda, com as fichas dos seus pacientes e o histórico médico de cada um deles; na clínica, os prontuários de todos os atendimentos; nas fábricas, as fórmulas dos produtos, os cadastros dos fornecedores das matérias-primas... São tantas perguntas respondíveis através de uma massa de informações bem construída e dissecada, que se torna uma farra administrativa/estratégica ter acesso a tudo isso. E aí, volto a perguntar: quanto vale? Pior: lá no final dos anos 40, ao publicar “1984”, George Orwell não imaginava que seria tão fácil acessar informação alheia. Mr. Obama – fico imaginando os dois se encontrando – se sentiria, provavelmente, muito orgulhoso em lhe mostrar como fazer. É, proteger informação em tempos de hiperconectividade não é tarefa fácil. E sim, é verdade, como profetizam alguns, que é praticamente impossível

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garantir a proteção absolutamente integral de informações. Mas, é claro, podemos nos esforçar para tentarmos nos proteger dos sinistros que permeiam o universo da informática. Em outras edições de Metrobytes já falei sobre antivírus, sobre backups, sobre datacenters, sobre firewalls: são artifícios de segurança que amenizam os riscos da perda de informações ou o acesso a elas por pessoas indevidas. Mas, insisto, como nos cuidados com a saúde, com o computador prevenir também é melhor que remediar: proteger os computadores com senhas e realizar cópias de backups com regularidade já é um bom caminho pra se precaver e evitar maiores prejuízos com perda de informação. O vazamento de informação já se torna um assunto mais delicado de ser tratado: ele diz mais respeito ao comportamento das pessoas do que a ferramentas tecnológicas das quais podemos lançar mão. Copiar um arquivo num pen-drive ou enviá-lo por e-mail pra quem quer que seja é tarefa simples e é quase impossível, por meio de artifícios técnicos, impedir que aconteça. É importante, também, que se confie tanto nos funcionários envolvidos na utilização dos computadores, quanto nos técnicos que terão acesso aos mesmos, já que, invariavelmente, nas mãos desses últimos, toda a informação estará acessível. Não é só pelos R$ 0,000003.


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Bem-Estar e Saúde DESTAQUE

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ENTREVISTA

DRA. MARIA CAROLINA CORPA GURGEL PÁG. 56

CORPO E MOVIMENTO

ISABELA SCHWAB PÁG. 62

DERMATOLOGIA

MÔNICA FERNANDES PÁG. 58


DESTAQUE

Sopas para aquecer

O INVERNO

TEXTO RENATO J. LOPES FOTOS FERNANDO NUNES AGRADECIMENTOS SENAC C. MOURÃO

No inverno dá aquela vontade de se aquecer com um delicioso prato quente. Melhor ainda se for uma comida saudável, como o caldo e as sopas que preparamos nesta edição, sob a supervisão da gastrônoma Camila Fiorese, instrutora dos cursos de gastronomia do SENAC Campo Mourão. ra uma noite agradável e a equipe Metrópole foi recebida pelo técnico de relações com o mercado, do SENAC, Matheus Mamede, que nos informou sobre os procedimentos para poder adentrar a

cozinha da instituição, onde as receitas seriam preparadas. “Todas as pessoas que entram em nossas cozinhas, têm que vestir o avental e a touca descartável, para manter a higienização do local. Inclusive os alunos dos cursos têm até um local para tomar banho”, disse.

SOPA DE LEGUMES Ingredientes: • 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal; • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva; • 100g de abóbora cabotiá; • 100g de abobrinha; • 200g de cenoura; • 200g de batata salsa (baroa); • 200g de batata; • 50g de cebola; • 2 litros de água quente. • 1 ½ colher (sopa) de sal. Modo de preparo: Primeiro coloque a manteiga e o azeite para esquentar. “Na hora de refogar ingredientes para qualquer receita, é importante colocar o azeite junto da manteiga, pois ele evita que ela queime”, ressaltou Camila. Em seguida, são colocadas as abóboras (abobrinha e cabotiá) para caramelizar um pouco, pois isso vai realçar o sabor do alimento. Depois são colocados os outros ingredientes na ordem: cenoura, batata salsa, batata e cebola, sempre colocando um de cada vez e deixando um minuto para refogar. Mexa mais um pouco até eles ficarem todos caramelizados. Em seguida, cubra com água e deixe ferver por 30 minutos, até os ingredientes ficarem macios. Por fim, coloque o sal, podendo colocar um pouco mais até chegar ao sabor desejado. A receita rende 4 porções, e cada porção tem cerca de 200 calorias.

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Com todos caracterizados, fomos recebidos pela nossa “chef”, Camila, que já estava com todos os ingredientes preparados. As receitas de caldos e sopas foram: Sopa de Legumes, Caldo de Costela com Mandioca e Sopa de Cebola Fiorentina servida no Pão Italiano.


CALDO DE COSTELA COM MANDIOCA Ingredientes: • 5 colheres (sopa) de azeite de oliva; • 2 kg de costela de boi (pode ser usado músculo, corte americano ou outra carne fibrosa); • 50g de cebola picada; • 4 dentes de alho picados; • 500g de mandioca; • 2 litros de água quente; • 2 colheres (sopa) de sal. Modo de preparo: Utilizando uma panela de pressão, coloque o azeite e acenda o fogo. Em seguida, coloque a costela, para dourar, deixando selar a carne. O importante de selar a carne, é que retém o líquido dela e mantém o sabor. Em seguida, tire a carne e reserve, deixando o líquido na panela, para refogar o alho e a cebola. “Toda receita que se faz com carne, é importante selá-la e retirar para refogar os temperos na própria gordura da carne, assim os pratos ficam mais saborosos”, aconselhou Camila. Refogue a cebola por um tempo e em seguida coloque o alho. Na sequência acrescente a mandioca para dourar. Coloque a carne novamente na panela, cubra com a água quente, acrescente o sal e feche a panela. Deixe cozinhar por cerca de 40 minutos, até a carne desfiar, soltando as fibras do osso. Desligue a panela e amasse um pouco a mandioca para engrossar o caldo. Para servir, coloque cebolinha picada por cima. A receita serve 4 pessoas.

“CARABACCIA” – SOPA DE CEBOLA FIORENTINA SERVIDA NO PÃO ITALIANO Ingredientes: • 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal; • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva; • 1 kg de cebola; • 50 ml de conhaque; • 1,5 litro de água quente; • 1 ½ colher (sopa) de sal; • 4 pães italianos; • 100g de queijo mussarela (ou parmesão) ralado. Modo de preparo: Corte toda a cebola em meia lua (cortada ao meio e picada nas laterais). “A espessura deve ser uniforme para que cozinhem e caramelizem por igual. Uma mais grossa demora mais enquanto que a mais fina queima”, ressalta Camila. Pode ser usado o corte em cubos também, mantendo o corte uniforme. Dica para não chorar durante o corte: molhar a cebola com água antes de cortar, colocando em seguida numa vasilha com água, para que o ácido da cebola reaja com a água da torneira, não com a dos seus olhos. Para refogar, coloque a manteiga e o azeite para esquentar, em seguida jogue na panela a cebola e deixe caramelizar por 30 minutos em fogo médio, sempre mexendo para que cozinhe tudo por igual. Quando a cebola adquirir um aspecto caramelizado, tire do fogo. Jogue o conhaque dentro da panela e em seguida jogue um fósforo aceso dentro para flambar, com cuidado para não se queimar, deixando evaporar bem o conhaque. Na sequência acrescenta-se a água quente. Deixe ferver por meia hora até reduzir bem. Coloque o sal e está quase pronto para servir. Pegue os pães e corte um quadrado na tampa, para retirar o miolo, tomando o cuidado para não furar a casca. Preencha o interior com a sopa de cebola. Cubra com o queijo e leve ao forno aquecido para gratinar. Sirva ainda quente o pão com a sopa de cebola. A receita rende 4 porções, cada uma tem cerca de 280 calorias e cada pão 311 calorias.

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OTORRINOLARINGOLOGIA

OD

Dr. Eli Martinelli Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí Residência em Otorrinolaringologia na Faculdade de Medicina do ABC Especialização e Mestrado em Medicina do Sono na UNIFESP

O bom funcionamento da audição e a qualidade de vida na terceira idade Brasil é hoje um país com importante crescimento da população idosa. No ano de 2020 espera-se alcançar um total de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. É na Terceira Idade que se colhem os frutos do que foi plantado ao longo da vida. A condição essencial para isso é que o idoso mantenha-se integrado à sociedade. Os avanços tecnológicos, avanços médicos, aumento dos profissionais e modalidades da saúde são alguns fatores que colaboram para o aumento da longevidade dos idosos. A perda auditiva associada ao envelhecimento, ou presbiacusia, é um fenômeno que atinge grande parte da população idosa, podendo levar a uma série de dificuldades na comunicação oral, bem como, muito frequentemente, na interação familiar e social. Essa incapacidade auditiva, com o decorrer do tempo, acarreta também a incapacidade comunicativa, e esta é claramente percebida com o isolamento do idoso. Acredita-se que a hereditariedade e a exposição crônica a ruídos altos são os principais fatores que contribuem para a perda de audição ao longo do tempo. A principal característica de presbiacusia é a perda progressiva da audição, podendo ser acompanhada de zumbido, vertigem e desequilíbrio. Observa-se, também, dificuldade para entender a fala, para conversar em ambientes barulhentos e a sensação de desconforto a sons de alta intensidade. É muito frequente os familiares injustamente descreverem o idoso portador de deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não comunicativo, não colaborador e zan-

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gado. A imensa maioria dos pacientes demora vários anos para procurar ajuda médica para sua perda de audição. Este fato ocorre, em parte, devido ao início lento da doença, bem como, ao estigma negativo associado ao uso de aparelho auditivo. A maioria dos idosos encara algum grau de perda auditiva como inevitável e não tratável. Entretanto, a presbiacusia, quando não reconhecida e não tratada pode levar ao isolamento social progressivo e depressão, principalmente se o paciente também tiver outras limitações funcionais, como dificuldade para andar ou déficits visuais. Não existe um tratamento que previna ou que cure a perda de audição nos idosos. Porém, já existem várias opções para se atenuar e compensar a perda auditiva. Os aparelhos auditivos podem melhorar a função auditiva na maioria

dos casos de presbiacusia. Os avanços tecnológicos dos aparelhos auditivos nos últimos anos melhoraram significativamente o desempenho dos mesmos, minimizando as más experiências que eram comuns antigamente. Deve-se procurar motivar o paciente para uso de prótese auditiva, de maneira precoce e em ambos os ouvidos, sendo que o sucesso da protetização depende da capacidade individual e da motivação do idoso em manter uma vida social aliada ao uso da prótese auditiva. Qualquer idoso que sinta algum grau de perda auditiva deve procurar um otorrinolaringologista. É imprescindível diagnosticar a deficiência auditiva, identificar suas causas e propor seu tratamento o mais precocemente possível. Manter uma boa audição é essencial para uma boa qualidade de vida na terceira idade.


V8 Comunicação

C a r o l i n e T o n e t T e z e l l i e s u a fi l h a M a r i a n a

CONFIANÇA TRANSMITIDA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO. Caroline, vista pelo ultrassom, em 1983

Mariana, vista pelo ultrassom 4D, em 2010

Mães que viram as primeiras imagens de seus filhos nos antigos aparelhos de ultrassonografia, hoje com o 4D, acompanham os netinhos que estão por vir, com perfeição que emociona. São gerações de pacientes atendidas por gerações de médicos, que dedicam suas vidas para lhe oferecer qualidade de serviços e um atendimento que tem como prioridade você e sua família.

C e n t r o d e D i a g n ó s t i c o s D r. M a r c o s C o r p a ,

37 anos

crescendo com você.


entrevista

AimportânciAdosexAmesdeprevenção,

com mAriA cArolinA corpA GurGel REPORTAGEM RENATO J. LOPES | FOTOGRAFIA FERNANDO NUNES

A mortalidade feminina caiu 12% no Brasil nos últimos 10 anos, segundo o Ministério da Saúde. Tudo isso se deve ao acesso à tecnologia, na questão dos diagnósticos de doenças, como as doenças do aparelho circulatório e neoplasias, as duas principais causas de morte de mulheres no mundo. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são os resultados no tratamento dessas doenças. Para saber mais sobre o assunto, Metrópole entrevista a médica radiologista Dra. Maria Carolina E. Corpa Gurgel, sobre a importância de identificar doenças o mais precocemente possível. Metrópole: Qual a importância dos exames preventivos? Maria Carolina: O diagnóstico precoce de certas doenças é um importante passo no processo de cura das mesmas. No entanto, a maioria dos pacientes ainda deixa para procurar um médico somente quando já está seriamente doente. Felizmente, essa mentalidade está começando a mudar, e cada vez mais, as pessoas percebem que o check-up é uma ferramenta importantíssima para a cura de várias doenças. Atualmente, a visão da medicina é muito diferente da de algum tempo atrás, quando todos os seus esforços estavam voltados para a cura das doenças. Com o advento dos exames de imagem de qualidade, como a ultrassonografia, mamografia, raios-x ou a tomografia computadorizada, somados aos exames laboratoriais mais precisos, hoje é possível detectar inúmeras enfermidades na fase inicial, quando ainda não provoca sintomas. Daí, a necessidade de todo adulto, homem ou mulher, principalmente a partir dos 40 anos, fazer uma série de exames periodicamente para detectar doenças ocultas em seu organismo. Metrópole: Que tipos de doença são possíveis de se evitar? Maria Carolina: Quando falamos especificamente de “check-up”, ou de exames de rotina, o foco não é evitar algumas doenças, mas sim detectarmos as mesmas em uma fase precoce, nas

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quais as chances de cura são mais expressivas. Especificamente em relação aos exames de imagem, dentre as doenças passíveis de serem detectadas precocemente nas mulheres que realizam um check-up anual, podemos citar o câncer de mama, que pode ser diagnosticado através da mamografia. Ainda em relação às mulheres, a ultrassonografia transvaginal é capaz de detectar várias alterações, tais como endometriose, miomas, cistos e outras alterações. Após a menopausa, esse exame se torna ainda mais importante, devido ao aumento na incidência de câncer de ovário e endométrio nessa faixa etária. O raio-X de tórax é uma importante ferramenta no diagnóstico de nódulos/ câncer de pulmão ou outras patologias cardiopulmonares. Metrópole: Existem exames certos para cada idade e quais exames devem ser feitos de acordo com essas idades? Maria Carolina: Não existe uma regra clara, já que, mesmo entre várias instituições de referência, há muita discordância entre quais exames devem ou não ser realizados em cada faixa etária. Da mesma forma, há condutas diferentes entre os colegas clínicos, gine-

cologistas e mastologistas, sendo que, na maioria das vezes, não há certo ou errado, mas diferentes pontos de vista em relação às suas condutas, de acordo com o quadro do seu paciente (história clínica, antecedentes pessoais e familiares, comorbidades, entre outros). Metrópole: O que é mamografia e qual a importância desse exame? A quem é indicado? Maria Carolina: A mamografia é um tipo de radiografia realizada em aparelhos específicos para avaliação das mamas. Homens e mulheres podem desenvolver câncer de mama, embora seja muito mais comum no sexo feminino. A mamografia de rotina é a melhor oportunidade de detectar precocemente qualquer alteração nas mamas antes até que o paciente ou médico possam notá-las. De acordo com o FDA, órgão americano de vigilância sanitária, a mamografia pode detectar um câncer de mama até dois anos antes de ele ser palpável. A mamografia é, ainda, o mais eficaz método de diagnóstico para a detecção de câncer de mama, lembrando que quanto mais precoce a detecção do tumor, mais eficiente é a estratégia na redução da taxa de mortalidade das pa-


cientes. As mulheres assintomáticas devem realizar a primeira mamografia aos 40 anos de idade e depois, anualmente. Em mulheres com mãe ou irmã com câncer de mama antes da menopausa, a mamografia é recomendada com idade 10 anos inferior à idade em que a mãe teve a doença. Metrópole: Qual a diferença entre mamografia e ultrassom de mama? Em qual situação fazê-los? Maria Carolina: Esta é uma dúvida muito comum entre as pacientes no consultório médico. Devemos ressaltar a importância dos dois métodos na avaliação das mamas. Atualmente existe um consenso quase geral de que os dois métodos se complementam e constituem armas poderosas na luta contra o câncer de mama e que devem ser usadas na correta avaliação mamária. A mamografia consiste no melhor método de screening do câncer mamário incipiente, preconizado pela OMS – Organização Mundial da Saúde, já que detecta pequenas imagens nodulares e ainda as microcalcificações agrupadas, que levantam invariavelmente a suspeita de malignidade. A maior limitação do exame mamográfico é com relação às mamas densas, ricas em tecido fibroglandular, nas quais a diferenciação adequada entre o parênquima mamário e possíveis nódulos é prejudicada. Nestas situações, temos a necessidade de complementação diagnóstica através da ultrassonografia. Nas pacientes jovens, período em que há predomínio do tecido glandular nas mamas, é indicada a ultrassonografia. O ultras-

som também é o método mais indicado quando estamos diante de uma imagem nodular na mamografia, uma vez que a ultrassonografia é capaz de diferenciar esta imagem entre nódulo sólido ou cisto (líquido). Por outro lado, microcalcificações são somente visualizadas na mamografia. Metrópole: Quais outros exames são recomendados para mulheres para um check-up de rotina? Maria Carolina: Além do exame clínico ginecológico, papanicolau ou citologia oncótica, e exames laboratoriais, outros exames de imagem, tais como ultrassonografia transvaginal, densitometria óssea e raio-x de tórax, configuram importantes métodos na prevenção ou detecção precoce de várias doenças. A ultrassonografia transvaginal é aconselhada a ser realizada anualmente, a partir do início da vida sexual, sendo mais importante ainda após a menopausa, devido ao aumento na incidência de câncer de ovário e endométrio nessa faixa etária. A densitometria óssea (principalmente indicado para mulheres acima de 40 anos, mas pode ser realizada em ambos os sexos) avalia o grau de osteoporose, indica a probabilidade de fratura, além de auxiliar no tratamento médico. O raio-X de tórax é útil para o auxílio diagnóstico de nódulos pulmonares/câncer de pulmão e outras patologias cardiopulmonares. Metrópole: O que é endometriose? Como é feito o diagnóstico? E o tratamento? Maria Carolina: A endometriose é uma doença ginecológica benigna comum, ocorrendo em cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva, 40 a 60% das com história de infertilidade e em até 80% das mulheres com infer-

tilidade e dor pélvica crônica associada. É caracterizada pela presença de tecido endometrial (camada interna do útero), fora da cavidade uterina. Este tecido, quando fora do útero, acomete mais frequentemente os ovários, região posterior do útero, intestino, bexiga e terço superior da vagina. O diagnóstico da endometriose é uma das maiores dificuldades para o manejo desta doença. O CA 125 é um marcador dosado no sangue que auxilia no diagnóstico da endometriose, entretanto é pouco específico. Atualmente a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética da pelve constituem as melhores modalidades diagnósticas disponíveis. A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal deve ser o primeiro exame a ser realizado nas pacientes com suspeita de endometriose. Este exame possui alta sensibilidade para a identificação de focos de endometriose no intestino. A ressonância magnética representa outra excelente ferramenta diagnóstica e é excelente na avaliação de pacientes com múltiplos focos de endometriose, processos aderenciais intensos e no caso de envolvimento dos ureteres. O tratamento da endometriose pode ser clínico ou cirúrgico e a escolha depende de vários fatores. O tratamento clínico é paliativo. O tratamento cirúrgico é o método definitivo de tratamento das lesões da endometriose. Metrópole: Suas considerações finais. Maria Carolina: Cuidar da saúde é uma questão cultural. A medicina preventiva é um importante aliado na cura de muitas doenças. Para saber como está a saúde, é importante a realização de um check-up anual. A história clínica e o exame físico devem nortear a solicitação de exames. metropolerevista.com.br/bem-estar

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DERMATOLOGIA

Dra. Mônica Fernandes Ribeiro Formada pela Universidade Federal Fluminense – RJ Dermatologista pela Universidade Federal Fluminense – RJ Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia Membro efetivo da Sociedade Brasileira Dermatológica

Inverno e a Dermatite Atópica ermatite Atópica é uma doença crônica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Ela afeta, geralmente, indivíduos com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica. Essas três doenças são conhecidas como as doenças atópicas ou tríade atópica. A causa exata é desconhecida. No entanto, atualmente se sabe que a dermatite atópica não é uma doença contagiosa, e sim uma doença de origem hereditária, herdada de um ou de ambos os pais. Uma criança que tem um dos pais com uma condição atópica (asma, rinite alérgica ou dermatite) tem aproximadamente 25% de chances de também apresentar alguma forma de doença atópica. Uma criança com os dois pais com a doença atópica, tem mais de 50% de chance de também apresentar esse tipo de doença. Além da coceira (ou prurido), que está sempre presente, a dermatite atópica caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na pele. Na infância, as lesões de pele são mais avermelhadas e localizam-se na face, tronco e superfícies externas dos membros. Nas crianças maiores e em adultos, as lesões localizam-se mais nas

dobras do corpo, como pescoço, dobras do cotovelo e atrás do joelho, e são mais secas, escuras e espessadas. Em casos mais graves, essa dermatite pode acometer boa parte do corpo. Estudos recentes mostram que a incidência da dermatite atópica tem aumentado nas últimas décadas e atualmente afeta de 10 a 30% da população em geral, em alguma época da vida. A doença tem início precoce, aparecendo geralmente no primeiro ano de vida. O prognóstico é favorável na maioria dos casos, sendo que aproximadamente 60% das crianças apresentam diminuição ou desaparecimento completo das lesões antes da puberdade. A pele seca é uma característica muito presente e representa um dos fatores que mais contribuem para a piora da dermatite atópica. Para evitá-la, deve-se tomar cuidado na hora do banho, que deve ser rápido e com água morna. Evitar uso excessivo de sabonetes e buchas e aplicar um hidratante neutro nos três minutos logo após o banho, antes que a água que está na pele se evapore. Substâncias irritantes, como produtos químicos em geral, roupas de lã ou de fibras sintéticas, poeira e fumaça de cigarro devem ser evitadas. Ambientes onde se passa a maior parte do tempo devem ser bem arejados, desprovidos de muitos móveis, cortinas, carpetes e bichos de pelúcia. O papel das alergias alimentares e das dietas é extremamente controverso, corantes e conservantes podem agravar o quadro alérgico. Frio extremo, temperaturas altas ou mudanças bruscas de temperatura são mal toleradas pelas pessoas com dermatite atópica. O aumento da transpiração, causado pelo calor ou por exercícios físicos, pode resultar em uma sensação de “pinicação” e aumento da coceira. A umidade baixa do ar durante o inverno também pode contribuir para piora dessa dermatite. A prática de exercícios leves ou moderados não está contraindicada. Na maioria dos casos, a natação pode ser praticada, com o cuidado de se retirar o cloro no banho, logo após a saída da piscina.

As infecções de pele ou outros tipos de infecções podem desencadear uma piora da dermatite atópica. Sinais de infecção de pele a serem observados, incluem o aumento brusco da vermelhidão, “bolhinhas” preenchidas por pus (pústulas) ou vesículas (bolhinhas preenchidas por líquido claro). Raiva, ansiedade e frustrações, podem levar ao aumento da vermelhidão e da coçagem, resultando na perpetuação da dermatite. Alguns métodos que podem reduzir o estresse podem ser feitos pelo próprio paciente, como por exemplo: priorizar e organizar o tempo, praticar exercício físico aeróbico, ouvir música, ler e até meditar. Outros métodos para o controle do estresse podem requerer assistência profissional. As pomadas ou cremes de cortisona (cortisona tópica) são muito eficazes no controle da doença. No entanto, devem ser indicadas e usadas corretamente para se evitarem efeitos colaterais em longo prazo. Esses efeitos incluem a atrofia (ou afinamento) da pele e estrias. Existem diversas apresentações de cortisona tópica (diferentes veículos e potências) e apenas o médico pode indicar qual a melhor apresentação para cada caso. Mais recentemente, medicamentos conhecidos como imunomoduladores tópicos foram introduzidos para substituir ou diminuir o uso da cortisona tópica e se evitarem os seus efeitos colaterais. Os anti-histamínicos (ou antialérgicos) orais são usados para se controlar o prurido (ou coceira), principalmente no período noturno. A cortisona por via oral, bem como outros medicamentos imunossupressores, deve ser usada apenas nos casos mais graves. Os antibióticos podem ser usados em casos de infecções. Outras terapias, como o uso de raios ultravioletas, óleos vegetais orais, probióticos, coaltares tópicos, podem ajudar em alguns casos. Com uma abordagem ampla, o paciente com dermatite atópica pode controlar bem seu quadro, ficando em remissão das crises por tempos prolongados, voltando a ter qualidade de vida.


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LASERLIPÓLISE Laserlipolise é uma técnica inovadora, especialmente projetada para remover o excesso de tecido gorduroso por interação seletiva do laser com a membrana dos adipócitos (célula de gordura). Um feixe de luz (LASER) de 1mm de espessura é aplicado nas áreas a serem aspiradas, gerando um aquecimento no local. O resultado é o rompimento da membrana da célula adiposa e a eliminação do seu conteúdo que é então aspirado por cânulas de lipoaspiração. Simultaneamente os pequenos vasos sanguíneos, entre o tecido gorduroso, são obliterados devido à fotocoagulação, minimizando o edema local, diminuindo o tempo de recuperação e a dor no processo de recuperação. Com a lipoaspiração a laser é possível conseguir resultados com muito mais definição muscular, pois é possível a eliminação tanto da camada profunda quanto da camada superficial de gordura. Ao se trabalhar em camadas mais superficiais da pele, é possível promover a fotoestimulação do colágeno, proporcionando sua contração (skin tightening) e consequentemente, a melhora da flacidez da pele, ou evitando que esta apareça após a lipoaspiração. PRÉ OPERATÓRIO: - Estar em uma faixa normal de peso ou com sobrepeso leve; - Caso apresente algum sintoma como febre, gripe ou infecção, avisar com antecedência; - Não tomar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina) por pelo menos uma semana antes da cirurgia, pois estes aumentam a possibilidade de sangramento; - Não tomar medicamentos para emagrecer por pelo menos 20 dias antes da cirurgia; - Evitar fumar por pelo menos 1 mês antes da cirurgia. TEMPO DE CIRURGIA: Varia com o número de áreas e quantidade a ser aspirada. ANESTESIA: Varia com o número de áreas e quantidade a ser aspirada. Pode ser local, local com sedação, peridural ou geral. INTERNAÇÃO: 12 h para procedimentos pequenos e pelo menos 24h para grandes procedimentos. TEMPO DO PROCEDIMENTO: Vária de acordo com as áreas a serem tratadas. QUANTOS TRATAMENTOS SÃO NECESSÁRIOS? Geralmente apenas uma sessão é necessária para adiposidade localizada e pouca flacidez de pele. Em alguns casos com uma maior flacidez é necessário mais de uma sessão para continuar o estímulo de retração de pele. PÓS OPERATÓRIO: A recuperação com a LipoLaser é mais rápida do que com a lipoaspiração convencional, devido ao menor edema e sangramento que ocorre com o procedimento.

Dr. Eduardo Nunes

RESULTADOS: Os resultados também são visíveis mais rapidamente, com melhora progressiva e significativa já a partir do 3º ou 4º mês.

Cirurgião Plástico Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Agende uma consulta: Campo Mourão (44) 3523-2121 - Rua Harrison José Borges, 652. Cianorte (44) 3019-1801 - Rua Abolição, 722. Maringá (44) 3026-3937 - Av Rio Branco, 942, sala 5.

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SPOT

PATRÍCIAPROHMANNREALIZAPALESTRANACOAMO Nos dias 03 e 04 de julho, a médica psiquiatra Patrícia Prohmann participou da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, promovida pela Coamo. Em sua palestra “Stress no Trabalho e Depressão: como identificar e combater estes males”, a médica psiquiatra esclareceu conceitos, deu dicas importantes para a identificação precoce dos altos níveis de stress, falou sobre suas consequências e ainda listou algumas opções de tratamento. Ao final da palestra, respondeu às dúvidas dos funcionários e, desde então, vem recebendo inúmeros e-mails daqueles que não tiveram a oportunidade de questioná-la na ocasião. “Foi um prazer participar deste evento. Esse retorno que recebo após cada palestra é extremamente motivador, pois é quando percebemos que o objetivo foi alcançado: fazer com as pessoas reflitam sobre suas rotinas e identifiquem precocemente os sinais quando algo não vai bem com sua saúde. Prevenir é sempre a melhor opção”, afirmou Dra. Patrícia.

Para mais informações sobre o tema abordado na palestra acesse: www.patriciaprohmann.com.br

RESULTADODOSORTEIO “ARRANJODESUCULENTAS” DABOUTIQUEDASPLANTAS

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Angelo Ricardo Marcotti foi o ganhador do arranjo de suculentas, da Boutique das Plantas. O sorteio foi realizado no dia 15 de julho, em ação realizada na página do Facebook da Metrópole. O ganhador recebeu o prêmio da proprietária, Mariana Scattu Gurgel. Participaram do sorteio cerca de 120 pessoas, 7.340 pessoas foram alcançadas, 144 compartilhamentos foram feitos e 405 usuários envolvidos.


OTORRINOLARINGOLOGIA

Dra. Flávia B. do Amaral Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica – PUC – RJ Residência em Otorrinolaringologia na Santa Casa de Campinas – SP

Otoplastia: orelhas de abano nunca mais! s chamadas orelhas de abano costumam causar incômodo para quem as possui, mas nos dias de hoje é muito fácil de serem tratadas, visto que a tecnologia disponível no mercado cresce a cada dia. A má formação da orelha, caracterizada pela rotação anterior do pavilhão auricular, também conhecida como orelha de abano é geralmente associada a não existência das dobras internas da orelha. A disarmonia com a face faz com que ela aparente ser maior, por ser rodada para frente e mais plana que o normal. O abano pode variar de mais leve a casos mais severos, mas nem sempre o grau de alteração está relacionado ao incômodo gerado pela má formação. Existem casos de pacientes que por te-

rem um abano leve, nunca usam cabelo preso ou curto, ou caso de meninos que deixam o cabelo cobrirem as orelhas. O tempo certo para se fazer a otoplastia, ou cirurgia da orelha, deve ser quando as estruturas estiverem completamente desenvolvidas, que geralmente acontece entre 5 e 7 anos de idade, sendo a idade recomendada para a operação. Outro benefício de fazer a operação nessa época, é que a criança vai entrar em período escolar, em que costuma ser rotulada de apelidos nada carinhosos, que podem provocar complexos que acompanharão o paciente a vida toda. Não há problemas ou impedimentos para a realização da cirurgia depois dos cinco anos, apesar da maioria que opera serem adultos que tentam solucionar o desconforto que as orelhas de abano produzem.

Os pacientes que são operados adultos, normalmente relatam não terem feito a cirurgia até então, pela falta de oportunidade, pois apesar de não ser alvo de piadas ou preconceito, não se sentem à vontade e sentem como se todos estivessem olhando para as orelhas. Como qualquer procedimento cirúrgico, a otoplastia precisa de uma avaliação clínica e laboratorial pré-operatória, para ter a certeza que o paciente está em condições para se submeter ao procedimento anestésico e cirúrgico. A cirurgia é realizada para corrigir a forma e o desenho do órgão, aproximando a orelha da cabeça, através de um corte interno na pele atrás da orelha que é descolada da cartilagem e fixada na nova posição com pontos internos. Tanto em adultos, como em jovens, a anestesia é realizada no local. Em crianças a anestesia é geral. O procedimento dura em torno de 2 horas, com alta no mesmo dia, com recuperação tranquila e pouco dolorosa. São necessários alguns cuidados pós-operatórios, que variam segundo a complexidade dos procedimentos efetuados. A princípio, haverá um inchaço maior, que aos poucos vai diminuindo. Os pontos externos são retirados entre 6-8 dias, sendo esse tempo suficiente para que o paciente retorne às suas atividades sociais e laborais. Para se obter o resultado final, são necessários no mínimo três meses. É importante, antes de fazer a cirurgia, escolher um profissional qualificado como o otorrinolaringologista treinado para realizar a otoplastia e com experiência na realização deste tipo de procedimento. A otoplastia é uma cirurgia segura, de rápida recuperação, que traz além da mudança física, uma melhora na vida emocional e comportamental, para que o paciente fique livre dos complexos e use o cabelo que quiser.

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CORPO/MOVIMENTO

Isabela Schwab Bailarina, professora na Academia Municipal de Ballet – FUNDACAM; pesquisadora em dança; graduada em Licenciatura e Bacharelado em Dança pela Faculdade de Artes de Paraná; Pós-Graduada em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia; Certificada em Pilates Matwork pelo Demarkondes Pilates®/PhysicalMind Institute® de Nova York.

A dança como profissão muito comum a curiosidade das pessoas em relação a essa profissão, principalmente se você escolheu essa área para seguir carreira acadêmica. Perguntas do tipo: O que vocês fazem? Dançam o dia inteiro? São as que mais aparecem. Bom, estudamos o corpo e suas relações com o mundo, seu desenvolvimento, sua estrutura física/anatômica, as possibilidades de movimento, a capacidade de criação, as ações enquanto professora na licenciatura, aprendemos ver arte e afinarmos o olhar para tudo ao nosso entorno. Através de trabalhos de consciência e percepção corporal, exploramos novos caminhos para um mover-se, somos instigados a escrever e falar sobre o corpo/dança/movimento, enfim, como em qualquer área de conhecimento, a dança também exige estudos em um entrecruzamento teórico/ prático constante. A dança é uma profissão! Pessoas interessadas nesta área buscam cada vez mais mecanismos para sobreviver dessa arte, seja dançando, dando aula, coreografando, pesquisando o corpo e o movimento, escrevendo livros, artigos, entre outros. Muitas são as possibilidades de atuar no mercado de trabalho da Dança. Tem espaço tanto para aquele que vê essa arte como puro entretenimento, como para aquele que vai além e a enxerga como produção de conhecimento no mundo. Segundo Helena Katz, crítica de dança: “Existe espaço pra todo mundo só não existe espaço para a incoerência”. Entender a dança não somente como produto artístico, mas também como área de produção de conhecimento, implica no reconhecimento de

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que ela é capaz de descrever e analisar seus próprios objetos. Mas o resultado produzido por qualquer área do conhecimento não está livre da ação do tempo. Tudo muda o tempo todo e é preciso estar atento para os novos olhares que a dança vem nos propondo/oferecendo. Tamanho é o interesse da Dança como área de produção de conhecimento, que, cada vez mais, faculdades e universidades têm trabalhado em prol de incluir o curso de Dança em suas instituições. Existem várias faculdades públicas e privadas de dança no Brasil. A UFBA, na Bahia, tem o curso mais antigo, com mais de 50 anos, e possui também Mestrado em Dança. No Rio de Janeiro temos a UFRJ, a UNIVERCIDADE e a FAV – Faculdade Angel Vianna. Em São Paulo, tem a Faculdade TIJUCUSSU, a PUC – SP, Universidade ANHEMBI MO-

RUMBI e a UNICAMP, em Campinas. Em Minas Gerais, na UFV de Viçosa. No norte, tem na UEA, Universidade do Estado do Amazonas. No sul, na FAP, Faculdade de Artes do Paraná, na UERGS, Universidade Estadual do Rio Grande do sul e na ULBRA (RS). A dança vem formando profissionais com bagagem para trabalhar com essa arte que oferece ao corpo/mente de todas as idades, trabalhos de coordenação, relaxamento, alongamento, força e consciência corporal; proporcionando momentos de descobertas, estimula a criatividade, traz encontros e é um momento de estar também compartilhando a vida com outras pessoas. Fazer dança, seja qual for a modalidade, faz bem pra saúde de qualquer pessoa! Experimente!


Bem-Estar e Saúde

ENDEREÇOS E TELEFONES DO CADERNO Dr. Eli Martinelli Otorrinolaringologista e Médico do Sono CRM 27439/PR Centro de Diagnóstico e Cirurgia Av. Goioerê, 939 – Campo Mourão – PR (44) 3523-2007 Dr. Marcos A. Corpa Radiologista CRM 4886 Centro de Diagnósticos Dr. Marcos Corpa Av. Manoel Mendes de Camargo, 491 – Campo Mourão – PR (44) 3523-1274 Dra. Maria Carolina E. Corpa Gurgel Radiologista CRM 28681/PR Centro de Diagnósticos Dr. Marcos Corpa Av. Manoel Mendes de Camargo, 491 – Campo Mourão – PR (44) 3523-1274 Dra. Mônica Fernandes Ribeiro Dermatologista CRM 15586/PR RQE 088036 Av. Com. Norberto Marcondes, 554 – Centro Campo Mourão – PR (44) 3523-4221

Dr. Eduardo da Silva Nunes Cirurgião Plástico CRM 22787/PR RQE 933 Rua Harrison José Borges, 652 – Campo Mourão – PR (44) 3523-2121 Dra. Patrícia Elias Prohman Médica Psiquiatra CRM 28760/PR RQE 2899 Lume Centro Clínico Rua São Paulo, 1798 – Centro Campo Mourão – PR (44) 3523-0023 Dra. Flávia B. do Amaral Otorrinolaringologista CRM 19334/PR Rua São Paulo, 1598 – Campo Mourão – PR (44) 3523-1793 / 3523-1935 / 3017-5223 / 9825-8133 Isabela Schwab Professora de Dança Fundação Cultural de Campo Mourão Av. Com. Norberto Marcondes, 684 – Campo Mourão – PR (44) 3523-7889

Orquestra Filarmônica Unicesumar NO TEATRO MUNICIPAL

A Orquestra Filarmônica Unicesumar (OFC) aporta na cidade de Campo Mourão no dia 11 de agosto, em apresentação única, em um evento que faz parte do Projeto Música em Campo, organizado pelo Instituto de Responsabilidade Social Cruzeiro do Sul, que tem como objetivo apresentar a música como uma importante opção de lazer e cultura. A Orquestra, criada em 2013, preparou um repertório especial, mesclando músicas temas de filmes e músicas eruditas. A OFC é integrada por 60 músicos, com sessões de cordas, sopros e percussão, tendo como regente o maestro Davi Oliveira. “Estamos felizes e esperamos agradar ao público mourãoense”, diz Oliveira. A apresentação da Orquestra Filarmônica Unicesumar acontece no dia 11 de agosto (domingo), às 19 horas, no Teatro Municipal de Campo Mourão. Os ingressos estarão à disposição a partir das 17h30min na portaria do Teatro. A entrada será 2 kg de alimentos não-perecíveis, destinados a entidades fi lantrópicas. metropolerevista.com.br/bem-estar

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ARTES PLÁSTICAS

novo

Ateliê Semeirevecchi de

TEXTO RENATO J. LOPES | FOTOGRAFIA FERNANDO NUNES

artista plástica Semeire Vecchi recentemente inaugurou seu novo ateliê, localizado na Rua São Josafat, 879. Lá, ela continua a produzir arte em tela, argila, vidro fundido e mosaico, além das tradicionais aulas de arte. O local, inaugurado no mês de julho, é menor do que o antigo ateliê, situado na Rua Roberto Brzezinski. “Optei por um espaço menor, pois assim ficamos mais próximos dos alunos durante as aulas e acabo tendo mais foco na hora de trabalhar com minhas obras. É mais difícil de dispersar”, afirmou. Outra vantagem é o aumento da produtividade e segurança, visto que ela pode ficar trabalhando em suas obras até tarde da noite, coisa que Se-

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meire gosta muito de fazer, já que durante o dia, o ateliê é muito agitado. “Quando quero realizar algum trabalho fora de hora, só preciso descer da minha casa, o portão fica fechado e não incomodo ninguém e nem sou incomodada”, disse. Essa novidade despertou na artista o processo criativo, que está em alta. “Estou cheia de ideias loucas para fazer, só tenho que ter um tempo. E o legal é que isso faz com que influencie também os alunos”, se empolgou. O objetivo do ateliê continua o mesmo: divulgar a arte, ser um espaço aberto para quem quer aprender, entender e viver com arte. “É pra fazer as pessoas se movimentarem dentro da arte, fazer uma troca de conhecimentos entre os artistas, trocar figurinhas, falar sobre técnicas. É um laboratório”, lembra. Além da mini exposição que tem trabalhos de artistas como Rafaela

Ramos, Juliana Martini, Fernando Nunes, entre outros. No novo ateliê, ela continua com as aulas e abre espaço para outros artistas ensinarem. Tem aulas de pintura de tela, desenho artístico, mosaico e de modelagem de argila, com vagas abertas para novos alunos. Semeire frisa que muitas vezes o trabalho tem um viés terapêutico, inclusive já conta com alunos de necessidades especiais, que acabam usando a arte como forma de terapia, e que o ateliê está aberto a novos alunos com dificuldades e necessidades. Entre as novidades, a artista informou que pretende realizar workshops com artistas de renome, com demonstração de técnicas, troca de ideias, para que os alunos aproveitem da experiência desses artistas. Para entrar em contato com Semeire, basta ir até o seu novo ateliê, ou ligar, pelo fone: (44) 9916-9636.


SPOT

Mourãoenses

DO MIDDLETOYZ E BLACK BIRDZ EM IBIZA No mês de agosto, a cidade de Campo Mourão terá dois grupos de música eletrônica, Middletoyz e Black Birdz, representando o cenário nacional no Blue Marlin, em Ibiza. O local é conhecido por levar as principais estrelas mundiais para serem atrações da noite no verão europeu, além de ser o point dos famosos e jogadores de futebol. O Middletoyz é formado pelo percussionista Everton Bisi e o DJ e produtor Henrique Fabri (Cafú), que estão juntos desde 2006, fazendo shows por todo o Brasil. O Black Birdz, formado em 2012, conta com os músicos e produtores Álvaro Cintra e Lucas Teixeira e o instrumentista Jazon Mormello. A ida para Ibiza é fruto da parceria que os grupos fecharam com a DP Music, empresa secundária da Dance Paradise, que é a maior rádio de música eletrônica do Brasil e faz parte do grupo Jovem Pan. Por meio da agência, veio o convite para tocar, primeiro na festa House Sunset, que acontece no Café de La Musique, em Florianópolis, que depois será realizada no Blue Marlin, no dia 31 de agosto, que terá como atração principal o americano Toddy Terry, considerado um dos pais do house. Segundo o DJ Cafú, do Middletoyz, a expectativa é grande. “Estamos muito felizes com a oportunidade e esperamos que, depois dessa, outras oportunidades possam surgir”, concluiu.

A arte POR TRÁS DA CABEÇA DO LOBO A cabeça do lobo utilizada no ensaio fotográfico desta edição, foi produzida pela artista plástica Juliana Martini. Ela começou fazendo a modelagem da cabeça com massa de modelar. Em seguida fez o molde em gesso, com a ajuda de Igor Diego Guaime e Adalberto Mairik, da Fundação Educere. Depois que o molde de gesso ficou pronto, ele foi revestido de silicone, que é a parte escura da máscara. Em seguida ela fez a colagem dos pelos de manta acrílica e pintou com tinta acrílica os detalhes. Para conhecer mais sobre o trabalho artístico de Juliana, visite o seu blog: http://veja.la/waQ

Middletoyz

Black Birdz metropolerevista.com.br

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BACKSTAGE Todos atentos às “histórias do lobo”.

Concentração total da equipe no clique.

Para ligar o ventilador a gasolina foi preciso força de toda a equipe.

Ser ou não ser lobo, eis a questão!

O lObO e a menina da capa vermelha

Um trabalho que esperou dois anos para ser realizado trouxe muita satisfação para a equipe. Locações em paisagens marcantes, interpretações teatrais para fazer a releitura deste clássico da literatura. Fotos do Backstage: Haline Moreira

O vento “pegou” firme, enquanto Jose e Sheila tentavam dar forma à capa.

A paisagem com pinheiros foi escolhida para dar o clima certo às fotos.

Com essa máscara pesada, ficou difícil para o lobo olhar a câmera certa.

Chapeuzinho e o lobo descansando um pouco.

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Equipe que trabalhou na produção: Fernando, Haline, Sheila, Joseane, Geovane, Tátila, Lobo, Sílvio, Maurício e Milton.


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