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Mas e o conteúdo? Temos como recuperar?

Não é novidade que a pandemia mudou nossa vida e o modo como enxergamos ela. Em períodos atípicos como esse na história, passamos a pensar mais sobre o futuro, e o que é o futuro se não a educação?

Por Nine Lima

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Durante esse momento, a escola entrou em nossos lares e nós assumimos papéis até então desconhecidos. Foi um processo e uma imersão profunda na educação escolar dos nossos filhos, além do malabarismo para conciliar o home office improvisado, afazeres domésticos e cuidados com o isolamento social. Esse furacão de novidades aconteceu ao mesmo tempo e no mesmo ambiente.

Foi um grande desafio para educadores, pais e alunos equilibrar essa relação triangular que foi posta à prova. Por aqui, meus filhos Guilherme e Ricardo estão no primeiro ano, antiga alfabetização, um ano marcante para o desenvolvimento da criança. Por esse motivo tivemos uma preocupação relativa às bases de conhecimento fundamentais que são a leitura e a escrita. E enquanto as aulas presenciais não são retomadas, nos perguntamos sobre os ganhos e perdas desse último ano. Sim. Tivemos ganhos. Além do aprendizado tecnológico, fundamental para os dias atuais, descobrimos o valor da convivência familiar, do senso de comunidade e coletivismo.

Mas e o conteúdo? Temos como recuperar?

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, no dia 6 de outubro, a fusão dos anos letivos de 2020 e 2021 nas redes de ensino da Educação Básica. Será permitido um reordenamento curricular do que restar do ano letivo de 2020. Assim, o ano de 2021 também poderá ser reprogramado, aumentando-se os dias de aula e a carga horária.

Outra forma de recuperar o conteúdo é investir em aulas extracurriculares ou métodos alternativos de aprendizagem. O Kumon é um bom exemplo disso, método de ensino que não se prende à idade ou ano escolar, mas trabalha conteúdos de forma individualizada, além de apostar no autodidatismo dos alunos.

Como aprendizado, levo comigo o lema: “A parceria é o caminho!” Como pais, precisamos ser também parceiros dos nossos filhos e entender que esse período difícil em que estamos, também irá reverberar lá na frente. É preciso ter calma para não fazer cobranças excessivas em relação ao conteúdo perdido.

A volta às aulas será uma nova etapa e processo de retomada para os nossos filhos. Devemos entender a necessidade de sermos ponte, apoio e conexão!

Nine Lima é autora do blog “Querida Mamãe”, administradora de empresas, servidora pública e mãe dos gêmeos Ricardo e Guilherme

www.queridamamae.com/ nine@queridamamae.com/ @nine.lima

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