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Tempo de mudanças
2020 nos levou a rever crenças, mas também nos fez reafirmar valores. Forçou o mundo a repensar propósitos e práticas para enfrentar desafios em escala global. Um contexto que exigiu de todos, em especial das escolas, reflexões, criatividade e flexibilidade para se reinventarem
Juliana Kalid Divulgação
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Com o empenho e a competência de uma equipe que, há mais de 30 anos, investe na reflexão e no diálogo como bases para a ação, o Colégio Oficina conseguiu, em meio a tantos desafios, concretizar seus propósitos educacionais e manter valores, fundamentos e a qualidade pedagógica, que marcam sua história.
Fiel ao compromisso com uma educação crítica, humana, efetiva e afetuosa, a escola foi pioneira na implantação de uma pedagogia de projetos, investindo em uma abordagem que alia sólida formação acadêmica ao desenvolvimento crítico e sensível dos alunos.
Márcia Kalid, diretora do Colégio Oficina
A música é muito presente no colégio Oficina e possibilita o processo de construção do conhecimento dos alunos, desenvolvendo o despertar pela arte
Márcia Ávila, orientadora pedagógico do Colégio Oficina, explica que alunos do 6º e 7º anos merecem atenção especial no processo de adaptação.
Como se não bastasse, eles também estão vivendo mudanças físicas e emocionais típicas da idade, despedindo-se aos poucos da infância.
Márcia Ávila, orientadora pedagógico do Colégio Oficina
Para tornar essa passagem mais suave, a escola desenvolve atividades e rotinas específicas que vão desde a recepção até a apresentação da escola, horários adaptados e acompanhamento diferenciado com foco no acolhimento e ambientação de alunos e famílias. O primeiro dia de aula, por exemplo, é dedicado exclusivamente a eles. Também há passeios, atividades culturais, relação estreita entre famílias e núcleo pedagógico com atenção às demandas específicas de cada aluno. Tudo para que possam se conhecer, compartilhar, rir e brincar sem, contudo, deixar de imbuí-los das novas responsabilidades que, progressivamente, a idade permite assumir.
Convivência ética: por uma cultura de respeito e cuidados
Acolher envolve, prioritariamente, respeito aos tempos, modos e espaços individuais de modo a construir um ambiente saudável e receptivo para a coletividade. Desde 2019 o Oficina implantou o Programa de Convivência Ética em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral (Gepem) – Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O Programa engloba várias iniciativas em busca de uma convivência harmoniosa de cuidado e respeito com o outro.
Para a pesquisadora Danila Zambianco, consultora do Oficina. "O colégio tem sido muito responsável com o trabalho acerca do desenvolvimento ético, encarando que é preciso muito estudo sistematizado para que se possa rever práticas e construir uma sociedade ética e democrática”. Para ela, o trabalho da escola não deve ficar circunscrito aos conteúdos, mas se encarregar em sintonia com o desenvolvimento intelectual e também do emocional, moral, artístico e ambiental.
Pesquisadora Danila Zambianco, consultora do Oficina
No Oficina, o projeto envolve famílias, professores, funcionários, direção e alunos na intenção de debater e enfrentar questões relacionadas à mediação de conflitos, reflexividade, protagonismo dos jovens, prevenção de bullying e respeito ao outro. Além das ações de formação profissional, houve inserção da disciplina Convivência Ética em alguns anos do Ensino Fundamental com a meta de expandir aos demais anos. Uma parceria que fortalece a crença numa convivência ética e em práticas pedagógicas voltadas ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos meninos e meninas do Oficina.
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