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e 17: Hospital Unimed: gripe A
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Saiba tudo sobre a gripe a
As médicas Dra. Lessandra Michelim, do Hospital Unimed Caxias do Sul, e Dra. Priscila Garrido descrevem orientações adaptadas de recomendações internacionais que ajudarão você a se prevenir da gripe A
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O que é a gripe A (Influenza A H1N1)? A gripe A, também conhecida como gripe suína, é uma gripe causada por um novo tipo de influenza que infecta humanos. Esse novo vírus foi primeiramente detectado nos Estados Unidos, em abril de 2009, e já se espalhou por todo o mundo. Em 11 de junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde decretou pandemia (vários casos em vários países) fase 6 (transmissão entre pessoas na comunidade).
Por que essa gripe foi denominada gripe suína, inicialmente? Logo que identificado, o novo vírus apresentava material genético semelhante ao de vírus de Influenza que ocorrem em porcos, mas análises posteriores demonstraram ser um novo tipo de vírus, pois tem genes semelhantes ao de vírus de porco e outros semelhantes ao de vírus humano. Assim, alimentos derivados de porco não transmitem o vírus.
O novo vírus H1N1 é contagioso? Sim, e se espalha de pessoa a pessoa.
Como o novo H1N1 se espalha? O modo de transmissão do vírus é igual ao da gripe comum, podendo ser transmitido pela tosse, espirro e secreções de pessoas infectadas. Ele não fica no ar, caindo rapidamente e contaminando superfícies, onde pode sobreviver, em média, de duas a oito horas. As pessoas, ao tocar as superfícies contaminadas, ficam com o vírus na mão – e podem passar a outras pessoas ou a si mesmas (ao tocar os olhos, nariz ou boca).
Quais os sintomas dessa virose por H1N1? Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre, tosse, dor de garganta, coriza (nariz escorrendo), dores pelo corpo, dor de cabeça, calafrios, podendo apresentar vômitos e diarreia. Os sintomas geralmente melhoram em cinco dias, mas algumas pessoas podem apresentar pneumonia por esse vírus, que se caracteriza pela persistência da febre alta (superior a 38,5°C), falta de ar e dor para respirar.
A doença pelo novo H1N1 é grave? A doença pode ser leve ou grave, mas não há como prever. Estudos mostram que a maior parte da população adquire o vírus e apresenta doença leve, melhorando mesmo sem auxílio médico – enquanto um grupo de pessoas pode apresentar a forma grave da doença, necessitando de internação hospitalar. Pessoas com alteração da imunidade (defesas do corpo) podem ter mais dificuldade para melhorar, e foram classificadas como grupo de risco, necessitando de tratamento assim que diagnosticada a gripe.
Qual é o grupo de risco? São consideradas pessoas do grupo de risco quem apresenta idade menor de dois anos ou maior de 60 anos, doença do coração ou pulmão, diabetes, doença do rim crônica, doença do sangue, imunodepressão (baixa das defesas) por doença (Aids, câncer, etc.) ou por remédios (corticoide em altas doses, por tempo prolongado, imunossupressores), gestantes e obesos.
Durante quanto tempo uma pessoa infectada pode espalhar o vírus? Pessoas infectadas podem transmitir o vírus um dia antes do início dos sintomas e até sete dias depois. Na criança, o vírus pode ser transmitido por até 14 dias.
aPrevenção e tratamento
Aqui no Brasil, ainda não há vacina para esse novo tipo de vírus, então, a melhor proteção é a prevenção. Algumas recomendações seguem abaixo: • Cubra seu nariz e boca com um papel ao tossir ou espirrar, e jogue-o no lixo após o uso. • Lave suas mãos com água e sabão frequentemente, ainda mais após tossir ou espirrar. O uso de álcool em gel também pode ser usado para higienizar as mãos quando não há possibilidade de lavá-las. • Evite tocar os olhos, nariz e boca. • Evite contato com pessoas doentes. • Se você sentir sintomas de gripe, procure auxílio médico e não se automedique. • Evite locais com aglomerações de pessoas. • Não utilize máscaras inadvertidamente. As máscaras têm um poder de filtração limitado, necessitando de trocas periódicas, em média a cada quatro horas. Além disso, devem ser colocadas de forma correta, cobrindo nariz e boca – e depois do uso devem ser desprezadas no lixo. A recomendação do uso de máscaras é para pessoas gripadas, para evitar que passem o vírus para outras pessoas ou para o ambiente. Pessoas que não estão gripadas só devem utilizar máscaras se prestarem atendimento a pessoas com sintomas respiratórios a menos de um metro de distância, ou por recomendação médica. Lembramos que as máscaras não impedem a pessoa de adquirir infecção – e que a lavagem de mãos é mais efetiva para evitar a contaminação pelo vírus.