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Medicina Preventiva: módulo
by ZPP Design
Por hoje não
Unimed lança o módulo Prevenção à Recaída, um braço do grupo de Dependência Química
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uUma nova opção para os clientes que frequentam a Medicina Preventiva da Unimed Nordeste-RS acaba de sair da fôrma: desde novembro, o grupo de Dependência Química passou a incluir um módulo denominado
Prevenção à Recaída. Em encontros que deixam de lado o estigma de um assunto intocável, profissionais recebem dependentes químicos e seus familiares, a fim de desenvolver habilidades de enfrentamento diante da compulsão pelo uso de algumas substâncias, assim como oferecer auxílio para o paciente se manter em alerta quanto aos sinais de risco e à importância do apoio social e familiar. Dividido em modalidades, o Prevenção à
Recaída tem como etapa inicial uma entrevista com o beneficiário, que precisa estar munido do encaminhamento do médico assistente.
Em seguida, ocorre a Acolhida, realizada em um grupo com, no máximo, 10 integrantes (a mesma acolhida ocorre, paralelamente, com um grupo formado apenas por familiares). Tanto o paciente quanto o familiar participam desses encontros, durante os quais são enfocados os riscos da drogadição e fatores de motivação para abandonar o vício. Na fase seguinte, o dependente e o familiar ingressam no grupo de Sentimentos, com atendimentos semanais, de forma contínua e sem restrição de participantes. “Este programa considera o ser humano em suas diversas dimensões. Para tanto, o trabalho desenvolvese com uma equipe multiprofissional, coordenada por psicólogos, com o auxílio de profissionais de serviço social, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia”, comentam Gabriela Mezzomo,
Marita Padilha e Nicole Chiaradia, psicólogas da
Medicina Preventiva. Para beneficiários que residem fora de
Caxias do Sul e que possuem plano adaptado à nova regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é oferecido atendimento na modalidade de aconselhamento psicológico individual, na cidade de origem, com os profissionais da Unimed.
A dependência*
A dependência química é caracterizada pela perda do controle do uso de determinada substância psicoativa. Os agentes psicoativos atuam sobre o sistema nervoso central e provocam alterações no humor e comportamento, com estímulo do consumo repetitivo da substância. É considerada uma doença que, semelhante a outras crônicas, pode gerar, com o tempo, danos à saúde física, psicológica e social.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), no mundo todo cerca de 200 milhões de pessoas – 5% da população entre 15 e 64 anos – usam drogas ilíticas pelo menos uma vez por ano. Cerca de metade dos usuários utiliza drogas regularmente, enquanto em torno de 25 milhões são dependentes químicos. As drogas ilícitas são as substâncias que têm seu consumo e comércio proibido pela lei. Como exemplos, a maconha e o crack. As drogas lícitas, por outro lado, que também podem levar à dependência, têm seu consumo e comércio permitidos, como bebidas à base de álcool, medicamentos, cigarro e solventes.
A dependência química muitas vezes ocorre para conseguir gratificação em curto prazo, aliviar tensões, ansiedades, sensações físicas desagradáveis, entre outras situações. Porém, cria desconforto, acompanhado por compulsão e perda de controle.
Com o passar do tempo, o dependente químico acaba por usar a droga para aliviar a dor criada pelo uso, levando a um ciclo de repetição.
O uso passa a causar muitos problemas nas várias áreas da vida, começando nos relacionamentos mais próximos, em especial, na família. Muitas vezes, os familiares acabam por esquecer de si próprios, vivendo em função do familiar dependente, comprometendo a sua própria saúde física e mental. Aqui se destaca a importância da família no tratamento do dependente, como também a necessidade de um cuidado especializado para a própria família.
Ainda dentro dos prejuízos causados pela dependência química, pesquisas demonstram que grande parte dos dependentes químicos está empregada. Dentro das empresas, o álcool é uma das principais substâncias consumidas. Quando chega a drogas mais pesadas, como o crack, muitas vezes o funcionário já não está mais trabalhando. Tais questões acabam facilitando acidentes de trabalho, quedas no desempenho e faltas nãojustificadas, entre outras situações.
* Gabriela Mezzomo, Marita Padilha, Nicole Chiaradia, psicólogas da Medicina Preventiva