3 minute read

#Sa\u00FAdePreventiva

Conscientizar-se e saber quais são as principais ameaças à Saúde que enfrentamos é o primeiro passo.

Dizem que "só damos valor à Saúde quando ficamos doentes". Infelizmente esta máxima pode ser verdadeira para milhões de pessoas que hoje sofrem das mais diversas patologias.

Advertisement

No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS ) divulgou as principais causas de morte no mundo nos últimos tempos. Das 56,4 milhões de mortes registradas lá em 2015, mais da metade (54%) foram ocasionadas por nove tipos de doenças transmissíveis e nãotransmissíveis e os acidentes de trânsito.

Nos países de baixarenda, como o Brasil, as infecções respiratórias e as diarréias lideraram o ranking. Já no mundo, a Cardiopatia Isquêmica e os AVCs - Acidentes Vasculares Cerebrais ficaram no topo das que mais matam. Veja quadros abaixo.

As principais causas de morte hoje no mundo não são novos vírus desconhecidos ou grandes acidentes, de acordo com a OMS.

No final de 2018, a Agência promoveu um encontro em Nova Iorque (EUA) com chefes de Estado para cobrar ações de combate às doenças crônicas não-transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e transtornos mentais.

De acordo com o Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, 41 milhões de mortes por ano no mundo — o que equivale a 70% de todos os falecimentos, são devido à essas doenças. Para a agência da ONU, 85% desses óbitos ocorrem em países em desenvolvimento.

"Até 2025, a OMS estima que seria possível prevenir 10 milhões de falecimentos, caso os países implementem um conjunto de 16 intervenções práticas, baratas e factíveis. Nosso plano 'Best Buys' recomenda medidas de controle do cigarro e campanhas de vacinação, além de propor a produção de alimentos com menos açúcar, sal e gordura". Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus

Investir nas melhores práticas de saúde, as chamadas políticas “Best Buys” (rentáveis e viáveis). Os cálculos indicam que, para cada US$ 1 investido na ampliação de ações para tratar as doenças crônicas não-trasmissíveis em países de baixa e baixa-média renda, haverá um retorno à sociedade de pelo menos US$ 7 em aumento de empregos, produtividade e longevidade.

Estes resultados estão no relatório divulgado “Saving lives, spending less: a strategic response to NCDs” (Salvando vidas, gastando menos: uma resposta estratégica às DCNTs), indicando que a adoção de medidas eficazes para prevenir e controlar as DCNTs custa apenas US$ 1,27 por pessoa a cada ano em países de baixa renda.

Por que falar em doenças, quando o assunto é Saúde Preventiva?

Justamente porque a Saúde Preventiva pode ser entendida como um conjunto de medidas e ações de saúde voltadas para a prevenção de doenças e/ou seu agravamento.

Para minimizar riscos, precisamos nos conscientizar e saber quais são as principais ameaças que enfrentamos, quais são as doenças que mais matam e incapacitam nas localidades onde vivemos. E, principalmente, para que possamos nos precaver delas.

Por exemplo: se formos buscar informações sobre faixa etária das doenças cardiovasculares que causam morte, saberemos que cerca de 96% delas ocorrem após os 40 anos de idade.

Mas apesar de matar mais a partir dessa faixa-etária, elas começam a surgir bem antes disso e a prevenção deve ser feita, se possível, já na infância.

Para isso é importante compreender os fatores de risco.

Seguindo o mesmo exemplo das doenças cardiovasculares, segundo dados do Ministério da Saúde, os principais fatores de risco seriam:

• História familiar de DAC prematura (familiar 1º grau sexo masculino <55 anos e sexo feminino <65 anos)

• Homem >45 anos e mulher >55 anos

• Tabagismo

• Hipercolesterolemia (LDL-c elevado)

• Hipertensão arterial sistêmica

• Diabete melito

• Obesidade (IMC > 30 kg/m²)

• Gordura abdominal

• Sedentarismo

• Dieta pobre em frutas e vegetais

• Estresse psicossocial

Há fatores de risco considerados modificáveis. Entretanto, existem os que não podem ser modificados, como idade, sexo e fatores familiares.

Portanto, é preciso redobrar os cuidados já que os fatores de risco se somam: quanto mais fatores, maiores os riscos.

Links Sugeridos:

World Health Statistics 2018

Causas de Mortes no Brasil em 2016, segundo o SUS

Ministério da Saúde: Vigilância em saúde

This article is from: