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OBESIDADE
Em um artigo publicado pela Agência Brasil, em outubro/ 2018, um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso. A projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões com obesidade.
Já o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões caso nada seja feito – incluindo 427 mil crianças com prédiabetes, 1 milhão com hipertensão arterial e 1,4 milhão com aumento do acúmulo de gordura no fígado.
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Alarmante, não?
A obesidade jé é categorizada como uma doença crônica multifatorial e grande parte dos governos no mundo estão investindo em políticas públicas de prevenção e tratamento.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
Além de reduzir a qualidade de vida, pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer.
promovem atividades em alguns estados com o objetivo de estimular a prevenção do sobrepeso e da obesidade.
Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) apontam que mais de 50% da população brasileira tem excesso de peso.
As entidades alertam que a obesidade é uma doença crônica que tende a piorar com o passar dos anos, caso o paciente não seja submetido a um tratamento adequado e contínuo.
Mas esta epidemia é realmente global. Na América Latina, a obesidade avança “incontrolavelmente”, alertou Julio Berdegué, um representante da FAO, durante o lançamento de uma pesquisa atual em um evento em Santiago, no Chile. (Veja nos Links indicados).
O relatório aponta que a cada ano, 3,6 milhões de pessoas se tornam obesas em países latinoamericanos e caribenhos.
O problema já afeta um em cada quatro adultos.
Quando consideradas todas as faixas etárias, o número de indivíduos com sobrepeso chega aos 250 milhões — 60% da população regional.
Na pesquisa, 7,3%, ou 3,9 milhões, de todas as crianças com menos de cinco anos estão com sobrepeso, acima da média mundial de 5,6%.
"A situação é chocante", concluiu Berdegué.
EFEITOS DA OBESIDADE NA SAÚDE
Uma das causas da obesidade está associada à rotina familiar, da mal alimentação à falta de exercícios físicos.
A família brasileira está, cada vez mais frequentemente, ingerindo alimentos com excesso em gorduras, açucares, sódio e não oferecendo vitaminas, fibras e outros nutrientes dos quais corpo e cérebro necessitam para serem saudáveis.
A possibilidade de se chegar a futuras doenças em função disso é grande.
Uma nova geração marcada por sedentarismo e alimentação “fastfood” amplia o quadro de predisposição genética à obesidade, que vem acompanhada de complicações graves que afetam o coração e o organismo como um todo.
O excesso de peso está associado à elevação da pressão arterial, aumento das gorduras no sangue e à diminuição do bom colesterol.
Outros exemplos são a apneia e os distúrbios de sono.
Quando uma pessoa não dorme o suficiente, seu corpo produz grelina, um hormônio que estimula o apetite e que, ao mesmo tempo, resulta em uma menor produção de leptina, outro hormônio que suprime o apetite.
Quanto mais se estiver acima do peso, mais difícil será para perdê-lo.
Na Saúde Pública brasileira, espera-se que o Ministério da Saúde juntamente com as instituições escolares promovam palestras com nutricionistas e endocrinologistas, com uso de vídeos explicativos e depoimentos de pessoas obesas que exponham suas dificuldades e necessidades, a fim de criar uma maior consciência nas futuras gerações sobre este problema gravíssimo.
Tipos de Obesidade
A obesidade pode ser classificada de diversas formas, uma delas é por tipo. São eles:
Homogênea: É aquela em que a gordura está depositada de forma homogênea, tanto em membros superiores e inferiores quanto na região abdominal.
Andróide: É a obesidade em formato de maçã, mais característica do sexo masculino e nas mulheres após a menopausa. Neste caso, há um acúmulo de gordura na região abdominal e torácica, aumentando os riscos cardiovasculares.
Ginecóide: É a obesidade em formato de pera, mais característica do sexo feminino havendo um acúmulo de gordura na região inferior do corpo, se concentrando nas nádegas, quadril e coxas. Está associada a maior prevalência de artrose e varizes.
V I V A B E M . C E N T E R