MILÉNIO STADIUM 1718 - 8 DE NOVEMBRO

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Andando pela rua a olhar para rostos colados a corpos que podem não refletir os seus sentimentos internos, faz-nos pensar se compreendemos realmente a verdadeira identidade das pessoas com quem nos deparamos. Mas será que isso realmente importa?

Opoder de expressão sem barreiras aumentou significativamente, incorporando o privilégio de ser rude e desrespeitar muitas das normas da sociedade, que são necessárias para a sobrevivência moral. O termo pelo qual medimos a normalidade é um alvo móvel e impossível de definir. A normalidade para mim pode ser completamente desprovida das normas pelas quais se vive a vida, por isso, ao observarmos os corpos em movimento como em todos os aspetos da vida, estamos constantemente a fazer suposições baseadas em atributos físicos sem nunca dizer uma palavra ao indivíduo julgado. A sociedade está a viver uma onda transfor-

Quem és tu?

madora de exigências em relação aos direitos de identidade, que embora não seja um novo padrão de género e sexualidade, nos últimos tempos tem tomado um rumo de abertura e retórica frequentemente inflamatória baseada na religião e no critério social para os direitos individuais. O julgamento baseado na perceção da pessoa que está à nossa frente abre uma teia de aranha de perguntas sem resposta.

As decisões mentais intuitivas para julgar os outros são muitas vezes erradas e incompletas porque se baseiam em dados percetivos e não em raciocínios baseados em factos. O aspeto mais controverso da falta de compreensão dos nossos concidadãos está relacionado com as questões dos transexuais, que se tornaram uma questão politicamente discriminatória a muitos níveis, criando suposições civis que podem ter um fracasso coletivo em muitos aspetos da sociedade.

Será que uma pessoa heterossexual tem o direito de julgar um indivíduo transgénero por não estar de acordo com as perceções normais da sociedade? Eu diria que a resposta é não, se quisermos criar uma cultura mais inclusiva a todos os níveis da comunidade.

A tradição de classificar alguém como heterossexual ou não, à primeira vis-

ta, pode ter ramificações negativas para quem julga e para quem é julgado, mas se nos abstivermos da tradição de classificar alguém como heterossexual, poderemos compreender e respeitar a identidade de outra pessoa.

O desenvolvimento de identidades pronominais está a promover o reconhecimento e o respeito pela autoidentificação e pela liberdade de ter uma identidade que é reconhecida e respeitada. Apesar de muitos criticarem a utilização dos pronomes, o movimento da diversidade, da identidade e da igualdade exigirá que a igualdade de expressão baseada na interseccionalidade e na queerness seja utilizada nos vocabulários de forma mais intensa, pelo que aqueles que optarem por ignorar a nova realidade serão possivelmente deixados para trás. Embora exista um debate intenso sobre a identidade e a mudança de género, particularmente entre a geração mais jovem, a troca de políticas é necessária para permitir mudanças aceitáveis para a maioria.

A discriminação dos transexuais existirá sempre, principalmente devido à ignorância desinformada, em que rotular alguém é mais fácil do que o medo de conhecer a pessoa. O julgamento dos outros não marca a pessoa que está a ser julgada, mas expõe a nossa própria fraqueza ao assumirmos uma

superioridade sobre os outros que enfrentam discriminação devido ao tabu da cisgeneridade. A maioria é a favor da proteção das pessoas trans contra a discriminação, mas menos apoiam políticas relacionadas com cuidados médicos para transições de género, pelo que muitas vivem dentro de corpos que não querem e querem sair dessas prisões.

A realidade é que a identidade de género é atribuída à nascença porque os órgãos genitais não são uma medida correta de quem uma pessoa pode ser. No futuro, será necessário muito trabalho para eliminar as suposições sobre a identidade de uma pessoa e para levar ajuda aos que dela necessitam. A inclusão será essencial para criar políticas que não excluam os membros da sociedade com base no género, raça, classe, sexualidade e deficiência.

Perguntemos a nós próprios se o mundo dentro do espectro da nossa visão é normal e como podemos ter a certeza de que a nossa normalidade reflete o que vemos.

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Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

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Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo. Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos,

Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Manuel DaCosta Editorial

A PROCURA DA VERDADE

Recentemente, o lusodescendente Shawn Mendes disse o seguinte - “estou a descobrir a verdade sobre a minha vida e a minha sexualidade”. A a rmação pública de algo tão íntimo surge como se Mendes tivesse sentido a necessidade de parar anos de perguntas sobre a sua orientação sexual. Não parou, aliás, podemos até a rmar que aumentou a especulação sobre o assunto que só a ele diz respeito, mas teve o mérito de trazer para a discussão algo que, muitas vezes, passa despercebido aos olhares apressados dos dias de hoje: as dúvidas e, não raras vezes, as angústias encapuzadas que tantos e tantas (jovens e mais velhos...) sentem relativamente à sua orientação sexual. Por que razão existem e porque é tão difícil encontrar as respostas para as perguntas que se formulam em silêncio? Qual o papel dos pais quando os lhos dão sinais de que não estão bem consigo próprios? E as escolas, que tipo de formação estão a proporcionar no que diz respeito a esta matéria? É o que vamos tentar descobrir nesta edição, começando por trazer uma clari cação sobre o que estamos a falar, com esta série de de nições que podem ajudar na compreensão de tudo o resto.

SEXO, IDENTIDADE DE GÉNERO, EXPRESSÃO DE GÉNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL

SEXO BIOLÓGICO

IDENTIDADE

ORIENTAÇÃO

ESPRESSÃO

SEXO

Intersexual Fêmea

Macho

assume-se frequentemente que é o sexo cromossomático ou o sexo genital, que pressupõe capacidades reprodutivas. Existem vários fatores que contribuem para o sexo biológico: cromossomas (XY, XX, ou outras combinações), genitais (estruturas reprodutivas externas), gónadas (presença de testículos ou ovários), hormonas (testosterona, estrogénios), etc. Uma pessoa intersexo tem órgãos genitais/reprodutores (internos e/ou externos) masculinos e femininos, em simultâneo, ou cromossomas que não são nem XX nem XY.

IDENTIDADE DE GÊNERO

Transgênero Mulher

entimento de ser do género feminino (mulher) ou do género masculino (homem) independentemente da anatomia. Uma pessoa transgénero é alguém que não corresponde às convenções sociais e categorias tradicionais de género associadas ao seu sexo biológico. Uma pessoa transexual é alguém que sente que a sua identidade de género é diferente do seu sexo biológico. Algumas pessoas transexuais desejam mudar o seu corpo através de tratamentos e/ou cirurgias, mas nem todas.

EXPRESSÃO DE GÊNERO

Andrógeno Feminino Masculino diz respeito aos comportamentos, forma de vestir, forma de apresentação, aspeto físico, gostos e atitudes. Uma pessoa andrógena exprime-se de uma forma ambivalente, ou seja, apresenta uma combinação de traços físicos quer masculinos, quer femininos ou uma aparência que não permite identi car claramente o seu género.

ORIENTAÇÃO SEXUAL

Bissexual Heterossexual Homossexual refere-se ao que cada pessoa pensa e sente sobre si própria e sobre a sua afetividade e sexualidade e por quem se sente atraído afetiva e sexualmente. Uma pessoa é considerada:

→ heterossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas de género diferente

→ homossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas do mesmo género

→ bissexual se se sente atraída por pessoas de ambos os géneros.

Assumir uma orientação sexual diferente da norma

A homossexualidade e a bissexualidade são apenas outras variantes da sexualidade humana, como é a heterossexualidade. A consciência de que se é homossexual (gay ou lésbica) ou bissexual surge, normalmente, no período da adolescência. A forma de o descobrir é diferente de pessoa para pessoa e envolve, quase sempre, um período de confusão e de muitas dúvidas.

Algumas pessoas jovens dizem que, de alguma forma, sempre souberam que eram “diferentes”. Quando percebem que são homossexuais ou bissexuais, veem nalmente, esclarecidos muitos dos sentimentos confusos que tinham sentido ao longo do seu crescimento. Outras só descobrem a sua orientação sexual na altura das muitas mudanças que ocorrem durante a adolescência. Ainda há quem só se dê conta de ser homossexual ou bissexual quando chega à idade adulta.

A discriminação e estereótipos associados à homossexualidade e bissexualidade ainda marcam muito quem se vê confrontado com a sua orientação sexual. Se há quem aceite e assuma com alguma uidez, muitas pessoas tendem a negar ou a esconder a sua verdadeira orientação sexual. É importante não sentir pressão na de nição da própria orientação sexual. É um processo que leva o seu tempo. Aquilo que uma pessoa sentir que verdadeiramente é, é o que está certo que seja.

Homem
Madalena Balça / David Ganhão
Uma pessoa pode descobrir que as suas atrações se expandem ou mudam à medida que envelhece ou adquire diferentes experiências de vida

Sari van Anders

Shawn Mendes trouxe recentemente para a praça pública (de novo...) o que tem sido viver com questionamentos constantes sobre a sua sexualidade. O cantor de 26 anos, como figura pública que é, tem sido sujeito ao que a imprensa e os fãs se sentem no direito de lhe exigir: uma definição clara do quem é, no que à sua orientação sexual diz respeito. Cansado de anos e anos de perguntas intrusivas, de comentários sobre as suas preferências sexuais, da sua forma mais ou menos feminina de ser, Shawn Mendes, falou sobre o assunto, abertamente, entre músicas num concerto dizendo: “Desde muito jovem, há essa coisa sobre a minha sexualidade, as pessoas falam sobre isso há tanto tempo... Eu acho isso não tem sentido, porque acredito que a sexualidade é uma coisa tão lindamente complexa, e é tão difícil de ser julgada. Isso sempre me pareceu uma intrusão em algo muito pessoal para mim. Algo que eu estava a descobrir em mim mesmo, algo que eu ainda tinha que descobrir e ainda tenho que descobrir".

Com este tipo de discurso, Mendes, por um lado, mostra ao mundo como o perturba que mexam com algo tão íntimo, mas por outro lado, evidencia que, na sua cabeça, ainda não está clara a sua orientação sexual. E teria que estar? Eis a questão. Até que ponto a definição do que somos, no que diz respeito a orientação sexual, é imutável? Que papel tem um psicólogo ou sexólogo em situações como esta? Nem sempre é fácil reconhecer quando o sexólogo é essencial na vida das pessoas. Muitas vezes, essa ausência de reconhecimento, acontece por questões culturais, desinformação e até mesmo medos relacionados com o que se sente relativamente à sexualidade. A atuação de um sexólogo é abrangente e relaciona questões de saúde,

com a educação, até o tratamento de traumas e disfunções sexuais.

Mais do que visar o tratamento terapêutico de determinada sintomatologia o papel de um sexólogo é também promover uma compreensão mais profunda da sexualidade humana e melhorar o bem-estar emocional e psicológico dos indivíduos.

Para esta edição do jornal Milénio em que procuramos saber como agir quando alguém se encontra num processo de dúvida sobre a sua orientação sexual, conversámos com Sari van Anders, Professora de Psychology, Gender Studies, & Neuroscience na Queen's University. Uma mulher que tem dedicado grande parte da sua vida académica a um programa de investigação que se centra na investigação sexual, género/sexo e diversidade sexual.

Milénio Stadium: É possível que a orientação sexual mude ao longo do tempo?

Sari van Anders: Uma pessoa pode experimentar mudanças na sua orientação sexual ao longo do tempo, mas as outras pessoas não podem mudar a orientação sexual de um indivíduo. Assim, uma pessoa pode

Os pais não podem influenciar a orientação sexual de uma criança; só podem influenciar o facto de uma criança sentir estigma ou apoio, vergonha ou positividade, e dor ou amor.

descobrir que as suas atrações se expandem ou mudam à medida que envelhece ou adquire diferentes experiências de vida, mas as provas são claras de que as pessoas não podem conscientemente - ou inconscientemente - mudar a sua própria orientação sexual.

MS: Que tipo de perturbação mental pode ser desencadeada por dúvidas sobre a sexualidade? Estados de ansiedade, depressão, isolamento social...?

SvA: As pessoas que sofrem discriminação, preconceito e estigma em relação à sua sexualidade podem sofrer uma série de problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade e isolamento social. Existe um fenómeno relacionado chamado “stress das minorias”, em que as experiências quotidianas de homofobia, bifobia e outros tipos de atitudes e práticas discriminatórias podem afetar a saúde mental e o bem-estar físico das pessoas, incluindo as que pertencem a minorias sexuais e/ou grupos LGBQ.

MS: Qual é o papel dos pais quando os filhos estão numa fase de indefinição da orientação sexual?

SvA: Os pais não podem influenciar a orientação sexual de uma criança; só podem influenciar o facto de uma criança sentir estigma ou apoio, vergonha ou positividade, e dor ou amor. A investigação é clara quanto ao facto de o apoio dos pais à orientação sexual dos filhos ser importante para que a criança seja capaz de viver a sua sexualidade de forma positiva ao longo da vida, para relações positivas entre pais e filhos e para diminuir o estigma desnecessário sobre as sexualidades minoritárias.

Os pais podem deixar claro que apoiam os direitos das pessoas a viverem as suas vidas sem discriminação, podem partilhar material (por exemplo, livros, redes sociais, filmes) com uma representação LGBQ po-

sitiva e podem realçar o quanto amam os seus filhos e os apoiarão nas suas próprias relações e escolhas de parceiros, independentemente do género.

MS: E qual é o papel das escolas? Que tipo de aproximação junto das crianças e jovens pode acontecer ou é aconselhável que aconteça nesta área da sua intimidade?

SvA: As escolas têm um papel importante na educação das crianças sobre relações e sexualidade saudáveis e positivas. Isto inclui informação exata e factual que não ignore as pessoas que têm relações do mesmo género, a história da exclusão e do ativismo e dos ativistas LGBTQ, informação sobre saúde sexual que seja útil para todos e que não pressuponha a heterossexualidade, e a garantia de que a escola é um local livre de comentários homofóbicos, transfóbicos, bifóbicos e de outros tipos de ódio.

MB/MS

Sari van Anders. Créditos: DR.
Sari van Anders • Professora Queen's University
Credito: DR

Estar presente para os filhos é aceitá-los

Tiago Souza

Entrar em conflito com a sua sexualidade pode ser algo mais recorrente do que se imagina. As perturbações mentais que esse conflito pode originar, podem ser leves, moderadas ou mesmo graves. Nesta área, como em tantas outras da vivência humana, é preciso que se pense seriamente em procurar a ajuda de um profissional que tem a capacidade para acolher os seus sentimentos, as suas perceções e questões – um psicólogo.

Éconduta ética importante, indissociável da prática da psicologia, o respeito pela diversidade sexual e de género. Um psicoterapeuta ou psicólogo pode e deve ser quem ajuda a refletir sobre tudo o se sente, o que se teme, e que transporta uma sensação de insegurança e até medo. É compreensível que algumas pessoas, perante as dúvidas sobre o que são, ou querem ser, sejam tomadas por profundas angústias. O mundo, estando mais aberto, ainda é um terreno cheio de preconceitos e resistente à diversidade e, sem dúvida, crescer numa sociedade e cultura imersas por esses preconceitos pode marcar negativamente o desenvolvimento de sua identidade e sexualidade.

Daí que seja importante trilhar um caminho que mergulhe na profundidade do que somos, acompanhados por quem sabe e nos ajude a explorar tudo o que sentimos.

Tiago Souza é psicoterapeuta e ajuda-nos a entender como é importante a compreensão e acompanhamento de quem está próximo, quando as dúvidas ou questões sobre orientação sexual surgem. Naturalmente, neste caso, como em tantos outros a família tem um papel preponderante.

Milénio Stadium: É possível que a orientação sexual mude com o decorrer do tempo?

Tiago Souza: A orientação sexual é um dos aspectos que compõe a nossa sexualidade. Podemos pensar em quatro dimensões fundamentais: a biológica (o sexo que temos ao nascermos), a psicológica (como nos percebemos e sentimos em relação a nós mesmos como seres sexuais), a cultural (como a sociedade enxerga a sexualidade, os papéis esperados por homens, mulheres e indivíduos que não se encaixam apenas no feminino e masculino, o que a lei ou a religião definem como esperado ou aceito), e a ética, ou como a relação com os outros e nós mesmos é influenciada pela sexualidade, e o que consideramos certo e errado, desejado ou não nas nossas relações interpessoais. A orientação sexual se refere a atração que temos por outras pessoas. Na verdade, atualmente chamamos isso de

afetividade, o que pode ou não incluir a quem nos atraímos sexualmente. E nossa atração e afeto mudam com o tempo, do mesmo jeito que podemos nos apaixonar por uma pessoa hoje, e esse sentimento se transforma e podemos nos apaixonar por outra pessoa no futuro. Podemos ter uma atração por alguém que tem o mesmo sexo que nós hoje, mas no futuro nos sentirmos atraídos por alguém de outro sexo. Isso é um fenômeno humano natural, e que pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer período da vida.

MS: A definição de orientação sexual pode ser influenciada por fatores externos? Por exemplo, uma situação de abuso sexual pode ser determinante nessa definição?

TS: Fatores externos, infelizmente, tem um papel predominantemente negativo na expressão da nossa sexualidade. Por exemplo, a repressão familiar e da religião, discriminação, e mesmo definições de orientação sexual consideradas como doença pela ciência até recentemente inibem a expressão saldável da orientação sexual de muitos indivíduos. Homossexualidade foi considerada uma doença ou desvio até 1992 pela Organização Mundial da Saúde e assim diagnosticada pela comunidade médica. Hoje sabemos que a homoafetividade, assim como todas as orientações

A família tem um papel fundamental no desenvolvimento de seus filhos e filhas. Os pais precisam criar um espaço seguro e saudável em casa para que os filhos e filhas se sintam confiantes e compartilhem seus dilemas e esperanças e se sintam ouvidos, acolhidos e respeitados.

afetivas e sexuais, são expressões normais e naturais da sexualidade. Atualmente, os fatores que mais influenciam mudanças em orientação sexual e afetiva são o cultural e o trauma. Do ponto de vista cultural, pessoas homoafetivas apenas se revelam publicamente quando se sentem seguras para tal, o que ainda não é a norma. Muitos indivíduos temem por sua integridade, apenas por serem quem são. O outro fator, o trauma, leva a pessoa a desenvolver defesas contra a dor do abuso. Muitas vítimas reprimem seus desejos e sentimentos por conta dos abusos, tanto sexual como emocional. No entanto, muitas dessas mudanças são defesas e não um processo natural ou saudável.

MS: Que tipo de transtorno mental pode ser desencadeado com a dúvida sobre a própria sexualidade? Estados de ansiedade, depressão, isolamento social...? E como podem ser tratados?

TS: Os questionamentos em relação a própria sexualidade são normais e esperados. No entanto, quando há falta de diálogo e apoio, e discriminação contra as opções sexuais de alguém, isso comumente leva a transtornos depressivos, ansiedade, dependência química, e alto risco de automutilação e suicídio. Em casos de persistentes questionamentos e pensamentos sobre a sexualidade que levam a aflição e interferência na vida diária, isso pode ser um caso de transtorno obsessivo-compulsivo sexual. O melhor caminho terapêutico é uma combinação de tratamento psiquiátrico e psicoterapia, para que os sintomas de ansiedade, tristeza, automutilação e comportamentos obsessivos possam dar lugar ao autoconhecimento, aceitação de si e desenvolvimento da resiliência para se enfrentar as barreiras impostas aos indivíduos que lutam para serem aceitos como são. A educação da comunidade, de famílias e organizações é também parte de um tratamento social, para que aprendam a compreender, aceitar e respeitar a todos e todas, sem discriminação e julgamento.

MS: Qual é o papel dos pais quando os filhos estão numa fase de indefinição de orientação sexual?

TS: A família tem um papel fundamental no desenvolvimento de seus filhos e filhas. Os pais precisam criar um espaço seguro e saudável em casa para que os filhos e filhas se sintam confiantes e compartilhem seus dilemas e esperanças e se sintam ouvidos, acolhidos e respeitados. Ter todas as respostas não é necessário, mas mostrar que dúvidas fazem parte do crescimento, sexualidade é uma expressão natural da vida

e dialogar com aceitação e respeito, é. E podemos adicionar que, mesmo que nós como pais tenhamos nossos valores e opiniões, nós precisamos apoiar nossos filhos a contruírem os próprios valores e tomarem suas decisões, contribuindo para que sejam adultos capazes de agirem com autonomia e autoconfiança, incluindo suas decisões sobre sua orientação sexual. Estar presente para os filhos é aceitá-los.

MS: E qual o papel das escolas? Que tipo de aproximação junto das crianças e jovens pode acontecer ou é aconselhável que aconteça nesta área da sua intimidade?

TS: A educação sexual ainda é um tabu em muitas sociedades. A escola deveria ser um local de instrução e aprendizado onde aprender sobre a sexualidade e a ética tivessem o mesmo valor da matemática e da literatura. A educação sexual não significa incentivar a atividade sexual, mas sim instruir para que o conhecimento leve a escolhas saudáveis e seguras. Sexualidade é mais que sexo, e normas sociais, avanços científicos, a evolução das relações e sentimentos, direitos, deveres e escolhas devem fazer parte deste processo educativo. Quando bem informados, indivíduos podem então tomar decisões sobre sua sexualidade, como expressá-la e vivê-la, na sua intimidade e no seu tempo. A escolha sexual pertence a cada um. Mais conhecimento e educação significa menos risco, menos abuso e violência sexual, e mais consentimento, respeito mútuo, saúde mental e satisfação nas relações pessoais.

MB/MS

Tiago Souza. Créditos: DR.
Tiago Souza • Psicoterapeuta

VOX POP

Tema tabu durante séculos, a sexualidade e a definição de orientação sexual é, neste século XXI, cada vez mais encarada com normalidade. Os pais têm naturalmente um papel preponderante, não só prestando atenção a tudo o que, dentro desta esfera da intimidade de cada um, possa estar a perturbar a saúde mental dos filhos, mas também os pais devem estar suficientemente preparados para acolher e compreender as suas angústias, dúvidas ou decisões. Trazemos a esta edição três testemunhos de pais, que podem representar bem como a sociedade está a evoluir nesta matéria, funcionando como espelho do que poderá ser uma realidade em casa de muitas outras famílias.

MB/MS

Sim, acho que ajuda muito a esclarecer. Mas também concordo que às vezes se fala demasiado do assunto. Ter informação com conta, peso e medida é o que deve ser feito.

Que tipo de preocupação tem e que tipo de acompanhamento faz relativamente à relação do seu filho/a com a sexualidade?

Tento estar atenta, mas confesso que não é uma preocupação. Desde cedo que transmiti aos meus filhos a ideia de que o que quero é que sejam felizes. E essa componente é fundamental para que a vida seja realmente feliz. Agora se notar que há algo que possa estar a perturbá-los, tento perceber o que se passa. Temos uma relação muito aberta (mais eu e eles do que eles com o pai).

Sente que o acesso à informação, muito facilitado hoje em dia, esclarece todas as dúvidas que possam existir ou pelo contrário pode potenciar o seu surgimento?

Se notar que há qualquer indício de que este tema está a criar problemas ao seu filho/a, como pretende agir?

Se sentir que as conversas comigo ou com o pai não são suficientes, não tenho nenhum problema em procurar ajuda de um psicólogo. É um tema muito sensível.

A escola e o que se ensina sobre esta matéria ajudam a esclarecer dúvidas sobre o que sentem os jovens nesta área da sua intimidade?

Sim, acho que sim.

Se notar que há qualquer indício de que este tema está a criar problemas ao seu filho/a, como pretende agir?

Que tipo de preocupação tem e que tipo de acompanhamento faz relativamente à relação do seu filho/a com a sexualidade?

Confesso que não é a minha preocupação principal. Com o trabalho, acabo por ter pouco tempo para estar com o meu filho e quando estamos os dois em casa ele passa mais tempo fechado no quarto, do que perto de nós. Até agora não percebi nada de diferente nele. Sente que o acesso à informação, muito facilitado hoje em dia, esclarece todas as dúvidas que possam existir ou pelo contrário pode potenciar o seu surgimento?

Olhe, para ser sincero, acho que eu quando tinha a idade dele, sabia tanto quanto ele sabe e não tinha acesso ao google e coisas do género. E, se calhar, sabíamos de tudo de uma forma mais crua, através de amigos ou coisa parecida.

Eu posso parecer antiquado aos olhos dele, mas nisso acho que ele sabe que o que ele quiser da vida, para mim está tudo bem. Só quero que ele seja feliz. O que vou fazer será mostrar-lhe isso mesmo.

A escola e o que se ensina sobre esta matéria ajudam a esclarecer dúvidas sobre o que sentem os jovens nesta área da sua intimidade?

Acho que se está a entrar em exageros que até podem baralhar as cabeças dos miúdos. Uma coisa é dar informação, outra coisa é dar a entender que eles podem ser isto ou aquilo, quando a eles isso nem passou pela ideia.

Que tipo de preocupação tem e que tipo de acompanhamento faz relativamente à relação do seu filho/a com a sexualidade?

A minha filha desde cedo começou a dar sinais de que ela não era igual às outras meninas. Na maneira de ser, no que gostava de vestir, nos gestos... tudo. Por isso sempre estive mais atenta para ver se ela precisava de ajuda. Quando chegou a altura certa para ela, foi ela quem me disse que não gostava de rapazes como as outras meninas. O que fiz foi dar-lhe muito amor e dizer que está tudo bem com isso. E a partir daí ela confia em mim a 100%. Sabe que estou e estarei sempre do lado dela.

Sente que o acesso à informação, muito facilitado hoje em dia, esclarece todas as dúvidas que possam existir ou pelo contrário pode potenciar o seu surgimento?

Não sei, acho que saber mais só pode ajudar, mas no caso da minha filha, no fundo, ela nunca teve dúvidas sobre a sua orientação sexual e acho que isso aconteceu independentemente de ela ter acesso à informação ou não.

Se notar que há qualquer indício de que este tema está a criar problemas ao seu filho/a, como pretende agir?

Se isso tivesse acontecido ou se ainda vier a acontecer, pode ter a certeza de que eu nunca iria largar-lhe a mão e procurava ajuda.

A escola e o que se ensina sobre esta matéria ajudam a esclarecer dúvidas sobre o que sentem os jovens nesta área da sua intimidade?

Para mim o mais importante é que escola não discrimine quem tem orientações sexuais diferentes do “normal”. E que ensine que essa é apenas uma parte da personalidade e que todas as opções de vida têm que ser respeitadas.

M. Couto – mãe de dois rapazes (16 e 13 anos)
F. Sousa – pai de um rapaz (15 anos)
M. Santos – mãe de uma rapariga (18 anos)

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Somos o que queremos?

Polémica sobre a sexualidade de cada um, neste caso de artistas. Figuras públicas. Que temos nós com isso? Por acaso somos nós que escolhemos o nosso ADN?

Olá, bom dia e boa sexta-feira. Cá estamos. É bom sinal.

Semana de surpresas políticas ou nem por isso, porque está tudo tão enredado que de surpresas já existe muito pouco ou nada. Então... temos loucura na mira, por mais um mandato de presidência nos Estados Unidos onde a mensagem foi bem clara. Tudo o que este criminoso e predador fez, não tem problema. Bem-vindo de volta à Casa Branca.

É o que é e vai valer sempre o que vale. Que Deus nos ajude. Agora noutro tom...

Ainda que hoje em dia esteja cada vez mais difícil de “lidar” com estas “modernices”, quando, por exemplo, se diz: “ora eu nasci fêmea, mas já não me apetece”. Será que é assim tão linear como isso, ou o tema é mesmo mais profundo? É tema de genes. É tema de formação. É tema dos tempos que correm. O melhor mesmo será deixarmos os entendidos julgarem e tratarem. Parece que a sociedade vive disto e é que vive mesmo. Sugam as energias alheias até obterem os resultados que desejam. Para mim tanto se me dá, como se me deu.

Sejam iguais a si próprios. Façam e sintam o que vos faz sentir bem, sabem porquê? Porque somos nós que vivemos connosco e só temos de agradar a nós próprios e não aos demais. Mais não digo.

Um excelente fim de semana. Feliz São Martinho. Degustem umas belas de umas castanhas e provem de um bom vinho.

E até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

Visitamos o Museu do Sr. Zé Vidas, que nos mergulha na história da pesca do bacalhau

Jantamos na Casa da Madeira de Toronto para ajudar o Magellan

Ficamos a par das novidades da 7ª arte em mais um Lei do Cinema

Percebemos o que se passa no mundo no Here’s The Thing

E analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable

Apps disponíveis

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Cristina da Costa Opinião
Photo: DR

Who are you?

Walking down the street looking at faces attached to bodies which may not be reflective of their internal feelings, leaves you to wonder if we really understand the true identity of the people we are facing. But does it really matter?

The power of expression without barriers has markedly increased, incorporating the privilege to be rude and disrespect many of the norms in society, which are necessary for moral survival. The term by which we measure normal is a moving target and impossible to de-

fine. Normalcy for me may be completely devoid of the norms by which you live your life, so as we observe bodies moving around as in every aspect of life, we are constantly making assumptions based on physical attributes without ever uttering a word to the judged individual.

Society is experiencing a transformatory wave of demands regarding rights of identity, which although not a new pattern of gender and sexuality, recently has taken a turn of openness and often inflammatory rhetoric based on religion and social criterion for individual rights. Judgment based on the perception of the person standing in front of you opens up a spiderweb of questions without answers. Intuitive mental decisions to judge others are often wrong and incomplete because they are based on perceptive data rather than reasoning based on facts.

The most controversial aspect of the lack of understanding of our fellow citizens is related to transgender issues which have become a politically discriminatory issue at many levels creating civil assumptions which can have a collective failure in many aspects of society. Does a straight person have the right to judge a transgender individual because of lack of alignment with normal societal perceptions? I would suggest the answer is no if we are to create a more inclusive culture at every level of community. The tradition of gendering someone straight or otherwise on sight can have negative ramifications for the judge and the judged but if we refrain from the tradition of gendering we may be able to understand and respect another person’s identity.

The development of pronoun identities is furthering the acknowledgement and respect of self-identification and freedom of having an identity that is acknowledged and respected. While many will decry the use of the pronouns, the movement in diversity, identity and equality

will demand that equality of expression based on intersectionality and queerness will be used in vocabularies more intensely, so those who choose to ignore the new reality will possibly be left behind. While there is an intensive debate about gender identity and change, particularly among the younger generation, the exchange of policy is necessary to permit changes acceptable to most.

Transgender discrimination will always exist, mostly due to uninformed ignorance where labeling someone is easier than the fear of knowing the person.

Judgment of others does not mark the person being judged but exposes our own weakness for assuming a superiority over others who face discrimination because of the taboo of cisgendering. Most favor protecting transpeople from discrimination, but fewer support policies related to medical care for gender transitions, thus many live inside bodies they don’t want and want out of those prisons.

Reality is that gender identity is assigned at birth because genitalia is not a correct measure of who a person may be. A lot of work will be required in the future to eliminate assumptions about a person's identity and to get help to those in need. Inclusivity will be essential to create policies that do not exclude members of society on the grounds of gender, race, class, sexuality and disability.

Let’s ask ourselves if the world within the spectrum of our eyesight is normal and how can we be sure that our normalcy is reflective of what we see.

Apresentador Vince Nigro

Convidados

Lenita Lopes

Lorne Simon

Tema da semana: Discussão de temas da atualidade A sexualidade, as dúvidas e a definição de

sexta-feira às 18h

Photo: DR

SHAWN OF A NEW DAY

At one point or another, most of us, during the course of a normal day, come across a situation where someone, or some group of people, is being judged. Social media and television practically survive on it. Fact is, human beings have been judging each other for, at least, all of recorded history, the most common manner being by class.

The class system is one that prevailed, and thrives today. It seems to me that being judgemental is deep in the human genome, but I can’t even begin to explain why, although there are experts who probably can. We judge even without realizing the fact. Of course, all things being relative, judging is so commonplace that some of those on the receiving end don’t even see it that way until someone points it out.

These days, with everybody connected to fast media, those who enjoy any

amount of celebrity status are primary targets. That’s always been the case, only today everyone on the street seems ready to document anything that steers away from neutrality, and in some cases, a person’s life is unimaginably altered. People who bask in the limelight are judged for what they do and what they don’t. Our favourite Portuguese son, Shawn Mandes, has been doing his thing for quite a few years now, and for a number of those years, the media has been hounding him over whether he’s gay, or not. Actually, from what I’ve read in the past, it was more like the media was saying yes, and the poor guy hurling back the no's. Why should this even be any sort of issue? Do we insight judgement solely for the purpose of selling headlines? Of course! If judging were cancelled there would be little else to talk about except that boring intelligent stuff that may actually help everyone’s lives. Although, it must be said that ‘cancel culture’ in itself is largely

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based on judging others in order to further one’s own interests and spread one’s own opinions. Now Shawn is finally caving and is slowly releasing the tension that has built up inside for who knows how long. People are too dependent on being consoled or just plain entertained by the issues that plague others, issues that many times are just normal, natural, but twisted into something that creates doubt. But what’s the difference? Is he gay, straight, or any of the other numerous ways people see themselves?

We all know, for a fact, that the way you roll has nothing to do with who you are and has everything to do with who you are. What I mean is that You are who you are because of a lifetime of experiences and learning, not necessarily because your straight and not homosexual, or whatever. Yet, the person you believe yourself to be is obviously influenced by it. If Shawn Mendes decides to share his sexual orien-

tation with the world, he’ll still be the same guy, but maybe he’s battled to keep it to himself all this time because, (obviously), it’s really no one’s business, and he also might be afraid it will have a negative bearing on his career. Why? Because we can be so ‘judgey’! We can’t just enjoy his music, we love the gossip and the hearsay, and those who exploit this in us are only too happy to provide those dopamine spikes that we’re all addicted to.

Then there are those who use this character flaw within us to incite division and hate. That’s taking it to an obscene level, a dirty trick commonly utilized to sway an ill-informed public in the days of old, and now resurrected in modern day fashion. Bad things happen because we allow them to happen. Very true, except even the definition of ‘bad’ is being called into question. Fiquem bem,

Espaço encantador de retalho/escritório na Dundas Street West disponível para aluguer. Este espaço comercial no piso principal é ideal para um pequeno espaço de retalho ou escritório. Contém uma pequena kitchenette e casa de banho. Este espaço de retalho tem uma disposição aberta que permite versatilidade nas opções de utilização de retalho. Fácil acesso a transportes públicos e amplo estacionamento na rua.

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In a world that is evolving at an unprecedented pace, the concept of “normal” has become increasingly elusive. As we navigate through the complexities of modern life, we find ourselves during an identity crisis-both personally and collectively. This raises an important question. What does it mean to be normal today, and how has our understanding of normalcy shifted in response to societal changes?

The Fluidity of Normalcy

Historically, “normal” has often been defined by prevailing social norms, cultural practices, and collective beliefs. However, in recent years, this definition has become fluid. The rise of technology, globalization, and social movements has catalyzed a re-evaluation of what is considered acceptable or typical behavior. For example, the advent of social media has not only transformed communication but also created new platforms for self-expression and identity exploration. This has led to a broader acceptance of diverse identities, challenging traditional notion of normalcy.

Technology plays a pivotal role in shaping our identities and perceptions of nor-

What is Normal Today?

malcy. The internet has democratized information and empowered marginalized voices, allowing individuals to define their own identities rather than conforming to societal expectations. However, this has also led to a paradox where individuals may feel pressured to curate their online personas, often leading to a disconnect between reality and the idealized versions of themselves that they present to the world.

Moreover, the rapid pace of technological advancement can create feelings of alienation. As society becomes more digitized, many individuals struggle to keep up, leading to anxiety about their place in a world that seems to be moving beyond their grasp. The question of what is normal becomes intertwined with the fear of being left behind.

In recent years, various social movements-ranging from LGBTQ+ rights to racial justice-have challenged the status quo and reshaped our understanding of normalcy. These movements have highlighted the importance of inclusivity and representation, urging society to rethink who gets to define what is normal. As a result, many individuals are now embracing identities that were once marginalized or stigmatized, contributing to a richer, more diverse tapestry of human experience.

However, this shift has not come without resistance. As norms evolve, so too do the boundaries of acceptance, leading to conflicts over what is deemed normal. This tension can manifest in backlash against

progressive movements, as some individuals cling to traditional values that they perceive as being threatened. The struggle for acceptance and understanding in this rapidly changing landscape is a core aspect of the current identity crisis.

As societal norms shift, many individuals find themselves grappling with their own identities. The quest for self-understanding can be complicated by external pressures, whether from family, peers, or societal expectations. In a world where personal identity can feel like a performance, the question arises. How do we define ourselves authentically?

For many, the journey toward self-acceptance involves navigating the delicate balance between individuality and conformity. The search for normalcy can lead to feeling of inadequacy, as people compare themselves to others-often based on curated online images that may not reflect reality. This comparison can exacerbate feelings of isolation, as individuals may feel that they do not measure up to the standards of what is considered “normal.”

As we confront the identity crisis of our time, it is essential to embrace the idea that normalcy is not a fixed state but rather a dynamic and evolving concept. What is considered normal toady may be radically different in the future, influenced by ongoing social, technological, and cultural changes. Popular culture significantly shapes our perceptions of identity and normalcy. Media representations can

Paulo da Costa Domingos um novo livro

Manobra Portuária

Paulo da Costa Domingos (n.1953) apresenta este seu livro de 46 páginas com dois andamentos - «MANOBRA PORTUÁRIA» e «O ABC DAS DOCAS». Trata-se de um trabalho das editoras Barco Bêbado e «viúva frenesi»; a capa é de Luís Rocha.

Oreinforce or challenge stereotypes, and the narratives we consume often dictate what is seen as desirable or acceptable. As the entertainment industry increasingly showcases diverse stories and characters, it has the potential to broaden our understanding of normalcy.

As we look to the future, the concept of normalcy will likely continue to evolve. The increasing acceptance of fluid identities-such as non-binary gender identities and diverse sexual orientations-suggests a move toward a more inclusive understanding of what it means to be normal. Education plays a vital role in this evolution; by teaching younger generations about diversity and acceptance, we can help cultivate a society that embraces different rather than marginalizing it. Ultimately, the notion of normalcy should be viewed as a spectrum rather than a rigid standard. Embracing the complexity of identity and recognizing the fluidity of societal norms allows us to create a more inclusive world. By fostering dialogue, promoting understanding, and celebrating diversity, we can help individuals navigate their own identities while contributing to a broader cultural shift toward acceptance and empathy. In this way, the identity crisis of b today can lead to a more vibrant, multifaceted society where everyone has the opportunity to define their own normal.

livro integra citações de Alexandre Herculano e José Manuel Pressler além de Seamus Heany e Bob Dylan, ambos Prémio Nobel. O ponto de partida é o desacerto do Mundo («Uns filhos são, outros só de passagem») e a pergunta inevitável: «Quem tem a chave de um longo e duro olhar?". O poema da página 39 pode ser exemplo de um «sentido outro» do discurso; em vez do clássico «cordas, metais e secção rítmica», a orquestra tem violoncelos que sopram «graves sôpros» tal como o vento por exemplo pode soprar. Temos a Natureza e a Cultura em dupla inscrição. A página 25 abre de modo excepcional: «Que o problema da infância/é a pouca linguagem para transcrevê-la.» Uma síntese possível poderá ser: o Homem é expulso da felicidade («o Jardim comum») porque o Contrato Social é um patologia: «Em cada recanto do planeta (…)o carcinoma do contrato social». Conclusão provisória: o Poeta é o que não perdoa. Muitos perdoam mas não esquecem, o Poeta esquece mas não perdoa: «Obrigavam-me a desperdiçar o silêncio (…) mas não pude saber e calar». JCF /MS

Uncovering the why, where and how things unfold with Vince Nigro

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am

Sundays 10:00 am

Vincent Black Opinion
Portuguesa das Cinco Chagas

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos arquipélagos nacionais, destaca-se atualmente pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.

Atualmente, segundo dados dos últimos censos americanos, residem nos EUA mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, principalmente concentrados em Massachusetts, Rhode Island, Nova Jérsia e Califórnia. É neste último estado, que vive e trabalha a maior comunidade luso-americana do país, constituída por mais de 300 mil pessoas, e cuja presença histórica no oeste dos EUA remonta à centúria oitocentista, aquando da corrida ao ouro, da dinamização da pesca da baleia e do atum, e mais tarde das atividades ligadas à agropecuária.

A secular presença portuguesa na Califórnia, que se manifesta hoje na existência de diversas associações, clubes e fundações luso-americanas, encontra-se espargida na Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, em São José, que constituiu um genuíno pilar de fé, de assistência espiritual e pastoral na maior concentração urbana portuguesa na Califórnia.

A génese da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas remonta à década de 1910, mais concretamente ao ocaso do ano de 1913, época em que foi adquirido o terreno para contruir o templo e foi apresentada uma petição ao arcebispo Patrick William Riordan, de São Francisco, visando instituir a Paróquia Nacional Portuguesa de Five Wounds.

A construção iniciada em 1914 contou com o apoio fundamental e fervoroso de monsenhor Henrique Augusto Ribeiro, um insigne açoriano nascido na segunda metade do séc. XIX, em Cedros, Ilha do Faial. Ordenado no término da centúria oitocentista, tornou-se vigário na freguesia de São

Mateus, Ilha Terceira, tornando-se mais tarde vigário paroquial da Matriz de Santa Cruz, na Ilha das Flores.

Em 1912 emigrou para os Estados Unidos da América onde recebeu o título de Monsenhor, um título honorífico concedido pelo papa a certos eclesiásticos por serviços prestados à Igreja. Designado primeiramente para a região agrícola do Vale de São Joaquim, um dos centros da emigração portuguesa na Califórnia, monsenhor Henrique Augusto Ribeiro, chegou a São José em 1914, tornando-se o grande obreiro e impulsionador da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas.

O seu papel basilar, escorado na generosidade constante da comunidade portuguesa, entre 1910-20 calcula-se que tenham entrado no território americano cerca de 150 mil açorianos, ficou plasmado na negociação que encetou em 1916 com o governo português para a compra da madeira do então desmantelado Pavilhão de Portugal da Exposição Panamá – Pacífico, em São Francisco, erigido no ano anterior no âmbito da Exposição Universal que decorreu nos EUA.

Inaugurada solenemente, a 13 de julho de 1919, pelo arcebispo Edward Joseph Hanna, de São Francisco, a centenária Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, encerra historicamente a particularidade de ter sido inspirada na traça arquitetónica da Igreja de Santa Cruz, uma das mais expressivas manifestações do período barroco na cidade de Braga, no norte de Portugal.

Adornada nas décadas de 1930-40, fase marcada pelo falecimento do monsenhor Henrique Augusto Ribeiro, com mais de três de dezenas de sublimes vitrais, e em constante dinâmica espiritual e pastoral enriquecida pela Irmandade do Espírito Santo. Assim como pela Escola Primária Five Wounds construída e inaugurada em 1960, época em que a emigração portuguesa para a América voltou a aumentar no decurso da erupção do Vulcão dos Capelinhos.

Assumindo-se desde o passado à atualidade como a alma da comunidade luso-americana em São José, a Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, na esteira da magnífica obra monográfica assinada por Miguel Valle Ávila no âmbito das celebrações do centenário do templo, “Um Vestíbulo para o Céu”, tem almejado alcançar ao longo das décadas padres de língua portuguesa na liderança da paróquia. Como é o caso hodierno do padre António Silveira, e apoios

beneméritos de figuras gradas da comunidade, vivificando-se como casa e escola de comunhão dos fiéis luso-americanos. Numa época de grandes desafios para as comunidades portuguesas nos Estados Unidos, motivada pela conjugação do envelhecimento com a entrada de cada vez menos emigrantes lusos no território. A centenária Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, que assinalou no passado dia 2 de novembro o 110.º aniversário da fundação da paróquia, exprime simultaneamente, a ação pioneira da Igreja Católica no apoio aos emigrantes, e o pilar que a fé e a prática religiosa representam para uma parte significativa dos luso-americanos.

Como aclarava, em 2022, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da visita às comunidades luso-americanas da Califórnia, que computou a ida à missa na Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, no âmbito do programa privado do mais alto magistrado da Nação, embora Portugal esteja fisicamente distante de São José, na Califórnia, “tem um território espiritual que cobre todo o mundo. Onde esteja um português, está Portugal, e por isso o nosso território espiritual é muitíssimo maior, é muitíssimo mais vasto do que o território físico, formado pelas ilhas dos Açores, pelas ilhas da Madeira e pelo continente português”.

Nesse sentido, o recente 110.º aniversário da fundação da paróquia da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, orgulhosamente celebrado pelos luso-americanos em

São José, através da dinâmica da celebração religiosa, mas também de um jantar-convívio na Irmandade do Espírito Santo (I.E.S.) Portuguese Hall of San Jose, que congregou as forças vivas da comunidade e contou com a presença do Presidente da Câmara de São José, Matt Mahan, e do Cônsul-Geral de Portugal em São Francisco, Filipe Ramalheira. Revivifica a máxima do filósofo Kierkegaard, considerado o fundador do existencialismo: “A vida somente pode ser compreendida olhando-se para trás, mas somente pode ser vivida olhando-se para frente”.

das

Daniel Bastos Opinião
O Pe. António Silveira (ao centro), líder espiritual da comunidade luso-americana em São José, ladeado de forças vivas da paróquia, no decurso do jantar-convívio do 110.º aniversário da fundação da paróquia da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas. Créditos: DR.
O conselheiro
comunidades portuguesas na Califórnia, Manuel Bettencourt (ao centro), ladeado do Presidente da Câmara de São José, Matt Mahan (esq.) e do Cônsul-Geral de Portugal em São Francisco, Filipe Ramalheira (dir.), no decurso do jantar-convívio do 110.º aniversário da fundação da paróquia da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas. Créditos: DR.
Credito: DR

Construtores de ninhos em terra alheia

A minha vida são estas raízes de névoa e sobre as quais passo, sem pressa, farejando o mundo.

Eduardo Bettencourt Pinto, in “A cor do Sul nos teus olhos”

Sempre afirmei que, no meu percurso profissional, há um Antes e Depois de Toronto. A missão de Leitora de Português na Universidade de Toronto continua a ser o marcador que determina a página a partir da qual, no livro da minha vida, se inscreve uma forma diferente de olhar o mundo, no que toca à nossa diáspora. Em 1998, vivi pela primeira vez a experiência de chegar a um país onde se podiam ver representações culturais dos mais variados grupos étnicos que, em liberdade e sem preconceito, afirmavam as suas origens. Entre eles, os portugueses, dispersos pelos vários “Little Portugal” por onde me fui movimentando.

Tendo o mar como fronteira, desde cedo percebemos que teríamos de passar outros Bojadores, para - além da dor da travessia, da separação e da ausência -, irmos em busca de um futuro promissor por terras e “mares nunca dantes navegados”.

Hoje, as histórias de vidas da emigração portuguesa (pesem embora alguns casos de fracassos) incorporam outra gesta, feita de sucessos dos que souberam superar a adversidade para darem “novos mundos” ao mundo das suas vidas circunscritas a pouco mais do que o perímetro de vizinhança das aldeias de pobreza e fome onde habitavam. Estive presente na apresentação de um livro de poemas do açoriano João de Melo, “Longos Versos Longos”, e ouvi-o dizer: “Somos nove irmãos, mas apenas eu sou português”. A frase caiu com o estrondo de uma peça de chumbo no silêncio perplexo de um público mais alheio a estas realida-

A lei da bala

É de extrema gravidade o que disse o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, o que tem dito André Ventura e o que escreveu nas redes sociais um dos seus assessores, a propósito dos tumultos na periferia de Lisboa e da morte do cidadão Odair Moniz. A apologia que fizeram da violência policial, incitamento ao ódio

Pizza

e à violação da lei causou indignação geral. Um polícia, que é um representante do Estado, não pode atirar a matar contra uma pessoa desarmada, nem ser elogiado ou incentivado a fazê-lo.

Éindesculpável que um dirigente político diga que o país estaria mais na ordem se a Polícia atirasse mais vezes a matar. Por infringir a lei, por incitar ao ódio e à violência e por ser uma manifestação pública de racismo. Mas também por manifestar um preconceito social, simplificando uma situação complexa, que tem

you to all who supported our October 24 event

des, mas logo percebemos que a emigração os tornara cidadãos de outros países. Esta afirmação pode ser proferida por quase todas as famílias que, de geração em geração, deram filhos aos caminhos que buscaram as Américas (a de cima e a de baixo, assim chamadas), para fugirem à miséria averbada no enxoval de nascimento.

No entanto, após um breve contacto, rapidamente se conclui que apenas vestiram a roupagem americana que os quotidianos do mercado laboral exigiam. Dentro de portas, nas suas casas, nas associações e clubes, continuaram a manter a alma das suas origens, mesmo que tenham já nascido em território americano. Convivem com as duas culturas, sem constrangimento algum, porque, nisto de amor aos lugares, o coração tem sempre espaço para mais um. E as raízes, passadas gerações, continuam a alimentar o tronco de onde, mais tarde, começaram a ganhar forma copas hifenizadas, numa urdidura de trocas que enriquece a mundividência das novas famílias.

Foi preciso dar o salto para um outro Portugal fora do mapa, para perceber que, tal como uma planta transplantada, o país soube acrescentar ao pedaço de raiz e cau-

le iniciáticos todo um conjunto de ramos nascidos da interpretação de novos códigos, que lhes permitiu crescer à dimensão de quem os acolheu. Com os novos ramos, cada um fez o seu ninho, a que chamamos lar, por nele percorrermos o roteiro inconfundível das nossas rotinas e tatearmos às cegas o odor de todas as coisas e espaços. “Os olhos das aves alcançam muito para além/do que vemos” é o verso primeiro de um poema de João de Melo. Ao lê-lo, não pude deixar de, imediatamente, estabelecer uma comparação entre o ninho de um pássaro e aquele de todos os emigrantes que, ao longo dos anos, foram construídos nas Américas onde se fixaram. E concluo que a memória que os sustém continua a ser a trave-mestra com que os fizeram, enquanto escutavam a canção de ninar do berço onde foram embalados.

causas profundas na incapacidade do Estado fazer uma integração correta das suas populações, sobretudo as mais desfavorecidas, remetendo-as, em vez disso, para guetos sociais.

Pedro Pinto disse-o com a ligeireza de quem está numa mesa de café. Só que estava num canal de televisão, visto por muitos milhares de pessoas e capaz de as influenciar. Disse-o sem qualquer pudor em fazer a apologia da lei da bala, em completo desprezo pela lei, com indiferença humana, como um apelo à rebelião é à guerra civil.

Quando o Chega começou a crescer, houve quem não hesitasse em apelidá-lo de fascista, por defender a ordem e a autoridade à revelia da lei e da Constituição, por dividir a sociedade entre as pessoas de bem e as outras, por fazer cercos a partidos e por

tornar o Parlamento a câmara de eco de todas as provocações, contribuindo assim para a erosão dos fundamentos da nossa democracia e dos valores que a sustentam.

À conta de tanto quererem capitalizar com a sua retórica odiosa contra a imigração e de defenderem as forças de segurança de forma cega, independentemente do respeito e valorização que merecem, o Chega e os seus dirigentes acabam por mostrar a sua verdadeira natureza, violenta e autoritária.

Como este é um tipo de pensamento político que não se diferencia muito da arbitrariedade cometida pelos fascismos, só pode ser, portanto, uma forma de fascismo, ignóbil, por ser um atropelo ao Estado de direito.

Aida Batista Opinião
Paulo Pisco
Opinião
Crédito: DR.

Reflexão sobre Magellan Community e o Poder do Compromisso

Comunitário

A Palavra DAR / DOAR é Bonita

Nada mais bonito do que se viu no fim de semana passado na nossa comunidade, no Magellan Community Gala Dinner, a comunidade esteve cercada por desafios que parecem crescer. Refletir sobre o ato de dar, que bonita palavra, DAR, torna-se essencial, se dissermos doar é mais que uma simples ação de caridade, é um gesto de compromisso com o outro e com o bem-estar da coletividade. Tenham calma porque não se trata apenas de entregar algo a alguém, mas sim, trata-se de construir algo maior, de se envolver num propósito, e é exatamente da forma que eu vejo esse espírito de dedicação e doação, que inspira e fortalece iniciativas como o projeto Magellan.

O projeto Magellan Community é um projeto de cuidados continuados que vai

oferecer suporte e qualidade de vida para pessoas em situações de fragilidade, pessoas que podem ser nossos familiares. Essa é uma missão de relevância inegável, todos em geral vão passar por esse tempo, mas como todos os projetos que dependem do esforço coletivo, ele não seria possível sem o envolvimento ativo de indivíduos, que movidos pela generosidade, dedicam tempo, recursos e habilidades para transformar uma visão em realidade. Por isso, parabéns aos que se esforçaram e debruçaram neste projeto desde início, uns continuam, outros estão fora, mas são todos muito importantes e a comunidade deve agradecer-lhes.

Mais do que nunca, agora todos em geral devemos de debruçar-nos e pensar no doar como ato de compromisso. Muitos dos que apoiam o desenvolvimento da Magellan Community não o fazem na procura de reconhecimento ou retorno pessoal, eles fazem porque acreditam no impacto positivo que o projeto vai trazer para a comunidade, são pessoas que entendem que o verda-

deiro valor do progresso está em oferecer apoio aos que mais precisam, e que o avanço deste projeto de interesse social depende da participação ativa de cada um.

Com todos os cuidados devemos e temos de pensar no poder do coletivo, o Magellan Community só se tornará uma realidade por meio da união de esforços. Um projeto de cuidados continuados não se consegue sem a cooperação de uma comunidade comprometida e pronta para abraçar uma causa, por isso mesmo, a participação de cada indivíduo não é apenas desejável, mas crucial. Quando cada um se compromete a dar um pouco, seja financeiramente, seja em trabalho voluntário, seja em conhecimento, cria-se um movimento transformador que permite que a casa seja construída, equipada e, principalmente, mantida. É isso que se está a tentar e vai ser uma realidade.

Esta minha opinião se calhar não tem muita importância, mas espero que fique para deixar um desafio, porque todos queremos ver algo ser concretizado, por-

O Problema Trump II

O resultado das eleições desta semana nos Estados Unidos da América terão, com toda a certeza, graves consequências para a política europeia e mundial. Não podemos até ao dia de hoje prever a escala dessas consequências, mas não se espera, tendo em conta o conteúdo das declarações do vencedor Donald Trump, nada de animador. Refiro-me especialmente à área da segurança. Como se consolidarão as relações transatlânticas UE com EUA? Esta interrogação prende-se com a imprevisibilidade política do eleito Presidente americano tanto com os seus aliados como com os seus inimigos.

OMundo terá de estar preparado para uma mudança substancial em relação à presidência de Joe Biden em questões como a Guerra da Ucrânia/ Rússia. Sei que é normal chegarem de todo o mundo os parabéns para quem ganha eleições é mesmo uma tradição diplomática, mas os amigos e aliados que o fizeram com maior regozijo, a meu ver, são um motivo de grande preocupação, vejamos a nata da extrema-direita mundial:

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel: “O maior regresso da história”

• Feitas as pazes depois deste ter dado os parabéns a Biden na última vitória deste.

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria: “Uma vitória muito necessária para o mundo!”

• No início deste mês, Orbán disse: “Abriremos algumas garrafas de champanhe se Trump regressar”. Trump descreveu anteriormente Orbán – que foi acusado de liderança autoritária –como “uma das pessoas mais respeita das” do mundo.

Giorgia Meloni, primeira-ministra de Itália: "Bom trabalho, Senhor Presi dente".

• * Meloni li gou a Trump na noite de quarta-fei ra (6) para o felicitar e confirmar a sua “amiza de pro funda e históri ca”.

Javier Milei, presidente da Argentina: “Pode contar com a Ar gentina para tornar a América grande outra vez”.

• Falando sobre Miley num comício em março, Trump disse: “Ele é

um tipo grande, eu amo-o, porque ele ama-me” (que ridículo).

O resultado destas eleições não foi só excelente para estes senhores(as) de extrema-direita, mas também para as pessoas mais ricas do mundo, sendo que as dez pessoas mais ricas ficaram mais ricas num total de

tanto, apoiar iniciativas como a Magellan Community é acreditar num futuro onde o ato de dar é muito importante para o avanço e para a prosperidade de todos. Além de tudo, é uma lição sobre o valor da doação e o poder de cada um, saber transformar valores que, certamente, compõem a vida de todos aqueles que escolhem fazer parte dessa história.

Para terminar, deixo um convite para todos refletirem sobre o poder que temos de transformar o mundo à nossa volta quando damos e nos envolvemos em iniciativas sociais. Uma pequena ação pode somar-se em algo extraordinário. A Magellan Community é um exemplo de que, quando uma comunidade se compromete, consegue tudo em união, doar é acreditar que, juntos, podemos construir não só casas, mas também sociedades mais justas, para o bem-estar coletivo.

Se ainda não o fez, pense na palavra DAR, é um gesto que o vai fazer feliz, procure e apoie o projeto Magellan Community. Bom fim de semana.

apoio de muitos imigrantes, que votaram Trump, que este se prepara para deportar. Ninguém duvida que serão deportados, em grande escala, migrantes que vivem nos Estados Unidos. Quando Trump se tornar presidente eleito, espera-se que estes preparativos acelerem.

A pergunta é como o nosso débil mundo vai digerir este mandato. Os bons diplomatas, bons políticos, bons cidadãos têm agora de mostrar o que valem neste tempo nublado. Com tantos governos de extrema-direita teremos um retrocesso ao antes

A nota positiva da noite foi que quem te, ao contrário do que tinha acontecido fensor do regime democrático, aceito obviamente a decisão de tantos que votaram em Trump. Esta vitória de Trump é um “recado” para todas as democracias do mundo. Temos de cultivar a democracia, não a

“Em Springfield, as pessoas que mer os animais de estimação que

Augusto Bandeira Opinião
Vítor M. Silva Opinião
Crédito:

COMUNIDADE

Gente da Nossa TV celebra seu 38º aniversário em tarde memorável

Quase quatro décadas de excelência em transmissão

Prestigiado programa luso-canadiano festejou e entreteve um público de mais de 500 convidados em seu “Almoço & Show”.

No último domingo (3), foi celebrado o 38º aniversário do programa luso-canadiano Gente da Nossa TV, apresentado pela talentosa comunicadora Nellie Pedro e co-produzido por Cesar Pedro, idealizador do projeto. O evento, que ocorreu no salão Renaissance By The Creek, em Mississauga, região metropolitana de Toronto, Ontário, combinou um saboroso almoço e apresentações musicais e de comédia, reunindo mais de 500 convidados, muitos dos quais assistem à trajetória da âncora do programa há décadas e a acompanham em suas viagens internacionais.

Ao longo da manhã, pessoas de diferentes partes da província, de outras regiões do Canadá e até vindas de Portugal especialmente para a ocasião já circulavam animadamente pelo salão. Entre os presentes estavam familiares e amigos dos produtores do programa, telespectadores e representantes de importantes associações e clubes que apoiam o show há anos. A convidada especial Ana Luísa Riquito, Cônsul-Geral de Portugal, também compareceu ao aniversário — uma das aparições ilustres da tarde. Uma celebração cujo valor e significado são inestimáveis para a comunidade portuguesa no Canadá e que reflete a grande influência do Gente TV no país, bem como o enorme carinho de seu público, que não hesita em se deslocar para celebrar momentos relevantes do programa. Após se acomodarem, os convidados puderam degustar uma variedade de aperitivos típicos lusitanos. O almoço foi servido em seguida, preparando o ambiente para as tão aguardadas atrações artísticas. Nellie e seu co-apresentador, Matthew Correia, anunciaram então o primeiro show, comandado pelo comediante Mike Rita, que levou o público às gargalhadas com suas piadas e histórias hilariantes, baseadas em sua formação e experiência como luso-canadiano. Em seguida, a cantora estadunidense Nelia subiu ao palco, conquistando

a plateia com performances vibrantes e enérgicas, que abriram caminho para a pista de dança. Para encerrar o evento, a renomada Banda Tabu deu início ao seu baile, trazendo em seu repertório o sabor de Portugal com suas canções de ritmo típico, dentre outros clássicos da música internacional. Um breve intervalo foi feito para a ansiada rifa, cujos vencedores foram premiados com uma variedade de brindes, incluindo uma viagem exclusiva para Dubai. Em clima de euforia, a Banda Tabu voltou a animar os presentes, atraindo muitos para a pista de dança, o que foi um verdadeiro sucesso. Foi assim, repleta de discursos emocionantes, risos e muita diversão, que a festa do 38º aniversário do Gente da Nossa TV chegou ao fim — um evento verdadeiramente inesquecível, reflexo da inabalável dedicação de Nellie e Cesar Pedro e que demonstrou o forte compromisso entre o programa e a audiência que o apoia há tanto tempo — verdadeiro regalo à comunidade lusa. Essa tarde de domingo, sem sombra de dúvidas, será lembrada por todos como mais um marco inolvidável na história do Gente da Nossa TV.

Mariana Cabral/Gente da Nossa TV

Elia. Créditos: Gente Nossa TV
Matthew Correia, Nellie Pedro e Cesar Pedro. Créditos: Gente Nossa TV
Ana Luísa Riquito, Cônsul-Geral de Portugal Créditos: Gente Nossa TV Mike Rita. Créditos: Gente Nossa TV
Credito: Gente Nossa TV

CANADÁ

Trudeau e Trump discutem questões comerciais e de segurança numa conversa telefónica pós-eleitoral

O primeiro-ministro Justin Trudeau felicitou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pela conquista de um segundo mandato durante uma chamada telefónica entre os dois na quarta-feira à noite (6).

Os dois líderes discutiram “a parceria duradoura e bem-sucedida entre o Canadá e os Estados Unidos”, bem como questões comerciais e de segurança, de acordo com uma nota oficial do Gabinete do Primeiro-Ministro.

De acordo com uma fonte familiarizada com o telefonema, a conversa de dez minutos centrou-se sobretudo no comércio.

Trudeau enfatizou que os dois países têm uma relação comercial positiva e apontou o Acordo Canadá-EUA-México (CUSMA)que foi negociado durante o primeiro mandato de Trump - como prova, disseram as fontes.

Trump perguntou ao primeiro-ministro sobre as tarifas que o Canadá impôs aos veículos eléctricos, aço e alumínio fabrica-

dos na China, disse a fonte. Os dois também discutiram outras questões comerciais chinesas e Trump levantou preocupações sobre o fentanil chinês no mercado dos EUA.

Os dois concordaram em pedir aos seus colaboradores para marcarem uma reunião, mas o calendário dessa reunião ainda não foi definido, disse a fonte.

Trudeau divulgou uma declaração felicitando Trump por ter reconquistado a presidência dos EUA. “O Canadá e os Estados Unidos têm a parceria mais bem-sucedida do mundo. Somos vizinhos e amigos, unidos por uma história partilhada, valores comuns e laços inabaláveis entre os nossos povos. Somos também os maiores parceiros comerciais um do outro e as nossas economias estão profundamente interligadas”, afirmou Trudeau.

“Estamos ansiosos para trabalhar com o presidente eleito Trump e sua administração, inclusive em questões como comércio, investimento e paz e segurança continentais”, disse ele.

CBC/MS

Pães recolhidos devido a pedaços de metal

A Agência Canadiana de Inspeção Alimentar (CFIA) emitiu uma recolha de várias marcas de pão devido à presença de pedaços de metal nos produtos.

Os produtos afetados foram vendidos no Ontário, no Quebeque e na Terra Nova e Labrador.

No total, foram recolhidos 37 produtos, incluindo das marcas Country Harvest, D'Italiano, Great Value, No Name e Wonder. A lista completa dos produtos recolhidos pode ser consultada no sítio Web da CFIA. As pessoas que possuem produtos afetados não os devem consumir, nem vender. De acordo com o aviso, a empresa responsável pela recolha é a Wonder Brands Inc.

O aviso não incluía o número de produtos afetados que tinham sido vendidos. A ACIA incluiu uma hiperligação para uma recolha relacionada e anterior que dizia que outra empresa, a Compass Minerals Canada Corp, estava a recolher dois produtos de sal a granel devido a pedaços de metal. O Loblaw afirmou num comunicado que a recolha da Wonder Brands afetou as suas lojas Shoppers Drug Mart, Real Canadian Superstore, No Frills e Zehrs em Ontário e no Quebeque, mas que os produtos foram

retirados das prateleiras. O Metro também afirmou que os produtos de panificação afetados tinham sido retirados das prateleiras das suas lojas.

Esta última recolha surge uma semana depois de a Giant Tiger ter emitido uma recolha voluntária de 15 produtos Wonder Brands nas suas lojas devido a “um potencial material estranho”. A Costco também publicou uma recolha no seu site grossista em 29 de outubro para produtos específicos da Wonder Brands comprados no Ontário entre 24 e 25 de outubro.

O governo de Trudeau proíbe o TikTok de operar no Canadá - mas os canadianos ainda o podem utilizar

Alegando preocupações com a segurança nacional, o governo federal ordenou ao TikTok que encerrasse as suas operações no Canadá - mas os utilizadores continuarão a poder aceder à popular aplicação de vídeo.

OMinistro da Inovação, François-Philippe Champagne, afirmou que a decisão de encerrar os dois escritórios canadianos da TikTok - em Toronto e Vancouver - se baseou em informações e provas que surgiram durante uma análise da segurança nacional e no parecer da comunidade de segurança e de informações do Canadá. “Chegámos à conclusão de que estas atividades realizadas no Canadá pelo TikTok e pelos seus escritórios seriam prejudiciais para a segurança nacional”, disse. “Não posso entrar em muitos pormenores, mas sei que os canadianos compreenderiam que quando se diz que o Governo do Canadá

está a tomar medidas para proteger a segurança nacional, isso é grave.”

A declaração sublinha que o governo não está a impedir os canadianos de acederem à aplicação ou de a utilizarem para criar conteúdos. “A decisão de utilizar uma aplicação ou plataforma de redes sociais é uma escolha pessoal”, diz o comunicado. Mas Champagne exortou os canadianos a utilizarem o TikTok “com os olhos bem abertos”. Os críticos afirmaram que os dados dos utilizadores do TikTok poderiam ser obtidos pelo governo chinês. “Obviamente, os pais e qualquer pessoa que queira usar a plataforma social devem estar cientes do risco”, disse ele.

A decisão foi tomada em conformidade com a Lei do Investimento do Canadá, que permite a revisão de investimentos estrangeiros que possam prejudicar a segurança nacional do Canadá.

Compra de um apartamento no valor de 9 milhões de dólares

Deputados Conservadores querem que Tom Clark responda a mais perguntas

Os deputados conservadores querem que o Cônsul-Geral do Canadá em Nova Iorque, Tom Clark, compareça de novo perante uma comissão parlamentar, após a divulgação de documentos que revelam que ele manifestou preocupações quanto à adequação da sua residência oficial na cidade.

Desde que a compra do novo apartamento de luxo, no valor de 9 milhões de dólares, se tornou pública em julho, a aquisição tem sido criticada pelos deputados da oposição como excessivamente luxuosa, tendo em conta os desafios do custo de vida que os canadianos enfrentam. Os deputados têm estado a investigar a compra há meses. Falaram com especialistas do sector imobiliário, com o pessoal do Global Affairs Canada (GAC) e com a Ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, que compareceu perante a comissão na terça-feira (5). A comissão ouviu dizer que o apartamento, que servirá de nova residência oficial para o cônsul-geral do Canadá em Nova Iorque, é 50% mais barato de gerir anualmente e custou menos 4 milhões de dólares do que a antiga residência, que foi recentemente posta à venda. Durante a sua comparência em setembro, Clark disse que “não teve qualquer papel na decisão de vender a antiga residência ou de comprar a nova” e que todas as decisões foram “completamente tomadas pelo departamento imobiliário em Otava”. Clark compareceu na comissão depois de Stéphane Cousineau, um vice-ministro assistente sénior do GAC, ter dito aos deputados que a decisão de comprar uma nova residência oficial estava “em conformidade com a política, bem documentada e isenta de qualquer influência, incluindo do Sr. Clark”. Estas declarações parecem contradizer um relatório do Politico, publicado na terça-feira (5), que citava um documento do GAC de maio de 2023 obtido através da lei de acesso à informação. “O atual [cônsul geral de Nova York] expressou preocupações em relação à conclusão do ... projeto de cozinha e reforma e indicou que a unidade não era adequada para ser a acomo-

dação [do cônsul]”, diz o documento. O documento diz ainda que o atual cônsul indicou que a antiga residência não “tinha uma planta ideal” para “atividades de representação”. Clark tornou-se cônsul-geral em Nova Iorque em fevereiro de 2023. Os deputados conservadores da comissão parlamentar apresentaram uma moção para que Clark compareça novamente para responder a perguntas sobre o documento de maio de 2023; a audição da comissão foi suspensa antes de se poder proceder a uma votação. O debate sobre a moção deverá ser retomado na próxima reunião da comissão.

No início do dia, Joly afirmou que não estava envolvida na decisão de comprar uma nova residência oficial em Manhattan e que só teve conhecimento da aquisição através de notícias da comunicação social. Joly não foi obrigada a assinar a compra porque as regras do Conselho do Tesouro só exigem a sua aprovação quando uma residência é comprada por mais de $10 milhões.

CBC/MS
Tom Clark . Créditos: The Canadian Press Sean Kilpatrick

1 morto e 2 feridos graves após um desmoronamento em North York

Um homem morreu e dois outros ficaram gravemente feridos depois de um poço ter desabado sobre eles na quarta-feira, segundo a polícia de Toronto.

Segundo a polícia, os homens estavam a reparar um cano de água na zona da Bayview Avenue e da Ruddington Avenue, perto da Finch Avenue E., quando o poço ruiu por volta das 17:25 horas. O chefe de pelotão Chris Rowland, porta-voz dos Bombeiros de Toronto, disse que os três trabalhadores estavam a inspecionar os canos de água numa escavação por detrás de uma instalação, inserindo uma câmara num cano, quando uma das paredes do local se desmoronou e uma grande quantidade de terra caiu em cima deles. Rowland disse que os Bombeiros de Toronto inicialmente colocaram escadas no buraco e trouxeram pás, mas rapidamente se aperceberam que se tratava de um salva-

mento numa trincheira. Duas equipas com cordas entraram no buraco, disse ele.

“A maior parte desta escavação, por estar em cima de pessoas, foi feita à mão. Estes homens estiveram provavelmente lá dentro a escavar à mão durante pouco mais de uma hora para os retirar completamente”, disse Rowland. “Estes dois senhores sobreviveram porque as duas equipas que estavam dentro do buraco arriscaram as suas vidas.”

Um homem foi declarado morto no local. Os paramédicos de Toronto levaram outros dois para o hospital. Inicialmente, a polícia disse que os homens tinham sofrido ferimentos que punham em risco a sua vida, mas mais tarde disse que os ferimentos eram graves, mas não punham em risco a sua vida.

O Ministério do Trabalho do Ontário assumiu a investigação, segundo a polícia.

Toronto assinala o Remembrance Day/2024

Toronto está a assinalar os 10 anos da guerra no Afeganistão e a homenagear um grupo pouco conhecido de militares negros da Primeira Guerra Mundial, antes do Remembrance Day, na segunda-feira (11).

Richard Berthelsen, vice-chefe de protocolo da cidade, disse que muitos dos cidadãos da cidade ajudaram a construir o país através do serviço nas Forças Armadas Canadianas. Este ano, diz que está a pensar especialmente naqueles que serviram no Afeganistão. “Nesta altura, estamos a olhar para trás 10 anos”, disse Berthelsen. “E estamos a pensar nos indivíduos que foram afetados, quer por terem sido feridos, quer mental ou fisicamente, e, claro, nos oito

de Toronto que perderam a vida.”

Uma exposição que descreve a história da guerra no Afeganistão e a sua relação com Toronto está patente na Câmara Municipal até 11 de novembro. Embora grande parte do Dia da Memória se centre na primeira e segunda guerras mundiais, Maloney disse que este ano é uma boa altura para os canadianos começarem a refletir sobre acontecimentos mais recentes. “Lembremo-nos que entre 30 a 40 mil de nós serviram no Afeganistão”, disse Maloney. “Pelo menos 158 de nós foram mortos. Centenas e centenas de pessoas regressaram com ferimentos físicos e não físicos. É muita gente”.

CBC/MS

Alegado esquema de roubo de carros

Dois homens enfrentam um total de 176 acusações, segundo a polícia, relacionadas com uma alegada operação de veículos roubados a partir de um legítimo concessionário de automóveis de Toronto.

“No total, as suas atividades causaram perdas financeiras de cerca de 2,18 milhões de dólares, que afetaram tanto o concessionário como o público,” disse o detetive Dan Kraehling numa conferência de imprensa. A polícia diz que, a partir de agosto, os investigadores descobriram que dois homens - que trabalhavam no que Kraehling descreveu como um “concessionário de marca” - alegadamente usaram as suas posições para comprar e vender carros

roubados a clientes desprevenidos sob o pretexto de vendas legítimas.

Os veículos eram comprados a empresas numeradas, que em alguns casos eram propriedade dos dois homens, utilizando fundos do concessionário, de acordo com um comunicado de imprensa da polícia.

Os acusados criavam então contratos de venda falsos utilizando números de identificação de veículos “limpos” - vulgarmente conhecidos como VIN - e alteravam os relatórios Carfax de modo a corresponderem às informações fraudulentas sobre os veículos, o que fazia com que as compras parecessem legítimas, segundo a polícia. Depois, um veículo roubado era entregue ao comprador sob o pretexto de uma com-

A

violência armada está a aumentar

no

Canadá

Área da Grande Toronto está a bater recordes

Melanie Ward recorda o momento em que soube que o seu filho estava morto com uma clareza assombrosa. “Ajoelhei-me e gritei”, disse ela. O seu filho, Alexander Circiumaru, ia a caminho de um encontro no centro de Hamilton no início deste ano, mas não chegou ao destino.

Ojovem de 19 anos foi alvejado várias vezes em plena luz do dia, a 6 de março, no que a polícia de Hamilton acredita ter sido um ataque seletivo. Circiumaru foi levado de urgência para o hospital, onde foi declarado morto. Ward, que vive perto de Naples, na Flórida, disse que desde então tem andado a apanhar os pedaços da sua vida.

Ward é um dos muitos membros de famílias que se debatem com as consequências da crescente violência armada em Hamilton e em toda a Greater Toronto Area (GTA) este ano. Várias forças policiais da região alertaram para um aumento alarmante de tiroteios desde janeiro. O aumento da violência armada na GTA também reflete uma tendência mais ampla que está a ocorrer em todo o Canadá.

Em Hamilton, registaram-se 58 tiroteios até 4 de novembro, em comparação com 35 em todo o ano passado - um recorde para a cidade, segundo o Sargento Steve Bereziuk. Ele dirige a equipa de resposta a tiroteios do Serviço de Polícia de Hamilton, uma das poucas unidades policiais do género no Canadá, recentemente criada para fazer face ao aumento da violência armada na cidade.

Segundo ele, registaram-se vários incidentes perturbadores no último ano, incluindo um tiroteio diurno em agosto, na zona leste da cidade, em que uma pessoa foi utilizada como escudo humano. Noutro incidente, um homem foi baleado depois de ter deixado uma criança de seis anos brincar com a sua arma.

Os agentes da Polícia Regional de Peel apreendem, em média, uma arma de fogo ilegal a cada 36 horas, “o que conduz a mais violência com armas do que alguma vez vimos”, afirmou o Chefe Nishan Duraiappah numa atualização de vídeo publicada no mês passado.

Entre janeiro e setembro do ano passado, disse que a polícia de Peel apreendeu 84 armas de fogo ilegais. Durante o mesmo período de tempo em 2024, foram apreendidas 157 armas ilegais - um aumento de 86 por cento. York e Toronto estão a registar aumentos semelhantes. Em Toronto, registaram-se mais 126 tiroteios este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o portal de dados da polícia. Com um total de 395 incidentes desde janeiro, este é também o maior número de tiroteios registado na cidade em quatro anos. York também regista um máximo de quatro anos, de acordo com os números fornecidos pela sua força policial, com 63 tiroteios até ao final de outubro deste ano.

CBC/MS

“Estes tiroteios estão a ocorrer a todas as horas do dia, mas o que estamos a começar a ver é uma tendência de tiroteios diurnos entre indivíduos e envolvendo mais do que uma arma de fogo”, disse Bereziuk.

pra legítima, segundo a polícia. O VIN do comprador não correspondia ao veículo que tinha comprado e alguns dos veículos eram falsamente registados em nome de pessoas que não constavam dos documentos de venda.

O concessionário apercebeu-se do que se estava a passar vários meses depois de os dois homens terem iniciado a sua operação, disse Kraehling, “altura em que apresentaram queixa à polícia”.

Durante a semana de 21 de outubro, os agentes cumpriram oito mandados de busca relacionados com o caso, que incluíram residências e garagens comerciais. Segundo a polícia, foram encontrados dois veículos suspeitos de terem sido “re-vincula-

dos”, bem como documentos e aparelhos electrónicos utilizados para ajudar na venda de carros roubados.

“Os investigadores ligaram atualmente os acusados a 22 vendas fraudulentas de automóveis que foram realizadas enquanto os acusados agiam na sua qualidade de vendedores de automóveis legítimos”, lê-se no comunicado de imprensa da polícia. Kraehling disse que é difícil dizer exatamente quantos veículos estiveram envolvidos, e a polícia receia que haja mais vítimas. A polícia também está a investigar se há ou não ligações a funcionários do ServiceOntario que possam ter participado no esquema, acrescentou.

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Turismo

Faro passa a cobrar taxa turística todo o ano com valores diferenciados

A Câmara de Faro vai passar a cobrar taxa turística todo o ano e rever os valores para dois euros na época alta e um euro na época baixa, medida iniciada em 1 de novembro.

Em comunicado, a autarquia refere que a alteração das regras visa ir "ao encontro da decisão tomada em sede" da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), que estabelece a cobrança da taxa ao longo de todo o ano, com um valor diferenciado na época alta e baixa.

Aborto

Assim, em vez de a taxa ser cobrada apenas entre 1 de março e 31 de outubro - período em que a taxa aumenta de 1,5 para dois euros por pessoa e por dormida -, o município passa também a aplicar a taxa entre 1 de novembro e o último dia de fevereiro do ano seguinte, no valor de um euro. Relativamente às isenções, a idade mínima para a cobrança da taxa passa de 13 para 16 anos, ficando agora também isentos do seu pagamento os estudantes nacionais e estrangeiros que ingressem na Universidade do Algarve e utilizem unidades de

hotelaria, alojamento local ou parques de campismo e de caravanismo, durante o ano letivo, desde que o comprovem.

O novo regulamento isenta também do pagamento da taxa a hóspedes cuja estadia seja motivada por atos médicos, estendendo-se a um acompanhante, desde que seja apresentado comprovativo da marcação ou prestação de serviços médicos.

Além destes, ficam ainda isentos os hóspedes cuja estadia seja motivada por realojamentos em casos de catástrofes e intempéries declaradas e os profissionais de

educação, saúde e de forças de segurança a desempenhar funções no concelho em regime de permanência e que utilizem alojamento durante o período de vigência do contrato. Por fim, ficam igualmente isentos do pagamento da taxa municipal turística os residentes no concelho de Faro que utilizem empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local, parques de campismo e parques de caravanismo, desde que apresentem documento comprovativo dessa condição.

JN/MS

Ministério Público acusa Fernando Valente de matar e esconder grávida da Murtosa

O Ministério Público (MP) de Estarreja acusou o empresário Fernando Valente, principal suspeito pelo desaparecimento da grávida da Murtosa, Mónica Silva, pela prática dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

Segundo o despacho de acusação, datado de 4 de novembro, durante cerca de um ano, o arguido e a vítima mantiveram uma relação íntima "que aquele tentou sempre manter em segredo, fruto da qual aquela engravidou". "Já com sete meses de gestação, no dia 29 de setembro de 2023, a vítima comunicou ao arguido esse seu estado e este, por forma a evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património, decidiu matar a vítima e o feto que esta gerava", diz o Ministério Público.

Para isso, refere a acusação, o arguido "engendrou um plano que incluiu desfazer-se do seu corpo e do feto, eliminar contactos que o relacionassem com aquela e com os vestígios da sua morte, e de desviar de si quaisquer suspeitas dos crimes".

Assim, diz o MP, "nos dias seguintes, o arguido efetuou pesquisas sobre a forma como eliminar das redes sociais as conversas mantidas com a vítima, adquiriu um

cartão SIM pré-pago que passou a usar num telemóvel antigo e sem ligação à internet". Após, sustenta Ministério Público, "e já através deste telemóvel, o arguido agendou o encontro com a vítima para o dia 3 de outubro de 2023." "Nesse dia, pouco depois das 21 horas, a vítima encontrou-se com o

arguido junto da sua residência e, munida das ecografias da sua gravidez, acompanhou-o, sendo levada até ao apartamento situado na Torreira, pertença daquele. Aí, o arguido matou a vítima e o feto que se encontrava a gerar", acrescentou ainda. Na sequência, refere o Ministério Público, du-

rante a madrugada do dia 4 de outubro de 2023 e nos dias seguintes, o arguido "desfez-se do corpo da vítima, levando-o para parte incerta, escondendo-o e impedindo que fosse encontrado". Até à data, o corpo não foi localizado.

Além disso, "acedeu ao telemóvel da vítima e, fazendo-se passar por esta, remeteu duas mensagens nas redes sociais a um terceiro indivíduo, insinuando estar a ser ameaçada por este". A acusação diz que Fernando Valente se desfez igualmente de todos os seus pertences bem como de um tapete da sala do apartamento.

"Procedeu a operações de limpeza profundas no interior do apartamento e nas zonas comuns (caso que nunca sucedera anteriormente); por diversas vezes, comunicou-se com familiares da vítima, negando qualquer encontro com a mesma", concluiu o MP, que pede ainda que o arguido seja obrigado a pagar 200 mil euros aos filhos da vítima.

O Ministério Público requereu que o julgamento ocorra perante um tribunal de júri, "atendendo à repercussão social do caso e à importância da participação da comunidade na administração da Justiça".

Fernando Valente encontra-se atualmente em prisão domiciliária.

Portagens

Via Verde aumenta preços das várias modalidades de serviços em 2025

A Via Verde vai aumentar os preços em 2025, passando as mensalidades das modalidades "Mobilidade" e "Mobilidade Leve" de 1,14 euros e 1,43 euros, respetivamente, para 1,25 euros e 1,59 euros, segundo a nova tabela disponível online.

De acordo com o novo preçário disponibilizado no site da Via Verde, a modalidade de subscrição "Autoestrada" passa de um valor mensal de 0,52 euros para 0,53 euros.

Estes valores pressupõem um desconto promocional que implica a adesão ao extrato eletrónico, sendo mais elevados caso o cliente prefira receber o extrato em papel.

A Via Verde é um sistema de cobrança eletrónica de portagens e outros serviços adicionais, através do aluguer ou compra de um identificador que é colocado no vidro da viatura.

Destinada aos "clientes frequentes que querem utilizar vários serviços" disponibilizados pela Via Verde -- autoestradas, estacionamento, carregamentos elétricos, abastecimento, drive-thru e ferries -- a modalidade de subscrição "Mobilidade" verá o respetivo preço mensal (com extrato digital) aumentar de 1,14 euros para 1,25 euros. Caso o cliente opte pelo pagamento anual, o valor passa de 13,35 euros para 14,49 euros.

Já no caso da modalidade "Mobilidade Leve", dirigida aos "clientes ocasionais que querem utilizar vários serviços", só pagando nos meses em que os utilizam, o preço mensal (com extrato digital) passará de 1,43 euros para 1,59 euros.

Quanto à subscrição "Autoestrada", para clientes que apenas usam o identificador

Via Verde nas autoestradas, passa de um valor mensal (com extrato digital) de 0,52 euros para 0,53 euros e de uma anuidade de 6,12 euros para 6,25 euros.

Caso o cliente prefira receber extratos em papel, a modalidade "Mobilidade" aumenta, em 2025, para um valor mensal de 1,75 euros (face aos atuais 1,64 euros) e uma anuidade de 20,49 euros (19,25 euros atualmente).

Já a modalidade "Mobilidade Leve" sobe de um valor mensal de 1,93 euros para 2,09 euros e a modalidade "Autoestrada" aumenta um cêntimo para 1,03 euros em caso de pagamento mensal e sobe 0,23 cêntimos para 12,25 euros no pagamento anual. No que se refere à modalidade de compra do identificador, os preços mantêm-se: 45 euros ou 37,5 euros com desconto promocional por adesão ao extrato eletrónico.

JN/MS

Movimento quer indemnização

para quem sofreu reações adversas às vacinas

Um movimento criado durante a pandemia pretende que o Estado indemnize as pessoas que tiveram reações adversas às vacinas contra a covid-19, pedindo aos deputados que essa compensação seja incluída no Orçamento do Estado para 2025.

Areivindicação é do Movimento pelas Crianças e Jovens na Pandemia, criado em 2021, e que anunciou que enviou uma carta a todos os deputados a defender que o "estabelecimento de um sistema justo de indemnização por danos causados por vacinas covid-19 é fundamental e urgente" para a confiança dos cidadãos no sistema de saúde e para a manutenção da saúde pública em Portugal.

O relatório de farmacovigilância da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), com dados recebidos até ao final de dezembro de 2022, assegura que os "diversos estudos comprovam que as vacinas contra a covid-19 são seguras e efetivas".

"A vacinação contra a covid-19 é a intervenção de saúde pública mais efetiva para reduzir o número de casos de doença grave e morte originados pela infeção pelo SARS-

-CoV-2. Estima-se que, só em 2021, as vacinas contra a covid-19 tenham prevenido mais de 250.000 mortes em toda a União Europeia", refere ainda relatório da autoridade nacional.

A carta pede a cada um dos parlamentares que "adote esta causa", alegando que o Estado deve assumir o "reconhecimento, apoio e compensação das pessoas com danos causados pelas vacinas contra a covid-19, para que estes portugueses de todas as idades e suas famílias que foram lesados, sejam devidamente reconhecidos, apoiados e compensados".

"Enquanto diversos países europeus já implementaram sistemas de compensação para estes casos, Portugal mantém-se em atraso significativo na proteção dos seus cidadãos", alerta.

O movimento recorre a dados do Infarmed para salientar que, até 31 de dezembro de 2022, foram registadas 39.135 reações adversas, das quais 8518 foram classificadas como graves. "Deste total, registaram-se 142 óbitos e 400 casos afetaram crianças e adolescentes menores de 18 anos", adianta ainda o movimento.

JN/MS

Credito: JN
Credito:

LEST WE FORGET

Luigi Carrozzi Secretary-Treasurer
Robert Petroni Recording Secretary Brandon MacKinnon Executive Board Member
Terry Varga Executive Board Member
Carmen Principato
Joseph S. Mancinelli President
Jack Oliveira Business

Biden convida Trump para reunião de transição na Casa Branca

O presidente norte-americano, Joe Biden, felicitou, na quarta-feira (6), o seu sucessor eleito, Donald Trump, pela vitória nas presidenciais realizadas na terça-feira (5) e convidou-o para uma reunião de transição, informou a Casa Branca.

Apresidência norte-americana indicou que vai coordenar uma data para a reunião com o político republicano na Casa Branca, em Washington, "num futuro próximo".

Biden, que já falou a sua vice-presidente e candidata democrata derrotada, Kamala Harris, para a felicitar pela sua campanha, planeia também dirigir-se à nação na quinta-feira sobre os resultados eleitorais.

O encontro de Biden com aquele que é em simultâneo o seu antecessor e sucessor acontece quatro anos depois de o líder

Alemanha

democrata ter vencido as últimas presidenciais, cujos resultados Trump nunca reconheceu, alegando uma fraude que não foi demonstrada, o que esteve na origem do assalto dos seus apoiantes ao Capitólio em janeiro de 2021.

Kamala Harris, por seu lado, telefonou ao adversário republicano para o felicitar pela vitória nas eleições, revelou um conselheiro da atual vice-presidente norte-americana.

Ao tomar a iniciativa de ligar a Donald Trump, Kamala Harris discutiu com o presidente eleito a importância de uma transferência pacífica de poder e de ser um líder para todos os norte-americanos, segundo o conselheiro que falou sob o anonimato à agência France Presse.

JN/MS

Eleições nos EUA

"Não vamos desistir de lutar", promete Kamala Harris

"O meu coração está cheio com a confiança que depositaram em mim, cheio de amor". Depois de se ter remetido ao silêncio na terça-feira (5), Kamala Haris reagiu à derrota nas presidenciais, com um discurso na Universidade Howard, em Washington, na tarde de quarta-feira (6).

"O resultado não é aquilo que queríamos, aquilo pelo qual lutamos ou aquilo pelo qual votamos", admitiu a vice-presidente norte-americana, acrescentando que "aceita o resultado", mas que a "lealdade" dos norte-americanos "não é a um presidente ou a um partido, mas sim à Constituição dos EUA". "A América vai ser sempre brilhante enquanto não desistir-

mos, se continuarmos a lutar", garantiu a política democrata. "Não vamos desistir de lutar para proteger as ruas de armas e violência" e para garantir igualdade de direitos, realçou Kamala Harris, destacando que "a luta pela liberdade dá muito trabalho".

A candidata derrotada prometeu uma "transição de poder pacífica" e contou que já tinha telefonado a Donald Trump para o felicitar pela vitória nas eleições. Destacou ainda que é isso que "distingue a democracia da anarquia e da tirania", numa alusão ao não reconhecimento do adversário republicano da derrota eleitoral há quatro anos.

JN/MS

Chanceler alemão demite ministro das Finanças e parceiro de coligação

O chanceler alemão Olaf Scholz demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, líder do FDP, o partido liberal que integra a coligação que forma o governo.

Oanúncio foi feito pelo porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, depois de uma reunião na chancelaria em que os três partidos que formam a coligação “semáforo” - o Partido Social Democrata (SPD), os Verdes, e os Liberais - se sentaram para discutir a continuidade desta união. Em conferência de imprensa, Olaf Scholz revelou ainda que vai sujeitar a votação uma moção de confiança no parlamento alemão, a 15 de janeiro de 2025. Até ao Natal, e com o fim da coligação "semáforo", o chanceler alemão quer levar a votação todas as leis que não podem ser adiadas. Scholz adianta ainda que vai tentar "dialogar" com o líder da oposição, Friedrich Merz, da União Democrata-cristã (CDU), "muito rapidamente".

Lindner terá proposto novas eleições durante a reunião na chancelaria. Segundo o líder dos liberais, as conversações dos últimos dias em torno da aprovação do orçamento e das divergências económicas entre os três partidos mostraram que não existe uma base comum suficiente.

Aos jornalistas, Olaf Scholz acusou Lindner de ter como único interesse a política

de clientelismo e a sobrevivência a curto prazo do seu próprio partido.

Depois da vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, Christian Lidner sublinhou que uma viragem económica se tornou ainda mais urgente. O "Bild" revela que o até aqui ministro das Finanças

estava disposto a adotar o orçamento suplementar para 2024 e a apoiar um governo de gestão até à entrada em funções de um novo executivo.

A coligação, que estava no poder há quase três anos, tem enfrentado dificuldades praticamente desde o início, já que muitas

das posições que defendem os seus partidos são opostas. Enquanto o SPD e os Verdes apoiam uma forte atuação do estado, com a emissão de dívida para financiar políticas públicas, caso seja necessário, o FDP tem uma visão contrária.

As divergências, sobretudo nas políticas económica e orçamental, ficaram mais expostas há um ano, quando o Tribunal Federal Constitucional reprovou a decisão do executivo de realocar verbas destinadas a atenuar as consequências da pandemia de covid-19. Sem essas verbas, o executivo alemão ficou com um buraco de 60 mil milhões de euros no orçamento. A forma de o combater não gerou consensos.

Lidner defendeu uma ampla redução de impostos para as empresas, por exemplo, e a redução de metas de proteção climática que considera demasiado ambiciosas. Ideias completamente rejeitadas por Robert Habeck, dos Verdes, ministro da Economia e vice-chanceler.

Os partidos que formam a coligação têm ao longo dos últimos três anos, perdido popularidade, atingindo os níveis de votação mais baixos de sempre em várias eleições regionais e sondagens. JN/MS

Credito: JN
Credito: JN
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Associação madeirense admite providência cautelar contra taxa em trilhos

A Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF-CCIM) contestou a cobrança de três euros em sete percursos pedestres classificados da Madeira, em vigor desde segunda-feira (4), e considerou a possibilidade de avançar com uma providência cautelar.

Opresidente da associação, Jorge Veiga França, afirma que o Governo Regional (PSD) não respeitou o que tinha sido acordado numa reunião prévia e explicou que em 16 de abril decorreu uma reunião entre a associação e a secretária regional de Agricultura, Pescas e Ambiente, Rafaela Fernandes, que tutela o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira, tendo ficado "claríssima" a posição de que a portaria sobre a cobrança no acesso a percursos pedestres só entraria em vigor a partir de 01 de janeiro de 2025. Segundo o representante, ficou também decidido que seria elaborado um protocolo determinando que os turistas individuais pagariam a taxa de três euros em sete percursos classificados a partir de janeiro, ficando os operadores económicos isentos até ao final desse ano, para começar a pagar

apenas a partir de janeiro de 2026.

O presidente da ACIF-CCIM insiste na criação de uma taxa turística única, para evitar o "nascimento de taxas e taxinhas" e considerando que, "numa terra tão pequena como a Madeira, uma pessoa não vem para ficar só num local".

Na segunda-feira, a secretária de Agricultura, Pescas e Ambiente explicou que a partir de janeiro de 2025 apenas os residentes ficam isentos do pagamento da taxa, que será então cobrada nos mais de 30 percursos classificados sob gestão do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza.

Para já, estão na lista a vereda do Pico do Areeiro, a vereda do Pico Ruivo, a Levada do Risco, a Levada do Caldeirão Verde, a vereda dos Balcões, Levada do Rei e a vereda da Ponta de São Lourenço, sendo que neste percurso já era cobrada uma taxa de dois euros, agora atualizada para três euros. Rafaela Fernandes disse que as verbas serão utilizadas na limpeza e manutenção dos percursos e considerou que a medida é bem aceite pelos turistas. Serão aplicadas coimas até 50 euros a quem não pagar.

Governo dos Açores diz que vinhos da região estão a afirmar-se

A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas considerou que os vinhos dos Açores estão a fazer um percurso "muito seguro e sólido" na afirmação no mercado nacional e internacional.

Berta Cabral apontou os "passos significativos que os Açores têm dado na produção de vinhos com muita qualidade" e com "parceiros extraordinários que têm levado o nome da região mais longe, quer a nível nacional, quer a nível internacional".

A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas falava na Ribeira Grande, ilha de São Miguel, na abertura do evento "Wine in Azores". Berta Cabral afirmou que o evento "ajuda a promover não só os vinhos que vêm até à região, mas também a incentivar os vinhos produzidos nos Açores".

"Quer os vinhos do Pico, quer os da Graciosa, quer os da Terceira, quer também em parte os de São Miguel estão a fazer um percurso muito seguro e sólido para se afirmarem no panorama nacional dos vinhos portugueses", disse.

Para a responsável pela pasta do Turismo, o evento tem como dimensões a promoção da cultura da vinha e da produção do vinho nos Açores, sendo "mais uma oportunidade para a promoção turística dos Açores em época baixa".

De acordo com Berta Cabral, para haver turismo todo o ano e em todas as ilhas, há que "explorar as potencialidades de cada ilha, sobretudo as que marcam a estação baixa, ou seja, o inverno, para poder-se ter eventos âncora que sejam apelativos ao turista que visitam nesta época do ano".

NM/MS

NM/MS
Credito: DR
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Chair da Magellan Community Charities

Esta noite tem muito significado. Significa que o Magellan está a chegar cada vez mais à comunidade, significa envolver cada vez mais pessoas com este projeto. Os eventos que promovemos entre o mês de setembro até agora, princípio de novembro, resultaram de uma combinação de muito esforço em pouco tempo para que a comunidade ficasse mais a par do que nós estamos a fazer. E por isso hoje, esta Gala é especial. Não será para se juntar muito, muito dinheiro, mas é mais um meio de agradecer à comunidade e agradecer àqueles que nos têm ajudado e esperar que outros ajudem também. Vamos ter aqui uma noite muito especial, com cerca de 900 pessoas, que irão assistir também a um espetáculo que conta com uma orquestra e uma voz muito jovem e descendente de portugueses. A Montreal Rhapsody Orchestra é uma banda muito famosa, muito boa e vai animar a noite de certeza. E a Tea Valentina é uma jovem lusodescendente, de 14 anos, com aquele gosto de cantar que é bom para mostrar o seu valor a quem a vai ouvir, mas também para que quem a veja perceba a importância de promover e apoiar mais as nossas coisas.

Business Manager da LiUNA - OPDC e Local 183

Acho que isto é maravilhoso, ver o que a gente está aqui a ver hoje. A comunidade aqui em peso! Espero que isto seja um dos muitos eventos que se devem fazer no futuro para a gente apoiar este Lar para os nossos Idosos. Que este seja o primeiro, mas não seja o último, seja o primeiro de muitos para vir para o futuro. Há outras comunidades que já passaram esta fase e acho que é muito importante que a nossa comunidade tenha essa preocupação, se estivermos sempre todos unidos e a lutar unidos, todos vão ganhar, ao fim do dia. E acho que é muito importante que todos se lembrem que nós também estamos a caminhar para sermos os idosos do futuro. A gente temos que perceber que a sociedade hoje em dia, os nossos filhos não têm as mesmas condições de nos apoiar no futuro nos caminhos difíceis. Então, acho que a Local 183 que tem 3000 pensionistas, tem uma grande responsabilidade em cuidar dos mais idosos. Daí ser muito importante ajudarmos a fazer isto acontecer. Os portugueses que quiserem dialogar na sua língua natal, pois podem ir para lá. Mas tudo isto faz parte de um plano em que a gente apostou para o futuro deles e acho que está a resultar muito bem.

Frank Alvarez

Responsável pela organização do Radio/Telethon Estou muito feliz com o sucesso que tem acontecido, relativamente ao projeto Magellan. Toda a organização está feliz pela resposta tão positiva que a comunidade portuguesa tem dado. Um grande obrigado à comunidade. O lar para a terceira idade da comunidade é um sonho antigo. Esta era uma grande lacuna que existia na comunidade. E é bom ver aqui, hoje, 900 pessoas a participar neste jantar. É uma ajuda fantástica e mostra que está tudo no bom caminho. Parabéns aos responsáveis da Magellan pelo excelente trabalho que têm feito. Todos os que fazem parte do Board e dos comités que têm trabalhado sempre voluntariamente para que o Magellan Community Centre seja em breve uma realidade e que seja o orgulho de todos nós, comunidade portuguesa. Porque este é um projeto da comunidade e para a comunidade. Isto é que é importante. E com o Radio/Telethon conseguimos atingir dois grandes objetivos – por um lado, angariámos mais de meio milhão de dólares, anda nos 550, 575.000 dólares, o que é um recorde absoluto, por outro lado, divulgámos o projeto, porque havia muita gente na comunidade que ainda não sabia o que era o Magellan. Foi magnífico. Foi fantástico. Estamos todos de parabéns.

UMA NOITE

Foi uma noite memorável. A comunidade portuguesa em torno do projeto Magellan. No seu discurso Charities, Manuel DaCosta, sublinhou a importância idosos que são acompanhados pelo Abrigo Centre, num gesto de enorme simbolismo – afinal é por cer. Para além de sublinhar e agradecer o importante na sala do Universal Event Space, e agradecer a LiUNA, Manuel DaCosta chamou ao palco dois elementos gal de Toronto que entregaram à Magellan um donativo Jack Oliveira, Business Manager da OPDC e da Local tância deste projeto e deixou a oferta e também a próxima Gala Dinner, no salão das novas instalações 3000 pessoas.

A noite contou com a presença de Melissa Grelo, filha do português Francisco Grelo, como Mestre CEO da Ontario Long Term Care Association, Donna A animação contou com dois momentos de excelência Valentina, acompanhada pelo seu produtor musical, e capacidade vocal e depois foi tempo de abrir a animada Montreal Raphsody Orchestra.

Madalena Balça/David Ganhão. Fotos:

MEMORÁVEL

portuguesa representada por cerca de 900 pessoas, unida de boas-vindas o Chair da Magellan Community importância de, entre os presentes, se encontrarem vários Centre, convidados especiais da Direção do Magellan, eles e para eles (idosos) que esta obra está a nasimportante contributo financeiro de todos os presentes todos os sponsors da noite, com destaque para a elementos da direção do Sporting Clube de Portudonativo no valor de 25 mil dólares.

Local 183, teve oportunidade de destacar a importambém o desafio para o board da Magellan de realizar instalações da LiUNA Local 183, com capacidade para Grelo, a famosa apresentadora da televisão canadiana, Mestre de Cerimónias e teve como Keynote Speaker a Donna Duncan.

excelência – primeiro a jovem lusodescendente Tea musical, Reno Silva, que mostrou o seu enorme talento pista de dança ao som da surpreendente e muito

Melissa Grelo

Apresentadora

É inacreditável que não tenhamos ainda um centro para idosos de língua portuguesa e, como sabem, fomos um dos grupos de imigrantes fundadores desta cidade fantástica e, por isso, já não era sem tempo e estou muito orgulhosa de estar aqui esta noite, porque o meu pai é um imigrante português com 82 anos, felizmente forte como um cavalo. Sabemos como é importante um sitio destes para todos, à medida que os nossos envelhecem, sabemos o quanto a comunidade e a socialização significam para os portugueses, por isso, saber que em breve este vai ser o local para podermos celebrar com as outras pessoas de língua portuguesa é da maior importância. Estou muito orgulhosa e entusiasmada por estar aqui a ajudar este projeto a avançar. Queremos criar algo bonito, queremos criar algo que seja acolhedor e que tenha espaços para todas as pessoas que vão lá estar, para fazer parte desta comunidade, porque não é apenas para os idosos. É para todas as gerações, é para as famílias, é para todos nós termos um sítio para estarmos juntos.

Vítor Silva

Membro do Board da Magellan

Esta noite tem um significado imenso. Só o facto de termos esta sala cheia de pessoas que estão a querer contribuir para o Magellan, porque no fundo este jantar também é uma angariação de fundos, deixa-me muito satisfeito. É fantástico perceber que a comunidade e não só, pessoas fora da comunidade, estão interessados em ajudar esta obra que é a mais importante dos 70 anos da comunidade portuguesa no Canadá. A comunidade está cada vez mais próxima deste projeto, porque houve uma série de iniciativas no último ano - o torneio de golfe, o Radio/Telethon e agora a Gala e também nós, os elementos do board temos ido a vários clubes divulgar o projeto. Tambe2m a comunicação social têm ajudado muito para o projeto fosse mais conhecido, fosse falado. Eu penso que hoje já não há ninguém que não saiba o que é o Magellan. O Magellan é um projeto para que os nossos idosos consigam acabar os seus dias, não podendo ir para Portugal, a falar em português, a comer comida portuguesa, a serem cuidados em português, por exemplo, se um idoso quiser dizer “dói-me um braço” a outra pessoa poder compreendê-lo. Isso é muito importante.

Ofelia Isabel

Chair da Magellan Community Foundation

Como portuguesa, hoje nesta Gala sinto muito orgulho, sinto muita honra e sinto muita alegria. Este é um projeto agregador da comunidade, de todas as gerações da comunidade. Porque todos nós temos um pai, uma mãe. Temos ou tivemos um avô, uma avó. Sabemos que a partir de certa idade, essas pessoas precisam de ajuda, precisam de ter cuidados de saúde próprios. É o Magellan Community Center, o Magalhães vai permitir isso mesmo. Vai permitir que aqueles que tanto deram à comunidade, aos seus filhos, aos seus netos, possam passar os seus dias de senioridade numa instituição que compreende a sua história, as suas raízes portuguesas, a sua história canadiana e luso-canadiana. E por isso, sinto-me muito comovida por estar aqui hoje. Estão aqui 900 pessoas para nos ajudar a fazer o Magellan. É uma noite de orgulho português.

Fotos: Guray Gul, Luciano Paparella Jr, Jorge Ribeiro

Téte António, ministro das Relações Exteriores de Angola, à saída do encontro com o Presidente são-tomense, São

VP

Governos de Angola, RDC e Ruanda criam mecanismo de controlo do cessar-fogo em vigor

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, mediou na terça-feira, 5, um encontro entre os chefes da diplomacia do Ruanda, Olivier Nduhungirehe, e da República Democrática do Congo (RDC), Thérèse Kayikwamba Wagner, no qual definiram o Mecanismo Reforçado de Verificação Ad Hoc, do acordo de cessar-fogo assinado pelos governos de Kinshasa e Kigali.

Ao falar após a reunião, o chefe da diplomacia do Ruanda informou que as três partes concordaram em criar uma equipa de especialistas militares para acompanhar a implementação do que é conhecido como “Relatório técnico do Conceito Proposto de Operações ”(CONOPS). “Acreditamos que nos ajudará a reforçar o mecanismo de verificação para que o cessar-fogo possa ser implementado e a paz regresse ao leste da RDC, que é o que todos queremos”, afirmou Olivier Nduhungirehe, citado pelo portal ruandês KT Press. Ele acrescentou que todos estão “otimistas de que este processo vai funcionar”. O

mecanismo será composto por 18 oficiais militares de Angola, três do Ruanda e três da RDC.

Por seu lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros da RDC não fez declarações depois do encontro a portas fechadas, mas numa nota enviada à imprensa antes da reunião Thérèse Kayikwamba Wagner assinalou uma “certa contradição” entre “o discurso público do Ruanda e as suas ações no terreno, nomeadamente a tomada de certas cidades”.

A próxima reunião está marcada para 16 de novembro e confirmar a composição desse mecanismo de controlo.

O encontro seguiu-se à apresentação de um projeto de relatório técnico por especialistas militares, cujos detalhes não foram divulgados.

A 4 de agosto o Presidente angolano, João Lourenço, anunciou a entrada em vigor de um cessar-fogo que, no entanto, não tem sido respeitado pelos rebeldes do M23, que atua no leste da RDC e que, segundo Kinshasa, tem o apoio do Ruanda.

OB/MS

UE tem 300 mil euros para financiar ações de diálogo com parceiros angolanos

A União Europeia em Angola vai disponibilizar mais 300 mil euros para projetos que reforcem o diálogo e a cooperação entre parceiros angolanos e europeus.

Segundo um comunicado de imprensa, o período de candidaturas decorre entre 4 de novembro de 2024 e 7 de fevereiro de 2025 e serão realizadas sessões de capacitação e para apoiar a elaboração das candidaturas. As áreas temáticas prioritárias de interesse comum são a paz e segurança; boa governação e direitos humanos; crescimento económico e desenvolvimento sustentável; energia; transportes; sustentabilidade ambiental e alterações climáticas; ciência e tecnologia; ensino e formação.

As Ações de Diálogo podem ser propostas e lideradas por entidades da administração pública de Angola e por instituições e agências da União Europeia e instituições com missão pública dos Estados-Membros da UE, podendo participar como parceiros, organizações da sociedade civil, universidades e centros de investigação, entre outras.

As atividades elegíveis compreendem a elaboração e publicação de estudos, a realização de eventos (workshops, seminários, etc.), a organização de visitas de estudo e de missões de intercâmbio.

A primeira fase, entre novembro de 2019 e abril de 2024, do programa Diálogos União Europeia-Angola apoiou 15 Ações de Diálogo. OB/MS

Golfo da Guiné: Militares realizam exercícios contra a pirataria

Decorre na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe o exercício militar conjunto, que envolve a guarda costeira de cerca de duas dezenas de países da região do Golfo da Guiné, visando combater a pirataria marítima.

OGolfo da Guiné tem sido nos últimos anos palco de vários atos de pirataria marítima e pesca ilegal que aumentam a preocupação da comunidade internacional com a segurança desta sub-região africana.

A localização estratégica e a dimensão do território marítimo de São Tomé e Príncipe no Golfo da Guiné fazem deste arquipélago um parceiro fundamental no combate a pirataria marítima nesta sub-região do continente africano.

Os Estados Unidos da América, Brasil, Portugal e França têm-se preocupado com a segurança marítima no Golfo da Guiné, em particular na zona económica exclusiva do arquipélago, cujo território marítimo é 160 vezes maior que o terrestre.

Há cerca de dois meses o governo norte americano financiou a instalação no país de um moderno sistema de radar para o controlo do mar, mas a guarda costeira nacional lamenta a falta de meios de patrulha e abordagem. “Esses equipamentos capacitam-nos em termos de observação, mas

falta-nos meios de abordagem, ou seja, capacidade de irmos lá e abordar os navios que estão a praticar ilícitos”, diz Armindo Rodrigues, comandante da guarda costeira são-tomense na sala de observação onde os militares afirmam que muitas vezes assistem de braços cruzados atos de pirataria marítima.

“Anualmente registamos cerca de 60 atos de pirataria marítima no alto mar” revela o primeiro tenente, Walter Fernandes, chefe de operações navais da guarda costeira sã-tomense e especialista em segurança marítima, busca e salvamento no alto mar, sublinhando que a maioria são assaltos à mão armada, tráfico e pesca ilegal.

“A pesca ilegal é praticada por embarcações de alguns países vizinhos, mas principalmente navios chineses”, afirma o primeiro tenente da guarda costeira, lamentando a falta de meios de patrulha. “Só temos duas lanchas que têm autonomia só para dois a três dias no mar (...) nunca tivemos que agir ao nível de combate”.

O exercício marítimo, aéreo e naval que visa a formação de militares da guarda costeira de cerca de duas dezenas de países do golfo da guiné, decorre pela sétima vez nesta região do Golfo da Guiné e é financiado pela marinha francesa com a participação de de Portugal e Brasil.

VP/MS

Moçambique/Eleições. Pretória apela à "calma" e "contenção"

O chefe da diplomacia sul-africana, Ronald Lamola, e a sua congénere moçambicana, Verónica Macamo, falaram pelo telefone sobre a atual situação de insegurança e o "desfecho" do processo eleitoral no país lusófono vizinho, adiantou o porta-voz ministerial sul-africano à Lusa. "Falaram sobre a situação na fronteira com Moçambique, mas também em que estágio se encontra exatamente o processo do Conselho Constitucional e como se desenrolará futuramente", indicou Chrispin Phiri, referindo-se à validação e proclamação dos resultados eleitorais anunciados a 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique.

Segundo a CNE, o candidato presidencial Daniel Chapo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, venceu as eleições com 70,67% dos votos, gerando protestos populares após um apelo do candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contestou os 20,32% dos votos que lhe foram atribuídos pela CNE, colocando-o como o segundo mais votado, resultados que declarou não reconhecer.

No rescaldo das eleições gerais, Moçambique vive surtos de violentos protestos nas

ruas, tendo Mondlane convocado a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro. "A África do Sul manifesta preocupação com a eclosão de incidentes de violência pós-eleitoral e lamenta a perda de vidas e destruição de propriedade, reiteramos mais uma vez o apelo feito por vários líderes em Moçambique às agências de aplicação da lei para investigarem rapidamente estes incidentes e levarem os perpetradores à justiça", salientou o porta-voz ministerial sul-africano.

Chrispin Phiri frisou que Pretória "apela à calma e à contenção, para permitir que o processo eleitoral seja concluído com sucesso e para dar ao Conselho Constitucional de Moçambique tempo e espaço para validar os resultados eleitorais de acordo com o seu mandato". "O processo formal dos resultados eleitorais deve ser concluído, e para isso deve haver espaço; nos termos da lei moçambicana há margem para contestar esse resultado se as pessoas não estiverem satisfeitas com o resultado", adiantou. Segundo a Associação Médica de Moçambique (AMM), pelo menos 108 pessoas foram baleadas e 16 morreram na violência pós-eleitoral dos últimos dias em Moçambique. NM/MS

Tomé. Créditos:

Trump presidente dos Estados Unidos faz a cotação do dolar no Brasil disparar

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos provocou um aumento expressivo nos juros futuros americanos nesta quarta-feira (6) e, como consequência, o dólar também dispara frente a outras moedas no mundo todo.

Os juros futuros indicam a expectativa do mercado financeiro para a taxa básica de juros dos EUA, definida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nos próximos anos. São eles que servem de referência para o rendimento das Treasuries, os títulos públicos americanos. Durante a manhã, o rendimento das Treasuries de 10 anos (tí-

Sauber anuncia

tulo que representa a expectativa para 10 anos) saltou para o maior patamar em quatro meses, em torno de 4,47%. Na semana passada, quando o mercado projetava uma vitória de Trump, o título havia chegado a 4,388%. Às 13h30, o dólar estava cotado a R$ 5,7098.

O dólar já ganhava força na semana passada com esse processo em que investidores já aplicam o dinheiro, antecipando que Trump tinha mais chances de ganhar a eleição (chamado de "Trump Trade"). Mas o real se desvalorizou ainda mais porque o governo federal deixou de anunciar medidas de corte de gastos para controlar a dívida pública brasileira. G1/MS

Gabriel Bortoleto, e F1 volta a ter brasileiro em 2025

Foram sete anos sem nenhum brasileiro disputar uma temporada de F1, desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017. Mas a espera, enfim, terminou: o jovem Gabriel Bortoleto, de apenas 20 anos, foi anunciado como reforço da Sauber para 2025 e completa o grid da próxima temporada, trazendo de volta a bandeira brasileira à categoria.

Desde julho, o brasileiro passou a ser especulado para o segundo assento da Sauber para a temporada 2025 da F1, o que ganhou ainda mais força nos dias que sucederam o GP de São Paulo deste ano. Ele assume a vaga de Valtteri Bottas e formará a dupla do time suíço ao lado de Nico Hulkenberg, que deixará a Haas rumo ao time suíço no próximo ano. O jovem de São Paulo será o 32º piloto do Brasil a passar pela categoria; o primeiro desde Pietro Fittipaldi, que substituiu Romain Grosjean nos GPs de Sakhir e Abu Dhabi após o grave acidente do franco-suiço em 2020, e o primeiro desde Felipe

Massa, em 2017 - quando se trata de temporadas inteiras.

Bortoleto é assessorado há dois anos por Fernando Alonso por meio da A14, empresa fundada pelo bicampeão. No ano seguinte, juntou-se à Academia de Jovens Pilotos da McLaren, responsável por lançar para a F1 nomes como Lewis Hamilton, Lando Norris e Oscar Piastri. Em exclusiva ao ge, ele revelou a influência do bicampeão no acordo com a equipe britânica.

G1/MS

O assessor especial da presidência, Celso Amorim, ao lado

Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Amorim diz que apoio de Lula a Kamala foi "discreto" e que Brasil vai buscar "relação normal" com Trump

O assessor para assuntos internacionais do Presidência da República, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (6) que o Brasil vai buscar manter uma "relação normal" com os Estados Unidos após a vitória de Donald Trump na corrida eleitoral americana.

Oex-chanceler ponderou, contudo, ser preciso "ver a questão ambiental" que vai ser construída, segundo ele, com o tempo.

Em 1º de novembro, Lula concedeu entrevista ao canal francês TF1, momento em que declarou apoio à candidata adversária de Trump, Kamala Harris. Segundo Amorim, o presidente agiu com discrição.

"Acho que a expressão usada por Lula de simpatia por Kamala foi discreta e não falou mal de Trump", opinou.

O assessor também fez questão de sinalizar as diferenças entre o presidente americano eleito e o presidente argentino, Javier Milei. Segundo ele, Trump em nenhum momento falou mal de Lula.

"Apoiava Bolsonaro, mas nunca falou mal de Lula. Eu acho que há um potencial para uma relação pragmática. Se ele teve uma relação pragmática com a Coréia do Norte, há muito mais razão para ter uma relação assim com o Brasil", disse. G1/MS

Prêmio elege os melhores projetos de pesquisa de alunos da rede pública de SP

A 3ª edição do Prêmio Ciência para Todos oficializa nesta quarta-feira (6) os grandes vencedores em um evento de celebração que acontece no Museu Catavento, em São Paulo.

Serão premiadas seis escolas públicas de São Paulo por incentivar o desenvolvimento de atividades científicas e promover o engajamento de estudantes e da comunidade escolar com a ciência e suas aplicações na educação e na vida.

• Categoria "Ensino Médio": IFSP (Campinas), E.E Severino Moreira Barbosa (Cachoeira Paulista) e E.E Padre Fidelis (Tanabi)

• Categoria "Ensino Fundamental": E.E Jesuíno de Arruda (São Carlos) e EMEF Dr. João Maria de Araújo (Botucatu) e EMEF Ermides Barsaglini Gulla (Gavião Peixoto).

Promovida pela Fundação Roberto Marinho e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a iniciativa tem como objetivo aproximar os jovens da ciência.

O prêmio mobilizou cerca de 180 escolas das redes estadual e municipal do estado de São Paulo, além de institutos federais de ensino médio técnico e profissionalizante e o Centro Paula Souza.

Os professores e estudantes premiados terão a oportunidade de visitar um centro de pesquisa apoiado pela FAPESP (inclui transporte, alimentação e mediação pedagógica). Os professores proponentes, responsáveis pelos projetos e orientadores das equipes premiadas, receberão também um notebook.

do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. — Foto: Fábio
Credito: DR
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Suplemento Desportivo

RÚBEN AMORIM NO TOPO DO MUNDO

NOITE DE SONHO EM ALVALADE NA DESPEDIDA DO TREINADOR PORTUGUÊS

Sporting imbatível na I Liga

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segunda-feira às 18h

Portugal recupera para os Países Baixos no ranking da UEFA

P35

Seleção de futebol feminino conhece adversários na Liga das Nações

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio. Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

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Goleada... para inglês ver

O Sporting goleou o Estrela da Amadora de «coração partido». A expressão usada por Ruben Amorim na conferência de imprensa de antevisão aplica-se àquilo que assistimos em Alvalade - um ambiente que oscilava entre o apoio e a incerteza mas, diga-se, com muitos aplausos a Amorim. No final, as tarjas das claques mostraram algum descontentamento quanto à saída oficializada do treinador («Vamos v€r», dizia uma tarja).

Dentro do campo, nesta sexta-feira, a superioridade individual do Sporting fez a diferença - com um 'póquer' de Viktor Gyökeres em evidência, num jogo bastante observado pela imprensa inglesa. Maxi Araújo estreou-se a marcar e Rodrigo Pinho ainda lançou algum nervosismo em Alvalade. O Sporting segue apenas com vitórias na Liga, com uma goleada por 5-1. Um resultado para... inglês ver, porque já todos pensam no pós-Amorim.

Varandas e Ruben Amorim entraram lado a lado no Estádio de Alvalade, antes da receção ao Estrela da Amadora. Com um ambiente pré-jogo praticamente inabalado, à primeira vista, este seria apenas mais um jogo do líder do campeonato nacional. O ‘tira-teimas’ chegaria com a entrada de Ruben Amorim no relvado, pouco antes do início do jogo. O técnico lá entrou no relvado, sozinho, antes dos jogadores, e foi aplaudido de pé por muitos adeptos. Foram mais as demonstrações de carinho do que as de insatisfação. E Amorim retribuiu.

Intensidade de Viktor Gyökeres destoou do adormecimento da restante equipa Galvanizam-se as bancadas, mas não os jogadores. Nos primeiros quinze minutos de jogo, os habitualmente intensos futebolistas do Sporting jogavam a um ritmo baixo, especialmente na defesa e no meio-campo. No ataque havia um homem que não destoava das jornadas anteriores –Viktor Gyökeres.

Sempre ligado, sempre pressionante, acabou recompensado aos 20 minutos de jogo pela maneira como foi agressivo. Reagiu a um ressalto feliz e bateu Brígido com um remate de difícil defesa. Ferro assistiu involuntariamente o avançado. Animavam-se um pouco as bancadas, que se dividiam entre o marasmo e o entusiasmo, a espaços. O Estrela ainda reagiu e ameaçou por intermédio de Bucca, aos 26m, com um remate forte. Israel defendeu para a frente e Danilo Veiga, com a baliza aberta, teve um falhanço clamoroso.

Mas Gyökeres não estava satisfeito. Longe disso. Marcou aos 31m, a aproveitar um buraco na defensiva do Estrela da Amadora visto com sagacidade por Francisco Trincão. Na cara de Brígido, Gyökeres fuzilou. Logo a seguir, o Estrela da Amadora reagiu.

Muita passividade da defesa leonina, com a bola a passar entre as pernas de Diomande, a permitirem remate de Rodrigo Pinho. Israel ainda defende, mas a bola sobra para Pinho, sozinho, que encostou de cabeça para dentro da baliza do Sporting. Alvalade ficava em silêncio.

Numa sequência de minutos louca, houve penálti para o Sporting, aos 37m, de forma algo insólita. Bragança cabeceou para defesa apertada de Brígido e na recarga Trincão vê uma nova tentativa de golo ser travada pelo braço de Bucca, na pequena área.

Primeiro, houve cartão vermelho e grande penalidade assinalada mas, após revisão do VAR, a decisão foi alterada para cartão amarelo porque não era o último homem do Estrela na trajetória da bola. Da marca dos 11 metros, Gyökeres disparou novo

míssil. Se o Sporting parecia anestesiado, o sueco indicava o caminho.

Ao intervalo, Inácio foi substituído por Jeremiah St. Juste, sem nenhum problema físico aparente. Também José Faria, treinador do Estrela da Amadora, tirou dois amarelados para ter mais agressividade no meio-campo. Mais tarde, aos 53m, nota para a ovação de Nani em Alvalade. O extremo jogou em três ocasiões com a camisola do Sporting (e passou despercebido neste jogo).

Segunda parte com estreia a marcar de Maxi Araújo e ovação para Nani Apesar das aparentes facilidades do Sporting, novo adormecimento da defesa leonina quase deitava tudo a perder. Rodrigo Pinho, oportunista mais vez, marcou à entrada da área após ser-lhe concedido espaço. No entanto, amorteceu a bola com a mão e o 3-2 foi anulado.

Caso surgissem dúvidas, Gyökeres apostou todas as fichas e fez um ‘poker’. Com o melhor golo da noite, aos 70 minutos de jogo – Nas costas da defesa, sob acompanhamento de Ferro, fingiu o remate e sentou o ex-Benfica. Na cara de Brígido, marcou mais um. O brasileiro vai ter pesadelos com o sueco.

Para completar a goleada, Maxi Araújo estreou-se a marcar, aos 85 minutos, logo a seguir a uma grande perdida de Edwards. Sozinho na grande área, o uruguaio dominou e rematou para o lado contrário do guarda-redes, apanhado em contra-pé. Golo de estreia do ex-Toluca.

Tal como Ruben Amorim tinha dito no jogo anterior, houve ambiente ‘estranho’ em Alvalade, não só nas bancadas como também no relvado. No entanto, os (ainda) comandados pelo próximo treinador do Manchester United cumpriram a tarefa desta sexta-feira sem, aparentemente, dedicarem 100% de si ao jogo. Apenas Gyökeres parece ter estado ‘sedento’ e inabalável.

MF/MS

Dragão encontra a receita do sucesso: produto final é goleada

O FC Porto tomou o gosto às goleadas e, depois do que fez na Vila das Aves, bateu o Estoril por 4-0.

Vítor Bruno recuperou a fórmula dos 5-0 ao AVS e, no papel, a receita tinha tudo para ser um sucesso. Juntava-se até a cozinha do Dragão, o que fazia antever uma boa dose de futebol na noite de domingo.

Numa exibição de altos e baixos, os portistas souberam aproveitar os erros, não perdoaram as ofertas da defesa estorilista e, na reta final, engordaram o resultado. O produto final, pois claro, foi mais uma goleada.

Os dragões até entraram autoritários, mas, aqui e acolá, foram dando margem ao Estoril para ousar ter bola e fazer valer a qualidade do trio de meio-campo neste registo. A ousadia dos estorilistas veio abaixo no momento da primeira desorganização. Duas dezenas de minutos e, num lance onde se abriu um espaço entre central e lateral, Danny Namaso, lançado por Martim Fernandes, retribuiu a confiança de Vítor Bruno, ainda que tenha contado com muita ajuda de Joel Robles. A finalização do inglês não foi perfeita e a defesa incompleta do espanhol fez com que a bola caminhasse lenta e caprichosamente para a baliza. Nem dez minutos depois e uma verdadeira oferta. Boma, que esteve em bom plano na tarefa de anular Samu, foi displi-

cente perante a pressão portista e deu uma prenda a Pepê.

O conforto do 2-0 permitia pensar mais além, no duelo de Roma e no Clássico na Luz.

Para a segunda parte, Vítor Bruno deixou Alan Varela no balneário e apostou em Eustáquio. Se a intenção era dar outra dinâmica ao meio-campo, então não foi bem-sucedida.

O segundo tempo começou a um ritmo morno. O FC Porto acalmou em demasia o jogo e até continuou a dominar e a criar ocasiões de golo, mas sem o ímpeto que se esperaria tendo em conta a diferença entre as equipas. Os assobios tímidos do estádio denotavam isso mesmo.

Por volta do equador da segunda parte, o FC Porto instalou-se no meio-campo do Estoril, aproveitando também o desgaste visível dos canarinhos. Foi tempo, também, para Vítor Bruno fazer entrar Galeno, na expectativa de acelerar e agitar.

O brasileiro nem precisou de dez minutos. Depois de mais uma iniciativa de Martim Fernandes – que esteve em modo locomotiva pela direita – Galeno apareceu completamente solto ao segundo poste e fez o 3-0.

A fórmula praticamente se repetiu ao cair do pano, mas desta feita foi João Mário, já lançado no jogo, a assistir o brasileiro. MF/MS

Creditos:

Vencer ou convencer:

a questão

convenceu.

No fim, seja qual for a análise, o mais importante, na ótica da equipa de Bruno Lage, foi alcançado. Os encarnados ganharam ao Farense (1-2), depois de terem estado a perder, e não se atrasaram para o líder Sporting.

O Farense apareceu em campo com a lição bem estudada: os algarvios, a jogar num 5-4-1, souberam conter o ímpeto ofensivo do Benfica (que era expectável), enquanto iam espreitando o contra-ataque.

De resto, a primeira parte do Benfica, que voltou a apresentar os principais titulares depois do jogo frente ao Santa Clara para a Taça da Liga, esteve longe de ser brilhante.

-

Isto é: os encarnados dominaram – como seria de esperar – mas sem praticar um futebol muito atraente; tampouco sufocando o adversário.

O Benfica teve mais bola, mais oportunidades, mas até se viu a perder ainda no início do jogo.

Ao minuto 15, na sequência de um desses contra-ataques, os algarvios chegaram à vantagem. Pastor cruzou pela direita e Dario Poveda apareceu solto na área, depois de Elves Baldé arrastar Tomás Araújo da marcação.

O espanhol estreou-se a marcar e colocou um Estádio Algarve – com mais benfiquistas do que farenses – em sobressalto.

Não era caso para tanto: seis minutos volvidos, o Benfica chegou ao empate, num lance bem desenhado que acabou com Carreras, servido por Akturkoglu, a marcar de pé esquerdo, já dentro da área.

Com a igualdade, seria de esperar que a equipa de Bruno Lage carregasse no acelerador… mas tal não aconteceu.

Tanto Florentino como Kokçu estiveram algo apagados, valendo outros nomes como Di María e Akturkoglu.

Aliás, seria dos pés de ambos que seria fabricado, já na segunda parte, novo golo do Benfica.

Pavlidis, que tanto tem sido criticado por ainda não ter apresentado a veia goleadora que se esperava, apareceu à ponta de lança para finalizar um cruzamento de Akturkoglu e colocar os encarnados, pela primeira vez, em vantagem.

O mais difícil estava feito para a equipa de Bruno Lage que daí até ao final dominou sem sufocar.

Lage ainda mexeu, talvez com o jogo com o Bayern na mente, e alcançou o mais importante: a vitória.

MF/MS

«Guerreiros» resistem na Freita antes de testes de fogo

Na noite de domingo (3), em encontro da 10.ª ronda, os comandados de Carlos Carvalhal triunfaram em Arouca (1-2).

Depois do duelo com o Vitória de Guimarães, para a Taça da Liga, o timoneiro dos minhotos promoveu três trocas, apostando em Zalazar, André Horta e El Ouazzani. Ora, em sentido oposto, Ricardo Horta e Roberto Fernández foram suplentes, enquanto João Moutinho foi poupado.

Entre os «Lobos», Vasco Seabra – em estreia – apenas surpreendeu com a titularidade de Trezza e Yalcin, nos lugares de Sylla e Henrique Araújo.

Num final de tarde ameno – a adivinhar o verão de São Martinho – o Sp. Braga geriu o ritmo e conteve as investidas do Arouca, depois de cedo alcançar a vantagem.

Assumindo um ritmo elevado, os «Lobos» mostraram-se determinados a reagir à derrota frente ao Estoril. Do outro lado, o Sp. Braga aproveitava essa vontade do Arouca para contra-atacar, sobretudo pelo corredor direito, com Roger, Bruma e Zalazar em evidência.

De parada e resposta, entre duelos bem apimentados, o Sp. Braga sentiu a vantagem muito próxima ao minuto 15, quando – na sequência de um canto – o cabeceamento de Niakaté foi desviado pelo braço de David Simão.

Assim, Bruma rematou para a esquerda e inaugurou o marcador, enchendo o balão pela segunda vez na Liga.

Ao golo do Sp. Braga seguiu-se a reação imediata dos anfitriões, que apostaram em

RESULTADOS - 10ª JORNADA

Tiago Esgaio e Ivo Rodrigues nas laterais, com Jason e Trezza por dentro. Ainda assim, a defesa minhota controlou as incidências, mantendo os contra-ataques de Bruma e Roger.

Até ao intervalo, os ânimos aqueceram, entre duelos, cartões amarelos e o ascendente da turma de Vasco Seabra. O relógio assinalava 40m, quando Matheus impediu o golo de Ivo Rodrigues, um penálti em andamento.

Desta forma, aquando da pausa, o empate não seria um resultado surpreendente. Todavia, o desacerto e nervosismo dos anfitriões na construção adiantada acompanharam o azar de David Simão ao minuto 15.

Ampliar e resistir

No regresso à ação, o Arouca manteve a pressão ofensiva, apesar da pólvora seca. Na outra extremidade, à primeira oportunidade, El Ouazzani agradeceu o espaço no meio para bater Mantl e assinar o quarto golo na Liga. Estavam decorridos 55 minutos. Entre trocas, a frustração dos «Lobos» foi aproveitada pelos «Guerreiros», que tentaram sentenciar a contenda. Ora, se Mantl manteve o Arouca em jogo, Matheus adiou o golo dos anfitriões.

Com o decorrer da etapa complementar, além de adiantar unidades, Vasco Seabra terá também tomado notas quanto aos índices de ineficácia dos seus pupilos. Até porque o golo de Sylla, aos 90+1m, surgiu tarde. Desta forma, o segundo triunfo consecutivo na Liga permite ao Sp. Braga subir ao quarto posto, com 20 pontos. MF/MS

Vitória desencrava com bomba de Nelson Oliveira

11ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

8 de novembro

Moreirense 20:15 il Vicente 9 de novembro

Estoril 15:30 AVS

Casa Pia15:30 Farense

Famalicão 18:00 Arouca

Boavista 20:30Rio Ave 10 de novembro

Estrela 15:30 Nacional

Santa Clara 16:30 Vitória SC

Braga 18:45 Sporting

Benfica 20:45 Porto

Sem conseguir vencer nas quatro últimas jornadas da Liga – com triunfos pelo meio para as competições europeias e para a Taça – o Vitória voltou aos triunfos ao bater o Moreirense (1-0) no duelo do concelho de Guimarães. Uma bomba de Nelson Oliveira, na sequência de um lance de bola parada, carimbou os três pontos. Não conseguiu reagir à desvantagem o Moreirense, não sendo capaz de criar qualquer lance de perigo. Mas, mesmo com mais espaço, o Vitória também não conseguiu aproveitar para ampliar. Com incerteza até ao final, desta feita o Vitória não deixou

o

Podemos ver o copo meio cheio: o Benfica venceu. Ou meio vazio: o Benfica não
Creditos: DR

Ángel Alarcón voltou a marcar pela formação secundária dos dragões

O FC Porto B perdeu uma chance de sair da zona de despromoção da II Liga, neste domingo. Esteve a ganhar ao Torreense, no Olival, mas acabou por ceder um empate a uma bola.

Ángel Alarcón, ex-Barcelona que se estreou a marcar recentemente na equipa B, voltou a faturar, aos 15 minutos de jogo.

Ainda na primeira parte, os homens de Torres Vedras marcaram duas vezesprimeiro por Pozo, mas acabou anulado, depois por Vazquez, aos 34 minutos.

O FC Porto B fica em 16.º lugar, com oito pontos, enquanto que o Torreense soma 13, na décima posição. Nota final

para a titularidade de Zaidu, que recupera a melhor forma física após uma lesão. Noutro jogo da tarde, o União de Leiria venceu o Leixões, por 1-0. Um único golo de Munoz foi o suficiente para os valiosos três pontos, que fazem com que os leirienses somem 12 em dez jornadas. Ficam na 12.ª posição. O Leixões é surpreendido e fica em sétimo, com 15 pontos. Por último, numa jornada com poucos golos, o recém-promovido Felgueiras travou o Mafra, em casa, por 1-1. Os visitantes marcaram primeiro, aos 66m, por Etim, mas Bonilla, já aos 89m, empatou o resultado. Felgueiras fica em nono posto, com 12 pontos, e o Mafra em 15.º, com dez. MF/MS

O Tondela venceu em casa a Oliveirense por 2-0 e subiu à liderança da II Liga.

Rodrigo Ramos inaugurou o marcador logo aos 6 minutos e Talocha dobrou a vantagem dos beirões ao minuto 14. Atualmente no último lugar da II Liga, a Oliveirense tentou reagir à adversidade, mas a expulsão de Candeiras (vermelho di-

II LIGA - CLASSIFICAÇÃO

reto) em cima do intervalo complicou ainda mais a vida ao conjunto orientado por Filipe Rocha.

Com este resultado, o Tondela, que somou o sexto triunfo seguido, chega aos 22 pontos na II Liga, mais um do que o Penafiel, que está na segunda posição.

JN/MS

RESULTADOS - 10.ª JORNADA

Alverca 1-0 Feirense

Portimonense 1-1 Vizela

Marítimo 1-2 Penafiel

Chaves 2-1 Paços Ferreira

Viseu 1-1 Benfica II

Felgueiras 1932 1-1 Mafra

Porto II 1-1 Torreense

União de Leiria 1-0 Leixões

Tondela 2-0 UD Oliveirense

8 de novembro

Vizela

Chaves 9 de novembro

Penafiel 11:00 Felgueiras

UD Oliveirense 14:00 Portimonense

Mafra 15:30 Viseu

Feirense 18:00 Tondela 10 de novembro

Paços Ferreira 11:00 Porto II

Leixões 14:00 Marítimo

Torreense 15:30 União de Leiria

Benfica II 15:30 Alverca

Académico Viseu e Benfica B empatam

Académico Viseu e Benfica B empataram a um golo na 10.ª jornada da II Liga.

A equipa beirã chegou à vantagem à passagem do minuto 20. Yuri Araújo, de fora da área, colocou a bola fora do alcance de André Gomes, inaugurando assim o marcador. O jogador brasileiro chegou aos cinco golos na temporada.

Contudo, logo na abertura do segundo tempo, João Rêgo colocou novamente os encarnados na discussão pelos três pontos, com um cabeceamento na sequência de um pontapé de canto, restabelecendo a igualdade.

MF/MS

Creditos: DR

LIGA

Ruben Amorim repete distinção como melhor treinador da Liga

O treinador do Sporting, Ruben Amorim, foi o mais votado pelos colegas de profissão, depois de ter conduzido os leões a cinco vitórias nos cinco jogos do campeonato disputados em setembro e outubro.

Ruben Amorim voltou a ser distinguido como melhor treinador da Liga, desta vez no período compreendido entre setembro e outubro, depois de já ter sido votado como o melhor em agosto. Em comunicado, a Liga de Clubes sustentou, esta quarta-feira, que o treinador “conduziu os leões a registo 100 por cento vitorioso nos cinco jogos disputados em

setembro/outubro”, esclarecendo que “os treinadores principais da competição valorizaram o registo 100 por cento vitorioso dos leões, no qual somaram por triunfos os cinco jogos realizados durante o período em avaliação, onde venceram Arouca, AVS, Estoril, Famalicão (todos por 3-0) e Casa Pia (2-0)”. De acordo com a nota, “Ruben Amorim reuniu 35,90% dos votos, batendo a concorrência de Vasco Matos (Santa Clara), com 28,21%, e Bruno Lage (Benfica), que reuniu 17,95% das preferências”.

Portugal recupera para os Países Baixos

Concluída a quarta jornada da Liga dos Campeões, Portugal recuperou mais uma décimas no ranking da UEFA em relação aos Países Baixos, na luta pelo sexto lugar. É agora de 3.117 pontos a desvantagem para os neerlandeses.

Portugal e Países Baixos têm dois clubes na fase de Liga da Champions e nesta jornada somaram uma vitória e uma derrota cada. Entre os lusos, foi o Sporting a contribuir com os dois pontos para o ranking, graças ao triunfo (4-1) sobre o Manchester City, uma vez que o Benfica saiu derrotado (1-0) da visita ao Bayern Munique. Nos neerlenadeses, o triunfo pertenceu ao PSV (4-0 ao Girona), já que o Feyenoord perdeu (1-3) em casa com o Salzburgo.

Contas feitas, Portugal recuperou umas décimas em relação aos Países Baixos, beneficiando do facto de todos os pontos conquistados pelas cinco equipas neerlendesas terem de ser divididos por seis, devido à eliminação do Go Ahed Eagles na Liga Conferência nas pré-eliminatórias. Portugal conseguiu o pleno no apuramento e tem um quinteto nas fases de liga das três provas da UEFA, pelo que todos os pontos amealhados são repartidos por cinco. Deste modo, os Países Baixos continuam no sexto lugar do ranking da UEFA, com 57.733 pontos, e Portugal no sétimo, com 54.616 pontos. A diferença entre ambos passou a ser 3.117 pontos, quando antes do arranque da jornada se cifrava em 3.184 pontos.

JN/MS

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God save the King

Passaram 1700 dias, o que pode parecer pouco mais de quatro anos e meio, mas na verdade são uma vida. Ou duas, ou três. Este Sporting não é, de todo, o mesmo.

Definitivamente, não é.

Naquele dia 8 de março de 2020, com dois dias de trabalho, Ruben Amorim jogou perante 26 mil adeptos, em protesto contra a equipa, num jogo que parecia à porta fechada.

Havia mais contestação do que apoio, numa família desavinda e triste, que venceu o Desp. Aves com golos de Sporar e Vietto. Lembra-se, leitor?

Provavelmente não. Porque, lá está, foi há uma vida. Ou duas, ou três.

Hoje, 1700 dias depois, Alvalade cobriu-se de euforia até às orelhas, para viver uma noite de entusiasmo, futebol e sportinguismo. Uma noite que ficará para a eternidade do clube.

Até porque se fez história. Há mais de quatro anos que o City de Guardiola não perdia um jogo sofrendo quatro ou mais golos. É certo que há coisa de um ano também sofreu quatro golos, mas empatou, com o Chelsea. A última vez que tinha perdido com estes números foi em setembro de 2020, numa derrota por 5-2 frente ao Leicester.

Quatro anos depois, foi o Sporting a fazê-lo.

Para além dos números, porém, fica a manifestação de autoritarismo, perante os olhos do futebol, de um Sporting que goleou aquela que é talvez a melhor equipa do mundo.

Escândalo!, gritará sua majestade. Ruben Amorim!, gritamos nós.

O treinador dificilmente podia ter uma melhor despedida, ele que é o maior res-

ponsável por tudo isto. Ou não tivesse dado uma curva de 180 graus no destino, para transformar aquela equipa errática e temerária neste super Sporting, que goleia o City de Guardiola. É certo que para o fazer, esta noite, teve de alterar ligeiramente os princípios da equipa. Mas isso pouco importa. É apenas um parágrafo no meio do texto.

Aqui está ele. Foi um Sporting mais recuado, a dar totalmente a posse de bola ao adversário, a saber sofrer e defender bem, para depois criar perigo em transições rápidas, quase sempre de dois contra dois ou três contra três. Geovany Quenda foi nesse aspeto também precioso, ele que jogava sempre aberto, independentemente do que se pas-

sasse do outro lado, para ter espaço e tempo para receber a bola e colocar a bola na desmarcação dos avançados.

No fundo estava tudo pensado, tal como Ruben Amorim mostrou ao longo destes quatro anos que sabe fazer tão bem.

O Sporting começou algo nervoso, a falhar muitos passes, a recuar em demasia, a perder as bolas até em situação perigosa, como aquela que permitiu a Foden abrir o marcador.

Depois de Gyokeres ficar na cara do golo e falhar escandalosamente, porém, a equipa e os adeptos acreditaram que algo mais era possível. O que aos poucos empurrou a equipa para uma exibição mais segura, materializada no golo do empate em cima do intervalo.

A segunda parte, essa, arrancou com o golo de Maxi Araújo e a partir daí foi toda do Sporting. Um festival de defender bem, sair rapidamente e criar perigo, que permitiu construir esta goleada. Correu tudo bem, portanto, até o penálti que Haaland atirou à trave.

Gyokeres deu uma coça ao norueguês e Amorim serviu uma lição tática a Guardiola. Alguém em Old Trafford deve estar muito feliz, não é Sir Ruben Amorim?

No fim houve festa por largos minutos, com os adeptos a gritar por Ruben Amorim, a fazer vénias, a cantar a música que inventaram para ele e a querer viver plenamente este momento.

Pode não repetir-se, por isso convém vivê-lo enquanto dura.

Amorim andou pelo ar, nos braços dos jogadores, despediu-se do estádio e partiu. A obra que deixa, essa será eterna.

God save the King.

MF/MS

Musiala contra a revolução encarnada

O Benfica resistiu a quase tudo, menos a uma combinação entre Kane e Musiala e acabou derrotado (1-0) pelo Bayern, em Munique, na quarta jornada da Liga dos Campeões.

Imperou a lei do mais forte, no fundo. Apesar do desaire, o segundo nesta edição da Champions, as águias podem sair da Baviera de cabeça erguida pela forma como foram capazes de anular, durante largos minutos, um dos ataques mais profícuos do futebol europeu (tem mais de 50 golos na época).

«Revolução», gritou Bruno Lage. O treinador do Benfica decidiu mudar o sistema para 3x5x2 e surpreendeu ao lançar de início António Silva, Amdouni, Koubaré e Renato Sanches - saíram Florentino, Di María, Pavlidis e Bah (lesionado).

A ideia era clara: fechar os caminhos para a baliza de Trubin, quer por dentro, quer por fora. E tentar sair em contra-golpe. Sem conceder ocasiões de golos, os primeiros minutos foram difíceis para os encarnados pela incapacidade em manter a bola e sair em transição.

Prova de que a estratégia de Lage estava a surtir efeito foi o facto de o Bayern apenas ter conseguido criar as primeiras oportunidades de golo aos 38 minutos. Em ambas, Trubin salvou o Benfica com duas defesas apertadas.

O ucraniano fez, porventura, a melhor exibição da temporada. Mas antes de sublinhar a prestação do guardião do Benfica,

é importante referir que houve uma emergência médica na primeira parte, com uma pessoa a necessitar de assistência na bancada, o que motivou o «silêncio» dos adeptos germânicos.

Lage deixou Amdouni e Kaboré (amarelado) no balneário e lançou Pavlidis e Beste. O Benfica ganhou uma referência no ataque e beneficiou da presença do grego que soube segurar jogo e aguardar a subida da equipa.

Imediatamente a seguir a um remate de Kane à malha lateral, o técnico dos encarnados fez entrar Di María ao mesmo tempo que Kompany lançou Sané. No duelo de esquerdinos, o germânico teve um papel mais preponderante no encontro, não só pelas dificuldades que criou a Carreras, mas por ter estado ligado ao golo do Bayern.

Antes do golo, Leroy Sané testou duas vezes a atenção de Trubin com o ucraniano a responder com competência. No entanto, o guarda-redes do Benfica nada pôde fazer quando o ala alemão cruzou para Kane que, nas costas de Tomás Araújo, serviu Musiala para o 1-0.

Bruno Lage arriscou nos 20 minutos finais, introduziu Cabral e Rollheiser no jogo, mas nem por isso o Benfica foi periogoso ou sequer criou uma oportunidade clara para marcar. Parte do plano, entenda-se, limitar ofensiva o Bayern foi bom, mas a segunda metade, referente ao processo ofensivo, ficou aquém.

Cumpriu-se a tradição: em sete jogos em Munique, o Benfica perdeu sempre.

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Perdidos na bruma

Enorme desilusão para o Sp. Braga no nevoeiro de Boras, na Suécia. A equipas de Carlos Carvalhal chegou à vantagem, já na segunda parte, na sequência de um lance de laboratório, mas depois permitiu o empate aos suecos na ponta final de um jogo que ficou marcado pela fraca visibilidade. Feitas as contas, minhotos e suecos somam os mesmos quatro pontos e têm mais quatro jogos pela frente.

Carlos Carvalhal promoveu mais uma revolução, como tem sido habitual na Liga Europa, promovendo sete mudanças em relação à equipa que tinha ido vencer a Arouca (2-1), começando no guarda-redes, passando por todos os setores, com destaque para o facto de ter começado o jogo com uma linha de três defesas. O Elfsborg procurou exercer uma pressão alta nos instantes iniciais, mas teve de recuar em toda a linha, uma vez que o Sp. Braga conseguia facilmente profundidade pelos corredores, com dois homens bem abertos em cada ala: Roger Fernandes e Ricardo Horta sobre a direita e Gharbi e Gabri Martínez no lado contrário. Uma mudança na estrutura que tática que surpreendeu os suecos, pelo menos, nos primeiros instantes da partida.

Logo a abrir o jogo, aos 4 minutos, a equipa minhota teve uma oportunidade flagrante para abrir o marcador, com Gabri Martínez a arrancar pela esquerda e a cruzar para o primeiro poste onde surgiu Roberto a desviar de primeiro. Valeu ao Elfsborg um corte determinante sobre a linha fatal. Com um grande ambiente nas bancadas do Boras Arena, os homens de Carlos Carvalhal entraram a mandar no jogo e Arrey-Mbi também podia ter marcado na sequência de um pontapé de canto. Foi nesta altura que começou a cair um nevoeiro sobre o relvado que foi ficando cada vez mais denso. Foi também nesta altura que o Elfsborg conseguiu subir uns metros no terreno e acabou por equilibrar o jogo. Os suecos não conseguiam fazer grande mossa junto da área de Hornicek,

mas a verdade é que também estavam a jogar cada vez mais longe da sua área e a crescer no jogo.

Uma boa primeira parte da equipa de Carlos Carvalhal, mas ficou evidente que faltava uma referência mais fixa na área dos suecos e não surpreendeu, por isso, que Carvalhal tenha lançado El Ouazzani logo a abrir o segundo tempo.

Festa e desilusão

O Sp. Braga voltou a entrar melhor na segunda parte, numa altura em que o nevoeiro tornou-se ainda mais denso. Carlos Carvalhal lançou ainda Bruma para a contenda e o avançado acabou por ter influência no golo que chegou aos 64 minutos, num lance estudado. Na sequência de um livre sobre a direita, marcado por Roger, Bruma deixou a bola passar por entre as pernas e Ricardo Horta apareceu, solto, à entrada da área para encher o pé. A bola ainda bateu em Pettersson e em Ouma, mas acabou mesmo por passar a linha fatal.

Um golo importante que permitia ao Sp. Braga dar um salto significativo na classificação da Liga Europa, mas ainda faltava quase meia-hora para o final. O treinador do Elfsborg refrescou o ataque da sua equipa, com três alterações de uma assentada e a equipa nórdica voltou a crescer no jogo. O Sp. Braga até parecia ter o jogo controlado, mas Rapp rompeu pela direita, deixou Gabri nas costas e cruzou tenso para a área onde Holten acabou por ser mais rápido do que Arrey-Mbi e atirou a contar. Um golo construído por dois suplentes que «roubou» a segunda vitória ao Braga quando faltavam pouco mais de cinco minutos para o final.

Os suecos chegaram mesmo a ameaçar uma reviravolta no resultado, mas o empate manteve-se firma até final. Um empate saído da bruma que cobriu o Boras Arenas e que deixa as duas equipas com apenas quatro pontos na classificação da Liga Europa. MF/MS

LIGA CONFERÊNCIA

Vitória de Guimarães vence Mladá Boleslav e continua vitorioso

O Vitória de Guimarães venceu hoje na receção aos checos do Mladá Boleslav por 2-1, mantendo o percurso 100% vitorioso na fase de liga da Liga Conferência em futebol, cumpridas que estão três jornadas.

Os vimaranenses chegaram ao intervalo em vantagem, depois de Tiago Silva ter convertido uma grande penalidade, aos 40

minutos, e ampliaram aos 59, por intermédio de Rivas, tendo os checos reduzido aos 72, por Kusej.

Com este triunfo, o Vitória de Guimarães integra o lote de seis equipas que só têm triunfos na prova, sendo quinto com nove pontos, enquanto o Boleslav ocupa o 33.º lugar, sem qualquer ponto somado.

SD/MS

FC Porto perde em Roma ao cair do pano e complica contas

O FC Porto foi ao Stadio Olimpico de Roma perder por 2-1 em encontro da quarta jornada da fase de liga da Liga Europa, num jogo em que os golos da Lazio surgiram, ambos, nos períodos de descontos. O primeiro a fechar a primeira parte, o segundo a fechar a segunda.

Antes da visita ao Estádio da Luz para defrontar o Benfica no próximo domingo, para a I Liga, os dragões viram-se a perder fruto de um golo de cabeça de Romagnolli em cima do intervalo, já depois de Fábio Vieira ter rematado aos ferros da outra baliza. hegaram depois ao empate a meio do segundo tempo, com Eustáquio a finalizar um excelente lance de ataque e a oferecer um ponto suado, mas importante, à turma de Vítor Bruno em Roma.

Lazio entra melhor e vê golo anulado

A jogar em casa, a Lazio, que ainda só sabe ganhar nesta fase de liga da Liga Europa, entrou melhor no encontro frente a um FC Porto que apresentou como principal novidade no onze a titularidade de Eustáquio, que relegou Nico González para o banco.

Castellanos atirou, primeiro, por cima da trave aos sete minutos e logo no minuto seguinte a bola colocou mesmo a bola no fundo das redes da baliza à guarda de Diogo Costa. Passe longo de Romagnoli, desvio de Zaccagni e Castellanos a surgir isolado e a rematar cruzado e certeiro. Mas estsava em posição irregular, de pronto assinalada pelo árbitro auxiliar e depois confirmada pelo VAR.

FC Porto reage, ferros negam golo a Fábio Vieira

A equipa de Vítor Bruno percebeu o aviso e, aos poucos, começou a crescer no jogo e a conseguir também ela chegar com algum perigo à grande área contrária, sobretudo em transições ofensivas rápidas explorando a força e velocidade de Samu.

Aos 34 minutos, numa dessas transições, conduzida uma vez mais por Samu, o espanhol tentou desmarcar Galeno, mas o esférico chegou sim a Fábio Vieira. Este ajeitou e tentou um remate em arco, colo-

cadíssimo (até demais), que levou a bola a bater na barra e no poste da baliza da Lazio, acabando por não entrar.

Balde de água fria em cima do intervalo Não marcou o FC Porto, acabou mesmo por marcar a Lazio, já bem em cima do intervalo. No quarto e último minuto do período de descontos concedido pelo árbitro. Pedro Rodríguez bateu um pontapé de canto para a grande área dos dragões, Castellanos, de cabeça, colocou a bola no primeiro poste e aí surgiu Romagnoli a desviar para dentro da baliza portista.

Grande jogada vale empate, mas a desilusão chega mesmo no fim O FC Porto demorou alguns minutos a conseguir reagir no arranque do segundo tempo, mas progressivamente foi chegando mais vezes junto da grande área da Lazio, em busca do golo do empate.

Eustáquio deixou um primeiro aviso aos 57 minutos, num remate à figura do guarda-redes a casa, mas aos 66 minutos o internacional canadiano marcou mesmo, num grande lance de futebol. Fábio Vieira desmarcou Galeno com um grande passe, o brasileiro chegou à linha de fundo e, dentro da grande área da Lazio, cruzou rasteiro e recuado para o remate certeiro de Eustáquio.

Mas, depois do golo da igualdade, a Lazio mostrou-se inconformada e ficou muito perto de voltar a ganhar vantagem logo depois. Vecino cabeceou ligeiramente por cima, com a emoção e a incerteza no resultado a durarem até ao fim. O empate, ainda assim, parecia que ia subsistir até que, outra vez nos descontos, no segundo dos três minutos de compensação concedidos pelo árbitro no segundo tempo, a Lazio voltou a marcar.

Cruzamento largo de Isaksen para a área, a bola chegou aos pés de Pedro Rodríguez, que fugiu à marcação, e na cara de Diogo Costa atirou para o 2-1.

Com este resultado o FC Porto mantém os mesmos quatro pontos, fruto de uma vitória, um empate e duas derrotas em quatro jornadas, enquanto a Lazio segue 100 por cento vitoriosa, isolada no topo da tabela.

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FUTSAL

Seleção Nacional de futsal perde com a Espanha em jogo particular

A Seleção Nacional de futsal foi derrotada pela Espanha, por 1-0, em jogo de preparação para a fase de apuramento para o Euro2026, no qual pecou na finalização, em Sines.

Depois de campanhas frustradas no Mundial do Uzbequistão, ambos afastados precocemente, nos oitavos de final, sendo que os lusos defendiam o título, os rivais ibéricos voltaram a defrontar-se, desta vez com uma formação de Espanha completamente renovada.

A seleção duas vezes campeã mundial e sete da Europa impôs-se com golo solitário de Esteban, no início da segunda parte, num desafio em que Portugal construiu oportunidades suficientes para não ficar em ‘branco’, algo raro. No primeiro tempo, com maior domínio luso, destacou-se um remate de André Coelho ao ferro, aos 13 minutos,

A Espanha entrou melhor na etapa complementar e Esteban, aos 23 minutos, após recuperar bola no ataque, sobre a direita, surpreendeu Edu com um remate com pouco ângulo, fazendo o únito tento da partida, um minuto antes de Rivillos atirar ao ferro.

Portugal estabilizou o seu jogo, passou a ser mais pressionante e aos 31 minutos João Matos acertou no poste, depois de desvio num contrário, contudo não conseguiu marcar, nem quando, nos minutos finais, arriscou várias vezes no sistema de guarda-redes avançado.

A seleção lusa prepara a fase de apuramento para o Euro2026, integrando o Grupo 7, no qual vai defrontar Andorra, Países Baixos e Macedónia do Norte na Ronda Principal de Qualificação, que principia em dezembro.

JN/MS

FUTEBOL FEMININO

Francisco Neto traça permanência como objetivo e quer Portugal na melhor versão

Após conhecer os adversários da 'poule', Espanha, detentora do troféu, Inglaterra e Bélgica, Neto reconheceu, em declarações à agência Lusa, que a missão das lusas não se antevê fácil.

"Sabemos que estamos na Liga A e todas as equipas são muito competitivas.

É verdade que na teoria tocou-nos um dos grupos mais equilibrados, mas sabemos que não há grupos fáceis e, se queremos estar entre as melhores, temos de jogar com elas", começou por dizer o técnico, de 43 anos.

E acrescentou: "Seis jogos muito difíceis, temos de estar na nossa melhor versão e muito bem preparadas para podermos ser altamente competitivas".

Depois, apontou a manutenção como meta: "Os objetivos são claros. Procuramos a manutenção, o máximo de pontos possíveis e perceber qual é o nosso estado [no final]. O primeiro objetivo é garantir a manutenção".

Por fim, fez uma análise das três opoentes, todas mais cotadas no ranking, face a Portugal, e lembrou a experiência em fases finais.

"A Espanha é a campeã do Mundo, com um estilo de jogo muito bem definido e que toda a gente reconhece. Inglaterra é uma equipa que nas grandes fases finais e nos momentos decisivos fica melhor sob pres-

são, cresce e os resultados mostram isso. É muito madura. A Bélgica tem grande estabilidade, o mesmo treinador há 12 anos, tem estado a crescer e acumula muita experiência e maturidade a este nível", concluiu.

As jornadas um e dois realizam-se entre 19 e 26 de fevereiro de 2025, com a terceira e quarta rondas a disputarem-se entre 02 e 08 de abril, ao passo que as derradeiras duas jornadas vão acontecer entre 28 de maio e 03 de junho.

A Liga A é composta por quatro grupos de quatro equipas cada, que se defrontam em duas mãos, com os vencedores de cada 'poule' a avançarem para a fase final. Os dois primeiros classificados asseguram a permanência na Liga, com efeitos na fase de qualificação europeia para o Mundial de 2027, no Brasil.

Os terceiros colocados defrontam os segundos da Liga B, ficando na Liga A quem sair vencedor, enquanto o último posicionado é despromovido à Liga B.

O sorteio da fase final vai acontecer, novamente, em Nyon, em 06 de junho de 2025. As meias-finais realizam-se entre 22 e 28 de outubro e o jogo de atribuição do terceiro lugar, disputado em dois jogos, entre 26 de novembro e 02 de dezembro. JN/MS

O FC Porto venceu hoje de forma clara os gregos do PAOK por 99-64, ficando bem encaminhado para assegurar o triunfo no Grupo I da Taça Europa de basquetebol e garantir o apuramento para a fase seguinte.

Depois de ter perdido na segunda jornada na Grécia por 19 pontos (8970), a equipa lusa, que somava por vitórias os outros três encontros disputados, tinha hoje a oportunidade de anular esse resultado e, assim, assumir a liderança do grupo e a possibilidade de garantir desde logo a passagem à fase seguinte.

E foi com esse pensamento que a equipa entrou em jogo e, num primeiro período demolidor, alcançou desde logo uma vantagem de 16 pontos (22-6), que abria boas perspetivas para o que restava do encontro.

Com 16 dos 19 pontos recuperados, os 'azuis e brancos' mantiveram-se no co-

mando das operações e, ao intervalo, tinham já anulado a desvantagem do jogo na Grécia, chegando precisamente aos 19 pontos de vantagem (42-23).

A equipa portuguesa voltou ao encontro disposta a desfazer qualquer dúvida em relação a quem era superior e, novamente num parcial demolidor, chegou ao final do terceiro quarto já com 37 pontos de avanço (72-35), tendo os gregos recuperado apenas três no derradeiro período, acabando o encontro com um triunfo fácil do FC Porto por 99-64.

Com esta vitória clara, o FC Porto comanda o Grupo I com nove pontos, os mesmos dos gregos, segundos classificados, pelo que a equipa lusa apenas necessita de vencer o último encontro para garantir o primeiro lugar e assim evitar ser o segundo e entrar nas contas para ser um dos melhores seis segundos classificados.

Blue Jays insider reports club is interested in two intriguing free-agent infielders

Ahead of an extremely important 2025 season that could be the last one in a Toronto Blue Jays uniform for both Bo Bichette and Vladimir Guerrero Jr., the club has their work cut out for them.

Atop the to-do list is rebuilding the entire bullpen, adding a power-hitting bat or two and perhaps even bringing aboard another starting pitcher as well. For months now, the club's massive logjam around the infield has been a hot topic of discussion, but Sportsnet's Ben Nicholson-Smith recently reported that the Blue Jays "have some interest" in a pair of free agent ... infielders.

As of right now, the Blue Jays have Bichette, Guerrero, Ernie Clement, Will Wagner, Spencer Horwitz, Orelvis Martinez, Addison Barger, Leo Jimenez and Davis Schneider all vying for playing time around the infield in 2025.

On the surface, this makes the club's rumored pursual of Gleyber Torres and Ha-Seong Kim a bit confusing, but it's also worth noting that not every one of the aforementioned players deserves everyday playing time in the big leagues.

Blue Jays rumored to be pursuing two free-agent infielders

Torres, 27, is a player the Blue Jays are intimately familiar with, as he's been tearing it up for the division rival New York Yankees for the past seven years. The power-hitting second baseman is available on the open market for the first time in his career and should have his fair share of suitors.

Torres provides little to no value with his glove at second base, but he swings a mean stick. Having a second baseman who can hit between 20 and 30 home runs a year (he hit 38 back in 2019) is something you don't see every day.

Over the course of his seven seasons in the big leagues, Torres has had below-average production just one time, when he finished the 2021 season with an OPS+ of 93, which is seven percent below-average.

He would immediately become the Blue Jays' everyday second baseman with Horwitz and/or Barger becoming trade bait as a result.

Kim, 29, is a far superior defender over Torres but he doesn't bring the same offensive skillset as Torres does. Kim's four-year stint with the Padres earned him a Gold Glove and stray MVP votes in 2023 but he couldn't avoid his walk year being an injury-riddled one.

In 121 games during the 2024 season, Kim hit just .233 with an OPS+ that dipped down to 96.

His ability to bounce around the infield and be right around league-average at the plate makes him of interest to just about every team in the league, but we've said time and time again that the Blue Jays should seriously be looking into swapping out their "defense over offense" mindset that's gotten them nowhere over the past two seasons.

Why Matthew Knies

One theme on our radio show Real Kyper and Bourne for the past few seasons has been the idea that the Maple Leafs are two teams sharing one sweater. Team A is comprised of the core four forwards, and Team B is … literally everyone else.

For years, Team A could play like dogs for 55 minutes, but if the score was close in the waning moments, they’d be right out there grabbing every spare minute of the late-game push. Even when they did struggle in-game and one had to be sat down, it would’ve been hard to figure out who to reward with extra opportunities. Who else was supposed to score?

This season may present Toronto with its first obvious option, in the form of Matthew Knies. The sophomore forward has improved in leaps and bounds year-overyear, and a fresh set of eyeballs from coach Craig Berube has earned Knies (and the team) an opportunity they haven’t had in the recent past.

We’ll get more into Knies in a few, but let’s just start with how the Leafs have looked for depth offence in the regular season behind Auston Matthews, Mitch Marner, William Nylander and John Tavares.

When the core was probably still too young, there were crossover years with Nazem Kadri, James van Riemsdyk and Tyler Bozak. But they didn’t see that through, and eventually hoped players such as Kasperi Kapanen or Connor Brown or Trevor Moore could provide some depth scoring. But they didn’t see those options through either, and so the Leafs started trying to bring in UFA help each off-season.

Zach Hyman was really just turning it up offensively when he left after the 202021 season, and since then, there’s usually been one other forward who’s been decent offensively, followed by a precipitous drop off.

2021-22

Lowest core four stat line: John Tavares, 27G-49A = 76 points

Next up: Michael Bunting, 23G-40A = 63 points

Next: Alex Kerfoot, 13G-38A = 51 points

In this season, the drop off in ice time from Tavares to Bunting was about 2.5 minutes per game. A clear divide.

2022-23

Lowest core four stat line: John Tavares, 36G-44A = 80 points

Next up: Michael Bunting, 23G-26A = 49 points

Next: Calle Jarnkrok, 20G-19A = 39 points

The gap between Tavares’ ice time (17:39) to Bunting’s in 2022-23 was nearly two minutes. Jarnkrok played 14:23 per game.

2023-24

Lowest core four stat line: John Tavares, 29G-36A = 65 points

Next up: Max Domi, 9G-38A = 47 points

Next: Tyler Bertuzzi, 21G-22A = 43 points

Tavares got back closer to 18 minutes last season, while the next guy up in terms of TOI was Bertuzzi, who saw 16:03 per game while being slotted on the top line.

Talk about a clear divide between the guys who play and score and the rest of the group. Even those like Bunting and Bertuzzi who got to ride on the same bus as Team A can’t claim to have driven it very often. They were fortunate because someone had to play there.

This season, Matthew Knies sits second on the team in goals with seven, and finds himself logging 17:51 of ice time per game, well over a minute more than Tavares. And that doesn’t even do Knies' ice time justice.

There was a clump of games around mid-to-late October where Knies was playing a similar amount of ice time to last season:

Oct. 21 vs TB: 14:31

Oct. 22 @ CBJ: 16:56

Oct. 24 vs STL: 14:22

Since then he’s played six games and had more than 18 minutes in each. The past three have looked like this:

Nov. 2 @STL: 19:21

Nov. 3 @MIN: 19:43

Nov. 5 vs BOS: 20:04

Knies is killing penalties, playing on the power play and, at two points behind Tavares and Matthews, is the first legitimate grocery stick player between Team A and Team B in years (Max Domi and Max Pacioretty both have six points and neither plays 15 minutes per game).

As much as it looked like Bobby McMann (or even Nick Robertson) might be able to elevate into the class that bridges these internal teams, neither has impressed their coach enough to get the required opportunities (though I’ll continue to argue McMann could use more of a shot at it).

What’s changed with Knies is half-astep, and an understanding of what’s going to make him effective. I thought his quote after Tuesday night’s win, where he scored a goal and an assist, was particularly illuminating:

“I’m a bigger player, so I like to take his eyes and just make plays down there. Let the skill guys be on the outsides, and they make incredible plays. So, I just got to put my stick in a good area, and I'm sure they can find me.”

What stands out there is that he refers to the other players as the “skill” guys. Rather than see himself as some dangly-fun goal scorer – a role he’s surely played with success in college and below – Knies has been willing to adapt his unique skill set to what works at the NHL level.

Through a month of the NHL-season, the just-recently-turned 22-year-old has

found himself climbing charts that speak to the style of game he’s playing.

Via SportLogiq, here’s a few categories where he ranks inside the top-50 league wide:

Ranking eighth in inner slot shots and 17th in expected goals league-wide validates Knies' early success as being repeatable.

He’s also tied for the Leafs team-lead in hits with 34 on the season, if you like that sort of thing. You could see him brandish his size as a weapon on Tuesday night versus the Bruins. Brandon Carlo is a big man, and he spent most of his night trying to figure out how to handle Knies. I’m not going to pretend this is rocket science, because it isn't. The Leafs' big forward keeps ‘er simple.

It’s worth noting that in 2022 the Leafs added Ryan O’Reilly, who became a legitimate “next layer” for the Leafs in the playoffs, and you could see how much it meant to their team. It was, coincidentally(?), the one year they won a playoff series.

The Leafs are getting their first real glimpse at a full regular season with another scorer beyond the core. As they assess their needs when they’re building towards the trade deadline, I wouldn’t be surprised if that effects they type of players they target to supplement the roster.

The change in Knies’ game changes things for the team.

Raptors' Davion Mitchell displays defensive prowess in loss to Kings

When Davion Mitchell stepped off the Toronto Raptors' charter flight from Denver on Tuesday afternoon, he had one mission:

Make his way to Frank Fat’s, the legendary Chinese restaurant in downtown Sacramento and his favourite place to eat in the three seasons he spent here playing for the Kings. As soon as the Raptors finished their workout, he headed straight over and loaded up.

“It was like three o’clock and I didn’t eat anything for the rest of the day after that,” said Mitchell.

With his hunger vanquished, Mitchell could focus on the next task: Getting a win with the Raptors in Sacramento over the Kings — the team that drafted him ninth overall in 2021 but traded him in the off-season in part because he was stuck for playing time behind starting point guard De’Aaron Fox and, in part, because the Kings were looking for salary-cap relief after signing DeMar DeRozan to a threeyear, $74-million deal.

Well, Mitchell and the Raptors had to settle for one of two, as the Kings finally asserted themselves down the stretch of the fourth quarter for the 122-107 win Wednesday in what had been a tightly contested game for most of 48 minutes, which has been the Raptors habit of late.

It was old friend DeRozan who closed the door, scoring 11 of his game-high 27 points in the final period as the Kings turned a five-point deficit with 11 minutes remaining into a 15-point advantage eight minutes later when he scored his final bucket with 2:33 to play.

RJ Barrett led Toronto with 23 points on 9-of-19 shooting while Mitchell had a season-high 20 points on 8-of-11 shooting and adding six assists against just one turnover. The loss dropped the Raptors' record to 2-7 and 0-2 with three games remaining on their five-game road trip. The Kings improved to 5-3.

Injuries continue to be an issue for Toronto, which had rookies Ja'Kobe Walter and Jonathan Mogbo leave the game. Wal-

ter re-aggravated the shoulder injury that saw him miss all of training camp and the first five games of the regular season, but Raptors head coach Darko Rajakovic said that x-rays were negative and the rookie will be day-to-day. Mogbo suffered a hip pointer and was finished after 18 minutes but contributed five points, five rebounds, two assists, a steal and a blocked shot.

The main difference statistically was at the free-throw line, as Sacramento made 28 of its 32 attempts and the Raptors were 11-of-17. Another issue: The Raptors surrendering 16 offensive rebounds while grabbing only eight themselves.

“I think the key thing, obviously, was the free throws,” said Mitchell. We got to do a better job of that … we have to stop fouling. I mean, they made 28 free throws. It’s hard to win like that.”

The Raptors were working to get Mitchell another win against the Kings after they stole one on Saturday night in Toronto, and Mitchell certainly did his part.

“It was expected, he played very well on both ends of the court,” said Barrett, of the Raptors' starting point guard of the moment. “I was just happy to see him play well coming back here to face

his old team.”

In the same way the Kings couldn’t find room for Mitchell long-term, his ultimate fit with the Raptors is to be determined. He profiles as an effective backup and could play minutes alongside Immanuel Quickley in some lineups as well. Toronto had the option of offering him a contract extension before the season started but

predictably chose to let the season play out first. Mitchell will still be a restricted free agent next summer and the Raptors would have the option to match any deal the 26-year-old might get offered. Meanwhile, if rookie Jamal Shead — who shares a lot of Mitchell’s attributes — develops into a viable back-up point guard, Mitchell might be on the move again.

At the very least, Mitchell has been as advertised: A tenacious on-ball defender who can run a team well. His weakness has been, and continues to be, his shooting — he arrived in Sacramento connecting on just 41.8 per cent of his field goal attempts and 26.5 per cent from deep.

It hasn’t been for lack of opportunity, with Quickley out with a back bruise suffered in the season opener. Wednesday was Mitchell’s eighth straight start, his longest stretch of starts since his rookie year with the Kings.

How long he remains a starter will be seen soon enough, with Rajakovic saying that Quickley has begun the ramp-up process and may be available when the Raptors play in Los Angeles this weekend — Saturday against the Clippers and Sunday against the Lakers.

But it’s quite possible that Mitchell’s contributions will be missed.

It’s not a perfect measure of his effectiveness, but opposing point guards can’t hit a shot against the Raptors this season. As a group, they were shooting just 34.8 per cent from the floor against Toronto before Wednesday.

According to Basketball Index, Mitchell is a big reason. The analytics site has Mitchell rated as the best one-on-one perimeter defender in the NBA so far this season.

The Raptors and the Kings played in To-

that with all the ball-handlers on the Kings, he might even move Fox off the ball at times so he doesn’t have to butt heads with Mitchell on every possession, a strategy that played out for long stretches of the game in the early going.

But Mitchell is too wise to take too much credit when a guy who averaged 26.6 points a game last season has a tough night.

“I mean, it's hard,” Mitchell said of covering his old teammate, pointing out that the Raptors caught the Kings on a second night of a back-to-back in Toronto. “He has everything. You just hope he doesn't get off to a hot start, because if he's hitting shots (it's) kind of tough, really tough, to guard him, because you got to kind of close the gap a little bit, and everyone knows about his speed. … So, I mean, hopefully we can get him to a struggling start and shooting ball.”

Mitchell more than held his own. Coincidence or not, Fox had another tough night against his old teammate. He finished 5-of-17 from the floor and scored only one of those field goals with Mitchell as the primary defender. It came on a backdoor cut in the second quarter and Mitchell was visibly frustrated by it.

“Yeah, he got me,” said Mitchell afterward. “I was sleeping.”

It doesn’t happen very often. The trust Rajakovic has in him was on display when Mitchell was subbed in for the Kings' last possession of the second half for the purpose of hounding Fox full-court. Mission accomplished, as Fox missed a tough shot in the lane at the horn. Mitchell grabbed the rebound and cradle-hugged the ball and roared in celebration as he walked back to the Raptors bench, accepting congratulations as he went.

“His nickname is ‘Off Night’ for a reason,” said Barrett. “He’s a pest and he’s strong and he’s fast and he actually loves defence, and he really takes on that challenge every night. That’s definitely a plus to have on our side.”

Creditos: DR

Luis Camara Secretar y Treasurer

Marcello Di Giovanni

Recording Secretar y

Jack Oliveira Business Manager

Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President

Bernardino Ferreira Vice -President

Pat Sheridan E-Board Member

Hybrid timber construction to meet housing demands Mixing light wood frame with mass timber

As communities across Canada grapple with population growth and changing demographics, the pressure to create more housing has never been greater. The need for housing has reached critical levels as demand continues to outpace construction. Market pressures such as increasing material costs, regulatory complexities, and skilled worker shortages in jurisdictions across Canada have created significant barriers to the rapid development of much-needed housing.

In this challenging landscape, innovative construction solutions are more crucial than ever. One way to address these challenges, according to Rory Koska, executive director of WoodWorks Alberta, is to bring more of the construction process from the construction site to a manufacturing facility.

“Wood-based systems are inherently well-suited to prefabrication and the growth of offsite manufacturing presents a compelling path forward. Factory-built solutions optimize use of both materials and labour, helping to reduce waste, improve efficiency and productivity, and shorten time on site,” says Koska.

Prefabricated wood solutions, in all their various forms, not only offer a lower carbon approach to construction but are also uniquely positioned to accelerate the delivery of housing and other critical infrastructure. Increased adoption of mass timber and other engineered wood products in construction can help bridge the gap between housing demand and supply with sustainable, manufactured solutions.

The modern suite of mass timber products—such as cross-laminated timber (CLT), glue-laminated timber (GLT), nail-laminated timber (NLT), dowel-laminated timber (DLT) and others—is revolutionizing the way designers and developers approach construction. These advanced panel products enable a wide range of structural solutions that can be tailored to the unique needs of each project, supporting flexibility and driving innovation.

Increasingly, projects are pursuing mixed material solutions that optimize the structural, aesthetic, and performance characteristics of each component. While many hybrid solutions involve a mix of steel and wood, concrete and wood, or even all three major materials together, there’s an interesting ‘all wood’ or ‘mostly wood’ subset of hybrid construction that has found strategic efficiencies by mixing light wood frame solutions with mass timber.

An all-wood approach to hybrid construction delivers many of the same benefits

as other hybrid solutions, but without some of the scheduling and integration complexities that can come from mixing disparate materials. By leveraging hybrid systems that combine light wood frame construction, often in panelized forms, with various types of mass timber components, project owners are successfully delivering high-performance buildings in shorter timelines.

Realistically, there’s no universal solution, but the versatility offered by combining light wood frame with mass timber is an effective strategy for developers seeking efficient solutions. This approach enhances a given project’s adaptability to local and regional supply chains, ensuring that environmental and economic efficiency by selecting the product mix most readily available in each community.

A notable residential project in Red Deer is the Red Deer Polytechnic Student Residence. For this integrated project delivery (IPD) project, the composition of the superstructure was decided through a collaborative team exercise called ‘Choosing by Advantages’ (CBA) where concrete, steel, wood, and a composite system were

compared to determine the best structural approach. The resulting five-storey midrise building is a hybrid structure with glue-laminated timber (GLT) posts and beams for the structural frame, GLT panels for the floor and roof systems, and dimensional lumber for the load-bearing walls, shearwalls, and interior partitions. This approach was determined to provide the most advantages for the project at the least cost. The only significant non-wood element is a steel skeleton on the first storey which supports a glulam transfer slab. The podium was assessed in a separate CBA exercise where steel was chosen for the first-floor columns and beams.

According to Vedran Škopac, principal at Reimagine Architects, the wood hybrid structural approach had several advantages. “The design minimized beam depth in the ceiling and optimized costs. It also positively impacted the speed of construction for both the structure and plumbing services.” The project had many other notable achievements in terms of sustainable design, energy performance and occupant experience.

A similarly successful hybrid project currently under construction in Vancouver takes a slightly different approach, using Cross-Laminated Timber (CLT) over panelized light frame construction instead of GLT. Vienna House is a near zero-emissions rental apartment community that incorporates CLT floor and ceiling panels over prefabricated light frame wall construction. The CLT provides diaphragm/shear stability and transfers the load bearing light frame construction. The system also incorporates seismic reinforcing tension rods in the shearwall system due to the project’s location in a higher seismic zone. Once complete, the community will consist of 123 units, including 56 family units, all mixed between shelter, low-income, and average market rental units.

The highly prefabricated hybrid design, utilizing light wood frame and CLT panels, was selected, in large part, for its environmental performance and its ability to expedite construction. The prefabricated components brought value to the project because they facilitated the advanced planning and digitization of the project, and the manufacturing efficiencies support on-site activities and improve the precision of construction. Other benefits include a safer job site, reduced labour requirements on site, and a reduction of construction noise and other impacts on the surrounding community.

Devin Harding from Kalesnikoff, cited the reduced construction schedule as a key advantage of the project, but also praised the beautiful aesthetic that results from exposing the mass timber. “From a quality perspective, using a manufactured product like CLT for the floor system improves stability and the squareness of the walls, which benefits layout for MEP rough in and finishing trades material usage.”

Both buildings stand out for their innovative, hybrid design solutions and offer desirable solutions that can be replicated. But there are many other mass timber products, such as nail laminated timber (NLT) and dowel laminated timber (DLT), as well as prefabricated light frame solutions that designers can also use to deliver similarly sustainable, high-performance multi-unit housing and mixed-use buildings that incorporate both commercial and residential uses.

By strategically combining light wood frame construction with mass timber products, these systems harness the strengths of each material to create cost-effective, high-performance buildings that can be more quickly assembled on site than a traditional build. Sara

SAÚDE BEM-ESTAR

Quando a barriga incha, mas não desincha e o mal-estar não passa

Não é só o exercício físico que ajuda a perder barriga; a alimentação também desempenha um papel crucial nesse processo. Até aqui nenhuma novidade, não é verdade? O problema é que, além de ser necessário ter a preocupação de incluir alimentos saudáveis na dieta alimentar, é fundamental prestar atenção aos que podem sabotar os esforços para atingir o objetivo. Excluir certos alimentos que, na verdade, causam inchaço abdominal é um passo importante.

Por que razão a barriga incha?

A sensação de barriga inchada incomoda muita gente e, normalmente, nem se consegue entender por que razão isso acontece. De acordo com o nutricionista William Petter, esse inchaço não é apenas uma questão de retenção de líquidos ou digestão lenta: “O inchaço ocorre na sequência de um processo de inflamação”. Para que entendamos melhor, o nutricionista diferencia dois tipos de inflamação: a aguda e a crónica. A inflamação aguda é aquela que acontece em resposta a um ferimento ou agressão externa, como uma queimadura ou um corte. Nesse caso, o nosso corpo reage rapidamente para se defender e reparar a área atingida, ativando o sistema imunológico para combater bactérias e possíveis infeções.

O inchaço na barriga está mais relacionado com uma inflamação crónica, que pode ser provocada por fatores como alimentação inadequada, exposição a produtos químicos e até poluição. Esse tipo de inflamação é constante e ocorre num nível baixo, mas contínuo, colocando o corpo em estado de alerta. “Quando falamos do processo dentro de uma dieta alimentar, a inflamação crónica pode vir de produtos químicos ou até da poluição. Isso provoca um processo inflamatório e faz com que o nosso organismo tente defender-se de alguma forma”, esclarece o nutricionista.

5 alimentos para excluir da alimentação e acabar com o inchaço na barriga Eliminar alguns alimentos do cardápio pode ser a chave para aliviar o inchaço abdominal e combater a inflamação. O nutricionista William Petter comenta que, embora não haja um consenso científico sobre alimentos "pró-inflamatórios", é possível perceber uma melhora significativa ao reduzir certos alimentos na dieta. Aqui deixamos os cinco principais alimentos que devem ser excluídos para conseguir uma barriga menos inchada:

1. Leite

O leite, especialmente o desnatado, pode elevar os níveis de insulina mais do que a própria glicose. Isso deve-se ao BCAA (isoleucina, leucina e valina) presente no leite, que promove um pico de insulina para estimular o ganho muscular.

Contudo, se consumido sem controle, esse pico insulínico pode permanecer alto, desregulando o metabolismo.

2. Adoçantes

Embora sejam zero-calorias, os adoçantes podem aumentar a vontade de comer doces. Na realidade, atuam como um sinal de alerta para o cérebro, que lhe diz que algo doce está a entrar no nosso organismo. Esse sinal faz com que o corpo se prepare para receber glicose, mas, sem a chegada real, o organismo começa a pedir doces, gerando um ciclo vicioso e mais desejo por açúcar.

3. Frutas secas e oleaginosas

Alimentos como frutas secas, apesar de nutritivos, podem sobrecarregar o organismo e causar inchaço quando consumidos em excesso. Com particular destaque para as frutas secas que, por serem fermentadas e conterem bactérias e fungos, têm alto potencial inflamatório.

4. Pão integral

Apesar de sua fama de saudável, o pão integral pode, na verdade, ser pior do que o pão branco em termos de inflamação. A farinha integral, ao passar por um processo de refinamento, perde nutrientes e deixa proteínas inflamatórias, como o glúten, que aumentam o potencial de inflamação.

5. Soja

A soja é outro alimento que é recomendado excluir devido à sua capacidade de imitar hormonas no corpo, especialmente em dietas com consumo constante. Isso pode causar desequilíbrios hormonais e afetar o organismo a longo prazo.

Recém-regressada da Austrália, a rainha Camilla, de 77 anos, foi recentemente diagnosticada com uma infeção pulmonar, divulgou o Palácio de Buckingham em comunicado. Por isso, a mulher de Carlos III cancelou os s compromissos da sua agenda institucional para os próximos dias, visto que foi aconselhada “a descansar” para que recupere rapidamente. Camilla não estará no anual “Field of Remembrance” – evento que anualmente homenageia as pessoas que perderam a vida nas Forças Armadas – na Abadia de Westminster, em Londres.

Bruna Lombardi visita Portugal com a família: “É um país lindo, poético!”. A atriz passou uns dias em Portugal com o marido, Carlos Alberto Riccelli, o filho de ambos, Kim, e a nora, Carla. A atriz é conhecida dos portugueses, graças ao programa Viva o Gordo, da TV Globo, em que todas as semanas havia um sketch em que o humorista Jô Soares elogiava Bruna Lombardi, “aquela Bruna!”. Dona de uma grande beleza e de muito talento, a atriz viria a apaixonar espectadores dos dois lados do Atlântico.

A tempestade DANA, que atingiu o sul de Espanha no dia 30 de outubro, principalmente a comunidade de Valência, provocando cheias brutais, apanhou os moradores de surpresa, deixando muitos mortos, centenas de desaparecidos e sobreviventes completamente vulneráveis. Pensando nisto, alguns beneméritos espanhóis, como o empresário Amancio Ortega, dono do grupo Inditex, realizaram doações milionárias para ajudar os afetados pelas cheias. Ortega foi o empresário que mais prontamente disponibilizou o maior fundo já criado para ajudar as vítimas do DANA, 100 milhões de euros, destinados a “financiar serviços sociais nos municípios mais atingidos pela tempestade de forma rápida e eficiente.”

LAMA E INSULTOS

PARABÉNS

O antigo futebolista da Seleção Nacional Luís Figo, completou 52 anos nesta segunda-feira, dia 4 e, para a data especial a sua mulher, a antiga modelo sueca Helen Svedin, de 50 anos, e a suas filhas mais velhas, Daniela, de 25 anos, e Martina, de 22 anos, partilharam nas redes sociais fotos com o ex-jogador para assinalar o seu aniversário.

Numa das fotos, o casal, que tem ainda outra filha, Stella, de 19 anos, aparece sentado numa mesa ao ar livre, com uma paradisíaca praia como pano de fundo, e a ex-manequim legendou: “Feliz aniversário!!!” com emojis de festa, bolo de aniversário e corações azuis.

Por sua vez, Daniela partilhou registos do dia do aniversário do pai mostrando o bolo de aniversário e a família a cantar os parabéns ao ex-jogador, bem como fotos junto do pai de quando ela ainda era bebé. “Um Feliz feliz feliz aniversário” escreveu nas suas redes sociais.

O mesmo foi partilhado por Martina, que também divulgou fotos suas com o pai enquanto ainda era criança. “Feliz aniversário pai!!! Desde sempre e para sempre juntos. Amo-te.” escreveu Martina.

A visita dos reis de Espanha, Felipe VI e Letizia, à região de Valência, devastada por inundações catastróficas no dia 29 de outubro, revelou um lado inesperadamente vulnerável da monarquia, particularmente da rainha. Conhecida pela sua postura firme, Letizia acabou por ser atingida no rosto com lama atirada por manifestantes, que gritavam “fora daqui” e “assassinos”. E no meio deste clima de enorme tensão, em que a sua segurança e a do marido chegaram a estar em perigo, a imagem pública mais controlada que geralmente apresenta deu lugar a uma mulher vulnerável e emocionada, que, por vezes, não conseguiu mesmo conter as lágrimas.

Domingo, dia 3 de novembro, em visita às áreas mais afetadas pela intempérie na região de Valência, os reis de Espanha, Filipe VI e Letícia, assim como Pedro Sánchez, primeiro-ministro, e Carlos Mazón, presidente do Governo Regional, foram recebidos por um povo descontente com a forma como as autoridades reagiram tardiamente à tragédia que se abateu naquela parte de Espanha. Perante um cenário de destruição, os habitantes de Paiporta descarregaram todas as suas emoções arremessando lama, paus e insultos aos mais altos representantes da nação. O rei ainda tentou serenar os ânimos, rompeu o protocolo e dirigiu-se aos habitantes, enquanto Pedro Sánchez abandonava o local. Visivelmente emocionada, Letícia, que também acabou atingida por lama, ouviu os argumentos de uma população a desesperar por ajuda.

Jones, o lendário produtor musical norte-americano, que trabalhou com grandes nomes do panorama musical internacional, tais como Michael Jackson, Frank Sinatra, Tony Bennett ou Ray Charles, morreu aos 91 anos, na sua casa, situada no famoso bairro de Bel Air, em Los Angeles.

Desconhecem-se as causas da morte do produtor que, segundo Arnold Robinson, assessor de comunicação de Quincy Jones, terá morrido serenamente, este domingo (3), rodeado pela família. “Esta noite, com o coração cheio, mas partido, temos de partilhar a notícia do falecimento do nosso pai e irmão Quincy Jones”, pode ler-se num comunicado emitido pela família: “E embora esta seja uma perda incrível para a nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele.” Quincy Jones foi um dos primeiros produtores negros a ter sucesso em Hollywood e deixa um rico e vasto legado musical. Foi responsável pelo lançamento de álbuns tão icónicos como Thriller, de Michael Jackson, o disco mais vendido de todos os tempos. E foi também o grande impulsionador do tema solidário We Are The World, que reuniu, na altura, um número imenso e heterogéneo de estrelas do mundo da pop e rock dos anos 80. O seu percurso começou no jazz, paixão que se manteve pela vida e intensa carreira, uma jornada de sucesso que se confunde com a história da música nos Estados Unidos e no mundo. Quincy Jones colecionou prémios e distinções, arrecadando 28 Grammys.

LUTO
AJUDA
BRUNA
Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR
Quincy
Credito: DR

artesonora

Em abril de 2017, tive a oportunidade de entrevistar Marco Paulo, o ícone da música romântica portuguesa. Recebi uma chamada anônima mas reconheci imediatamente a voz do outro lado– era o próprio “rei” da música romântica. Ele ligava para confirmar nossa entrevista, marcada para a Feira de Março em Aveiro de 2017, mas só depois do espetáculo. Desde a confirmação da entrevista até o momento em que estive frente a frente com o artista, cada detalhe que ia pensando serviu para construir uma memória rica e marcante sobre um homem cuja carreira, lutas e história pessoal são muito inspiradoras.

Não sou um grande fã de músicas românticas, mas sempre respeitei a figura do Marco Paulo. Um verdadeiro ícone da cultura musical portuguesa que carregou consigo uma bagagem de histórias, de sucessos e, nos últimos anos, uma batalha com a saúde. Foi com esses sentimentos que me preparei para o concerto e, claro, para a entrevista, com a curiosidade de quem se dispõe a ouvir uma lenda e tentar captar a essência não só do artista mas também do homem. Chegou o dia do concerto do Marco Paulo em Aveiro, um espetáculo de duas horas e meia, onde o público ouviu os seus maiores sucessos. Acompanhado no palco pelo afilhado, que tocava guitarra-baixo, o cantor conduziu o espetáculo com a energia e o carisma que sempre o distinguiram. As músicas de sucesso, como “Eu Tenho Dois Amores” e “Maravilhoso Coração”, pareciam ganhar um novo significado, quando cantadas

Quando Conheci Marco Paulo

Lembranças de um artista que viveu com Coragem

pelo público com uma devoção que apenas um artista da sua grandeza poderia inspirar. Era mais do que apenas música – era uma celebração de décadas de carreira e de uma presença constante na vida de tantos fãs.Quando dei conta até eu estava a cantar e a dançar. No concerto, senti que aquela figura como Marco Paulo construiu uma tamanha lealdade com os fãs. Mesmo após tantos anos, ele ainda conseguia mexer com as pessoas de todas as idades sempre com os olhos a brilhar e a trocar o microfone de mão em mão, uma das suas imagens de marca. Muitas pessoas ali já o seguiam há décadas. Alguns desses fãs tinham dezenas de fotos com ele, mas ainda assim esperavam ansiosas para conseguir mais uma lembrança daquela tarde especial. Após o espetáculo, esperei cerca de duas horas para que o artista pudesse me receber. Ele estava exausto, mas não negava o carinho e a atenção que as fãs lhe pediam. Havia algo de genuíno e próximo na sua interação com o público, que não vemos em muitos artistas. Ele era, afinal, um artista popular, e isso via-se em cada gesto e em cada sorriso que oferecia a quem o procurava. Finalmente, tive a oportunidade de entrar no camarim de Marco Paulo. A recepção não poderia ter sido mais calorosa. Acompanhado pelo seu amigo e manager, António Coelho,com uma tranquilidade e um respeito que só se constroem ao longo de uma amizade sólida e de muitos anos de parceria. Marco Paulo estava rodeado de toda a estrutura digna de um artista, e o seu carisma era ainda mais evidente de perto. Gostei da sua serenidade e de uma simpatia que, mesmo ao cansa-

ço, me recebeu bem. Conversamos sobre várias fases de sua carreira, incluindo a ida ao Canadá, onde ele recordou um público entusiasmado e fiel, na sua maioria, por imigrantes portugueses. Era claro que essa viagem tinha um significado especial para ele. Notei os seus olhos brilhar ao recordar os momentos vividos.

Marco Paulo falava com carinho e gratidão pelo apoio que sempre recebeu do público português, mesmo longe de casa. Mas, no meio de todas as lembranças felizes, surgiu o tema da saúde. Foi ele que trouxe espontaneamente à conversa a luta que travava contra uma doença que já o acompanhava há algum tempo.

Marco Paulo sempre foi transparente com seu público a respeito das dificuldades que enfrentava, e nesse dia, diante de mim ele não foi diferente. Falou sobre o medo do futuro, mas também da sua força para seguir em frente, algo que, certamente, o acompanhou até o fim. O diagnóstico de cancro era um tema que o cantor já conhecia bem. Teve lutas com vários ao longo da sua vida.Cada luta parecia abalá-lo, mas, ao mesmo tempo, era evidente que a sua força e resiliência iam além das expectativas. Marco Paulo usou a sua luta para inspirar outras pessoas. Em suas entrevistas e aparições públicas, falava abertamente sobre sua condição, algo que lhe trouxe ainda mais respeito e admiração.

Em 2022, após uma atualização sobre o tumor pulmonar, ele descobriu o cancro no fígado, e, em setembro deste ano, os médicos decidiram suspender os tratamentos de quimioterapia, porque já não estavam a fazer efeito. Estava em repouso, aprovei-

tou o tempo para estar com as pessoas que amava. Essa luta prolongada mostrou ao público um lado mais vulnerável de Marco Paulo. Ele já não era apenas o cantor que embalava histórias de amor, mas também um homem que enfrentava a fragilidade da vida com a mesma dignidade e coragem com que havia construído a sua carreira. A morte de Marco Paulo, no dia 24 de outubro de 2023, marcou o fim de uma era na música portuguesa. Ele partiu aos 79 anos, deixando um vazio imenso nos fãs que dificilmente será superado. Seus maiores sucessos, como “Eu Tenho Dois Amores” e “Maravilhoso Coração”, vão ficar na memória coletiva como hinos de uma geração que viu no amor e na emoção as principais inspirações da sua música. Como testemunha de um breve, mas significativo momento na sua vida, posso dizer que Marco Paulo foi, antes de tudo, um ser humano bom. Tive a sorte de vê-lo de perto, de ouvir as suas histórias e de compreender um pouco mais sobre o homem por trás do artista.

Hoje, ao recordar essa entrevista, vejo que as suas palavras e seu olhar transmitiam não apenas o peso da experiência, mas também uma esperança de que o seu trabalho e as suas memórias continuariam vivos no coração de seus fãs. Ao final daquela tarde em Aveiro, deixei o camarim de Marco Paulo com a sensação de que havia conhecido não apenas um ícone, mas uma pessoa que, apesar das adversidades, viveu com plenitude e nunca se deixou abater. João Simão da Silva partiu, mas o artista Marco Paulo é eterno; através das suas músicas, ele viverá para sempre.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Indivíduo que comete homicídio; homicida

2. Qualquer meio utilizado na difusão de informações jornalísticas

3. Tempestade de neve

4. Parte do fogão onde se assam os alimentos

5. Interrupção de uma atividade ou trabalho, para descanso

6. Criança ou adolescente do sexo masculino; garoto

7. Utensílio de mesa, de três ou quatro dentes em uma das extremidades

8. Conjunto de produtos agrícolas colhidos num período; safra

9. Móvel composto de um tampo hori-

zontal, geralmente se destina a refeições, jogos, apoio etc

10. Situação de não existência de vencedor em um jogo

11. Impresso que acompanha medicamento e contém informações sobre ele

12. Parte exterior da cavidade bucal; o contorno dos lábios

13. Instrumento constituído por lâmina cortante presa a um cabo

14. Entidade das lendas europeias, de aspecto humano, orelhas pontudas e pequenina estatura

15. Instrumento bastante antigo, composto de cordas estendidas numa moldura aberta

V O B I D X M H A U H C W B N

J P D A G E R G E L I M N Y I

S F A L E C R I M C W A Z R V

U E E H V Z R Q O S E D L R S

C L O O W U K U T G T R Q U C

Y O B S P C H I L L I A A C J

A V E A Ç Ú C A R K E T L V J

B A U N I L H A Z M Z S I L L

M B C E T C R A V O A O M Z A

U E C J O R Y A K L L M O A R

L W N H N S O Y X G O S M L O

X H Y T L O U R O V B Z A E L

R V I N A G R E K T E O C N O

G E

JACARÉ

OVELHA

FALCÃO

URSO

CANGURO

SALMÃO

ZEBRA

ÁGUIA

ATUM

LAMPREIA

TIGRE

GIRAFA

TUBARÃO

COIOTE

AVESTRUZ

Pão recheado com chouriço e queijo

Ingredientes

• 1 pão redondo médio

• 400 grs de queijo ralado

• 200 grs de maionese

• 1 chouriço cortado ao cubos pequenos

• 1 dente de alho

• Sal e pimenta q.b.

Modo de preparação

Cortar o topo do pão, e retirar o miolo. Picar o chouriço na picadora com o dente de alho, e colocar depois num recipiente e temperar com pimenta e pouco sal.

Misturar a maionese ao chouriço, adicionar o queijo até ficar uma pasta. Rechear o pão com esta pasta e levar ao forno a 200 graus durante 30 minutos. Cortar o miolo do pão em fatias levar ao forno para tostar um pou-

Doce

Ingredientes

• 1 lata de leite condensado

• 4 ovos

• 50 grs. de amido de milho

• 300ml de leite

• 200 ml de café forte

• 200 grs. de bolacha maria

• 200 ml de natas

• 6 colheres de açúcar

Modo de preparação

Separar as claras das gemas. Colocar as gemas num tacho, adicionar o leite condensado o amido de milho e o leite, misturar tudo bem e levar a cozinhar em lume brando mexendo sempre ate engrossar.

Num recipiente colocar o café com 2 colheres de açúcar.

Colocar num pyrex de vidro, o creme por cima colocar a bolacha maria embica no café.

co. Servir acompanhado das fatias do pão torrado. Bom apetite!

Bater as natas com 2 colheres de açúcar ate ficarem espessas, e bater as claras com o restante açúcar ate ficarem bem firmes, juntar as natas e envolver bem.

Colocar por cima das bolachas e alisar. Levar ao frigorifico durante 8 horas. Depois colocar bolacha maria moeda, decorar com framboesas ou morangos .

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras
Credito: DR

OLHAR COM OLHOS DE VER

Vintage. Créditos: Fa Azevedo
The sun shines everywhere. Créditos: Stella Jurgen
Caminhos do outono. Créditos: Enerson da Silva

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Com o fim de um período de uma certa rotina, que é alterada por fatores que provocam uma transformação, poderá sentir indecisão face aos novos valores. Tente não se deixar levar por um certo pessimismo.A compreensão lógica e racional das coisas não lhe basta, necessita sentir a vida com as suas emoções e a um nível mais profundo. Época de preocupações financeiras.

TOURO 21/04 A 20/05

Nestes dias vai viver a sua relação amorosa com grande intensidade, tanto a nível físico como emocional. Tanto tudo aquilo tenha a ver com o amor, como a criatividade, vão poder mudar positivamente a sua vida. Poderá haver neste momento uma transformação da sua vida afetiva. Poderá receber nesta altura dinheiro vindo de outros.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

É a altura ideal para se dedicar as obrigações ou àquelas tarefas inadiáveis. Poderá também sentir que está mais disponível para atender às necessidades das pessoas que trabalham consigo. Digamos que, consegue entender agora quanto estamos todos dependentes uns dos outros, para satisfazermos as nossas necessidades.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Ao longo deste mês, é provável que não se sinta com vontade de fazer coisas pequenas, nem de ficar só, vítima do ritmo e das reduzidas dimensões do seu dia-a-dia. A sua capacidade de desejo está muito próxima do seu gosto espetacular. Também o amor está em pleno desabrochar durante estes dias, pelo que poderá aproveitar a ocasião para demonstrar a profundidade dos seus sentimentos à pessoa que ama.

LEÃO 22/07 A 22/08

Este é um período em que se sentirá com elevado vigor e energia. Você vai lutar pelos seus direitos com muita garra e dinamismo, não se deixando intimidar ou ultrapassar por terceiros. Grande capacidade de trabalho e de resolução de problemas adiados. Esta é uma época propensa a acidentes, tenha cuidado.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Algumas dúvidas que teimam em continuar no seu íntimo poderão ser resolvidas se, por exemplo, tentar ajudar os outros, sobretudo se se tratar de pessoas doentes ou de alguma forma diminuídas. Poderá sentir algum complexo de inferioridade, mas, não esqueça, o seu inimigo secreto encontra-se provavelmente no seu íntimo e pode ser apenas fruto da sua imaginação.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Sente-se com grande capacidade para sentir e comunicar os seus afetos. Sente-se capaz de falar dos seus sentimentos a outra pessoa sem que isso lhe cause embaraço. Digamos que consegue fazer com que a cabeça não influencie o coração. É ainda um período favorável para estabelecer um acordo financeiro ou um negócio.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Nesta fase disporá de muitas energias que lhe facilitarão a ação, mas deverá olhar em volta e reconhecer as necessidades dos outros. Da sua iniciativa, esforço e perseverança poderá surgir a realização de um projeto há muito ambicionado, porém o seu brilho será maior se não se esquecer daqueles que o ajudaram.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Este é decididamente um bom período para mostrar aos outros, com objetividade, os seus pontos de vista. Estes entendem-no e têm consideração pelas suas opiniões. Tem grande capacidade de argumentação, o seu discurso é autêntico e lógico. É, como tal, uma boa altura para influenciar as outras pessoas a seu favor.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Durante esta fase poderá tender para fugir às suas responsabilidades. A tentativa de esconder uma situação ou um segredo podem levar a uma perda de confiança e a comentários menos favoráveis em relação a si. Procure ser honesto consigo próprio e depois com os outros e verá que se sentirá mais apoiado.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Durante este trânsito, o contacto com os amigos é de extrema importância. Um relacionamento de amizade poderá tornar-se num caso de amor. É uma relação leve, baseada na mútua compreensão, mas que aos olhos das outras pessoas poderá parecer desajustada. Felizmente não é esse sentimento que experimentam como casal.

PEIXES 20/02 A 20/03

O período que agora atravessa é propício ao autoconhecimento, pelo que terá boas possibilidades de perceber quem realmente é e o que quer. É muito provável que sinta um certo esgotamento físico e intelectual, pelo que deverá procurar abrandar o seu ritmo diário. Descanse mais e valorize os momentos de lazer.

Soluções

Agenda comunitária Classificados

Casa dos Açores 39º anniversary

1136 College Street Toronto - Nov 9 - 19h

Festejar o 39º aniversário da Casa dos Açores coma presença de Tony Camara e Mike da Silva. Entrega do Açor de Ouro e jantar a cargo de Europa Catering. Reservas (416) 953-5960

Associação C. do Minho de Toronto

São Martinho

165 Dynevor Road, Toronto Nov 9 - 19h

Comida tradicional e DJ para animar a noite. Contact (416) 781-9290

Casa da Madeira

São Martinho

1621 Dupont Street Toronto Nov 9 - 18h

Comida típica. Castanhas para todos e show com o cantor Léo Pratta Contact (416) -533-2401

Associação Migrante de Barcelos

Jantar Minhoto

1621 Dupont Street Toronto - Nov 16

Rojões à moda de Barcelos, papas de sarrabulho e uma noite com a atuação do Duo Raça Latina. Reservas (416) 652-6354

Northern Portugal Cultural Centre Magusto

40 Albany Street, Oshawa, ON - Nov 23

Feijoada OR Chicken with fries, rice, salad & dessert. Performances by: Rancho do Minho de Oshawa, Rancho Folclórico de Nazaré & Karma Band. Reservas (416) 731-3255

Associação C. do Minho de Toronto

Santa's First Stop

165 Dynevor Road, Toronto Dec 15 - 10h O Santa estará na associação e todos são bem vindos. Mais informações (416) 781-9290

Apartamento para arrendar com 1 quarto de cama, cozinha, sale e casa de banho, lavandaria. Não fumadores, não animais. Na zona da Davemport e Caledonia. Contatar (416) 652-6693.

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