MIL PÉTALAS MAGAZINE #03

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#03’mai/jun/2015

oNLINE

à conversa com ingrid ortelbach som como terapia

kinesiologia holística o corpo tem a chave

terapia bowen equilíbrio natural

entrevista miguel horta

artista plástico e mediador cultural

lince ibérico espécie ameaçada

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crianças e adolescentes

diatomácias

desparasitação natural 1


https://issuu.com/milpetalas.magazine 2


EDITORIAL Em busca do equilíbrio A relação de todos os seres com o Todo universal estará sempre presente nesta publicação.

FICHA TÉCNICA

Para esta edição, a procura do equilíbrio com esse Todo, que é interior e exterior, a demanda da saúde e da qualidade de vida estão em realce.

Directora: Ana Fonseca Editora: Isabel Carvalho

Começamos pela entrevista a Ingrid Ortelbach, formadora da “Massagem de Som”; uma terapia com resultados comprovados e na qual “tanto acredita”. Segundo a própria “o som está no Cosmos e com ele tudo foi criado...”

Redacção: Ana Fonseca (jornalista e terapeuta), Paula Cristina Ferreira (terapeuta), Paulo Caetano (jornalista)

Nesta área específica relacionada com a saúde, fazemos sobressair igualmente a kinesiologia e os benefícios do cogumelo “Juba de Leão”.

Director de Arte: João Mello Design: THE BOX // STUDIO,17 Fotografia: Art4uimage Shutterstock (Image Bank) Colaboraram neste número: Ana Pago (jornalista), Alcide Gonçalves (arquitecta e consultora de Feng Shui), Ana Isabel Neves, Artur Araújo (terapeuta), Ana Bensabat (astróloga),Bruno Simões Castanheira (fotógrafo), Dinora Xavier (veterinária holística), Els Claes (terapeuta), Fernando Ferraz (terapeuta), Helena Quinta (terapeuta), Isabel Costa (naturopata e nutricionista) https://issuu.com/milpetalas.magazine

A kinesiologia enquanto método que considera a natureza holística de cada pessoa na sua dimensão física, emocional, mental e espiritual e o uso do cogumelo “Juba de Leão”, cujo conhecimento tem milhares de anos e é hoje usado na Medicina Tradicional Chinesa. Em destaque a entrevista ao pintor, mediador cultural, contador de histórias e ilustrador, Miguel Horta que fala de projectos tão importantes para uma sociedade que se deseja mais inclusiva e respeitadora das diferenças e dos percursos de vida. Trazemos ainda uma análise, conselhos e sugestões sobre a alimentação vegetariana para crianças e adolescentes, entre muitos outros temas interessantes, designadamente, o que se debruça sobre a displicência humana aqui traduzida nas ameaças mortais que uma política desleixada, para não dizer inexistente, faz recair sobre o Lince Ibérico. Termino então com uma citação a propósito do conteúdo geral do presente número: “O segredo da existência humana consiste não só em viver, mas em encontrar um motivo para viver” - Dostoievski

Isabel Carvalho

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SUMÁR Editorial

conversa com: INGRID ORTELBACH “ACREDITO PLENAMENTE NA TERAPIA DE SOM”

O COGUMELO JUBA DE LEÃO EFICÁCIA COMPROVADA CIENTIFICAMENTE

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Pontes de Vista Fotografia de autor

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MASSAGEM TUINA O TOQUE PARA ALÉM DA MASSAGEM KINESIOLOGIA HOLÍSTICA A SAÚDE ESTÁ NO FUNDO DE CADA SER JIN SHIN JYUTSU EM BUSCA DA ARTE PERDIDA BOWEN O EQUILÍBRIO NATURAL DO CORPO VARINHAS DE CONDÃO AS CRIANÇAS, OS ADOLESCENTES E A ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA

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ENTREVISTA A MIGUEL HORTA “SÓ DEFENDEMOS O QUE CONHECEMOS BEM” ASTROLOGIA “FAÇA AS PAZES COM O SEU MAPA” FENG SHUI UMA PRÁTICA A ADOPTAR PARA A VIDA PERFIL DE RUTE MALUNA O TAROT DO AMOR FLASHES LINCE IBÉRICO AS AMEAÇAS MORTAIS TERRAS DIATOMÁCEAS DESPARASITAÇÃO DE ANIMAIS entre linhas AULAS E TERAPIAS AGENDA

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RIO 5


À CONVERSA COM a Ingrid Ortelbach

“ACREDITO PLENAMENTE NESTA TERAPIA” As taças e as frequências que delas se soltam passaram a fazer parte da vida de Ingrid Ortelbach a partir de 1999 quando, na sequência de um desafio da filha Carla, foi à Índia. Em Dharamsala ouviu pela primeira vez o som de uma taça, ficou fascinada. De volta à Alemanha, encontrou Peter Hess e o Instituto onde acabou por fazer a formação em Massagem de Som. Entretanto, o local onde trabalhava fechou e decidiu regressar a Portugal e começar a divulgar esta terapia em que tanto acredita. “ O som está no Cosmos, com ele tudo foi criado. Este som está dentro de nós. É como um regresso a casa”. 6

Entrevista: Ana Fonseca


Mil Pétalas Magazine - Como começou esta tua aventura do som e das taças? Ingrid Ortelbach - A minha descoberta das taças foi em Dharamsala, na India, em 1999. Fiquei fascinada com o som e comprei uma a pensar que em casa volta e meia iria tocar para me lembrar da viagem. Mas desta volta e meia surgiu um percurso maior. Comprei um livro sobre o tema, encontrei Peter Hess e o Instituto, na Alemanha, onde se faziam formações. Mas como era massagista, além de professora de ginástica, pensei que iria aprender mais uma massagem. Mas na Índia chegaste a experimentar uma massagem de som? Não. Nem sabia o que se fazia com as taças. Inicialmente pensei que era uma peça de decoração para colocar em casa. E então encontrei o Instituto e participei num congresso, em 2000. Fiquei fascinada por ver tanta gente, eram 500 ou mais pessoas, todas com profissões diferentes, professores, terapeutas, médicos. Comecei ali o meu percurso e tirei logo as formações.

Como foi a primeira vez que recebeste uma massagem? A primeira vez foi mesmo com Peter Hess, foi uma viagem pelo corpo, ele a falar e a tocar as taças. Foi a primeira vez que me consegui observar de cima para baixo. Foi fantástico e quando ele perguntou se alguém queria dizer alguma coisa, eu fiz questão de contar a minha experiência. Toda a gente se riu porque todos já tinham passado pelo mesmo. Foi isso que me levou a querer saber mais e fiz o curso todo. Depois apliquei os conhecimentos na Casa de Saúde onde estava a trabalhar na altura, na Alemanha. Tive muito sucesso. De tal maneira que o psicólogo da instituição quis saber mais, porque com as taças as pessoas começavam a falar. Mandava as pessoas para o psicólogo com o trabalho já feito. Só que elas depois já só queriam vir ter comigo. As taças criam uma ligação muito forte. Entretanto, a casa de saúde fechou e vim outra vez para Portugal onde, durante umas férias, já tinha feito uma pequena introdução às taças, na União Budista. Comecei a divulgar a terapia.

Já tinhas vivido uns anos cá…. Sim, 31 anos. E toda a gente já dizia que eu não devia ir para a Alemanha, que não ia sentir-me bem porque já pertencia aos portugueses. Mas eu senti que tinha de ir e depois percebi porquê: tinha de conhecer as taças e de fazer o curso para poder voltar. O Cosmos já tinha tudo planeado…. Eu não sabia, mas o Cosmos sabia. E então comecei aqui em 2004. Foi boa a receptividade nessa altura? Muito grande. As pessoas já tinham muita abertura. Aqui não havia taças, mas como o efeito é imediato, quando eu demonstrava elas queriam aprender. Tive como alunos muitas pessoas de várias áreas. Esotéricas, terapêuticas assim como pessoas que vinham de outras profissões por curiosidade. Hoje em dia, a área está reduzida à aplicação em profissionais mesmo. São principalmente profissionais de saúde que procuram esta terapia.

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conhecer esse som. É como chegar a casa. Porque dentro de nós há este conhecimento deste som natural ou esférico. Chega-se muito rapidamente a um bem-estar profundo porque conhecemos o som. Chegamos a casa. Só uma pessoa que seja muito desarmónica, com problemas muito graves não consegue captar, pode até não gostar. Temos o exemplo dos toxicodependentes e dos alcoólicos. O harmónico está a interferir com eles.

Como interpretas essa mudança? Há mais consciência sobre a aplicação da terapia de som. E eu também estou mais direccionada para a área da saúde e da ciência, o que divide um pouco as pessoas. Aquelas que, por curiosidade, vêm só um fim-de-semana já são menos. Agora quase toda a gente faz o curso completo. Isso é bom, porque quer dizer que estas pessoas trabalham. Fazem o curso e continuam a trabalhar, já não digo a tempo inteiro mas conciliando com outras terapias. Por outro lado, há alunos meus que começaram também a fazer formações por conta própria, não seguindo o método de Peter Hesse mas com invenções. E é com eles que pessoas mais na área do esoterismo vão ter. Tenho em todos os cursos pessoas que vêm de outros lados a dizer que se enganaram. Estas “invenções” dão uma má imagem daquilo que é a massagem de som, de como faz bem e como se aplica na saúde. Se a massagem não for dada correctamente pode prejudicar…. Sim é verdade. Porque trabalhamos com frequências do corpo, as taças têm as suas frequências e é de acordo com isso que as aplicamos. Quando 8

uma pessoa não respeita isso pode perturbar. Não é um instrumento para brincar. Pode ter-se em casa uma taça e tocar sozinho, isso sim, mas sem aplicações. É possível tocar para criar um bom ambiente ou para fazer uma meditação com som. Isso estou sempre a promover. Como defines massagem de som, pensando naquilo que é o poder do som e das frequências? O som das taças é esférico, cósmico, tem overtons, sons sobrepostos, como o canto de um pássaro, o som das folhas das árvores ou do mar. São sons naturais, não definidos musicalmente. O nosso corpo também tem sons naturais e o que dizemos é que o som vem do cosmos. O mundo foi criado através do som, temos isso na filosofia indiana e cientificamente sabe-se que o som está no cosmos e que existiu antes dos planetas, antes da vida. Com este som tudo foi criado e nós também. Portanto, este som está dentro de nós. É um som que se movimenta em ondas? Em ondulações que passam pelo corpo. Há muitas pessoas que afirmam

E qual a abordagem a adoptar nessas situações? Deve trabalhar-se muito cuidadosamente. Bom, primeiro a pessoa tem de estar livre de qualquer dependência, desintoxicada. Depois começa-se com o som devagarinho. Aos poucos essas pessoas vão captando e harmonizando. Exige muita paciência. Tens tido experiências interessantes com pessoas com deficiência? Temos tido algumas experiências e recentemente até fomos contactadas por uma associação que quer introduzir a massagem de som em escolas do Norte do país. Acho que vai ser uma boa experiência. E em escolas para deficientes, com autistas, hiperactivos e outros. Sempre na perspectiva do retorno a casa… Eles também têm dentro de si coisas saudáveis e é com elas que nós trabalhamos. E eles sentem-se depois com uma mais-valia, conseguem captar e melhorar. Temos aqui uma professora que nas suas aulas trabalha com autistas e com crianças com outras deficiências. Com muito sucesso. E com animais tens tido experiências interessantes? Tenho tido experiências com os meus que estão sempre presentes. A gata já sabe quando vêm pessoas para as formações ou para os concertos e é a primeira a subir para o sótão. Deita-se


esquema básico, mas quando existe determinado tipo de problemas começamos a trabalhar na aura. Depois reflecte-se no corpo… Sim, na zona onde a pessoa está ferida não tocamos. Ao contrário do que se faz na fisioterapia, não é verdade? Sim, essa carrega. Mas por aqui passam muitos fisioterapeutas e osteopatas e todos trabalham com as taças. Os osteopatas dizem que sem a pessoa estar relaxada não conseguem trabalhar e o relaxamento que as taças proporcionam torna isso possível. Entretanto, vais levando esta técnica a outros países Fomos uma vez a Angola. Mas no Brasil é regular. Os brasileiros são muito receptivos a este tipo de coisas…. Muito.

de costas e de pernas afastadas e fica à espera para receber. Os cães fazem a mesma coisa. Temos um grande e um pequenino. O grande não entra porque nem todas as pessoas se sentem à vontade e fica lá em baixo. Mas depois do primeiro dia de curso vê se pode subir e deita-se também de costas. As pessoas normalmente acabam por pedir para o deixar entrar. Fico só à espera disso. Mas recentemente vivemos uma experiência muito engraçada. Durante um curso, uma pessoa começou com falta de ar e a chorar. Já tinha sentido problemas na garganta e depois piorou. Ela teve a percepção de que isso tudo estava relacionado com o momento do parto, porque nasceu com o cordão enrolado no pescoço e roxa. Ela sentiu isso aqui. De repente vejo o meu cão desesperado a correr aqui para cima, foi directo para ela e começou a lam-

ber-lhe a cara até ela começar a respirar. Ela agradeceu-lhe. É, portanto, um terapeuta fantástico…. Sim é. As pessoas que estavam presentes disseram todas que ele deveria ficar a tomar conta. Foi fantástico como ele veio a correr, não ligou a mais ninguém, foi directo para ela e tratou-a. Quais são as aplicações terapêuticas das taças? R. Há um sistema específico para aplicação das taças. Nunca se coloca uma taça em cima do problema, mas na parte saudável. Para fortalecer o saudável e não para fortalecer o que está doente. Assim o corpo pode criar uma resposta imunitária e tratar-se a si próprio. As taças são aplicadas sobre o corpo ou na aura. Depende. Em cima do corpo é o

Consideras-te uma grande divulgadora desta técnica? Vejo isso no meu papel, sim! Acredito plenamente nesta terapia porque observo os seus efeitos e acho maravilhoso quando outras pessoas também usufruem dela. E fico muito contente quando vejo pessoas a conseguir trabalhar. Há muitos desempregados que desenvolvem a sua actividade com esta terapia. Sentes que isso é um propósito da tua vida? Neste momento é. Eu tinha feito Ginástica, gostava, mas não vi isso como um propósito. Agora as taças sim. A viagem à Índia que te levou à descoberta das taças foi ideia da tua filha Carla, não é verdade? Foi a Carla sim. Eu estava a trabalhar na Alemanha na altura e ela telefonou-me à uma da manhã, eu já estava a dormir. 9


E ela disse-me: vamos à Índia. E eu respondi: sim, sim, vamos. Tinha sido um sonho que ainda não tinha conseguido concretizar e que se tornou realidade. Carla, também já fazes a massagem terapêutica e dás concertos. Mas quando é que começaste a perceber esta linguagem do som e as suas aplicações terapêuticas? Carla Ortelbach - Quando a minha mãe começou com as taças eu trabalhava num centro para deficientes motores e mentais, na Alemanha, num lar para doentes com Alzheimer. Comecei com as taças em 2007 já em Portugal. Aqui assisti a alguns cursos e achava muito interessante porque as pessoas gostavam muito e saiam daqui muito satisfeitas. E então por curiosidade resolvi fazer também o primeiro nível. Mexeu muito comigo, senti-me muito calma e comecei sempre a acompanhar os cursos.

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Há também a vertente dos concertos, não é? Sim. Gosto sempre de convidar alguém para tocar comigo. Entre outros instrumentos entram os gongos, o Didgeridoo, as taças de cristal, tambores. Qual a sensação quando estás no meio de todos esses sons e frequências? Tocamos sempre de improviso, nunca sabemos o que vai sair. É uma questão de entramos em ressonância um com o outro. O que tem de existir para que isso aconteça? É assim como uma pintura abstracta. Traçamos uma linha, vamos pintando essa linha, encaixando outra linha e o mesmo acontece com as cores. Uma cor entra na outra. É um pouco como pintar um quadro. Ouves um som, achas que um outro encaixa com aquele e por aí. É sentir os sons, vivê-los.

Há sempre uma pesquisa de novas formas de fazer som? Podemos fazer som com praticamente tudo, até com pedras. E há sons que achamos muito bonitos e que encaixam bem nos concertos. A própria água é um som lindíssimo e relaxante, faz parte da natureza e nós utilizamos muito os sons naturais e claro há sempre novos sons que entram. E há sempre um sentir da energia da sala. É sempre diferente… Já aconteceu entrarmos numa sala, começarmos a tocar e eu sentir que a coisa não estava a fluir bem. Mas depois as pessoas dizem que foi bonito. E depois há outros concertos que acho que foram os melhores de todos. A sala é muito importante, assim como a energia das pessoas. No fundo entrar em ressonância é estarmos todos, os que estão sentados ou deitados a ouvir e os que estão a tocar.


No fundo, Ingrid, a questão é sempre entrar em ressonância … É. Seja com uma massagem individual, seja com trabalho em grupo ou em concerto. É entrar em ressonância uns com os outros. Só assim pode dar efeito. Como são estruturados os cursos? Os cursos são divididos em 4 graus mais a supervisão. Esses 4 níveis podem ser feitos de forma intensiva ou em vários fins-de-semana. No final realiza-se sempre a supervisão. Queremos manter o esquema de supervisão, são regras do instituto. Temos um currículo de formação bem definido. Todos saem com uma massagem de som bem dada. Além disso temos cursos suplementares que já foram integrados: como a Massagem de Som no Consultório, com o Dr. Herbert Seitz; E As taças de Som nos Casos Neurológicos. Já há uma especialização? Sim. E também temos os cursos de Gongos. E com o tempo pretendemos desenvolver mais cursos deste tipo.

Com que taça? Com a taça universal, é a mais indicada.

A existência de regras é muito importante… Sim, há muita gente a utilizar mal esta terapia. Mas o Instituto investiu muito em estudos científicos e já existem muitos acreditados. Isso foi um passo muito grande, foram feitos estudos em laboratório, como estudos de stresse e outros que vão ser divulgados. Estou convencida que agora vêm mesmo pessoas com qualidades diferentes. Há estudos também muito interessantes com uma taça só para meditação em casa.

Todos os dias? E convém que seja à mesma hora? Uma vez de manhã e outra ao final da tarde. Não é fácil. Meti na cabeça que ia fazer, até senti um certo nervosismo primeiro porque não sou uma pessoa altamente disciplinada e tive que ser. Pensei: vou conseguir. E consegui. Dei os parabéns a mim própria. É preciso estar concentrado, em diálogo com a taça, concentrada, tocar e não desviar o pensamento para outras coisas. Acontecem coisas incríveis.

Podes explicar? Fiz parte desse projecto. É impressionante! Duas vezes por dia, uma pessoa tocar uma taça durante cinco minutos. Não pode haver interferência de telefone ou de outra coisa qualquer, deve estar-se completamente dedicado ao som da taça. É interessante ter-se a percepção de como uma pessoa se sente antes e depois.

Vocês acabam por ir descobrindo cada vez mais potencialidades do som… Sem dúvida. E isso acontece também através de todas as pessoas que passam por aqui, com todas se aprende, em todos os cursos. E há sempre coisas novas. Como aquele caso do cordão à volta do pescoço. Havia uma memória celular e quando se colocou uma taça desbloqueou esta memória e ela

entrou na cena toda do parto e não conseguiu respirar. Até vir o Rafi que a tratou e foi embora. Fiquei muito orgulhosa do meu cão. E projectos? Estórias muito curtinhas mas depois pode entrar no site e ouvir. São dez estórias ao som das taças. Há empresas que têm entrado em contacto connosco, como a Nokia, fizemos lá um evento. A tal associação do Porto. E há a apresentação do novo livro, estão traduzidos estudos científicos, além de outras coisas. A Carla fala de algumas experiências. Conto também a minha experiência com os índios guarani, foi uma experiência fantástica. Deixei lá a taça que ofereci. Que está no meio dos instrumentos sagrados deles. Achei uma boa comunicação, ensinei uma rapariga que queria saber o que se faz com as taças o que poderia tratar, ensinei coisas fundamentais a fazer. Um dia voltas lá? Sim, a semente ficou lá. 11


TUINA

O toque para além da massagem Paula Cristina Ferreira / Terapêuta de Medicina Tradicional Chinesa

“O NADAR interno ou massagem derrete as tensões acumuladas, liberando suavemente a energia congelada num nível subtil pelas nossas atitudes fixas e conceitos” Tarthang Tulku O interno e o externo comunicam através de uma rede subtil de finos ligamentos que vão desde as emoções, sensações, pensamentos e culminam nas acções. Umas vezes controlamos o que vai e vem; outras vezes não… A massagem TuiNa representa um dos caminhos mais saudáveis para atingir a Saúde global, abrindo espaço para a eficiência orgânica, circulação de energia e consequente sensação de bem-estar e bem-sentir. 12

Esta ferramenta é o ponto de partida para a exploração do corpo, mente e espírito, como o é desde há milénios. A base do trabalho desenvolvido assenta no riquíssimo património da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que passa por uma ampla visão de todos os aspectos do ser humano, em conexão consigo próprio, com a natureza e com o planeta. Assim, a tuina é uma especialidade médica dentro da MTC. Apesar disso, a linguagem fundamental usada é simples: Qi (energia vital), Xue (sangue) e Zang (órgãos e vísceras). Praticada em sinergia com a boa forma global do terapeuta – essencial para a meta proposta - a tuina desempenha funções fortíssimas de desbloqueio, harmonia e vitalidade, tratando desequilíbrios (vulgarmente chamadas de doenças) e promovendo a homeostase ou a auto cura. Praticada há mais de 3 mil anos, tendo as mãos como via de saúde, a tuina foi

consolidando a sua eficácia e é hoje praticada por toda a China, quer a nível doméstico hospitalar, na cidade ou no campo. Os seus movimentos e manipulações lembram o esfregar, amassar, puxar ou beliscar, dependendo da zona do corpo e da patologia/desequilíbrio a tratar que os antigos empregavam para curar dores, inchaços, sensações várias. Crianças e idosos são dos principais privilegiados com a abordagem deste toque feito massagem. Órgãos internos, tendões, músculos e ossos são trabalhados à luz das linhas energéticas que percorrem o corpo e área circundante e que interferem directamente com todos os nossos sistemas. Cada parte de nós, enquanto universo Microcósmico, é composto de algo maior que está representado no Macrocósmico. A tuina propõe a equivalência e a promoção da fluidez entre o pequeno e o grande; o branco e o preto; o dentro e o fora, o alto e o baixo.


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KINESIOLOGIA HOLÍSTICA A saúde está naturalmente no fundo de cada ser A KINESIOLOGIA HOLÍSTICA QUE APRENDI COM O MATTHIAS WEBER, DA AKADEMIE FÜR KINÉSIOLOGIE, EM OLDENBURG, NA ALEMANHA, FASCINOU-ME DESDE O PRINCÍPIO. PORQUE NA SUA ATIVIDADE DE ACONSELHAR, ESTE MÉTODO CONSIDERA A NATUREZA HOLISTICA DE CADA PESSOA NUMA PERSPECTIVA FÍSICA, EMOCIONAL, MENTAL E ESPIRITUAL E ENCARA AS CONTRARIEDADES DA VIDA COMO UM CONVITE PARA APRENDER ALGUMA COISA E PARA MUDAR. 14

Mas primeiro vou falar sobre o nosso mundo material em que tudo é energia. Cada molécula é constituída por átomos e os átomos compõem-se de energia, que se manifesta tanto em onda, como numa partícula subatómica. Esta energia, por sua vez, compõe-se da matéria primordial do Universo: informação. Tudo o que vem como impulso deste plano espiritual elevado, aparece neste mundo como energia. Um sistema de vias energéticas percorre o nosso corpo e leva vida a cada célula. Quando sentimos esta energia como uma onda, quer dizer que a energia está a fluir e que estamos saudáveis, vivemos em plenitude e em harmonia... Se pelo contrário, a energia se manifesta na sua característica de partícula, então sentimo-la como um bloqueio:

doença, conflitos nas relações e no trabalho, falta de dinheiro... Por outras palavras: se a Energia Vital percorre o nosso sistema sem obstáculos, somos saudáveis no plano fisico, emocional, mental e energético e a nossa vida corre de forma maravilhosa. Mas este fluxo de Energia Vital pode ser prejudicado por muitos factores: a maneira de viver e pensar, a atitude emocional, hábitos negativos, más notícias, hereditariedade, má postura, acontecimentos no trabalho ou na família, meio ambiente, poluição electro-magnética etc... Quando a nossa psique já não pode digerir as impressões da vida, elas serão depositadas algures no corpo e assim formam-se “endurecimentos” e a Energia Vital é bloqueada, é desviada e


perde o seu vigor. Esta energia bloqueada causa desequilíbrios. «Cada pessoa contém em si todo a sabedoria e o conhecimento necessário para a sua cura», disse Paracelsus. O corpo tem a chave para a solução dos nossos problemas e a Kinesiologia é um método para a encontrar. Para obter respostas do corpo, a kinesiologa utiliza uma técnica simples: o teste muscular. O teste muscular e a sua reacção é um instrumento excelente de comunicação com a sabedoria interior. Para comunicar através dos cinco sentidos em todos os planos do consciente e do inconsciente; no plano emocional, mental, electro-magnético.... A cada factor estressante, a musculatura reage enfraquecendo. Por um instante ínfimo, antes que o sistema neuro-muscular tome o controlo, deixamos o inconsciente trabalhar. (É o desengatar neuro-muscular). É a resposta muscular do corpo a cada excitação estressante, mesmo quando só se olha para uma imagem desagradável ou se pensa em algo desconfortável. Assim, o teste muscular é utilizado para encontrar o que nos torna mais fortes e para evitar o que nos torna mais fracos. As respostas que obtemos dos musculos são apenas «sim» ou «não». A kinesiologia faz as perguntas certas.

Uma sessão de Kinesiologia A sessão começa com uma conversa com o cliente, saber o que o levou a procurar este método. Após alguns testes preliminares dá-se início ao trabalho de equilibrio propriamente dito. E isso consiste numa sucessão de perguntas feitas com a técnica do teste muscular. As respostas mostram sempre onde re-

side a prioridade a tratar. No momento em que encontramos um bloqueio, vamos em busca da correcção. E elimina-se o bloqueio. Mas na maioria das vezes é desvendado outro bloqueio que se encontrava oculto, que é tratado com a correcção adequada. E assim vai acontecendo... Somos como uma cebola: tiramos uma camada e logo aparece outra. A cada passo o cliente está mais perto do seu objectivo. Provavelmente terá que fazer ainda alguns exercícios em casa e, às vezes, recorrer a mais um tratamento. A kinesiologia é indicada para todas as pessoas, de todas as idades: Recupera a postura correta - Ajuda nos problemas de concentração ou na dificuldade em aprender e estudar - Ajuda em casos de timidez, medos e fobias - Melhora a memória e a coordenação - Ajuda nas alergias e nas intolerâncias - Ajuda resolver traumas, antígas ou recentes Dá assistência nas depressões ....

Com a kinesiologia aprendemos a conhecermo-nos melhor. A encontrar o nosso caminho na vida e a ter confiança no nosso guia interior. Para viver em plenitude. Como dizia o fundador da Kinesiologia, Dr. George Goodheart: “A consciência inata do organismo dá ao ser humano um potencial de renovação. Esta capacidade que possuímos, apenas está a espera das nossas mãos, do nosso coração e do nosso espírito para se desenvolver e para nos permitir recuperar a saúde que está naturalmente no fundo de cada um de nós.» Els Claes / Terapeuta (Bibliografia: Kinesiologo & Coach AK» de Matthias Weber; Jin Shin Jyutsu, de Waltraut Riegger- Krause.

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Jin Shin Jyutsu Em busca da Arte perdida! O Jin Shin Jyutsu é uma arte harmonizadora milenar transmitida de geração em geração mas que, pouco a pouco, foi caindo no esquecimento até ser recuperada por um sábio japonês de nome Jiro Murai nos inícios do século XX. Jiro nasceu no ano de 1886, em Taiseimura (actualmente na cidade Kaga, prefeitura de Isikawa). Sendo o segundo filho de uma família ancestralmente dedicada à medicina, pôde escolher o seu próprio caminho, tendo optado por se graduar como engenheiro de sericultura (cultura do bicho da seda). O seu irmão mais velho, pelo contrário, tal como era costume na época, teve 16

de seguir as pisadas do pai e tornara-se médico. Aos 26 anos, após uma vida de excessos, de álcool e comida (gostava, por exemplo, de entrar em concursos de quem comia mais, tendo ganho inúmeros prémios), Jiro ficou gravemente doente e, apesar de ter sido tratado por vários médicos, a sua situação foi piorando até ter sido considerada incurável. Nunca perdendo a confiança, pediu que o levassem para um abrigo da família na montanha, onde, durante sete dias, jejuou, meditou e praticou posturas de mãos e dedos que ele vira em


O Jin Shin Jyutsu é uma Arte que desperta a sabedoria inata que existe dentro de cada um de nós, ajudando-nos a viver em harmonia com a Vida, a libertarmo-nos das Atitudes que nos bloqueiam e desarmonizam, a equilibrarmos a circulação dos fluxos de energia vital que alimentam e dão vida ao nosso ser. Mary escreveu três livros sobre auto-aplicação do JSJ (são a base dos cursos de Auto-Ajuda), o livro “Mãos Felizes” (curso de JSJ para crianças) e os livros de Texto I e II (para os “Seminários Básicos de 5 dias”, “Temas Especiais”, “Agora Conheço-me a Mim Mesmo”, etc). imagens de Budas e em livros antigos. No último dia, para seu espanto, estava curado! A sua mente de cientista não conseguia compreender o que se tinha passado, nem encontrar uma explicação racional para o que acontecera! Tinha que investigar! Descendo da montanha, Jiro Murai deslocou-se a Ise Jingu (o Templo Imperial em Ise) e ali, para benefício da humanidade, prometeu dedicar a sua vida à pesquisa dos processos que tinham estado por detrás da sua cura. Nos 50 anos que se seguiram, graças a um trabalho intenso e meticuloso de introspecção e reflexão sobre as suas experiências pessoais, ao tratamento de pessoas com as mais diversas desarmonias, à investigação sobre diversas tradições milenares curativas, à pesquisa de várias fontes, tais como o Kojiki (título de um livro japonês que significa “Registo das Coisas Antigas”), ao estudo da Anatomia e da Fisiologia, etc., conseguiu recriar a “Arte perdida”, à qual deu o nome de “Jin Shin Jyutsu”: a “Arte do Criador através do Homem de Compaixão, Sabedoria, Compreensão”. Em 1946, em casa de uma amiga comum, como prenda para o mundo ocidental, ofereceu-se para ensinar esta

Arte a uma jovem americana de origem japonesa, com o nome de Mary Iino (nome de solteira), então com 28 anos de idade, que se tinha deslocado ao Japão para estudar diplomacia, bem como a língua e cultura dos seus pais e antepassados. Nascera em 21 de Outubro de 1918, em Seattle, nos EUA. Pouco tempo depois de ter começado a aprender Jin Shin Jyutsu, Mary adoeceu profundamente e foi tratada durante um mês por Jiro Murai, após o que ficou curada. Esta experiência foi de tal modo marcante que ela decidiu igualmente dedicar a sua vida a ajudar os outros. Estudou com Jiro, no Japão, durante sete anos, tendo depois retornado aos EUA onde casou com Gil Burmeister, em 1954. Continuou a estudar por correspondência durante mais seis anos até 1960 (Jiro “morreu” em Junho de 1960, com cerca de 75 anos). No total estudou com ele cerca de 13 anos. Após a morte de Jiro Murai, Mary Burmeister (nome de casada) continuou o trabalho pessoal de aprofundamento dos seus conhecimentos, bem como a divulgar, ensinar e praticar a “Arte da Vida” como gostava de se lhe referir.

Nos anos 90, Mary Burmeister abandonou o ensino mas continuou a atender pessoas no seu gabinete em Scottsdale, Arizona, nos Estados Unidos, onde se situa a Sede e Fundação Jin Shin Jyutsu por ela criada. “Faleceu” no dia 27 de Janeiro de 2008, em Scottsdale. Os instrutores, por ela formados, prosseguem hoje este trabalho de ensinar o Jin Shin Jyutsu por todo o mundo, incluindo em Portugal. Para saber mais: www.jinshinjyutsu.no.sapo.pt Informações e inscrições: apa.jsj@gmail.com

Calendário:

Lisboa: sessões/massagem Jin Shin Jyutsu (2ª a 6ª feira, à tarde) Porto/Matosinhos: 9 e 10 de Maio, Curso de Auto-Ajuda Lisboa: 16 e 17 de Maio, espaço Pétalas Cósmicas, dia de estudo com Matthias Roth Lisboa: 6 de Junho, APSA/Casa Grande, dia aberto de introdução ao JSJ Lisboa 13 e 14 de Junho, espaço Pétalas Cósmicas, Curso de Auto-Ajuda Artur Araújo

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TERAPIA BOWEN ISBT

O equilíbrio natural do corpo Se Ganhar confiança no nosso corpo e na sua capacidade de auto regulação e tratamento é um dos resultados da aplicação da Terapia Bowen ISBT. Através de movimentos extremamente simples mas que actuam profundamente nas várias camadas corporais, a Terapia Bowen ISBT, contribui para restabelecer o equilíbrio homeostático do nosso corpo, e a sua rápida recuperação. A Terapia Bowen ISBT, com toques simples e suaves rotações sobre a fáscia 18

corporal, faz regressar o corpo ao seu equilíbrio duma forma natural, apenas recorrendo às mãos do terapeuta.

QUEIXAS E DORES TRATADAS PELA TERAPIA BOWEN ISBT

A Terapia Bowen é uma técnica manual, não invasiva, que duma forma simples e minimalista traz alívio e cura à maior parte das dores e queixas apresentadas. Pela suavidade da sua aplicação, a Terapia Bowen é frequentemente utilizada com grande êxito em bebés (mesmo em recém-nascidos), grávidas, pessoas idosas e fragilizadas, podendo ser aplicada logo a seguir a uma cirurgia, sem qualquer perigo para o paciente.

Uma larga gama de sintomas e queixas respondem normalmente bem à Terapia Bowen ISBT, incluindo: dor nas regiões cervical, dorsal e lombar, bem como dores no pescoço e torcicolo problemas de ombro congelado e síndroma do túnel cárpico dores de cabeça, enxaquecas, tonturas sinusite e problemas de garganta, olhos, ouvidos e nariz


volver uma técnica que embora muito simples na forma é incrivelmente eficaz. A técnica de cura que ele nos deixou, na qual a Terapia Bowen ISBT se baseia, espalhou-se rapidamente por todo o mundo !

TERAPIA BOWEN PARA ANIMAIS A Terapia Bowen é também uma excelente técnica para aplicar em animais; cães, gatos, cavalos, etc. reagem muito bem aos movimentos desta suave Terapia. Este ano, foram ministrados pela 1ª vez em Portugal, cursos caninos e equinos, com uma das melhores formadoras do mundo nesta área – Suzanne Baker. International School of Bowen Therapy A ISBT – International School of Bowen Therapy leva a cabo cursos de Terapia Bowen internacionalmente reconhecidos , aprovados pela Federação Australiana de Terapeutas Bowen (BTFA). Os princípios básicos que regem a ISBT incluem uma intenção clara de honrar o trabalho inovador de Tom Bowen.

Para quem quer: ciática, dor na virilha, anca ou nádega problemas e dores nas pernas e pés, incluindo joanetes problemas linfáticos e circulatórios A Terapia Bowen ISBT pode muitas vezes aliviar também asma e problemas respiratórios; cólicas em bebés; problemas de rins, fígado e estômago. Algumas doenças auto-imunes como a artrite reumatóide, fibromialgia, etc., respondem também normalmente bem a esta terapia.

TOM BOWEN (1916-1982) Um Homem para o Mundo ! Tom Ambrose Bowen foi um autodidacta com uma capacidade única para desenvolver uma forma de terapia corporal que o fez sobressair dos seus contemporâneos. Os seus talentos especiais baseados nas suas competências de manipulação e observação, e os seus contactos com outros profissionais únicos no seu tempo (anos50-60) permitiram-lhe desen-

desenvolver uma nova carreira mudar o sentido da sua carreira actual melhorar as suas competências em terapia e trabalho corporal

A ISBT apresenta, em geral, dois níveis de cursos : Curso Básico Curso Avançado ( Nivel I e Nivel II ) Toda a informação sobre os cursos pode ser consultada no site: www.terapiabowenportugal.com 19


Formação A Terapia Bowen ISBT está a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal, tanto a nível de pacientes que procuram alívio e tratamento para as suas queixas, mas também a nível de profissionais de saúde interessados em áreas inovadoras e que possam proporcionar um novo incremento e experiência à sua carreira Ouvimos os coordenadores destes cursos em Portugal: Gonçalo Félix, fisioterapeuta de Aveiro, é coordenador dos cursos ISBT na área norte do país, e tem uma opinião muito positiva sobre esta técnica. “ A Terapia Bowen começou a invadir o centro e norte do país, com cada vez mais fisioterapeutas e osteopatas interessados na abordagem da ISBT. Para quem procura uma alternativa às técnicas convencionais fisioterapêuticas e osteopáticas, é uma boa opção, já que corrige bloqueios articulares sem manipulações, conseguindo criar equilíbrio. Os cursos no centro e norte do país têm lugar no Peroneo – Centro Terapêutico, com os fundadores da ISBT. A abordagem lectiva centra-se na anatomia e biomecânica simples e no descobrir do movimento e sequências Bowen ISBT. Esta Terapia é indicada para todos os profissionais de saúde, sejam eles praticantes ou estudantes.”

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Por seu lado, Helena Quinta, terapeuta Bowen ISBT desde 2007, é uma entusiasta desta técnica e tem organizado as formações na zona sul, sobretudo na área de Lisboa, sob a direcção da ISBT. “Os resultados que vejo todos os dias na minha prática diária, incentivaram-me a divulgar e organizar a formação desta técnica na minha área de influência. As pessoas que têm frequentado os nossos cursos ficam agradavelmente surpreendidas com os resultados que sentem no seu próprio corpo durante a formação e mais tarde, os resultados que vêm nos seus pacientes. Os cursos estão organizados por forma a que toda a técnica possa ser ensinada duma maneira simples e extremamente prática.”

INFORMAÇÕES: www.terapiabowenportugal.com www.bowen-therapy.com CONTACTOS: geralbowen@gmail.com


SEJA DONO DA SUA SAÚDE

NOVidade

MARIA JOSÉ COSTA FÉLIX

“Viver com doenças Sem Ser doente” não é propriamente um livro de entrevistas, mas mais um texto de reflexão pessoal em que, através delas – embora não só -, a autora procura passar a mensagem de que o nosso verdadeiro estado de saúde depende não tanto de termos ou não doenças, mas sobretudo de como aceitamos as que vêm ter connosco. Ou seja, do facto de, face a elas, continuarmos interessados pela vida, sentindo-nos solidários, integrados em algo maior do que essa nossa doença. A verdadeira cura não consiste apenas na eliminação de um determinado sintoma de doença, mas em encará-lo como algo que nos empurra para a fidelidade a nós mesmos. Para a essência do que somos. Temos de começar sempre por escutar os sinais que o nosso corpo nos dá, mas sem ficar presos a eles e sentir-nos vítimas. Porque somos algo mais do que o nosso corpo doente.

Claro que cada uma das pessoas entrevistadas neste livro vive o facto de estarem doentes à sua maneira. Mas todas elas aceitando-o, portanto não permitindo que isso as impeça de aproveitar ao máximo aquilo que a vida em cada momento lhes proporciona. Na sequência do anterior livro desta autora “Envelhecer Sem Ficar velho”, trata-se de procurar viver cada momento presente tal e qual como ele se nos apresenta. Qualquer que seja a idade ou a saúde que temos. Quer tudo nos corra bem ou não de acordo com o que gostaríamos. Quer nos sintamos alegres ou tristes. Tudo isso são apenas formas, matéria. A verdadeira tranquilidade só aparentemente depende das circunstâncias da nossa vida. No fundo, depende de estarmos ligados a algo superior a nós, acreditando

que nunca nos faltará o essencial: o Amor – vindo através de alguém que nos ama ou de algo através do qual Ele se manifesta. Para os crentes é Deus. Mas há quem fale em força cósmica, fusão com a natureza, solidariedade, ajuda aos desfavorecidos, fazer o bem não importa a quem… Trata-se de simplesmente acreditar que fazemos parte de um universo sem fim. Nunca estamos por isso sozinhos neste mundo. E o Amor incondicional existe. Maria José Costa Félix é licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa e frequentou o Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Foi jornalista durante muitos anos, escrevendo para diversos órgãos de comunicação. Astróloga há mais de 30 anos e dá consultas privadas nesta área. Desde 2002 que é autora da Leya.

E a função das doenças é precisamente revelar-nos essa força maior, a vida ilimitada, que em nós existe – inclusive quando estamos frágeis. Dizia o escritor Jorge Luís Borges que a cegueira fora aquilo que de mais importante lhe tinha acontecido, na medida em que o obrigara a ver tudo a partir de dento de si mesmo, portanto de forma mais global. A nossa verdadeira vida não é a física. Nem as informações que nos chegam através dos sentidos são as mais importantes. O mar, o céu cheio de estrelas, os encontros seguidos por vezes de desencontros e eventuais reencontros, são exemplos de manifestações daquilo que verdadeiramente somos. 21


CONTRA O STRESSE

Algumas plantas medicinais com características adaptogénicas, preparam e protegem o corpo em situações de stresse, fadiga e esgotamento (Burn-out). Entre elas, incluem-se: O Ginseng Coreano (Panax Ginseng) aumenta a resistência orgânica, ajudando o organismo a adaptar-se melhor ao stresse e a aumentar os níveis de energia do corpo, diminuindo os sintomas da exaustão corporal. O Ginseng Siberiano (Eleutherococcus senticosus) aumenta a resistência do corpo a vários tipos de stresse (físico e mental), permitindo a normalização ao nível da regulação da produção de hormonas supra-renais, fortalecendo a sua estrutura face a situações de stresse crónico.

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PROTECÇÃO DA PELE

Existem diversos suplementos alimentares que protegem a pele, cuidados que, principalmente nesta altura do Verão, devem estar mais presentes. O Betacaroteno, quando transformado em Vitamina A no organismo, auxilia na formação de melanina e contribui para a obtenção do bronzeado; A Vitamina A é fundamental para a protecção e regeneração da pele prevenindo a sua desidratação. Deixamos também aqui a receita de uma máscara hidratante: juntar iogurte fresco, meio pepino, polpa de pêssego e cenoura. Colocar tudo num liquidificador e deixar no frigorífico durante algumas horas. Aplicar depois na pele, como cataplasma, para hidratar e regenerar a pele.

REDUZIR A FLACIDEZ

Juntar numa tigela uma clara de ovo batida com uma colher de chá de mel, até a mistura ficar uniforme. Aplicar nas áreas onde a flacidez está mais presente, como nádegas, parte interna das coxas, barriga e rosto. Deixar secar durante cerca de 20 minutos e retirar a máscara com bastante água. Repetir o processo duas vezes por semana.


FIM DOS ENJOOS NUTRIENTES ANTIOXIDANTES

Vitamina C: O mais conhecido antioxidante, pelo seu papel na prevenção e no combate a gripes e constipações; aumenta as defesas orgânicas; protege da acção dos radicais livres; tem acção anticancerígena; reduz o colesterol; combate a flacidez do tecido conjuntivo, favorecendo a formação de novos tecidos. Poderoso agente anti-inflamatório e promotor da auto-regeneração. Alimentos: couve-de-bruxelas; couve-flor; salsa; pimentos; espinafres; morangos; quivis; toranja; pêssego. Vitamina E: Também conhecida pela sua acção antioxidante (previne os danos nas membranas celulares e protege-as), é considerada como a “vitamina dos idosos e da longevidade”, por favorecer a melhoria da circulação sanguínea e diminuir o risco de doenças cardiovasculares e cancro (devido à sua elevada protecção contra os radicais livres). Alimentos: cereais integrais; ovos; abacate; soja; gérmen de Trigo; óleo de gérmen de trigo; óleos de origem vegetal.

REPELIR INSECTOS

Para afastar insectos como mosquitos e melgas, entre outros, colocar ½ litro de álcool numa garrafa de vidro de 1 litro e juntar 19 gramas de cravo-da-índia (duas colheres de sopa). Deixar durante 4 a 8 dias e agitar duas vezes por dia. O álcool vai extraindo o óleo essencial do cravo que tem propriedades de repelir também formigas e pulgas. Findo esse período coar tudo e colocar em frascos bem limpos de preferência com tampa de borrifador. Antes de utilizar agitar o frasco para que o óleo e o álcool se misturem. Dar uma certa distância da zona do corpo e borrifar. Necessário colocar de seis em seis horas aproximadamente.

As férias de Verão que se aproximam são também sinónimo de viagens. E porque há sempre quem enjoe, seja de avião, comboio, barco ou mesmo de automóvel, aqui fica uma dica para combater esse mal-estar. A raiz de gengibre é super eficaz contra os enjoos e náuseas que podem transformar uma viagem num autêntico tormento para quem sofre destes males. Existem cápsulas de gengibre em pó que podem ser tomadas cerca de uma hora antes do início da viagem. Mas também se poderá tomar um chá ou mascar um pouco da raiz.

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As crianças, os adolescentes e a alimentação vegetariana 24


Ser vegetariano não é uma moda, ou não deveria ser! É um modo de vida profundamente sentido por quem o escolhe e vive. Enquanto que um adulto se torna vegetariano na maior parte dos casos por questões de saúde, ecológicas ou espirituais, as crianças e adolescentes que o fazem é com um sentido profundo de compaixão por todos os animais, pelo seu direito à vida e bem estar. Ao mesmo tempo eles têm tendência a serem mais pacíficos e a terem um sentimento positivo acerca de si mesmos. Esta sensibilidade infelizmente é pouco compreendida pela família e por muitas pessoas que os rodeiam, levando a batalhas infindáveis na hora da refeição e a conflitos nos relacionamentos. Estamos a viver um novo paradigma por um lado pela busca de evolução interior e por outro lado pela crise de valores (e consequente crise económica) que em termos de alimentação também se expressam respectivamente pela procura de uma alimentação equilibrada e intuitiva e por outro lado pelos erros alimentares e excessos mais ou menos conscientes.

Embora se oiçam sempre algumas vozes contra o vegetarianismo, há cada vez mais estudos que comprovam o seu efeito positivo global. Eis alguns exemplos: Os vegetarianos apresentam menor risco de doenças cardiovasculares e tensão arterial elevada Menor incidência de alguns tipos de cancro e de litíase biliar e renal Baixo índice de diabetes, obesidade, osteoporose

Baixo índice de proteína C – reactiva e IGF – 1 (sobretudo os que não consomem lacticínios) Para usufruir de todas as vantagens de uma alimentação vegetariana, é preciso fazê-la correctamente e ter atenção aos nutrientes como: cálcio, ferro, zinco, proteínas, ómega 3 e vitamina B12. Alimentos ricos em cálcio: vegetais de folhas escuras (couve galega tem mui25


to mais cálcio do que o leite), brócolos, sementes de linhaça, sésamo e chia, amêndoas, avelãs, grão-de-bico, quiabo. Alimentos ricos em ferro: vegetais de folhas escuras, beterraba, leguminosas, grãos integrais, sementes, melaço, algas. Para aumentar a absorção de ferro, é importante ter em atenção alguns aspectos: Evitar cacau, café, chá preto (exemplo: Ice Tea que tantas crianças e adultos bebem) e lacticínios às refeições Evitar farelos de cereais integrais, pois são ricos em fitatos que diminuem a absorção de ferro Incluir em cada refeição vegetais e frutas ricas em vitamina C e temperar a salada com sumo de limão e não vinagre Comer frutas oleaginosas e frutas secas fora das refeições Alimentos ricos em zinco: sementes de sésamo, gérmen de trigo, grãos integrais, cereais integrais, castanhas, legumes, frutas e tubérculos. Alimentos vegetais com alto teor proteico: quinoa, millet, trigo-sarraceno, amêndoa, nozes, sementes de chia, abacate, germinados. Alimentos ricos em Omega 3: sementes de linhaça, sementes de chia, óleo de linhaça, brócolos, nozes, abacate, abóbora. Quanto à vitamina B12 a sua fonte vegetal é muito diferente e como tal no caso de deficiência aconselha-se um suplemento da mesma. A alimentação vegetariana apenas restringe os alimentos de origem animal, mas amplia o consumo de cereais, grão, sementes, tornando-a assim muito mais rica e variada, com um menor consumo de gorduras e com uma ingestão proteica mais adequada às recomendações (embora de outra origem).

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A carne pode ser perfeitamente substituída com uma combinação correcta dos alimentos como leguminosas (ricas em lisina) e cereais (ricos em metionina). Nos cereais temos uma excepção que é o trigo-sarraceno que é o cereal mais rico em lisina e também rico em rutina, quercitina, manganês, magnésio, zinco, fósforo, ferro e cobre. A sua preparação é idêntica ao arroz.

Um outro grande problema alimentar da nossa sociedade é excesso de açúcar; e as crianças viciam-se nele desde tenra idade com as chupetas passadas em açúcar para calar os bebés. As doenças causadas por estes excessos transformaram-se numa verdadeira epidemia, nomeadamente no que respeita a obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares e cárie dentária.

As crianças e adolescentes que comem muita carne, adquirem maior resistência aos fármacos, devido ao excesso de antibióticos aplicados aos animais de abate. Além disso muitos estudos também revelam uma maior tendência para agressividade nestes do que nos vegetarianos.

O açúcar também causa alterações emocionais, mudanças de humor, irritabilidade, fadiga e hiperactividade, ao mesmo tempo que diminui a resistência do nosso corpo às infecções. É inquestionável que o nosso corpo precisa de glicose, que é o combustí-


vel do cérebro e cuja presença é fundamental para um grande número de actividades do nosso organismo. No entanto, esta glicose está incluída nos alimentos naturais e não precisamos dela na forma de um veneno branco que leva o nosso corpo a um estado de superacidez, desmineralizando-o, roubando-lhe o cálcio, magnésio, zinco, cobre, selénio e ainda mais nutrientes adicionais. O açúcar refinado não é amplamente denunciado enquanto o veneno que é, e isto ocorre por várias razões: O lucro da indústria alimentar O facto de que nos vai adoecendo lentamente, sem manifestações imediatas É um ópio socialmente aceite e amplamente divulgado nos meios de comunicação Nas famílias, o docinho para a criança funciona frequentemente como prémio. Por outro lado, a ignorância generalizada em relação aos efeitos destrutivos dos doces é tamanha que os pais que não querem dar açúcar aos filhos são criticados pelo resto dos familiares, quando não pela própria escola. As papilas gustativas das crianças são muito mais sensíveis do que as dos adultos; e, como tal, ficam facilmente viciadas. Comer doces também é uma actividade social. Como a maioria dos ocidentais é viciada em açúcar, é extremamente difícil denunciá-lo como mau da fita quando toda a gente à volta da mesa está ansiosa por experimentar a sobremesa.

Alternativas saudáveis ao açúcar: Os dois adoçantes mais saudáveis e naturais estão presentes na fruta e no mel cru puro. Com frutas como banana, pêssegos, pêras e mangas, pode-se fazer inúmeras mousses e sobremesas sem adicionar qualquer açúcar.

Adoçante caseiro de tâmaras: triture 1 chávena de tâmaras sem caroço em meia chávena de água. Pode-se utilizar em cereais de pequeno-almoço, bolos, mousses, sobremesas com fruta e batidos. Frutos secos, tais como sultanas, figos, alperces, bagas goji e maçã, podem ser reidratados e depois triturados, fazendo assim uma mousse mais cremosa para depois adicionar a batidos, panquecas e cereais, e ainda às sobremesas como tartes e mousses. Pode-se fazer um adoçante tipo xarope, ou então mais cremoso, consoante a quantidade de água que adicionar. Tal como a fruta fresca, os frutos secos são ricos em vitaminas, minerais e fibra.

Isabel Costa www.alquimiaalimentar.com isacosta@netcabo.pt

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Hericium eri n aceus O Cogumelo Juba de Leão Os cogumelos são usados há milhares de anos na Farmacopeia Tradicional Chinesa no tratamento de diversas enfermidades. Actualmente a sua eficácia terapêutica é comprovada por inúmeros estudos científicos. Destes fungos vamos destacar o Hericium erinaceus, referenciado na Matéria Médica chinesa com o nome Hou Tou gu (cabeça de macaco), também conhecido como cogumelo juba de leão. 28

Na Medicina Tradicional Chinesa o equilíbrio entre o Yin e o Yang é um sinónimo de saúde. Todas as doenças são fruto de desequilíbrios bioenergéticos de natureza endógena e exógena. Para termos saúde e qualidade de vida é fundamental não consumirmos a nossa essência(Jing), base da energia vital (Qi), e sabermos sustentá-la com hábitos de vida equilibrados tanto no nível físico como no psico-emocional (Shen).

É neste enquadramento que vamos falar do Hericium erinaceus. Na Matéria Médica Chinesa este cogumelo considerado de sabor doce e insípido, de natureza neutra, com tropismo para o Fígado e Rim, tem como principais efeitos beneficiar os cinco Zang, ou órgãos Yin (Coração, Pulmão, Rim, Baço, Fígado), facilitar a digestão, diminuir a inflamação, clarificar e transformar, tonificar o Baço, nutrir o Qi e acalmar a mente (Shen).


Na Medicina Tradicional Chinesa Hou Tou Gu é indicado para: Inchaço e distensão abdominal, dor gástrica e abdominal, cancro abdominal e faríngico, gastrite atrófica, úlcera duodenal, inflamação intestinal, eructação, sangue nas fezes, inapetência, neurastenia e hepatite B crónica. Em virtude das suas características extremamente equilibradas, este fungo, conforme está confirmado por inúmeros estudos científicos, in vitro e in vivos, efectuados pela medicina ocidental, é um excelente adaptogénico e tem-se revelado uma arma fortíssima no combate a diversas patologias. Rico em betaglucanos e polissacáridos solúveis é manifestamente útil no combate aos tumores e à proliferação das metástases, potenciando a produção de macrófagos e o sistema imunitário.

Tem também efeito epigenético e é por isso um excelente preventivo de doenças oncológicas. Pela sua riqueza enzimática é um fortíssimo antioxidante, recomendável no combate aos radicais livres, ao envelhecimento e degeneração celulares, e pode ser usado em doenças tão variadas como Parkinson, cancro e anemias.

também recomendável em casos de astenia física ou mental, no apoio aos linfócitos T e B, ansiedade, stress, problemas digestivos e hepáticos. Segundo investigações recentes verificou-se o seu eficaz funcionamento antibacteriano no combate ao estafilococo dourado (Staphylococcus aureus) e ao Hp (Helicobacter pylori).

Em virtude dos fitoesteróis presentes no Hericium, como a ericina-H, apoia a produção da mielina e promove o crescimento dos neurónios, por essa razão é um dos cogumelos medicinais mais apropriados no tratamento de doenças do sistema nervoso incluindo as neurodegenerativas como a Alzheimer.

O Hericium erinaceus (Hou Tou Gu), em virtude da sua natureza neutra, sabor moderadamente doce e insípido e por favorecer os 5 Zang de forma equilibrada, pode ser tomado sem riscos como suplemento alimentar preventivo ou no apoio ao tratamento de inúmeras doenças, no entanto recomendamos que consulte um terapeuta antes de iniciar o seu consumo.

Além do referido, de acordo com alguns estudos, é útil na diminuição do colesterol, da glicemia e dos triglicéritos. O Cogumelo Juba de Leão é

Fernando Ferraz - Terapeuta MTC Auriculoterapia e Fitoterapia

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BRUNO SIMÕES CASTANHEIRA ESTAS FOTOGRAFIAS ESTÃO PROTEGIDAS PELOS DIREITOS DE AUTOR SÓ PODEM SER PUBLICADAS NESTA REVISTA EM CONJUNTO E SOB O TEMA DE PORTEFÓLIO

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OUTONO | MATA DE BENFICA A procura da fotografia num espaço pequeno, como este oásis urbano, obriga a uma atenção redobrada. O detalhe pode estar em baixo ou no alto, na contraluz ou na sombra. Nos contrastes provocados pela luz viva e rasante do sol de Outono. A Natureza surpreende quem anda à procura, faz-se sentir e ouvir. A acuidade do olhar penetra até à sua própria respiração, transportando o observador para uma outra dimensão. Para o espaço do deslumbramento! A.F

A percepção da realidade captada em pormenores ou sensações maiores que o olhar comum. Na construção dos caminhos há cor, luz, traços e ondas, contracções e expansões. É no sentir que se manifesta o entendimento da imagem fixada no momento que se faz presente. No após, tudo continua a fluir até um novo sentir! A.F

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O tempo livre passou a ser o seu maior luxo, mas Miguel Horta nem sente as horas passarem tal é a qualidade do combustível que o move. Aos 56 anos, natural de Lisboa, estudou ciências, letras, história e muito acerca de tudo – sempre por carolice, que os canudos não lhe interessam para nada. Aprendeu ilustração com a grande Maria Keil, mãe de todos os ilustradores. Estudou gravura com os mestres que já morreram, entre os quais David Almeida. Pintor, mediador cultural, contador de histórias e ilustrador, as suas escolhas são feitas de outra maneira: em função do que lhe permite crescer como pessoa e fazer crescer os outros. Leituras em Cadeia, incentivando o gosto pela leitura na prisão de Tires, e a mediação de públicos com necessidades educativas especiais são as suas bandeiras.

ENTREVISTA ANA PAGO

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propostas a diferentes entidades, além de receber também muitos convites para mediação cultural. Entretanto, algo que não fazia parte da minha vida acabou naturalmente por fazer, porque eu era ilustrador, ilustrei um livro da Luísa Ducla Soares, mostrei-lhe uns textos meus e ela disse: «Tu tens é que começar a escrever!» Já publicou dois livros que entraram no Plano Nacional de Leitura, um dos quais (Pinok e Baleote) na terceira edição… Acho que perdi o medo. Sempre achei que era pintor e hoje em dia até histórias eu conto. Já escrevi peças de teatro, fiz muita coisa. Mas isto até terá mais a ver com a minha idade. Se calhar, daqui por uns anos, os meus colegas mais jovens que trabalham comigo no Centro de Arte Moderna também vão ter a mesma vontade de chegar a várias frentes. Os eternos recibos verdes, que fazem mais trabalho cultural neste país do que os empregados na cultura. Esses são basicamente pessoas de gabinete. Todo o trabalho educativo e cultural deste país é feito por artistas independentes. São mal pagos, mas muito bem formados, têm um grau de especialização extraordinária. Fazem da animação cultural uma ferramenta poderosa para comunicar ideias.

Está constantemente a balançar entre o trabalho egoisticamente criativo de ateliê e as dinâmicas artísticas no âmago social (são suas as palavras). É assim que se vê? O meu caminho começa nas artes, foi sempre o que fiz, sempre fui pintor. Mas em 2000 a minha vida mudou radicalmente por razões pessoais, passei por um período complicado, Portugal também mudou, e a mediação cultural passou a ocupar-me o tempo todo. Era algo que eu já vinha fazendo desde sempre sem que tivesse uma grande expressão na sobrevivência final. Fazia porque as pessoas me pediam e porque trabalhei no Centro de Apoio às Organizações de Base logo a seguir ao PREC, foi das poucas vezes que estive empregado por conta de outro. Mas só por volta do ano 2000 é que os conceitos se alteraram para mim, coincidindo com o período em que comecei a trabalhar com a coreógrafa Madalena Victorino e a ser solicitado em várias áreas.

Nomeadamente nas prisões, onde inicia o seu projeto de mediação leitora em contexto prisional em 2005…

Em que é que se inspira para criar as suas obras de desenho, ilustração e pintura?

Sim. Sendo que as prisões coincidem, por sua vez, com a minha vinda para o Centro de Arte Moderna aqui na Gulbenkian, onde comecei a trabalhar com as necessidades educativas especiais antes de passar para outro género de oficinas. Hoje em dia faço basicamente de tudo, da arte ao ambiente. Sou contratado, tenho um contrato com a minha associação Laredo, e vou lançando

No oceano. É um amor que eu tenho. Para mim o oceano é fundamental, é a defesa do planeta, e isso passa na minha pintura de alguma maneira. Estreei este mês um espetáculo no Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, chamado Arribalé!, que é uma vocalização que os pescadores da sardinha do Algarve usavam para puxar as redes. Lembro-me de o meu tio algarvio falar nisso e usar essas expressões de vez em quando. E este mês sai também o livro Rimas Salgadas, escrito e ilustrado por 35


mim, muito concreto, com poemas sobre o oceano em que proponho o conhecimento do mar e das suas criaturas. Porque nós só defendemos aquilo que conhecemos bem. Agora precisava de me fechar no ateliê para trabalhar em pintura e desenho, mas se calhar vou ter que esperar mais uns meses até poder dedicar-me a isso.

É a mesma força motriz que o leva a querer dar de si também aos outros por via das palavras? Julgo que sim, sai tudo cá de dentro. Eu próprio não sei muito bem como é que organizo isso tudo na minha cabeça, mas o certo é que consigo porque a minha vida sempre foi feita de variedade. Talvez pudéssemos aplicar aqui aquela frase do José Gomes Ferreira n’As Aventuras do João Sem Medo: «Proibida a entrada a quem não tenha espanto de viver.» Sou encantado pela vida, estou sempre a ver o que posso fazer de novo para honrá-la. E as pessoas também me conhecem pela minha lata, que 36

uso para pegar no telefone e ligar a um biólogo a perguntar-lhe porque é que uma dada coisa é como é. Ou a um físico a querer saber algo mais sobre outra coisa qualquer. Os professores universitários ficam tão siderados com esta abordagem de um artista da sociedade civil, alguém que não pertence ao sistema e está fora de órbita, que arranjam disponibilidade. O filósofo Agostinho da Silva dizia-me que a universidade é um lugar onde devemos tirar dúvidas.

Tem aplicado isso e parece que funciona. O segredo é gostar-se do que se faz. Os meus colegas das oficinas – os educadores de museu, como gostaria que fôssemos reconhecidos – são também gente com grande nível e vindos de diferentes áreas. Não é preciso ser-se exclusivamente pós-graduado em arte contemporânea ou em museologia para se fazer mediação com o outro, podemos trazer competências várias para isto. Mesmo o trabalho das neces-

sidades educativas especiais que faço na Gulbenkian com a colega Margarida Vieira é muito de vanguarda no país, muito especializado. É a vantagem desta casa: pode não ter uma dotação orçamental extraordinária, mas tem a suficiente para permitir que as pessoas cresçam. E permite ainda uma coisa interessante: um artista passa a maior parte do seu tempo fechado no ateliê; a escrita também se faz de forma solitária: os olhos estão virados para dentro. E em educação nós temos os olhos virados para fora, o que nos permite ter dois pontos de vista diferentes sobre a vida.

Como surgiu o projeto Leituras em Cadeia? Há uma senhora fantástica, Maria Cabral, que já não está a trabalhar na Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), que num belo dia de 2005 me ligou porque eu já fazia o programa de itinerância pelas bibliotecas do país, com oficinas diferentes


livros de autoajuda, 40 Paulos Coelho. Banda desenhada não havia, erotismo não havia, poesia de qualidade não havia. Havia muito lixo. De modo que tratei primeiro de definir como se estabelece o perfil de leitor numa prisão. E depois fiz perguntas: por que razão era a biblioteca municipal a fazer isso? Porque não formar os presos em catalogação? Nessa altura escrevo aquilo que achava que devia ser feito numa série de folhas A4. Uns dias mais tarde, liga-me o professor Marçal Grilo a saber se não me importava de vir à Fundação Calouste Gulbenkian. Queria saber que projeto-piloto de continuidade podia ser feito nas prisões em vez do chamado kiss and tell, em que uns poucos vão lá fazer umas ações pontuais e já são os maiores do mundo.

As suas A4 entram aqui em força, estou a ver… e companhias engraçadas: a Andante, o João Lizardo e outros. E diz-me ela: «Tu tens o perfil para vires fazer um trabalho de mediação leitora em contexto prisional.» Nessa altura já eu fazia mediação leitora em bairros problemáticos – é conhecida a minha ligação à Cova da Moura –, só me faltava mesmo ir para as prisões. Comecei então a trabalhar num projeto que construí chamado A Cor das Histórias, ganhei embalagem, aquilo foi crescendo. Mas à medida que o próprio sistema prisional ganhou confiança em mim ao ver os efeitos benéficos, fui-me apercebendo que o que era preciso era um outro tipo de coisa.

«Quero-te para ti. Quem és tu, leitor? Tens que fazer um percurso pessoal na leitura.» É este respeito pelo outro. Porque há duas maneiras de trabalhar. Há aí umas pessoas que vão à prisão ler poesia, têm um marketing bestial e são aplaudidas no final. Eu faço com as pessoas, não há espaço para aplausos. Faço hoje, esta semana, para a próxima, na seguinte. Já os conheço, tenho que levar para casa e saber embrulhar as emoções, a dureza daquilo. Não é ir lá fazer um espetáculo. É estar com eles e percebê-los, porque se não entenderes o outro não o conheces.

E não há como emprestar um livro a alguém que não se conhece, não é? E aí insiste que não pode ser daquela maneira… E a fazer formação de pessoas e a intervir publicamente, sim. Aos poucos percebem que tenho uma perspetiva diferente. Não vou ler aos presos, não é? Isso é ótimo, mas vou lá fazer mediação leitora, algo completamente diferente.

Claro! E isso requer tempo. Entretanto comecei a ver também que as bibliotecas não estavam organizadas. De vez em quando ia um técnico da biblioteca municipal catalogar os livros que as pessoas não queriam em casa e enviavam para lá: quatro exemplares d’O Capital de Marx, um monte de

Cinco folhas com tudo sistematizado, começámos a construir. Neste momento, o Leituras em Cadeia é um projeto-piloto que já arrancou no Estabelecimento Prisional de Tires, de mediação da leitura e de estruturação de uma biblioteca prisional de acordo com os seus leitores. Inclui ainda renovação do espaço físico – livros, estantes, mobiliário – e a minha metodologia finalmente a funcionar. Ao fim de dez anos nas prisões consigo que alguém me dê ouvidos. E aí entra a Fundação Gulbenkian, a Delta Cafés e uma amiga bibliotecária escolar, a Maria José Vitorino, que integrou o programa de abertura de bibliotecas escolares nas escolas portuguesas e está agora nisto comigo. Trabalhamos também com dois técnicos de serviço prisional que estão a ser formados por nós em biblioteca para perceberem como funciona, com quatro reclusas que formamos para serem as futuras bibliotecárias e com mais dois professores que estão já a usar nas suas aulas dentro da prisão as mesmas metodologias que eu utilizo em mediação leitora. 37


Que boas novas nos chegarão do cárcere depois disso? Esta primeira fase do projeto termina em finais de 2016 e a ideia é repensar o que se vai fazer, ao fim desse tempo, para continuar. Segundo as regras da Organização Internacional dos Bibliotecários, numa prisão como o Estabelecimento Prisional de Lisboa ou a Carregueira devia haver a carreira de bibliotecário, com ordenado garantido pelo Estado. Espanha tem isso e nós temos que fazer a mesma força, porque aquilo que se investir na educação tem retorno. Quem acha cara a educação, que espere para ver o preço da ignorância e no que vai dar. É tão simples quanto isto.

levisão é uma visão imposta do exterior, dos grandes poderes. A leitura é um território neutro de entendimento das coisas onde eu posso usá-la como uma bengala para ver o caminho na escuridão, como no Ensaio Sobre a Cegueira. Porque nós vivemos outra vez numa época de escuridão, de trevas. E no fundo não é nada do outro mundo: o estar bem, a arte, o conhecimento são tudo ideias luminosas. É o medo que move as pessoas, por isso é tão importante conhecê-lo para não lhe obedecer. Além de que se uma universidade fizer um estudo, é capaz de encontrar uma relação interessante entre leitura, nível de escolaridade e não reincidência.

Encontra grandes taxas de analfabetismo nas prisões? Há quem considere que a leitura também é perigosa… Se é! E mulheres que lêem ainda mais perigosas são. A leitura serve de espelho onde nos vemos refletidos, ajuda-nos a ler o mundo. Dá-nos a ganhar autonomia e poder de intervenção. E é uma escolha pessoal, ao passo que a te-

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Enormes. As ciganas em Tires vêm-nos pedir para lermos a Bíblia em voz alta. A outros, falei-lhes dos contos d’O Aleph de Jorge Luís Borges, das navalhas que se revoltam na mão dos miúdos, possuídas pelos anteriores proprietários, e eles arrepiam-se e adoram. Lá está: escolhemos a leitura de acordo com cada

um e eles param. Muitas vezes também uso a tradição oral para trazer as pessoas para a palavra. Gosto muito dessa comunicação, de ver o brilho nos olhos delas. De sentir que estão bem. Tenho histórias muito bonitas. Havia um preso no Montijo, onde fiz dois ciclos d’A Cor das Histórias, e ele dizia-me assim: «Quando eu sair, vou ser bibliotecário.» Os outros riam-se, desvalorizavam: «Está bem, abelha.» Hoje em dia é o bibliotecário responsável pela Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes. Cumpriu a palavra dele, escreveu um livro sobre os barcos do Tejo. E isto marca-me. O equilíbrio que é preciso ter para se estar preso é muito grande, porque os líquidos que têm espírito fermentam. Outros envelhecem, outros azedam, tudo depende da substância de que cada um é feito.

Também já teve medo nas prisões? Sim. Passei por situações complicadas, sobre as quais não posso falar por razões deontológicas. Embora sendo independente na minha tarefa como educador, há um código. A prisão põe à


para este trabalho, fazendo a formação correta das pessoas, ou é impossível haver continuidade. E era preciso haver mais psicólogos na prisão, pôr aquela malta a fazer yoga. Ou então, como diz o meu irmão Rui, arranjar um anjo-da-guarda para cada preso, se calhar para cada um de nós. Eles estão privados da liberdade, mas a Constituição continua a garantir-lhes o direito à educação, à saúde, à cultura.

Gosta mais de criar ou de ensinar?

prova o âmago das pessoas, mas quem está a fazer um bom trabalho, quem tem a consciência tranquila, não deve ter medo. É isso que sinto nas prisões: descobrimos ali uma fórmula que pode fazer a diferença para muita gente. E acredito que o sistema prisional português pode evoluir, desde que dotado de coisas prementes.

De criar, sem sombra de dúvida. É mais inebriante. Criar, pescar e ensinar, por esta ordem. Embora também goste muito de educar, dá-me outra visão do que é fazer. Os museus têm criado novos públicos, públicos para o futuro, e é um trabalho maravilhoso o que fazem Serralves, o Centro de Arte Moderna, a Culturgest, o Centro Cultural de Belém, os museus e teatros municipais, o Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo e outros tantos por aí afora. Uma loucura. Temos uma geração de miúdos com uma oferta como nunca antes existiu nas grandes cidades. E eu ainda tenho uma visão muito otimista das coisas.

O nosso sistema de ensino está à altura de permitir aos alunos expressarem a sua veia artística? Para serem leitores, o nosso sistema tem tudo o que é necessário: a rede de bibliotecas escolares. Só é preciso que o Estado garanta o seu financiamento, não mexa no estatuto dos professores bibliotecários e não os sobrecarregue com uma turma a mais, porque a biblioteca escolar é um centro de recursos e uma plataforma cultural para o interior da escola. Acima de tudo, é um núcleo de educação não formal dentro do ensino curricular. No que diz respeito às artes, está muito longe de fazer o seu trabalho porque tem os professores de “expressões”. De vez em quando há uns pintores que vão dar aulas e fazem um belíssimo trabalho, vemos professores que conseguem fazer algo com os seus alunos, mas não existe nada tão assumido como a rede de bibliotecas escolares. Os miúdos não têm expressão plástica nas escolas, acabou. E um país que não gosta de arte nem dos seus artistas é um país pobre, reduzido de novo a Fátima, futebol e fados.

Nunca sente a desesperança em dias mais difíceis? A questão dos guardas é a primeira coisa a mudar?

É fácil viver-se das artes em Portugal?

Eles trabalham em condições dificílimas. Antigamente cultivava-se pomares e hortas à volta de Pinheiro da Cruz, a cadeia vendia vinho e produtos hortícolas. Não havendo guardas, quem está a tomar conta dos presos em regime aberto? As condições estão longe de ser ideais. Estar na prisão não é bom para os guardas nem para quem está lá dentro, o desgaste psicológico é enorme. Mas para resolvê-las há que fazer com urgência o trabalho a montante, senão temos um engarrafamento de situações sociais a jusante. Ou se investe na educação ainda nos bairros, trazendo os artistas e os mediadores culturais

Nem pensar! Nem viver delas, nem geri-las. Muitos museus interessantíssimos não têm dinheiro e há coisas que não fazem sentido ser à bilheteira, porque estas atividades culturais dão prejuízo. É muito difícil equilibrar os orçamentos, a gestão de um serviço educativo é tramada. Agora que tenho que gerir projetos grandes e percebo melhor como tudo funciona, acho que é importante as pessoas saberem um bocado de gestão cultural. Eu vou aprendendo, o que vale é que sou uma esponja. A vida coloca-me tantos desafios que ou desisto, ou aprendo. Prefiro aprender.

Então não? Há dias complicados para toda a gente. O que vale é que aquilo bate forte, mas depois passa, é como as paixões. Talvez eu com a idade vá ficando mais tolerante, também acredito que sim. Tenho menos pressa nas coisas, se calhar o meu trabalho é mais consistente do que antes em termos pedagógicos. E como sou independente, se não trabalhar não como. Mais: não quero que me alterem o estado. Enquanto eu tiver esta exigência da parte dos outros, vou exigir muito mais de mim mesmo. As pessoas não podem dormir à sombra da bananeira, têm que inventar coisas novas.

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Faça as pazes com o seu mapa ANA BENSABAT / ASTROLOGA

Vivemos numa cultura padronizada em que os “bons hábitos” se adquirem cedo na infância. Nesta obsessão pelo controle da nossa vida (e da dos outros) perdemos muito poder criativo no processo. Numa cultura que não admite o erro, seguimos cada dia da nossa vida como o anterior esperando que o próximo não difira muito. Pelas palavras do Dr. Joe Dispenza, vivemos a vida com base nas memórias passadas sem aprender novas coisas nem ter novas experiências. O problema, no entanto, é que o erro persiste e insiste em seguir-nos como uma sombra. Só mais tarde vimos a compreender que cada tropeço na vida desencadeia uma nova panóplia de circunstâncias que nos leva a uma percepção diferente, a uma historia de vida diferente. 40


A Astrologia não é estanque. É o mapa da nossa viagem na Terra com todos os potenciais que nos levarão sempre à mesma meta: Nós próprios, mais ricos mais conscientes e mais sábios. Uma das coisas mais apaixonantes sobre a leitura de um Mapa é a quantidade de alternativas de vida que existem para o viver. Muitas historias de vida cabem no mesmo mapa. O que muda é o nível de consciência do indivíduo bem como a sua imaginação e capacidade para explorar os seus talentos. Imaginemos que desejo ir de Lisboa ao Porto (assim é o Mapa Natal com todas as estradas anotadas e que me levarão ao destino) ainda assim eu decido se quero ir ao Porto via Berlim, Ponta Delgada, Londres ou simplesmente pela A1. Ainda poderei decidir se vou acompanhada, sozinha, com amigos ou familiares, e ainda se faço paragens, quando as faço e aonde as faço. A maioria de nós já esqueceu que o destino era o Porto e espera que alguém ou alguma coisa nos lembre, outros tantos acham que o destino é na Islândia e sentem-se convictos a tal ponto que persuadem muitos a segui-los. Já todos viram, provavelmente, o desenho de um Mapa Natal. Um círculo com vários “queijinhos” lá dentro e alguns hieróglifos perdidos ali no meio chamados Planetas. Esses “queijinhos” chamam-se Casas e constituem os sectores de vida onde a nossa peça de teatro se desenrola. Os Planetas colocados nalgumas dessas Casas são ferramentas que poderemos utilizar a nosso favor para desempenhar trabalhos específicos nessas áreas. A forma geométrica do Mapa Natal é um circulo, indicando que tudo o que ele compreende vibra constantemente e a qualquer momento. O Mapa é Quântico. Se imaginarmos que essa linha circular, que desenha o nosso Mapa Natal, é uma linha férrea onde

um comboio passa e se imaginarmos que as Casas ou sectores de vida são as estações, este comboio poderá parar nalgumas e noutras passará directo. Ele parará em todas as Casas que têm Planetas, é certo, porque ali há um pequeno tesouro à sua espera. Costumo ouvir alguns comentários de clientes deste género : “- O Plutão, no meu mapa, está na Casa da relação par! Isso quererá dizer que poderei não ter relacionamentos?” Para esta pessoa, a estação da relação par será paragem obrigatória. Porquê? Porque se ela colocou uma ferramenta com grande potencial transformador nessa Casa, não vai perder a chance de ter uma vivência aí, pois não? Já as Casas “vazias” ou sem Planetas, não apresentam grandes dificuldades, a não ser que hajam trânsitos relevantes nessa área de vida, mas isso poderá ter uma duração média entre 8 meses e 1 ano e meio. O engraçado é que já vi clientes complicarem uma Casa vazia e triunfarem numa Casa complexa! Todos os Planetas que estão no mapa, sem excepção, são trunfos com os quais podemos contar em determinadas áreas da nossa vida (aquelas em que eles se encontram). O próprio Mapa Natal não foi escrito em sangue! Ele foi escrito para ser vivido em alegria. Se não estamos a vibrar nessa energia é porque, algures no caminho, fizemos descarrilar o nosso comboio. Estamos sempre a tempo de reciclar a nossa vida e contar uma historia melhor sobre nós próprios. Você nunca se engana, a roupa que decide vestir de manhã quando acorda, determina o tempo que irá estar. Essa é a magia da Vida e a Astrologia tem uma palavra a dizer sobre o assunto. Se quisermos, alteramos a forma como vivemos determinada “Casa” transfor-

mando as suas exigências numa oportunidade para evoluirmos em consciência. Se o seu Saturno (Planeta com uma proposta de estruturação, limitação, definição, cautela, prudência e frustração ) estiver a causar muita dificuldade na área em que se encontra, diminua o seu zoom e observe-o de uma outra forma, transforme-o num bónus. Afinal foi você que o colocou lá!. Essa mudança de consciência poderá envolver algum trabalho da sua parte mas juntamente com o seu Astrólogo, essa demanda poderá realizar-se sem grande sofrimento. Vamos supor que esse Saturno se encontra, novamente, na Casa da relação par. Provavelmente poderá estar a queixar-se de alguma frustração ou limitação nas suas relações, mas não se esqueça do motivo pela qual ele foi lá colocado por si: é no campo das relações especiais que você aprende a estruturar-se. Talvez o seu parceiro seja dependente ou tenha trazido para a relação uma pesada divida financeira, talvez ele/a seja mais velho necessitando de cuidados seus ou mais novo precisando de uma orientação. Estes são óptimos cenários para que você cresça e se estruture, para que tome conta e se responsabilize. Ele/a é o seu grande professor e a matéria que tem para lhe ensinar é a estrutura, a seriedade e a responsabilidade. É nessa área que estão reservadas para si estas matérias. Não se esqueça porem que a energia flui nos dois sentidos e nesse âmbito aquilo que o seu parceiro/a está a fazer por si é torná-lo/a estruturada e responsável para que, mais tarde, você possa espelhar para ele/a essa faculdade. Ambos poderão viver uma relação muito mais estruturada e de parceria ou, ambos viverão uma relação frustrante e limitadora. A opção é sua e essa é uma das funções de uma consulta de Astrologia. Ajuda-la/o a fazer as pazes com o seu Mapa Natal.

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FENG SHUI Uma prática a adoptar para a vida

Na antiga tradição chinesa Feng Shui pode definir-se como a arte e a sabedoria de localizar na paisagem o lugar certo para a construção da residência [seja esta destinada a vivos ou a mortos]. Este “lugar certo”, a que a Escola da Forma se refere, pressupõe que a casa está ou deverá estar em cooperação e harmonização com as correntes locais do “sopro cósmico” ou se quisermos, deverá estar adaptada e cooperar com as várias forças da natureza – as celestiais e as telúricas. Era, por isso, comum um Mestre fazer um estudo da paisagem envolvente ao local destinado à construção para verificação das características benéficas e/ ou desfavoráveis locais [e.g. topografia e estrutura da paisagem suas formas e direcções, entre muitos outros elemen42

tos como a qualidade do ar e de chi do local incluindo os aspectos astrológicos]. Ou seja, era efectuada, literalmente, uma análise dos fluxos do “vento” (feng) e da “ÁGUA” (shui). Mas, o estudo do “bom” Feng Shui do local para a casa era feito sempre em função da família que para lá ia viver e tinha como objectivo supremo a vivência feliz das pessoas da casa gozando também toda a família de boa saúde e fortuna. [O que desde logo nos faz compreender a razão de muitas das disfunções que ocorrem nas nossas casas ou apartamentos actuais]. Céu-homem-terra em perfeita harmonia! Este é o princípio e o fim último, que o homem deve seguir.

Só que este modelo territorial primordial de casa e seus habitantes, integrados no local, pressupõe espaço físico, realidade que nas nossas cidades já escasseia. As montanhas passaram a grandes edifícios e os rios a ruas e outras artérias de circulação viária. Também por este motivo, vemos cada vez mais formas adaptadas na aplicação do feng shui. Existem, contudo, dois conceitos fundamentais que, independentemente dos modelos representativos ou instrumentais diferenciados, desenvolvidos e adoptados pelas várias escolas de ensino do Feng Shui, perduram no tempo e no espaço e que devem ser desde logo absorvidos pelo (futuro) praticante, antes mesmo da solicitação da sua consulta: 1) o conceito unitário da energia


o qual nos explica que a energia é única e permeia todos os seres do Universo. A sua manifestação é que tem múltiplas formas; 2) o conceito de equilíbrio que assenta na constante mutabilidade das coisas. Esta é a dinâmica que está subjacente à vida e à sua preservação implicando por isso um constante movimento de troca - energia, água, ar. Nessa medida é fácil compreender que somos afectados por tudo o que nos rodeia e que tudo está em permanente movimento ou fluxo. A casa, de forma muito prática, demonstra-nos isso e passa a ser a bitola para avaliarmos a circulação desses fluxos. Mas o mais interessante do Feng Shui é poder ser utilizado como instrumento

de auto-conhecimento. Percebermos o quanto alinhados estamos com o Universo – Céu e Terra -, conhecermos melhor a nossa natureza energética, que bloqueios estamos a passar e/ou quais as áreas de vida que estão a ser mais ou menos afectadas - relacionamentos, trabalho/negócios, espiritualidade, etc. Embora não mensurável é possível obtermos um feedback real do nosso estado de equilíbrio permitindo-nos ganhar mais consciência de nós mesmos. Compreender o valor dos opostos [YinYang] e de como integrá-los são pequenos grandes segredos que se vão desvelando, acedendo deste modo à sabedoria que o Feng Shui encerra.

nia é a grande proposta da prática do Feng Shui e cabe apenas a cada um de nós fazermos essa escolha. Então, de uma forma muito simples [contudo não simplista] poderíamos definir Feng Shui como sendo a ciência e arte de organizar a vida do Homem de acordo com as forças da natureza. Entre neste fluxo.

Alcide Gonçalves Arqª Paisagista e Consultora de Feng Shui

Go With’ Flow _ Feng Shui Consulting https://www.facebook.com/livetao

Vivermos em plenitude e experienciarmos uma vida em equilíbrio e harmo43


Rute MaluMa O Tarot do Amor

Texto: Paulo caetano Fotos: José maria frade

Num requebro da Pensão Amor, duas velas ardem em cima de uma mesa coberta por um pano escarlate. Naquele recanto discreto e acolhedor, Rute Maluma é o centro das atenções. À sua frente está alguém que não conhece, um anónimo que aproveitou a noite de sexta-feira para beber um copo naquele espaço do Cais do Sodré, em Lisboa. Sentada numa velha cadeira de madeira, com um copo com água à sua fren44

te, “para canalizar as energias negativas”, Rute manuseia um usado baralho de cartas de tarot. Ar compenetrado e pensativo, as cartas saem das suas mãos para a mesa em gestos fluídos, sem hesitações. As palavras brotam rodeadas de uma áurea. Pausadas, mas ganhando vida e forma ao saírem da sua boca. Quem as ouve, acena com a cabeça, abre mais os olhos em jeito de incredulidade. Como se Rute estivesse

a tocar nas cordas certas, nos pontos sensíveis. No final de cada sessão, há que retomar o fôlego. Restabelecer as energias. Rute Maluma recolhe as cartas, mas não se separa do velho baralho. “Gosto muito deste instrumento de trabalho. Restringe o que é para comunicar e funciona como se fosse uma dança. É sagrado para mim”.


Os dedos esguios acariciam as cartas. Este é o seu baralho preferido. As suas cartas da sorte. Aquelas com que Rute se sente mais à-vontade, tem mais empatia. “O tarot não são as cartas, são os símbolos e as suas interligações. Mas é fundamental teres afinidade com o baralho que escolhes”, explica. Esta venerada arte de adivinhação chegou cedo à vida de Rute. Mas o grande salto aconteceu quando conheceu um amigo especial, que deu novo sentido à sua vida e a ajudou a aprofundar a sua sensibilidade à leitura dos símbolos. Depois, quando começou a lançar cartas na Pensão Amor, a paixão instalou-se para nunca mais a abandonar. Chegar até aqui não foi fácil. Desde miúda que Rute se sentia deslocada, tinha dificuldade em viver e entender a nossa sociedade. Não se adaptava. Como se uma voz interior a despertasse e ela não soubesse o que fazer com isso. Virou-se, de início, para a psicologia e a filosofia. Só que não foi suficiente. A partir daí, a sua busca pelo entendimento foi um percurso sinuoso e solitário. Estudou arte, dedicou-se à dança, viajou pelo mundo. E descobriu, entre muitas outras coisas, o tarot.

O tarot de Rute é apenas um vértice de um complexo triângulo, que também inclui a dança e a pintura. E esta última é lhe tão necessária como o oxigénio que respira. “As minhas pinturas têm um objectivo mágico, para além da sua estética ou estilo pessoal. São uma arte de serviço, bem como o tarot”, diz com um sorriso, para logo acrescentar: “Quando me disponho a pintar uma pessoa, vejo em que mundo, em que lugar está agora, e para onde quer ir. Quando pinto uma pessoa, apenas me interessa pô-la em contacto com a sua própria alma. Devolver-lhe a sua alma.” E, para que não restem dúvidas, Rute Maluma aprofunda a sua explicação: “Quando pinto, não me interessa minimamente o que de menos positivo a pessoa tem. Só me interessa o seu potencial. O meu único objectivo é fazê-lo sentir através da pintura. De certa forma, através de um espelho. Que lhe devolve o melhor de si”. Já no tarot, o fundamental não é tanto o olhar sobre o outro, mas a dialéctica que se estabelece. A comunicação entre dois seres, entre aquele que emite e aquele que recebe e interpreta. “É a palavra que nos une”, explica Rute.

A dança é o contraponto destas duas artes. É o equilíbrio. Começou há muitos anos quando abandonou a ginástica rítmica que praticava na adolescência e se dedicou ao estudo das danças orientais. Foi até ao Egipto tentar alargar os seus horizontes, descobrir outros caminhos. Aprendeu a desenhar as suas coreografias. Dançou na rua e organiza workshops. “É uma outra forma de expressar a magia”, diz ao esboçar um sorriso. 45


FLASHES Formações e eventos no Espaço

Pétalas Cósmicas

Contactos: 211561754 | 929084049. Email: yogamilpetalas@gmail.com

TÉCNICA XAMÂNICA DE CURA DOS ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS “O GRANDE MISTÉRIO QUE VEIO DO CÉU”

VIVÊNCIA ESPECIAL DA ÁRVORE DA VIDA JIN SHIN JYUTSU

À DESCOBERTA DA 5ª PROFUNDIDADE DIAS 16 e 17 de MAIO das 10 às 18 Por Matthias Roth

O encontro de dois dias de estudo de Jin Shin Jyutsu, orientados pelo instrutor alemão (que fala português), estará aberto aos estudantes que já frequentaram o curso de auto ajuda assim como aos que participaram no seminário básico de cinco dias.

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DIA 20 de MAIO das 19 às 23 horas Por Inês Rodrigues O. Souza Vivência profunda associada às descobertas e ensinamentos dos russos Arcady Petrov, cientista Ph.D. e autor de mais de 25 livros, e Grigorij Grabovoi, matemático, paranormal, cientista da Academia de Ciências da Rússia, que tem usado frequências numéricas para mudar consciência e matéria. Podemos materializar tudo o que precisamos: saúde, felicidade, amor, prosperidade e muito mais. Nesta vivência da Árvore da Vida, se estivermos receptivos à cura, é possível obter resultados significativos.

DIA 22 de MAIO Por Inês Rodrigues O. Souza Trata-se uma cura simples e de rápida e fácil aplicação na coluna vertebral. Esta técnica foi passada ao Dr. Decker - médico quiroprático - pelos Índios norte-americanos com quem passou uma temporada e aprendeu muitas lições de grande riqueza terapêutica e energética. Aqui citamos alguns dos benefícios mais significativos da técnica: Excelente complemento de massagens, fisioterapia e similares; massagem suave e estimulante na área da coluna vertebral; campo de força espiritual e energética; vitalidade potencializada; coluna vertebral equilibrada; saúde, harmonia e vida feliz; manifestação de projectos abundantes; resultados concretos em pouco tempo!


HUMOR NA MÚSICA, MÚSICA COM HUMOR

SOLIDARIEDADE COM A ASSOCIAÇÃO ENTRE-GATOS

DIA 7 DE JUNHO DAS 9.30 Às 18.30 Durante todo o dia vários terapeutas estarão disponíveis para consultas e ou sessões de Reiki, Lifting Facial, Mesa Radiónica, Conversas

com Animais, Massagem de Relaxamento e de Tarot. As receitas, em dinheiro, comida para gatos ou areia reverterão a favor da Associação Entre-gatos que nas suas instalações dá guarida a várias gatos adultos e a gatos bebés. Associemse a este evento. Tudo uma boa causa.

DIA 29 de MAIO às 21.30das 19 às 23 horas Por João Morales Depois da sessão dedicada a exemplos portugueses, é tempo de partir além-fronteiras. Ao longo de 150 minutos, iremos encontrar diversos exemplos das relações entre o humor e a música, em diferentes estilos musicais, idiomas, épocas e contextos. Uma selecção de imagens e sons que vai fazer rir e sorrir, ao mesmo tempo que recupera artistas esquecidos, revela alguns obscuros e surpreende com a boa disposição de alguns bem conhecidos.

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Lince Ibérico As ameaças mortais: da falta de coelho às incompetências políticas Reportagem: Paulo Caetano 48


CRIAÇÃO EM CATIVEIRO Em 2003, o Ministério do Ambiente espanhol e a Junta da Andaluzia assinaram – debaixo de fortes pressões internacionais para se entenderem – um convénio de colaboração para a aplicação da Estratégia Nacional de Conservação do Lince. Com esse instrumento legal aprovado, convidaram Astrid Vargas, de 42 anos, para directora do programa de conservação “ex-situ” (reprodução em cativeiro) e coordenadora de todos os centros de cria. Astrid, bióloga e veterinária, tinha provas dadas nesta matéria. O convite foi aceite e a especialista definiu claramente o que pretendia atingir: “O meu maior desafio é criar linces que sejam fisicamente saudáveis, que tenham um comportamento natural, que sejam psicologicamente fortes, de forma a poderem ser libertados na natureza”.

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Os projectos de conservação dos linces ibéricos foram discretamente metidos na gaveta há mais de duas décadas. Os meses arrastaram-se lentamente e transformaram-se em anos. Demasiados anos. Com o passar do tempo, os dossiers tornaram-se bolorentos. Amareleceram. Ganharam mofo. Criaram camadas e camadas de pó. Fora dos gabinetes ministeriais, longe das secretárias dos decisores políticos nacionais e locais, os linces iam definhando. Morriam à fome, por falta de coelho. Pereciam atropelados, no interior de territórios ancestrais rasgados por rápidas vias de alcatrão. Finavam-se perseguidos pela cobiça humana e pela falta de coragem de quem podia decidir o seu futuro.

A Estratégia Nacional para a Conservação do Lince Ibérico, longamente debatida e aprovada em Espanha no ano de 1999, onde já se previa a reprodução em cativeiro, nunca mais saía do papel. Enquanto as discussões se sucediam, e apenas em 10 anos, a espécie sofreu um declínio de 85 por cento, extinguindo-se localmente em Portugal, na Extremadura espanhola e em Castela. Em 2002, os especialistas estimavam que sobreviviam apenas 150 a 200 linces ibéricos em liberdade – tendo sido classificado como o felino mais ameaçado do planeta. A vergonha deve ter atingido todos aqueles que, em Portugal e Espanha, tiveram cargos decisórios ao nível da Conservação da Natureza.

Portugal, onde o lince ibérico esteve presente até há muito pouco tempo, também foi convidado a integrar este programa de reprodução em cativeiro. Infelizmente, por aqui, a situação assemelhava-se a uma anedota. Quando era ministro do Ambiente, José Sócrates deu luz verde para a construção da Barragem de Odelouca – onde, segundo os dados da época, ainda sobreviviam vários linces ibéricos. Os trabalhos de construção do mega-empreendimento – desnecessário para o abastecimento de água potável para as populações, mas fundamental para os contabilistas de obras públicas - destruíram habitat essencial para o felino mais ameaçado do mundo e ditaram o seu desaparecimento da zona. Indignada, a Liga da Protecção da Natureza (LPN) colocou o Estado português em tribunal e a União Europeia suspendeu os financiamentos comunitários à Barragem de Odelouca. Ao fim de uns anos de intensas negociações de basti49


dores, conseguiram-se desbloquear os dinheiros europeus necessários para a continuação da obra. O mesmo José Sócrates, já como primeiro-ministro, comprometeu-se a construir em Silves – onde tinha mandado destruir habitat natural precioso – um zoológico para criação de linces em cativeiro. Uma caricatura do que existia: em vez de extensas zonas de montado e matos mediterrânicos prenhes de vida e biodiversidade, a povoação algarvia ganhou umas jaulas em cimento e ferro forjado – que faz as delícias dos autarcas da região. E, num gesto adicional de boa vontade, o primeiro-ministro ainda decretou que essas medidas compensatórias, para o crime ambiental que tinha autorizado, fossem pagas por dinheiros públicos através da empresa Águas do Algarve. 50

O Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico recebeu os primeiros linces, graças a um protocolo de colaboração com Espanha, e obteve os primeiros partos em cativeiro em 2010. Em Dezembro de 2014 e até Março de 2015 foram libertados dois casais. Infelizmente, duas semanas após a última libertação, um infortúnio demonstrou a fragilidade de todo este programa. Uma das fêmeas libertadas foi encontrada morta, desconhecendo-se ainda as causas do óbito.

CONSERVAR O HABITAT, SALVAR O LINCE

O futuro é incerto. Uma incógnita. Como salvar da extinção – acto único e irreversível – pouco mais de 150 animais? Como garantir a continuidade, em liberdade, de um número tão es-

casso de exemplares? Como combater a fragmentação dos habitats e a perturbação causada pelas actividades humanas? E, principalmente, como lutar contra o desaparecimento das suas presas? Como conseguir que os coelhos voltem


elevadíssima entre os juvenis durante os meses da dispersão, quando abandonam a figura tutelar da mãe e procuram novos territórios e parceiros. Trata-se de exemplares quase adultos, com a aprendizagem social já realizada, que acabam por morrer à fome, atropelados, vítimas de caçadores furtivos ou de lutas mortais com outros animais da mesma espécie”, explica Francisco Palomares, que logo adianta: “Em vez de deixar morrer esses espécimes, que são preciosos para a conservação, devíamos capturá-los e soltá-los em territórios potenciais de lince. Seria uma acção com grandes possibilidades de êxito e de baixo custo… além de salvar vidas”. O principal problema é que a deslocação de juvenis obrigaria, de facto, as autoridades a intervirem nos territórios, a recuperarem os montes, a impedirem a constante devassa de terras e – eventualmente – travaria muitos empreendimentos turísticos e novas vias de alcatrão. E ninguém tem muita vontade de assumir esses compromissos… a repovoar os montes ibéricos? – São estas as dúvidas, os desafios, com que se confrontam quotidianamente todos aqueles que estão empenhados em salvar esta espécie emblemática, para lá dos holofotes mediáticos. Francisco Palomares ainda não perdeu a esperança de salvar os linces que vagueiam livres nos bosques. Mas este prestigiado investigador espanhol – e uma das figuras de referência da Estação Biológica de Doñana – sabe que não existem respostas simples, nem verdades absolutas. Conhece cada um dos obstáculos – e o poder dos lobbies associados. E, ao falar sobre este tema, não consegue esconder o desânimo e a revolta. Sobretudo a revolta. “Pode ser demasiado tarde para o lince”, alerta. A sua preocupação é justificada. Desde

1983 que Francisco Palomares acompanha os censos à população de linces e constata que a regressão é constante. A sensação de impotência não o abandona há duas décadas. Quando olha para trás, para as promessas por cumprir, para tudo o que ficou por fazer, dificilmente se contém: “Só se fala. Fala-se do mesmo há 15, 20 anos. Ninguém intervém seriamente no terreno e a espécie ressente-se dessa incúria”, desabafa. Francisco Palomares sabe do que fala. E tem propostas concretas. Ideias que defende há muito tempo. Baratas, simples e eficazes, garante. “Existe uma taxa de mortalidade

Claro que esta proposta, não é milagreira. Não resolveria, de uma assentada, todas as ameaças que rondam esta espécie. Mas poderia começar a fazer a diferença. E abrir a porta para a resolução de outros problemas, como a escassez de coelhos. “Sem essas presas, os linces estarão irremediavelmente condenados. Infelizmente, nesta matéria, só temos assistido a alguns esforços pontuais que dão poucos resultados. Acima de tudo, falta um plano de investigação eficaz a longo prazo… e a inevitável vontade política. Sem isso, nada mudará”, lamenta o cientista espanhol.

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Conhece as Terras de Diatomรกceas? 52


A desparasitação interna e externa eficaz de animais domésticos e de companhia representa uma das grandes preocupações hoje em dia, quer em ambiente rural, quer urbano. Os parasitas ameaçam com pragas cada vez mais resistentes aos desparasitantes de síntese química e as novas moléculas desenvolvidas apresentam um potencial de risco tóxico na saúde dos animais, ambiente e humanos co-habitantes que não deve ser ignorado. É importante a divulgação e conhecimentos de produtos e estratégias naturais e eficazes de controlo parasitário para que a saúde pública, comunitária, ambiental e individual fique o mais possível salvaguardada de tóxicos desnecessários.

Terras de Diatomáceas

naturalmente eficaz! As terras de diatomáceas são reservas de sedimentos de fósseis de algas de diatomáceas que constituíam o fitoplâncton de lagos do período câmbrico da classificação das eras geológicas da Terra, hoje em dia extintos, e cujos depósitos de sedimentos contêm as diatomáceas. As diatomáceas possuem uma camada naturalmente fina de sílica e apresentam formas de tubos espiralados e espiculados.

O sedimento colhido apresenta-se sob a forma de um pó de granulação muito fina, e pode ser de três tipos principais, a cinzenta, a castanha e a branca, esta última purificada para uso interno, podendo ser ingerida. As terras de diatomáceas ou diatomito contêm uma porção natural de argilas junto com os óxidos inertes naturais que a compõem. O principal óxido na sua composição é o óxido de sílica mas um amplo espectro de minerais está presente na sua composição natural, dando às terras de diatomáceas as características de um excelente suplemento mineral natural e integral.

Quais as funções e características das terras de diatomáceas? A função mais conhecida é a de biocida (inseticida) de contato, pelo fato de que as partículas do pó fino aderem ao corpo dos insetos por contato, onde atuam removendo a cera epicuticular, favorecendo perda de água e provocando morte por desidratação. Trata-se de um produto seguro para o utilizador e de efeito inseticida duradouro, pois não perde eficácia ao longo do tempo, nem cria resistências 53


por parte dos parasitas, devido ao seu modo de atuação mecânica e não química. As terras de diatomáceas, pelo seu modo de ação biofísico, são eficazes no controlo de parasitas internos e externos em humanos e animais e de pragas em ambiente e agricultura. Além da ação importante e eficaz no controlo de pragas e parasitas, a terra de diatomáceas é também reconhecida pelo seu importante papel como suplemento mineral devido ao elevado conteúdo em óxidos inertes dos principais minerais que constituem os organismos animais e vegetais e a minerais vestigiais (oligoelementos), igualmente importantes na manutenção do metabolismo e respiração celular saudáveis. De entre estes óxidos destacam-se o óxido de sílica amorfa e o óxido de cálcio, os quais tornam o produto num importante suplemento para animais e humanos com

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condições e patologias articulares degenerativas e inflamatórias. As argilas presentes na sua composição permitem, por outro lado, a ação de fixação no intestino de metais pesados, como o metilmercúrio e o chumbo, de toxinas intestinais como as endotoxinas produzidas por E. coli patogénicas, de moléculas tóxicas como as piretrinas, muitas vezes presentes no pêlo dos animais depois de aplicação das pipetas e coleiras desparasitantes e que são ingeridas após a lambedura do pêlo. E outros como vírus (incluindo poliovírus), resíduos de pesticidas organofosforados, resíduos de drogas e de proteínas, incluindo as toxinas proteicas produzidas por algumas infecções intestinais. Tornando o suplemento de Terras de Diatomáceas ainda mais interessante nas suas funções na saúde geral, sabemos que promove uma regularização

do trânsito intestinal, um efeito pré-biótico da flora intestinal e um suave detox ao corpo; estimula o metabolismo básico orgânico, melhora o apetite e aumenta a eficácia da digestão das proteínas; favorece o crescimento em jovens e melhora o estado de saúde geral em adultos; permite um sono mais reparador e descansado, entre outras características.

Uso externo das terras de diatomáceas em animais Vamos agora explicar um pouco mais a sua ação biocida natural sobre pragas e parasitas externos. O fino pó espiculado das terras de diatomáceas adere com muita facilidade às cutículas externas de insetos e parasitas. Provoca abrasão da cutícula, remoção das ceras protetoras e o parasita ou inseto desprotegido desidrata e perde os fluidos internos com facili-


que as temperaturas mínimas voltem a descer e a reprodução dos parasitas e a sua atividade e metabolismo base estejam mais reduzidas. Para quem se encontra com dificuldade constante em controlar o número e a presença de parasitas nos seus animais e ambientes, aconselhamos o uso das terras de diatomáceas semanalmente, durante pelo menos 8 a 12 semanas, reforçando as aplicações nos animais e ambientes. Pela sua ação desidratante, têm um potencial excelente na desidratação e controlo ambiental de ovos e larvas dos principais parasitas como a pulga, permitindo que, a cada ano de aplicação, o ambiente doméstico se encontre mais protegido relativamente a surtos e pragas.

Uso externo das terras de diatomáceas no ambiente e agricultura dade. Outra ação decorrente das finas partículas do pó é a obstrução dos espiráculos respiratórios das pragas e igualmente a dificuldade de locomoção decorrente da presença de partículas do pó aderidas às zonas articulares das mesmas. Deve ser aplicado utilizando máscara facial para que não inale partículas do mesmo em grande quantidade pois pode ser irritante para as vias respiratórias, uma vez que as mesmas são revestidas de uma mucosa sensível à desidratação, e pode provocar tosse ou sensação de irritação se inalado em grande quantidade ou regularmente. Todas estas ações conjuntas permitem a ação eficaz destas terras e faz delas um excelente recurso inseticida e biocida contra pulgas, carraças, carrapatos, piolhos, ácaros, fungos e mesmo insetos voadores como moscas e mosquitos transmissores de doenças para os nossos animais.

A partir desta altura do ano, quando começam os períodos de calor e se dá a subida das temperaturas mínimas, sugerimos de imediato uma aplicação de terras de diatomáceas em pó sobre os ambientes, camas e locais onde os animais permaneçam mais tempo ao longo do dia. Nos animais nunca deve ser aplicado sobre o pêlo ainda húmido ou diluído em água, pois o seu efeito desidratador das pragas pode ser reduzido nestas condições. Apesar de ser um agente de desidratação de pragas, pode ser aplicado com segurança sobre o pêlo e pele dos animais, pois nestes não provoca desidratação nem irritação da pele ou do pêlo. Assim que haja necessidade, o pó de terra de diatomáceas deve ser aplicado sobre o corpo do animal, em toda a sua extensão e, se habitar uma zona de risco mais elevado para a presença de parasitas, deve reforçar as aplicações entre 2 a 3 semanas de intervalo, até

Em pragas domésticas, a sua ação é evidente no controlo ambiental de formigas, bicho-de-conta, baratas, centopeias, bichos-tesoura, seribogas, entre outros. A maior vantagem é que, depois de aplicado nas superfícies não apresenta toxicidade para pessoas, animais ou crianças, quer dentro de casa, quer se aplicado em varandas ou jardins. Apesar do seu bom potencial e resultados já divulgados exaustivamente para agricultura, o efeito biocida do pó tem o seu efeito máximo em ambientes secos, uma vez que atua promovendo a desidratação das pragas. Em contato com humidade o seu potencial desidratador diminui e consequentemente é expectável uma diminuição da eficácia, a qual volta a acontecer espontaneamente logo que se encontre de novo em ambiente seco. Pode ser usado em pequenas hortas, jardins ou varandas para controlo das

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referidas pragas ambientais e também das pragas vegetais como piolhos, gorgulhos, afídeos, conchonilhas, lesmas, caracóis, lagartas, entre outros. Aconselhamos a sua aplicação a seco, mas no uso agrícola poderá aplicar diluindo em água, utilizando 1 colher de sopa para 1L de água e colocando num borrifador / spray. As suas valências estendem-se à agricultura em grande escala, onde podem ser usadas como recurso biocida em agricultura biológica.

Uso Interno das terras de diatomáceas em humanos e animais O pó de terras de diatomáceas pode ser usado com boa eficácia no controlo dos principais parasitas internos de humanos e animais domésticos e de companhia, também animais exóticos e aves. 56

O seu efeito mecânico permite uma ação mecânica suave sobre a parede intestinal e o efeito de arrasto dos parasitas fixados no ambiente intestinal. Paralelamente, o seu efeito regulador da flora intestinal e nutritivo da mesma ajuda a estabelecer uma boa ecologia e reduzir o ambiente inflamatório no intestino, e a ação adsorvente de tóxicos, endotoxinas e fármacos da sua componente de argilas reforça a ação antiparasitária através da promoção de um ambiente intestinal saudável e da facilidade em arrastar para o exterior os parasitas mortos e d esvitalizados.

Para uso interno deve ser tomado com líquidos, mantendo uma regularidade ao longo do ano para que possa obter os melhores benefícios quer para a sua saúde, quer para a dos seus animais. As terras de diatomáceas são aprovadas como aditivo alimentar para a produção animal biológica internacionalmente.

Este efeito suave de regulação e limpeza intestinal permite um detox natural de toxinas e a melhoria de sintomas associados a alterações metabólicas como regularização dos ciclos do sono e manutenção de um sono reparador, e contribuição para a regulação dos níveis de tensão arterial colesterol, diabetes e outras alterações do metabolismo geral.

Dinora Xavier Medicina Veterinária Holística Saúde Animal Natural www.veterinariaholistica.net www.terraancestral.pt


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POR ANA ISABEL NEVES

Sobre a criatividade e outras humanidades Está em todo o lado! O apelo do momento é para uma actualização radical ao que somos – sê positivo quando antes eras naturalmente preocupado, sê poupado quando antes não reparavas no desperdício, sê empreendedor quando antes trabalhavas para outros. De um momento para o outro surgiu uma urgência, que identifico em todas as pessoas com que falo, de ser diferente. Mas como podemos criar e recriar-nos de um dia para o outro? Que processo preside a esta capacidade de encontrar novas formas em nós? A resposta está na criatividade. A fabulosa capacidade humana de fazer alguma coisa onde antes não havia nada. A Criatividade pela Criatividade foi o tema de uma conferência no Auditório do Oceanário de Lisboa no passado dia 9 de Abril, inserida no ciclo de conferências human habitat e conduzida por Karim Benammar. Desde sempre que o homem tem capacidades criativas. Circulamos por uma cidade e à nossa volta existem marcas da criatividade humana – edifícios, automóveis, aparelhos. Também a natureza está cheia de marcas da nossa capacidade de criação, desde os campos arados às espécies vegetais modifi58

cadas. O orador da conferência refere o caso dos porcos que não sobreviveriam em ambiente selvagem. Eu recordo-me das minhas aulas de química orgânica e do meu professor referir que se provássemos uma alface como ela era originalmente, provavelmente adoeceríamos de tão ácida que era. A todo o momento criamos coisas novas e recriamos o que foi anteriormente criado. Mais recentemente cruzámos a fronteira da vida e começámos a recriar a vida. Podemos agora interferir no código genético humano e de outras espécies. A ideia de que sendo humanos e exercendo uma das nossas mais intrínsecas características – a capacidade de solucionar problemas – faz de nós criadores “playing God” (a fazer de Deus) não deixa de ser curiosa. Nesta perspectiva, a criatividade aproxima-nos de Deus (ou do que se lhe queira chamar). Realça Deus em nós. Será essa a centelha divina que nos dá a capacidade de fazer alguma coisa onde antes havia nada? O facto de sermos homo creators faz de nós seres divinos? Ou será que é por sermos seres únicos que temos capacidades criadoras?

A par com a capacidade criadora vem a responsabilidade com o que criámos. Há arrogância no uso da capacidade criadora? Como a empregamos? Se a criatividade em si é neutra, a aplicação que lhe damos tem sempre um potencial bom ou mau. A linguagem e a escrita são resultados bons da criatividade. A bomba atómica é má. Os plásticos são bons enquanto novo material, mas maus no que diz respeito aos resíduos que deixam. A criatividade tem sido o motor da evolução humana. Com ela temos criado e recriado culturas e civilizações. E é também a criatividade que preside à solução das crises. Quando o modelo aplicado não dá mais resposta devemos procurar outro estado de coisas. Criar um novo modelo de organização. É nesse ponto em que nos encontramos, à procura de uma nova forma de estar e de funcionar em sociedade. Cabe a todos nós dar resposta a este apelo. Cada um de nós deve contribuir para um projecto que nos faça sentido. Dar sentido à vida passa pelo envolvimento numa causa criadora com a qual nos identifiquemos. E de causa em causa, de criação em criação, o mundo avança e nós vivemos. Criativamente.


canção de amor Sempre gostei do som do piano. Da intensidade batida nas teclas e da reverberação das cordas. Por esta razão, gostei quase de imediato da música dos A Great Big World & Christina Aguilera Say Something. Gosto da cadência e das pausas e de ouvir a vibração das cordas do piano. Há dias ia com a minha irmã no carro e comecei a trautear esta música. A minha irmã pediu-me quase de imediato que parasse – É muito triste essa canção. Eu perguntei-lhe se ela não gostava do piano ao que ela responde – De piano gosto, do que não gosto é do que eles dizem e do ritmo lento da música. E o piano só agrava. Parecem marteladas no coração! Eu nunca tinha prestado muita atenção ao que a letra verdadeiramente quer dizer e por isso, quando cheguei a casa, fui pesquisar. Entre outras coisas, a canção diz “Say something I’m giving up on you” – diz alguma coisa estou a desistir de ti “I’m sorry that I couldn’t get to you” – lamento não ter sido capaz de chegar até ti A canção é sobre o adeus. É sobre as despedidas numa relação. É sobre alguém que tem de desligar-se do objecto do seu amor.

A propósito de Vénus e do amor Maria Flávia de Monseraz, uma famosa astróloga portuguesa, costuma dizer que “todas as canções de amor cantam os dramas da relação”. Ou seja, todas as canções de amor falam dos apegos e da dificuldade em deixar ir, em entender os finais. De facto, a quase totalidade das canções de amor cantam os ciúmes, a traição, o amor não correspondido e todo o tipo de desencontros entre duas pessoas que supostamente se amam. Na realidade, o amor não é isto. O amor deve ser uma via para a liberdade e não usado como controlo ou posse. Sempre que há uma separação devia haver um entendimento de parte a parte de que o tempo a dois terminou e que novas coisas virão. Para os dois. Esta consciência tornaria mais leve a despedida e evitaria todo o drama e dor à volta das separações. A minha irmã estava certa em sentir-se triste com a canção. Ela canta uma das coisas mais difíceis de fazer e que ninguém nos ensina: a dizer adeus.

A Great Big World & Christina Aguilera Say Something Lyrics | MetroLyrics Say something, I’m giving up on you I’ll be the one, if you want me to Anywhere, I would’ve followed you Say something, I’m giving up on you And I am feeling so small It was over my head I know nothing at all And I will stumble and fall I’m still learning to love Just starting to crawl Say something, I’m giving up on you I’m sorry that I couldn’t get to you Anywhere, I would’ve followed you Say something, I’m giving up on you And I will swallow my pride You’re the one that I love And I’m saying goodbye Say something, I’m giving up on you And I’m sorry that I couldn’t get to you And anywhere, I would have followed you Oh-oh-oh-oh say something, I’m giving up on you Say something, I’m giving up on you Say something 59


AULAS E TERAPIAS NA ASSOCIAÇÃO

PÉTALAS CÓSMICAS KIRYU: A ARTE DA HARMONIA E DA AUTO-CURA

Kiryu (Chi Kung) é uma arte externa e interna focada no fluir do sopro vital, do KI. É uma prática de movimentos não rectilíneos, executados em plena e profunda harmonia com a Natureza. É um encontro do praticante com a sua energia e com a energia de tudo o que o circunda.

PILATES

Este método de alongamento e exercício físico, que utiliza o peso do próprio corpo, baseia-se na anatomia humana e o seu objectivo é fortalecer os músculos que rodeiam e suportam o tronco. Melhora a postura, reduz o perímetro abdominal e promove uma maior consciência corporal.

YOGONG

Alia duas técnicas ancestrais: o Yoga e o Chi Kung que significa arte de manipular com êxito a energia. A técnica assenta as suas bases essenciais na prática de exercícios de recuperação de energia e da postura, contribuindo para a acalmia do ritmo cardio-respiratório do

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praticante, correcção de posturas, melhoria da concentração geral, aumento da auto-estima e gestão do stresse.

DANÇA ORIENTAL CLÁSSICA

Muito mais que o estereótipo da bailarina despida que faz tremer a barriga para seduzir os homens, a dança oriental é uma celebração do divino feminino que permite às mulheres tomarem consciência do corpo e exprimirem naturalmente a sua graça, com alegria e um toque de provocação. A dançar aprendese técnica, sentido do ritmo, um pouco da cultura árabe.

KUNDALINI YOGA

Trata-se de uma prática extremamente completa que concilia as componentes físicas e espirituais que nos constituem.Numa prática de Kundalini Yoga teremos, sempre, um ou mais pranayamas (exercícios respiratórios), um ou mais focos específicos de olhar, ásanas (posturas físicas, dinâmicas ou estáticas), mantras (sons específicos cujas vibrações harmonizam o nosso Ser) e Meditação.

YOGA INTEGRAL

A prática do yoga actua a todos os níveis do ser humano: físico, mental e emocional e pode ser praticado por pessoas de todas as faixas etárias. O yoga percorre todo um conjunto de técnicas que alongam o corpo, massajam os órgãos internos e as glândulas do sistema endócrino, coordenam o sistema respiratório com o corpo físico, relaxam a mente e os músculos, estimulam a circulação, aumentam a provisão de oxigénio em todos os tecidos, a vitalidade e promovem a purificação do organismo.


Medicina Tradicional Massagem Numerologia de Relaxamento Chinesa Mapa Angélico Kiatsu Osteopatia Mesa Radiónica Massagem Terapêutica Terapia dos Pares BioA espiritualidade Dien Chan magnéticos dos animais Multireflexologia Reiki EMF / Harmonização Lifting Facial do Campo ElectromagReiki com Cristais Auriculoterapia nético Humano Massagem Ayurvédica Aconselhamento Operação / Iniciação Massagem Tui Na Alimentar do Timo (terapia pleiadiana) Shiatsu Método Chan’beauté Rosa do Coração (terapia pleiadiana) Drenagem Linfática Hidrolinfa Magnified Healing Massagem de Som com Astrologia Regressão com Reiki Taças Tibetanas Leitura da Aura

RUA TEIXEIRA DE PASCOAIS, 21A/B // 1700-364 LISBOA // TEL: 211 561 754 // 929 084 049 // yogamilpetalas@gmail.com

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AGENDA | PÉTALAS CÓSMICAS MAIO DIAS 11 e 18 | das 20 às 22 horas FORMAÇÃO EM SELF COACHING Com Paula Pranto DIA 13 | 19.30 horas PALESTRA (entrada livre) CURA E HARMONIZAÇÃO – NOVAS POSSIBILIDADES Com Inês Rodrigues O. Souza DIAS 16 E 17 | 09.30/18 horas WORKSHOP DE MESA RADIÓNICA Com Inês Rodrigues O. Souza

DIAS 30 E 31 | DAS 10 às 19.30 horas CURSO DE AURICULOTERAPIA Com Fernando Ferraz

junho DIA 7 | das 9 às 19.30 SOLIDARIEDADE COM A ASSOCIAÇÃO ENTRE-GATOS Com Vários Terapeutas em trabalho voluntário

DIAS 16 E 17 | DAS 10 às 17 horas GRUPO DE ESTUDO DE JIN SHIN JYUTSU Com Matthias Roth

DIAS 13 e 14 | das 10 às 18 horas JIN SHIN JYUTSU – CURSO DE AUTO-AJUDA Com Artur Araújo

DIA 18| ÀS 19.30 horas ACTUALIZAÇÃO COM A NOVA MESA RADIÓNICA Por Inês Rodrigues O. Souza

DIAS 13, 20 e 27 | das 10 às 18 horas CURSO DE TUINA – NÍVEL 1 Com Paula Cristina Ferreira

DIA 20 | 20 horas VIVÊNCIA: ÁRVORE DA VIDA Com Inês Rodrigues O. Souza

DIA 18 | 19.30 MEDITAÇÃO ACTIVA Com António Pato

DIA 21 | 19.30 MEDITAÇÃO ACTIVA Com António Pato

DIA 21 | das 10 às 18 VIVENCIAR O SILÊNCIO E O MOVIMENTO Com António Pato

DIA 22 | 19.30 horas VIVÊNCIA: “O GRANDE MISTÉRIO QUE VEIO DO CÉU” Técnica xamânica de cura dos índios norte-americanos Com Inês Rodrigues O. Souza

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DIAS 23 E 24 | DAS 09.30 às 18 horas CURSO DE KARUNA I E KARUNA II Com Inês Rodrigues O. Souza


AGENDA | OUTROS EVENTOS maio DIAS 14, 21 e 28 | das 18.30 às 20.30 horas CURSO “4 PASSOS PARA AJUDAR NUM CAMINHO DE CONSCIÊNCIA” Facilitadora: Teresa Queiroz de Barros Local: Villa Helena – Lisboa DIAS 29, 30 e 31 MEGA CONFERÊNCIA: RESILIÊNCIA E PAIXÃO Com Gregg Braden e Bruce Lipton www.whymoments-events.com | 211978445 DIA 30 | das 9 às 19 horas II SIMPÓSIO TERAPIAS HOLÍSTICAS INTEGRADAS apthi.geral@gmail.com | 969045061

junho

DIAS 4 e 5 CURSO DE DIEN CHAN’REFLEX – REFLEXOLOGIA FACIAL Com Anna Roca Escola Portuguesa de Multireflexologia escola@multirreflexologia.pt | +351911912060 DIAS 12 a 14 “AO ENCONTRO DA MINHA PAZ INTERIOR” Parque Natural da Arrábida www.harmonizando.com DIA 20 WORKSHOP : UTILIDADE DAS PLANTAS SILVESTRES E ESQUECIDAS Por Miguel Boeiro Anadia aidosdavila@gmail.com

DIA 4 das 18.30 às 20.30 horas CURSO “4 PASSOS PARA AJUDAR NUM CAMINHO DE CONSCIÊNCIA” (continuação) Facilitadora: Teresa Queiroz de Barros Local: Villa Helena - Lisboa

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