Caso Clínico
Ectopia do canino superior por vestibular: considerações teóricas e relato de caso clínico Luciana Martinez*, Marli Maria Schmitt Walker**, Maria Helena Ocké Menezes***
Resumo Embora a incidência de impacção de caninos superiores seja pequena na população em geral, a freqüência desses casos na clínica ortodôntica é significante. Sua abordagem envolve o conhecimento de diversas especialidades da Odontologia, mas por ser o ortodontista quem conduz o tratamento, cabe a ele analisar a melhor alternativa terapêutica, de acordo com as características de cada caso. Via de regra, a primeira opção é posicioná-los corretamente no arco dentário, tendo em vista sua importância estética e funcional e o aumento do índice de previsibilidade do tracionamento ortodôntico, relatado pela
literatura. O objetivo do presente artigo é abordar alguns aspectos relacionados à impacção dos caninos superiores e expor, por meio de um caso clínico, o potencial de alinhamento de caninos impactados por vestibular. Porém, antes da opção pelo tracionamento, o prognóstico desta conduta deve ser definido, assim como seus riscos potenciais. No caso apresentado, observou-se o escurecimento do elemento 11, que sofreu desvitalização. A ectopia dos caninos deve ser uma preocupação para o odontólogo, traduzida em condutas preventivas e posturas práticas no dia-a-dia da clínica.
Palavras-chave: Canino superior. Impacção vestibular. Tracionamento ortodôntico. Desvitalização.
* Especialista em Ortodontia pela ABO (Curitiba/PR). Especialista em Odontopediatria pela AONP - Associação Odontológica do Norte do Paraná (Londrina/PR). ** Mestre em Odontopediatria pela São Leopoldo Mandic (Campinas/SP). Especialista em Odontopediatria pela AONP (Londrina/PR). *** Especialista em Ortodontia pelo HRAC - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (USP/Bauru).
Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 6, n. 3 - jun./jul. 2007
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