2014
Movimento +Engenharia
Magazine nº 1 Trimestral
Escolhemos o girassol como símbolo desta primeira edição. Representa o ambiente, um valor que tanto estimamos, mas também perseverança na forma como procura o sol, como fonte de energia e vida.
http://movimentomaisengenharia.blogspot.pt
2014 Movimento +Engenharia
EDITORIAL
dignificação
da
nossa
classe
profissional
perante o desafiante futuro que se nos apresenta. A alavanca do progresso deve passar pela inovação e esta acontece combinando conhecimento
e
tecnologia.
Somos
nós,
engenheiros, que melhor estamos posicionados para este desafio. Pretende-se que seja um espaço aberto, dinâmico, mas também de reflexão, em que a matriz seja trazer valor acrescentado para a Marco Afonso
Rui Sardinha
nossa classe profissional. Serve este número zero para apresentar o projeto que esperamos e desejamos atinja o maior número de colegas. O retorno, dar-nosá uma noção da realidade, bem como a perceção dos efeitos diretos e indiretos da
Jorge Araújo
Joaquim Almeida
nossa ação. Optamos por uma estrutura editorial livre onde a se aceitam sugestões e ideias para outras temáticas nas próximas edições.
Paulo Bispo
Apelamos deste modo à vossa participação neste Magazine, sendo que para tal podem enviar-nos conteúdos que considerem de interesse para o endereço de email infra.
Caros Colegas, maisengenharia@gmail.com
Se há um ditado popular que nunca perderá validade é que a “união faz a força” e a força cria sinergias, as sinergias constroem ideias e as ideias dão lugar às ações. Este projeto é movido por uma causa; criar um espaço de opinião e divulgação das temáticas do movimento Mais Engenharia (+E), pela
Estaremos ao vosso dispor para qualquer esclarecimento ou ajuda.
2014 Movimento +Engenharia
Índice
Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020 em Debate
3
Revalidação de diplomas – Brasil
5
Engenharia Geográfica -Uma engenharia que dá mundos ao mundo
7
Uma Ordem dos Engenheiros com Mais Energia
10
Impacto das alterações climáticas nos sistemas de abastecimento de água 11 Energia e sustentabilidade: o papel do engenheiro
13
Segurança na cloud
15
Alterações previstas no âmbito das Instalações Elétricas do tipo C
17
Classificados
19
2014 Movimento +Engenharia baixos da economia mundial; presentemente estamos numa cava. A ENM aponta para a necessidade de reestruturação; pensamos que se devem estudar os exemplos espanhóis (Navantia) e franceses (DCN) de associação com os construtores de navios militares. Entre nós, a solução Empordef não resultou. O VAB
Óscar N. F. Mota Engº naval e mecânico oscarnfmota@netcabo.pt
das construções não excede os 40% (3)
Economia Azul – Que Rumo? 2013--2020 em Estratégia Nacional para o Mar 2013 debate.
Indústrias auxiliares – Fabricantes de
materiais e equipamentos navais, que numa nova construção atingem 50% ou 60% do seu custo. Apesar da pequenez do nosso mercado existem alguns casos de grande sucesso: a Fundilusa (Vª Nova de Cerveira) que fabrica
Porquê Industria Naval? Naval?
hélices de grandes dimensões para todo o Face
ao
relativo
silêncio
da
Estratégia
mundo e a Euronavy, fabricante de tintas cujo
Nacional para o Mar (ENM), pareceu-me
sucesso
se
necessário começar por minimamente explicar
continentes.
o que é a indústria naval.
(4)
Consideremos os seguintes ramos:
classificação,
espalha
também
por
vários
Serviços intangíveis – sociedades de projetistas,
produtores
de
software variado, etc.; constituirão 10 a 15% Reparação – Atividade em que o valor
do custo; são a parcela de maior valor
acrescentado do estaleiro naval facilmente
acrescentado. Podemos incluir aqui a EDI e a
atinge os 85 ou 90%. A Lisnave teve um
EDISOFT
renascimento que é um case study a nível
eletrónico e software), a Rinave (sociedade de
mundial e os ENVC tiveram durante anos
classificação
sucessivos
nas
nacional), a TecnoVeritas (recente vencedora
reparações (mas mais de dois decénios de
de um prémio internacional de prestígio).
prejuízos nas construções). O VAB/capita na
Temos um excelente conjunto de técnicos,
Lisnave em 2011 foi de k€ 81,4, contra 25,8 da
sobretudo engenheiros navais (helas, algumas
indústria naval em geral (ver tabela A1 dos
dezenas a trabalhar desde a Noruega e a
indicadores socioeconómicos da ENM) e 37,0
Alemanha, até Singapura e à China); assim
para a economia do mar globalmente (o que se
eles tenham a oportunidade de se afirmar e de
pode deduzir da exposição do Diretor Geral da
inovar.
(1)
muito
bons
resultados
(fabricantes notável
de para
equipamento a
dimensão
Política do mar). Mas o caso da Lisnave é uma exceção por várias razões
Respondamos então à pergunta: porquê as
(2)
construções?
Construção - Tem preços muitíssimo
dependentes dos fretes pagos aos armadores, que têm variações exponenciais com os altos e
2014 Movimento +Engenharia Antes de mais, temos os navios militares, de que precisamos por razões de segurança (safety e security): o Navios não combatentes, digamos que com funções de guarda-costeira (incluindo patrulha oceânica), que podem e devem ser projetados e construídos em Portugal o Navios de combate, isto é, fragatas e submarinos - de cada conjunto o primeiro deveria ser construído no estrangeiro e os restantes em Portugal; são falaciosas as razões apontadas para justificar as oportunidades perdidas nos últimos 50 anos. • Também por razões de segurança deveriam ser reservadas para a indústria nacional as embarcações destinadas às ilhas adjacentes. • O desenvolvimento inevitável do offshore (só não sabemos quando) obrigará a projetar e a construir navios de pesquisa e de exploração, além de uma miríade de navios de apoio a plataformas (construção e manutenção); se assim não fizermos, veremos os outros a ocupar as nossas posições e será impossível controlá-los. •
Passando à pergunta sobre o que falta na Estratégia Nacional para o Mar. A resposta será dada por uma associação personalidades diversas com a Associação das Indústrias Navais, a Ordem dos Engenheiros (Colégio Naval) e a Fundação Empresarial para a Economia do Mar Podemos desde já apresentar algumas ideias: (1) Necessidade de legislação adequada – Não temos legalmente navegação interior (ao contrário, por exemplo, da Irlanda) o que não nos permite beneficiar de derrogações em relação à regulamentação
europeia; as concessões do domínio público marítimo para a edificação dos estaleiros são feitas em condições frequentemente danosas para a indústria; a profissão de engenheiro naval está ainda por regular (ao contrário do que sucede há muito largos anos em Espanha, França ou Itália, para ir apenas para países com semelhanças legislativas) (2) Simplificação administrativa – A falta de legislação adequada e uma prática anquilosada, originam decisões ad hoc, atrasos, incoerência (3) Financiamento – Um obstáculo seriíssimo ao financiamento de construções e à obtenção de apoios QREN, reside na descapitalização dos estaleiros navais. Para além da reestruturação já citada, dever-se-ia procurar uma solução talvez do tipo da espanhola (Pymar) (4) Reformulação da capacidade de construção – Uma parte da solução consiste na busca de uma harmonização com a Marinha de Guerra, já acenada. Recordamos que para a zona económica e para a plataforma continental precisaremos de navios patrulha costeiros e oceânicos (safety e security), navios de investigação, plataformas offshore e deep offshore, embarcações de instalação e manutenção de parques, etc. Extra A indústria naval tem importância por si mesma e ainda porque possui um valor estratégico
-
como
garante
da
nossa
independência económica e até política -, que largamente excede o valor económico direto
2014 Movimento +Engenharia que têm que ser cumpridas por todos. Podemos comparar o Brasil à Europa e cada país é um Estado Federal com Leis própriaspodem reparar que não é fácil. Primeiro de tudo só consegue revalidar o diploma que tem residência no Brasil, isto é, par ter residência tem de ter a nacionalidade
Alexandre Jerónimo Eng Civil ajaj@sapo.pt
Brasileira ou ter visto de trabalho, portanto o primeiro passo é esse: nacionalidade ou visto de trabalho!
Revalidação de diplomas – Brasil
Em segundo lugar, a revalidação só pode ser
Um dos temas muito falados neste ambiente
feita numa Universidade Federal do Estado
de crise na construção em Portugal e na
onde reside, logo terá que se deslocar a essa
Europa tem sido a revalidação de diplomas no
Universidade Federal e verificar toda a
Brasil, ou melhor as dificuldades que existem!
documentação necessária, atenção que essa
Depois de trabalhar em Portugal e em Espanha decidi em 2013 abraçar novos projetos no Brasil, mas para tal tive que revalidar o meu diploma que demorou 3 semanas e depois o Conselho
Regional
de
Engenharia
e
Agronomia (CREA) equivalente à Ordem dos Engenheiros que demorou 3 meses, aqui
documentação
tem
consularizada
(é
de uma
vir
de
Portugal
autenticação
dos
documentos por parte do consulado Brasileiro em Portugal), portanto terá que planear bem antes de viajar para o Brasil todos os tempos para conseguir os documentos e obter toda a sua validação no Consulado Brasileiro.
dizem que foi o melhor tempo conseguido! Eu
Finalmente terá que entregar a documentação,
também acho, pois nesse tempo nem é possível
pagar as taxas exigidas nessa Universidade
em Portugal, entre estágios, cursos, entre
(varia de universidade para universidade). E
outros, seguramente demora mais de 3-4
esperar…
meses. Para terem ideia a minha revalidação
O maior problema que eu vejo aqui por terras
do diploma em Espanha em 2006 demorou 10
de Vera Cruz é que muitas empresas e muitos
meses! E estamos a falar da Europa!
Engenheiros querem trabalhar no Brasil à
Uma coisa é certa, um reconhecimento direto
distância,
(que eu também não concordo, mas isso é
completamente impossível. O mais importante
outra questão…), duvido que exista nos
é estudar a cultura Brasileira e depois decidir
próximos tempos, não porque sejam os
se quer mesmo vir, e se sim, pode vir que esse
Engenheiros Brasileiros que não queiram, mas
é um dos menores problemas para resolver.
sim pela cultura e geografia do Brasil.
Existem
Mas continuando a falar da revalidação, no
profissionais que tratam ou dão assessoria a
Brasil existem um conjunto de regras e leis
esses tipos de procedimentos, se encontrar a
isso,
também
na
minha
diversas
opinião
empresas
é
e
2014 Movimento +Engenharia pessoa certa seguramente que o valor que eles cobram (que são preços elevados – mas idênticos
aos
praticados
na
Europa)
é
facilmente recuperado, pela redução dos tempos de aprovações como pela eliminação de diversos problemas que irá encontrar numa cultura muito diferente da Portuguesa e Europeia.
2014 Movimento +Engenharia O aprofundamento e o explorar de outros temas, inclusive a um nível mais cientifico, fica para próximas colaborações que aguardo entusiasticamente.
Para
já
vamos
à
Apresentação. Desde a pré-história, e mesmo antes da invenção da escrita, já o Homem estabelecia
Mário Fernandes Eng. Geógrafo mlopesfernandes@gmail.com
formas de se orientar, de “mapear” o seu espaço ou o seu domínio, formas de nortear
Engenharia Geográfica Uma engenharia que dá mundos ao mundo. Foi-me
lançado,
Boletim/Jornal Engenharia,
pelos do
o
responsáveis
Movimento
repto
para
do
as suas buscas de alimento, e até formas de timonar as descobertas de novos espaços. Todas estas formas eram extremamente
Mais
falar
da
especialidade de Engenharia Geográfica. De pronto aceitei pela empatia que tenho pelo movimento e em especial pelo carinho e a paixão que tenho por esta disciplina de engenharia. Trata-se uma especialidade repleta de temas
Engenheiro Geógrafo executando um levantamento topográfico
para abordar, que desde sempre acompanhou
rudimentares e ao longo dos tempos foram
a evolução da espécie humana, que durante
evoluindo. Das efémeras marcas no solo, dos
os Descobrimentos ajudou os portugueses a
montes
“darem mundos ao mundo”, que nos tem
alinhamentos,
ajudado a conhecer a morfologia do nosso
passando pelas placas de argila dos sumérios
planeta e que acima de tudo é a base para
e pelos papiros dos egípcios até chegar mapas
toda
deseja
em papel ou digitais dos dias de hoje, foi uma
nessa
longa evolução. Uma evolução devidamente
a
intervenção
conscienciosa)
que
(que
possamos
se ter
mesma morfologia. Pela amplitude de temas que esta disciplina abarca optei por nesta fase fazer uma breve e simples apresentação, compreensível até para os mais afastados desta área, que lhes dê uma ligeira indicação da importância que a Engenharia Geográfica possui nas nossas vidas.
de
pedra das
com
determinados
pinturas
rupestres,
apoiada nas ciências que á sua volta geravam conhecimento como sejam a Matemática, a Física, a Geodesia, a Mecânica Racional, a Astronomia, a Fotogrametria, e a Cartografia, etc., tendo integrado mais recentemente, as tecnologias eletrónicas de Posicionamento e os Sistemas de Informação. A Engenharia Geográfica é o ramo da engenharia responsável pela aquisição e
2014 Movimento +Engenharia manipulação
da
informação
O Engenheiro Geográfico trabalha, direta ou
georreferenciada, nomeadamente no que se
indiretamente, em áreas como a Topografia,
relaciona com as técnicas de referenciação
o Cadastro e o Ordenamento, a Geodesia, a
espacial e da representação cartográfica.
Hidrografia,
A Engenharia Geográfica é a engenharia do
Aerofotogrametria,
Posicionamento, é a engenharia que para
Informação Geográfica, a Cartografia, a
além de nos dizer onde estamos e para onde
Deteção
vamos, nos explica a cada momento por onde
Posicionamento
temos que ir. Este é o concretizar do mais
Geodinâmica, entre outros.
velho dos sonhos do Homem.
A sua ampla e diversificada formação
A Engenharia Geográfica tem por objetivo o estudo,
medição
e
representação
da
a
Fotogrametria os
Remota,
académica,
Sistemas
a
e
e
de
Astronomia,
Navegação,
complementada
a
e
com
o a
uma
formação prática adequada, fornece ao
superfície terrestre, quer na sua forma
Engenheiro
tradicional
representações
adequadas à compreensão de todo e qualquer
cartográficas, temáticas ou não, em suporte
elementos relacionados com a aquisição e o
de papel) quer na sua forma mais atual
tratamento da informação geográfica, seja
(através de representações de informação
qual
digital e virtual).
extremamente
(através
de
for
Geógrafo
o
seu
as
âmbito.
alargada
ferramentas
A
formação
e
bastante
abrangente de um Engenheiro Geógrafo visa Este ramo da engenharia estuda e aplica as técnicas de observação e medição da Terra por forma a sua representação o mais precisa quanto
possível,
englobando
toda
a
informação posicional e qualitativa que tenha ao seu dispor. Para tal faz uso de métodos de aquisição de dados
por
via
terrestre
ou
espacial,
nomeadamente de satélites preparados para recolher informação acerca do nosso Planeta, quer através da “simples” observação da Terra, quer pelo Posicionamento e pela Navegação.
Antena GPS instalada no topo de Marco Geodésico
dar-lhe
conhecimentos
profundos,
e
suficientes, para este adquira um espirito crítico que o faça ter a capacidade de condução e de decisão, de forma autónoma,
Assim tornou-se ao longo dos anos uma
que lhe permita ser mais do que um simples
ciência de suporte às mais diversas áreas de
operador
estudo, nomeadamente em âmbito ambiental
abrangidos pela sua área de intervenção.
e no que se refere ao planeamento e ordenamento do território.
nos
mais
diversos
trabalhos
Para além da produção da informação georreferenciada acima referida, é missão do Engenheiro
Geógrafo
quer
apoiar
as
2014 Movimento +Engenharia entidades governativas através do apoio à
empresas ligadas à construção e apoio de
gestão de recursos e ordenamento do
grandes obras de engenharia (portos, pontes,
território, nomeadamente nas áreas da
barragens, rodovias e ferrovias);
agricultura, das florestas e ambiente e da
Na indústria nas áreas de Metrologia e
geologia;
Controlo da Qualidade; no apoio à gestão de
quer
apoiar
as
restantes
especialidades da engenharia nomeadamente
recursos
através do controlo de deformação de obras,
território utilizando técnicas de Deteção
do apoio à indústria mineira, do apoio à
Remota em imagens obtidas por satélites
construção de grandes obras como pontes,
artificiais;
barragens, autoestradas e linhas férreas.
naturais
e
ordenamento
do
Em Observatórios Astronómicos e Geofísicos
É função do Engenheiro Geógrafo planejar,
e outras instituições ligadas à Astronomia e
organizar,
Geodesia;
especificar
a
metodologia,
projetar, dirigir e fiscalizar a execução de levantamentos topográficos, levantamentos geodésicos,
levantamentos
batimétricos,
levantamentos gravimétricos, levantamentos
No Ensino Superior e no Secundário e em investigação Ciências
nas de
áreas
da
Astronomia,
Informação
Geográfica,
Fotogrametria, Deteção Remota e Geodesia;
fotogramétricos, interpretações de imagens para elaboração de cartografia e a preparação do material para a impressão com símbolos,
A
Engenharia
Geográfica
é
uma
das
Especialidades de Engenharia da Ordem dos Engenheiros, e é-o desde 1956 fruto do
legendas, formatos e cores.
processo de extinção do Sindicato Nacional De forma genérica a Engenharia Geográfica, visto ser uma disciplina que obtém, trata e analisa
informação
geográfica,
que
é
essencial na navegação e análise espacial, intervém áreas como o Cadastro, a gestão do Património Municipal, a Proteção Civil, o
de Engenheiros Geógrafos (que havia sindo oficialmente fundado em 1939). É também uma das profissões regulamentadas e que consta da Base de Dados do IEFP e da Base de
Dados
Europeia
de
Profissões
Regulamentadas.
Ordenamento do Território, o Ambiente, a gestão
dos
Equipamentos
Urbanos,
a
Educação, os Transportes, o Turismo e o Assim, profissionalmente os Engenheiros tem
variadas
opções.
Nomeadamente: em organismos públicos ou privados Topografia,
onde
existam Informação
Geográfica, devidamente reconhecida, pode ser obtida em três entidades no Pais: na
Geomarketing, entre outros. Geógrafos
Atualmente a formação em Engenharia
serviços
de
Geográfica,
Cartografia e Cadastro (Câmaras Municipais, serviços municipalizados e empresas de telecomunicações, eletricidade e gás); Em
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,
na
Faculdade
de
Ciências
da
Universidade do Porto (sob o nome de Ciências
da
Engenharia
–
Perfil
de
Engenharia Geográfica) e na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
2014 Movimento +Engenharia processos regulamentadores da profissão e na sociedade,
mais reconhecida como uma
entidade preocupada com soluções para a profissão e para o mundo. Pretendemos colaborar na construção uma profissão baseada em exigentes qualidades
Paulo Bispo Engº Eletrotécnico paulobispovargas@gmail.com
académicas, contextualizada na contínua e permanente
formação
acessível
a
todos,
promotora, na prática, de uma engenharia Uma Ordem dos Engenheiros com Mais Energia
criativa, inovadora e empreendedora. A OE, a nossa Ordem, deverá ser o catalisador
Do “movimento engenheiros à rasca” ao
de
“movimento mais engenharia”, nada mudou
Estabelecendo com organismos profissionais
mas a evolução prevista aconteceu: da frase
representativos de países de língua portuguesa,
choque, panfletária, à frase motivadora e
parcerias, mais protocolos e acordos com vista
indispensável.
à
uma
rede
alargada
internacionalização
da
da
profissão.
engenharia
portuguesa, historicamente reconhecida em Tudo
nasceu
da
iniciativa
de
vários
vários pontos do mundo.
engenheiros, provenientes das mais diversas se
Queremos trabalhar mais orientados para o
cívico,
bem comum, fincados na promoção dos
apostados em contribuir para a Valorização do
valores que sempre afirmaram a profissão de
exercício da nossa profissão. Engenheiros de
engenheiro como a mais responsável alavanca
todas as idades onde os jovens imperam.
do progresso. Exigiremos de nós o esforço, a
Estamos perante uma desvalorização evidente
abnegação e o talento para encimar a profissão
da profissão de Engenheiro e da Engenharia,
de engenheiro no topo do reconhecimento
quer a nível publico quer a nível privado, os
social.
especialidades, organizaram
que num
espontaneamente movimento
engenheiros têm que voltar a ser uma das reservas morais do país, é urgente inverter a
Assim
situação.
observadores atentos da vida dos profissionais
é
nossa
motivação,
enquanto
de Engenharia, apoiar, acarinhar e dar Queremos ajudar a construir uma Ordem dos Engenheiros que seja a Ordem de todos os Engenheiros,
inspiradora
para
os
seus
associados, mais ativa na afirmação dos seus profissionais, amplamente representativa da engenharia, mais interventiva em todos os
!
surgimento a esta iniciativa.
2014 Movimento +Engenharia maioria
das
entidades
responsáveis
pelo
abastecimento em Portugal. Se se vierem a confirmar as previsões sobre as alterações climáticas, as suas consequências na captação e na distribuição de água no futuro devem ser devidamente consideradas. Como a maioria das entidades gestoras de abastecimento não
Helder da Costa Engº Civil Helder_da_costa@hotmail.com
avaliou nem planeou o impacto das alterações climáticas, e enquanto não considerarem este problema como fundamental, o fornecimento
Impacto das alterações climáticas nos sistemas
de água às populações poderá estar em causa
de abastecimento de água
no futuro.
Instituições científicas de maior relevância
É
têm referido que as alterações climáticas estão
internacional, os estudos apresentados sobre o
a alterar o clima das regiões, principalmente o
impacto das alterações climáticas em sistemas
clima de regiões áridas e mais sensíveis à
de abastecimento de água. Em Portugal,
ocorrência de secas hidrológicas. Perspetiva-se
encontram-se
que as alterações climáticas venham a ter forte
conclusões sobre este tema. Existe já uma
impacto
hidrológicos,
investigação para a região do Algarve, que se
provocando a tendência de stress hídrico que,
focou numa análise estatística aos dados
consequentemente, vão alterar o ciclo urbano
relativos aos consumos de água do Sistema
da água. Com o clima em alteração, esperam-
Multimunicipal de Abastecimento de Água do
se efeitos no consumo da água por parte das
Algarve (SMAAA) e aos dados referentes às
populações. O aumento da procura de água e a
variáveis climáticas que caracterizam a região.
consequente disponibilidade das fontes de
Foram desenvolvidos modelos matemáticos de
captação no futuro devem ser a preocupação
projeção de consumos de água (MPCA)
do presente.
relativos a um conjunto de municípios
sobre
os
sistemas
cada
vez
mais
crescente
pesquisas
que
a
nível
apresentam
considerados representativos de toda a região. Neste sentido, discute-se se as entidades
Depois de estudados os relatórios e artigos
gestoras de sistemas de abastecimento de água
publicados
estão preparadas e munidas de ferramentas
científicas, como o IPCC e a Agência Europeia
que lhes permitam analisar, identificar e
do
adaptar aos impactos das alterações climáticas
climáticos para aplicação nos modelos de
nos consumos de água. Muito embora haja
projeção de consumos de água. Os resultados
estudos já efetuados, a política da gestão da
das estimativas preconizadas pelos MPCA,
água, sob condições de eventos extremos e de
apontam para aumentos substanciais nos
alterações do clima, tem sido fundamentada de
consumos de água nos prazos estabelecidos em
forma casuística e sem base científica pela
pelas
Ambiente,
principais
elaboraram-se
instituições 3
cenários
2014 Movimento +Engenharia todos os municípios. Em termos gerais, há um
projeções das mudanças climáticas. Não é
crescimento nítido em todas as projeções.
possível desenvolver projeções absolutamente
Registando-se os cenários apontados, esperam-
precisas de futuras alterações climáticas. No
se aumentos no consumo de água para a região
entanto, ao adotar uma abordagem flexível e
do Algarve na ordem dos 5,5%, 11,9% e 17,9%
adaptável ainda podemos planear o futuro do
para
abastecimento de água. Espera-se com estes
os
anos
de
2021,
2041
e
2061
respetivamente.
resultados, dar um contributo para as possíveis mudanças na política de gestão e adaptação,
Este estudo foi realizado para compreender
que passa pela capacidade de resposta dos
melhor os impactos das mudanças climáticas
sistemas de água face às alterações climáticas.
no SMAAA. Ele inovou na modelação dos
Fica aberta a possibilidade de potenciar
consumos de água sob os impactos das
medidas
mudanças climáticas ao nível regional e
abastecimento têm pela frente, incorporando
mostrou
este conhecimento em estratégias futuras.
a
importância
de
melhorar
a
confiança face à incerteza associada das
Barragem de Odelouca
que
as
entidades
gestoras
de
2014 Movimento +Engenharia politicamente instáveis, tal como o médio oriente. Os conflitos são muito frequentes e as várias crises petrolíferas que o mundo já viveu demonstraram que a demasiada dependência desta fonte energética pode ser extremamente problemática. Por outro lado, já são visíveis os efeitos
Rui Abreu Engº Eletrotécnico Ruiabreu123@gmail.com
preocupantes
das
alterações
climatéricas,
causadas em grande parte pelas emissões de
Energia e sustentabilidade: o papel do engenheiro A energia é desde sempre a pedra de toque da natureza e da sociedade. Vivemos um período de crescimento sem precedentes na história da humanidade. Desde meados do século XIX, com a revolução industrial que se verificam crescimentos populacionais, económicos e energéticos
extremamente
“alimentados”
em
grande
elevados, parte
pela
abundância do carvão, petróleo e gás natural. Contudo um conjunto de fatores levou a uma tomada de consciência global relativamente à problemática da energia. Os dilemas da energia As decisões a tomar quanto à política energética a seguir não são fáceis e vários dilemas se colocam perante os decisores e a sociedade em geral. Por um lado, continuamos a depender fortemente dos combustíveis fósseis, tal como petróleo e hoje em dia cerca de 33% da energia a nível global é derivada do petróleo. As reservas estão concentradas em regiões
carbono para a atmosfera, resultantes da massiva utilização de combustíveis fósseis. Cerca de 66% do consumo de energia elétrica a nível global é ainda resultado da utilização de combustíveis fósseis para a sua produção. Ao mesmo tempo que estes dilemas se colocam relativamente à produção energética, o mundo continua o seu desenvolvimento, por vezes de forma frenética, e necessita de mais energia para dar resposta às necessidades básicas de milhões de pessoas no planeta. A China duplica em cada década a energia utilizada.
Vários
países
desenvolvimento
estão
acelerado,
em e
consequentemente as necessidades energéticas aumentam por vezes de forma exponencial. Os dilemas do engenheiro Perante este cenário, os engenheiros são confrontados com um vasto conjunto de situações dilemáticas, que nem sempre são fáceis de gerir. Portanto importa refletir um pouco sobre o que deve nortear os nossos profissionais nesta matéria. Antes de mais importa realçar a importância primordial de uma conduta pautada pela ética e deontologia, capaz de aguentar as pressões, os “lobbies” e os interesses cruzados que se
2014 Movimento +Engenharia atravessam
constantemente
na
atividade
profissional do engenheiro, de uma forma
significa
que
recursos
estão
a
ser
desperdiçados.
muito vincada quando se entra na área da energia.
Finalmente uma palavra para o ensino e a formação profissional. Este novo paradigma
Na área energética considero ainda de extrema
energético necessita que os profissionais da
importância que o engenheiro tenha uma
engenharia
atuação que poderia ser designada como
tecnológica e ambiental e a transmitam à
“engenharia verde”. Significa isto que, em
sociedade. Considero que os engenheiros
todos os quadrantes e especialidades, um
podem
conjunto de princípios de atuação deverão ser
transmissores
tomados em linha de conta quando se realizam
simultaneamente agentes de mudança, de
atos de engenharia.
modo a atrair juventude com talento para esta
adquiram
assumir
esse de
uma
papel
consciência
de
veículos
conhecimento
e
área disciplinar tão fundamental para a Numa fase de conceção e projeto, é importante
humanidade. Estou confiante que uma Ordem
fazer um esforço para que, de uma forma geral
dos Engenheiros proactiva e com mais
todas as conversões energéticas tenham a
visibilidade na sociedade dará um contributo
menor agressividade possível para o ambiente.
decisivo para, em última instância, tornar o
Ao mesmo tempo ter em mente que é muito
nosso planeta mais sustentável.
melhor prevenir a emissão de resíduos perigosos do que fazer a sua remoção ou tratamento no futuro. Quando pensamos em fontes de energia alternativas, estes princípios assumem
primordial
importância,
nomeadamente nas opções da energia nuclear, na conceção das redes elétricas do futuro ou na mobilidade, para citar alguns exemplos. Outro aspeto basilar será a eficiência, não somente
energética
(fruto
de
muita
preocupação atualmente, embora nem sempre da melhor forma e pelas melhores razões), mas de uma forma abrangente, onde se pensam ao nível dos produtos, dos processos e dos sistemas,
procurando
a
maximização
da
eficiência da massa, da energia, do espaço e do tempo
de
forma
sistemática.
Se
um
determinado sistema é concebido, usado ou aplicado abaixo da sua máxima eficiência,
2014 Movimento +Engenharia ano
a
CSA
disponibilizou
(Cloud um
Security
Alliance)
interessante
estudo
(https://cloudsecurityalliance.org/download/th e-notorious-nine-cloud-computing-topthreats-in-2013/) que refere as 9 principais ameaças do Cloud Computing, estes são: Sergio Silva Engº Informático gomessilva44@gmail.com
1 – Violação de Dados (Data Breaches) 2 – Perda de Dados (Data Loss) 3 – Ataque/sequestro de contas (Account
Segurança na cloud
Hijacking) Como já nos devemos ter deparado nos últimos tempos, existe uma crescente oferta de serviços em Cloud, sendo que, no contexto
4 – APIs Inseguras (Insecure APIs) 5 – Negação de Serviço (DoS – Denial of Service /DDoS – distributed DoS)
económico pelo qual não só atravessa o nosso pais como também outros, onde as empresas
6 – Insiders maliciosos (Malicious Insiders)
cada dia precisam de minimizar os seus custos
7 – Abuso dos serviços da Cloud (Abuse of
operacionais para também poderem oferecer
Cloud Services)
preços mais competitivos aos seus clientes.
8 – Due Diligence insuficiente (Insufficient
Realmente é muito “caricato” ver como este
Due Diligence)
conceito de Cloud tem invadido o nosso dia-a-
9 – Problemas/vulnerabilidades em tecnologia
dia mas quase ninguém sabe que a sua origem
partilhada (Shared Technology Issues)
remonta a tempos do inicio da net, quando por exemplo, no momento de fazer um gráfico de ligações remotas, sempre que se queria representar a net, esta representação era feita
Estas são as ameaças que os serviços cloud enfrentam não só nos dias de hoje, mas também no futuro.
com uma nuvem, dai o conceito de cloud que
É por isso que é extremamente importante, no
agora esta muito em boga e que derivou o
momento da escolha de serviços em Cloud,
Cloud Computing.
contactar não só empresas que tenham as mais
Agora bem, se isto tem grandes vantagens como suprarreferido não só para as empresas como para os clientes/utilizadores, devemos ter em atenção que nem tudo é cor-de-rosa, pois pelo facto de termos os dados na “Cloud” devemos
ter
algumas
considerações
pertinentes para assegurar minimamente a integridade dos dados, em tal sentido, há um
recentes tecnologias para contrarrestar estes nove pontos mencionados, mas também uma ampla
bagagem
de
experiencia
e
conhecimentos no negócio do tratamento da data em Cloud, para estarmos de certo modo resguardados e confiantes no que diz respeito a integridade dos dados dos nossos clientes que
2014 Movimento +Engenharia disponibilizamos
na
net
através
destas
também é o nosso melhor cartão-de-visita que
infraestruturas.
podemos mostrar, onde no momento de
Sempre devemos recordar que nem sempre o
promover o nosso produto/serviço na Cloud,
mais económico é o melhor, pois no que diz
este “certificado” de confiança sobre os dados
respeito a Cloud a segurança é uma mais-valia
pode marcar a grande diferença na hora de
que não só da uma excelente reputação ao
ponderar a relação custo/segurança.
produto que disponibilizamos na nuvem, mas
2014 Movimento +Engenharia Neste contexto, alerto para o facto de a não obrigatoriedade de existência dos projetos de instalações elétricas devidamente certificados ou
licenciados
provocarem
uma
menor
segurança e fiabilidade das instalações, o que irá originar uma perda de qualidade das mesmas, entre outros aspetos negativos.
Rui Sardinha Engº Eletrotécnico ruisardinha@gmail.com
Estão também previstas alterações ao nível da exploração, com o fim da obrigatoriedade dos
Alterações previstas no âmbito das Instalações
técnicos responsáveis de Exploração de Postos
Elétricas do tipo C
de Transformação (deve ser assumido por Engenheiro ou Engenheiro Técnico), com
Caros colegas Engenheiros,
tensão até 30KV e potência inferior ou igual a 250 kVA.
Com vista à simplificação e desburocratização dos processos de licenciamento referentes a
Esta atividade de acompanhamento contínuo
instalações elétricas de baixa tensão, mais
irá ser substituída por inspeções periódicas a
propriamente instalações do tipo C, a DGEG-
realizar de dois em dois anos pelas Entidade
Direção Geral de Energia e Geologia tem em
Inspetora (DRE’s), o que implica menos um
estudo
legislação,
custo anual para o dono de obra mas
nomeadamente em instalações elétricas de
praticamente o abandono da manutenção dos
edifícios mistos (com 5 andares, 10 frações
Postos de Transformação durante os 2 anos,
habitacionais e dois comércios). Estes edifícios,
em
cuja potência total poderá exceder em muito
responsabilidade por parte dos TREIE’s. Esta
os 50 KVA, deixam de ter a obrigatoriedade de
alteração vai degradar ainda mais o estado das
submeter
aprovação.
instalações elétricas alimentadas em média
Anteriormente, a não obrigatoriedade legal da
tensão, sendo os casos mais críticos dos
existência de projeto para instalações elétricas
estabelecimentos recebendo público.
algumas
o
alterações
projeto
da
a
de serviço particular do tipo C, apenas abrangia edifícios com potência até 50 kVA. De referir que o DEC-LEI nº 740/74 exigia a elaboração de projeto para instalações com potencia alimentada superior a 20 KVA, tendo sido posteriormente alterada pelo DEC-LEI nº 517/80, nº 272/92 e pelo DEC-LEI nº 101/2007, atualmente em vigor.
que
deixa
de
ser
obrigatório
a
2014 Movimento +Engenharia Assim sendo, a atividade dos Engenheiros
Ficamos a aguardar por uma decisão em prol
Eletrotécnicos e mesmo a segurança das
dos Engenheiros, por parte das entidades que
instalações
altamente
nos representam, de forma a que sejam
prejudicada, com esta tentativa do Simplex ao
garantidas as condições de segurança dos
nível das instalações elétricas, correndo o risco
utilizadores em geral.
elétricas
fica
de sermos afastados de grande parte dos processos de licenciamento das instalações elétricas.
2014 Movimento +Engenharia
Classificados
Octavio Pessoa Engº Mecânico olpessoa@sapo.pt
Algumas das muitas ofertas disponíveis para Engenheiros Data
Empresa
Função
21-02-2014
Cátenon Worldwide Executive Search
21-02-2014
Cátenon Worldwide Executive Search
21-02-2014
Integer Consulting
21-02-2014
Integer Consulting
21-02-2014
Integer Consulting
21-02-2014
Integer Consulting
Engenheiro Informático (m/f) – Braga Project Leader (m/f) – Braga Programador Júnior .Net(recém.Net(recém-licenciados) Consultor Oracle PL/SQL (M/F) Consultor Oracle SOA Suite RecémRecém-Licenciados TI (Lisboa)
Localização
04-02-2014
RHL
Intermediate Electrical Engineer
Reino Unido
13-02-2014
Phoenix Group UK
Reino Unido
12-01-2014 22-02-2014 12-02-2014
Mott MacDonald Projectual - Serviços de Engenharia CH2M HILL
Strategy & Architecture Manager Projects director - civils Engenheiros de Projeto Principal / Associate Mechanical Engineer (Industrial (Industrial / Facilities)
Braga Lisboa Lisboa Lisboa Todo o País Lisboa
Reino Unido Reino Unido
http://emprego.sapo.pt/emprego/ofertas.htm/pais/portugal/distrito/todoopais/categoria/engenharia http://expressoemprego.pt/emprego/pesquisa/engenheiros/localizacao/categoria/# http://www.ordemengenheiros.pt/pt/bolsahttp://www.ordemengenheiros.pt/pt/bolsa-dede-emprego/#.UwoYDzQ24iQ.facebook Neste primeiro número irei falar dos cuidados a ter quando emigramos para Angola, nos próximos números iremos falar de outros:
2014 Movimento +Engenharia ANGOLA É o principal destino dos novos emigrantes portugueses. Nem o anúncio do fim da “parceria estratégica” entre Angola e Portugal, feita pelo presidente Eduardo dos Santos, afetou os investimentos angolanos em Portugal, nem os portugueses em Angola. Visto – As autoridades exigem que o trabalhador tenha um contrato assinado pelo empregador. No entanto, muitos dos emigrantes ainda arriscam a sua sorte e partem sem qualquer tipo de autorização de trabalho. Salário – Um ordenado pode ser muito bom se tiver casa e alimentação paga. Caso contrário, pode ficar curto. Arrendar uma casa em Luanda pode custar mais de cinco mil dólares por mês e a alimentação pode custar-lhe mais mil ou dois mil. Se viajar com a família, não se esqueça que a escola de cada criança pode atingir os dois mil dólares. Faça bem as contas quando lhe fizerem uma proposta. Saúde – Os serviços de saúde estão muito abaixo dos padrões europeus e as clínicas privadas são excessivamente onerosas. Condições de vida – A comida é bastante cara, mas as melhorias que estão a ser feitas na área da distribuição alimentar (o Continente deve abrir os primeiros hipermercados em 2014), poderão baixar consideravelmente os preços dos alimentos. As infraestruturas básicas estão pouco desenvolvidas, o que leva por vezes, a cortes de água e luz. Cuidados – É obrigatória a vacina contra a febre-amarela e aconselhada a profilaxia contra a malária. Deve beber água engarrafada e evitar saladas lavadas com água corrente. Segurança – À noite em Luanda, evite zonas com pouca iluminação. Não use roupas ou outros objetos de grande valor.
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