O impacto do uso do Matchá em diferentes parâmetros na saúde humana: revisão integrativa da...

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ARTIGO DE REVISÃO

2(3): 10-22 Dezembro 2023 Unisinos ISSN: 2764-6556

doi.org/10.4013/issna.2023.32.2

O impacto do uso do Matchá em diferentes parâmetros na saúde humana: revisão integrativa da literatura The impact of Matcha use on different metabolic parameters: integrative literature review RESUMO

AUTORAS Silvana Assis Machado silassis@hotmail.com Graduanda em bacharel em nutrição na Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Lovaine Rodrigues lovainer@unisinos.br Professora orientadora, mestre em Saúde da Criança e do Adolescente.

FLUXO DA SUBMISSÃO

O Matchá é um tipo de chá verde em pó altaPalavras-chave: mente valorizado por seus benefícios potenMatchá; composição corporal; perda de ciais para a saúde. Esses benefícios podem ser atribuídos aos seus componentes bioativos, peso; perda de gordura; metabolismo. como as catequinas, que possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. O objetivo da pesquisa foi investigar, em publicações nacionais e internacionais, evidências dos efeitos do chá Matchá na saúde humana. Nesta revisão integrativa da literatura, foi utilizado bancos de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e National Library of Medicine (PubMed), considerados para análise de dados estudos randomizados, duplo cego, e comparativo prospectivo, sem restrição quanto ao idioma. Embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar e ampliar os achados atuais, o consumo moderado de Matchá pode oferecer benefícios para a saúde em diferentes parâmetros.

RESUMO GRÁFICO

Submissão: 03/07/23 Aprovação: 05/10/23

CONTATO DA REVISTA Universidade doVale do Rio dos Sinos - UNISINOS. InstitutoTecnológico em Alimentos para a Saúde – itt Nutrifor. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei. CEP: 93022-750, São Leopoldo, RS, Brasil. Contato principal: Prof. Dr. Cristiano Dietrich Ferreira. Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos. E-mail: revistappgna@ unisinos.br.

DISTRIBUÍDO SOB

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APLICABILIDADE O chá Matchá é uma bebida ainda pouco conhecida pela população. Sua composição nutricional rica em antioxidantes, como as catequinas, parece promover diferentes benefícios à saúde, tal qual na melhora da performance cognitiva, na alteração da microbiota intestinal e, em conjunto com a cafeína, também é capaz de promover a termogênese, otimizando a oxidação de gordura corporal e na perda de peso.

[1] Introdução

(−)-epigalocatequina (EGC) e (−)-epigalocatequina-3-galato (EGCG), que em uma porção de 100 ml de chá, os teores aproximados dessas catequinas são: 77,8 mg de epigalocatequina 3-galato, 19,7 mg de epicatequina 3-galato, 16,7 mg de epigalocatequina, 8,3 mg de epicatequina, 2,6 mg de catequina e 1,5 mg de galocatequina (valores dos teores das catequinas presentes em 100 ml de chá verde Matchá são valores aproximados e que podem sofrer variações), sendo então a EGCG o mais ativo e abundante. A concentração de EGCG no Matchá é 3 vezes maior que a ingestão em comparação com outros chás verdes. Devido a sua composição, é considerado o chá da mais alta qualidade (RAINS; AGARWAL; MAKI, 2011; WEISS; ANDERTON, 2003). O chá verde é composto por cerca de 35% de polifenóis, incluindo os flavonoides, e desses, cerca de 60 a 80% são compostos pelas catequinas (RAINS; AGARWAL; MAKI, 2011). A catequina é um composto fenólico, um antioxidante que traz vários benefícios à saúde humana, como melhora na performance cognitiva e diminuição da sensibilidade à insulina. Além de ser anti-inflamatório, anti-carcinogênico, cardioprotetor, com propriedades antivirais, também diminui a absorção de glicose e lipídios (KOCHMAN et al., 2020). Resultados de estudos mostraram que o consumo de extrato de chá verde ou EGCG pode reduzir significativamente o ganho de peso corporal e/ou tecido adiposo, diminuir os níveis de glicose no sangue ou insulina e aumentar a sensibilidade à insulina ou tolerância à glicose em roedores (LI et al., 2018). Muitos estudos laboratoriais e epidemiológicos mostram que o Matchá e os polifenóis do chá podem diminuir o peso corporal, marcadores de síndrome metabólica e risco de diabetes (YANG et al., 2016). No Quadro 1, mostra os efeitos e teor dos componentes bioativos do Matchá. A diferença entre o chá Matchá e o chá verde está além do cultivo, como também na forma de preparo e de consumo (EL-ELIMAT et al., 2022). Em sua concentração de bioativos com ações antioxidantes há: cafeína, ácidos fenólicos, rutina, quercetina, vitamina C, clorofila e teanina (KOCHMAN et al., 2020). De acordo com Hayashi (2021), foram feitas comparações dos compostos bioativos presentes no chá verde e no Matchá (Tabela 1). Evidências indiretas de ensaios de intervenção sugerem que o Matchá pode alterar diferentes parâmetros na saúde,

O

chá é uma bebida que tem ganhado destaque por seus potenciais benefícios à saúde. Além de ser conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, certas plantas presentes em diferentes tipos de chá possuem compostos termogênicos, que podem auxiliar na perda de peso (FAO, c2023; LAMARÃO; FIALHO, 2009). Por conta disso, sua utilização na nutrição funcional vem aumentando cada vez mais. Para o International Life Science Institute, alimentos funcionais são alimentos que, em virtude da presença de componentes fisiologicamente ativos, proporcionam um benefício à saúde além da nutrição básica (SAFETY..., 1999). Entre os alimentos funcionais de plantas mais procurados por praticantes de atividade física, por exemplo, podemos citar a Camellia sinensis pelo aumento da termogênese, redução no peso corporal, gordura visceral e da oxidação lipídica, aumentando o gasto energético de 24h (BONFANTE et al., 2021). Entre tantos os benefícios dessa planta medicinal, as evidências de ensaios controlados randomizados até o momento sugerem que a suplementação de chá verde pode ter um papel na redução pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) (XU et al., 2020). Nesse contexto, a gordura corporal está associada com maus hábitos alimentares e estilo de vida sedentário, resultando em um balanço energético positivo, que ocorre quando a ingestão de energia é maior que o gasto de energia. A composição corporal tem forte efeito no metabolismo de energia, sendo a massa corporal magra a parte do corpo com mais atividade metabólica (OLIVEIRA et al., 2016). O Matchá, derivado da planta Camellia sinensis, uma das bebidas mais antigas e populares do mundo, é um pó fino de folhas de chá verde pulverizadas (MUSIAL; KUBAN-JANKOWSKA; GORSKA-PONIKOWSKA, 2020). É de origem asiática e cultivado na sombra, pois durante o período de crescimento potencializa os processos de síntese e acúmulo de compostos biologicamente ativos, incluindo Teanina, cafeína, clorofila e vários tipos de catequinas (MUSIAL; KUBAN-JANKOWSKA; GORSKA-PONIKOWSKA, 2020). Em sua composição inclui as (−)-epicatequina (EC), (−)-epicatequina-3-galato (ECG),

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TABELA 1 Efeitos e teor dos principais componentes do Matchá

Tabela 1 – Efeitos e teor dos principais componentes do Matchá

1 2 Bioativo

Efeitos

Teor

Polifenol – reduz a gordura corporal, inibe o crescimento de células cancerosas in vitro, por Catequinas

5,46-7,44 mg/g

induzir apoptose (LAMARÃO; FIALHO, 2009),

(KOCHMAN et al., 2020).

reduz diabetes tipo 2 e obesidade (XING et al., 2019).

14.4 -- 34.1 mg/g Cafeína

Antioxidante – substância estimulante - aumentar a

(KOLÁČKOVÁ et al.,

concentração, vigilância (KOCHMAN et al., 2020).

2019), 18,9 e 44,4 mg/g (KOCHMAN et al., 2020).

Ácidos fenólicos

Antioxidante – neuroprotetores, hipoglicemiantes, regulação de distúrbios metabólicos (KOCHMAN et

-

al., 2020). Aminoácidos não proteicos (WILLIAMS et al., 2016) – melhora da cognição, na capacidade de aprendizagem, melhora na resposta do sistema

L-Teanina

imunológico, aumento na temperatura da superfície corporal (WILLIAMS et al., 2016), alivia o estresse,

44,65 mg/g (KOCHMAN et al., 2020).

aumenta a concentração, vigilância e eficiência (KOCHMAN et al., 2020). 5,65 mg/ge 4,33 mg/g (KOCHMAN et al., 2020),

Pigmento verde – reforça a defesa imunológica do Clorofila

4,09 mg/g de clorofila a e

organismo – antioxidante e anti-inflamatória

1,42 mg/g de clorofila b

(KOCHMAN et al., 2020).

(KOLÁČKOVÁ et al., 2019).

Vitamina C

1.63 to 3.98 mg/g

Antioxidante exógeno – efeitos protetores contra o

(KOLÁČKOVÁ et al.,

câncer (KOCHMAN et al., 2020).

2019)

Flavonóides – anti-inflamatório, anti-hipertensivo, vasodilatador, antiobesidade, antihipercolesterolêmico e antiaterosclerótico Quercetina

(PARASURAMAN; DAVID; ARULMOLI, 2016), inibição da oxidação de LDL, redução da pressão

17,2 μg/g (KOLÁČKOVÁ et al., 2019).

arterial e agregação plaquetária e melhora da função endotelial (EGERT et al., 2009). Polifenólico – antioxidante – reduz a absorção de Rutina

570–2870 μg/g

glicose do intestino delgado pela inibição de α-

(KOLÁČKOVÁ et al.,

glicosidases e α-amilase envolvidas na digestão de

2019).

carboidratos (GHORBANI, 2017). 3

Fonte: Elaborado pela autora

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FONTE: Elaborado pela autora

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Tabela 2 – Comparações de compostos de chá verde e de Matchá TABELAbioativos 2 Comparações de compostos bioativos de chá verde e de Matchá

Composto

Chá verde

Matchá

Cafeína

11,3 - 24,67 mg/g

18,9 - 44,4 mg/g

173,14 - 237,18 mg

8 9

Ácidos fenólicos

GAE/g

169 - 273 mg GAE/g

Rutina

1.344,83 mg/L

1.222,6 - 1.968,8 mg/L

Quercetina

1,1 mg/mL

1,2 mg/mL

Vitamina C

1,35 - 1,53 mg/g

1,63 - 3,98 mg/g

Clorofila

4,33 mg/g

5,65 mg/g

Teanina

-

2 - 3g/g

Fonte: Adaptado de Hayashi (2021) FONTE: Adaptado de Hayashi (2021)

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promovendo a lipólise de depósitos de gordura específicos. Os depósitos de gordura do abdome parecem ser mais responsivos à lipólise induzida por NE do que aqueles em outros depósitos (RAINS; AGARWAL; MAKI, 2011). Para Pires et al. (2021), a fitoterapia está sendo utilizada como um auxiliar ao tratamento para obesidade por diversos profissionais da área da saúde devido aos efeitos que os fitoterápicos podem beneficiar no tratamento coadjuvante na perda de peso, além de funcionar como termogênico, antioxidante e muitas vezes auxiliar na função ansiolítica. Bonfante et al. (2021) contam que a procura por fitoterápicos está na busca por melhorar o desempenho físico e pela redução da gordura corporal, por promover a saciedade e pelo fornecimento de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias. Na revisão de Kochman et al. (2020), o chá verde Matchá, devido à sua composição única de compostos bioativos, oferece uma ampla gama de potenciais benefícios à saúde, como efeitos anticarcinogênicos, anti-inflamatórios, cardioprotetores, antivirais, potencial para regular o metabolismo de carboidratos, melhoria da função cognitiva e na prevenção de distúrbios neurodegenerativos. É um produto relativamente novo e desconhecido, que não pode ser identificado com o chá verde tradicional – é uma variedade de chá separada com propriedades distintas. Em estudos clínicos citado por Horie, Ema e Sumikawa (2017), uma única dose de chá melhora a capacidade antioxidante do plasma e de biomarcadores de estresse oxidativo em adultos saudáveis em uma hora após a ingestão.

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Os flavonoides presentes no chá verde atuam no sistema central simpático ou através da noradrenalina, fazendo com que a termogênese e a oxidação lipídica aumentem sua atividade. Em razão desta ação, o tamanho e a quantidade de adipócitos diminuem, consequentemente, regulando o peso corporal e prevenindo o depósito de gordura (PIRES et al., 2021). Com base no que fora apresentado até o momento, o objetivo deste trabalho é analisar o impacto do Matchá em diferentes parâmetros na saúde humana.

[2] Métodos Para construção da pergunta de pesquisa, utilizou-se a estratégia PICO (Quadro 2), em que P ou população (Participantes), I ou intervenção (Matchá), C ou controle/ comparação e O “outcomes” ou desfecho (composição corporal, perda de peso, perda de gordura), resultando em qual é o impacto do uso do Matchá na saúde humana. Neste sentido, o levantamento bibliográfico foi realizado no período de novembro de 2022 até abril de 2023.

[2.1] Estratégia de pesquisa A pesquisa bibliográfica foi realizada em duas bases de dados, incluindo, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e National Library of Medicine (PubMed). Foram considerados artigos publicados na íntegra nos últimos 5 anos, e não houve restrição quanto ao idioma. Foram usadas as seguintes combinações de Medical

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Tabela 3 – Estratégia para elaboração TABELA 3 da questão de pesquisa

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Estratégia para elaboração da questão de pesquisa

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Estratégia PICO

Descritores / MeSH

P

Participantes, pessoas

“participants”, “people”

I

Matchá, Catequina(s)

“matchá”, “catechin”, catechins”

C

Nenhuma comparação

-

Composição corporal, perda de peso, perda de

” Body Composition” “Weight Loss”,

gordura, microbiota intestinal, cognitivo

“gut microbiota “, “cognitive

O 13

Fonte: Elaborado pela autora FONTE: Elaborado pela autora

14 15

Subject Headings (MeSH) e termos não MeSH: (“matcha” OU “ catechin “ OU “catechins”) E (“Body Composition” OU “Weight Loss” OU “gut microbiota” OU “cognitive”).

[3] Resultados e discussão

[2.2] Critério de eleição

A busca nas bases de dados resultou em 143 artigos encontrados, dos quais 118 foram excluídos por terem um desenho narrativo e/ou serem com animais e/ou não serem randomizados – critérios de inclusão do presente estudo. Após a triagem dos títulos e revisão dos resumos e textos completos, um total de 7 estudos foram incluídos na síntese quantitativa da revisão abrangente atual (Figura 1). Todos os estudos incluídos compreendiam ensaios clínicos randomizados, duplo-cego e comparativo sobre o efeito do Matchá como bebida ou suplemento, publicados a partir de 2018. Os estudos incluídos nesta revisão focaram em diferentes parâmetros em adultos de diferentes idades. Mais detalhes das revisões incluídas podem ser encontrados na Tabela 2.

[3.1] Descrição dos estudos

Consideramos estudos realizados em pessoas que ingeriram o chá Matchá, em publicações que relataram dados sobre a composição corporal, e em diferentes parâmetros na saúde humana. Foram excluídos os artigos que envolviam crianças, gestantes ou lactantes e animais.

[2.3] Extração de dados A extração de dados foi realizada de forma independente pela autora desta pesquisa. Os dados foram compilados em planilha de Excel e deles foram extraídos: primeiro nome do autor e ano de publicação, objetivo, participantes, duração da intervenção, suplementação e intervenção, placebo, amostras e principais resultados.

[3.2] Oxidação de gordura e perda de peso

[2.4] Avaliação de qualidade

Alguns dos fatores relacionados ao aumento de peso são diminuição da atividade física e aumento da ingestão energética. A perda de peso e a perda de gordura corporal podem então ser alcançadas reduzindo a ingestão de energia e/ou aumentando o gasto de energia (WESTERTERP-PLANTENGA; LEJEUNE; KOVACS, 2005). Por outro lado, um mecanismo em potencial pelo qual o Matchá induz efeitos antiobesidade pode estar relacionado ao aumento na oxidação e metabolismo de ácidos graxos (RAINS; AGARWAL; MAKI, 2011).

Foram considerados para análise de dados estudos randomizados, duplo cegos.

[2.5] Consideração ética A presente revisão foi realizada usando dados extraídos de estudos publicados. Portanto, nenhum consentimento dos participantes do estudo ou aprovação ética foram necessários.

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FIGURA 1 Fluxograma do processo de seleção dos estudos

FONTE: Elaborado pela autora

No estudo de El-Elimat et al., realizado em 2022, foi investigado o efeito do chá Matchá em um grupo de participantes que seguiram uma dieta de baixa caloria (LCD) por 12 semanas. Foi observada uma diferença significativa entre dois grupos em relação aos níveis de LDL-Colesterol e leptina. Após 12 semanas de consumo de chá Matchá, o grupo que o consumiu apresentou uma diminuição significativa no peso corporal, IMC e CC. Além disso, houve redução significativa nos níveis de água corporal, proteínas, minerais e massa gorda. Porém, o teor de proteína corporal foi reduzido nos participantes que seguiram uma dieta de baixa caloria em conjunto com o chá Matchá, em comparação com o teor basal de proteína. Isso pode ser explicado pelo efeito do chá Matchá na perda de peso, que afeta todos os tipos de tecido, levando à redução tanto da massa gorda quanto do tecido magro. No grupo que consumiu chá Matchá, foi observada uma redução significativa nos níveis de glicemia de jejum e uma diminuição nos níveis de insulina após 12 semanas. Embora a análise

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estatística não tenha detectado uma diferença significativa, é necessário aumentar o número de participantes inscritos em estudos futuros. Em comparação com o grupo controle, o grupo do chá Matchá apresentou uma maior concentração de leptina após as 12 semanas de consumo. No entanto, outros determinantes da concentração de leptina, como grelina e resistina devem ser examinados em estudos futuros. Os dados mostraram uma diferença significativa nos níveis de leptina entre o grupo do chá Matchá e o grupo controle. Também foi observado um aumento significativo nos níveis de IL-10 no grupo do chá Matchá, que é uma citocina anti-inflamatória potente. Isso indica que o chá Matchá inibe a síntese de mediadores inflamatórios. No entanto, o estudo mostrou um aumento na atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e uma diminuição na atividade da enzima glutationa peroxidase (GPx) após o consumo de chá Matchá por 12 semanas em comparação com os níveis basais. O aumento da atividade da SOD é um mecanismo compensatório para

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TABELA 4 Descrição dos artigos segundo autores, intervenção, Tabela 4 – Descrição dos artigos segundo autores, população, intervenção,população, amostra, intervenção, tipo de amostra, testes e principais resultados intervenção, tipo de testes e principais resultados Autor, ano

Objetivo

Participantes Tempo

Suplementação total / dia

Placebo

Amostras

Principais resultados

Examinar o efeito do consumo de Matchá na Willems; Şahin; Cook, 2018

Consumo de oxigênio, a

oxidação do substrato, nas respostas

13 mulheres

fisiológicas e na

saudáveis

24h

4g/dia

produção de dióxido de

n/a

carbono e a oxidação de

intensidade percebida

substrato.

Aumento na oxidação de gordura e respostas metabólicas benéficas.

durante a caminhada rápida em mulheres. Examinar os efeitos da ingestão de pó de chá

Consumo de oxigênio

verde Matchá durante 3 Willems et semanas na oxidação de

12 mulheres

3

al., 2020

saudáveis

semanas

gordura durante exercícios de

intensidade moderada Autor, ano Objetivo em mulheres.

Participantes Tempo

4g - 3x/dia +

Celulose e durante a caminhada,

Aumento na oxidação de

1g/2h antes do

corante

gordura e diminuição a

teste

frequência cardíaca, gasto

alimentar de energia, produção de

Suplementação total / dia

dióxido de carbono. Placebo

Amostras

Principais resultados

Dados demográficos basais, Examinar a eficácia da El-Elimat et administração do chá al., 2022

Matchá na redução de peso.

gênero e idade, medidas 40 adultos com sobrepeso e obesidade

12 semanas

2g - 1x/dia

oxidação de carboidratos.

Dieta de

antropométricas basais,

baixa

peso, altura, índice de

calorias

massa corporal e circunferência da cintura, amostras de sangue.

Perda de peso, além de diminuição nos níveis de insulina e leptina, um 5 aumento na atividade da superóxido dismutase e diminuição potencial da atividade da glutationa peroxidase.

Avaliar a eficácia do extrato de chá verde Sakurai et

Matchá na função

61 idosos

12

al., 2020

cognitiva e

saudáveis

semanas

Teste de função cognitiva e Melhora na função

Pó com 3g - 2x/dia

sabor de chá preto

impulsividade em

de memória, avaliação da

cognitiva no subgrupo -

impulsividade, avaliação

mulheres, melhora no

dos hábitos alimentares.

domínio linguagem.

idosos. Esclarecer se a mesma Baba et al., 2021

quantidade de cafeína no Matchá contribuiu para melhorias nas

Ingestão no dia do teste, 51 adultos de

12

meia idade

semanas

entrevista médica, altura, 2g - 1x/dia

Amido

peso, sinais vitais, amostras de sangue, teste de Uchida-

funções cognitivas e

Melhora na atenção e na função executiva.

Kraepelin e teste Cognitrax.

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Autor, ano

Objetivo

Participantes Tempo

Suplementação total / dia

Placebo

Amostras

Principais resultados

investigar quais funções cognitivas foram afetadas. Esclarecer se a administração de

Entrevista médica, sinais

Melhora cognitiva

Baba;

Matchá melhora a

vitais, peso, altura,

(aumento na expressão

Kaneko;

função atencional de

42 adultos

2

Takihara,

adultos jovens após

jovens

semanas

2021

estresse agudo leve e

teste de Uchida-Kraepelin e função de atenção após

qual função cognitiva é

teste Cognitrax.

carga de estresse leve).

Coleta de amostras e

Aumento de Coprococcus

2g - 1x/dia

Amido na amostras de sangue, EVA

facial em emoções

cor verde (escala visual analógica),

positivas, e manter a

melhorada. Examinar o efeito do consumo contínuo de Morishima et al., 2023

Matchá na microbiota intestinal e elucidar o possível uso de Matchá

33 adultos

2

saudáveis

semanas

3g - 1x/dia

Fragrância extração de DNA, análise

benéfico e uma

e pigmento metagenômica de 16S

diminuição do potencial

Gardênia.

rRNA, análise da

patogênico Fusobacterium

microbiota fecal.

na microbiota intestinal.

como alimento funcional. 18

Fonte: Elaborado pela autora FONTE: Elaborado pela autora

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lidar com o estresse oxidativo. Estudos futuros devem investigar a atividade de outras enzimas antioxidantes, como a glutationa redutase. Foi observada uma diferença significativa entre os grupos Matchá e controle em relação à variação percentual da concentração de insulina. A redução percentual da insulina chegou a 16,5% no grupo do chá Matchá. No entanto, devido ao tamanho pequeno da amostra, uma escala maior de estudo deve ser conduzida. As restrições e bloqueios associados à COVID-19 também afetaram a adesão dos participantes durante o estudo. No estudo de Williems, Şahin e Cook (2018), realizado com mulheres que consumiram quatro xícaras normais de Matchá em 24 horas, foi observado um aumento da oxidação de gordura com caminhadas em diferentes velocidades durante 30 minutos, semelhança encontrada no estudo de Willems et al. (2020), em que foi consumido o pó de Matchá, como é normalmente utilizado na preparação de bebidas, porém, em cápsulas. Houve um aumento expressivo na oxidação de gordura corporal induzida pelo exercício em 18%, após a ingestão de curto prazo consistindo em três xícaras de Matchá no dia anterior e uma xícara de Matchá no dia do teste no estudo de Williems, Şahin e Cook (2018). Em Williems et al. (2020), por sua vez, foi encontrado

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quase o dobro. A oxidação de gordura encontrada foi de 35%, após 3 semanas de ingestão de cápsulas de Matchá. A oxidação de gordura induzida pelo exercício envolve muitas etapas, começando com a lipólise nos adipócitos e a cafeína presente no Matchá pode ter contribuído para o aumento da lipólise. Segundo os autores, vale destacar, no entanto, que o aumento da lipólise não necessariamente aumenta a oxidação da gordura, pelo menos durante o repouso (WILLIEMS et al., 2020). Williems et al. (2020) também destacam que os efeitos do Matchá na oxidação da gordura em repouso não são conhecidos. No entanto, os potenciais efeitos do chá Matchá na oxidação da gordura em repouso são considerados mais importantes para o controle de peso do que as respostas induzidas pelo exercício. Os resultados indicam que a ingestão a longo prazo de Matchá afeta a resposta metabólica ao exercício de intensidade moderada, aumentando a oxidação de gordura e diminuindo a oxidação de carboidratos. Essas adaptações metabólicas são geralmente obtidas por meio do treinamento de exercícios de resistência. O estudo ressalta a necessidade de investigar se o Matchá tem efeitos de melhoria do desempenho e quais implicações isso pode ter para a recomendação de ingestão de Matchá por atletas.

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Assim como no estudo de Williems, Şahin e Cook (2018), a concentração de cada 1 grama de Matchá continha 30 mg de cafeína e 143 mg de catequinas totais. A ingestão de 30 mg de cafeína por meio do Matchá no dia do teste foi considerada inferior a 0,5 mg/kg de massa corporal, quantidade que não possui evidências de afetar a oxidação de gordura induzida pelo exercício. O estudo também relata que a oxidação de gordura foi maior e a oxidação de carboidratos menor. Em relação a dosagem, todos os artigos utilizaram 4 gramas de Matchá por dia. Essas descobertas sugerem que o consumo de chá Matchá pode ser benéfico para a perda de peso, embora não tenham sido encontradas diferenças marcantes em outras medidas antropométricas avaliadas no estudo. É importante ressaltar que esses resultados são baseados na análise dos dados obtidos após o tratamento dos grupos, e mais pesquisas são necessárias para compreender completamente os efeitos do chá Matchá na perda de peso e outros parâmetros metabólicos. As evidências apresentadas nesta revisão, mostram que o chá Matchá pode trazer um aumento na oxidação de gordura associada a atividades físicas e/ou a dietas personalizadas em indivíduos não treinados, e que não estejam ingerindo essa quantidade de bioativos cotidianamente. Considerando que os indivíduos em treinamento já se dedicam a atividades físicas intensas e seguem dietas rigorosas por um longo período, qualquer alteração na composição corporal seria considerada insignificante. No entanto, caso seja desejada uma concentração mais expressiva do chá, seria recomendado utilizar valores mais elevados

descobertas sugerem que a ingestão de Matchá pode melhorar a função cognitiva, especificamente relacionada à atenção e às emoções positivas (calma, alegria). Por outro lado, o estudo de Baba et al. (2021) se concentrou em indivíduos mais velhos, com idades entre 50 e 69 anos. Os resultados mostraram melhorias na função cognitiva, especialmente na memória, nos participantes que consumiram Matchá em comparação com o grupo placebo. Foi utilizado o teste Uchida-Kraepelin (UKT) para induzir estresse agudo leve. A quantidade de trabalho realizado e o desempenho sob carga de estresse também foram significativamente melhores no grupo Matchá. A proporção de teanina em relação à cafeína no Matchá foi considerada um fator importante, sugerindo que a teanina pode desempenhar um papel na melhoria da função cognitiva, possivelmente devido ao seu efeito antiestresse. Sakurai et al. (2020) investigaram os efeitos do Matchá na memória cognitiva e impulsividade em idosos. Os resultados revelaram que a suplementação diária de Matchá melhorou significativamente os escores do teste de Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA), com destaque para o domínio da linguagem. Além disso, foi observada uma correlação inversa entre o consumo de vitamina K e o aumento total da pontuação no teste MoCA, indicando que o Matchá pode ser especialmente benéfico para indivíduos com menor ingestão de vitamina K em sua dieta diária. Em todos os estudos, o Matchá mostrou-se promissor como um agente que pode melhorar a função cognitiva e a memória em diferentes grupos etários. A presença de compostos como a cafeína, a teanina, as catequinas e nutrientes como a vitamina K e a vitamina E no Matchá podem estar associados a esses efeitos benéficos. No entanto, é importante destacar que ainda há a necessidade de mais pesquisas para entender completamente os mecanismos subjacentes e confirmar os resultados obtidos. Em resumo, os estudos discutidos indicam que o Matchá pode ter um impacto positivo na função cognitiva, incluindo atenção, velocidade de reação, memória e desempenho sob carga de estresse. A proporção de compostos como a cafeína e a teanina no Matchá, juntamente com nutrientes como a vitamina K e a vitamina E, podem desempenhar papéis cruciais nesses efeitos observados. No entanto, é importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias para explorar completamente os mecanismos subjacentes e confirmar os resultados obtidos. Estudos futuros podem aprofundar nossa compreensão sobre o potencial terapêutico do Matchá e suas aplicações na melhoria da saúde cognitiva.

[3.3] Performance cognitiva Sabemos que o passar dos anos e o estresse podem afetar a performance cognitiva, causando déficits de memória, de linguagem, de atenção, de raciocínio lógico e rápido etc. (BABA et al., 2021). Os estudos conduzidos por Baba et al. (2021), Baba, Kaneko e Takihara (2021) e Sakurai (2020) proporcionaram importantes percepções sobre os efeitos do Matchá na função cognitiva e na memória em diferentes faixas etárias. Essas pesquisas destacaram o potencial do Matchá como um suplemento que pode melhorar a atenção, a velocidade de reação e a função executiva, além de beneficiar a memória e a cognição em geral. No estudo de Baba, Kaneko e Takihara (2021), o grupo que recebeu a suplementação de Matchá apresentou um tempo de reação significativamente mais rápido em comparação com o grupo placebo, especialmente na Parte 3 (uma tarefa de 1 volta), do teste Stroop (ST). Além disso, houve uma diferença significativa na pontuação de acertos corretos entre os grupos, com o grupo Matchá mostrando resultados superiores. Essas

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[3.4] Microbiota intestinal A microbiota intestinal influencia o desenvolvimento e a função do sistema imunológico, que por sua vez regula

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a diversidade da microbiota intestinal, e desequilíbrios nutricionais, disbiose intestinal afetam negativamente a saúde e a barreira intestinal do hospedeiro (XIANG et al., 2022). As microbiotas intestinais disbióticas geralmente estão associadas a doenças gastrointestinais, como a síndrome do intestino irritável e a doença inflamatória intestinal (MORISHIMA et al., 2023). O estudo conduzido por Morishima et al. (2023) teve como objetivo investigar o efeito do consumo contínuo de Matchá na microbiota intestinal. A amostra do estudo consistiu em homens e mulheres saudáveis, entre 18 e 25 anos, que consumiram as cápsulas fornecidas, juntamente com 80 ml de água quente, duas vezes ao dia, durante um período de duas semanas. Amostras fecais foram coletadas antes (Semana 0) e após o consumo (Semana 2) das bebidas experimentais, e sua composição bacteriana foi analisada. Os resultados do estudo revelaram alterações significativas na composição da microbiota fecal após o consumo das bebidas de chá Matchá. A comparação entre os períodos pré e pós-consumo demonstrou mudanças nas abundâncias de 52 gêneros bacterianos, com destaque para o aumento de Coprococcus, que é conhecido por produzir ácido butírico, um ácido graxo de cadeia curta com benefícios para a saúde do hospedeiro. Além disso, foi observada uma diminuição no potencial patogênico de Fusobacterium, uma bactéria considerada nociva. Esses resultados sugerem que o consumo contínuo das bebidas de chá Matchá pode ter um efeito benéfico na microbiota intestinal, promovendo um aumento de bactérias benéficas e a redução de bactérias nocivas. Essa modulação da microbiota intestinal pode trazer benefícios de longo prazo para a saúde do hospedeiro. Até o momento da publicação dessa revisão, foi encontrado apenas um único estudo randomizado sobre os efeitos do Matchá na microbiota intestinal.

Por fim, o chá pode alterar a microbiota intestinal com um aumento de Coprococcus benéfico e uma diminuição do potencial patogênico Fusobacterium. Mais pesquisas são necessárias para confirmar os achados do presente estudo, mas, concluímos que o consumo de Matchá parece ter efeitos benéficos à saúde intestinal, cognição e mudança na composição corporal sem proporcionar risco adicional a saúde.

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[4] Considerações finais Com base nas pesquisas, podemos concluir que o uso do chá Matchá teve impactos positivos em diferentes parâmetros na saúde humana. Apesar de ser um alimento pouco conhecido pela população, o Matchá vem ganhando mais reconhecimento, devido aos seus potenciais benefícios e composição nutricional. Em relação a perda de peso e oxidação de gordura, pudemos concluir que, quando associado a atividades físicas e ou a dietas personalizadas, pode contribuir para o aumento de perda de peso e para o aumento da lipólise. Além disso, o Matchá parece trazer efeitos benéficos para o cognitivo, com efeito antiestresse, melhora na atenção ativa e executiva, assim como na melhora do domínio da linguagem, embora não sabido com certeza qual composto bioativo fundamental no pó de Matchá melhora a cognição.

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