Avaliação da qualidade de vida em pacientes pós-cirurgia bariátrica

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ARTIGO TÉCNICO

2(3): 33-43 Dezembro 2023 Unisinos ISSN: 2764-6556

doi.org/10.4013/issna.2023.32.4

Avaliação da qualidade de vida em pacientes pós-cirurgia bariátrica Evaluation of quality of life in patients after bariatric surgery RESUMO

AUTORAS Letícia Grazieli Rodrigues Rizzardi leticiagrazielir@gmail.com Graduada em Nutrição da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Jéssica Pinto Polet jessica.polet@santacasa.org.br

A obesidade é uma doença crônica não transPalavras-chave: missível, que nos últimos anos cresceu a níveis obesidade mórbida; cirurgia bariátrica; epidêmicos. Considerada como fator de risco qualidade de vida; doença para diversas doenças, piora da qualidade de crônica; perda de peso. vida e aumento na procura de cirurgias bariátricas. O objetivo desde estudo foi avaliar a qualidade de vida pós-procedimento de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Centro de Tratamento da Obesidade na cidade de Porto Alegre. Foi utilizado o questionário Bariatric Analysis and Reporting Outcome System (BAROS), adaptado na plataforma Google Forms, avaliando a perda de peso, melhora nas condições clínicas e qualidade de vida. A qualidade de vida segundo o BAROS, foi classificada como “muito bom ou excelente” para 91,3% dos participantes, o que demonstra a eficácia do procedimento cirúrgico.

Coorientadora, Nutricionista e Mestre em Ciências Médicas, Endocrinologia da UFRGS.

Ana Beatriz Cauduro Harb anaharb@anaharb.com.br Professora orientadora, Mestre e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina, Ciências Médicas da UFRGS.

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RESUMO GRÁFICO

RESUMO GRÁFICO

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FLUXO DA SUBMISSÃO Submissão: 16/08/2023 Aprovação: 05/10/2023

Adaptação do Questionário BAROS no Google Forms

Convite aos pacientes do CTO via WhatsApp

Envio do formulário para preenchimento

Coleta de dados de altura e peso em 15, 30, 60, 120 e 180 dias pós procedimento

CONTATO DA REVISTA Universidade doVale do Rio dos Sinos - UNISINOS. InstitutoTecnológico em Alimentos para a Saúde – itt Nutrifor. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei. CEP: 93022-750, São Leopoldo, RS, Brasil. Contato principal: Prof. Dr. Cristiano Dietrich Ferreira. Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos. E-mail: revistappgna@ unisinos.br.

Análise dos resultados

DISTRIBUÍDO SOB 3 4 5

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APLICABILIDADE A cirurgia bariátrica é considerada o tratamento mais eficiente para obesidade grave quando a dietoterapia associada a exercícios físicos não é suficiente. Os resultados deste estudo podem servir como estímulo aos pacientes que não conseguiram emagrecer de forma convencional e possuem desejo de realizar o procedimento, visto que foi observado perda de peso, melhora nas condições clínicas e segundo o BAROS, melhora da qualidade de vida, sendo classificada como “muito ou excelente” para a maioria dos participantes.

[1] Introdução

Os pacientes obesos geralmente buscam diversos tipos de tratamento. A dietoterapia aliada ao exercício físico constitui a estratégia mais eficiente, contudo, muitos indivíduos não emagrecem ou retornam ao peso antigo após a intervenção. Sendo assim, quando os tratamentos clínicos não são suficientes em pacientes com obesidade grave, a intervenção cirúrgica é indicada (ABESO, 2016). À frente de todos os malefícios causados pelo excesso de peso, estima-se que a cirurgia bariátrica promova, além da perda de peso, redução das comorbidades, o que ocasiona melhora da qualidade de vida (CASTANHA et al. 2018; BATISTA et al. 2020). Neste contexto, surge o questionamento: há melhora na qualidade de vida dos pacientes após a realização do procedimento cirúrgico? Dessa forma, o objetivo desse estudo é avaliar a qualidade de vida dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica.

A

s doenças crônicas não transmissíveis são consideradas um problema de saúde pública (ROSA et al. 2020). Neste contexto, evidencia-se a obesidade, que está relacionada com fatores genéticos, sociais e/ ou emocionais, definida como acúmulo excessivo de gordura corporal, onde a ingestão calórica é mais elevada do que o gasto energético (HORIE, BARONE e WAITZBERG, 2017). Considerada a epidemia do século XXI vem crescendo consideravelmente em inúmeros países, sendo fator de risco para outras doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica (HAS), aumento da resistência à insulina, Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), dislipidemias, esteatose hepática, doenças cardiovasculares, apneia obstrutiva do sono, diversos tipos de cânceres, entre outras doenças (ABESO, 2022; HORIE, BARONE e WAITZBERG, 2017), diminuindo significativamente a qualidade de vida (PINTO et al. 2020). Segundo informações da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) em 2021, 57,2% da população brasileira estava acima do peso e 22,4% obesas. Nos últimos 10 anos este percentual cresceu 59,7% (Brasil, 2022) e supõe-se que, em 2025, 2,7 bilhões de pessoas no mundo estarão com sobrepeso e 177 milhões obesas (HORIE, BARONE e WAITZBERG, 2017). A maior frequência de sobrepeso e obesidade está relacionada com menores índices de escolaridade e maiores níveis de pobreza (BRASIL, 2022), pois geralmente os alimentos mais baratos são altamente calóricos, gerando altas taxas de insegurança alimentar. Com o crescimento populacional e o estilo de vida moderno, ocorreram mudanças comportamentais no mundo todo, onde o tamanho das porções, quantidade de carboidratos simples e lipídios aumentaram, assim como, o sedentarismo, o número de refeições fora de casa e o consumo de lanches e fast-food, substituindo a alimentação saudável. Em contrapartida, foi observada diminuição no consumo de carboidratos complexos, frutas e verduras (ABESO, 2022; HORIE, BARONE e WAITZBERG, 2017).

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[2] Materiais e métodos Trata-se de um estudo de coorte, classificado como pesquisa quantitativa, de abordagem descritiva, onde houve coleta de dados retrospectivos de prontuários de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Centro de Tratamento da Obesidade (CTO) na cidade de Porto Alegre – RS, em conjunto com a aplicação do questionário BAROS. A coleta de dados foi feita pela própria pesquisadora entre agosto e outubro de 2022. O CTO forneceu o contato de todos os participantes operados há aproximadamente seis meses do período inicial da coleta dos dados. O convite para participação foi feito por meio do aplicativo WhatsApp para todos os pacientes que estivessem no pós-operatório no período indicado. O convite continha uma apresentação do estudo, reforçando que a participação era voluntária. Aos que aceitaram participar do estudo foi enviado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi assinado de forma on-line e encaminhado à pesquisadora. Após, foi enviado aos participantes o link do formulário adaptado na plataforma Google Forms, constituído do questionário Bariatric Analysis and Reporting Outcome System (BAROS), incluindo o questionário Moorehead-Ardelt II, que faz parte do BAROS. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos

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[3] Resultados

com idade igual ou superior a 18 anos que assinaram o TCLE e responderam ao formulário, totalizando uma amostra de 46 participantes. Os dados de altura, de peso pré-cirúrgico, de peso no 15º, 30º, 60º, 120º e 180º dias pós-procedimento foram coletados dos prontuários dos pacientes. Para classificação do estado nutricional, foi utilizado o cálculo do IMC: peso/altura2, conforme classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2000). O percentual de perda de peso pós-cirurgia bariátrica foi calculado da seguinte maneira: peso pré-cirúrgico – peso atual / excesso de peso X 100 e excesso de peso foi: peso pré-cirúrgico – peso ideal para a cirurgia bariátrica (altura2 X 25) / pelo peso pré-cirúrgico. O questionário BAROS foi criado em 1998 por Oria e Moorehead. Trata-se de uma tabela de pontuação que soma ou subtrai pontos, analisando três áreas: perda de peso, melhora das condições clínicas e qualidade de vida, obtida pelo questionário Moorehead-Ardelt II. Em 2003, o questionário foi reformulado e validado por Oria e Moorehead. Na versão atualizada abrange seis áreas: autoestima, bem-estar físico, relações sociais, trabalho, sexualidade e comportamento alimentar, contendo perguntas que representam o nível de satisfação. Possui cinco opções de resposta, utilizando a escala de Likert, onde são somados ou substraidos pontos. Complicações cirúrgicas ou necessidade de reoperação reduzem pontos. O somatório dos pontos é classificado em cinco resultados, insucesso, moderado, bom, muito bom ou excelente (Moorehead et al. 2003). No presente estudo, o BAROS foi adaptado pela autora, para avaliação dos períodos pré e pós-operatório e para aplicação online, onde constam perguntas sobre comorbidades, complicações cirúrgicas e necessidade de reoperação. A análise de dados foi realizada através do programa SPSS versão 27.0. As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão e as categóricas foram descritas por frequências absolutas e relativas. Para comparar médias, o teste t-student foi utilizado. Para avaliar a associação entre as variáveis categóricas, os testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher foram utilizados. Para comparar as variáveis ao longo do tempo, a Análise de Variância (ANOVA) para medidas repetidas em conjunto com o teste de Bonferroni foi aplicado. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,050). Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (CAAE 59079822.8.0000.5344) e pelo Comitê de Ética em Pesquisa Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre – ISCMPA (CAAE 59079822.8.3001.5335), observando as regras previstas na Resolução 466/2012 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde.

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A amostra foi composta por 46 pacientes, predominantemente do sexo feminino (80,4%), com média de idade de 39,3 ± 9,9 anos, em período pós-operatório de 6 meses de cirurgia bariátrica, que realizaram as técnicas Bypass Gástrico em Y de Roux (50%) e Sleeve (50%), conforme descrito na tabela 1. Destes, 84,8% (n=39) possuíam comorbidades pré-operatórias, dos quais 58,7% (n=27) relataram ter duas ou mais comorbidades associadas e apenas 15,5% (n=7) não possuíam nenhuma. Artrose ou dores nas articulações foram as mais relatadas (54,3%), seguido de dislipidemia (39,1%) e HAS (37%). Como outras comorbidades, 8,7% (n=4), citaram hérnia de disco, hérnia de hiato, doença do refluxo gastresofágico e esofagite. Não foram citadas outras comorbidades, nem agravo das existentes após a cirurgia. Em relação à melhora nas condições presentes antes do procedimento cirúrgico, observa-se na tabela 2, que grande parte dos pacientes relatou ter obtido melhora. Em relação ao estado nutricional, a tabela 3 mostra a evolução do tratamento bariátrico. O peso médio antes do procedimento era de 117,3 ± 26,4 kg e o IMC de 43,1 ± 6,8 kg/m2. Comparando todos os momentos avaliados (15º, 30º, 60º, 120º e 180º dias) com o peso pré-cirúrgico, houve redução significativa de peso conforme o esperado, representada por letras, conforme teste de Bonferroni. No que diz respeito ao estado nutricional pós-cirúrgico, a média de peso encontrada foi de 82,7 ± 18,3 kg e o IMC 30,5 ± 4,9 kg/m2, sendo que o percentual de perda do excesso de peso médio após 6 meses foi de 74,1 ± 16,9%. A tabela 4 demonstra os dados de avaliação da qualidade da vida, obtida pelo questionário Moorehead-Ardelt. Foram observadas, como era de se esperar, melhoras significativas em quase todas as áreas como a autoestima, bem-estar físico, relações sociais e trabalho. Relatos de piora estiveram relacionadas à área da sexualidade e do comportamento alimentar. No campo da sexualidade, 4,3% (n=2) consideram o interesse por sexo muito pior e 8,7% (n=4) pior. O resultado do BAROS foi realizado através da soma da pontuação nos três domínios: perda de peso, melhora nas condições clínicas e qualidade de vida, onde 32,6% (n=15) foram classificados como muito bom (5 a 7 pontos) e 58,7% (n=27) como excelente (7 a 9 pontos). Apenas uma paciente relatou complicação cirúrgica, tromboembolismo pulmonar, com internação hospitalar por 14 dias após a cirurgia, desta forma, foi deduzido um ponto do seu resultado final. A tabela 5 mostra as associações entre características sociodemográficas, técnica, condições pré-cirúrgicas e perda de peso com a classificação final do questionário BAROS. Não houve diferença estatisticamente signifi-

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Tabela 1 – Características sociodemográficas e clínicas

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TABELA 1 Características sociodemográficas e clínicas

7 Variáveis

n=46

Idade (anos) – Média ± DP

39,3 ± 9,9

Sexo – n(%) Feminino

37 (80,4)

Masculino

9 (19,6)

Técnica – n(%) Bypass

23 (50,0)

Sleeve

23 (50,0)

Comorbidades pré-cirúrgica – n(%) DM Tipo 2

11 (23,9)

HAS

17 (37,0)

Dislipidemia

18 (39,1)

Apneia

13 (28,3)

Artrose

25 (54,3)

Infertilidade

2 (4,3)

Nenhuma

7 (15,2)

Outras

4 (8,7)

8 11 9

Fonte: Elaborado pela autora FONTE: Elaborado autora Tabela 2 – Autoavaliação daspela comorbidades após a cirurgia TABELA 2 Autoavaliação das comorbidades após a cirurgia

10 12 Variáveis

13 14

Mesmo

Melhor

Muito melhor

n (%)

n (%)

n (%)

DM Tipo 2

0 (0,0)

5 (45,5)

6 (54,5)

HAS

3 (17,6)

6 (35,3)

8 (47,1)

Dislipidemia

1 (5,6)

8 (44,4)

9 (50,0)

Apneia

1 (7,7)

6 (46,2)

6 (46,2)

Artrose

1 (4,0)

7 (28,0)

17 (68,0)

Infertilidade

0 (0,0)

0 (0,0)

2 (100)

Outras

0 (0,0)

2 (50,0)

2 (50,0)

Fonte: Elaborado pela autora. FONTE: Elaborado pela autora

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Tabela 3 – Peso, IMC e percentual de perda TABELA 3 do excesso de peso ao longo do tempo

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Peso, IMC e percentual de perda do excesso de peso ao longo do tempo

17 Variáveis

Peso

Inicial

15 dias

30 dias

60 dias

120 dias

180 dias

Média ±

Média ±

Média ±

Média ±

Média ±

Média ±

DP

DP

DP

DP

DP

DP

117,3 ±

108,4 ±

106,1 ±

99,9 ±

91,2 ±

82,7 ±

26,4f

24,5e

23,5d

21,9c

21,0b

18,3a

-

19,6 ±

24,4 ±

37,2 ±

56,7 ±

74,1 ±

6,6a

7,1b

11,3c

14,4d

16,9e

-

-

-

-

30,5 ± 4,9

% PEP IMC 18

a,b,c,d,e,f

43,1 ± 6,8

p <0,001 <0,001 <0,001

Letras iguais não diferem pelo teste de Bonferroni a 5% de significância

19

Fonte:FONTE: Elaborado autora. Elaboradopela pela autora

20 cativa 21 entre os sexos, nem associação com as condições pré-operatórias e qualidade de vida. Em relação às técnicas cirúrgicas, foi encontrada uma pequena diferença entre muito bom/excelente para Sleeve, porém não houve diferença significativa entre o percentual de perda do excesso de peso (% PEP) em 180 dias e a técnica utilizada.

física foram referidas como melhor ou muito melhor para todos os respondentes. No estudo de Vargas, Mendes e Pinto (2017), todos os indivíduos também afirmaram este progresso com relação a autoestima, já no campo atividade física, o percentual foi de 74,5%. Para Batista et al. (2020), 67,5% estão se relacionando socialmente melhor ou muito melhor depois do procedimento e 94,1% sentem que sua capacidade de trabalho aumentou. Neste estudo, os percentuais encontrados para estas perguntas foram 73,9% e 84,7% respectivamente. Em contrapartida, para Kirkil et al. (2018), o relacionamento com a comida está melhor para 76%, percentual abaixo do encontrado na pesquisa vigente (97,9%). O interesse por sexo está melhor ou muito melhor para 56,6%. Batista et al. (2020) também encontraram dados semelhantes (58,5%), assim como Castanha et al. (2018), onde 51,4% informaram esta melhora, o que gera o questionamento do porquê este percentual é tão inferior quanto comparado as demais perguntas, podendo estar relacionado tanto a questões referentes a cirurgia quanto a escolhas pessoais e/ou sociais. Para Castanha et al. (2018), esta diferença pode estar associada às mudanças na percepção da imagem corporal, depressão, ansiedade, dores, dificuldade na adaptação da nova rotina, dentre muitas outras possibilidades, que devem ser acompanhadas por equipe multidisciplinar. A maioria dos pacientes analisados era do sexo feminino (80,4%), o mesmo encontrado em estudos nacionais de Vargas, Mendes e Pinto (2017) e Neto et al. (2018), no qual as mulheres representaram 76,6% e 83% da amostra. Alguns estudos internacionais, como o de Kirkil et al. em 2018 e Fiorani et al. em 2020, encontraram um percentual de 61% e 86% respectivamente. Segundo

[4] Discussão A pontuação final do BAROS, que avalia a autopercepção da qualidade de vida em pacientes no pós-operatório foi satisfatória, 91,3% foram classificados como muito bom ou excelente dados superiores aos encontrados na literatura, como 76,6% para Vargas, Mendes e Pinto (2017), 75,9% para Queiroz et al. (2017) e 69,9% para Castanha et al. (2018). Entretanto, observou-se que em diversos estudos houve críticas às limitações do protocolo, como por exemplo, a utilização dos mesmos critérios para avaliar diferentes tipos de populações, sem levar em consideração a ausência de condições clínicas, podendo superestimar a pontuação final. Maia et al. (2018) destaca que apesar de ser considerado o modo mais eficaz para a avaliação da cirurgia bariátrica, a incapacidade de comparação entre o período pré e pós-operatório, a ausência de padronização no registro de complicações e comorbidades e a união de diferentes indivíduos com resultados distintos, impede uma análise fidedigna. A respeito do questionário de qualidade de vida Moorehead-Ardelt, no estudo de Khaitan et al. (2021), grande parte dos participantes relatou que se sentiu melhor em todos os domínios após a cirurgia. Neste nosso estudo, a autoestima e a frequência de atividade

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TABELA 4 Tabela 4 – Qualidade de Vida do Moorehead Qualidade de Vida através doatravés Moorehead

22 Variáveis

n=46 n (%)

Comparado com a época anterior ao tratamento para perda de peso eu me sinto: Melhor

2 (4,3)

Muito melhor

44 (95,7)

Eu me sinto capaz de participar fisicamente em atividades: Melhor

9 (19,6)

Muito melhor

37 (80,4)

Eu estou me relacionando socialmente: Mesmo

12 (26,1)

Melhor

6 (13,0)

Muito melhor

28 (60,9)

Agora sou capaz de trabalhar: Mesmo

7 (15,2)

Melhor

6 (13,0)

Muito melhor

33 (71,7)

Atualmente meu interesso por sexo: Muito pior

2 (4,3)

Pior

4 (8,7)

Mesmo

14 (30,4)

Melhor

9 (19,6)

Muito melhor

17 (37,0)

Minha relação com a comida está: Muito pior

1 (2,2)

Melhor

17 (37,0)

Muito melhor

28 (60,9)

Pontuação Moderado (>1 a 3 pontos)

2 (4,3)

Bom (>3 a 5 pontos)

2 (4,3)

Muito bom (>5 a 7 pontos)

15 (32,6)

Excelente (>7 a 9 pontos)

27 (58,7)

23

Fonte: Elaborado pela autora.

24

FONTE: Elaborado pela autora

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Tabela 5 – Associações das características sociodemográficas e clínicas com a

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qualidade de vida

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TABELA 5 Associações das características sociodemográficas e clínicas com a qualidade de vida

Variáveis

Moderado/

Muito bom/

Bom

Excelente

39,8 ± 7,4

39,3 ± 10,2

Idade (anos) – Média ± DP Sexo – n(%)

p 0,926 1,000

Feminino

3 (75,0)

34 (81,0)

Masculino

1 (25,0)

8 (19,0)

Técnica – n(%)

0,608

Bypass

3 (75,0)

20 (47,6)

Sleeve

1 (25,0)

22 (52,4)

DM Tipo 2

1 (25,0)

10 (23,8)

1,000

HAS

3 (75,0)

14 (33,3)

0,135

Dislipidemia

0 (0,0)

18 (42,9)

0,144

Apneia

2 (50,0)

11 (26,2)

0,565

Artrose

2 (50,0)

23 (54,8)

1,000

60,0 ± 8,9

75,4 ± 16,9

0,080

Comorbidades pré-cirúrgica – n(%)

% PEP 180 dias – média ± DP 29

Não houve diferença estatisticamente significativa entre o percentual de perda de peso

30

aos 180 dias com a técnica cirúrgica (p=0,412).

31

Fonte: Elaborado pela autora. FONTE: Elaborado pela autora

32

cedimento bariátrico para redução do peso ao longo do tempo. Em 2017, Vargas, Mendes e Pinto avaliaram 47 pacientes com peso médio inicial de 121 kg e IMC de 43 kg/m2, onde ocorreu influência significativa no período pós-operatório, visto que em indivíduos com até 6 meses de PO, a redução do IMC foi de até 10 kg/ m2 e após 12 meses foi de 15 a 30 kg/m2. Kirkil et al. em 2018, afirmaram que houve redução em relação ao IMC inicial, sendo que a média no pré-operatório era de 45,4 kg/m2 e depois da cirurgia foi de 31,1 kg/m2, queda de 14,3 kg/m2 em uma média de 7,4 meses após o procedimento, semelhantes ao presente estudo. Castanha et al. (2018) relataram que após o procedimento 36,9% dos participantes atingiram a classificação de sobrepeso e 12,6% de peso normal. Segundo Souza et al. (2021), a previsão de perda de peso no primeiro mês é de 8 a 10%, no segundo mês é

Castanha et al. (2018) e Sampaio et al. (2020), este alto percentual pode ter relação com razões estéticas e a pressão em torno da obsessão pelo corpo magro, evidenciado pelos padrões impostos pelas redes sociais, o que não é observado em relação a população masculina. A média do IMC e peso antes da cirurgia foi de 43,1 kg/ m2 e 117,3 kg, indicando que grande parte dos pacientes estava com obesidade grau III (acima de 40 kg/m2). Após o procedimento, esta média caiu para 30,5 kg/m2 e 82,7 kg, classificada como obesidade grau I (30 a 34,9 kg/m2), reduzindo assim o risco de desenvolvimento, agravo de doenças crônicas e consequentemente a mortalidade. Da amostra total, 41,3% reduziram ainda mais o peso, sendo então classificados como ‘sobrepeso’ (25 a 29,9 kg/m2) e 8,7% conseguiram atingir o ‘peso normal’ (18,5 a 24,9 kg/m2). Estes dados foram também encontrados em diversos estudos, demonstrando o sucesso do pro-

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de 14 a 16% e no terceiro mês é de 18 a 20%. Neste estudo, a média no primeiro e segundo mês foi de 9,22% e 14,40% respectivamente. Não houve coleta de dados no terceiro mês, somente no quarto (22,01%), corroborando os achados na literatura. Segundo Maniglia, Grundmann e Silva (2018), a intensa perda de peso se deve a grande restrição energética, desta forma, é necessário que o paciente seja acompanhado por nutricionista e siga corretamente o plano alimentar para evitar a desnutrição. Em relação à perda do excesso de peso, no presente estudo, este percentual foi de 74,1% em seis meses de PO, relativamente próximo aos achados na literatura. O estudo Queiroz et al. em 2017 avaliaram 120 pacientes com procedimento cirúrgico realizado há dois anos, o % PEP foi de 74,6%, dos quais as mulheres apresentaram uma perda de peso mais expressiva quando comparada aos homens. O estudo de Khaitan et al. em 2021 que acompanhou 100 participantes com idade média de 49,6 anos, por dois anos, o % PEP médio foi de 79,2%. Por outro lado, Chuffart et al. em 2017 relataram que ao acompanhar 41 pacientes por cinco anos, com idade média de 46 anos, encontraram um % PEP de 49%. Ao analisar as condições clínicas presentes antes da cirurgia, 84,8% relataram algum tipo de comorbidade, dos quais 58,7% possuíam associação de duas ou mais e somente 15,2% dos pacientes não apresentavam nenhuma. Artrose e dores nas articulações foram as mais citadas (54,3%). A prevalência de DM2 foi de 23,9%, HAS 37% e apneia do sono 28,3%, valores similares ao estudo de Castanha et al. (2018), onde o percentual destas condições foi de 18,2%, 42,4% e 24,1% respectivamente. Pesquisas demonstram que pacientes com DM2 e HAS tiveram os melhores resultados quando se fala em resolução de doenças, porém grande parte destas aponta para um tempo maior de PO. No estudo de Vargas, Mendes e Pinto (2017) os participantes do estudo foram divididos em três grupos: a) até 6 meses; b) entre 7 e 12 meses; c) mais de 12 meses, onde 27,6% possuíam DM2, 55,3% HAS, 49% apneia do sono e 49% algum problema articular. Após o procedimento, houve altas taxas de resolução, sendo que HAS e DM2 obtiveram os maiores índices com 77% e 71,4% respectivamente. No estudo de Askari et al. (2020), 92 pacientes que realizaram a cirurgia em 2008 e 2009, foram acompanhados por 2 anos, onde 88% possuíam pelo menos alguma condição clínica e 62% possuíam mais de uma. DM2 foi a mais relatada com 52%, seguida de HAS (51,1%) e apneia obstrutiva do sono (33,7%). Após uma década, os pacientes foram contatados para revisão, no qual a prevalência de DM2 foi de 23,9%, HAS 39,1% e apneia do sono 12%. No nosso estudo, os pacientes relataram que se sentiram melhor ou muito melhor após o procedimento, não houve casos de resolução das condições clínicas até a finalização desta pesquisa. É importante ressaltar que as comorbidades

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foram autorrelatadas, avaliando os pacientes somente até o sexto mês pós-operatório. A ocorrência de complicações pós-operatórias foi evidenciada por diversos estudos, são consideradas imediatas quando ocorrem durante ou após o procedimento ou tardias depois de alguns meses ou anos pós-cirurgia. Estas são frequentes e devem ser investigadas e tratadas precocemente pelos profissionais que realizam o acompanhamento do paciente. Carvalho et al. (2021) destacam que úlceras, embolia pulmonar, estenoses, fístulas e deiscência de sutura são comuns. Chuffart et al. em 2017 ressaltaram que a presença de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), no pré-operatório foi associada a maiores complicações no PO. Em relação as complicações imediatas, no estudo de Batista et al. (2020), 20,8% dos pacientes tiveram hérnia incisional e 4,2% necessitaram de reoperação. No estudo de Skogar e Sundbom em 2017, 14 participantes tiveram uma ou mais complicações, dentre eles, uma paciente apresentou úlcera perfurada e hérnia interna e um paciente necessitou de reoperação por sangramento abdominal e vazamento biliar. Neste estudo, uma paciente referiu complicação clínica maior, tromboembolismo pulmonar, causando internação hospitalar por 14 dias, o mesmo ocorreu com uma paciente no estudo de Queiroz et al. (2017). Kirkil et al. (2018), também encontraram em sua pesquisa, relatos de embolia pulmonar e além deste, hemorragia intra-abdominal e trombose venosa mesentérica. Quanto as complicações tardias, Batista et al. (2020) tiveram resultados de 20,8% para queda de cabelo e 16,7% para seroma. Para Castanha et al. (2018), queda de cabelo (79,6%) e deficiência nutricional (37,9%) foram as complicações mais relatadas. No estudo vigente, não houve relatos de complicações tardias. A respeito da técnica cirurgia utilizada, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre a melhora da qualidade de vida e a técnica utilizada, o que demonstra que ambas possuem resultados positivos para perda de peso e melhora da qualidade de vida dos pacientes. Porém, no estudo Chuffart et al. em 2017, após dois anos de cirurgia, 7 pacientes que inicialmente foram operados com a técnica Sleeve necessitaram de reoperação, convertendo para RYGB, por falha no emagrecimento (n:5) e persistência de DRGE (n:2). Quanto às limitações deste estudo, houve dificuldades em relação ao tempo disponível para coleta de dados e na captação e colaboração dos pacientes, resultando em uma amostra inferior a estabelecida anteriormente. Outro problema encontrado é referente à literatura, onde grande parte dos estudos que utilizam o questionário BAROS, não engloba a versão mais recente, que inclui a sexta pergunta sobre relacionamento com a comida, gerando um déficit de informações. Considerando os diversos estudos encontrados na literatura, acrescido deste, a cirurgia bariátrica é o método mais eficiente para perda de peso quando outros

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REFERÊNCIAS

tratamentos convencionais não são suficientes, o que favorece o paciente, principalmente quando há alguma condição clínica associada, visto que a perda de peso melhora comprovadamente as comorbidades. Reitero os benefícios apresentados ao longo da presente pesquisa com falas de alguns pacientes que participaram deste estudo:

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“Estou muito feliz com a minha cirurgia” (Paciente 2). “Me sinto muito mais ativa, sem dificuldades e dores para realizar minhas atividades” (Paciente 14).

ASKARI, Alan. et al. Long-Term Outcomes and Quality of Life at More than 10 Years After Laparoscopic Roux-en-Y Gastric Bypass Using Bariatric Analysis and Reporting Outcome System (BAROS). Obesity Surgery. Vol. 30. 2020. p. 3968–3973. Disponível em: <https://web.s.ebscohost.com/ehost/pdfviewer/pdfviewer?vid=6&sid=e433ff78-91a9-49df-a096-c5f904f0f53d%40redis>. Acesso em: 06/11/2022.

“Foi a melhor escolha que fiz na minha vida ter feito a cirurgia, tudo melhorou na minha vida. Impacta muito sabe, grandes mudanças e não me arrependo em nenhum momento” (Paciente 22).

BATISTA, F. C. et al. Qualidade de vida de pacientes após a realização de cirurgia bariátrica. Revista Inova Saúde, vol. 10, n. 2, Criciúma, SC. 2020. Disponível em: <http://periodicos.unesc.net/Inovasaude/article/ view/5008/5380>. Acesso em: 24/04/2022.

“A gente quando perde o foco, principalmente do nosso peso, quando alcança uma certa fase, a gente se oprime muito para muitas coisas e […], quando eu decidi fazer essa cirurgia, muitas coisas mudaram comigo, mas algumas ainda não. Tanto que eu não consigo fazer academia porque eu não me sinto confortável […]. A doutora (nutricionista) tem me auxiliado bastante, como comer, como fazer as coisas direito” (Paciente 36).

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no distrito federal em 2021. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: < https://www.gov.br/ saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/ vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas>. Acesso em: 22/06/2023.

“Estou muito feliz e quase na minha meta” (Paciente 46).

[5] Conclusão Conforme os resultados deste estudo, é possível afirmar que a cirurgia bariátrica além da perda de peso progressiva conforme o esperado, proporciona melhora da qualidade de vida e das condições clínicas anteriores ao procedimento. Este trabalho demonstra que a cirurgia bariátrica, independente da técnica é um método eficaz e seguro no tratamento da obesidade grave, o que também é evidenciado pelos comentários de alguns participantes. Diante disso, ressaltasse a importância do acompanhamento multidisciplinar no período pré e pós-operatório de longo prazo, observando melhora ou resolução de comorbidades, bem como a perda, manutenção ou reganho de peso, dentre outras possíveis complicações imediatas e tardias.

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CARVALHO, Dirceu Alves. et al. História da cirurgia bariátrica e técnicas cirúrgicas. In: DELEVEDOVE, Adriana Alves de Menezes.; DELEVEDOVE, Murilo; SANTOS, Mônica de Oliveira. Cirurgia bariátrica: aspectos gerais, técnicas e condutas do pré ao pós-operatório. 1ª edição. Goiânia, GO: SBCSaúde, 2021. p. 4-12. Disponível em: <https:// editorasaude.com.br/wp-content/uploads/2021/09/ LIVRO-CIRURGIA-BARIATRICA-COMPLETO-COM-CAPA. pdf >. Acesso em: 05/11/2022. CASTANHA, Christiane. Ramos. et al. Avaliação da qualidade de vida, perda de peso e comorbidades de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, vol. 45, n. 3, Rio de Janeiro, RJ. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rcbc/a/ hb3Vb9dpbrRmkGRfKZ7Bmzj/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 03/05/2022.

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