Preparo de extrato hidroalcoólico de romã e desenvolvimento de xarope fitoterápico para...

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ARTIGO TÉCNICO

2(3): 71-79 Dezembro 2023 Unisinos ISSN: 2764-6556

doi.org/10.4013/issna.2023.32.8

AUTORAS Emilly Flores Oliveira emillyflores12@hotmail.com Discente do curso de farmácia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.

Preparo de extrato hidroalcoólico de romã e desenvolvimento de xarope fitoterápico para tratamento da laringite Preparation of pomegranate hydroalcoholic extract and development of herbal syrup for the treatment of laryngitis

Letícia Lenz Sfair lsfair@unisinos.br

RESUMO

Docente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.

Rochele Cassanta Rossi rochelecr@unisinos.br Docente do Mestrado Profissional em Nutrição e Alimentos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.

Patrícia Weimer patriciaweimer8@gmail.com Pesquisadora nível Doutorado e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGC-UFRGS). Bacharel em Farmácia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.

Ana Lúcia Mattos Dias analucimattosd@hotmail.com Discente do curso de Farmácia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.

A romã apresenta potencial antioxidante provePalavras-chave: niente principalmente da casca do fruto, que posPunica granatum Linn; extrato hidroalcoólico; sui grande concentração de punicalagina, sendo xarope fitoterápico. rica em taninos e flavonoides. Possui atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e hipoglicêmica. A partir disso, foram desenvolvidas diferentes formulações de xaropes fitoterápicos contendo extrato hidroalcoólico de romã (10%). Os extratos de romã foram obtidos através dos métodos de maceração e ultrassom para posterior incorporação na formulação de xarope. Foi realizado um estudo preliminar de estabilidade das formulações desenvolvidas onde foi avaliada a determinação de pH e a avaliação das características nos tempos 0, 7, 14, 21 e 28 dias, bem como análise de compostos fenólicos nos tempos 14 e 28 dias. O extrato que apresentou melhor desempenho foi o obtido através da técnica de maceração, avaliado por análise de DPPH e compostos fenólicos.

FLUXO DA SUBMISSÃO

RESUMO GRÁFICO

Submissão: 07/05/23 Aprovação: 09/10/23

CONTATO DA REVISTA Universidade doVale do Rio dos Sinos - UNISINOS. InstitutoTecnológico em Alimentos para a Saúde – itt Nutrifor. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei. CEP: 93022-750, São Leopoldo, RS, Brasil. Contato principal: Prof. Dr. Cristiano Dietrich Ferreira. Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos. E-mail: revistappgna@ unisinos.br.

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APLICABILIDADE A romã (Punica granatum Linn) apresenta diversas propriedades terapêuticas benéficas, como ação antimicrobiana, antioxidante e anti-inflamatória. O desenvolvimento de um xarope fitoterápico com extrato de romã é uma alternativa para o tratamento da laringite, além disso, possui a vantagem de ser uma formulação líquida, facilitando o uso em crianças e idosos que possuem maior dificuldade de deglutição.

[1] Introdução

ninas presentes no fruto, são elas delfinidina, cianidina e pelargonidina. Já no que se refere à atividade anti-inflamatória, estudos demonstram que a romã é capaz de inibir o estímulo das vias inflamatórias NF-kB 3, ciclooxigenase e lipoxigenase, sendo os flavonoides, esteróis, triterpenos e ácidos orgânicos os compostos responsáveis por essa ação. (WERKMAN et al., 2008, SOUSA et al., 2018). Um estudo realizado por Catão et al. (2006) comparou a eficácia do extrato hidroalcóolico de romã 10% com os antibióticos penicilina, ampicilina, clindamicina, eritromicina, vancomicina, tetraciclina e oxacilina frente a 17 cepas de Staphylococcus aureus e evidenciou que o extrato foi capaz de inibir todas as cepas analisadas, comprovando sua ação antimicrobiana. Além disso, a presença de compostos fenólicos em sua casca, garante sua atividade antimicrobiana frente a bactérias como Staphylococcus aureus, por exemplo (VIANA et al. 2020). Outro estudo realizado por Martins et al. (2019) analisou os extratos etanólicos da casca do fruto e do tronco, bem como das folhas de romã com o intuito de comparar e verificar qual extrato apresentava maior potencial de inibição frente a cepas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus, concluindo que a casca do fruto contém maior potencial de inibição em ambas as bactérias analisadas. JANG-GI et al. (2009) avaliaram a ação antimicrobiana do extrato etanólico da casca da romã, através de testes in vivo e in vitro realizados em 16 estirpes de Salmonella. Para a realização dos testes in vivo, camundongos foram infectados com S. thypimurium e após a infecção, receberam tratamento com o extrato de romã. O extrato do fruto foi capaz de inibir o crescimento de S. thypimurium, além de apresentar atividade antibacteriana frente todas as 16 estirpes estudadas. Outra pesquisa realizada com ratos diabéticos constatou, através de exames histopatológicos, que o extrato de romã impossibilitou modificações degenerativas induzidas pela diabetes (RADHIKA et al, 2013). A fim de concentrar os compostos bioativos e viabilizar a aplicação farmacotécnica são preparados extratos, através de processos padronizados. Os extratos são obtidos através de drogas vegetais e para a preparação dos mesmos, são utilizados métodos extrativos e solventes adequados, como água e etanol (ANVISA, 2021).

D

e acordo com a RDC Nº 26, os fitoterápicos são obtidos através de matéria-prima vegetal, sendo empregados na prevenção, alívio ou cura de doenças (ANVISA, 2014). A partir de 1978, a Organização Mundial da Saúde reconheceu a fitoterapia como uma forma de tratamento para algumas doenças (ANVISA, 2011). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 85% da população mundial utiliza plantas medicinais e/ou fitoterápicos para cuidados básicos de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Para a obtenção de um medicamento fitoterápico, é realizado um processo de industrialização, que pode ser padronizado, evitando contaminações no produto e garantindo uma maior segurança no seu uso (ANVISA, 2020). Durante o desenvolvimento das formulações, também são realizados estudos de estabilidade, que compreendem testes físicos, químicos e microbiológicos. Conforme a RDC N° 318, a partir do estudo de estabilidade é possível avaliar a qualidade do produto produzido frente a fatores ambientais como temperatura, umidade e luz, bem como as variações que o produto sofre no decorrer do tempo (BRASIL, 2019). De acordo com o Formulário de Fitoterápicos, a romã é utilizada com o intuito de auxiliar em casos de afecção da cavidade oral, apresentando potencial anti-inflamatório e antisséptico. Para enfermidades envolvendo a garganta, podem ser realizados gargarejos com a infusão e a tintura oriundos do fruto (ANVISA, 2021). A Punica granatum Linn, ou romã, como é popularmente conhecida, é um fruto pertencente à família Punicaceae. Embora a espécie não seja nativa do Brasil, é amplamente cultivada em todo território nacional (OLIVEIRA et al., 2010). Na literatura, existem vários estudos in vivo e in vitro que comprovam o potencial terapêutico da romã, através da atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e hipoglicêmica. Além disso, destaca-se a atividade antioxidante, proveniente principalmente da casca do fruto, que possui grande concentração de punicalagina, sendo também rica em taninos e flavonoides (RODRIGUES, 2020). No que diz respeito à atividade antioxidante, alguns estudos citam que essa atividade é devido às antocia-

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[2.2] Obtenção do extrato

Com base na fisiopatologia de algumas doenças e a boa aceitabilidade de pacientes de diferentes faixas etárias, o xarope é a forma farmacêutica de escolha para o tratamento de algumas enfermidades, sendo que as formulações líquidas, quando disponíveis, são escolhidas na maioria das vezes (LIPCHOCK et al., 2012). De acordo com o Formulário de Fitoterápicos, os xaropes são preparações aquosas, com alta viscosidade, contendo sacarose em concentrações próximas à saturação (ANVISA, 2019). As formas farmacêuticas líquidas como os xaropes, apresentam vantagens quando comparadas com formas farmacêuticas sólidas, pois possuem uma melhor absorção e maior facilidade de administração em crianças e idosos (BILLANY, 2005). Além disso, sua viscosidade recobre a mucosa irritada e permite maior tempo de residência da formulação para absorção dos princípios ativos em comparação às outras formas farmacêuticas líquidas. Porém, os xaropes também possuem desvantagens, como o aporte calórico, além de não serem recomendados para pacientes diabéticos (SIDDIQ et al., 2020). Atualmente existem formulações capazes de substituir a sacarose, sem apresentar ação hiperglicemiante e garantindo a sua viscosidade, como é o caso dos polióis, entre os quais podemos citar o sorbitol, o xilitol e o manitol (FERREIRA et al., 2019). A laringite é a inflamação da laringe, podendo ser dividida em aguda e crônica e geralmente é resultante de um abuso vocal, infecções acometidas por vírus ou bactérias e até mesmo através da inalação de agentes alergênicos. Os sintomas variam, sendo que o mais comum é a alteração da voz, podendo haver formigamento da garganta, bem como dor e dificuldade de deglutição. O tratamento medicamentoso inclui o uso de antibióticos, além de outras precauções como o descanso da voz, por exemplo (CAMPAGNOLO et al., 2019). Com isso, esse trabalho teve como objetivo o preparo de dois extratos hidroalcóolicos de romã (10%), in natura e liofilizado, seguida de avaliação das propriedades antioxidantes e da quantificação de compostos fenólicos. Com base nos resultados, os extratos foram veiculados em xaropes preparados com sacarose e celulose microcristalina e avaliados através de um estudo preliminar de estabilidade.

Os frutos foram higienizados e descascados. O conteúdo interno, contendo polpa e sementes, foi descartado e apenas a casca do fruto foi utilizada. Foram preparados extratos de casca de romã in natura e liofilizada, por dois diferentes métodos de extração: a maceração e o banho de ultrassom, seguindo o método descrito por Souza (2021), com modificações. Para a maceração, inicialmente 5 g de casca de romã in natura foram trituradas com auxílio de gral e pistilo e adicionadas em 50 mL de solução hidroalcoólica a 10% v/v, preparada com água e etanol 99,8% PA da marca Neon, em vidro âmbar. Passado o período de cinco dias, o conteúdo foi filtrado a fim de retirar a amostra sólida do extrato. O mesmo procedimento foi realizado com 5 g de casca de romã liofilizada, em que as mesmas foram trituradas e adicionadas em 50 mL de solução hidroalcóolica a 10% v/v. Após o período de cinco dias foi realizada a filtração. Ambos os extratos tiveram seu volume final restabelecido com o mesmo solvente. Para o ultrassom, primeiramente foram pesados em um béquer 5 g de casca de romã in natura, que foram triturados com auxílio de gral e pistilo e tiveram seu volume completado para 50 mL de solução hidroalcoólica a 10% v/v, preparada com água e etanol 99,8% PA da marca Neon. Posteriormente, o recipiente foi mergulhado em banho ultrassônico, em temperatura ambiente por 60 minutos. Por fim, foi realizada a filtração. Esse processo foi repetido com 5 g de casca de romã liofilizada e as mesmas foram trituradas e tiveram seu volume completado para 50 mL de solução hidroalcóolica a 10% v/v. O conteúdo foi filtrado, separando o extrato da porção sólida. Os volumes finais de ambos os extratos foram restabelecidos com o mesmo solvente. Com o intuito de definir qual extrato apresentaria melhores resultados, os extratos obtidos foram submetidos à análise de potencial antioxidante através do método de estabilização do radical DPPH• (2,2-difenil-1-picril-hirazila), bem como análise de compostos fenólicos, descritos nos itens 2.3 e 2.4.

[2.3] Análise de potencial antioxidante A avaliação do potencial antioxidante foi realizada através da análise de estabilização do radical DPPH•. Dessa maneira, seguindo o método de Brand-Williams et al. (1995), primeiramente uma curva padrão foi realizada, com seis pontos diferentes, todos em triplicata. Após, foram adicionados 100 µL de amostra diluída e 3,9 mL do radical DPPH em tubos de ensaio. Os mesmos foram lacrados com parafilm e ficaram em repouso, ao abrigo da luz, por 30 minutos. Foi realizada a leitura da curva padrão e das amostras em espectrofotômetro modelo UV-2600 da marca Shimadzu, em um compri-

[2] Materiais e métodos [2.1] Material Vegetal Os frutos de romã utilizados foram adquiridos na cidade de Porto Alegre - RS, no mês de agosto de 2022, em estado maduro. Foram utilizadas duas unidades de romã da variedade vermelha para a realização das análises.

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mento de onda de 515 nm. A curva padrão foi preparada com trolox (6-hidroxi-2,5,7,8-tetrameacromano-ácido carboxílico) em uma faixa de concentração de 0,007 a 0,031 µmol/mL. Os resultados foram expressos em mg de Equivalente Trolox (ET) por grama.

quer separado contendo quantidade suficiente de água aquecida. Então, a água destilada foi aquecida a 80 °C e vertida sobre a sacarose. Após, foi adicionado o benzoato de sódio e o conteúdo foi homogeneizado com o auxílio de um bastão de vidro, até a completa dissolução da sacarose. Por último, foi realizada a filtração com o auxílio de papel filtro. O extrato hidroalcóolico de romã, previamente preparado, foi incorporado diluindo-o previamente no xarope simples. Para o desenvolvimento da Formulação 2, os componentes da formulação foram pesados separadamente. Após, o benzoato de sódio foi solubilizado em um béquer separado contendo quantidade suficiente de água aquecida. A carboximetilcelulose foi adicionada aos poucos na água, sendo dissolvida. O restante dos componentes da formulação foi adicionado com o auxílio de agitador magnético até completa dissolução. O extrato hidroalcóolico de romã foi incorporado, diluindo-o previamente no xarope.

[2.4] Quantificação de compostos fenólicos totais O teor de compostos fenólicos totais foi determinado na presença do reagente de Folin-Ciocalteu. Seguindo o método descrito por Singleton et al. (1999), primeiramente uma curva padrão foi realizada, com cinco pontos diferentes, todos em triplicata. Após, foram adicionados 500 µL de amostra diluída 1/40, 2,5 mL da solução de Folin-Ciocalteu 0,2 N e 2 mL de carbonato de sódio 7,5% m/v em tubos de ensaio. Os mesmos foram lacrados com parafilm armazenados ao abrigo da luz, em temperatura ambiente por 2 horas. Por fim, foi realizada a leitura das amostras em espectrofotômetro modelo UV-2600 da marca Shimadzu, em um comprimento de onda de 760 nm, bem como da curva padrão, que foi preparada com ácido gálico (ácido 3,4,5-triidroxibenzóico) em uma faixa de concentração de 0,50 a 8,00 µmol/mL. Os resultados foram expressos em mg de Equivalente Ácido Gálico (EAG) por grama.

[2.6] Estudo preliminar de estabilidade das formulações As formulações desenvolvidas com o extrato de romã foram submetidas a um estudo preliminar de estabilidade em cinco tempos diferentes: 0, 7, 14, 21 e 28 dias. Cada formulação foi acondicionada em vidro âmbar, sendo acondicionadas e analisadas em três temperaturas distintas: ambiente (25°), geladeira (8°C) e estufa (45°C). A partir disso, foram realizadas análises das características sensoriais das formulações, o que permite avaliar a formulação quanto a cor, odor e aspecto, bem como determinação de pH e análise de quantificação de compostos fenólicos nos tempos 14 e 28 dias.

[2.5] Desenvolvimento das formulações de xaropes Para o desenvolvimento dos xaropes com extrato de romã, duas formulações foram preparadas através da veiculação dos extratos obtidos a partir da casca liofilizada: formulação 1 - a partir de um xarope simples; e, a formulação 2 - isenta de sacarose. Formulações descritas na Tabela 1. Para o desenvolvimento da Formulação 1, os componentes da formulação foram pesados separadamente. Após, o benzoato de sódio foi solubilizado em um bé-

1 2

[2.7] Análise estatística Para a análise estatística foram aplicados os testes de ANOVA one-way e ANOVA two-way (para ensaio preliminar de estabilidade) seguidos do post hoc de

Tabela 1 – Formulações desenvolvidas com extrato hidroalcóolico de romã 10% m/v TABELA 1 Formulações desenvolvidas com extrato hidroalcóolico de romã 10% m/v

Formulação 1

Formulação 2

Sacarose…………… .…..(80,0 g) Benzoato de Sódio…….….(0,1 g) Extrato hidroalcóolico de romã 10% m/v…………………….. ( 10 mL) Água purificada q.s.p…. (100 mL)

Carboximetilcelulose sódica…..(1 g) Sucralose…………………….(0,2 g) Benzoato de Sódio…………..(0,1 g) Extrato hidroalcóolico de romã 10% m/v………………………...(10 mL) Água purificada q.s.p…….(100 mL)

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Tukey. O nível de significância foi estabelecido em 5% e os testes foram conduzidos com o software GraphPad Prism versão 6.0.

que o maior potencial da romã está presente na casca do fruto, evidenciando suas propriedades antioxidantes. Em seu estudo, Sousa (2011) afirma que não existe um método oficial para determinar a atividade antioxidante de alimentos derivados de matéria-prima vegetal, levando em consideração mecanismos antioxidantes que podem ocorrer durante análises, como também a diversidade de compostos bioativos. Dessa maneira, é possível justificar os diferentes resultados encontrados na literatura.

[3] Resultados e interpretações [3.1] Estabilização do radical DPPH O potencial antioxidante pelo método DPPH, obtido nos extratos hidroalcóolicos de romã 10%, estão representados na Tabela 2. Dos extratos analisados, o que apresentou maior potencial antioxidante foi o extrato obtido através da liofilização pelo método de maceração (50,57 mg ET/g com um percentual de inibição do radical DPPH de 81,3%). Um estudo realizado por Oliveira et al. (2020) avaliou a atividade antioxidante de cascas e sementes de romã submetidas à liofilização, em que foram encontrados valores semelhantes para a casca, com um percentual de inibição do radical DPPH de 89,7%. Santos et al. (2022) comparou a atividade antioxidante da casca e da polpa da romã, obtendo valor superior na casca (32,16 mg Trolox/g). Esses estudos corroboram com o fato de

5 6

[3.2] Quantificação de compostos fenólicos Os resultados obtidos de teor de compostos fenólicos totais do extrato hidroalcóolico romã 10% m/v estão representados na Tabela 3. Os compostos fenólicos são metabólitos secundários que apresentam ação antioxidante, possuindo efeitos benéficos à saúde. Entre os compostos fenólicos mais abundantes estão os flavonoides, os ácidos fenólicos, os taninos e os tocoferóis (ANGELO et al. 2007). Assim como na análise de DPPH, o extrato com maior teor de compostos fenólicos foi obtido pelo método de maceração com a amostra liofilizada (5,70

Tabela 2 – Atividade antioxidante in vitro dos extratos hidroalcóolicos de romã a 10% m/v por estabilização do radical DPPH• TABELA 2

Atividade antioxidante in vitro dos extratos hidroalcóolicos de romã a 10% m/v por estabilização do radical DPPH• 7

Amostra

8 9 10

Atividade antioxidante por DPPH (mg ET/g)

40,05 ± 1,27 27,15 ± 1,65 50,57 ± 0,06 30,78 ± 0,87

Romã in natura – Maceração Romã in natura – Ultrassom Romã liofilizada – Maceração Romã liofilizada – Ultrassom

ET: equivalentes de trolox; m.s: massa seca. Resultados expressos em média ± desvio-padrão. Análise estatística: ANOVA one-way seguido do post hoc de Tukey, todos os grupos foram diferentes entre si (p<0,05).

11 13 12 14

3 extratos hidroalcóolicos de romã a 10% Tabela 3 – Teor de compostos fenólicos TABELA totais dos Teor de compostos fenólicos totais dos extratos hidroalcóolicos de romã a 10% m/v m/v

15 16 17

Amostra Compostos fenólicos totais (mg EAG/g) Romã in natura – Maceração 3,98 ± 0,02 Romã in natura – Ultrassom 3,77 ± 0,03 Romã liofilizada – Maceração 5,70 ± 0,03 Romã liofilizada – Ultrassom 4,16 ± 0,05 EAG: equivalentes de ácido gálico; massa seca (m.s). Resultados expressos em média ± desviopadrão. Análise estatística: ANOVA one-way seguido do post hoc de Tukey, todos os grupos foram diferentes entre si (p<0,01).

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EAG/g). Existem estudos que comprovam que a maior concentração de compostos fenólicos da romã está presente na casca do fruto. Morais (2018) analisou o teor de compostos fenólicos presentes na casca (38,68 mg EAG/g) e na semente (8,52 mg EAG/g) da romã, concluindo que a maior concentração de compostos fenólicos está na casca. Santos (2022), comparando a casca (67,13 mg EAG/G) e a polpa (2,08 mg EAG/g) da romã, obteve ampla diferença de resultados e valor superior na casca. O estudo de Oliveira (2020) avaliou os extratos da casca (126,5 mg EAG/g) e da semente (0,8 mg EAG/g) de romã, comprovando também, que o maior teor de compostos fenólicos está presente na casca. Apesar de não terem sido encontrados estudos com resultados semelhantes aos do estudo em questão, todos os trabalhos disponíveis na literatura relatam que a romã apresenta alto teor de compostos fenólicos totais. Além disso, vale ressaltar que se tratando de matéria-prima vegetal, é comum que os resultados sejam divergentes para cada autor, pois os mesmos dependem de uma série de fatores como as características do fruto e a proporção dos solventes utilizados, por exemplo.

turva, bem como todas as formulações de CMC obtidas pelo método de ultrassom que no tempo de sete dias obtiveram uma coloração escura. Acredita-se que essa alteração na cor das formulações de CMC obtidas pelo método de ultrassom seja decorrente de alguma contaminação proveniente das vidrarias utilizadas para a manipulação da formulação. As formulações mantidas em estufa foram as que sofreram maior variação, como demasiado escurecimento, odor rançoso e aparência mais líquida, perdendo viscosidade. Essa alteração nos xaropes armazenados em estufa é esperada em decorrência do calor a que a amostra é submetida, sendo este um catalisador de reações químicas (FERREIRA et, al. 2022). Importante destacar que foi realizada uma análise de estabilidade preliminar, utilizando apenas análises de pH e características sensoriais. O ideal, para estudos futuros, seria realizar um estudo de estabilidade mais avançado, como consta na RDC 318 de 2019 que estabelece critérios para a realização de estudos de estabilidade (BRASIL, 2019). Não foram encontrados dados na literatura para fins comparativos em relação ao pH e características sensoriais do xarope de romã, visto que a formulação desenvolvida é uma inovação. Os resultados obtidos para análise de pH e características organolépticas estão descritos na Tabela 4.

[3.3] Estudo preliminar de estabilidade das formulações

[3.4] Quantificação de compostos fenólicos das formulações

Os extratos obtidos através da liofilização obtiveram melhores resultados nas análises de potencial antioxidante e compostos fenólicos, quando comparados com os extratos da casca in natura. Dessa maneira, foram os escolhidos para incorporação nas formulações. O processo de liofilização compreende a remoção da água por meio da sublimação, possibilitando a conservação das propriedades nutritivas do produto (RIBEIRO, 2012). Conforme demonstrado na Tabela 4, houve pouca alteração de pH no decorrer da análise. De acordo com o Formulário de Fitoterápicos, preparações farmacêuticas fitoterápicas que contenham polifenóis, como taninos, cumarina e flavonoides, apresentam maior estabilidade em pH levemente ácido (ANVISA, 2021). Dessa maneira, pode-se afirmar que os resultados obtidos estão em uma faixa de pH aceitável, visto que os valores de pH encontrados se enquadram nas características descritas pelo formulário de pH levemente ácido. No que diz respeito às características sensoriais, foram analisados odor, cor e aparência dos xaropes. Todas as formulações sofreram algumas modificações durante o período da análise. Os xaropes armazenados em temperatura ambiente e geladeira obtiveram leve alteração de cor, porém o odor e a aparência se mantiveram até o final da avaliação. Com exceção das formulações de CMC mantidas em temperatura ambiente, que no tempo de 28 dias obtiveram uma aparência

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Com base nos resultados apresentados na Tabela 5, quando comparadas às formulações obtidas pelo mesmo método extrativo, observa-se que, as formulações desenvolvidas a partir do xarope simples possuem maior concentração de compostos fenólicos em relação às de carboximetilcelulose sódica. Além disso, o método de maceração apresentou maior potencial, em termos de compostos fenólicos, em comparação ao método de ultrassom. O melhor desempenho da formulação contendo o extrato obtido pela maceração era esperado, visto que o mesmo apresentou melhores resultados antes de ser incorporado nos xaropes. As formulações que apresentaram maior variação no teor de compostos fenólicos foram as armazenadas em estufa, fato que pode ser explicado pela presença da temperatura elevada. Conforme a RDC 304 de 2019, a temperatura ideal para armazenar formas farmacêuticas líquidas durante estudo de estabilidade é de 15°C a 30°C (BRASIL, 2019), entretanto, a temperatura de estufa ultrapassa esse limite e acaba gerando instabilidades no produto. Os resultados obtidos de teor de compostos fenólicos totais das formulações estão representados na Tabela 5.

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Tabela 4 – Resultados do teste de estabilidade preliminar em relação à variação de pH e características organolépticas

TABELA 4 Resultados do teste de estabilidade preliminar em relação à variação de pH e características organolépticas 22

Formulação

Tempo

pH

Característica

(dias)

Organoléptica TA

ES

TA

GE

ES

0 dias

5,83 5,83 5,83

I

I

I

Maceração – xarope

07 dias

6,13 5,84 5,05

II

II

III

simples

14 dias

II

II

III

-

-

-

21 dias

5,65 5,34 5,01

II

II

III

28 dias

5,50 4,90 4,63

II

II

III

0 dias

6,10 6,10 6,10

I

I

I

Ultrassom – xarope

07 dias

5,97 5,32 5,40

II

II

III

simples

14 dias

II

II

III

Maceração – CMC

Ultrassom – CMC

23 24

GE

-

-

-

21 dias

5,63 5,12 5,06

II

II

III

28 dias

5,01 4,82 4,43

II

II

III

0 dias

6,40 6,40 6,40

I

I

I

07 dias

6,12 5,70 5,18

II

II

III

II

II

III

14 dias

-

-

-

21 dias

5,62 5,28 5,12

II

II

III

28 dias

5,55 5,69 5,23

III

II

III

0 dias

5,59 5,59 5,59

I

I

I

07 dias

5,96 5,35 5,15

III

III

III

III

III

III

14 dias

-

-

-

21 dias

5,66 5,34 5,21

III

III

III

28 dias

5,89 5,53 5,55

III

III

III

TA (temperatura ambiente), GE (geladeira), ES (estufa); I (sem modificação), II (levemente modificado), III (modificado), IV (intensamente modificado).

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TABELA 5

Teordedecompostos compostosfenólicos fenólicos totais totais das das formulações Tabela 5 – Teor formulaçõessubmetidas submetidas a diferentes a diferentes condições de armazenamento por 14 e 28 dias condições de armazenamento por 14 e 28 dias.

Formulação

Tempo (dias)

Maceração – xarope simples

EAG/g

TA

GE

ES

14 dias 28 dias

0,62 ± 0,01 0,54 ± 0,01b

0,55 ± 0,01a 0,53 ± 0,01b

0,66 ± 0,01a 0,62 ± 0,01a,b

Ultrassom – xarope simples

14 dias 28 dias

0,42 ± 0,01 0,34 ± 0,01b

0,43 ± 0,00 0,35 ± 0,00b

0,50 ± 0,01a 0,47 ± 0,01a,b

Maceração – CMC

14 dias 28 dias

0,52 ± 0,01 0,52 ± 0,02

0,59 ± 0,04a 0,44 ± 0,01a,b

0,43 ± 0,01a 0,31 ± 0,01a,b

Ultrassom – 14 dias 0,37 ± 0,01 0,26 ± 0,01a 0,25 ± 0,00a b a CMC 28 dias 0,31 ± 0,01 0,25 ± 0,00 0,20 ± 0,00a,b EAG: equivalentes de ácido gálico; massa seca (m.s). Resultados expressos em média ± desviopadrão; TA (temperatura ambiente), GE (geladeira), ES (estufa). Análise estatística: ANOVA two-way seguido do post hoc de Tukey: adiferente em relação às amostras armazenadas à temperatura ambiente; bdiferente em relação ao tempo 14 dias, mas submetido à mesma condição de armazenamento.

34 REFERÊNCIAS

[4] Considerações finais A partir dos resultados obtidos, verificou-se que dentre todos os extratos preparados com casca da romã (Punica granatum Linn), o extrato que apresentou melhor desempenho foi obtido através do método de maceração combinado com o processo de liofilização. Da mesma forma, a formulação que apresentou melhores resultados foi desenvolvida com o extrato obtido através da maceração. Além disso, as formulações preparadas tendo como base o xarope simples, obtiveram maior teor de compostos fenólicos totais. Conclui-se, que a romã possui alta atividade antioxidante, bem como considerável potencial em termos de compostos fenólicos totais, provenientes principalmente da casca do fruto. Aconselha-se, em estudos futuros, a realização de uma análise de estabilidade mais completa, explorando maior tempo de análise das formulações.

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