Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 01

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Assim se faz o projeto do futuro Acib promove a união de empresas, que garante força na defesa dos interesses regionais

Segurança pública:

Blumenau reivindica mais investimentos




EDITORIAL

Uma história de

progresso

Há mais de 105 anos, Acib trabalha pelo desenvolvimento de Blumenau O início do século 20 foi marcado pela criação da mais antiga entidade empresarial em atividade no Estado. Há quase 106 anos, a Associação Empresarial de Blumenau tem trabalhado incessantemente com o objetivo de viabilizar o desenvolvimento econômico da cidade e da região e, por isso, teve atuação fundamental em momentos que marcaram a história do Vale, como a construção das barragens no Alto Vale e a instalação do sistema de controle de cheias, a ampliação da BR-470 no trecho entre Blumenau e Navegantes e a instalação do primeiro batalhão de Corpo de Bombeiros fora da capital do Estado, entre outras realizações importantes. De uma maneira ou de outra, a história da Associação está registrada em diversos meios. São dois os livros publicados para relatar a trajetória da Acib e daqueles que por ela trabalharam de forma voluntária e comprometida. Inúmeros documentos e fotos relacionados à Associação fazem parte do Arquivo Histórico Municipal e do arquivo particular da entidade. Isso sem falar dos relatos que podem ser facilmente obtidos pelos que, de alguma maneira, tiveram contato com o trabalho da Acib ao longo dos anos. A comunicação com os associados e com a comunidade também contribui diretamente para registrar essa história. Informativos impressos são distribuídos desde o início do século passado. Mais recentemente, a internet e a televisão foram incluídas no rol de meios de comunicação utilizados pela Associação para informar a comunidade sobre as suas ações. Hoje iniciamos uma nova fase na história da comunicação da Acib. A revista Empresário Acib chega para se consolidar como um importante meio de comunicação entre a Associação Empresarial de Blumenau, a comunidade em geral e as empresas associadas, razão da nossa existência. Nela vamos destacar o trabalho que tem sido feito, mês a mês, pelos diretores, conselheiros e colaboradores da Acib. Também vamos destacar as ações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas mais diversas instâncias, que estão diretamente relacionadas aos objetivos da entidade e de seus associados. Mas, o mais importante é o reconhecimento que vai ser dado ao empresário associado que, silenciosamente, tem contribuído para a valorização de fatores imprescindíveis para o desenvolvimento da atividade e o crescimento econômico de Blumenau, como a inovação, o empreendedorismo e a sustentabilidade. Nesta primeira edição os conteúdos sobre a entidade predominam. A idéia é reforçar o papel da Acib na sociedade. Já na segunda edição a linha editorial anteriormente descrita será determinante para a elaboração das pautas. Contribua você também! Mande sua sugestão e faça da revista Empresário Acib um meio importante para o seu desenvolvimento pessoal, profissional e da economia blumenauense. A Diretoria 04



SUMÁRIO

AÇÕES PARA O FUTURO DE BLUMENAU Ricardo Stodieck e Carlos Tavares D’Amaral destacam as bandeiras de Blumenau e região

10 Agenda 16 Personalidades estaduais falam sobre a Acib 20 Núcleos estimulam integração de empresas 21 Diretoria presta contas de seu mandato 40 Carga tributária castiga o País

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42 Hans Dieter Didjurgeit mostra as atribuições do Conselho Deliberativo

44 Empresas investem no Natal em Blumenau 48 O nascimento do associativismo local 50 O legado de três ex-presidentes da Acib

Conselho Editorial Amélia Malheiros, Avelino Lombardi, Carlos Tavares D’Amaral, Charles Schwanke, Francisco Fresard, Hans Dieter Didjurgeit, Luiz Mund, Marilda Steil e Ricardo Stodieck

JORNALISTA RESPONSÁVEL Luiz Mund – 189 JP (MTb/SC)

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EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) REPORTAGENS Jaime Avendano e Francisco Fresard DIRETOR DE ARTE Ricardo Augusto Kühl FOTO DE CAPA José G. Nunes Neto/Noir Studio TRATAMENTO DE IMAGEM (capa) M2 Soluções em Imagem PARA ANUNCIAR comercial@mundieditora.com.br 47 3035.5500

Diretoria Presidente: Ricardo Stodieck / Vice-presidente: Carlos Tavares D’Amaral / Administrativo e Financeiro: Manfredo Krieck / Assuntos da Indústria: Carlos Odebrecht / Assuntos de Comércio e Turismo: Bruno Nebelung / Assuntos de Desenvolvimento e Planejamento Urbano: Jorge Rodacki / Assuntos de Prestação de Serviços: Maria Denise Ribeiro Ern / Assuntos da Pequena e Micro Empresa: Haida Leny Siegle / Assuntos Comunitários: Solange Rejane Schröder / Núcleos e Câmaras: Avelino Lombardi / Assuntos Ambientais e de Energia: Marcos Inácio Ruediger / Assuntos Internacionais: Ido José Steiner / Relações Institucionais: Ronaldo Baumgarten Jr / Assuntos da Saúde: Mauro Sergio Kreibich / Assuntos Tecnológicos: Ingo Tiergarten


OBRAS PARA GARANTIR O DESENVOLVIMENTO Secretário Walfredo Balistieri analisa os projetos da cidade do futuro

34 REGIÃO PEDE INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA

Medo de assaltos leva cidadão comum em recorrer a sistemas privados

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RESPONSABILIDADE SOCIAL É PRÁTICA NAS EMPRESAS Núcleo setorial da Acib ajuda a disseminar ações socialmente responsáveis

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AGENDA

Texfair

vitrine para as melhores marcas

Uma feira de negócios direcionada a lojistas em geral, nacionais e internacionais, dos segmentos de cama, mesa e banho, tecidos de decoração, malharia e confecção, realizará sua 8ª edição em Blumenau, um dos maiores pólos têxteis do Brasil e da América Latina. A 8ª Texfair do Brasil é uma promoção do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex). Além de colocar a Região Sul no calendário nacional das grandes feiras e eventos do País, a Texfair se firma como a maior vitrine para artigos de alta tecnologia do setor. Nela são apresentadas a modernidade e a comprovada qualidade dos produtos

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das grandes indústrias catarinenses e também por empresas de outras regiões, consagradas no setor têxtil nacional e internacional. A Texfair acontece no mais novo pavilhão de exposições de Blumenau, o Parque Vila Germânica, um espaço amplo e moderno, com infra-estrutura, climatização total e perfeitamente adequado para acomodar expositores e para receber visitantes de todo o País e do exterior. A área de exposição é de 25 mil metros quadrados. Para esta oitava edição da Texfair, cerca de 200 expositores já estão confirmados, representando mais de 400 marcas das mais expressivas em seus respectivos

segmentos, que estarão apresentando os lançamentos das coleções Primavera/Verão 2007/2008. Consagrada como a maior feira do setor têxtil nacional e um importante centro de referências que dita moda e tendências, a Texfair do Brasil registra resultados excelentes que vêm comprovando desde a primeira edição um crescimento muito significativo, inclusive com visibilidade internacional. Até a edição passada, compradores de mais de 34 países passaram pela feira, além dos compradores nacionais vindos de todas as regiões do Brasil, representando as maiores redes de lojas e magazines do País. Uma ótima vitrine para os produtos de Blumenau e Santa Catarina.


EVENTOS EM

BLUMENAU

Maio Dia 17 Palestra: Motivação & Atendimento Palestrante: Professor Marins, antropólogo e autor de 12 livros, entre eles Socorro! Tenho um Sócio e Homo Habilis – Você como Empreendedor. Organizador: Apalestra. Apoio: Acib Informações: (47) 3326-1230 Dias 17 e 18 I Jornada Interdisciplinar em Alta Complexidade Local: Viena Park Hotel Organizador: Hospital Santa Isabel Informações: (47) 3321-1000 Dia 29, às 19h30min III Encontro com Empresários Palestra: Educação Profissional - Perspectivas no Mundo do Trabalho, com a mestra em Estratégias Empresariais Adriana Regina Mello da Silva. Local: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center) Organizador: Núcleo das Escolas de Educação Profissional da Acib Informações: (47) 3326-1230 com Fábio De 29 a 01/06 Texfair do Brasil – Feira Internacional da Indústria Têxtil Local: Parque Vila Germânica Organizador: Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau Informações: (47) 3326-9662, www.texfair.com.br ou info@texfair.com.br

Junho Dia 1º Palestra: Humanização dos Serviços de Saúde Com os Douotores da Alegria Local: Teatro Carlos Gomes Organizador: Núcleo de Saúde da Acib Informações: (47) 3326-1230 De 27 a 01/07 Fenahabit 2007 Feira Nacional das Tecnologias da Construção e Habitação Local: Parque Vila Germânica Organizador: Via Ápia Eventos Informações: (47) 3336-3314 viaapiaeventos@brturbo.com.br


ENTREVISTA: Ricardo Stodieck e Carlos Tavares D’Amaral, presidente e vice-presidente da Acib

Ricardo

Stodieck

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Carlos Tavares

D’Amaral


COMPROMISSO COM O

ASSOCIADO E COM BLUMENAU Reeleitos para mais dois anos à frente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), o presidente Ricardo Stodieck e o vice Carlos Tavares D’Amaral têm grandes desafios pela frente. Dentre eles, pressionar o Poder Público, em todos os seus níveis, para tirar do papel obras importantes para o progresso do município e da região, como a duplicação da BR-470 e a criação de um aeroporto regional, em Blumenau. Internamente, a atual diretoria pretende continuar o trabalho de atrair novos associados. Na entrevista a seguir, Stodieck e Amaral detalham seus planos e objetivos na frente da Acib. Empresário Acib - Quais são os desafios neste segundo mandato? Ricardo Stodieck - Os desafios da segunda gestão são parecidos com os da primeira. Na primeira gestão, alcançamos uma meta importante ao ampliarmos a sede, praticamente dobrando sua área. Esse era um compromisso que o Amaral e eu tínhamos na campanha, assim como tentar uma sede própria que terá de ficar para o segundo mandato. EA - A Acib tem hoje 24 núcleos setoriais e outros cinco em formação. Esse é o caminho? Stodieck - Os núcleos são a menina dos olhos da Acib. Hoje, 93,28% dos associados são de micro e pequenas empresas. E os núcleos são uma forma de congregar esses associados. Esse é o caminho. Carlos Tavares D’Amaral - É importante essa organização dos núcleos porque as empresas de maior porte têm uma estrutura grande e conseguem resolver boa parte de seus problemas. Mas as pequenas e micro-empresas têm uma difi-

culdade muito grande com relação a isso. Nos núclieos, elas discutem e levam a bom termo problemas que têm em comum. EA - No primeiro mandato, foi criada a Diretoria de Saúde, uma novidade. Este é um setor a ser observado mais de perto? Stodieck - Blumenau tem fantásticos equipamentos e serviços a oferecer na área da saúde. O Núcleo de Saúde está bastante ativo e trabalha com os diversos atores desse setor, de modo a tornar Blumenau um pólo em nível de Santa Catarina e em nível de Sul do Brasil. A participação da área da saúde no PIB de Blumenau tem crescido e vai crescer mais. Amaral - Blumenau tem uma característica: tudo que a gente faz aqui normalmente faz bem-feito. Na área da saúde não é diferente. Temos condições de criar um pólo de excelência em medicina. EA - A Acib tem bandeiras junto ao Poder Público que defende há anos, como a duplicação da BR-470. Como será o trabalho nesta segunda gestão para torná-las realidade? Amaral - A Acib continuará a defender essas bandeiras, que são importantes para a cidade e para a comunidade, tentando concretizar todas essas ações. O viaduto sobre o Trevo da Mafisa é uma dessas bandeiras que já é quase realidade; o anel de Gaspar também é essencial para toda a comunidade. O Aeroporto QueroQuero é outra bandeira importante. Stodieck - Às vezes, as pessoas perguntam o porquê do Aeroporto QueroQuero. É que nós temos que diminuir a nossa dependência do Aeroporto de Navegantes, que não está correspondendo às

expectativas em termos de investimentos. O grande aeroporto do Médio e Alto Vale do Itajaí vai ser o de Navegantes. Agora, precisamos ter o nosso. Nós temos mercado para isso. O Médio e Alto Vale têm praticamente 1 milhão de consumidores, inclusive Jaraguá do Sul, podendo usar mais facilmente o aeroporto em Blumenau. Nós temos que trabalhar com uma expectativa de em 2009 a 2010 estar operando com vôos comerciais, inclusive com jatos. EA - Como a Acib pode atuar junto aos órgãos públicos para tornar essas bandeiras realidade? Stodieck - Cobrando, cobrando e cobrando. É assim que tem que ser. Além de cobrar, a gente tem também um trabalho de tirar as dúvidas, por exemplo, com relação ao aeroporto. Desmitificar essa questão de que não há necessidade e que não é viável. E unir esforços junto com as demais entidades empresariais. Esse papel catalisador também é importante. Amaral - A Acib também pode se envolver diretamente, como aconteceu com a Vila Germânica, quando os empresários custearem o projeto para que a coisa andasse com mais velocidade. Mas a função primeira é a de monitorar e cobrar. EA - Dentre as bandeiras há ainda a BR-470, que como está não suporta mais o tráfego... Amaral - A BR-470 é uma longa história, uma história na qual a Acib está envolvida desde o início. A duplicação já esteve próxima de acontecer. Já houve empresa que venceu a licitação, mas o processo foi derrubado. A nossa missão foi a de costurar a continuidade desse processo e conseguir colocar no orçamento da União

Cobrando e cobrando. É assim que tem que ser nosso trabalho. E unir esforços junto com as demais entidades empresariais. Esse papel catalisador também é importante. 13


ENTREVISTA: Ricardo Stodieck e Carlos Tavares D’Amaral, presidente e vice-presidente da Acib

Ricardo Stodieck (41 anos) Empresa: Distribuidora Catarinense de Tecidos Ltda. (Dicatesa) Cargos na Acib: diretor, vice-presidente e presidente

verba para a duplicação acontecer. Essa verba não existia. Em princípio, em 2008 começam as obras de duplicação. Stodieck - Os investimentos têm acontecido nos últimos anos via manutenção, via solução de gargalos, a exemplo do Viaduto da Mafisa, que neste ano começa a obra e termina no ano que vem. A maior vitória na questão da duplicação é o governo federal dizer que vai duplicar e que a obra está mapeada no Programa de Aceleração do Crescimento. Na verdade, ele igualou a importância da BR-470 à BR101, pois a 101 entra na conta do superávit primário e aí não existem cortes orçamentários. Aí tem que mencionar, com todo o mérito, a participação da senadora Ideli Salvatti, chamando atenção do Governo Federal para essa e outras obras. EA – E a Via Expressa? Stodieck - A Acib fez ações para que o município receba cerca de R$ 5 milhões ainda este ano para poder concluir a Via Expressa, também com a contrapartida do município. Ela continua sendo muito importante, assim como o acesso Leste, que é a Silvano Cândido da Silva Sênior, que precisa ser concluído pelo Governo do Estado e Prefeitura. Quanto a isso, existe o compromisso do governador Luiz Henrique da Silveira e do prefeito João Paulo Kleinübing. E reforçando a questão do contorno rodoviário de Gaspar, com a Ponte do Vale. Este é o grande problema de acesso à BR-101 pela margem direita. EA - Em nível nacional, quais são as bandeiras da Acib? Amaral - A Acib tem se colocado sempre radicalmente contra qualquer aumento de carga tributária. A classe empresarial brasileira não suporta mais aumento de tributos. Nós, na realidade, somos extremamente competitivos. Da porta da fábrica para dentro, as empresas são normalmente muito competitivas. Agora, o custo Brasil faz com que a gente perca competitividade. E, além de ter essa carga tributária enorme, não se sente retorno. Stodieck - Especificamente com relação à CPMF, tem que se começar a tra-

balhar agora para que ela venha a acabar, nem que seja em médio prazo. E a redução da carga tributária também vai ter que vir, nem que seja também no médio prazo. EA - Há algo para se fazer em relação aos juros e à queda do dólar, uma vez que os juros altos inibem os investimentos e o dólar baixo prejudica as exportações? Amaral - É muito difícil. Na realidade, o que você pode fazer é reagir contra, mas você não tem meios de fazer com que a coisa aconteça. A gente torce para que o governo entenda que as desvalorizações da taxa Selic têm de ocorrer com mais velocidade e com valor maior, porque nós ainda somos o País que tem a maior taxa de juro real do mundo e isso inibe investimentos violentamente. Já a taxa de câmbio tem muita relação com a lei da oferta e da procura. O Brasil está quase para conseguir um “investiment grade” (grau de investimento) e já é olhado pelos investidores como um país emergente interessante. Tem muito fluxo de dólares vindo para cá e isso faz com que ele caia. EA - Existem dois assuntos que hoje estão em pauta na política. Um é o mandato de cinco anos para presidente da República e o outro é uma campanha que a Acib vem encampando há alguns anos, que é a do voto útil. Qual a posição em relação aos cinco anos? E a campanha do voto útil veio para ficar? Stodieck - O voto útil vai continuar sempre. É quase como defender o voto distrital. Há uma necessidade de se defender o aumento da nossa representatividade política, com concentração de votos nos candidatos da região. Na questão dos cinco anos, muito mais importante do que discutir isso é debater a unificação das eleições. Temos eleições a cada dois anos e muitas questões importantes não são discutidas em anos de eleição porque o próprio político, quando é candidato ou pré-candidato, não quer discutir questão polêmica. O Brasil pára a cada dois anos e isso não é prudente nem inteligente.

Tem que começar a trabalhar agora para que a CPMF venha a acabar, nem que seja em médio prazo. E a redução da carga tributária também vai ter que vir.

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A Vila Germânica ajudou a mudar o humor de Blumenau. Ela veio em um momento importante para a cidade, trouxe investimentos. A gente imagina que hotéis interessantes venham para o município. Amaral - Concordo com os cinco anos. Acho que a reeleição tem um lado pernicioso, pois o candidato à reeleição para presidente passa os dois primeiros anos efetivamente governando e depois começa a pensar na reeleição. Aí começam muitos acordos, tem que conceder muita coisa para conseguir sustentabilidade. E isso é ruim para o País. Se o governante, sabendo que lá na frente vai trocar, seria muito melhor para o País. EA - As empresas, de modo geral, estão se preocupando muito com a questão ambiental. Como a Acib trata esse tema? Stodieck - Há quatro anos existe uma Diretoria de Meio Ambiente, que atuou fortemente na discussão da criação do Parque Nacional Serra do Itajaí. Defendemos um modelo inteligente de parque. Fomos voto vencido e até hoje há problemas para concretizá-lo, como na maior parte do Brasil, por falta de recursos. Mas a nossa grande bandeira, já há dois anos, é a ampliação do saneamento básico. EA - Como a Acib vai trabalhar a questão da segurança pública? Stodieck - Nos últimos anos houve um aumento significativo de investimentos do governo do Estado na área da segurança pública. Vieram 49 policiais militares e alguns policiais civis. O Corpo de Bombeiros, depois de 20 anos, recebeu um caminhão de combate a incêndio zero quilômetro. A gente espera que continuem os investimentos, mas o que tem que mudar, acima de tudo, ainda é a interferência política na gestão dos recursos. O dinheiro nós já sabemos que falta para todos os municípios do Brasil. Nós temos que combater a interferência política na destinação das verbas e no aumento de efetivo. E uma das formas de resolver isso é, ao invés de deixar R$ 1,6 milhão, que é mais ou menos o que o Fundo Municipal de Segurança recebe, trabalhar por R$ 4 milhões para que a gente sofra menos com as decisões políticas. Isso em nível estadual. Em nível federal, continuamos com a bandeira de trazer uma delegacia da Polícia Federal para cá.

EA - A atual estrutura da Vila Germânica atende às necessidades? Como fica o projeto Ciefe? Amaral - A Vila Germânica ajudou a mudar o humor de Blumenau. Ela veio em um momento importante para a cidade, trouxe investimentos. Agora falta o restante da estrutura para que a gente possa ter um parque de exposições como deve ser, principalmente com infra-estrutura hoteleira. Imaginamos que bandeiras de hotéis interessantes venham para cá. Stodieck - O modelo do Ciefe está mais vivo do que nunca com a Vila Germânica, que nada mais é do que dotar Blumenau de equipamentos adequados para a realização de eventos. As lideranças políticas e empresariais, principalmente o prefeito de Blumenau, têm a responsabilidade de preparar áreas para a expansão futura de eventos, fora do eixo do Centro. Não se pode abandonar o projeto do Ciefe nas proximidades da BR-470. Um efeito que já é visto na cidade com a questão do turismo é o setor gastronômico. O Park Restaurant Blumenau, na Vila Germânica, com aquela sede maravilhosa; o Ataliba, com outra sede maravilhosa, na Ponta Aguda, e o governo municipal conseguiu desatar dois nós, que eram o Moinho do Vale e a Praça Hercílio Luz, agora com a Expresso Choperia. E creio que esse mesmo efeito virá no serviço de hotelaria. EA – Qual foi o destaque da primeira gestão? Stodieck - A integração política nas esferas federal, estadual e municipal, com a presença de lideranças como o prefeito João Paulo Kleinübing, o governador Luiz Herique da Silveira e a senadora Ideli Salvatti, representando o Governo Federal. Esses políticos sempre pensaram na cidade e na região, deixando de lado a questão partidária. Esperamos que esse relacionamento continue, mesmo com a aproximação das eleições municipais de 2008. Da mesma forma, temos que destacar a integração da Acib com a Ampe, CDL e Intersindical Patronal. O trabalho conjunto tem que continuar para o bem da comunidade.

Carlos Tavares D’Amaral (57 anos) Formação: Graduação em Engenharia Eletricista de Telecomunicações (PUC/RJ); MBA em Gestão de Negócios (Furb/FGV) Empresa: Cia Hering Cargo na Acib: vice-presidente

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DEPOIMENTOS

IMPORTÂNCIA RECONHECIDA PERSONALIDADES ESTADUAIS FALAM SOBRE A ACIB Caminho do progresso Ao cumprimentarmos o novo mandato da diretoria da Acib, que segue liderada pelos ilustres Ricardo Stodieck e Carlos Tavares D’Amaral, saudamos também todos seus associados, por formarem uma associação com tão longa e honrada história. Uma história que reflete o próprio desenvolvimento de Blumenau e de todo o Estado de Santa Catarina. Desde 1901, a Acib vem simbolizando a marcha da sociedade blumenauense no caminho do progresso e do bem-estar, estando aberta aos novos tempos e sempre se destacando nos bons momentos e atuando positivamente também naqueles difíceis. É importante destacar a relevância da participação comunitária da Acib, hoje Associação Empresarial de Blumenau. À Associação, à sua diretoria, aos membros e a Blumenau, nossos cumprimentos e a certeza de que grandes e produtivas parcerias nos aguardam. Luiz Henrique da Silveira Governador do Estado

Parabéns à Acib pela edição da revista, que certamente fará história ao contribuir para a comunicação de uma entidade tão importante não apenas para Blumenau, mas para todo nosso Estado e para o País. O Brasil vive um momento rico, de retomada do desenvolvimento, de crescimento econômico, fortalecimento da educação e promoção da justiça social. Esse Brasil precisa da força de todos para avançar cada vez mais. Por isso, é tão importante um veículo de comunicação que potencialize uma atuação que só ajuda Blumenau, Santa Catarina e o Brasil.

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A Acib sempre contribuiu para as grandes conquistas de Blumenau e região. As bandeiras que defende, como a duplicação da BR-470, a implantação do trevo da Mafisa e a regionalização do aeroporto refletem os anseios não só da classe empresarial, mas de toda a comunidade blumenauense e da nossa região. Não poderia deixar de citar a grande contribuição dos empresários de Blumenau na viabilização do novo Centro de Eventos do Parque Vila Germânica. No final deste ano, receberemos o Encontro Brasil-Alemanha, com a certeza de que temos o melhor centro de eventos de Santa Catarina. João Paulo Kleinübing Prefeito de Blumenau

AÇÕES PIONEIRAS

Exemplo de energia

Ideli Salvatti Senadora

Grandes conquistas

A Acib tem sido referência pelo pioneirismo de suas ações e também por sua constante preocupação com o desenvolvimento econômico da cidade e região. O trabalho de seus presidentes, iniciado por Gustav Salinger e mais recentemente representada por nomes como Ronaldo Baumgarten (in memoriam), Hans Martin Meyer, Hans Prayon, Hans Dieter Didjurgeit e Ricardo Stodieck, projetaram a Acib como um órgão de consulta aos interesses da nossa cidade, criando e estreitando as relações entre as classes empresarial e política para o desenvolvimento econômico e social. A Acib tem participado ativamente de projetos como a viabilização do Trevo da Mafisa, a duplicação e melhoria na BR-470, a construção da Vila Germânica, além da pressão e mobilização pela redução da carga tributária e a desoneração da produção. João Pizzolatti Deputado federal


açÕES marcanteS A Associação Empresarial de Blumenau é uma entidade historicamente representativa do setor produtivo blumenauense, contribuindo para o desenvolvimento de nossa cidade e região do Vale do Itajaí. A Acib faz parte da história da cidade e, ao longo dos anos, tem demonstrado uma atuação marcante, sempre atenta aos desafios do futuro.

Parte da história A história da Acib está interligada à história de Blumenau. São 106 anos de serviços prestados ao crescimento de nossa terra, com a visão empreendedora da nossa gente. Podemos dizer que representa muito bem o sucesso desta cidade, construída através do trabalho, da seriedade e, porque não dizer, da alegria de fazer bem-feito. Isto fica claro na modernidade de sua atual gestão, que aproxima a entidade ainda mais da comunidade ao lançar sua própria revista. Jean Kuhlmann Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico

Décio Lima Deputado federal

modernidade Qualidade de vida A Acib, uma entidade de grande prestígio entre a classe empresarial catarinense, tem uma atuação importante no desenvolvimento de Blumenau e região. Com ações focadas no crescimento da atividade econômica, também contribui para a melhoria da qualidade de vida dos blumenauenses, participando ativamente das questões importantes para a cidade. Ana Paula Lima Deputada estadual

Com reconhecida e exelente atuação junto à comunidade empresarial, a Acib tem em sua diretoria reeleita um novo desafio, reafirmando o compromisso iniciado em 2005 com a representatividade, o associativismo moderno e a democratização das decisões. A Acib ampliou a abrangência de atuação, capacitou os empresários associados e colaboradores e tem a verdadeira prática da responsabilidade social. Gilmar Knaesel Secretário de Estado da Cultura, Turismo e Esporte

Promoção do crescimento Quando uma idéia consegue reunir lideranças locais em torno de um mesmo propósito, ela já é, por si só, um sucesso. Quando essa reunião de lideranças se transforma em uma entidade organizada, sólida, centenária e empenhada em difundir o crescimento de uma comunidade, ela é imbatível. Assim é a Acib. Mais que um congraçamento de empresários, é uma associação de homens de negócios responsáveis por promover o crescimento de Blumenau, alavanca de toda a região. O Governo do Estado já assimilou essa força e é na representatividade empresarial e social do Conselho de Desenvolvimento Regional que a Secretaria Regional embasa suas ações. Os resultados têm sido positivos e sabemos que somente com a parceria entre os setores público e privado poderemos garantir um Estado melhor para todos. A Acib é parte desse processo, representada por lideranças tantas que encabeçam propostas e projetos que discutimos e desenvolvemos. Paulo França Secretário de Desenvolvimento Regional

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DEPOIMENTOS

Transparência e responsabilidade A Acib é uma entidade com forte representatividade, que congrega os setores da economia local. É uma instituição madura, mas com uma gestão moderna, muito bem conduzida pelo presidente Ricardo Stodieck.. A Acib luta pelas coisas de Blumenau e do Vale, interagindo de forma exemplar com o Poder Público e com toda a sociedade.

Forças unidas Faço uma avaliação muito positiva das mudanças que aconteceram no relacionamento das entidades de classe. As principais delas, despidas de qualquer vaidade, se alinharam e Blumenau ganha muito com isso. O trabalho do presidente reeleito da Acib, Ricardo Stodieck, tem sido de excelência, empenhando-se na união de esforços. Para esta nova etapa, a Acib tem de continuar com sua política de transparência, seriedade e posicionamento. Marcelino Campos Presidente da CDL de Blumenau

Alcantaro Corrêa Presidente da Fiesc

Grande impacto empreendedorismo A Acib tem fomentado o desenvolvimento do município em todos os setores. Com iniciativa, coragem e criatividade, representa parcela significativa do setor econômico de Blumenau, fazendo prosperar negócios, sem esquecer de buscar soluções para problemas sociais. A Ampe tem orgulho de ser parceira em muitas batalhas. Conquistamos vitórias incontestáveis. Airton Pires de Moraes Presidente da Ampe de Blumenau

Eu vejo a Acib como a entidade empresarial mais importante do município. Ela tem contribuído para uma série de decisões essenciais e participado de projetos de grande porte, como a Vila Germânica. Em suma, ela tem grande impacto nas esferas municipal, estadual e também federal. A diretoria reeleita faz um trabalho brilhante. Com certeza, as empresas estão sendo muito bem representadas. Osmar Ricardo Labes Coordenador da Intersindical Patronal

Desenvolvimento sustentado A Acib é uma instituição que ao longo de sua história vem prestando relevantes serviços no sentido de, através da união de idéias e esforços do empresariado local, promover o desenvolvimento sustentado da região, bem como melhorar a qualidade de vida da população. Devem ser destacadas as diversas campanhas promovidas pela entidade a fim de viabilizar projetos que melhorem as condições de infra-estrutura local, permitindo a atração de mais investimentos para as empresas da cidade. Também merecem destaque as reuniões de seus Núcleos Setoriais, que permitem, através da troca de idéias entre os diversos empresários que participam dos mesmos, a geração de soluções criativas e inovadoras para seus problemas comuns, bem como a proposição de novos produtos e empreendimentos que ampliem o potencial econômico de Blumenau. Eduardo Deschamps Reitor da Universidade Regional de Blumenau (Furb)

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NÚCLEOS SETORIAIS

Acib estimula

integração EMPRESARIAL Para promover a troca de experiências entre empresas de um mesmo ramo e ações em conjunto, a Acib estimula a criação dos chamados núcleos setoriais. Atualmente, são 24 núcleos em funcionamento e outros cinco em formação. Cada grupo é composto por 10 a 50 empresas, cujos representantes se reúnem de uma a duas vezes por mês. A idéia de criar os núcleos surgiu em 1991. As associações empresariais de Brusque e Joinville, junto com a Acib, foram buscar o modelo na Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera, na Alemanha. Os resultados apareceram, como um convênio do Núcleo e Agências de Viagem e Turismo com a Polícia Federal de Itajaí, que, temporariamente, abriu um posto em Blumenau para emissão de passaportes. Já o Núcleo de Segurança Privada, Asseio e Conservação trabalha para evitar a clandestinidade no setor e a Câmara da Mulher Empresária estimula o em-

Algumas ações dos núcleos Academias: promovem a integração dos professores e trocam experiências com palestras em gestão empresarial Agências de Turismo: conseguiram trazer para Blumenau, com apoio da Acib, um escritório da Polícia Federal para emissão de passaportes Segurança: Trabalham em conjunto para que a segurança privada seja feita por empresas qualificadas, reduzindo a clandestinidade no setor Mídia exterior: Trabalha em conjunto com a Prefeitura para a definição de parâmetros para a padronização dos outdoors em Blumenau Saúde: Trouxe a Blumenau o doutor Adib Jatene, que fez palestra para médicos e público interessado Automecânicas: melhoraram o visual das oficinas

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preendedorismo entre as mulheres. O presidente do Conselho de Núcleos, Rubens Olbrisch, explica que todo o trabalho é voltado ao benefício do grupo, em ações como treinamentos e participação conjunta em eventos. “O grupo também tem mais força na hora de reivindicar melhorias ao Poder Público, pois atua em conjunto”, acrescenta Olbrisch. Hoje, cerca de 35% dos associados da Acib pertencem a algum núcleo. Outro benefício são as ações conjuntas dos núcleos em eventos de divulgação e vendas em feiras. “Há um barateamento dos custos, inclusive de materiais e serviços”, explica o presidente do Conselho, que uma vez por mês se reúne com os coordenadores de núcleos. “O núcleo oportuniza o benefício a todos, mas cada um aproveita a experiência individualmente”, enfatiza Olbrisch. “Empresas que antes se viam como inimigas, hoje continuam concorrentes, mas perceberam que é possível atuar em conjunto quando se trata de defender o bem-comum”, finaliza o presidente.

Núcleos da Acib •Automecânicas •Academias •Acib Jovem •Agências de Viagens e Turismo •Associações e Clubes •Câmara da Mulher Empresária •Comércio Exterior •Consultoria e Treinamento •Criação e Design •Eletroeletrônicos •Emissoras de Rádio •Empresas de Segurança Privada, Asseio e Conservação •Escolas de Educação Profissional

•Escolas Particulares de Educação Infantil •Farmácias de Manipulação •Farmácias e Drogarias •Gestão Ambiental •Mídia Exterior •Qualidade •Responsabilidade Social •Saúde •Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional •Turismo Receptivo •Vila Itoupava


A gestão 2005-2007 da Diretoria da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) começou antes mesmo da posse, realizada no dia 9 de maio no Teatro Carlos Gomes. A formatação do plano de trabalho começou durante a campanha para as eleições da entidade que, pela primeira vez, contava com duas chapas inscritas, encabeçadas por Ricardo Stodieck e Valter Ros de Souza. Foram semanas de reuniões e encontros para chegar à melhor composição possível, contemplando as áreas mais importantes na luta pelo crescimento econômico da cidade. A eleição mobilizou 500 associados, ou 73% dos aptos a votar. A participação em massa, motivada pela disputa entre duas chapas, deixou a sensação de que a responsabilidade seria maior do que a imaginada. Isso fez com que a chapa vencedora não medisse esforços para bem atender

o associado e a comunidade nos últimos dois anos. Nesta publicação, deixamos um breve relato das principais ações empreendidas entre maio de 2005 e maio de 2007 com o objetivo de atender as funções previstas no Estatuto Social da entidade e de atrair ainda mais o empreendedor blumenauense para a mais antiga entidade empresarial do Estado. Estamos certos de que fizemos o que estava ao nosso alcance para honrar o nome da Associação e lutar pelo desenvolvimento socioeconômico de Blumenau. Obrigado a você que confiou na Acib. A Diretoria Gestão 2005/2007


EXPEDIENTE

PRESTAÇÃO DE CONTAS - TRIBUTOS

PRESTAÇÃO DE CONTAS DIRETORIA 2005-2007

CÓDIGO

TRIBUTÁRIO MUNICIPAL Luís C. Kriewall Filho

Ricardo Stodieck Presidente

Carlos Tavares D´Amaral Vice-Presidente

Manfredo Krieck Administrativo e Financeiro

Jaime Grossenbacher Assuntos Comunitários

Marcos Inácio Ruediger Assuntos Ambientais

Alfredo Lindner Jr Desenvolvimento e Planejamento Urbano

Juliano Mendes Comércio e Turismo

José Roberto Heller Assuntos Tecnológicos

Solange Schröder Relações Institucionais

Ido José Steiner Assuntos Internacionais

Mauro Kreibich Assuntos da Saúde

Hayda Leny Siegle Pequena e Micro-Empresa

Avelino Lombardi Núcleos e Câmaras

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Ronaldo Baumgarten Jr. Assuntos da Indústria

Edemir Felipe Batista Prestação de Serviços

Além do apoio dado pela Acib no trabalho desenvolvido pela Associação Brasileira dos Contribuintes (Abrapi), a entidade teve envolvimento direto com uma questão de extrema importância para a comunidade empresarial de Blumenau: o novo Código Tributário Municipal. A Acib, através de sua assessoria jurídica, participou ativamente na comissão formada por entidades empresariais de Blumenau para ajudar a Prefeitura na reformulação do Código Tributário Municipal, que tinha mais de 30 anos. O grupo, constituído também por representantes da Associação dos Micro e Pequenas Empresas (Ampe), Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau (CDL), Intersindical Patronal e Sindicato das Empresas de Serviços

Contábeis e de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de Blumenau (Sescon), foi formado em 2003 e ao longo dos anos analisou e sugeriu mudanças no Código, privilegiando a estagnação ou redução da carga tributária municipal através do aumento da base contribuinte e da revisão de algumas alíquotas do ISS. Foram inúmeras reuniões com representantes do Poder Público, da Câmara Municipal e da sociedade organizada, que resultaram em uma legislação moderna e eficiente. O Código Tributário Municipal foi aprovado pelos vereadores no final de março e, em seguida, sancionada pelo prefeito João Paulo Kleinübing. A legislação estabelece normas e diretrizes para a cobrança de tributos cuja arrecadação está sob responsabilidade do Município. Entre as mudanças, podemos destacar a isenção para microempresas da taxa de Licença para Instalação e Localização, no primeiro ano de atividade e a isenção da taxa de coleta de lixo para o contribuinte que realizar comprovadamente, ao seu encargo, os serviços.


PRESTAÇÃO DE CONTAS - EVENTOS

UNIÃO REFORÇADA

NOS ENCONTROS DE EMPRESÁRIOS Francisco Fresard

CAFÉ DA MANHÃ Periodicamente a Acib realiza um café da manhã para dar as boasvindas aos novos associados. Além de conhecer a estrutura da entidade, os participantes podem aproveitar um bate-papo com o presidente, diretores e colaboradores da Acib. Os cafés da manhã se mostram importantes para a entidade conhecer as expectativas dos novos empreendedores e, com isso, planejar ações futuras.

Reunião Aberta Os associados da Acib tiveram nos últimos dois anos inúmeras oportunidades de interagir com os dirigentes da entidade e com autoridades municipais e estaduais. Prova disso foi a realização de reuniões abertas aos associados com temas de interesse da comunidade empresarial. O presidente da Acib, Ricardo Stodieck; o prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing; o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Bahls de Almeida; e o secretário de Estado do Planejamento, Armando Hess de Souza, foram alguns dos nomes que conversaram diretamente com os empresários associados através dessas reuniões.

Jantar nos Bairros Dois jantares, reunindo empresários de bairros da cidade, foram organizados pela Diretoria da Acib nos últimos dois anos. O primeiro foi realizado em maio do ano passado no bairro Velha. Mais de 120 pessoas foram à Sociedade Vasto Verde para conhecer de perto a entidade e os benefícios que ela oferece aos seus associados. Em agosto foi a vez dos empresários da Itoupava Central. Aproximadamente 160 pessoas participaram do jantar realizado na Associação Atlética e Cultural da Altona. Além dos serviços, os empresários conheceram um pouco mais da história da Acib e dos projetos previstos para a região Norte da cidade, como o viaduto sobre o Trevo da Mafisa.

JANTAR DE FIM DE ANO O evento em comemoração ao aniversário da Acib e o jantar de fim de ano, realizados em novembro e dezembro, já são tradição na entidade. Além de proporcionar a integração entre os associados, dirigentes e colaboradores, esses eventos servem para reforçar de forma direta a missão da Acib em relação ao desenvolvimento econômico da cidade. Em 2005 e 2006 mais de 1.500 pessoas participaram desses eventos.

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PRESTAÇÃO DE CONTAS - POLÍTICA

ARTICULAÇÕES

PARA O BEM DA REGIÃO Divulgação/Fiesc

O relacionamento com políticos e a busca de representatividade nos poderes Executivo e Legislativo também são tarefas rotineiras dos diretores da Associação Empresarial de Blumenau. Nos últimos dois anos, dezenas de encontros e reuniões foram organizadas ou tiveram a participação da Acib. Durante o processo eleitoral do ano passado, a entidade convidou todos os candidatos a governador para uma reunião com diretores, conselheiros e associados, com o objetivo de proporcionar o contato direto dos empresários com os representantes dos diversos partidos que disputavam o pleito. Os senadores Leonel Pavan, Raimundo Colombo e Ideli Salvatti; os deputados federais Décio Lima, João Pizzolatti, Carlito Merss, Ivan Ranzolin e Leodegar Tiscoski e os deputados estaduais Ana Paula Lima, Gilmar Knaesel e Jean Kuhlmann são alguns dos políticos que participaram de eventos organizados pela Acib ou freqüentaram reuniões na entidade para discutir assuntos relacionados ao desenvolvimento econômico e social de Blumenau e região do Médio Vale do Itajaí. Destaque para o encontro dos presidentes Ricardo Stodieck (Acib), Marcelino Campos (CDL) e Airton Pires de Moraes (Ampe) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante almoço na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). O presidente Ricardo Stodieck aproveitou a oportunidade para entregar ao presidente da República uma carta assinada pelas entidades empresariais com três reivindicações para a região: as obras do anel de contorno rodoviário na rodovia Jorge Lacerda, na cidade de Gaspar, a inclusão da BR-470 no lote 3 de concessão de rodovias do governo federal e a construção de um Centro de Convenções no Parque Vila Germânica. 24

Voto consciente Como aconteceu em outras eleições, a Acib mais uma vez organizou uma campanha para evitar o desperdício de votos em 2006. Camisetas, adesivos, cartazes, jornais, outdoors e outros meios com a logomarca da campanha Vote Consciente circularam pelo Médio Vale do Itajaí. A movimentação foi promovida por entidades empresariais da região e coordenada pela Acib com o objetivo de conscientizar o eleitor a comparecer às urnas para escolher deputados federais e estaduais comprometidos com o Médio Vale do Itajaí. A idéia da campanha surgiu depois da realização de uma pesquisa que apurou que 51% dos votos de 11 municípios da região foram desperdiçados nas últimas três eleições em votos brancos, nulos, abstenções, votos em legendas e votos dados a candidatos com base eleitoral em outras regiões. O trabalho deu certo. Blumenau tinha três representantes na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional até 2006 e elegeu cinco para a legislatura que começou neste ano: Décio Lima (PT) e João Pizzolatti (PP) para a Câmara Federal e Gilmar Knaesel (PSDB), Jean Kuhlmann (PFL) e Ana Paula Lima (PT) para a Assembléia Legislativa. Mesmo com a saída de Kuhlmann para assumir a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, a Acib avaliou como satisfatórios os resultados da campanha. A entidade apoiou a indicação de Kuhlmann na esperança de ter reforçada a representatividade da cidade e da região no Poder Executivo Estadual. Francisco Fresard


PRESTAÇÃO DE CONTAS - SEGURANÇA

NOVA DELEGACIA,

MAIS POLICIAIS e PF NA CIDADE

Desde que tomou posse, no dia 9 de maio do ano de 2005, a Diretoria da Acib deixou clara a preocupação com a Segurança Pública em Blumenau. Com o endosso de outras entidades empresarias da cidade, uma carta foi entregue ao governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, em junho do mesmo ano, solicitando o aumento de efetivo nas polícias Militar e Civil. Melhorias na estrutura de trabalho, como a construção de uma Delegacia Regional e a reforma da 2º Delegacia de Polícia, também foram listadas no documento. A carta foi redigida com base em um diagnóstico feito pelos diretores da Acib sobre as condições de trabalho dos policiais em Blumenau. Para isso, eles visitaram o 10º Batalhão da Polícia Militar e a Delegacia Regional de Polícia Civil, onde conversaram com os comandantes e traçaram as prioridades. A resposta veio rapidamente. Em julho, a Acib recebeu em sua sede o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo Benedet, que se comprometeu em lutar pelas reivindicações da classe empresarial de Blumenau.

INICIATIVA

PASSAPORTES

Sem esperar pelas ações do governo, a Acib tomou a iniciativa de promover um curso preparatório para o concurso público da Polícia Militar. Com o apoio da própria PM, de outras entidades de classe e de empresas da cidade, mais de 100 jovens passaram pelas carteiras da Escola Barão do Rio Branco. A idéia era garantir a aprovação do maior número possível de blumenauenses, evitando assim a transferência de militares para outras regiões do Estado. O curso foi pago pelas empresas ADDMakler, Altona, Baumgarten, Cremer, Gráfica 43, Hering, Karsten e Teka, todas associadas da Acib. Seguindo a mesma linha de pensamento, em fevereiro de 2006, os presidentes da Acib e do Sintex, Ricardo Stodieck e Ulrich Kuhn, entregaram ao governador o anteprojeto da nova Delegacia Regional de Polícia Civil, pago pelo Centro Empresarial de Blumenau (CEB). O prédio, que terá de dois andares e 1.500 m² de área construída, deverá ser erguido em um terreno cedido pela prefeitura de Blumenau na Rua Humberto de Campos. A idéia era pressionar o governo do Estado para custear a construção do prédio e garantir melhores condições de trabalho aos servidores e qualidade no atendimento aos blumenauenses.

Outra iniciativa visando o atendimento digno à comunidade de Blumenau foi tomada em conjunto com o Núcleo de Agências de Viagens e Turismo da Acib. Em setembro de 2005, em uma sala cedida pela Associação, foi aberto um posto de atendimento da Polícia Federal para emissão de passaportes. Antes, o serviço era feito exclusivamente em Itajaí, o que forçava o blumenauense a se deslocar pelo menos duas vezes para o litoral. Já no primeiro mês, o posto de Blumenau emitiu mais passaportes que a Delegacia de Itajaí, comprovando a necessidade da abertura de uma Delegacia da Polícia Federal aqui em Blumenau. O posto foi temporariamente desativado em dezembro do ano passado. A mudança no sistema de emissão de passaportes forçou a paralisação do serviço em Blumenau. Enquanto isso, a Diretoria da Acib continua trabalhando para que a PF retome os serviços e, futuramente, instale uma Delegacia na maior cidade do Vale do Itajaí. 25


PRESTAÇÃO DE CONTAS - NÚCLEOS SETORIAIS

Em defesa do

interesse comum

Nos últimos dois anos, sete novos núcleos setoriais foram criados na Associação Empresarial de Blumenau: Associações Esportivas e Clubes, Farmácias de Manipulação, Farmácias e Drogarias, Indústrias de Eletro-Eletrônicos, Mídia Exterior, Se-

gurança no Trabalho e Saúde Ocupacional e Turismo Receptivo. A preocupação com a criação de novos núcleos é uma constante na entidade. Por isso, o número de consultores de núcleos aumentou de três para quatro. Aumentou também a preo-

cupação com a capacitação desses profissionais, habilitando-os cada vez mais para a difícil tarefa de orientar grupos de trabalho formados por empresários da cidade. Confira as ações desenvolvidas pelos 24 núcleos setoriais da entidade:

• Participação no Dia de Lazer, quando mais de 230 pessoas receberam orientação gratuita • Simpósios de musculação e hidroginástica • Organização de tarefas do 1º Encontro de Integração dos Núcleos Setoriais da Acib • Conscientização da comunidade sobre a importância da atividade física com profissionais capacitados

• Prêmio Gustav Salinger, entregue no aniversário da Acib a empreendedores de destaque • Participação no 12º Congresso Nacional de Jovens Lideranças Empresariais, realizado em Florianópolis • Palestra sobre Técnicas de Negociação • Palestra: Marcas e Patentes

• Workshop sobre Seguros e Assistência de Viagens • Reuniões com representantes de empresas aéreas e operadoras • Elaboração da Cartilha do Passageiro • Integração com funcionários de empresas clientes • Participação na instalação do posto da Polícia Federal • Visita às obras do Parque Vila Germânica

• Visitas técnicas a clubes de Itajaí, Florianópolis e Curitiba

• 4º e 5º Encontro Dia Internacional da Mulher • Palestra: Segurança no Uso da Internet • Palestra: Como Selecionar Pessoas • A Gosto de Mulher • Palestra: Como Vender Mais e Melhor • Lançamento do livro Cada Caso que Elas Contam é um Caso de Sucesso

• Reunião itinerante da Câmara do Porto da Associação Empresarial de Itajaí (ACII) • Comitiva para Seminário Estadual de Comércio Exterior • Palestra: Diagnóstico Exportador Catarinense (Fiesc) • Palestra: Perspectivas do Comércio Internacional Brasileiro

• Ciclo de palestras gratuitas • Palestra: Auditoria Investigativa e Solução em Fraudes

• Workshop: Publish • Palestra: Pra Quê Design? • Workshops: Photoshop CS2 e Dicas e Truques • Palestra: Produção Gráfica • Palestra: Impressão Digital em Grandes Formatos

• Reunião com representante do Ibope e agências de publicidade • Campanha: “Blumenauense, Toque a Bola por Blumenau”

• Missão para a Automec 2007 • Curso: Novas Tecnologias em Sistemas de Suspensão • Convênio com Momento Ambiental para coleta de resíduos • Campanha publicitária em busdoor • Palestra: A Importância do Sistema de Arrefecimento na Mecânica Moderna

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• 3º Seminário Regional de Educação Profissional • Visitas técnicas a instituições do Rio Grande do Sul • Encontro com Empresários - A Educação Profissional como Diferencial Competitivo • Reunião com prefeito João Paulo Kleinübing

• Reunião com coordenadora do Centro Municipal de Estudos Pedagógicos (Cemep), Ângela Hoemke • Reunião com secretária municipal de Educação, Dinorah Gonçalves e representante do Comed

• Campanha de Fidelização: Sorteio de brindes entre clientes • Curso: Formação de Preço

• Palestra: Alimentação Infantil • Palestra: SPC e Formas de Cobrança • Palestra: Tributação para Farmácias • Palestra: Coleta de Resíduos • Palestra: Troca de Medicação

• Visita técnica: Momento Ambiental • Curso: Remoção de Nutrientes de Efluentes Industriais • Visita técnica: O Boticário (fábrica) • Curso: Gestão Ambiental de Alto Desempenho • Palestra: Diretrizes para o Balanço Sócioambiental Empresarial

• Missão para 24ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação • Palestra: Captação de Recursos Financeiros para empresas de Base Tecnológica de Blumenau e Região

• Discussão da nova Lei para regulamentar a utilização de outdoors, placas e letreiros • Pesquisa sobre Poluição Visual em Blumenau

• 1ª Olimpíada da Qualidade • Missão para Prêmio Talentos Empreendedores • Visita à empresa Souza Cruz

• Oficina: Código de Ética nas Empresas • Palestra: Responsabilidade Social, Balanço Social e Ambiental e Terceiro Setor • Visita técnica: Universidade Regional de Blumenau (Furb) • Oficina: Voluntariado • Participação no Congresso Sul-brasileiro de Responsabilidade Social

• Palestra: Responsabilidade Civil • Palestra: Marketing em Serviços da Saúde • Programa de Formação de Gestores na Área da Saúde • Palestra: Saúde no Brasil – Panorama e Perspectivas, com o exministro Adib Jatene • Reunião com candidatos a deputado estadual

• Curso: Ambiente de Trabalho na Construção Civil • Missão para XVI Fisp – Feira Internacional de Segurança e Proteção • Seminário: A Saúde Mental do Trabalhador • Workshop: Proteção Respiratória

• I Congresso de Segurança Privada, Asseio e Conservação • Palestra: Os Detalhes Fazem a Diferença • Trabalho para captar Eneac 2008 - Encontro Nacional das Empresas de Asseio e Conservação

• Reunião com secretário municipal de Turismo, Norberto Mette • Parceria com o Senac para realização do curso de Guia de Turismo

• Oficina de Bairro Sebrae • Apoio na definição de Roteiros Turísticos em Blumenau • Reunião sobre Segurança com comandos das polícias Civil, Militar, Seterb e Corpo de Bombeiros • Reunião com prefeito João Paulo Kleinübing

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PRESTAÇÃO DE CONTAS - SERVIÇO

BENEFÍCIOS AOS ASSOCIADOS Ampliação da sede

A Acib ampliou a sede para melhor atender as necessidades dos empresários associados e dos integrantes dos Núcleos Setoriais. Foram agregadas duas salas, acrescentando 225 m² de área útil.

Os espaços foram equipados com mobiliário para reuniões e palestras, além de persianas e ar-condicionado. A ampliação só foi possível graças ao apoio dos núcleos setoriais. Francisco Fresard

Cartão de benefícios As empresas associadas à Acib passaram a contar com um novo serviço oferecido pela entidade. Através de uma parceria com a Personal Card, os colaboradores têm a opção de receber o BlumenCard, um cartão de compras e benefícios aceito em mais de 500 estabelecimentos de Blumenau. A parceria foi oficializada em agosto, na sede da Acib, durante Reunião Aberta com diretores, conselheiros e associados. O BlumenCard tem um limite a ser definido pelo empregador. O usuário que compra nos estabelecimentos credenciados tem até 40 dias para pagar com desconto diretamente na folha de pagamento. O BlumenCard também dá direito a descontos de até 45% em mais de mil medicamentos vendidos nas redes conveniadas. Serviços na área da saúde também podem ser solicitados utilizando o cartão. 28

Tecnologia Um convênio com a Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Santa Catarina (Sucesu) garante aos associados da Acib a participação nos grupos de trabalho. O objetivo é ampliar o relacionamento entre os associados das duas entidades. Um exemplo de grupo de trabalho que os associados da Acib podem participar é o de Normas e Práticas para uso de Internet nas Empresas. O grupo de trabalho se reúne periodicamente para discutir assuntos relacionados ao uso indevido da Internet nas empresas.

Bancos A Acib tem renovado regularmente os convênios que tem com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Através deles, os associados da entidade têm acesso a financiamentos e serviços com taxas diferenciadas, aumentando a competitividade das empresas.

Primeira Orientação Gratuita A idéia deste serviço lançado em 2005 é fazer com que empresários tirem suas dúvidas nas áreas de Comércio Exterior, Design, Informática, Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional com empresas e profissionais previamente selecionados pela Acib. Com o serviço, a associação colabora com o desenvolvimento de empresas que necessitam de uma orientação antes de decidir por uma ação nas áreas citadas. Quem quer exportar, por exemplo, pode ligar para a Acib para agendar uma orientação com uma empresa especializada no assunto. A empresa que quiser reduzir custos ou implementar novos equipamentos pode, através do serviço, receber a orientação gratuita de um especialista em segurança no trabalho para saber como se adequar à legislação vigente.


COMUNICAÇÃO

PREVENÇÃO

A Acib mantém uma linha de comunicação direta com seus associados. Além dos meios tradicionais, como newsletter, comunicados, site (www.acib.net) e coluna no Jornal de Santa Catarina, a entidade tem se preocupado em editar anualmente o Guia de Negócios, o Calendário e, mais recentemente, o Balanço Social da Acib, publicação que serve para prestar contas com o associado e a comunidade.

Um convênio assinado com o Hospital do Pulmão garante aos associados da Acib a compra e aplicação de vacinas contra a gripe por um preço abaixo do mercado. Os descontos podem chegar a 30%, tendo como base o preço praticado no mercado. Em 2006, 43 empresas aproveitaram a oportunidade para vacinar mais de 3.200 colaboradores. Segundo pesquisa realizada entre os participantes, quase 60% das empresas que participaram da campanha no ano passado notaram a redução nas faltas dos funcionários por motivo de doença.

SIGAD O mais completo e atualizado levantamento de dados socioeconômicos de Blumenau foi viabilizado graças a uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais da Furb. O trabalho foi viabilizado através de um convênio firmado com a Acib, Ampe, CDL, Intersindical Patronal, Sintex e Prefeitura de Blumenau. O Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão (Sigad) está disponível no site www.furb. br/ips/sigad. O objetivo do trabalho é dar suporte ao desenvolvimento econômico e social de Blumenau e, principalmente, facilitar a comunicação com empresas interessadas em investir na cidade ou ampliar seus negócios.

Francisco Fresard

SPC Desde maio do ano passado as empresas associadas à Acib podem consultar o cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O serviço foi viabilizado através de um convênio firmado com a Câmara de Dirigentes Lojista de Blumenau.

Capacitação A cada ano a Acib aumenta o número de cursos e eventos oferecidos com pre-

ços diferenciados aos associados da entidade. Hoje são mais de 20 instituições de ensino que têm os cursos e eventos divulgados nos meios de comunicação da Acib em troca de vantagens para os associados.

Desta forma, a Acib facilita o acesso de empresários e colaboradores à contínua capacitação, item cada vez mais exigido pelo mercado competitivo dos tempos atuais. 29


PRESTAÇÃO DE CONTAS - Infra-estrutura

TRANSPORTE

DE QUALIDADE PARA O VALE

Um local adequado para pouso e decolagens de aeronaves é indispensável para uma região que não pára de crescer. Pensando nisso, a Diretoria da Acib trabalhou incessantemente com o objetivo de reativar os vôos comerciais no Aeroporto Quero-Quero, transformando-o em Aeroporto Regional de Blumenau. Em setembro de 2005, em uma reunião com o governador do Estado, representantes da Prefeitura de Blumenau e o vicepresidente da República José Alencar, realizada em Florianópolis, as entidades empresariais de Blumenau conseguiram o comprometimento das três esferas do Poder Executivo para viabilizar as melhorias necessárias ao aeroporto. Cabe à Prefeitura a desapropriação dos terrenos para a ampliação e homologação da pista. O Governo do Estado tem sob sua responsabilidade o desvio da SC-474, para permitir a ampliação da pista. E ficam sob responsabilidade da União as melhorias no Aeroporto para que os vôos comerciais possam ser reativados. Em agosto de 2006, em um evento organizado pela Acib, CDL, Ampe e Intersindical, o governador Eduardo Pinho Moreira reafirmou a parceria do Estado, dizendo que disponibilizaria R$ 4 milhões no orçamento deste ano para o desvio da rodovia. Em setembro o vice-presidente José Alencar esteve em Blumenau em mais um evento promovido pelas entidades empresariais e também reafirmou a participação da União. Em março deste ano, durante uma reunião com os presidentes da Acib, CDL e Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau e Região, o prefeito João Paulo Kleinübing garantiu que vai iniciar o processo de licitação para a contratação dos projetos de homologação da pista e de ampliação do Aeroporto Quero-Quero. Outro compromisso assumido pela Prefeitura foi o de desapropriar, ainda neste ano, a área necessária para a homologação de toda a pista existente. A Acib também deu a devida atenção aos problemas relacionados ao Aeroporto Internacional de Navegantes, como a conclusão do sistema de climatização do terminal de passageiros e o processo de desapropriação de terrenos por parte da Prefeitura de Navegantes para a instalação do VOR, equipamento que auxilia os pilotos em condições adversas de clima. Até o início de junho a Prefeitura deve prestar contas sobre o processo à Infraero. Em contrapartida, a Infraero deve apresentar a minuta de um novo convênio a ser firmado entre as partes. O VOR deve ser instalado no Aeroporto em 2008. 30

Duplicação da BR-470 Inúmeras ações foram programadas pela Acib para cobrar a duplicação da principal rodovia da região. Em julho de 2005, uma audiência pública no antigo Centro de Convenções da Proeb foi organizada para discutir o assunto em parceria com a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Secretarias Regionais de Blumenau e Itajaí e Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí. Em dezembro o Ministério dos Transportes liberou R$ 9 milhões para recuperação dos acostamentos, sinalização e da pista da rodovia nos trechos mais críticos. Representantes da Acib se reuniram em Brasília com representantes do Ministério dos Transportes e com os deputados e senadores da bancada catarinense com o objetivo de garantir o apoio necessário para viabilizar a duplicação. Em março de 2006, o secretário de Política Nacional de Transportes, José Augusto Valente, veio a Blumenau para uma reunião com representantes das associações empresariais de Itajaí, Rio do Sul e Blumenau. Além dele participaram a senadora Ideli Salvatti, o deputado federal Carlito Merss e inúmeras autoridades políticas, empresariais e comunitárias. A luta era para garantir a inclusão da Rodovia Ingo Hering (BR-470) no terceiro lote de concessões de rodovias do governo federal. A esperança veio com o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento anunciado no início do ano pelo presidente Lula. Nele está prevista a duplicação de 62 quilômetros da rodovia, entre Navegantes e Timbó. A obra deve começar em 2008 com conclusão em 2010, mas ainda depende do estudo de viabilidade e da licença ambiental. Enquanto a obra não sai do papel, a Acib trabalha pela construção de um contorno rodoviário e uma nova ponte com acesso à BR-470 na cidade de Gaspar, o que desafogaria o trânsito na Rodovia Jorge Lacerda (SC-470). A entidade blumenauense apóia as autoridades políticas e empresariais de Gaspar na conquista de mais uma importante melhoria na região.

Luís C. Kriewall Filho

AEROPORTOS


VIADUTO SOBRE

TREVO DA MAFISA

Na infra-estrutura rodoviária o grande destaque vai para a conquista de um viaduto sobre o Trevo da Mafisa, entroncamento da SC-474 com a BR-470, situado na região Norte da cidade, a que apresenta os maiores índices de crescimento populacional e econômico. A obra deve desobstruir o tráfego no principal corredor de mercadorias do interior do Estado para o Porto de Itajaí, além de garantir segurança e agilidade aos que vivem, trabalham ou passam pela região. Tudo começou em setembro de 2005, quando o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, acompanhado por outras lideranças empresariais da região, foi recebido no Ministério dos Transportes, em Brasília. Na pauta estavam a duplicação e recuperação da BR-470 e a liberação de verbas para o viaduto sobre o Trevo da Mafisa. Com a liderança da senadora Ideli Salvatti e do deputado federal Carlito Merss, relator do Orçamento Geral da União naquele ano, Santa Catarina conseguiu a ver-

ba necessária para a obra. Em dezembro de 2005, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, veio a Blumenau para liberar R$ 9 milhões que foram aplicados na recuperação da pista, acostamento e sinalização de trechos críticos da BR-470. Na oportunidade, ele anunciou que R$ 20 milhões estariam previstos no Orçamento para a realização de obras na rodovia, entre elas, o viaduto sobre a BR-470. Para acelerar o processo, os empresários e a Prefeitura resolveram bancar os custos com os projetos necessários para a obra, dispensando a licitação. O Poder Público Municipal entrou com R$ 50 mil. A Acib e o Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central (Codeic), presidido pelo empresário Paulo Cesar Lopes, arrecadaram R$ 100 mil junto aos empresários de Blumenau, principalmente os da região Norte. Com o projeto em mãos, coube ao governo federal licitar a obra. Em 19 de setembro de 2006, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, assinou na sede da Acib a autorização para a licitação. O processo está em fase final no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). Segundo a comissão de licitação, a obra, orçada em aproximadamente R$ 8 milhões, deve começar em junho ou julho. Divulgação

CUSTEARAM O PROJETO: Altenburg Artesanal Ind. Pré-Moldaldos Auto Posto RG Baher Peças Baumgarten Bloco Norte Cia Hering Circuitec Ind. Equip. Com. e Conf. Statton Comunhão Martin Luther Construcon Contabilidade Bohmann CooperHering Cortiblu Decorações Bandoch Dudalina Elastan Ind. Com. Electro-Aço Altona Gasparetto & Rossa Adv. Giplás Ind. Com. Gloria Granja Kasulke Granja Ronchi Haco Etiquetas Juca Material de Constr. Julio Nunes Dentista Karsten Lotérica Germânia Malharia Camila Malharia Cristina Moore Brasil Nathor Indl. NK Ind. Com. de Móveis Novatextil Posthaus - Mkt Actual Rádio Nereus Ramos Relojoaria e Ótica Tribess RVB Embalagens Mad. S & S Tecidos & Confecções Santa Clara Veículos Selgron Industrial Sobretensão Stamp Ind. Com. Supermercado Central THP Vasselai Incorporação Vedax Ind. Com. Very Modas Via Vêneto Viação Verde Vale Weg Transfomadores Wester Ind. Com. Woelfer Tec. Contábil Ziehlsdorff Serv. 31


PRESTAÇÃO DE CONTAS - Infra-estrutura

PARQUE

VILA GERMÂNICA Divulgação/Vila Germânica

Barragens A Diretoria da Acib também esteve atenta aos acontecimentos relacionados aos problemas de manutenção dos equipamentos das três barragens no Alto Vale que fazem parte do sistema de contenção de cheias. O Governo Federal liberou R$ 1,36 milhão para obras de recuperação, adequação e modernização do sistema e a licitação está sendo conduzida pelo Governo do Estado. A obra é extremamente importante para a região, pois reestabelece a possibilidade de prever e orientar a comunidade para ações necessárias em caso de enchentes.

Sesi Olímpico

Dois meses após a posse da Diretoria da Acib, em julho de 2005, o governador do Estado Luiz Henrique da Silveira veio a Blumenau participar de uma reunião com representantes da Prefeitura e do Centro Empresarial de Blumenau (CEB) para discutir o modelo do Centro Internacional de Eventos e Feiras (Ciefe). A dificuldade de viabilização do projeto, cuja construção estava prevista para as margens da BR-470, forçou um “plano B”, que foi deflagrado durante a reunião: a revitalização da antiga Proeb, hoje Parque Vila Germânica. A parceria entre as entidades empresariais, através do CEB e Sintex, que pagaram o projeto e cederam o conceito idealizado para o Ciefe, e os governos estadual e municipal, que viabilizaram financeiramente a obra, 32

foi fundamental para a construção do maior Centro de Eventos do Estado. A estrutura foi construída em tempo recorde, de outubro de 2005 a maio de 2006, e foi logo testada e aprovada pela maior feira nacional da indústria têxtil, a Texfair do Brasil. Mais de 23 mil metros quadrados que, aos poucos, deixam claro que o Ciefe não pode ser descartado. “A Vila Germânica é fruto da determinação do governador Luiz Henrique da Silveira, do prefeito João Paulo Kleinübing e da classe empresarial em dotar a cidade de equipamentos adequados à realização de eventos e feiras”, destaca o presidente Ricardo Stodieck. A novidade logo rendeu frutos. Também em julho, Blumenau foi escolhida como sede para o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2007, evento que será realizado de 18 a 20 de novembro e vai reunir as principais lideranças empresariais do país e da Europa. A participação do governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, do prefeito João Paulo Kleinübing, do presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, e do presidente da Acib, Ricardo Stodieck, foram decisivas para a escolha de Blumenau, primeira cidade do interior a sediar o Encontro.

A Acib também foi uma das grandes incentivadoras para transformar o Centro Esportivo Bernardo Werner (Sesi) em Centro de Referência Nacional em Esportes de Alto Rendimento. O convênio entre o Ministério dos Esportes e o Sesi foi assinado em dezembro do ano passado. Para o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, que acompanhou desde o início o processo, a cidade ganha duas vezes: incentivando o esporte, essencial para a formação do caráter do jovem blumenauense, e incentivando a economia. Com a mudança, o Sesi vai poder sediar eventos esportivos nacionais e internacionais, atraindo visitantes do país e do mundo. Ingo Penz



DESENVOLVIMENTO PLANEJADO

A BUSCA PELA

QUALIDADE DE VIDA

Qualidade de vida. Este é o alvo que todo planejador urbano foca quando volta suas atenções para um município, afinal, é nele que as pessoas vivem, precisam de lazer, saúde, educação, moradia e transporte. Blumenau busca conciliar crescimento e desenvolvimento econômico com qualidade de vida. O modelo vem das cidades da Europa, que enfrentaram o problema muito antes e hoje nos oferecem lições. Uma dessas lições é investir no tripé transporte coletivo, alternativas de transporte e melhorias no sistema viário. Um exemplo prático é o cidadão que sai de sua casa em automóvel ou bicicleta, estaciona no terminal de ônibus e, a partir desse ponto, completa o trajeto em um transporte coletivo de qualidade. Outro desafio a ser encarado é a descentralização das oportunidades, que hoje estão concentradas no Centro. Um projeto nesse sentido é o Lazer nos Bairros, lançado em março pela Prefeitura e que pretende, até 2008, inaugurar 20 áreas de recreação nos bairros de Blumenau. Essa descentralização, porém, deve alcançar todos os segmentos, como cultura, educação e saúde. Assim, é possível retirar parte do fluxo de pessoas e veículos do Centro da cidade e distribuí-lo nos bairros. Hoje são cerca de dois habitantes por carro, enquanto em 1982 eram cinco. Nesse período, porém, muito pouco foi feito pelo sistema viário de Blumenau, possuidor de uma topografia difícil, que encarece a maioria das obras. Várias medidas estão em andamento. Algumas na fase de conclusão, como a Via Expressa, outras ainda no projeto, como a revitalização da Prainha. A verdade é que Blumenau precisa se reinventar, pois o modelo atual mostra claros sinais de esgotamento. O secretário municipal de Planejamento Urbano, Walfredo Balistieri, explica a situação de cada uma das principais obras e projetos previstos para Blumenau. Engenheiro civil com especialização em Engenharia de Segurança e mestrado em Gestão Empresarial, ele busca na Europa a inspiração para as medidas necessárias. 34

Trevo da Mafisa “Além de ser uma intervenção na BR-470, é também uma intervenção junto à SC-474. Para Blumenau, até pelas pesquisas que nós fizemos na revisão do Plano Diretor, a tendência de crescimento, de desenvolvimento é a região Norte, que depende veementemente deste viaduto sobre a BR-470 para que tenhamos um acesso de entrada e saída da cidade pela região Norte. Estamos na iminência de iniciar as obras. A Acib, empresas da Itoupava Central e a Prefeitura promoveram a execução do projeto, que já foi aprovado pelo DNIT. Recentemente,

houve a licitação da obra e esperamos que realmente aconteça, pois fará a ligação da região Norte, complementando uma parte desse anel viário periférico à cidade e também como mais uma saída e entrada de Blumenau, sem ter todo o problema de engarrafamento que todos conhecem naquela região. Junto com isso, o viaduto também viabilizará o acesso ao Aeroporto Quero-Quero, que é outra bandeira do município e das entidades. O cronograma indica que daqui a um ano o viaduto da Mafisa seja uma realidade”.


Balistieri aposta na integração regional para sanar os gargalos

AEROPORTO Via Expressa “A Via Expressa vem ao longo dos anos a passos muito lentos, mas acreditamos estar chegando a uma fase final. É claro que depende sempre da liberação de recursos do governo federal, pois é um convênio via DNIT e essas liberações vêm por etapas. Mas acreditamos que com a próxima liberação de recursos possamos concluir as passarelas e terminar a via da BR-470 ao Centro de Blumenau.

Ligação Velha-Garcia “Dentro do pacote Blumenau do Futuro, aprovado tecnicamente pelo BNDES e que prevê investimentos de R$ 80 milhões, o primeiro trecho da Velha-Garcia está contemplado. Ele inicia na rua João Pessoa chegando até o Morro da Companhia. O segundo, que seria fazer um túnel, é uma situação de valores

Assim podemos ter a liberação da pista, não a definitiva, porque precisaríamos de um complemento de verba em torno de R$ 12 milhões a R$ 13 milhões para execução do viaduto sobre a BR-470. Porém, está se solicitando um estudo junto ao DNIT para, assim que tivermos a pista pronta, as passarelas, a travessia de pedestres, as rotatórias e as intervenções de viadutos concluídos, utilizar as rotatórias da Mafisa e da Dudalina como um sistema viário de segurança para poder acessar e sair da Via Expressa”.

orçamentários muito altos. Nós entendemos que seja uma obra importante, mas, de novo, passa a ser uma obra de interesse regional, e não só de Blumenau. Se nós tivermos a Ponte do Badenfurt, tivermos um anel periférico, mais o túnel e colocarmos o fluxo na Jorge Lacerda, dentro daquela proposta de desvio em Gaspar, essa ligação atende a toda a região, e não apenas a Blumenau. Temos que trabalhar junto com o governo do Estado pela grande importância desta obra para a região”.

“A situação do aeroporto envolve as esferas municipal, estadual e federal, cada uma com seus compromissos. O primeiro compromisso do município é justamente com as desapropriações naquela região por causa do cone de aproximação que precisamos ter devido às aeronaves. O próximo passo é sentar com as entidades e definir com quantos metros se quer homologar a pista do Aeroporto Quero-Quero. Com a definição do tamanho da pista, do cone e dos tipos de aeronaves que poderão pousar e decolar de Blumenau, entra o papel da Prefeitura de iniciar as desapropriações das áreas. O prefeito João Paulo Kleinübing já manifestou o interesse de começar este ano as desapropriações para que possamos cumprir nosso compromisso para que o governo do Estado dê início ao desvio da rodovia SC-474, uma obra necessário para a posterior homologação a pista de pouso e decolagem. Acredito que neste ano ainda o município comece a desapropriar alguns terrenos para que um aeroporto regional, e não mais só de Blumenau, se torne realidade. É importante frisar que não podemos mais olhar a BR-470, o aeroporto, o meio ambiente, entre outras obras importantes, somente como sendo para Blumenau. Elas, na verdade, beneficiam toda a região e precisam congregar todas as forças dos municípios, 35


DESENVOLVIMENTO PLANEJADO

BR-470

Áreas de lazer

“É uma rodovia de interesse de Blumenau, do Vale do Itajaí e do Oeste do Estado, uma vez que ela é o corredor de escoamento das grandes indústrias rumo ao Litoral, seja à BR-101, aos portos e aeroportos. Blumenau está empenhada em sua duplicação, que é de fundamental importância para o setor econômico e seu sistema viário. Recentemente, com esses contatos todos que Blumenau vem fazendo, inclusive devido ao Encontro Brasil-Alemanha, um dos questionamentos é sempre o sistema de escoamento, seja viário como portos e aeroportos. A Prefeitura apóia essa manifestação pela duplicação da BR-470 e em conjunto com as entidades está trabalhando nessa pressão. Acreditamos que o Governo Federal, no Programa de Aceleração do Crescimento, venha a tratar com muito carinho uma das obras prioritárias para Blumenau, região e todo o Estado”.

Rodovia Jorge Lacerda “Assim como a BR-470, a rodovia Jorge Lacerda é de extrema importância para o município de Blumenau, porque ela também leva o fluxo para a BR-101. A bandeira é fazer um desvio na cidade de Gaspar. Estão sendo realizadas reuniões da Acib com a Acig e nós participamos dessas reuniões. O governo do Estado também já esteve acompanhando esse processo. Juntamente com o município de Gaspar, estamos trabalhando com muito afinco para que isso aconteça, porque hoje o movimento que usa esse sentido, em horários de pico e na temporada, gera um problema de fluxo e para a cidade de Gaspar. Novamente, pensando não apenas no município, mas em toda a região, Blumenau tem de trabalhar em conjunto com Gaspar para conseguirmos esse desvio da rodovia Jorge Lacerda e uma nova ponte em Gaspar, que vai ser muito importante para toda a região do Vale que se desloca até o Litoral e BR101”.

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“Nós temos várias praças, porém a configuração delas não é exatamente atrativa para que as pessoas possam caminhar. São mais decorativas do que para lazer. Isso se confirmou na consulta à comunidade na revisão do Plano Diretor. A partir daí, começamos a fazer um traçado de alguns pontos estratégicos da cidade e criando outros. Nós temos domingos com quase 5 mil pessoas no Parque Ramiro Ruediger, mostrando a importância que as pessoas dão para esses espaços de lazer. A primeira opção foi concluir o parque. A obra está em execução. Outra situação é o projeto da Prainha, contemplando a revitalização desse espaço. Muitos pensavam apenas em reformá-la, mas ela sofreu alguns problemas e chegou a um ponto

que tivemos que parar e fazer um estudo novo. Por exemplo: temos uma pista de skate em frente à concha acústica; não funciona nem para o pessoal do skate nem para a concha acústica. Além disso, projetamos uma passarela – para pedestres e ciclistas – entre os dois lados do rio, porque do outro lado temos o antigo porto, a cervejaria e o casarão mais antigo, que está sendo restaurado. Em uma segunda etapa, seria feita a ligação do Frohsinn com a Prainha, através de um teleférico ou de um elevador panorâmico. Este é um projeto bastante importante para o município, para o cidadão blumenauense e para o turismo. Estamos tentando captar recursos junto aos governos estadual e federal específicas para este fim.

Barragens

que são de âmbito federal; as barragens, também federais, mas com participação estadual; e os municípios, os mais prejudicados pelo impasse. Temos informações de que o governo do Estado está liberando verbas para as obras de recuperação e temos que torcer para que não tenhamos um período de chuvas muito intenso. Numa segunda etapa, haveria a possibilidade de as cidades da região envolvida, as mais prejudicadas, passarem a administrar essas barragens”.

“Desde que começou o problema das barragens, o prefeito João Paulo Kleinübing, juntamente com as entidades de Blumenau, Exército, polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, vem trabalhando por uma solução. Fomos à Brasília, à Funai, ao Ministério da Justiça; está tudo protocolado. A questão é complexa. Envolve a questão indígena,


SEGURANÇA PÚBLICA

Blumenau sofre com a

violência urbana

Em março deste ano, um empresário do ramo de lotéricas preferiu fechar as portas de sua agência, no Bairro Garcia, a continuar sendo vítima da violência urbana. Alvo preferencial dos bandidos depois que os bancos reforçaram a segurança, as casas lotéricas são apenas um dos diversos setores empresariais que sofrem as conseqüências da falta de segurança e do baixo investimento do setor público nessa área. Somente no primeiro semestre de 2006, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, foram 46 furtos em estabelecimentos comerciais e 52 roubos diversos em Blumenau. O município já tem mais de 300 mil habitantes, pouco mais da metade de Joinville, a maior cidade catarinense, que no mesmo período teve 59 furtos

no comércio, porém 24 roubos diversos – muito abaixo de Blumenau. Os números mostram que Blumenau deixou de ser a cidade calma que repousa no subconsciente de seus moradores. Com relação aos estupros, por exemplo, o município ficou à frente até mesmo de Florianópolis, a campeã das ocorrências policiais em Santa Catarina. Uma das explicações para o aumento da violência em Blumenau é o crescimento populacional. Outro argumento é a falta de policiamento. Segundo pesquisa divulgada na imprensa, enquanto Florianópolis dispunha em setembro de 2005 de um policial para cada 511 habitantes e Joinville de um para cada 638, Blumenau tinha um policial a cada 964 habitantes. A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta como ideal a proporção de um policial para cada grupo de 250 habitantes. Se Blumenau carece de policiais para patrulhar suas ruas, também não recebe

os recursos necessários para modernizar seu sistema de segurança. O diretor de Núcleos da Acib e empresário do setor de segurança privada, Avelino Lombardi, afirma que nos últimos anos a cidade tem sido preterida pelo Poder Público na área da segurança. “Também não há mais onde colocar pessoas no sistema carcerário, o que levou a um abrandamento em relação aos crimes de menor potencial ofensivo. Sem punição, o delinqüente torna-se mais ousado”. Sem estrutura adequada e com efetivo reduzido, as polícias Civil e Militar de Blumenau tentam atender bem a população, inclusive com ações de prevenção. Já o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo Benedet, promete a construção de novos presídios, ações de prevenção, repressão ao tráfico de drogas e pede ajuda. “As comunidades precisam ser parceiras da Segurança Pública”, afirma (leia entrevista na página 39). 37


SEGURANÇA PÚBLICA

Cidadão comum busca se proteger

Lombardi: cidadão comum investe mais em sistemas de segurança

INSUCESSO DESESTIMULA AS AÇÕES O diretor de uma empresa da área financeira de Blumenau conta que o estabelecimento já foi alvo dos bandidos por diversas vezes, incluindo arrombamentos e assalto a mão armada. As tentativas dos ladrões frustradas pelo sistema de segurança são sempre comemoradas, enquanto as ações bem-sucedidas tornam-se uma lição amarga, que obrigam a empresa a rever e aperfeiçoar seu planejamento. “Os bandidos são criativos”, diz o diretor, que prefere não ser identificado. Entre as experiências vividas pela empresa, em uma delas os bandidos abriram um buraco na parede de uma das agências no fim de semana. Antes cortaram os cabos de telefone e energia. A ação foi 38

mal-sucedida porque o sistema de alarme estava ligado a uma linha de comunicação backup (celular) e disparou. Além disso, a ação foi registrada pelo circuito de TV. “Os bandidos conseguiram fugir, mas o insucesso desestimula novas ações”, afirma o diretor. Segundo ele, toda empresa deve se preocupar com a segurança, seja do patrimônio como dos colaboradores. “Segurança é planejamento e atitude de todos, desde a empresa de vigilância até os trabalhadores”, acrescenta. “Blumenau não é mais a cidade tranqüila de antigamente. Aliás, no Brasil uma cidade tranqüila é mito, pois quanto mais improvável o local, mais atrai os bandidos”.

Com o crescimento da violência urbana, a população busca se proteger com alguma forma de segurança privada. Já é comum avistar em casas e condomínios de Blumenau cercas elétricas e sistemas de vigilância eletrônica, sem contar a figura do vigilante. Essa realidade, porém, traz uma distorção e um perigo: primeiro que as empresas de segurança não substituem a polícia, pois trabalham na prevenção e não na repressão. Depois, e aí está o maior perigo, assim como cidadãos buscam empresas legalizadas, também há os que alimentam uma crescente indústria de segurança clandestina, que acaba gerando mais violência. “A falta de segurança pública leva à segurança clandestina e à proliferação de armas”, afirma o empresário da segurança Avelino Lombardi. “Toda empresa de vigilância deve estar registrada no Ministério da Justiça e certificada pela Polícia Federal”, observa. Atualmente, cerca de 17 empresas do setor atuam em Blumenau. Trata-se de um filão em crescimento em todo o País. “A segurança hoje virou um produto, como educação e saúde”, destaca Lombardi. Ele enfatiza que há alguns anos a segurança privada era mais procurada por empresas e famílias abastadas, mas, hoje, o cidadão comum também busca o serviço, para sentir-se seguro mediante a ameaça da crescente violência urbana na cidade.

SISTEMAS DE SEGURANÇA Os mais procurados, que podem ser monitorados através de central, internet ou celular, ou sem monitoramento: ||| Sensores de presença ||| Sensores de portas e janelas ||| Sensores de piso ||| Circuito fechado de TV ||| Cerca elétrica ||| Vigilante, armado ou não ||| Porta giratória com detector


secretário RECONHECE OS PROBLEMAS social deste País. Em Santa Catarina, os indicadores de criminalidade estão estabilizados. Blumenau, a exemplo de Joinville e Florianópolis, apresenta números que consideramos normais do ponto de vista de aumento da criminalidade. No item homicídio, por exemplo, reduzimos em 31% o número de assassinatos em todo o Estado. Em Blumenau, no comparativo entre 2005 e 2006, tivemos uma redução de 7%.

Benedet aposta na criação de vagas no sistema carcerário Empresário Acib - Blumenau tem um índice de violência urbana que, em muitos aspectos, se assemelha a cidades maiores como Joinville e Florianópolis. Esse é o caso, por exemplo, do furto de veículos ou dos roubos em geral. O Poder Público está dando a devida atenção às necessidades de segurança de Blumenau? Ronaldo Benedet - A Segurança Pública se constitui hoje na maior demanda

EA - Uma pesquisa divulgada pela mídia em setembro de 2005 mostrava que Blumenau tinha um policial para 964 habitantes, sendo que a ONU indica como ideal um policial a cada 250 habitantes. De 2005 para cá houve algum avanço nessa área? Benedet - O problema de efetivo policial é uma realidade. Mas também é realidade que no primeiro período de governo Luiz Henrique (2003-2007) nunca, na história da Segurança Pública, houve tantas nomeações e/ou inclusões de policiais. Só na Polícia Civil nomeamos mais de 700 novos profissionais de Segurança Pública.

Outros 1,9 mil foram incluídos na Polícia Militar. As comunidades precisam ser parceiras da Segurança Pública. A filosofia de Polícia Comunitária é uma realidade em Santa Catarina. Já são 260 Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) espalhados pelo Estado. EA - O que Blumenau pode esperar da Secretaria de Segurança Pública para os próximos anos? Benedet - Temos compromissos assumidos com a construção de novos presídios e criação de centenas de novas vagas no sistema prisional. Vamos disseminar as ações de prevenção e as ações de repressão ao tráfico de drogas, em conjunto com a Polícia Federal, com o Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen) e organizações do terceiro setor. Vamos otimizar ações com os setores da administração pública e da sociedade organizada com objetivo de reduzir os índices de mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Vamos descentralizar e ampliar a informatização dos serviços de todos os órgãos da Segurança.


TRIBUTOS

O ESTADO PRECISA FICAR

MAIS ENXUTO

A carga tributária brasileira chegou a exorbitantes 39% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006. Com a revisão no cálculo do PIB, em março, caiu para 36%. Ainda assim, muito além do considerado suportável em um país que espera há mais de 20 anos pelo “espetáculo do crescimento”. Para se ter uma idéia do peso dos tributos no Brasil, apenas um deles, a CPMF, já responde sozinha por 1,38% do PIB. Traduzindo: somente no ano passado, o governo amealhou do contribuinte um montante de R$ 31,7 bilhões cobrando 0,38% em cada movimentação financeira efetuada. A solução para esse disparate tributário, porém, não se resume a uma lei que reduza a carga. “É preciso rever o custo e o tamanho do Estado”, explica o advogado e professor de Direito Tributário da Furb, Maro Marcos Hadlich Filho. Isso por-

que, mesmo arrecadando mais de um terço da riqueza nacional, o Estado não tem capacidade de investimento para cumprir adequadamente sua função social nem para promover a tão necessária melhora na infra-estrutura do País. A opinião é compartilhada pelo contador e diretor Administrativo-Financeiro da Acib, Manfredo Krieck. Para ele, se o governo, por exemplo, não prorrogar a CPMF – que perderá sua validade em dezembro – terá de criar outro tributo, pois precisa sustentar a máquina, a dívida interna e as pressões sociais crescentes. “Problemas estruturais, como o tamanho do Estado, precisam ser discutidos”, acrescenta. O governo federal não parece muito disposto a reduzir a carga tributária. Um claro exemplo disso é a própria CPMF. O governo do presidente Lula já trabalha pela prorrogação do tributo até 2010, mesmo que isso signifique dividir parte do bolo com estados e municípios. Às empresas e à sociedade em geral resta o legítimo direito de pressionar por tributos mais justos, muitas vezes recorrendo ao Judiciário, além de buscar uma eficiente gestão tributária para pagar o mínimo que a lei nacional permite. “O primeiro passo para reduzir a carga tributária depende do governo. É preciso diminuir o tamanho do Estado. Feito isso, a carga pode ser reduzida. Em um primeiro momento, haverá queda de arrecadação, mas com a redução da informalidade – uma das seqüelas do modelo atual – ela tende a aumentar ao longo dos anos. Com um Estado menor e cobrando menos de mais contribuintes, aumentará sua capacidade de investimento e poderá reduzir os juros, movimentando toda a economia”, ensina Hadlich Filho. Como pagar só o necessário

Manfredo Krieck: é preciso menos tributos e Estado menor 40

Enquanto o governo não faz sua parte para reduzir a carga tributária, existem alternativas às empresas para não pagar mais do que precisam ao Fisco. A mais importante delas é a gestão tributária, ou seja, conhecer a fundo a carga que incide

Hadlich: carga tributária menor diminuiria a informalidade na empresa, inclusive os custos para administrar a burocracia. “Conhecendo a sua realidade, o empresário pode planejar suas ações e buscar uma carga menor”, afirma Manfredo Krieck. Outra forma de buscar uma carga mais justa é recorrer aos tribunais. Essa opção, porém, deve ser precedida por uma análise da consistência da tese jurídica e da escolha da forma de discussão para minimizar os riscos de uma eventual perda da ação. O empresário deve sempre buscar a solução definitiva e não depender de liminares, que muitas vezes são temporárias e paliativas. Além disso, existem profissionais no mercado especializados em planejamento tributário e que, muitas vezes, são remunerados de acordo com o sucesso da proposta. A recomendação é sempre analisar a credibilidade do profissional antes de fechar o negócio.


Legislação também é complexa

Franz: Estado usa a política tributária para gestão de caixa

O Brasil não apenas precisa reduzir a carga tributária como também simplificar a forma de recolhimento desses tributos e acabar, de uma vez por todas, com o efeito cascata. “Há tributos incidindo em cascata em toda a cadeia produtiva, num emaranhado de normas, afetando diretamente a competitividade para aqueles contribuintes regulares e cumpridores de suas obrigações fiscais”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Contribuintes (Abrapi), Rubens Ricardo Franz. Uma empresa catarinense que, por exemplo, venda seus produtos para todos os estados do País terá de conhecer e se adequar a 27 legislações sobre o ICMS, pois cada unidade da Federação tem a sua. Da mesma forma, a soma de impostos, taxas e contribuições no Brasil chega a mais de 70, cada uma com sua burocracia específica. “Hoje, o Estado faz uso da política tributária na forma de gestão de caixa e não como um instrumento econômico estimulante”, destaca Franz. Talvez resida aí uma

dica da falta de interesse por parte do governo de também simplificar os processos, afinal, toda a gestão da burocracia é repassada ao contribuinte. Em breves palavras, o Estado gasta mal, oferece serviços ruins, arrecada muito de poucos, não investe em infra-estrutura, não combate a informalidade e não simplifica os processos.

IMPOSTOS No Brasil existem 13 impostos. Os demais tributos são taxas e contribuições, como a CPMF: • Impostos federais: Renda, Importação, Exportação, IPI, IOF, ITR e IGF • Impostos estaduais: ICMS, IPVA e ITCMD • Impostos municipais: IPTU, ISS e ITBI


ENTREVISTA: Hans Dieter Didjurgeit, presidente do Conselho Deliberativo da Acib

CONSELHO BOM

E DE GRAÇA

Um dos órgãos mais importantes da Associação Empresarial de Blumenau é composto por 30 empresários dos mais diversos setores da economia local. O Conselho Deliberativo é o colaborador imediato da Diretoria e tem como principal atribuição oferecer sugestões e providências que conduzem ao desenvolvimento da Associação e à defesa dos interesses dos associados. O empresário Hans Dieter Didjurgeit, da ADD Makler, é o atual presidente do Conselho. Com a experiência de dois mandatos à frente da Diretoria Executiva (2001-2005), é dele a atribuição de levar ao presidente da entidade o pensamento do Conselho Deliberativo. Nesta entrevista, Didjurgeit conta como funciona o trabalho do Conselho e expõe idéias sobre o futuro da Acib. Empresário Acib – Qual o papel do Conselho Deliberativo? Hans Dieter Didjurgeit – O objetivo do Conselho é criar condições e dar apoio à diretoria para executar suas funções. Também temos o dever de zelar pela 42

imagem da entidade, principalmente nos assuntos relacionados ao desenvolvimento da região e das empresas associadas. EA – Que avaliação o senhor faz sobre o papel do Conselho nos últimos dois anos? Didjurgeit – Temos a felicidade de ter no Conselho pessoas notáveis em suas áreas, empreendedores bem-sucedidos e empresários com história na Associação e na comunidade. Essa característica facilita muito o trabalho. Estamos sempre atentos para intervir quando necessário, seja para ajudar nos momentos de dificuldade ou para avalizar a conduta da Diretoria. EA – Como funciona o trabalho do Conselho? Didjurgeit – Ele se dá basicamente em dois momentos: nas reuniões, que hoje são mensais, e no relacionamento pessoal do presidente do Conselho com o presidente-executivo. É nessa relação, por exemplo, que são decididas as pautas

das reuniões e são sanadas algumas dúvidas relacionadas às ações da entidade para com os associados e a comunidade. Eu diria que os conselheiros são os “Guardiões da Acib”. EA – Ricardo Stodieck foi seu vice no seu último mandato como presidente da Acib. Isso facilita o trabalho? Didjurgeit – Sem dúvida. Antes de ser presidente, Stodieck foi diretor e vicepresidente. Um conhece bem as idéias do outro e por isso economizamos tempo na discussão dos assuntos que devem ser tratados. O Estatuto favorece essa “formação” de líderes que passam pelos mais diversos cargos. EA – O que pode ser destacado no trabalho desta diretoria nos primeiros dois anos? Didjurgeit – A atuação política visando resultados é um dos destaques. Ricardo Stodieck consegue aplicar a visão empre-


sarial no relacionamento com as diferentes esferas do poder. Podemos citar vários exemplos de resultado, como o encaminhamento da construção do viaduto sobre o Trevo da Mafisa, o trabalho em conseguir o comprometimento do Município, Estado e União na viabilização do aeroporto regional, modernização do Código Tributário Municipal e tantos outros. EA – Que conselho o senhor deixa ao presidente e à nova diretoria? Didjurgeit – Penso que a entidade deve se voltar mais para dentro dela, em busca de ações e serviços que beneficiem diretamente os associados. Esse trabalho, que já começou a ser feito na primeira gestão de Stodieck, pode ser intensificado e deve contar com o apoio de entidades como a Federação das Associações Em-

presariais de Santa Catarina (Facisc) e outras associações empresariais da região. EA – Muitos dirigentes empresariais apostam no fim da dependência das mensalidades pagas pelos associados para manter uma associação. O senhor concorda com essa linha de pensamento? Didjurgeit – Não. Todas as empresas constituídas deveriam se filiar à Associação Empresarial de sua cidade e pagar mensalidade. Isso provocaria a queda do valor pago pelos associados e o aumento de serviços oferecidos, como consultorias para a abertura de novos negócios e o suporte necessário para a sobrevivência de um novo empreendimento. Outra justificativa para a obrigatoriedade é o fato de que boa parte das ações da Acib acaba

por beneficiar todos os empresários. Esse modelo já existe na Alemanha. A filiação à Câmara de Artes e Ofícios da Alta Baviera, entidade correspondente à Acib e referência em todo o mundo, é obrigatória. EA – Depois da presidência do Conselho, qual o futuro do envolvimento do empresário Hans Dieter Didjurgeit com a Acib e outras entidades empresariais? Didjurgeit - Todo empresário deveria dedicar parte de seu tempo para uma causa comunitária. Quero continuar trabalhando pelo desenvolvimento econômico de Blumenau e região. Imagino que de alguma forma eu possa contribuir com a experiência que adquiri ao longo dos últimos anos, respeitando as novas lideranças que estão sendo formadas.

Todas as empresas constituídas deveriam se filiar à Associação Empresarial de sua cidade e pagar mensalidade. Isso provocaria a queda do valor pago pelos sócios e o aumento de serviços oferecidos.


EVENTOS

NATAL

MOBILIZA EMPRESÁRIOS

Faltam mais de seis meses para o Natal, mas na Acib já há quem esteja pensando nos atrativos e investimentos para a principal data do comércio. Nos últimos dois anos, a Associação uniu esforços com outras entidades e a prefeitura para promover o Natal em Blumenau. A Acib participa do evento através de doações de seus associados. O fórum para as discussões e o planejamento é o Conselho Municipal de Turismo e o representante da Acib nele é o diretor para Assuntos de Comércio e Turismo, Juliano Mendes. Ele explica que, apesar de as últimas duas edições do Natal terem apresentado decoração alusiva e atrações, ainda é preciso quebrar dois paradigmas em Blumenau. O primeiro deles é quanto aos investimentos para as atrações principais, que devem ser divididos entre Poder Público e empresários, pois todos são os beneficiados. “Além disso, é preciso manter a cidade limpa, organizada, sinalizada e divulgá-la em feiras e eventos”, explica Mendes. O segundo paradigma a ser quebrado é o pensamento de que a decoração

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de Natal só beneficia o comércio da Rua XV de Novembro. Para o diretor, o comércio da XV é diretamente beneficiado, mas, quando o Natal mantém os blumenauenses na cidade e atrai o turista, todos ganham. “O comércio aquecido também tem recursos para fazer investimentos, beneficiando outros setores, e gerar empregos”, destaca Mendes. Este ano, as entidades empresariais já estão se mobilizando para atrair associados para os investimentos. O objetivo é, em médio e longo prazo, o Natal em Blumenau virar uma marca, como já acontece, por exemplo, em Gramado (RS). No ano passado, as entidades empresariais enviaram correspondência a seus associados, que fizeram contribuições espontâneas para o evento de fim de ano. Mendes reconhece que o valor arrecadado ainda é modesto para o que se pretende fazer e que a prefeitura de Blumenau ainda responde pelo maior investimento. Contudo, o empresário acredita que é possível mudar essa realidade em breve. “Quando os resultados começam a aparecer, surgem novos interessados no projeto”, diz o diretor para Assuntos de Comércio e Turismo da Acib.



RESPONSABILIDADE SOCIAL

Foco no DESENVOLVIMENTO

sustentável O que é responsabilidade social empresarial? Segundo o Instituto Ethos, é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

Exemplo: 22 jovens participam da Indústria de Talentos da Electro Aço Altona Até alguns anos atrás, responsabilidade social era confundida com filantropia ou assistencialismo. Hoje, porém, o conceito ganhou uma nova forma, que representa com maior fidelidade aquilo que se pretende: focar no desenvolvimento sustentável. Essa filosofia está baseada em três pilares: social, econômico e ambiental.

Fabiana ressalta que primeiro é preciso cuidar do público interno 46

Isso significa que responsabilidade social não pode ser um punhado de ações isoladas ou estar restrita a um departamento da empresa. “Trata do negócio da organização como um todo”, explica a coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social da Acib, Amélia Malheiros. “Responsabilidade social é relacionar-se com seus diversos públicos: colaboradores, fornecedores, clientes, consumidores, governo, sociedade, imprensa e acionistas”, afirma. A consultora Fabiana de Souza Medeiros afirma que o primeiro passo da responsabilidade social em uma empresa é o cuidado com sua organização e público interno. “É preciso fazer o dever de casa, que é mais do que cumprir com a legislação”, explica. Para Fabiana, primeiro a empresa deve se preocupar com a educação, segurança, saúde, forma de tratamento, meio ambiente e qualidade de vida de seus colaboradores, para depois, ou paralelamente, partir para os públicos externos. A responsabilidade social deve ser encarada como investimento. O retorno vai além da imagem da empresa e inclui uma consciência responsável. Além disso, já existem pesquisas que mostram que o consumidor busca adquirir produtos e serviços de empresas que comprovam sua responsabilidade social. “O tema traz a reflexão sobre nossa condição humana. Como estou vivendo e promovendo a qualidade de vida das pessoas em meu entorno; a contribuição da empresa para as gerações futuras”, enfatiza Fabiana. “A preocupação deve começar pelo presidente da companhia e a responsabilidade social estar ligada ao planejamento estratégico, prevendo ações com foco no desenvolvimento sustentável”, continua.


Núcleo é formado por 20 empresas A Acib possui um núcleo voltado exclusivamente para a responsabilidade social, do qual participam atualmente 20 empresas. Criado em abril de 2005, tem como missão aprofundar o debate e implementar ações de responsabilidade social corporativa para promover o desenvolvimento das empresas e da sociedade de Blumenau. A coordenadora do núcleo, Amélia Malheiros, conta que recentemente o núcleo promoveu um encontro sobre Código de Ética nas Empresas. “O código é um dos alicerces para iniciar uma política de responsabilidade social”, explica. Além disso, nas reuniões existe a troca de experiências entre os participantes. Amélia lembra que quando o grupo iniciou os trabalhos, há dois anos, tinha um outro entendimento do tema. Perceberam, por exemplo, que o foco estava voltado para o assistencialismo, enquanto hoje existe uma visão mais ampla de que responsabilidade social precisa estar inserida na gestão da empresa como um todo. As oficinas que o núcleo promove são abertas para empresas de fora do grupo. É uma forma de mostrar o que a Acib oferece. “Não importa o tamanho da empresa, ela pode ser socialmente responsável mesmo que promova somente pequenas ações”, destaca Amélia.

Responsabilidade social é relacionarse com os diversos públicos: colaboradores, fornecedores, clientes, consumidores, governo, sociedade...

Exemplos que vêm da fundição A blumenauense Electro Aço Altona, no bairro Itoupava Seca, respira responsabilidade social. Os sinais de uma prática disseminada de ações que promovem consciência aos diversos públicos da empresa podem ser vistos logo na entrada, com os avisos que impelem trabalhador e visitante à segurança. A simpatia dos colaboradores mostra que se trata de um local de trabalho diferenciado. A empresa, aliás, tem um Código de Conduta que norteia os relacionamentos da Altona com seus diversos públicos. Ao lado de uma parede de vidro, que expõe a biblioteca da fábrica, está a entrada do Departamento de Responsabilidade Social. A analista Silvana Marina Serpa logo explica que o local serve para coordenar as atividades promovidas com os distintos públicos da empresa. Mais alguns minutos e conta que o maior incentivador da responsabilidade social dentro da empresa é seu principal executivo, Alcantaro Corrêa, que atualmente também preside a Fiesc. “Historicamente, dentro da Altona, sempre houve a preocupação com o bemestar dos colaboradores e seus familiares”, explica Silvana. “A preocupação com a comunidade foi uma conseqüência desse trabalho”. Atualmente, a Altona atua com o público interno e a comunidade em diversos projetos. Os colaboradores são incentivados a participar. Esse é o caso, por exemplo, da Escolinha de Futebol. Sob a coordenação de Nailton Hammes, do setor de Segurança Patrimonial, cerca de 50 crianças de 7 a 14 anos jogam futebol todo domingo na Associação da Altona. A empresa disponibiliza lanche, uniforme e material esportivo. Participam tanto filhos de funcionários como crianças de diversos bairros da cidade. Outro projeto de destaque é o Superação, em parceria com o Sesi e o Instituto Ayrton Senna. Promovido na Escola Básica Municipal Professora Alice Thiele, na rua Araranguá, beneficia 143 jovens através de oficinas ministradas fora do horário escolar. Os alunos recebem desde reforço escolar até incentivo à leitura, dicas de jardinagem e oficina de reciclagem de lixo. O objetivo principal, explica Silvana, é trabalhar a autoestima dos adolescentes. Para 2007, novas oficinas estão previstas para começar ainda em maio. Já o projeto Indústria de Talentos é voltado para o público interno. Atualmente, 22 jovens entre 11 e 17 anos, filhos de colaboradores, têm aulas de robótica focada nas necessidades da indústria. Uma vez por semana, se reúnem no laboratório de informática do Sesi e criam robôs a partir de peças de Lego, com uso da informática e mecatrônica. Os adolescentes ganham o transporte e, após 18 meses de curso, expõem seus trabalhos na fábrica. “Para a Electro Aço Altona, a responsabilidade social é uma estratégia que faz parte do seu planejamento há mais de cinco anos”, finaliza Silvana.

Amélia coordena o Núcleo Setorial de Responsabilidade Social da Acib 47


História

BLUMENAU VÊ NASCER O

ASSOCIATIVISMO

A euforia da virada do século embalava o mundo. A Europa vivia um período de franco desenvolvimento econômico, fruto da definitiva consolidação da Revolução Industrial. A cultura do velho continente também fervilhava no rastro das mudanças sociais, buscando alternativas para o crescente distanciamento econômico entre a burguesia dominante e o proletariado que surgira com a urbanização e as indústrias. O Brasil, por sua vez, atravessava um período de instabilidade econômica e lutava para garantir sua participação no mercado mundial de café. Os grandes fazendeiros acumulavam fortuna e traziam da Europa e dos Estados Unidos novidades encantadoras, como o automóvel, o telefone e o cinema. A humanidade vivia um sentimento de dominação definitiva da ciência e da tecnologia. Já havia vencido até mesmo a barreira de fazer voar algo mais pesado do que o ar, com as experiências de Santos Dumont. “Havia uma euforia do progresso, confirmada pelas realidades visíveis da urbanização do crescimento econômico da industrialização e do grande fluxo de imigrantes 48

estrangeiros, reconfigurando o padrão demográfico e cultural do país”. Blumenau consolidava-se no cenário catarinense como detentora de uma postura cosmopolita e de vanguarda, reflexo das atitudes arribadas da sua gente. Esse desenvolvimento refletia-se também na área cultural da cidade, por meio da primeira apresentação cinematográfica que ocorreu no ano de 1900, na residência do empresário Frederico Guilherme Busch, posteriormente tornando-se regular nas dependências do Teatro Frohsinn. Três anos depois, os blumenauenses já podiam admirar a tecnologia do primeiro automóvel a percorrer suas ruas, vindo diretamente da América do Norte. Começavam a despontar no município novos e grandes prédios, erguidos por comerciantes que principiavam a acumular fortuna com os negócios de importação e exportação Passaram a ser pontos de referência no cenário urbano de Blumenau construções de porte, como o Hotel Holetz e a casa de comércio Paul Husadel, esta construída em 1901 e até hoje presente na Rua XV de Novembro. A infra-estrutura básica acompanhava o crescimento da cidade, surgindo os primeiros passos para a instalação de luz

elétrica e água encanada. A energia elétrica foi gerada por uma usina particular, instalada no Gasparinho para abastecer a fábrica de fósforos de Frederico Guilherme Busch. A água encanada vinha do Morro do Aipim para servir às necessidades do Hospital Municipal. Foi também em 1901 que os principais comerciantes e industriais de Blumenau se uniram para tentar vencer juntos as dificuldades que não conseguiam suplantar individualmente. Em 5 de novembro daquele ano foi registrada em cartório a ata de fundação da Associação Comercial de Blumenau, publicada no jornal Der Urwaldsbote 11 dias depois. Estiveram presentes à assembléia, figurando como fundadores da Acib, os empreendedores Hermann Sachtleben, Henrique Probst, Alwin Schrader, Ricardo Scheeffer, Louis Altenburg, Wilhelm Scheeffer, Friederich Blohm, Bruno Hering, Hermann Hering, Paul Husadel, Ferdinand Schrader, Caetano Deeke, Wilhelm Nienstedt, G. Arthur Koehler, Pedro Christiano Feddersen e Gustav Salinger. O estatuto fixava a contribuição mensal de um conto de réis para cada filiado, além de marcar reuniões ordinárias para


Ao lado, a Companhia Jensen, fundada em 1872. Acima, à esquerda, o restaurante Moinho do Vale. Acima, à direita, primeira unidade do Corpo de Bombeiros de Blumenau, cujo aluguel era pago pela Acib todas as manhãs de terça-feira. O cônsul alemão Gustav Salinger foi escolhido como primeiro presidente. Também fizeram parte da diretoria pioneira da Acib os empresários Frederick Specht (1º secretário), Wilhelm Nienstedt (2º secretário), Louis Altenburg (tesoureiro), Bruno Hering e Wilhelm Scheeffer (assessores da diretoria). A missão prioritária dos novos diretores, determinada pela assembléia de fun-

dação da entidade, foi buscar entendimento com os líderes do Kulturverein. Uma medida compreensível, pois tratava-se da entidade associativa mais forte de Blumenau, unindo agricultores e comerciantes. Os fundadores da Associação Comercial queriam mostrar aos integrantes do Kulturverein seus objetivos, deixando claro que não se tratava de um movimento de enfraquecimento da entidade já existente. Também se apressaram em dissipar os ru-

mores de que os comerciantes haviam se unido em torno de um cartel para explorar os colonos, diminuindo os valores por sua produção. Afinal, a idéia de criar a Associação Comercial havia surgido de uma reunião do próprio Kulturverein, realizada no dia 17 de agosto de 1901. *Texto e fotos extraídos do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.


memória

GRANDES EXEMPLOS

DE DEDICAÇÃO A BLUMENAU

Ronaldo Baumgarten

Ruy Eduardo Willecke

Júlio Horst Zadrozny

Uma grande família se faz com grandes nomes. É assim na nossa vida particular, no trabalho e no círculo de amizades. É assim, também, quando falamos de entidades. Hoje, a Acib é referência no empreendedorismo estadual graças às pessoas que por ela passaram. Empresários com espírito comunitário e empreendedor que encontraram no associativismo a maneira mais coerente de fomentar o desenvolvimento de suas empresas pensando no desenvolvimento da cidade e da região. Três deles, obedecendo aos mandamentos da natureza, desfalcaram o time em 2006, mas imortalizaram o espírito que, desde a fundação, caracteriza Blumenau e região.

muita determinação. Aos 63 anos de idade, 50 deles dedicado ao trabalho, Baum-garten já havia assumido, além da presidência da Acib, a presidência do Sindicato da Indústria Gráfica de Blumenau e Região, a vice-presidência da Fiesc para Assuntos Estratégicos e a presidência da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) em Santa Catarina. Pelo trabalho na comunidade, recebeu homenagens póstumas da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Santa Catarina (Sapesc). Exatos sete dias após a morte de Baumgarten, outra morte irreparável. Aos 87 anos de idade, Júlio Horst Zadrozny deixava de conviver com a comunidade que tanto havia ajudado. Além da presidência da Acib, cargo que ocupou de 1957 a 1965, Zadrozny foi vice-presidente da Fiesc e presidente da Celesc. Comandado grandes empresas da cidade, como Artex, Cristais Hering e Fábrica de Gaitas

Hering. Era um “acibiano” presente. Sempre que possível, participava das reuniões do Conselho e dos eventos promovidos pela entidade. Em novembro, o empresário Ruy Eduardo Willecke morreu aos 69 anos em decorrência de complicações geradas por uma cirurgia para retirar um tumor do intestino. Empreendedor exemplar, Willecke foi presidente da Acib de 1973 a 1976. Governou o Distrito 4650 do Rotary e ajudou a fundar o Rotary Club Blumenau. Participou do Conselho do Clube Náutico América, foi presidente do Conselho Deliberativo do Teatro Carlos Gomes e teve a idéia, com outros colegas rotarianos, de construir o Monumento pela Paz, na curva da Avenida Beira-Rio. Ronaldo Baumgarten, Júlio Horst Zadrozny e Ruy Eduardo Willecke deixaram lacunas nas famílias e entre os amigos, mas deixaram ações e lições que estão imortalizadas na lembrança dos que com eles conviveram e aprenderam.

No dia 13 de fevereiro, Ronaldo Baumgarten não resistiu à voracidade de uma doença rara. Justo ele, que presidiu a Acib de 1989 a 1993 com pulso forte e 50




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