Ano I nº 07 Novembro 2007
ENCONTRO PRODUTIVO Empresários e governantes dos dois países discutem intercâmbio econômico durante o Encontro Brasil-Alemanha
O presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering, Hans Prayon, será homenageado durante o evento. Prayon é filho de imigrantes e sempre manteve forte relação com as duas culturas
QUALIFICAÇÃO: Entra21 treina jovens para o mercado tecnológico
EDITORIAL
Atitude e
Oportunidade
Blumenau é a primeira cidade não capital a sediar o Encontro Econômico Brasil-Alemanha A vida de uma pessoa é determinada por inúmeros fatores. Alguns mais importantes que outros. Nesse enorme leque destacamos dois: atitude e oportunidade. Tudo o que você faz (atitude) vai influenciar diretamente no desenvolvimento do seu viver, assim como as oportunidades aproveitadas. Destacamos estes dois fatores para mostrar a relação de Blumenau com o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, evento que será realizado neste mês, no Parque Vila Germânica e no Teatro Carlos Gomes. As atitudes tomadas pelos representantes da cidade e do Estado, políticos, empresariais ou comunitários, fizeram com que a organização do evento escolhesse pela primeira vez, em 25 edições, uma cidade do interior para sediar o Encontro. Fato inédito, conquistado pelo trabalho daqueles que sabem qual a importância de ter, por três dias, empresários e políticos alemães discutindo novas possibilidades de negócios com o Brasil. Esse tipo de atitude, com o pensamento focado no coletivo, deve ser sempre reconhecido e valorizado. A vinda do presidente Lula endossa esse sentimento. A presença do comandante maior da Nação é fruto do reconhecimento e da valorização do trabalho que está sendo realizado para fazer deste encontro o mais importante já promovido. Resta a nós, blumenauenses, aproveitar ao máximo as oportunidades que surgirão durante a estada dos alemães na cidade. E o mais importante, nesse caso específico, é identificar uma boa oportunidade. Ela pode surgir a qualquer momento e sem ser anunciada. Pode estar na fala de algum palestrante, como é esperado, mas também pode estar camuflada em um bate-papo despretensioso no intervalo para o café ou na saída do evento, quando os participantes dividem o mesmo taxi. Oportunidades de negócios não podem ser desperdiçadas. Se quisermos exportar para a Alemanha ou atrair novos investimentos germânicos na região, temos que redobrar a atenção e avaliar todas as possibilidades que serão apresentadas de 18 a 20 deste mês. O Encontro Econômico Brasil-Alemanha não está presente nesta edição da Empresário Acib só no editorial. Nas próximas páginas você vai saber qual a expectativa das autoridades em torno do evento, além de conhecer um pouco mais sobre um dos homenageados do Encontro, o empresário, ex-presidente da Acib e ex-cônsul honorário da Alemanha em Blumenau, Hans Prayon. O atual cônsul e atual presidente do Conselho Deliberativo da Acib, Hans Dieter Didjurgeit, também deixa o seu recado para os que vão participar do Encontro. Dois cases importantes ilustram a capacidade de captação de investimento que nossa cidade tem. A vinda de duas empresas, uma de São Paulo (Nathor) e outra da Alemanha (Altendorf), reforça a nossa vocação para bem receber e oferecer excelentes oportunidades para empreendedores dispostos a investir em Blumenau. Vocação que encontra outras ramificações, como na iniciativa do programa Entra21, que capacita mão-de-obra especializada para as empresas de tecnologia, ou na preocupação com o meio-ambiente, retratada na matéria que aborda o problema do descarte das lâmpadas fluorescentes. Ainda nesta edição você vai conhecer o trabalho da Câmara de Mediação e Arbitragem do Vale do Itajaí (Mediarvi), uma alternativa rápida e justa para os conflitos que demorariam anos na justiça. As notícias da Acib, a agenda de eventos e um pouco mais da história do surgimento da indústria em Blumenau completam esta edição que, como sempre, foi feita pensando no bem da economia de Blumenau e no desenvolvimento sustentável dos empreendimentos aqui erguidos, refletindo positivamente na qualidade de vida de nossa comunidade. Boa leitura! A Diretoria 6
SUMÁRIO
PROJETO ENTRA21 QUALIFICA PARA O SETOR DE TI Jovens oriundos de famílias de baixa renda são treinados gratuitamente
22 O DESCARTE CORRETO DAS LÂMPADAS
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BICICLETAS PARA O BRASIL E MERCOSUL
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Nathor produz bicicletas aro 12 para as principais marcas do País e América do Sul
Empresa recolhe, descontamina e encaminha os materiais para a reciclagem
18 Empresa alemã centenária começa a operar em Blumenau 32 Mediarvi é alternativa à morosidade do Judiciário 34 Artigo: Encontro marcado com o futuro
36 Acib é notícia 44 Agenda 46 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITOR ASSISTENTE Fábio Ricardo REPÓRTERES Ana Paula Lauth, Gisele Scopel e Francisco Fresard (Institucional) DIRETOR DE ARTE Ricardo Augusto Kühl FOTO DE CAPA Ivan Fernando Schulze FOTOS Ivan Fernando Schulze, Gilberto Viegas e Divulgação DIRETOR COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - comercial@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br DIRETOR EDITORIAL Luiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - mund@mundieditora.com.br
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O ELO FORTE DO DR. BLUMENAU Empresário Hans Prayon será homenageado no Encontro Econômico Brasil-Alemanha
Conselho Editorial Avelino Lombardi Carlos Tavares D’Amaral Charles Schwanke Francisco Fresard Hans Dieter Didjurgeit Luiz Mund Marilda Steil Ricardo Stodieck Rubens Olbrisch
Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar Neumarkt Financial & Trade Center CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net
10 Diretoria Presidente: Ricardo Stodieck / Vice-presidente: Carlos Tavares D’Amaral / Administrativo e Financeiro: Manfredo Krieck / Assuntos da Indústria: Carlos Odebrecht / Assuntos de Comércio e Turismo: Bruno Nebelung / Assuntos de Desenvolvimento e Planejamento Urbano: Jorge Rodacki / Assuntos de Prestação de Serviços: Maria Denise Ribeiro Ern / Assuntos da Pequena e Micro Empresa: Haida Leny Siegle / Assuntos Comunitários: Solange Rejane Schröder / Núcleos e Câmaras: Avelino Lombardi / Assuntos Ambientais e de Energia: Jaime Grossembacher / Assuntos Internacionais: Ido José Steiner / Relações Institucionais: Ronaldo Baumgarten Jr / Assuntos da Saúde: Mauro Sergio Kreibich / Assuntos Tecnológicos: Ingo Tiergarten
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Encontro Brasil-Alemanha
Para estreitar
relações Realizado anualmente, o Encontro Econômico Brasil-Alemanha reveza-se entre as duas nações, sediado sempre em uma diferente capital destes dois países. Pela primeira vez na história do evento, uma cidade do interior foi escolhida como sede. Blumenau abrigará, de 18 a 20 de novembro, o mais importante evento econômico entre empresários e governantes brasileiros e alemães.
Luís C. Kriewall Filho
João Paulo Kleinübing
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O prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, lembra que uma das grandes preocupações de empresários e executivos ao viajar a outro país é a cultura do povo a ser visitado. Outra barreira natural e ainda mais grave é a língua, que está se amenizando pela profusão do inglês no mundo. “Essa preocupação, no entanto, não aflige nem o empreendedor alemão que chega a Blumenau, nem o daqui que busca oportunidades na Alemanha. Afinal, nossa cidade conserva, mesmo após mais de 150 anos de história, uma importante influência germânica”, afirma o prefeito ao citar influências na língua, nos costumes, na qualidade e precisão do trabalho executado e na educação levada a sério desde o início da fase escolar. O presidente da Associação Empresa-
rial de Blumenau (Acib), Ricardo Stodieck, considera o evento mais um exemplo bem sucedido da união entre a iniciativa privada e o Poder Público. Ele explica que a captação do evento teve o trabalho exemplar desenvolvido pelo governador Luiz Henrique da Silveira, pelo prefeito João Paulo Klienübing e pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro Corrêa, que contaram com o apoio da Acib e de outras entidades. “Essa união conseguiu fazer de Blumenau a primeira cidade do interior do País a sediar o evento”, comemora Stodieck. Kleinübing aposta no sucesso do evento, ao lembrar que o empresário alemão que chega a Blumenau se sente praticamente em casa. “Nosso povo é conhecido por sua hospitalidade, em muitos lugares ainda fala-se a língua alemã que, inclusive, é ensinada em algumas escolas do município. Mantemos a cultura germânica em nossas festas típicas, sendo a principal delas a Oktoberfest, que neste ano chegou à 24ª edição”, diz. De acordo com o prefeito, a visão de um povo que está acostumado a trabalhar em prol da comunidade e preocupado com as questões sociais foi trazida pelo Dr. Hermann Blumenau e todos os imi-
e para a possibilidade de novos investimentos com a instalação de filiais alemãs em nossa região, como vem acontecendo nos últimos anos”, declara o presidente da Acib. As características germânicas estão espalhadas pela cidade, nas construções mais antigas e nas casas em enxaimel encontradas mais facilmente na área rural. A cultura alemã faz parte do cotidiano do blumenauense, que se espelha no País de onde vieram seus primeiros descendentes, orgulhando-se de suas raízes. Com um evento deste porte sediado em Blumenau, a cidade chega mais próxima do objetivo de se igualar à Alemanha não apenas na área cultural, mas também na econômica. “Tenho certeza de que o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2007 pode marcar o início de uma nova fase na economia regional. A realização deste importante evento é a prova de que somos competentes e temos o diferencial necessário para competir de igual para igual com outros centros empresariais do País e do
Ricardo Silva/PhotusPress
grantes que vieram de terras distantes. “Quando chegaram, estes alemães arregaçaram as mangas e construíram da mata uma cidade pujante, modelo para o B r a s i l em muitas questões econômicas e sociais, que além de indústrias, conta com um sólido setor de serviços e um variado comércio”, detalha. Hoje, os alemães continuam atuando como importantes agentes de desenvolvimento da cidade, através do Encontro Econômico Brasil-Alemanha. “Centenas de empresários alemães estarão em Blumenau com o objetivo de intensificar o relacionamento comercial entre os dois países. Temos que fazer o papel que nos cabe, atraindo o interesse dos representantes de uma das mais dinâmicas economias do globo para os nossos produtos
Ricardo Stodieck
ENCONTRO BRASIL-ALEMANHA
PROGRAMAÇÃO DIAS DO EVENTO 17/11
13h às 15h - Reunião brasileira da Comissão de Agrobusiness 15h às 17h - Reunião brasileira da Comissão de Infra-estrutura e Energia
18/11
10h30 - Culto em alemão na Igreja Evangélica Luterana 12h - Almoço e reunião preparatória alemã 14h às 17h - Reuniões simultâneas das comissões Brasil-Alemanha: Agrobusiness, Infra-Estrutura e Energia 18h - Inauguração da nova Deutsches Haus (Casa Alemã), na Rua Herman Hering, nº 1 19h - Prêmio Personalidade Brasil-Alemanha 2007, no Teatro Carlos Gomes
Sábado
Domingo
19/11 Segunda
20/11 Terça
21/11 Quarta
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8h – Credenciamento 8h30 às 9h30 - Abertura do 25º Encontro Econômico e da 34ª Reunião da Comissão Mista BrasilAlemanha de Cooperação Econômica 9h30 às 10h - Apresentação especial sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 10h - Coffee break 10h30 às 12h30 - Painel 1: Cooperação tecnológica e inovação: reforçando a competitividade Internacional 12h30 – Almoço 14h às 15h30 – Workshops 1 - Logística e infra-estrutura 2 - Subcontratação industrial 3 - Segurança energética 15h30 - Coffee break 16h às 17h30 – Workshops 4 - Setor automobilístico: o desafio de competitividade internacional 5 - Responsabilidade social e corporativa 6 - Eficiência energética 17h30 às 18h30 - Painel 2: Apresentação dos workshops sobre inovação 20h – Jantar 9h às 10h30 - Painel 3: Oportunidades para as pequenas e médias empresas em mercados internacionais. Abertura da reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica Apresentação da Comissão de Infra-estrutura e Energia Apresentação da Comissão de Agribusiness 10h30 - Coffee break 10h45 às 12h15 - Painel 4: Fazendo negócios no Brasil e na Alemanha. Continuação da reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica 12h15 às 13h30 – Workshops 7 - Tecnologia de informação 8 - Saúde e bem-estar Continuação da reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica 13h30 - Almoço de trabalho 15h às 16h - Encerramento Encontro Econômico e da Comissão Mista e assinatura da Ata 16h - Coquetel de encerramento 17h - Visita às indústrias de Blumenau e Médio Vale do Itajaí Programa turístico (Opcional)
Entrevista: Hans Prayon, presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering
HANS
PRAYON
O Encontro Brasil-Alemanha é o mais importante evento realizado entre empresários brasileiros, alemães e governantes. Sempre sediado em capitais, este ano ocorrerá em Blumenau entre 18 e 20 de novembro, no Parque Vila Germânica, tendo como tema a Inovação Tecnológica. Durante o encontro, o presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering, Hans Prayon, será homenageado. Filho de imigrantes alemães que construíram parte da história do município, Prayon fala nesta entrevista sobre a relevância do encontro, a relação entre os dois países, economia, negócios e sobre a cidade com mentalidade mais européia da região: Blumenau.
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“Vivo entre duas culturas:
alemã e brasileira”
Empresário Acib: Qual a importância do encontro Brasil-Alemanha para Blumenau e o Estado? Hans Prayon: Tanto o governador do Estado como o prefeito de Blumenau fizeram uma análise de quais são as reais vantagens do Estado de Santa Catarina perante os outros Estados para atrair investimentos. Nós sabemos que temos um Estado pequeno, com problemas de transporte, mas com a grande vantagem de ter uma forte imigração européia, principalmente de alemães. Foi aí que saiu a idéia de convidar o encontro mais importante entre empresários brasileiros, alemães e também governantes, que é o Encontro Brasil-Alemanha. Ele é anual, com realizações alternadas no Brasil e na Alemanha. Até agora, sempre foi realizado nas capitais dos dois países. Pela primeira vez se conseguiu levar este encontro importantíssimo para uma cidade não-capital, que é Blumenau, bem conhecida na Alemanha. E também é de interesse do prefeito e do governador pôr outra vez nossa região como centro do Mercosul, como um campo fértil para investimentos europeus. Evidentemente, este encontro cria mídia na Europa. Então, eu acho que para ambos os lados, tanto para Alemanha como para o Brasil, ele é de suma importância. EA: Como o senhor analisa as relações de negócios já existentes entre os dois países? Prayon: Quem investia bastante no Brasil era a Alemanha, porque tem todas as grandes empresas alemãs presentes aqui no Brasil, principalmente em São Paulo. E sabemos que em São Paulo já existe uma superlotação, não só de empresas, mas também no tamanho da cidade e no problema de trânsito. O Brasil precisa de investimentos, de know-how e de ligação com a comunidade européia. Porque quando falamos da Alemanha, falamos
hoje de um complexo de 27 Estados que é a União Européia, e a Alemanha segue rigorosamente as leis desta União e é vanguardista em investimentos aqui no Brasil, mas que ultimamente foi suplantada, surpreendentemente, pela Espanha. E a Alemanha tem interesse outra vez, depois de investir muito no lado oriental, no bloco do Leste Europeu e na China, em investir no Brasil e fora de São Paulo. EA: O senhor será homenageado no encontro. O que isto significa para um filho de imigrantes alemães que construíram uma história sólida em Blumenau? Prayon: Blumenau tem uma situação diferente de qualquer outra por ser um enclave de cultura alemã no coração do Brasil. Então, as pessoas que vivem aqui têm toda uma tendência a serem embaixadores dos dois países, tanto para Alemanha, como para o Brasil. Eu estudei na Alemanha, trabalhei na Alemanha, estudei no Brasil e também trabalhei aqui no Brasil. Eu conheço a mentalidade brasileira e alemã e, evidentemente, tive a sorte de conhecer diversas pessoas importantes com as quais a gente pode travar programas interessantes para os dois países. Então, esta escolha é um reconhecimento pela minha ação para juntar os dois países e fazer entender um e outro, que possuem mentalidades diferentes, mas que se completam perfeitamente. E isso temos aqui também, porque Blumenau é considerada na Alemanha a iniciativa de colonização mais bem sucedida de alemães no exterior. EA: O que Blumenau e o Estado têm a oferecer a empresas estrangeiras que queiram investir aqui? Prayon: Em primeiro lugar, temos aqui um clima favorável que não é tão frio como mais no extremo-Sul, nem tão quente como no Nordeste. É um clima
mais europeu. Por outro lado, temos aqui uma cultura-base muito semelhante a da Europa, não só na natureza, mas principalmente na cultura dos habitantes, que mesmo não sendo mais de descendência direta da Europa, se acostumaram a viver numa aculturação européia. E isto é importante porque os empresários que vêm para cá, vêm com famílias e diretores. E gerentes têm famílias e querem colocá-las em um ambiente semelhante àqueles de onde vieram na Europa. Aqui temos excelentes universidades, boas escolas, lindas praias; tudo isso impressiona. Por outro lado, temos um pessoal aqui que, mesmo se não falam mais o alemão, tem a vontade de trabalhar, pontualidade e toda esta cultura milenar que se deu na Europa. EA: Como foi a chegada de sua família e o início desta história de sucesso em Blumenau? Prayon: Meu bisavô por parte materna veio em 1878 e fundou em Blumenau uma pequena malharia, por serem malheiros em Saxônia, na Alemanha. Tiveram aqui, como todos os imigrantes e desbravadores de um novo continente, os problemas, mas também a persistência de criar praticamente a primeira indústria na cidade, ajudados pessoalmente pelo Dr. Blumenau, que queria originalmente fazer de Blumenau uma comunidade somente de agricultores. Depois ele viu que o terreno aqui não era grande o suficiente para alimentar a todos que vieram para cá, tanto da Europa, quanto do Brasil. Então, era necessário construir indústrias e a nossa foi a primeira. Em 1880 foi criada a Malharia Hering, hoje Cia. Hering, e desde então vivemos junto com a cidade numa simbiose fabulosa, ajudando um ao outro. EA: Qual é o legado que a família Prayon deixa para o município? Prayon: A família Prayon começou
E a Alemanha tem interesse outra vez no Brasil, depois de investir muito no lado oriental, no bloco do Leste Europeu e na China 15
Entrevista: Hans Prayon, presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering
O povo depende da saúde, da segurança. Acho que isto é o principal objetivo do governo: cuidar bem do seu cidadão
com a imigração de meu pai para o Brasil, que em 1930 saiu da Alemanha por ser oficial da Primeira Guerra Mundial, depois voltou para Alemanha, viu que a economia estava muito debilitada e decidiu vir para o Brasil. Veio para Blumenau, gostou e casou com minha mãe, uma Hering, e ficamos aqui até o tempo que Getúlio Vargas proibiu a língua alemã no Brasil. Então a família Prayon voltou toda para Alemanha, ficou 10 anos lá, passou a guerra toda na Alemanha e só depois de 1948 voltamos para Blumenau. Desde então trabalho na Cia. Hering como um dos membros da família, criei minha família particular aqui e não quero mais sair, pois achei a cidade onde me sinto bem, justamente uma cidade no Brasil com uma mentalidade européia. EA: O senhor concorda que o Brasil passa por um período de aquecimento econômico? Isto se reflete 16
também no setor têxtil? Prayon: Sim, realmente o Brasil está crescendo, está numa fase interessante pela segurança econômica que temos ultimamente com a introdução do Plano Real. Hoje já notamos que poderíamos crescer bem mais se tivéssemos mais investimentos, a carga de impostos menores e se tivéssemos uma infra-estrutura de transporte melhor: estradas, portos, trens, aviões. De resto, estamos em uma época de um crescimento até retido, que nos dá certeza de que o Brasil irá crescer, porque existem instituições fortes. Vamos com pensamento positivo para o futuro. EA: O dólar em baixa tem prejudicado até que ponto o negócio das têxteis? Prayon: O dólar baixo é principalmente ruim para aqueles que exportam, porque a exportação é uma imposição econômica. O país que não exporta não se espelha ou não se compara com aqueles lá fora. E a Cia. Hering exporta há vários anos, antigamente para Alemanha, mas com o Plano Real não éramos mais competitivos lá, onde também houve a abertura para o Leste, que produzia com mão de obra tão ou mais barata que no Brasil. Estamos direcionando nossa exportação para os Estados Unidos e, naturalmente, é um problema sério. Conseguimos driblar este problema porque compramos e importamos com o dólar baixo. Por exemplo, a matéria-prima que é o fio, compramos da
Índia e com isso acompanhamos o baixo valor do dólar. EA: Qual a sua expectativa e os seus desejos para 2008? Prayon: Em primeiro lugar, esperamos ainda que haja mudanças na revisão dos impostos do Brasil. Está começando a luta pelo CPMF e outros impostos. Aguardamos que aquelas promessas de melhoria na infra-estrutura, saúde, educação, realmente aconteçam, porque o povo depende da educação de seus filhos, estes que irão fazer o futuro. O povo depende da saúde, da segurança. Acho que isto é o principal objetivo do governo: cuidar bem do seu cidadão. Rezamos para isto melhorar aqui no Brasil. EA: Para encerrar, defina quem é o homem e o empresário Hans Prayon. Prayon: Vivo entre duas culturas: alemã e brasileira. Entendo e compreendo ambas. Trouxe minhas experiências da Alemanha para aplicar em um país novo que carece de experiências já conhecidas no mundo. Este é um dos meus interesses aqui. Considero-me um catalisador para problemas em termos bilaterias. E depois de ter encerrado minha atuação na executiva da Cia. Hering, estou me dedicando profundamente a ajudar pessoas e instituições que precisam de gente com experiência e, se for possível, com a possibilidade de buscar ajuda nos dois países.
Investimento
Blumenau é porta para a
América Latina
Em outubro deste ano, às vésperas do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, foi inaugurada em Blumenau a filial da centenária empresa alemã Altendorf. A empresa traz para o município um investimento inédito, produzindo serras esquadrejadeiras modelo WA 8M, equipamento que permite o corte preciso de placas de MDF para pequenas indústrias moveleiras e marcenarias. Esta, que é a terceira unidade industrial da empresa no mundo, tem uma posição estratégica para atender a demanda do Brasil e seus vizinhos latino-americanos. Aqui, a Altendorf servirá como base para abastecer a América do Sul, América Central e até o México. Segundo Markus Ziel, diretor da Altendorf do Brasil, a vinda para Blumenau se deu pela parceria ativa entre a empresa alemã e a Ferramak, que há sete anos representa a marca como importadora para atender o mercado nacional. Outros
fatores como a cultura, qualidade de mãode-obra e a proximidade com o Porto de Itajaí favoreceram a escolha. A sede blumenauense será responsável pela montagem de máquinas a partir de componentes fornecidos por fabricantes nacionais e também importados da própria matriz, em Minden. Ziel conta que os fornecedores locais passaram por um processo de desenvolvimento para atestar a qualidade em relação às especificações da Altendorf. A previsão para 2008 é a montagem de 150 máquinas e 30% delas estão destinadas à exportação, o que fortalece a região como pólo exportador. O equipamento produzido no Brasil foi disponibilizado em 2005 pela empresa alemã e desenvolvido especialmente para se adequar às necessidades do mercado brasileiro e latino americano. Tanto na parte estrutural e na sua capacidade de produção, quanto no investimento necessário para se adquirir a máquina. “Esse foi o primeiro passo, a Altendorf desenvolveu um produto para o mercado de menor poder aquisitivo”, diz o diretor, garantindo
que a qualidade de corte e a precisão são mantidas. Cerca de R$ 1,5 milhão foram investidos, inicialmente, no parque fabril de 800 metros quadrados. Ziel aponta que, em curto prazo, 10 empregos diretos devem ser gerados. Ele declara que a Altendorf sempre teve por princípio dar passos pequenos, tanto que na China a unidade começou com 15 funcionários, 10 anos atrás. Hoje são 120. “Foi um crescimento bastante planejado e hoje produzem, em média, mil máquinas por ano”, enfatiza o diretor. Na matriz, 4 mil máquinas são produzidas ao ano.
A Altendorf desenvolveu produto para o mercado de menor poder aquisitivo
Tradição alemã
A Altendorf foi fundada em 1906, em Minden (fotos), por Wilhem Altendorf, o inventor da serra esquadrejadeira. Somente há 10 anos, investiu em uma unidade na China e agora chega ao Brasil, que será base de produção e distribuição para toda a América Latina. Inicialmente, 30% da produção de Blumenau, prevista em 150 máquinas em 2008, serão destinados à exportação
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A matriz, na Alemanha, produz 4 mil mĂĄquinas por ano, destinadas Ă indĂşstria moveleira e marcenarias.
Investimento
Empresa traz novos métodos de fabricação A Altendorf é modelo mundial de tecnologia em serras esquadrejadeiras e Markus Ziel acredita que a região só tem a ganhar com esse investimento. Em primeiro lugar, ele aponta a técnica moderna e sofisticada que está sendo implementada nos processos de produção. Em conseqüência disso, os fornecedores irão absorver esse conhecimento e aplicar nos métodos de fabricação, que devem seguir o padrão da alemã. A intenção é naciona-
lizar todos os componentes e ter no Brasil toda a infra-estrutura para a montagem. Para o cliente, a vantagem está em ter a tecnologia de ponta, padrão de qualidade alemão e mais produtividade com um custo mais acessível. “É um investimento possível para as pequenas e médias empresas desse setor”, cita Ziel. A Altendorf foi fundada em 1906, na cidade alemã de Minden. O proprietário da empresa, Wilhem Altendorf, foi
o inventor da serra esquadrejadeira, que introduziu uma nova maneira de cortar a madeira sem usar esquadros e riscos. Há 50 anos, a empresa decidiu produzir somente esse tipo de máquina, o que a torna uma das poucas fábricas no mundo que se concentra em um único produto. Um século depois, a empresa se destaca como líder em tecnologia e no mercado internacional com mais de 110 mil exemplares vendidos.
informações Razão social: Altendorf do Brasil Ltda. Fundação 5 de outubro de 2007 Área construída 800 metros quadrados Postos de trabalho 10 Matriz Minden, Alemanha (Fundação: 1906) Os diretores Fernando Keunecke, Markus Ziel,Vilfried Altendorf e Henrique Keunecke 20
www.altendorf.com.br (47) 3323-5005
Qualificação
Entra21 forma
profissionais de TI O projeto Entra21, que chegou a Blumenau em 2006, em uma iniciativa da IYF – sigla em inglês para a Fundação Internacional pela Juventude – e Blusoft, já formou 504 jovens de baixa renda de Blumenau e de outros oito municípios vizinhos em dois anos de atuação. Criado para qualificar e estimular a mão-de-obra local na área de informática, a meta inicial do projeto era chegar a 400 formados ao final de dois anos e que 50% desses jovens saíssem do curso com emprego garantido.
Quase 90% dos alunos saem do projeto com emprego nas empresas de informática 22
Não só o número de formados foi superado, assim como o índice de empregabilidade chegou próximo aos 90%, de acordo com os dados do Centro de Educação Profissional Hermann Hering (Cedup), onde as aulas são ministradas. Segundo o coordenador-geral do Entra21-Blusoft, Sérgio Tomio, o sucesso do projeto se deve à aprendizagem de várias linguagens de programação aliada à grande demanda de mão-de-obra qualificada no município, escassa no mercado atualmente. Trata-se de uma iniciativa inédita de investimento em formação baseada em demanda. O projeto de US$ 515 mil conta com o apoio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin), órgão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que é responsáveis por 60% dos recursos aplicados. A contrapartida dos 40% restantes veio através da união entre a Prefeitura de Blumenau, Fapesc (órgão de fomento do governo de Santa Catarina) e empresários de tecnologia da informação (TI) do município. A IYF estende o programa para toda a América Latina e Caribe, totalizando 15 projetos ligados à tecnologia de informação em vários setores. O de Blumenau é um dos quatro projetos financiados no Brasil e o município se destaca por ser o único em que o jovem sai focado para trabalhar em empresas de informática. “O diferencial do nosso projeto é que o aluno sai direto para o emprego com muita qualidade. E este é o emprego que mais paga hoje”, afirma o coordenador-geral Sérgio Tomio.
Expansão O diferencial do nosso projeto é que o aluno sai direto para o emprego com muita qualidade. E este é o emprego que mais paga hoje
Sérgio Tomio coordena o projeto Entra21 em Blumenau
A maior parte dos alunos chega sem conhecimento nenhum do setor. Por isso, o primeiro módulo, que inclui aulas teóricas, é igual para todos e trata do relacionamento humano, interpessoal, trabalho em equipe, como desenvolver um currículo e como o aluno deve se comportar em uma entrevista. No restante do curso, cada aluno utiliza um computador e passa pela formação básica, que inclui Windows, Word, Excel, PowerPoint, Internet, Algoritmo, MS-Project e Iniciação Gráfica. A partir do momento em que se verifica a aptidão de cada aluno, eles são separados em turmas de 20 para a formação extensiva nas áreas de desenvolvimento de sistemas, suporte a servidores e redes, web design, design gráfico, CAD Design e manutenção de hardware. No total, são 360 horas de treinamento gratuito com transporte pago e mais três meses de estágio. Para Ingo Tiergarten, diretor para Assuntos Tecnológicos da Acib, o trabalho merece atenção, pois contribui para a inclusão social e para suprir a necessidade do mercado. Dessa forma, os associados da Associação Empresarial apóiam o projeto com a contratação dos jovens recém formados, o que garante a continuidade e superação de metas do Entra21. A intenção de Sérgio Tomio e todos os envolvidos é dar seqüência ao projeto e formar mil estudantes em 2008 e 2009. Para se destacar entre as entidades concorrentes da América Latina e Caribe e garantir o financiamento da IYF, o grupo blumenauense já preparou um novo projeto. Os próximos períodos devem contemplar também pessoas com necessidades especiais, jovens em risco social e de áreas rurais. Os objetivos são muitos e Tomio acredita que a grande vitrine para essa conquista é o sucesso da performance atual, em que todas as metas impostas foram ultrapassadas. Para se inscrever no Entra21-Blusoft o jovem precisa ter uma renda familiar menor que quatro salários mínimos, estar cursando ou ter cursado o Ensino Médio e passar por testes psicotécnicos e de lógica para avaliar a aptidão. O coordenador conta que a média de concorrentes é de cinco candidatos por vaga. Em 2006, foram abertos 200 lugares, no início de 2007, 240 e no mês de setembro mais 100 vagas. “Se as expectativas se confirmarem, em março do próximo ano abriremos mais uma turma”, torce Tomio.
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Sustentabilidade
Descarte correto das lâmpadas
beneficia a natureza Devido à grande economia que proporcionam, as lâmpadas fluorescentes substituíram as incandescentes e são muito utilizadas em galpões industriais. Uma lâmpada fluorescente padrão é formada por tubo selado de vidro preenchido com gás argônio à baixa pressão e vapor de mercúrio, também à baixa pressão parcial. O interior do tubo é revestido com uma poeira fosforosa, composta por vários elementos. O mercúrio presente nas lâmpadas é um metal altamente tóxico e bastante volátil nas condições de pressão e temperatura. Pode contaminar o solo, os animais, a água e os seres humanos. Isoladamente, o risco oferecido por uma lâmpada é quase nulo, mas se consideradas as 80 milhões comercializadas no Brasil, o problema se agrava. Quando intacta, a lâmpada não oferece perigo. A contaminação acontece ao ser quebrada, com a liberação de vapor de mercúrio. O procedimento de jogar lâmpadas fluorescentes e outras que contenham mercúrio seja nos lixões, como em terrenos baldios, ou simplesmente repassar para pessoas ou empresas não aptas a realizar a devida descontaminação, libera uma pequena quantidade de mercúrio existente em cada lâmpada que se integrará a natureza, causando diversos efeitos nocivos aos seres vivos. “O des26
carte inadequado faz com que o mercúrio das lâmpadas chegue aos rios. Em contato com bactérias presentes nas escamas dos peixes, o mercúrio elementar transforma-se em orgânico e torna-se tóxico. Ao entrar na cadeia alimentar dos seres humanos, este elemento pode trazer transtornos respiratórios, no sistema nervoso central e em todo o organismo”, explica a
engenheira química da Brasil Recicle, Carla Tatiana Nau. Para evitar possíveis impactos ao meio ambiente ocasionado pelo descarte inadequado destas lâmpadas, há necessidade de se regulamentar o gerenciamento ambientalmente adequado a elas no final do uso. E para isso, a reciclagem é considerada a melhor solução.
País recicla apenas entre 3% e 4% das lâmpadas utilizadas
Coleta e descontaminação A Brasil Recicle, empresa com sede em Indaial, atua no mercado nacional desde 2000 na atividade de coleta, transporte e descontaminação de lâmpadas com a prestação de serviços a empresas que seguem uma política ambiental correta. Hoje, no País existem apenas quatro empresas que realizam este tipo de serviço, a Brasil Recicle é a única em Santa Catarina. Ela realiza coleta na Região Sul, Sudeste, Centro-Oeste e já chegou a atender empresas no Nordeste, como nos estados da Bahia e Sergipe. Possui mais de mil clientes nessas regiões. Apenas o processo de descontaminação é cobrado por unidade de lâmpada. Deve haver uma quantidade mínima de mil lâmpadas para coleta. As empresas re-
cebem um certificado de recepção e responsabilidade. “Processamos atualmente em torno de 300 mil lâmpadas por mês”, diz Carla. O transporte é realizado por funcionários treinados e com o uso de caminhões equipados com sistema de filtros para captação dos vapores de mercúrio das lâmpadas que vierem a quebrar. Na empresa, as lâmpadas são descarregadas na sala de estoque e separadas por comprimento e diâmetro; em seguida, são acondicionadas em paletes. Os paletes com lâmpadas fluorescentes são conduzidos à máquina de descontaminação, que está enclausurada e sob pressão negativa para que não haja fuga do vapor do mercúrio. Uma máquina rea-
liza o corte e a limpeza das lâmpadas através de processo automatizado. Durante o processo de corte, o vapor de mercúrio é capturado através de exaustão forçada em filtros de carvão ativado. O ar carregado com partículas de poeira fosforosa, exaurido durante a limpeza das lâmpadas, passa através de filtros onde as partículas ficam retidas e o ar segue pelo filtro de carvão ativado saindo limpo para a atmosfera. O tubo de vidro descontaminado é recolhido no final da linha de produção. A descontaminação também é realizada em lâmpadas de bulbo (HID). Todos os equipamentos utilizados no processo são desenvolvidos na própria Brasil Recicle por não existirem similares no mercado nacional.
Os passos do processo
As lâmpadas fluorescentes são coletadas nas empresas e transportadas em caminhões especialmente equipados até a sede da Brasil Recicle. Lá, são separadas por tamanho, descontaminadas e os materiais, como vidro e metal, separados e encaminhados para empresas de reciclagem. Equipamentos especiais impedem que o processo gere contaminação do ar com partículas de elementos tóxicos
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Sustentabilidade
Novo ciclo produtivo Após o processo, os elementos separados recebem diferentes destinações. O vidro é encaminhado à indústria cerâmica e artesanal; as sucatas metálicas vão para as fundições; a poeira fosforosa é aproveitada na indústria de tinta e o mercúrio metálico pode ser reaproveitado para fabricação de novas lâmpadas ou para fabricação de termômetros. Por enquanto, a empresa encaminha apenas os dois primeiros, mas já está sendo testada e entrará em operação, no início do próximo ano, uma máquina para destinar a poeira fosforosa e o mercúrio. Enquanto isso, estas substâncias permanecem armazenadas. A engenheira Carla constata que hoje no Brasil apenas entre 3% e 4% das lâmpadas fluorescentes usadas são recicladas, mas acredita que a proporção tenda a
aumentar. “Hoje, se fala bastante sobre temas como o aquecimento global, o que demonstra certa conscientização quanto à necessidade de políticas industriais de proteção ambiental”, declara. Por exercer uma atividade potencialmente poluidora, a Brasil Recicle tem convênios com laboratórios especializados para fazer avaliações de emissão atmosférica, de solo, água e exposição ocupacional. A empresa também realiza análises de emissões dos gases de escapamentos (fumaça preta) em toda a frota de veículos utilizada no transporte.
informações Brasil Recicle (47) 3333-5055
Hoje, se fala bastante sobre temas como o aquecimento global, o que demonstra conscientização quanto à necessidade de proteção ambiental
A engenheira química Carla Tatiana Nau acompanha o processo de descarte
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Empreendedorismo
A PRIMEIRA
BICICLETA
Especializada na fabricação de bicicletas infantis e rodinhas para carrinhos de bebê, a Nathor nasceu no ABC paulista há 21 anos. A empresa cresceu em Santo André e há três anos mudou de endereço, instalando-se em Blumenau. Hoje, a empresa produz 3,5 mil bicicletas por dia (77 mil/mês) e é responsável pelo abastecimento das grandes marcas que não fazem a linha aro 12 (para crianças de até 5 anos). O brinquedo sai da fábrica já com o símbolo da empresa que vai distribuir as bicicletas no mercado. A venda só acontece no atacado, para conseguir um preço competitivo. Nos quase 10 mil metros quadrados de área construída, a fábrica produz mais de 90% de todo o material utilizado na montagem. Somente uma pequena
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quantidade é importada por não existir no Brasil, como as correntes. A parte metalúrgica, plásticos e pneus em EVA é toda feita no local. De acordo com o diretor da Nathor, Antonio Nicolas Vergos, nos últimos três anos a empresa cresceu muito, principalmente na questão da qualidade do produto e da venda. Para garantir a segurança dos brinquedos, a empresa tem a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e segue a Norma Mercosul NM301, que especifica os requisitos de segurança, desempenho e métodos de ensaios para bicicletas infantis. O Inmetro credencia um laboratório para fazer os testes que fornecem ao fabricante o certificado de conformidade. A Nathor faz o teste anualmente e ainda repete os mesmos dentro da empresa. As exportações já chegaram a cerca
de 20% da produção. Hoje, significam menos de 5% e as bicicletas infantis percorrem os países do Mercosul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai –, um pouco da América Central e alguns países do leste europeu. “Diminuiu bastante, mas conseguimos exportar mesmo como o dólar baixo”, aponta Vergos. Em 2006, a Nathor foi responsável por 90% do abastecimento do mercado de bicicletas infantis na Argentina. Apesar do mercado de bicicletas ser mais estável e não acompanhar o de carros e motocicletas, a expectativa é crescer uma média de 10% ao ano no próximo triênio, diz o diretor da Nathor. O maior poder de aquisição da população e o crédito facilitado contribuem para esse quadro, mas o grande potencial das bicicletas está no lazer. “A bicicleta já está no DNA do ser humano, toda criança quer uma bicicleta”, afirma o diretor da empresa.
Aposta na tecnologia Vergos, que também é engenheiro mecânico, investe em tecnologia. Da especialização que fez no Japão durante um ano, ele trouxe conceitos mais aprimorados para aplicar em sua fábrica. Ele garante que tudo que existe de tecnologia de ponta é utilizado em sua empresa, o que reflete na ótima produtividade. Recentemente, voltou de uma feira mundial de plásticos, que acontece a cada três anos, na Alemanha, onde conheceu a tecnologia da injeção a gás para moldar plástico. A técnica faz ganhar em resistência, diminui o peso do produto e aumenta a velocidade de produção. “Somos uma empresa que está sempre buscando inovar nos processos e queremos estar sempre à frente e não esperar que o outro faça”, aponta Vergos, que vê na tecnologia seu grande diferencial. A Nathor é a maior fabricante de bicicletas infantis da América do Sul. O número de postos de trabalho, assim como outras empresas que trabalham com demanda, é sazonal. No primeiro semestre, o número de funcionários varia entre 60 e 70, mas no segundo semestre chega a gerar 160 empregos. Todos os funcionários
PERFIL
seguem uma política interna em busca da ISO 9000. “É importante ter um sistema de gestão que reflita na qualidade do produto”, salienta o diretor. Vergos cita que a bicicleta é o primeiro veículo do ser humano. “A criança quer a bicicleta porque ela consegue se deslocar sozinha e sem colocar os pés no chão”, diz. É a descoberta de um novo universo e faz parte do crescimento, assim como a mamadeira, a chupeta e assim por diante. O adulto usa a bicicleta para transporte, atividade física e lazer. O empresário observa que países da Europa que disponibilizam bicicletas para as pessoas irem de um lugar a outro são modelos a serem seguidos. No Brasil, são vendidas cerca de 5 milhões de bicicletas por ano. Há alguns anos, um estudo mostrou que o verdadeiro potencial é para 9 milhões, relata o diretor. Segundo ele, esse número só não foi atingido porque não existem ciclovias suficientes. “Em Blumenau há muitas áreas planas, se houvesse ciclovias interligando a cidade, o volume de bicicletas chegaria próximo a esses números”, conclui o empresário.
Empresa produz bicicletas aro 12 para grandes marcas de todo o Brasil e exporta para outros países do Mercosul
Razão social: Nathor Indústria e Comércio de Bicicletas Infantis Fundação 1986, em Santo André – SP, há três anos em Blumenau Produção 3,5 mil bicicletas por dia (77 mil/mês) Área construída 10 mil metros quadrados Exportação menos de 5% da produção Postos de trabalho 160 no segundo semestre 31
Demanda judicial
Advogado Valmir Pedro Cardoso preside a Câmara de Mediação e Arbitragem
ALTERNATIVA legal Fugindo da lentidão do Judiciário, devido à grande procura pelos serviços prestados, surgem as Câmaras de Mediação e Arbitragem, que oferecem serviços semelhantes com o intuito de desafogar a Justiça. A mediação é um recurso extrajudicial para a solução de conflitos. Funciona como um diálogo entre as partes conflitantes, com a ajuda de mediadores, para se chegar a uma conclusão satisfatória. A Câmara de Mediação e Arbitragem do Vale do Itajaí (Mediarvi) funciona como uma empresa sem fins lucrativos, que administra a mediação e arbitragem em Blumenau e região. O objetivo é administrar todos os tipos de casos através da mediação e, caso não seja possível, da arbitragem. O presidente da Mediarvi, Valmir Pedro Cardoso, conta que a mediação é bastante utilizada em todo o mundo. “Em muitos países, toda ação passa obrigatoriamente por uma mediação antes de ir para a Justiça”, explica. A obrigatoriedade da mediação tornou-se lei na Argentina, em 1995, e no Peru, em 2000. Desde então, o número de ações na Justiça diminuiu 30% no segundo caso. No Brasil, esta cultura ainda não está difundida. Mesmo assim, Cardoso acredita que a mediação é muito mais 32
justa que o Judiciário. “No Judiciário, sempre tem um lado que sai ganhando e outro que sai perdendo. A mediação atende as duas partes”, argumenta. Além da mediação, que resolve os problemas antes que estes sejam levados à Justiça, acelerando o processo, a arbitragem também se mostra uma alternativa muito mais rápida e democrática do que o Sistema Judiciário, por agir de forma menos formal e burocrática. O resultado entre uma ação julgada pelo Judiciário e por um árbitro é o mesmo. A diferença é que o árbitro é privado e o juiz é estatal. O presidente informa que qualquer tipo de conflito pode ser decidido através da mediação e da arbitragem, com o benefício dos casos serem resolvidos muito mais rapidamente. “Em um cartório existem 10 mil ações para um único juiz resolver, na arbitragem são 200 processos para 18 árbitros”. Fundada em 2001 por uma série de empresas e entidades representantes de classes, a Mediarvi teve como primeiro presidente o ex-juiz Arlindo Bernart. Com eleições para presidência a cada dois anos, atualmente o cargo é ocupado por Cardoso. A Mediarvi atende uma média de 90 casos por mês, sendo que hoje a maioria ainda não consegue chegar a uma resolução através de mediação. Apenas 40% dos casos são resolvidos na mediação. A expectativa, porém, é de cada vez mais os problemas serem resolvidos sem que seja necessário levá-los à arbitragem ou ao Judiciário.
informações (47) 3222-1655 www.mediarvi.com.br
ARTIGO
Encontro marcado com o futuro
(ou reflexões sobre nossa relação com a alemanha) Dizem que para termos sorte dependemos de dois fatores: oportunidade e competência. O Encontro Econômico Brasil-Alemanha será a grande oportunidade de colocar Blumenau e Santa Catarina no foco para fomentar uma forte relação com a Alemanha, quer seja no campo cultural, turístico, negócios ou investimentos. A Alemanha é a terceira maior economia do mundo. O País da Siemens, BMW, Bayer, Adidas, SAP, T-Systems, ThyssenKrupp, Faber-Castell, Volkswagen, Manessmann, Mercedes, Audi, DHL, Bosch, Allianz, ZF Friedrichshafen, etc., que é campeã mundial em exportações, com quase U$ 1 trilhão/anual, uma população de 83 milhões de pessoas, com altíssimo poder aquisitivo, uma economia caracterizada, sobretudo, de pequenas e médias empresas (3,4 milhões) ávidas em formar parcerias. A Alemanha como um dos três países mais atraentes para se estudar (244 mil estudantes estrangeiros), primeiro lugar em registro de patentes (chip cards, tela de cristal líquido, MP3, scanner, televisor, telefone, bicicleta, lâmpada, motor diesel, teoria da relatividade, geladeira, etc.) Esta é a Alemanha, o País das idéias (77 Prêmios Nobel). Nós temos uma grande proximidade, quer seja no campo cultural, língua, história e, principalmente, pela nossa disciplina de qualidade no trabalho enriquecida com o jeito brasileiro. Estarão aqui grandes e médios empresários da Alemanha e Brasil. Também marcarão presença o ministro da Economia da Alemanha, Sr. Michael Glos, viceministros, jornalistas e deputados alemães. Temos que mostrar a todos a cidade de Blumenau e, principalmente, o Médio Vale do Itajaí, a nossa cultura, a qualidade de nossos profissionais, a infra-estrutura de portos e aeroportos, o projeto de duplicação da BR-470 (incluída no PAC), a diversificação da nossa economia, a qualidade de vida, etc. O momento mostra uma grande convergência de movimentos na relação Blumenau e Alemanha. Observa-se um crescente interesse de empresários 34
e universidades pela nossa região. Vários fatores contribuem para isto. O adiantado processo de globalização que a Alemanha vem buscando no mundo, identidades culturais e oportunidades para investimentos com grande expectativa de consolidação. Por outro lado, a nossa cidade e o Estado de Santa Catarina, pela proximidade cultural com a Alemanha, pela estratégia de governo de incentivo às atividades do terceiro setor e tecnologia, busca atrair investimentos na fabricação de produtos e serviços de grande valor agregado. Temos ainda que fazer a lição de casa, necessitamos nos atualizar e aproveitar a nossa identificação de origem com a Alemanha e que, infelizmente, se fixou no século 19, merecendo ser reciclada. Precisamos avançar no desenvolvimento do conhecimento. A nossa bemguardada e tradicional culinária colonial se tornou na Alemanha diversificada, mais saudável, mais leve e mais inspirada. Os vinhos estão renascendo em nível internacional. Somente os norte-americanos aumentaram em cem por cento as importações de Riesling em quatro anos. No campo cultural, a Alemanha tem muito a oferecer, com seus mais de 400 teatros, 600 museus, 80 mil novas publicações em livros, 160 orquestras profissionais. O ensino e ciência, pesquisa e desenvolvimento têm grande importância na Alemanha. O País é um dos prediletos para se estudar, pólo internacional de pesquisa de ponta. A recente atuação do Conselho Municipal do Ensino de língua alemã, as missões empresariais da Fundação Empreender (Facisc) e Acib, além de convênios com universidades são apenas uma pequena amostra de que devemos fomentar para uma maior integração com a Alemanha. Com certeza, colheremos os frutos, em curto prazo, desta aproximação e intercâmbio com este País que tem muito haver conosco. Outro fato relevante é a inauguração, pelo próprio ministro Michael Glos, da
Casa da Alemanha no dia 19 de novembro. As instalações serão ocupadas pelo Consulado Alemão e Câmara Brasil-Alemanha (AHK) e têm o objetivo de oferecer às pessoas e empresas que tenham ou queiram ter qualquer relação com a Alemanha, todas as informações e serviços necessários. A Casa da Alemanha terá um papel importante no desenvolvimento das relações bilaterais entre a Alemanha e o Brasil após o encontro. Será uma organização em forma de business center, promovendo encontros e seminários, a vinda de investidores e o comércio bilateral. O encontro econômico por si só não objetiva apresentar atratividade de investimentos para a nossa região, mas com certeza seremos a vitrine do Brasil e, principalmente, na Alemanha, despertando através dos encontros paralelos e da formação do network, muitos interesses entre os dois países. Temos certeza que em longo prazo colheremos os frutos deste encontro. Acreditamos no potencial a oferecer aos alemães e, a partir daí, conheceremos melhor a Alemanha. Com isso, uma cortina de oportunidades se abrirá e cabe a todos nós, empresários, Poder Público, imprensa e população, contribuir cada um com a sua parcela de responsabilidade para o sucesso do evento. Hans Dieter Didjurgeit Cônsul Honorário da República Federal da Alemanha e presidente do Conselho Deliberativo da Acib
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Empreendedores recebem Prêmio Gustav Salinger
Premiação foi entregue durante a festa de aniversário da Associação Empresarial de Blumenau
Três empresas e um jovem empresário foram premiados na noite do dia 5 de novembro, na sexta edição do Prêmio Gustav Salinger, durante evento realizado no Salão de Festas do Teatro Carlos Gomes. A ISO Audiovisuais, representada pelo sócio Rodrigo Heron Moreira, foi a vencedora na categoria Comércio. Na categoria Serviços, o prêmio foi para a Umwelt Assessoria Ambiental, representada por Nilma de Jesus Furtado Saar. A vencedora na categoria Indústria foi a Tecnoblu, representada pelo diretor de operações Edmur Polli. Já o prêmio Jovem Empreendedor foi concedido ao advogado Eduardo Fogaça Olivier da Nemetz, Kuhnen & Olivier Advocacia. Os quatro vencedores receberam troféu, certificado e uma bolsa de estudos para uma pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas, oferecida pela mais nova instituição de ensino de Blumenau, a Sociesc/Ibes. Esta foi a sexta edição do Prêmio Gustav Salinger, criado pela Acib Jovem, Núcleo de Jovens Empreendedores da Associação Empresarial de Blumenau, para incentivar o empreendedorismo na cidade. A entrega
do prêmio é o ponto alto das atividades relacionadas ao Dia Municipal e Estadual do Empreendedor e ao aniversário da Acib, comemorados no dia 5 de novembro. Neste ano, a Associação completou 106 anos de história, sendo a mais antiga entidade empresarial em atividade do Estado. Além da entrega do prêmio, autoridades, associados e parceiros da entidade receberam, em primeira mão, o calendário 2008 da entidade e conheceram a nova pasta-folder que será utilizada pela Associação em eventos e na captação de novos associados. O material de divulgação foi elaborado pelo Núcleo de Criação e Design da Acib e foi confeccionado em papel reciclado. O calendário e a pasta trazem informações sobre os serviços e a participação da Acib no desenvolvimento econômico de Blumenau e região. Os presentes também conferiram o lançamento do Guia de Negócio Online, uma ferramenta que está disponível no site da Acib para localizar, entre os associados, novos parceiros comerciais. O jantar contou com o patrocínio da Accor Services, Sociesc/Ibes e Caixa Econômica Federal.
Comissão julgadora Comissão Técnica da Caixa Econômica Federal Alcantaro Corrêa, presidente da Fiesc Ivo Hering, presidente da Cia. Hering Antônio Hélio Oliveira de Souza, agente articulador do Sebrae/SC em Blumenau Fábio Roberto Ghedin, gestor de pós-graduação e marketing Sociesc/Ibes/FGV 36
Eduardo Olivier, Nilma Saar, Rodrigo Moreira e Edmur Polli
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Softwares mais baratos para associados A campanha Blumenau Sem Pirataria recebeu um importante reforço neste fim de ano. Até o dia 28 de dezembro os associados da Acib poderão comprar softwares da Microsoft com preço diferenciado. O benefício só foi possível graças a um acordo comercial firmado entre a Associação e a KeepIT, empresa de Blumenau especializada em soluções Microsoft. O documento foi assinado durante o jantar em comemoração ao aniversário da Acib, realizado no dia 5 de novembro, no Teatro Carlos Gomes. Estão incluídos no acordo softwares líderes de mercado, como o Windows XP Pro, Windows Small Business Server e o pacote Office. Além do desconto exclusivo, os interessados também podem financiar a compra em 10 vezes sem juros e têm a possibilidade de ganhar treinamentos em alguns softwares. Para mais informações entre em contato com a KeepIT pelo telefone (47) 3336-0200.
softwares contemplados: Win SBS Std 2003 R2 Sngl OLP NL 5 Clt Win SBS Prem 2003 R2 Sngl OLP NL 5 Clt Win SBS CAL 2003 Sngl OLP 5 NL Device CAL Windows Svr Std Sngl Lic/SA Pack OLP NL Windows Server CAL Sngl Lic/SA Pack OLP NL Device CAL Windows XP Professional XP Brazilian OLP NL Get Genuine Office 2007 Sngl OLP NL Office Professional Plus 2007 Sngl OLP NL Office Small Business 2007 Sngl OLP NL
Blumenau Sem Pirataria recebe homenagem em pré-estréia As 19 entidades que fazem parte da organização da campanha Blumenau Sem Pirataria foram homenageadas na noite do dia 29 de outubro, durante a pré-estréia nacional do filme Valente (The Brave One), realizada no Cine 1 do Shopping Neumarkt. O vice-presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Paulo França, o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Bahls de Almeida, e o delegado regional de Policia Civil, Rodrigo Marquetti, representaram o grupo na homenagem prestada em Blumenau. O evento foi organizado pela Associação Anti-Pirataria Cinema e Música (APCM), Warner Bros., Motion Picture Association (MPA) e GNC Cinemas. O diretor da MPA na América Latina, Márcio Gonçalves, destacou a importância de uma campanha como a promovida em Blumenau para conscientizar a comunidade contra a Pirataria. O vice-presidente da Acib enfatizou o objetivo da campanha. “Os cofres públicos e a nossa saúde estão sendo prejudicados com a Pirataria. Temos que acabar com essa cultura”, disse Amaral. Mais de cem pessoas prestigiaram o evento. Além da exibição do filme inédito, todos participaram de um coquetel servido antes da projeção.
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Homenageados falaram aos presentes na pré-estréia
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Conselho do Santo Antônio consegue apoio da bancada catarinense
Núcleo da Acib receberá presidente da Abese
O diretor de Relações Institucionais da Acib e membro do Conselho Curador do Hospital Santo Antônio, Ronaldo Baumgarten Junior, voltou confiante da viagem que fez a Brasília, no dia 16 de outubro. Acompanhado do presidente do Conselho, Luis Carlos Schmidt de Carvalho, e do presidente da Acib, Ricardo Stodieck, ele foi recebido por deputados e senadores que formam a bancada catarinense no Congresso Nacional. O grupo apresentou projetos que prevêem melhorias na infra-estrutura, aquisição de equipamentos e novas subvenções para manter a casa de saúde. Os deputados e senadores manifestaram total apoio aos projetos e devem garantir emendas individuais no Orçamento de 2008 para beneficiar o Hospital Santo Antônio. Segundo o diretor da Acib, “esses projetos são Ronaldo Baumgarten Jr. de vital importância para o bom funcionamento do Hospital”. A Acib participa ativamente da administração do Hospital Santo Antônio. Além do diretor Ronaldo Baumgarten Jr., o Conselho Curador também conta com a participação do diretor para Assuntos da Saúde da Acib, Dr. Mauro Kreibich.
A presidente nacional da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), Selma Migliori, vem a Blumenau para participar de uma reunião com os empresários que fazem parte do Núcleo de Segurança Eletrônica da Acib. O encontro está marcado para o dia 27 de novembro na sede da Associação Empresarial de Blumenau. Selma vem conhecer o trabalho do grupo e expor um pouco do trabalho realizado na Abese, entidade com sede em São Paulo. A Associação foi fundada em 1995 e tem como principal objetivo o fortalecimento do setor através da defesa dos direitos e interesses comuns e a realização de cursos e eventos diferenciados.
Núcleos de Comércio Exterior querem Conselho Estadual Representantes do Núcleo de Comércio Exterior da Acib se reuniram no dia 23 de outubro com representantes do Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Brusque e da Câmara Setorial do Porto, ligada à Associação Empresarial de Itajaí. Na reunião, realizada no Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi), eles conversaram sobre a possibilidade de criar um Conselho Estadual de Comércio Exterior. Segundo o coordenador do Núcleo da Acib, Carlos Silveira, os problemas enfrentados na área são comuns a todos os municípios. “Com o conselho, teremos a oportunidade de unificar ações, ganhar força e reduzir gastos”, destaca. Um documento com a proposta de criação do conselho será entregue ao presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Luiz Carlos Furtado Neves. Se aprovado, o grupo pretende começar os trabalhos no início de 2008, com uma reunião de planejamento. Além dos representantes das associações de Blumenau, Brusque e Itajaí, o conselho pode contar com representantes de Jaraguá do Sul, Joinville e São Bento do Sul.
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Reunião foi realizada no Teconvi, em Itajaí
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Ame suas Rugas A advogada, escritora e gerontóloga, Rosane Magaly Martins, e a assistente social, educadora ambiental e gerontóloga, Suleica Iara Hagen, vão abordar uma nova maneira de analisar o envelhecimento a partir de um olhar científico na palestra “Ame Suas Rugas”, que está sendo promovida pela Câmara da Mulher Empresária da Acib. As especialistas vão falar sobre as mudanças de paradigmas do envelhecimento, ações governamentais e de responsabilidade social e as perspectivas para o cenário mundial. A palestra está marcada para o dia 26 de novembro, às 19h, na sede da Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center). Os ingressos estão sendo vendidos na Acib. Associados pagam R$ 5,00. Para os não associados o investimento é de R$ 10,00. Para mais informações ou reservas, ligue para (47) 3326-1230 e fale com Carla ou Daniela. Se preferir, mande uma mensagem para o e-mail nucleos3@acib.net. As vagas são limitadas.
Presidentes da Dudalina e Unimed NO Café de Idéias O Núcleo de Responsabilidade Social da Acib está promovendo um evento para intensificar a troca de idéias e experiências entre os integrantes do grupo e os demais associados da Acib. Trata-se do Café de Idéias, que terá a presença da presidente da Dudalina, Sônia Regina Hess de Souza, e do presidente da Unimed Blumenau, Jauro Soares. Os convidados vão falar sobre o Pacto Global. O evento vai ser realizado no dia 28 de novembro (quarta-feira), às 8h, na sede da Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center). Os interessados serão recebidos com um café da manhã. Às 8h30min o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, fará a abertura para, na seqüência, passar a palavra aos convidados. Se você tem interesse em participar do Café de Idéias, deve confirmar presença até o dia 23 de novembro através do e-mail atendimento@acib.net ou pelo telefone (47) 3326-1230, com Marilda ou Daniela. O evento é gratuito e as vagas, limitadas.
Acib Jovem promove Feirão do Imposto A Acib Jovem, núcleo de jovens empreendedores da Associação Empresarial de Blumenau, já está trabalhando na organização de mais um Feirão do Imposto. Na manhã do dia 24 de novembro, em frente à escadaria da Catedral São Paulo Apóstolo, haverá exposição de produtos que fazem parte do dia-a-dia da população, com destaque para a quantidade de impostos embutidos no preço final de cada item. A idéia é conscientizar a população sobre o quanto se paga de impostos quando compra alimentos, produtos de limpeza, equipamentos eletrônicos e outros produtos. Hoje, a carga tributária no Brasil chega, em média, a 40% do Produto Interno Bruto (PIB). O Feirão do Imposto será realizado simultaneamente em todas as cidades do Estado que possuem núcleos de jovens empreendedores nas suas associações empresariais.
Formação pedagógica para educação infantil tem 2ª turma O Núcleo de Escolas Particulares de Educação infantil da Acib está formando mais uma turma para a formação pedagógica direcionada para profissionais da educação infantil. O tema “Planejar Pra Quê?” vai nortear os trabalhos comandados pela professora Valéria Cristina Coelho. O evento será realizado na sede da Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center), no dia 24 de novembro, das 8h às 13h30min. O investimento para escolas associados à Acib e para alunos do Instituto Catarinense de Pós-Graduação (ICPG) é de R$ 15,00. Para os demais, o investimento é de R$ 25,00. A primeira turma participou da formação pedagógica no início de outubro. Cerca de 90 profissionais aproveitaram a oportunidade de capacitação. Para mais informações e inscrições ligue para (47) 3326-1230 e fale com Alexandra ou Daniela. Se preferir, envie um e-mail para nucleos1@acib.net.
OUTUBRO / 2007
Novos associados Altendorf do Brasil Ind. e Com. de Maq. Ltda. Bar Donna D Ltda. ME Dental Tedesco Com. Material Odontológico
Getal - GTA Gestão Ambiental Ltda. Procecon Assessoria Empresarial Ltda. RGL Informática e Assistência Técnica Ltda.
Valor Gestão de Resíduos Ltda. Via Paraíso Malhas Ltda. Zilli Engenharia Elétrica S/S Ltda.
ACIB É NOTÍCIA
NOVEMBRO/DEZEMBRO 25º ENCONTRO ECONÔMICO BRASIL-ALEMANHA Tema: Inovação tecnológica: uma cooperação para a competitividade internacional. Quando: de 18 a 20 de novembro Onde: Parque Vila Germânica (Rua Alberto Stein, 199) Informações: www.brasilalemanha2007.com Promoção: Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI). SIMPÓSIO BRASIL-ALEMANHA Quando: 18 de novembro, às 14h Onde:Teatro Carlos Gomes (Rua XV de Novembro, 1181) Inscrições e informações: www.sejubra.org.br ou cerne@uol.com.br Promoção: Sociedade de Estudos Jurídicos Brasil-Alemanha (Sejubra) 2º FÓRUM SOBRE ESGOTO SANITÁRIO BACIA DO ITAJAÍ - Debate sobre o maço regulatório do saneamento, lei federal nº 11.445. - Apresentação de cases de projetos alternativos de saneamento: póstratamento de esgoto sanitário através de zona de raízes, tanques sépticos em loteamentos, gestão compartilhada de saneamento ambiental e o projeto da Prefeitura de Indaial - Painel sobre ações de saneamento em Blumenau - Samae, Vigilância Sanitária, Secretaria de Planejamento Urbano, Faema. Quando: 22 de novembro, às 8h Onde: Senai Blumenau (Rua São Paulo, 1147) Investimento: gratuito Inscrições: atendimento@acib.net ou (47) 3326-1230 com Marilda ou Daniela Promoção: Núcleo de Gestão Ambiental da Acib CICLO DE DEBATES: AGENTES QUÍMICOS Participação do coordenador do Serviço de Medicina e Segurança do Trabalho da Univali, engenheiro Francisco José Serran, e do coordenador de Segurança da Rigesa, Daniel Lemos. Quando: 22 de novembro, às 14h Onde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center) Investimento: R$ 5,00 (associados Acib) e R$ 10,00 (não associados) Inscrições: atendimento@acib.net ou (47) 3326-1230 com Marilda ou Daniela Promoção: Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib PALESTRA MOTIVACIONAL: TURISMO Ministrante: Félix Theiss, consultor Quando: 22 de novembro, às 19h Onde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center) Inscrição gratuita pelo e-mail nucleos3@acib.net ou pelo telefone (47) 3326-1230 com Carla ou Daniela. Vagas limitadas! Promoção: Núcleo de Turismo Receptivo da Acib FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL Ministrante: professora Valéria Cristina Coelho. Quando: 24 de novembro, às 8h Onde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Fi-
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nancial Center) Investimento: R$ 15,00 (associados Acib e alunos do ICPG) e R$ 25,00 (não associados) Inscrições: nucleos1@acib.net ou (47) 3326-1230 com Alexandra ou Daniela Promoção: Núcleo de Escolas Particulares de Educação Infantil FEIRÃO DO IMPOSTO Exposição de produtos que fazem parte do dia-a-dia do blumenauense com destaque para a quantidade de imposto embutida no preço final. Quando: 24 de novembro, das 9h às 14h Onde: em frente à escadaria da Catedral São Paulo Apóstolo (Rua XV de Novembro) Informações: (47) 3326-1230 com Carla Promoção: Acib Jovem – Jovens Empreendedores de Blumenau PALESTRA: AME SUAS RUGAS Ministrantes: Rosane Magaly Martins e Suleica Iara Hagen. O projeto Ame Suas Rugas propõe um olhar científico sobre o envelhecimento e aborda: - mudanças de paradigmas sobre o envelhecimento; - ações governamentais e ações de responsabilidade social; - cenário mundial (perspectivas). Quando: 26 de novembro, às 19h Onde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center) Investimento: R$ 5,00 (sócios Acib) e R$ 10,00 (não-sócios) Inscrições: nucleos3@acib.net ou (47) 3326-1230 com Carla ou Daniela Promoção: Câmara da Mulher Empresária da Acib JANTAR COMEMORATIVO AO DIA DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA NO TRABALHO Homenagem a três personalidades que participaram da entrega de uma ambulância doada pela Acib ao Corpo de Bombeiros de Blumenau em 1987. Quando: 27 de novembro, às 19h30min Onde: A.D.R. Sulfabril (Rua Itajaí, 1047) Investimento: R$ 15,00 Informações: (47) 3326-1230 com Marilda Promoção: Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib CAFÉ DE IDÉIAS Participação da presidente da Dudalina, Sônia Hess de Souza, e do presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares. Quando: 28 de novembro, às 8h Onde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center) Informações: (47) 3326-1230 Promoção: Núcleo de Responsabilidade Social da Acib FESTA DE FIM DE ANO DA ACIB Jantar de confraternização entre diretores, colaboradores, associados e parceiros da Associação Empresarial de Blumenau Quando: 3 de dezembro, às 20h Onde: Park Blumenau Restaurante (Rua Alberto Stein, 250) Venda antecipada de convites Informações: (47) 3326-1230
MEMÓRIA
O Surgimento da
INDÚSTRIA (1880-1900)
Arquivo Histórico
parte III
Funcionários da Companhia Industrial Garcia, em frente à fábrica Foi a partir de 1880 que Blumenau iniciou seu processo de industrialização, com o surgimento da primeira fábrica que quebrava o ciclo de manufatura diretamente ligado ao setor primário. O pioneiro desta guinada foi o tecelão Hermann Hering. Ele se estabeleceu na então colônia em 1879, vindo da Alemanha, onde tinha uma pequena tecelagem em sociedade com o irmão Bruno. Trouxe algum capital, inicialmente investido na manufatura de charutos e, posteriormente, numa casa de comércio. Em 1880, o empreendedor comprou um tear circular manual e uma caixa de fios, iniciando as atividades da indústria, novamente em parceria com o irmão. A mão-deobra, exclusivamente familiar, foi aplicada na fabricação de meias. Em 1882, a Hering era a única fábrica de tecidos de malha do Brasil e estava instalada na Rua XV de Novembro. Em 1881, a associação de Johann Karsten, Heinrich Hadlich e Gustav Roeder fez surgir a segunda empresa têxtil da cidade, a Karsten & Hadlich. Tudo começou com 46
a compra de seis teares e uma máquina de fiação, numa sociedade que durou cinco anos. em 1886, Karsten assumiu as cotas dos outros dois fundadores e passou a dirigir a fábrica sozinho. Paralelamente a essas iniciativas, instalou-se tardiamente no município a indústria tipográfica. A imprensa em Blumenau surgiu somente após 31 anos de existência da colônia. Principalmente porque Dr. Blumenau pretendia evitar a divulgação de notícias e opiniões contrárias ao império brasileiro. O Blumenauer Zeitung surgiu em 1881, editado por Hermann Baumgarten. Em 1883, apareceu o Immigrant, iniciativa do tipógrafo Bernhard Scheidemantel, que já produzia rótulos para embalagens desde 1864. Dez anos depois, esse jornal foi adquirido pela comunidade pastoral. Sua redação foi deixada a cargo do pastor Hermann Faulhaber, que batizou o periódico de Der Urwaldsbote (O Mensageiro da Floresta). Todos eram redigidos em alemão. Gustav Roeder, que havia sido um dos fundadores da Karsten, deixou a sociedade e criou, em 1883, outra indústria têxtil no bairro Garcia. Ele trouxe da Alemanha quatro teares e uma caldeira a vapor,
montando uma tecelagem e tinturaria. Três anos mais tarde, já estava instalando mais dez teares, resultado da prosperidade do negócio, que produzia tecidos de lã e algodão. Eram os primórdios da Companhia Industrial Garcia. Dando ainda mais dinamismo ao processo de diversificação da economia local, K. Ernst Auerbach criou, em 1886, uma indústria metalúrgica, embrião da atual Electro-Aço Altona. O nascimento de indústrias independentes da atividade primária não impedia o florescimento de diversas outras iniciativas fabris tradicionais, como os curtumes, os moinhos e as cervejarias. A indústria de curtume teve sua origem em 1880, com a firma fundada por Oswald Otte. Em seguida, surgiram outras iniciativas de empreendimentos, como os de Walter Thomsen, dos irmãos Huscher e o Curtume Sander. (continua na próxima edição) * Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.