Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

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Ano 2 nº 10 Fevereiro 2008

Tecnologia made in Blumenau Fundada há 20 anos, a Senior Sistemas é a terceira maior produtora de softwares do País e faz planos para continuar crescendo e ganhar o mercado europeu

Jorge José Cenci, diretor presidente da empresa: busca contínua pela qualidade de serviços e produtos

COOPERATIVISMo: Entidades de crédito comemoram os bons resultados


EDITORIAL

planejamento

em pauta

Responsabilidade social é uma das vertentes de trabalho da Acib, que criou núcleo específico em 2005 Desde que foi criada, a Acib tem lutado pelo desenvolvimento econômico e social de Blumenau. Mesmo tendo esse objetivo há mais de 106 anos, a maneira como ele pode ser alcançado muda de acordo com a época e seus cenários político, social, econômico e comunitário. O trabalho de ajudar a cidade a se desenvolver não depende de fatores isolados. Com a globalização e a chegada da era da informação, são inúmeros os fatores que determinam o sucesso da empreitada e são ainda maiores as combinações possíveis entre esses fatores, criando novos elementos que devem ser observados atentamente para entender a dinâmica do desenvolvimento de uma região. Por mais que pareça simples o trabalho em torno de um grande objetivo, a Acib dedica algumas semanas, sempre no início do ano, à realização de um planejamento estratégico. Neste ano, os diretores da entidade foram orientados por um consultor da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). As diretrizes que vão orientar o trabalho da Associação foram traçadas em uma tarde, depois de analisar o atual cenário da cidade, da região e da própria Acib. O trabalho resultou na escolha de sete grandes frentes de trabalho para os próximos 14 meses: Representatividade Institucional e Lobby; Desenvolvimento da Comunidade; Responsabilidade Social e Sustentabilidade; Excelência na Gestão da Acib; Mercado e Imagem; Soluções Empresariais e Núcleos Setoriais. A primeira delas é praticamente uma marca registrada da Acib. Apesar de ter portas abertas nos governos municipal, estadual e federal, a entidade sabe que precisa trabalhar para conservar esse cenário de boa convivência, que tem garantido importantes conquistas para nossa cidade e região. É um dos trabalhos mais importantes e só é possível graças ao apoio recebido das empresas que acreditam no associativismo e se unem em uma entidade como a Acib. A segunda, Desenvolvimento da Comunidade, está diretamente ligada ao trabalho em áreas que dão suporte ao crescimento econômico, como capacitação, tecnologia e turismo. A área de Responsabilidade Social e Sustentabilidade é uma das grandes vertentes do trabalho que tem sido desenvolvido pela Acib nos últimos anos. A criação do Núcleo de Responsabilidade Social, em 2005, é a prova de que o assunto é tratado como prioridade na entidade. Além de desenvolver novas políticas com ações socialmente responsáveis, a Acib terá a nobre tarefa de conscientizar empresários para que façam o mesmo. Por fim temos quatro diretrizes que estão voltadas ao trabalho interno da entidade. Cabe à Acib oferecer aos associados, colaboradores e diretores os meios adequados para o desenvolvimento do trabalho que está sendo proposto. Por isso reforçamos a preocupação com a gestão interna, observando carências em capacitação e meios físicos para tornar realidade nossos objetivos. Criamos uma diretriz específica para os Núcleos Setoriais, um dos principais produtos da entidade e que tem colaborado significativamente para desenvolver o espírito associativista e as empresas que deles participam. As diretrizes “Mercado e Imagem” e “Soluções Empresariais” estão diretamente ligadas à ampliação de nosso quadro de associados. A Acib tem a tarefa de pesquisar de que maneira pode ajudar ainda mais os empreendedores da cidade a desenvolver seus negócios. Oferecer mais serviços de qualidade é um dos grandes objetivos para os próprios meses. Os 15 diretores da entidade, que trabalham voluntariamente, estão comprometidos com as ações estabelecidas no planejamento realizado. Grupos de trabalho foram organizados para dar seqüência à atividade, que será avaliada periodicamente. Você, associado, também pode fazer sua parte. Entre em contato conosco para sugerir ações que promovam o desenvolvimento econômico e social sustentável de nossa cidade. A Diretoria 3


SUMÁRIO

Henry Quaresma fala sobre a crise norte-americana O diretor de relações industriais da Fiesc comenta como a crise dos Estados Unidos atinge o Brasil

6 Flipper: sucesso plantado em meio à crise

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O avanço das cooperativas de Crédito

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Comemorando boa fase, cooperativismo tem mostrado crescente representividade no Brasil

Criada em um momento difícil da economia brasileira, a Flipper Piscinas hoje é referência no ramo

20 Acib é notícia 28 Artigo – Planejamento estratégico: ferramenta moderna de gestão 30 Memória

EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITOR ASSISTENTE Fábio Ricardo - 3034 JP (MTb/SC) REPÓRTERES Ana Paula Lauth, Gisele Scopel e Francisco Fresard (Institucional) DIRETOR DE ARTE Ricardo Augusto Kühl - ricardo@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Fernando Schulze (cadeira cedida por loja Larmagio-3340-4848) FOTOS Ivan Fernando Schulze, Gilberto Viegas e Divulgação TRATAMENTO DE IMAGEM Filipe Alvarenga DIRETOR COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - debarba@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br DIRETOR EDITORIAL Luiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - mund@mundieditora.com.br

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Produtora de soluções Fundada há 20 anos, a Senior Sistemas é hoje a terceira maior fabricante de softwares do País

Conselho Editorial Avelino Lombardi Carlos Tavares D’Amaral Charles Schwanke Francisco Fresard Hans Dieter Didjurgeit Luiz Mund Marilda Steil Ricardo Stodieck Rubens Olbrisch

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar Neumarkt Financial & Trade Center CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net

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Diretoria Presidente: Ricardo Stodieck / Vice-presidente: Carlos Tavares D’Amaral / Administrativo e Financeiro: Manfredo Krieck / Assuntos da Indústria: Carlos Odebrecht / Assuntos de Comércio e Turismo: Bruno Nebelung / Assuntos de Desenvolvimento e Planejamento Urbano: Jorge Rodacki / Assuntos de Prestação de Serviços: Maria Denise Ribeiro Ern / Assuntos da Pequena e Micro Empresa: Haida Leny Siegle / Assuntos Comunitários: Solange Rejane Schröder / Núcleos e Câmaras: Avelino Lombardi / Assuntos Ambientais e de Energia: Jaime Grossembacher / Assuntos Internacionais: Ido José Steiner / Relações Institucionais: Ronaldo Baumgarten Jr / Assuntos da Saúde: Mauro Sergio Kreibich / Assuntos Tecnológicos: Ingo Tiergarten

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Entrevista: Henry Quaresma, diretor de relações industriais da Fiesc

HENRY

QUARESMA

Henry Quaresma, diretor de relações industriais da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) fala em entrevista à revista Empresário Acib sobre a crise nos Estados Unidos e seus reflexos no Brasil e em Santa Catarina. Por aqui, ressalta o diretor da Fiesc, as empresas afetadas inicialmente devem ser aquelas que vendem diretamente para os norte-americanos, como indústrias moveleiras e cerâmicas. “O ideal é buscar novos mercados para diminuir a dependência do dólar”, diz Quaresma.

“A CAUTELA tem que existir sempre” Revista Empresário Acib: A crise nos Estados Unidos, que começou com os créditos imobiliários, já pode ser considerada uma recessão? Henry Quaresma: A crise dos Estados Unidos ainda não é considerada uma recessão, mas há sinais de que isso possa acontecer. Por enquanto, alguns fatores, como a sucessão presidencial, estão contribuindo para atenuar a crise. Então, o resultado das eleições norte-americanas será determinante para este cenário. EA: Quais os efeitos da crise em nível mundial? Quaresma: Do ponto de vista mundial, ela afeta diretamente, porque os Estados Unidos ainda são a grande economia do Planeta, mesmo com a ascensão da China. Temos o crescimento de outras moedas, como o Euro, e isso atenua os efeitos da crise fora dos Estados Unidos.

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Aqui no Brasil, ainda não fomos afetados diretamente, exceto quem vende direto para os Estados Unidos. Como esta crise está ligada ao setor imobiliário, quem fornece para a construção civil norte-americana, como cerâmicas e móveis, já sente os efeitos desta crise. Uma alternativa para não ser afetado, ou ser menos afetado, é descentralizar as exportações. Hoje, 17% de nossas exportações são para os Estados Unidos, mas esta descentralização já começou a acontecer. Um dos motivos é que os benefícios às empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos diminuíram. O Sistema Geral de Preferências (SGP) norte-americano, que garantia imposto zero a produtos brasileiros, está sendo reduzido porque o Brasil não é mais considerado um país em desenvolvimento para os Estados Unidos. Com isso, produtos que antes não impostos, hoje já pagam 3%, 4%.

EA: Existe um prazo para esta crise chegar ao fim? Quaresma: O primeiro problema sentido foi a inadimplência nos financiamentos. Eles foram refinanciados, mas a inadimplência já começa a aparecer nestes novos contratos. Então, o futuro desta crise depende de como isso será tratado pelo governo norte-americano. Hoje, ao contrário do que acontece no Brasil, é fácil contrair um empréstimo nos Estados Unidos. Depende do que o governo fará, da definição de novos critérios para a tomada de crédito. Mas eu não acredito que o reflexo de tudo isso seja tão direto para nós. EA: Por que hoje o Brasil está menos suscetível a crises internacionais? Quaresma: A balança de pagamentos está estabilizada; a dívida externa está


Entrevista: Henry Quaresma, diretor de relações industriais da Fiesc

menor e administrável. Temos rentabilidade; os papéis do governo estão em alta. Isso gera estabilidade interna, mas ainda dependemos muito dos investimentos do Exterior. EA: Que medidas a equipe econômica do governo deve tomar para evitar que o Brasil tenha perdas significativas? Quaresma: O Brasil já está tomando medidas para impedir que a crise norteamericana provoque grandes perdas no País. Mas, se falarmos em atitudes mais enérgicas, podemos citar a redução das taxas de juros, que acelera o consumo interno. Também tem que se repensar a carga tributária e os financiamentos em longo prazo. Hoje se vende carro em 72 vezes e, com a taxa de juros aplicada, o consumidor paga quantos carros? O banco ganha mais que a montadora. Terá que se buscar uma solução, talvez até a limitação desses financiamentos, tanto de tempo quanto das taxas de juros. EA: Além das indústrias cerâmica e moveleira, já citadas pelo senhor, que outros setores da economia catarinense podem ser afetados? Quaresma: As commodities podem ter alguma interferência, com as quedas nas bolsas de valores dos Estados Unidos. A indústria têxtil não tem um grande mercado nos Estados Unidos, por isso não deve ser muito afetada. Os problemas da indústria têxtil estão mais ligados à concorrência com os produtos asiáticos. É sistêmico, mas está em processo de acomodação. As empresas estão buscando novos mercados, valorização da marca e do design, coisas em que a China, por exemplo, está atrás. Buscando novos mercados, diminui a dependência do dólar. EA: É hora de investir ou ter cautela? Quaresma: A cautela tem que existir sempre. Cada segmento tem que acompanhar os desdobramentos e saber no que pode ser afetado pela crise. Até agora, a

crise norte-americana não está impedindo os investimentos das nossas empresas. O que havia sido planejado pelas corporações para 2008 está sendo mantido.

A indústria têxtil não tem um grande mercado nos Estados Unidos, por isso não deve ser muito afetada

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Case empresarial

Focada na Inovação e

tecnologia de ponta Num segmento competitivo como o da tecnologia da informação (TI), manter-se no mercado exige, além do conhecimento técnico, competência e ousadia. Para ser referência e estabelecer-se entre as melhores, é preciso ir além. A Senior Sistemas não só conquistou o mercado, como também se tornou a terceira maior fabricante brasileira de software.

O diretor-presidente da Senior Sistemas, Jorge José Cenci: entre as três maiores empresas do setor no País

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O sucesso da Senior está fundamentado em três pilares: qualidade de produtos e serviços, preocupação constante com a inovação tecnológica e capacitação permanente da equipe. Na visão do diretorpresidente da empresa, Jorge José Cenci, os três itens são pré-requisitos para se perpetuar no mercado. “A Senior investe continuamente na capacitação de pessoas para a gestão empresarial, assim mantemos a equipe preparada para atender melhor os clientes”, argumenta. O compromisso com a qualidade é um dos diferenciais da Senior. Abrange todos os processos e permite uma eficiente interação entre as diversas áreas da empresa. “Buscamos a melhoria contínua da qualidade de serviços e produtos, de forma comprometida com o nível de satisfação dos clientes”, reforça Cenci, lembrando que o mundo não pára de se transformar. “Novas tecnologias surgem a todo o momento, visando facilitar e agilizar ainda mais os processos de negócios. As inovações estão por todos os lados, e acompanhar as tendências se torna fundamental para que se alcance melhores resultados”, ensina. Atenta à realidade do setor, que exige agilidade, competência e visão de futuro, a Senior oferece soluções que atendem

com excelência às necessidades do dia-adia corporativo. A empresa busca contribuir para o êxito das organizações através da gestão da informação, com tecnologia avançada, recursos inovadores e pessoas valorizadas e comprometidas. “Nossos sistemas de gestão empresarial, de recursos humanos e de acesso e segurança garantem alta performance no domínio das informações e processos de uma empresa ou de seus setores específicos, graças à sua capacidade de integração, modularidade e resiliência”, garante Censi, informando que a empresa está focada nos negócios e direcionada ao mercado nacional. “Atualmente, temos cinco clientes na América Latina. Mas buscamos parceiros para ampliar a exportação na região. Queremos também levar alguns dos nossos produtos para a Europa e, mais tarde, para os Estados Unidos e Ásia”, revelou. Nascida para vencer No dia 2 de maio de 1988, é fundada a Senior Sistemas, com o objetivo de ser reconhecida como uma software house de aplicativos específicos para administração de pessoal. Em apenas quatro anos, chegou à marca de 720 clientes ativos, utilizando a solução Rubi® (folha de pa-

gamento) e Ronda® (ponto eletrônico). “Com o advento do microcomputador, vimos a oportunidade de investir no mercado. Como a maioria, começamos pequenos, mas aos poucos fomos crescendo, graças à qualidade dos nossos produtos e à assistência contínua aos nossos clientes”, lembra Cenci. Atenta à dinâmica e à evolução das necessidades de negócio de seus clientes, assim como às novas tendências de tecnologia, investiu na formação e no contínuo aprimoramento da equipe de profissionais, metodologias de desenvolvimento de sistemas e de gestão de projetos, resultando em modernos e inovadores sistemas de gestão empresarial. O crescimento e os investimentos na capacitação da equipe e em novos produtos sempre foi uma constante. Assim, 11 anos depois da fundação, a empresa lança os sistemas de gestão empresarial Senior - Sapiens® Gestão Empresarial (ERP), Vetorh® Gestão de Pessoas e Ronda® Acesso e Segurança. Em 2004, iniciou as pesquisas de desenvolvimento para a internet, usando a tecnologia Java. Atualmente, possui quatro unidades em Blumenau e uma filial em São Paulo, além de uma rede de mais de 100 canais distribuídos pelo Brasil, que juntos somam mais de 1,2 mil consultores credenciados.


Case empresarial

Nova sede

PERFIL Nome: Senior Sistema Endereço matriz: Rua Luiz Sachtleben, 115, Itoupava Seca, Blumenau Filial: Rua Guilherme Nannitz, 126, 12º andar, Vila Olímpia, São Paulo

A sede atual dará lugar às novas instalações que serão erguidas na Rua São Paulo, com 8 mil metros quadrados

Segmento: Tecnologia da Informação Número de funcionários: 490

Estão previstas para começar em maio – mês de aniversário da Senior Sistemas – as obras da nova sede da empresa em Blumenau, na Rua São Paulo. O novo prédio, de 8 mil metros quadrados, deve ficar pronto em maio de 2009. “A idéia é aglutinar os quatro ambientes da cidade para atender melhor os clientes e as nossas necessidades”, justificou Cenci. Soluções em gestão Presente em todo mercado nacional, a Senior Sistemas conquistou excelente posição no ranking entre as maiores empresas brasileiras de software. Em sua história, vem atingindo índices de crescimento acima da média de mercado, entre as empresas do mesmo segmento, preservando lucratividade e investimentos em produtos e tecnologia. As soluções desenvolvidas pela empresa atendem, entre outras, as áreas de gestão empresarial (ERP Sapiens); gerenciamento estratégico de RH, folha de pagamento e controle de freqüência (Vetorh); acesso e segurança (Ronda); infraestrutura para ambientes de TI (Senior TI) e gerenciamento de dados para apoio à tomada de decisões (Senior BI). Direcionadas a clientes de todos os portes, as ferramentas da Senior Sistemas têm como objetivo garantir total domínio sobre informações e processos empresariais. As unidades Senior são capacitadas para atender o mercado e oferecem, além da comercialização do produto, todo su-

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porte técnico desde o momento da implantação. Esses canais de vendas oferecem agilidade e proximidade aos clientes e usuários dos produtos Senior. Com expertise próprio, resultado de vários anos de atuação e de investimentos constantes em aprimoramento profissional e tecnológico, em 2000, foi contemplada com a certificação internacional ISO 9001. Parcerias e clientes A Senior Sistemas investe em parcerias empresariais e educacionais, como alianças estratégicas nas soluções de gestão que oferece. Na área educacional, conta com o apoio de universidades e fundações. Em soluções complementares, empresas especializadas agregam diferencial competitivo aos sistemas Senior. Com quase 9 mil clientes, entre eles algumas das maiores empresas do Brasil, como Grupo Weg, Fiat, Marisol, Karsten, Cervejaria Eisenbahn, Petrobrás, dentre outras, a Senior Sistemas se consolida no mercado como uma das mais competitivas companhias de software de gestão do país. “O possível cliente Senior é toda empresa que busca automatizar seu processo de produção, integrado entre os departamentos”, define Jorge Cenci. Treinamento Por ter a capacitação como um dos pilares, a Senior Sistemas criou uma área de treinamento altamente qualificada para

atender todo o Brasil. A área de negócios tem como objetivo a capacitação de clientes e profissionais do canal de distribuição. Os treinamentos são periódicos e realizados de forma presencial ou pelo método e-learning (ensino a distância). Além de capacitar os profissionais envolvidos e clientes, a Senior realiza o programa de certificação de conhecimentos, onde aplica provas técnicas e mensuração do alcance de metas. Responsabilidade Social Desde a fundação, quando nem se usavam termos como desenvolvimento sustentável, já existia na Senior Sistemas o questionamento: como será daqui a 20 anos? Hoje, a alguns meses de completar 20 anos, a trajetória confirma o sentimento de cidadania da empresa voltado à preservação dos recursos naturais, ambientais e sociais. Graças a essa visão, foi contemplada com o Selo Faema – Certificado de Qualidade Ambiental –, concedido pela Fundação do Meio Ambiente. Os princípios da Responsabilidade Social e Sustentabilidade se fazem presentes não somente nos projetos específicos, mas na gestão empresarial da Senior. Os valores éticos norteiam todo o planejamento, os programas desenvolvidos e a ações sociais da empresa. A Senior mantém a linha de transparência com todos os públicos impactados pelas atividades institucionais, envolvendo colaboradores, comunidade, acionistas, governo e terceiros em geral.

Feira de Hannover

Faturamento 2007: R$ 55 milhões

Em março, a Senior Sistemas participa pela quarta vez, como visitante, da CeBIT – Feira de Hannover (Alemanha) –, o maior evento de tecnologia da informação do mundo. A feira reúne milhares de pessoas, entre expositores e visitantes, de várias partes do mundo.

Volume de negócios: R$ 180 milhões www.senior.com.br


Empreendedorismo

O desafio de ser a pioneira

Quando em 1984 o técnico em Mecânica Industrial Paulo Roberto Zimmermann decidiu criar, junto com um cunhado, uma empresa de piscinas, poucos foram os que acreditaram no sucesso. Os tempos eram bicudos, o País estava em transição de regime político e a economia não inspirava confiança. Era mais vantajoso especular no mercado financeiro do que se arriscar e investir no setor produtivo. O pai José Francisco, empresário do ramo metalúrgico, queria que o filho fosse trabalhar na empresa da família. Mas Paulo acreditou no sonho e estava decidido a persegui-lo com persistência. E foi assim que, em setembro de 1984, inaugura a Flipper Piscinas, na Rua Paraíba, apenas a alguns metros de onde funciona hoje a empresa. “Na realidade, a teimosia fez parte do sucesso. Só mesmo muita teimosia pra levar adiante um projeto deste naquela época. Se não bastasse a instabilidade política e econômica, não tínhamos capital de giro suficiente para driblar as peripécias econômicas”, recorda Paulo Zimmmermann. Ele lembra que a inflação alta (na casa dos 30, 40% ao mês) inviabilizava qualquer planejamento orçamentário. “Essas eram as nossas principais dificuldades no início”, revela Hoje, 24 anos depois, a Flipper, a mais antiga de Blumenau, é referência regional quando se fala em piscina de vinil, com obras em todo o Estado de Santa Catarina e em outras cidades como Curitiba e Cerquilho (SP). Pioneira do setor no Sul do País, a Flipper Piscinas sempre apostou na 14

qualidade como diferencial. Essa premissa norteia os negócios e sustenta o sucesso da empresa, que vem conquistando clientes a cada dia. Produtos Além de piscinas de vinil, a Flipper oferece saunas, banheiras de hidromassagem, móveis para jardim, aquecimento para a gás, elétrico e solar para piscinas, cober-

A atual sede da Flipper Piscinas, na Rua Paraíba

turas para piscinas aquecidas e produtos para o tratamento de piscinas. Também presta assessoria na construção. “Para maior comodidade, disponibilizamos um sistema de orçamento online no site www.flipper.com.br. O cliente escolhe o tipo e o nosso Departamento Comercial entra em contato para executálo”, avisa Zimmermann, fazendo questão de frisar que o projeto é feito por uma arquiteta da empresa, sem compromisso.


EMPREENDEDORISMO

Zimmermann assumiu o controle da empresa que a filha ajuda a administrar

o Brasil já era um país democrático e a economia estava sendo posta nos trilhos com a implantação do Plano Real. A era da incerteza dava lugar à esperança de estabilidade política e econômica. Assim, com as experiências dos diferentes planos econômicos e dos anos de administração do empreendimento, aliados à estabilidade financeira, Zimmmermann inicia um novo período da Flipper Piscinas. “Passamos a revender piscinas de fibra e, mais tarde, optamos pelo vinil em função da versatilidade do material”, comenta, garantindo que não quer ser a empresa que mais vende, mas a que está no mercado há mais tempo vendendo. Modelos exclusivos

Da idéia à realização Embora a decisão de montar um negócio já estivesse tomada, a escolha do segmento surgiu meio por acaso. Em 1984, Paulo Zimmermann e o cunhado, desempregados, aceitaram o convite de um tio, que morava no Rio de Janeiro e trabalhava com piscinas, para fazerem um curso na capital fluminense. O início foi difícil, como todo o empreendimento, mas a dificuldade foi superada com persistência e a força de vontade. “Éramos muito jovens, eu tinha 24 anos. Motivados pelo sonho, não medimos esforços para concretizá-lo”, lembra com entusiasmo Zimmermann. Ele cita o pouco conhecimento de gestão empresarial adquirida na empresa do pai como um dos fatores do sucesso inicial. O nome Flipper surgiu quando foi assistir ao show dos golfinhos amestrados de Miami, no Shopping da Barra, no Rio de Janeiro, na época em que fazia o curso para aprender a trabalhar no ramo. Dez anos depois de inaugurada a Flipper Piscinas, o cunhado deixa a sociedade e Zimmermann assume o controle total da empresa. Os tempos eram outros, 16

Não quero ser quem mais vende, mas quem está no mercado há mais tempo vendendo

A primeira sede

Paulo Zimmermann e o sócio Marcos Vieira na porta do prédio onde funcionava a Flipper Piscina, também na Rua Paraíba, dois anos após a inauguração

A flexibilidade do vinil permite conciliar o sonho de ter uma piscina em casa com a disponibilidade financeira de cada cliente, além de garantir a exclusividade do modelo. “O vinil permite muita criatividade. Além da exclusividade do modelo, o cliente pode ter a piscina do tamanho do seu bolso”. Zimmermann garante que a Flipper tem projeto e orçamentos exclusivos para cada cliente. Ele faz questão de explicar que os orçamentos podem apresentar valores diferentes devido às condições do terreno onde serão construídas as piscinas. “Embora os projetos sejam únicos, há tamanhos iguais, mas que podem apresentar preços diferentes. Vai depender da topografia do terreno e das obras a serem feitas para a construção da piscina”, explica. Além da versatilidade, a piscina de vinil é mais resistente que a de fibra, porque tem uma parede de 15 centímetros de concreto, mais dois centímetros de reboco e o revestimento de vinil. “O que dá a forma à piscina é o modelo do concreto, que o cliente pode fazer de várias formatos e tamanhos”, reforça. Segundo Zimmermann, do projeto à conclusão da obra são gastos, em média, 45 dias. “Com tudo pronto: calçada, ajardinamento, casa de máquina e água tratada na piscina”, completa. A piscina deixou de ser um objeto de luxo e passou a ser um complemento da casa. Além dos bons momentos que proporciona à família, favorece a socialização por ser, por si só, um convite ao lazer. Pesquisas do mercado imobiliário apontam que a piscina valoriza em até 20% o imóvel.


COOPERATIVISMO

As vantagens e o momento econômico

Cooperativas de crédito

comemoram boa fase

Originário da Inglaterra em conseqüência da Revolução Industrial, o cooperativismo se tornou uma força de grande representatividade em quase todos os países. Hoje, é o segundo maior movimento econômico na Europa e tem mostrado crescimento constante também no Brasil. Com base na união de interesses e forças individuais em prol do trabalho em conjunto e vantagens coletivas, as cooperativas existem nos mais variados ramos, como consumo, agropecuária, saúde, trabalho, educação, crédito e tantos outros. No Brasil, as cooperativas de crédito existem há mais de um século e têm apresentado inúmeras vantagens frente aos grandes bancos. Apesar disso, as pessoas ainda estão descobrindo e conhecendo o cooperativismo, que sempre teve uma divulgação parca, segundo Vanildo Leoni, diretor executivo da Cooperativa de Crédito Vale do Itajaí (Viacredi). Atualmente o Estado conta com oito cooperativas de crédito associadas à Cooperativa Central de Crédito Urbano de Santa Catarina (Cecred), que juntas possuem mais de 76 mil cooperados. “Os micro e pequenos empresários têm as necessidades próprias do segmento e 18

buscam, através da união de esforços, melhores propostas para abertura de créditos financeiros. Este objetivo comum os faz procurar as Cooperativas de Crédito. A experiência de mais de 50 anos do Sistema Cecred representa uma força a estas Cooperativas por viabilizar produtos e serviços”, enfatiza o gerente geral da Cecred, Ivo José Bracht. Bracht avalia que um dos motivos do crescimento da procura da classe empresarial por contas em cooperativas é que elas não se limitam a oferecer produtos com preços diferenciados, mas possuem também o compromisso com a educação, formação e informação do cliente. “Somente em 2007 a Cecred contabilizou um número de mais de 25 mil participações de palestras e cursos de diversos eixos temáticos para cooperados”, observa. A Cecred é uma entidade do sistema com a missão de apoiar várias cooperativas de Santa Catarina. Ela realiza controle, auditoria, infra-estrutura, desenvolvimento profissional, centralização financeira, convênios de compensação e tecnologia. Além disso, visa fortalecer a categoria através de um projeto de médio e longo prazo, construído com base no associativismo, que viabiliza o desenvolvimento econômico, social e cultural dos participantes.

Para o diretor presidente da Cooperativa de Crédito (Concredi), Udo Prochnow, o momento econômico vivido pelo País é um fator importante, porém ressalta que o fundamental é a transparência dos negócios que tem fortalecido a relação com os cooperados. Os benefícios apontados pelos diretores e pelo gerente comparando bancos e cooperativas de crédito formam uma grande lista que inclui baixas taxas praticadas, custos infinitamente menores que o sistema financeiro tradicional, melhor acesso a qualquer tipo de crédito com juros menores, tarifas de serviços mais baratas ou inexistentes, menor burocracia, atendimento mais próximo e personalizado, participação do associado e mais rapidez no processo de liberação do crédito. Além disso, as sobras, que equivalem aos resultados da cooperativa, são rateadas entre os cooperados, que são os donos da cooperativa, de forma justa e eqüitativa, não havendo concentração de renda. Também têm à disposição um leque de serviços tais quais as grandes redes bancárias. O cooperativismo experimenta um bom momento de expansão e ganha cada vez mais evidência. Para Prochnow, o retorno dos investimentos reflete diretamente na percepção do associado de que está crescendo junto com a cooperativa. Vanildo Leoni acredita que a potência das cooperativas está em sua presença regional. “A maior virtude é que elas fomentam a economia local. Produzem mais para a comunidade e geram sobras para os sócios”, aponta. Nesse ritmo, segundo Leoni, as expectativas são muito boas. “Com a economia mais estável, as pessoas procuram soluções de investimento” conclui Leoni. Números que convencem A Concredi nasceu há 10 anos dentro da Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau (CDL), com 31 sócios fundadores. Rapidamente tornou-se destaque em sua

área de abrangência, que atinge 19 municípios do Vale do Itajaí. Atendendo o micro e pequeno empresário do Vale, a Concredi apresenta resultados extremamente positivos a cada ano. Prochnow aponta que nos últimos três anos a cooperativa teve um crescimento de 156% com mais de 350 associações ao ano, salientando os princípios cooperativistas sem fins lucrativos e gestão democrática. O projeto de 2008 em relação a 2007 é de uma expansão de 25%. Para a Viacredi, as perspectivas também são otimistas. Há 56 anos em atividade no Vale do Itajaí, a empresa que tem crescido uma média de 30% ao ano registrou em 2007 exatos 17 mil novos associados. Segundo Leoni, essa é uma tendência para todas as cooperativas. Ele salienta que além da distribuição de renda, que faz a diferença entre uma comunidade ser mais rica ou mais pobre, e de não visar o lucro de poucas pessoas, mas de todos os associados e da sociedade, a cooperativa atua também com a educação e informação financeira, orientando os membros a administrar da melhor forma possível o seu dinheiro.


ACIB É NOTÍCIA

Diretoria da Acib define prioridades Soluções Empresariais Solange Rejane Schröder (coordenador) Avelino Lombardi Carlos Odebrecht Representatividade e Lobby Ricardo Stodieck (c) Carlos Tavares D’Amaral Ronaldo Baumgarten Gestão Interna Manfredo Krieck (c) Avelino Lombardi Ronaldo Baumgarten Junior Núcleos Setoriais Avelino Lombardi (c) Maria Denise Ribeiro Ern Ronaldo Baumgarten Diretores assinaram compromisso com o planejamento estratégico A Diretoria da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) definiu, no dia 28 de janeiro, as sete diretrizes que vão orientar a entidade até o fim da atual gestão, em maio de 2009. O trabalho foi realizado durante toda a tarde e início da noite sob orientação do consultor da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Osmar Vicentin. Participaram 14 dos 15 diretores da entidade. Coordenados pelo consultor da Facisc, os representantes da Acib traçaram o cenário atual da cidade e da região para então estabelecer, com base na missão e visão da Associação, as principais áreas de atuação nos próximos quinze meses. Algumas linhas de trabalho, dentro de cada diretriz, já foram definidas, assim como os

diretores responsáveis por cada área. O próximo passo é organizar essas linhas, estabelecendo ações e prazos. Para o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, o trabalho foi extremamente produtivo. “Os diretores estão muito bem entrosados, o que facilitou a realização do planejamento. Conseguimos ser objetivos e não deixamos de lado, em nenhum momento, o principal objetivo da entidade, que é lutar pelo desenvolvimento socioeconômico da região”. O trabalho deve ser concluído em março. Conheças as diretrizes da entidade para os próximos 15 meses e os diretores responsáveis:

Mercado e Imagem Carlos Tavares D’Amaral (c) Ingo Tiergarten Jaime Grossenbacher Solange Rejane Schröder Desenvolvimento da Comunidade Bruno Nebelung (c) Ido Steiner Jorge Rodacki Responsabilidade Social e Sustentabilidade Haida Siegle (c) Bruno Nebelung Jaime Grossenbacher Maria Denise Ribeiro Ern Mauro Kreibich

Mulheres empresárias traçam novas ações Os conselhos estadual e nacional da mulher empresária estiveram reunidos nos dias 8 e 9 de fevereiro em Balneário Camboriú para traçar as ações a serem desenvolvidas pelos grupos nos próximos dois anos. As reuniões contaram com a participação da integrante da Câmara da Mulher Empresária da Acib, Zalfa Benites, que é vice-presidente para a Região Sul do Conselho Nacional e presidente do Conselho Estadual. No dia 8, a empresária de Blumenau assessorou a presidente do Conselho Nacional, Maria Salete Rodrigues de Mello, na condução dos trabalhos. Além da criação 20

de novos conselhos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Pará e no Distrito Federal, o grupo também discutiu a realização dos encontros nacional e sul-brasileiro e a criação do prêmio Destaque Nacional da Mulher Empresária. Já no dia 9, durante reunião do Conselho Estadual, foi aprovado um folder que trará informações do grupo. Também foi definido que as reuniões do Conselho serão regionais, dirigidas pelas vice-presidentes de cada região. A medida deve fazer com que todas as câmaras do Estado se envolvam nos assuntos tratados pelo Conselho e pela Facisc.

Maria Salete Rodrigues de Mello (E) e Zalfa Benites


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Grandes obras devem mudar Blumenau A conclusão de três grandes obras deve melhorar substancialmente a qualidade de vida do blumenauense. Duas delas estão diretamente ligadas à estrutura viária da cidade: a conclusão da Via Expressa e o viaduto sobre o Trevo da Mafisa. A outra dá a Blumenau a possibilidade de sediar grandes eventos esportivos e de desenvolver uma equipe de atletismo com potencial nunca visto antes: a instalação da pista sintética do Complexo Esportivo Bernardo Werner (Sesi). Todas as obras são frutos da parceria de diferentes esferas de governo e tiveram o envolvimento da Acib na articulação dessas parcerias. A Prefeitura de Blumenau espera abrir a Via Expressa para o trânsito no segundo semestre deste ano. Os trabalhos foram reiniciados neste mês com recursos públicos municipais, mas só serão concluídos depois da liberação dos R$ 4 milhões que o Governo Federal empenhou no final de 2007. Segundo o diretor de Obras da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, Evandro Schüler, a verba será suficiente para construir duas passarelas metálicas; concluir o acesso à BR-470 e o eixo principal da via. A obra está sendo viabilizada através de um convênio firmado entre Prefeitura e Governo Federal em 2003. Dos R$ 28,75 milhões previstos, já foram investidos R$ 16,75 milhões. Depois de liberar os R$ 4 milhões, a União ainda terá que investir R$ 7 milhões que serão utilizados na conclusão das pistas marginais, sinalização e outras obras complementares. O R$ 1 milhão que faltava da contrapartida da Prefeitura está sendo utilizado no reinício das obras. Já o viaduto sobre o Trevo da Mafisa pode ser liberado para o trânsito ainda no primeiro semestre. A previsão é do engenheiro responsável pela obra, Handerson Cabral Ribeiro. “Se a chuva não atrapalhar muito, em junho ou julho teremos o trânsito liberado sobre o viaduto”, conta. No momento, 50 homens trabalham no cruzamento da SC-474 (Rodovia Guilherme Jensen) com a BR-470 (Rodovia Ingo Hering). Até final do mês, as alças construídas na primeira etapa devem ser pavimentadas e liberadas ao trânsito, o que deve diminuir os transtornos causados pela obra no local. “Já liberamos o trânsito na alça para os que vêm do Norte do Estado em direção a Blumenau e as filas diminuíram consideravelmente”, diz o engenheiro. Nos 22

próximos três meses os trabalhos estarão concentrados no viaduto propriamente dito. A terceira etapa, que é a construção da passagem subterrânea para a Rua Frederico Jensen (Itoupavazinha), pode ser concluída até o final do ano. O Governo Federal está investindo pouco mais de R$ 7 milhões na obra da região Norte da cidade. O projeto, que custou R$ 150 mil, foi pago por empresários, através de uma campanha liderada pela Acib com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico da Itoupava Central (Codeic), e pela Prefeitura. Esportes As máquinas também não param no Centro Esportivo Bernardo Wolfgang Werner (Sesi). Desde setembro do ano passado está sendo preparado o terreno para a instalação da tão sonhada pista sintética de atletismo, equipamento que vai melhorar as condições de treinamento da

equipe de Blumenau e dará à cidade condições de sediar grandes eventos esportivos. Além disso, o gramado do estádio do Sesi está sendo substituído e receberá sistemas automatizados de drenagem e irrigação. De acordo com o gerente regional do Sesi, Hermes Tomedi, a previsão é entregar a obra em junho. “O ritmo depende da quantidade de chuva no período”, avalia. O terreno já está recebendo a brita para depois ser colocado o asfalto. Só então é que o material sintético, importado da Alemanha, deve ser instalado. Para instalar a pista sintética do estádio do Sesi estão sendo investidos R$ 4,1 milhões. R$ 2,1 milhões vêm do Governo Federal. A contrapartida do Sesi é de R$ 1,5 milhão e a Prefeitura está investindo R$ 500 mil. O próximo passo para incluir definitivamente Blumenau na rota dos grandes eventos esportivos é a ampliação do estádio. O projeto, que prevê uma estrutura para 30 mil pessoas, deve ser apresentado em março.


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Acib arrecada 82% mais para o Natal 2007 Levantamento feito pelo Departamento Financeiro da Acib mostra que os associados da entidade colaboraram muito mais com a campanha Feliz Natal em Blumenau 2007 do que no ano anterior. De junho a dezembro foram arrecadados através da Acib R$ 41,1 mil. Em 2006 o total foi de R$ 22,55 mil. O aumento de um ano para o outro foi de pouco mais de 82%. Um dos motivos para o bom resultado foi a ampliação do tempo para arrecadação. Em 2006 foram enviados boletos aos associados nos meses de setembro, outubro e novembro. Em 2007 a arreca-

dação foi feita em sete meses, de junho a dezembro. Segundo o diretor para Assuntos de Comércio e Turismo da Acib, Bruno Nebelung, o empresário de Blumenau também está mais engajado na realização da campanha. “Está clara, para o empresário da cidade, a importância que o Feliz Natal em Blumenau tem para o desenvolvimento da região. O aumento da arrecadação é um reconhecimento ao esforço do poder público”, avalia o diretor. O Feliz Natal em Blumenau é uma campanha que foi coordenada pelo Blumenau Convention & Visitors Bureau (BCVB)

em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, Acib, CDL, Sindilojas e Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Blumenau. O valor arrecadado pelas entidades com os associados foi integralmente investido na decoração natalina dos espaços públicos do centro da cidade. O presidente do BCVB, Luciano Monteiro, faz uma avaliação positiva da campanha de 2007. “A contribuição da comunidade foi significativa e o retorno que ela teve foi muito bom, através da visita de turistas e da elevação da auto-estima do blumenauense”, avalia. O dirigente prevê uma campanha ainda melhor para 2008.

Conselho Municipal de Combate à Pirataria Maria Denise Ribeiro Ern (titular) e Joaquim Araújo Teixeira Paulo Filho (suplente) são os dois representantes da Acib no recém-criado Conselho Municipal de Combate à Pirataria. Eles foram empossados no dia 19 de fevereiro, em cerimônia

realizada no Salão Nobre da Prefeitura. O grupo será presidido pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Bahls de Almeida. A criação do Conselho Municipal de Combate à Pirataria era o principal objeti-

vo da campanha Blumenau Sem Pirataria, lançada em setembro do ano passado por 19 entidades e órgãos municipais, estaduais e federais. Praticamente todos os envolvidos têm representantes no Conselho Municipal.

facisc alerta empresas para novo golpe Empresas de Santa Catarina são alvos mais uma vez de entidades que usam nomes parecidos aos das associações comerciais e industriais ou empresariais para cobrar mensalidades. O valor da maioria dos boletos enviados às empresas é de R$ 198,50. O alerta é feito pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e por todas as associações filiadas ao sistema para que as empresas catarinenses não fiquem no prejuízo. O boleto bancário da Caixa Econômica Fe24

deral é emitido pela Associação Comercial e Empresarial do Brasil, uma entidade que não possui vínculo com a CACB – Confederação das Associações Empresariais do Brasil e tão pouco com a FACISC. “Não conhecemos estas entidades. Alertamos os empresários para não realizarem qualquer pagamento sem falar com a associação que fazem parte ou com seu contador. Todos os pagamentos provenientes das associações empresariais filiadas aos Sistema Facisc e CACB são

previamente aprovadas pelos presidentes e executivos das entidades”, explica o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves. Ele ressalta que isso não é proibido, mas que judicialmente não se pode fazer nada já que não tem nenhum ônus se não efetuar o pagamento. “O ônus está justamente em pagar, pois o empresário paga uma mensalidade de uma entidade que não conhece”, finaliza o presidente da entidade..


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Executiva vai palestrar no Dia da mulher A Câmara da Mulher Empresária da Acib já está com tudo pronto para o evento que vai comemorar o Dia Internacional da Mulher em Blumenau. Neste ano o destaque é a participação da consultora de Comércio Exterior da São Paulo Alpargatas e responsável pelo sucesso internacional das sandálias Havaianas, Angela Tamiko Hirata (foto). A executiva vai falar sobre a experiência que teve com o produto e com outros trabalhos que realizou em empresas como Levi’s, Hering, Boticário e Azaléia. O evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher também vai homenagear 10 mulheres de Blumenau e região que se destacaram em suas atividades durante o ano de 2007. Os nomes foram definidos pelas integrantes da Câmara. A festa será realizada no dia 6 de março, no Teatro Carlos Gomes, a partir das 19h30min. Os convites já estão à venda na sede da Acib ou com as representantes da Câmara da Mulher Empresária. Interessados podem ter mais informações pelo telefone (47) 3326-1230 com Carla ou Daniela.

Confira relação das homenageadas: 1 Artístico Cultural Grupo Vocal da Casa da Amizade 2 Responsabilidade Social Alda Niemeyer (radioamadora) 3 Revelação Empreendedora Elise Stodieck 4 Empreendedorismo Tania Marquato (sócia da Duna Atelier) 5 Educacional Elita Grosch Maba (diretora do Senac) 6 Saúde Dra. Elizabete Ternes Pereira (secretária de Saúde de Blumenau) 7 Política Vivian Bertoldi (presidente do Sintrafite) 8 Destaque Regional da CME Eliete Maria Busarello Panini (sócia da Paninox) 9 Destaque Estadual Maitê Guadalupe Lang (sócia da Chocolates Nugali) 10 Destaque Nacional Lili Stefens (escritora)

Angela Hirata é a responsável pelo sucesso internacional das sandálias Havaianas

Diretoria e Acib Jovem visitam a Tecnoblu Diretores, integrantes da Acib Jovem e colaboradores da Acib visitaram em janeiro a sede da empresa Tecnoblu. O grupo foi convidado e recebido pelo empresário Cristiano Buerger. A Tecnoblu fabrica etiquetas e embalagens personalizadas para o mercado de jeanswear. A empresa tem como principais clientes nomes importantes da moda nacional e internacional, como a Zoomp, Colcci, Hering e Malwee. São três unidades de produção que geram 138 empregos diretos e mais 103 indiretos. A Tecnoblu também exporta para a Argentina, Colômbia e México e possui importantes parcerias na Europa. A Tecnoblu foi uma das empresas vencedoras do Prêmio Gustav Salinger, promovido em novembro pela Acib Jovem. Seu case foi avaliado na categoria Indústria e o prêmio, segundo Cristiano Buerger, é conseqüência do trabalho de melhoria do sistema gestão que está sendo realizado desde 2005 através de uma parceria com a Fundação Dom Cabral. Além do prêmio concedido pela Acib Jovem, a Tecnoblu também recebeu o prêmio Empreendedor de Sucesso 2007.

Buerger (D) recepcionou os visitantes na Tecnoblu

JANEIRO / 2008

Novos associados Artesigns Comunicação Visual e Com. Ltda. Doupler Internet Ltda. Emporio Piacere Fácil Informática Ltda

26

Helioprint Locadora de Equipamentos Ltda. Nobre Online (Distribuidora e Com. Nobre Online Ltda.) José Candido Espíndola Sobrinho

Pietro Allegrini (Allegrini Imp. eExp. Ltda.) Rotas Tur (New Prest Serviços Ltda.) Yes! Curso de Idiomas (Centralsol Escola de Idiomas Ltda.)


ARTIGO

Planejamento estratégico ferramenta moderna de gestão

Planejar é uma atividade inerente ao ser humano. Uns mais, outros menos, fazem o seu planejamento para um final de semana na praia ou na casa de campo. Planejamento para ampliar ou mudar de residência; para a troca de carro. Até a sofisticação de um planejamento para o homem ter chegado à lua. Por que fazemos isto já na nossa rotina diária para atingir metas pessoais e profissionais? A necessidade do planejamento advém do fato de as atividades humanas exigirem a utilização de recursos, tecnologia, processos e pessoas, coordenados de forma integrada, para que se atinjam resultados. Esta necessidade reforça-se ao lembrarmos que essas atividades acontecem numa realidade cada vez mais complexa, num mundo de mudanças cada vez mais aceleradas, com variáveis cada vez mais incontroláveis. E convenhamos, quanto mais forte a tempestade e maior o balanço do mar, mais o timoneiro precisa estar atento e seguro aos desafios das águas por onde navega. As turbulências e incertezas que caracterizam o mundo atual de negócios 28

impõem enormes e constantes desafios às organizações.

derna, enfim, outras vantagens frente aos próprios concorrentes.

O objetivo principal do planejamento estratégico é proporcionar bases necessárias para as manobras que permitam que as empresas naveguem e se perpetuem mesmo dentro das condições mutáveis, cada vez mais adversas, em seu contexto de negócios. Nos tempos atuais, as organizações de sucesso são aquelas capazes de se adaptar adequadamente ao processo contínuo de mudanças no mundo dinâmico e competitivo. Mais ainda, o sucesso pode ser maior ainda à medida que elas se antecipam de maneira proativa a essas mudanças.

A estratégia é a arte de captar valor, de agregar valor e manter valor. Planejar é conhecer e entender o cenário e contexto; é saber onde se quer chegar e como atingir os objetivos; é saber como se prevenir; é calcular os riscos e buscar minimizá-los; é preparar-se também taticamente; é ousar as metas propostas e superar-se de maneira contínua e constante, mediante uma cobrança implacável de resultados. O planejamento estratégico direciona as ações da empresa em busca de resultados, lucros, crescimento e desenvolvimento que assegurem seu sucesso e perpetuidade. É uma ferramenta de gestão que já vai comemorar os 50 anos de existência e somente atinge sua eficácia máxima quando bem entendida e realizada por todas as pessoas da organização, num mutirão permanente e muito bem orquestrado.

Na prática, isso significa planejar de modo que a empresa descubra e aproveite as oportunidades da maneira mais inteligente e compatível com seus recursos (dinheiro, capital humano e intelectual, produtos diferenciados, agilidade no cumprimento de prazos de entrega de produtos ou serviços, portfólio de clientes com um bom grau de fidelização, logística mo-

Felix Theiss Consultor empresarial


MEMÓRIA

NASCE A

ACIB (1901-1913)

Arquivo Histórico

Reprodução da ata de fundação da Acib A missão prioritária dos novos diretores, determinada pela assembléia de fundação da entidade, foi buscar entendimento com os líderes do Kulturverein. Uma medida compreensível, pois tratava-se da entidade associativa mais forte de Blumenau, unindo agricultores e comerciantes. Os fundadores da Associação Comercial queriam mostrar aos integrantes do Kulturverein seus objetivos, deixando claro que não se tratava de um movimento de enfraquecimento da entidade já existente. Também se apressaram em dissipar os rumores de que os comercian30

Parte II

tes haviam se unido em torno de um cartel para explorar os colonos, diminuindo os valores pagos por sua produção. Afinal, a idéia de criar a Associação Comercial havia surgido de uma reunião do próprio Kulturverein, realizada no dia 17 de agosto de 1901. O encontro, convocado para discutir o delicado momento econômico, apontou como saída a criação de melhores meios de comunicação com os centros consumidores e de uma organização comercial. Para viabilizar esta última proposta, foi formada uma comissão de cinco comerciantes e dois industriais, encarregados de iniciar os preparativos para a fundação da Associação. A entidade, conforme predeterminado pelos presentes ao encontro da Kulturverein, deveria buscar um certo controle sobre os preços de venda dos produtos e também garantir sua boa qualidade. O temor geral era de que, com a queda dos preços, os colonos e industriais comprometessem a qualidade dos produtos para baixar seus custos. A edição do dia 9 de novembro de 1901 do jornal Der Urwaldsbote enaltecia a representatividade da reunião que oficializou a fundação da nova entidade e afirmava que “a atuação da Associação Comercial não será somente vantajosa para os comerciantes mas, também, para os próprios colonos”. O periódico apoiava a iniciativa, argumentando: “o comércio organizado conseguirá um melhoramento da qualidade dos produtos de exportação, estabelecendo e facilitando assim a venda dos produtos. Com o decorrer do tempo, conseguirá também uma baixa dos preços dos fretes e das despesas, conseguindo assim melhores preços para os produtores”. No dia 8 de dezembro realizou-se uma reunião pública com os integrantes da Kulturverein e da Associação. O cônsul Gustav Salinger, presidente da Acib, mostrou que 34 empresas já haviam aderido à iniciativa. Ele garantia que as principais preocupações da entidade seriam assegurar bons preços e zelar pela qualidade dos produtos feitos em Blumenau. Preocupou-se em tentar dissipar os rumores de que a iniciativa era uma conspiração dos comerciantes com a finalidade de pagar menos aos colonos pelos produtos. A preocupação dos agricultores era traduzida pelo jornal Blumenauer Zeitung, que em uma de suas edições daqueles dias relatava: “Hoje é preciso trabalhar o dobro para ter o mesmo ganho que o agricultor tinha diariamente, há três anos”. Salinger, no entanto, afirmava que, se alcançadas as metas da Associação, seria possível o comerciante economizar em outros custos para remunerar o colono com justiça. O presidente da Associação Comercial prometeu centrar seu foco no barateamento do transporte, do seguro marítimo e da aduana. Ele afirmou: “Se nossa Associação conseguir maiores exportações com menores despesas, o comércio também poderá pagar melhores preços aos produtores”. A argumentação do cônsul parece ter arrefecido os ânimos entre os colonos, que passaram a apostar na vantagem mútua conseguida com a adesão aos interesses dos comerciantes. Como contrapartida, os agricultores exigiram o fim do sistema de escambo praticado por grande parte dos comerciantes. Sem condições ou vontade de comprar os produtos coloniais em dinheiro, os intermediários trocavam-nos por itens importados, uma prática retrógrada e de resultados duvidosos para ambas as partes. * Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.



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