Ano 2 nº 4 Junho 2008
A escolha certa Depois de aposentar-se, aos 47 anos, Orlando Zeno Pamplona decidiu investir em um negócio próprio e começou a história de sucesso da Luminárias Blumenau que chega aos 30 anos
O fundador teve visão de futuro e coragem quando passava por um momento de mudança na vida
EMPREGO: empresas de Blumenau apostam na força do trabalhodor adolescente
Principais motivos que geram admiração
Hering
(6ª colocada)
Força da marca Qualidade dos produtos Responsabilidade social
Dudalina
(10ª colocada)
Força da marca Qualidade dos produtos Responsabilidade social Outros
EDITORIAL
Articulação público-privada Luís C. Kriewall Filho
dá resultados
Estádio do Sesi está entre as obras viabilizadas pela parceria entre os setores público e privado Nas últimas semanas, a cidade de Blumenau acompanhou importantes passos para andamento de antigas reivindicações da comunidade e da sociedade organizada. O lançamento do edital do projeto executivo para a duplicação da BR-470 foi um eles, anunciado pelo ministro dos Transportes Alfredo Nascimento em visita à região. O DNIT prevê a conclusão da obra até o final de 2010. Outra boa notícia trazida pelo ministro foi a liberação de R$ 3,5 milhões para obras na Via Expressa – alargamento das vias, construção do viaduto, drenagem e asfaltamento da pista. O repasse vai permitir o término das obras do acesso da via à BR-470, mais de três décadas depois da idealização. Além disso, nas próximas semanas devemos ver concluídas as reformas do Complexo Desportivo do Sesi, possíveis por conta do investimento de R$ 2,5 milhões do próprio Sesi, R$ 2,05 milhões do governo federal e R$ 496 mil do Município. A capacidade do ginásio será ampliada, as áreas para competições foram divididas, a imprensa vai ganhar sala exclusiva com acesso à internet e o campo terá dimensões de 100 metros de comprimento por 66 metros de largura, entre outras melhorias. Dentro desse panorama, podemos observar o resultado da articulação público-privada: avanços visíveis para Blumenau e o crescimento da economia da cidade. A união do empresariado teve papel fundamental nessas importantes conquistas que acabamos de citar e também em outras obras, como o Viaduto da Mafisa e o Parque Vila Germânica, cujo projeto foi custeado pela classe empresarial e executado com recursos do Estado e do Município. Em Blumenau, a Associação Empresarial ainda firmou parceria com o Sindilojas e a Câmara de Dirigentes Lojistas na revista Empresário, que leva aos blumenauenses informações sobre o trabalho dos segmentos da indústria, serviços e comércio. Essa união fortalece ainda mais a nossa busca pela harmonização do desenvolvimento econômico, social e ambiental da cidade e região, finalidade pela qual diversos projetos têm ganhado incentivo das três associações. Ricardo Stodieck Presidente da Acib 3
SUMÁRIO
Um olhar sobre as necessidades do setor têxtil Ulrich Kuhn, presidente do Sintex, fala sobre Texfair, política industrial e acordos bilaterais
6 Empresas de Blumenau apostam nos
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Como ajudar os projetos da Apae
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Entidade que atende portadores de necessidades especiais recebe ajuda através da conta de luz
Programas como o Menor Aprendiz é a porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho
10 As vantagens do Prodec 16 O trabalho do Núcleo de Academias 26 Artigo – Atendimento aos domingos 28 Acib é notícia
32 CDL é notícia 36 Sindilojas é notícia 38 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITOR ASSISTENTE Fábio Ricardo - 3034 JP (MTb/SC) REPÓRTERES Ana Paula Lauth, Gisele Scopel e Francisco Fresard (Institucional) DIRETOR DE ARTE Ricardo Augusto Kühl - ricardo@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Fernando Schulze FOTOS Ivan Fernando Schulze e Divulgação DIRETOR COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - debarba@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br DIRETOR EDITORIAL Luiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - mund@mundieditora.com.br
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Uma história iluminada Criada há 30 anos, Luminárias Blumenau atende o mercado nacional e busca crescer no mercado externo
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Conselho Editorial Acib: Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Avelino Lombardi e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau
Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net
Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br
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Mundi Editora Luiz Mund e Sidnei dos Santos
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Entrevista com Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau (Sintex)
ULRICH
KUHN
Encerrada a nona edição da Texfair Brasil, maior feira do setor têxtil do País, o presidente do Sintex fala sobre o futuro deste, que é um dos maiores eventos realizados em Blumenau, e da necessidade de o Município se preparar para desenvolver o negócio de eventos. Kuhn também avalia a política industrial do governo federal, fala sobre o momento da indústria têxtil nacional e das negociações para acordos bilaterais que o Brasil começa a discutir com importantes mercados importadores. Para o industrial, após anos de atraso, o País começa a mudar sua postura nas relações comerciais internacionais.
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“É impossível contemplar 28 setores em uma política industrial” Revista Empresário: Que balanço o senhor faz da nona edição da Texfair Brasil? Ulrich Kuhn: A nona edição veio numa seqüência histórica em que a feira caminha bem, ainda limitada no tamanho por causa da capacidade e qualidade da nossa rede hoteleira. Este assunto já foi amplamente discutido, tanto que os hoteleiros estão conscientes disso e estão tomando uma série de providências. Mas a gente entende que não é uma reação rápida. E Blumenau ainda tem a questão topográfica, que não permite que se pense muito grande neste sentido, devido aos altos investimentos necessários. Então, fica aquela discussão de quem veio primeiro: a galinha ou o ovo. Se tiver evento tem hotel ou se tiver hotel tem evento? Esse nó não está sendo fácil desatar, mas temos algumas luzes, como o projeto América, que deve sair mais cedo ou mais tarde; o hotel Baviera, que foi comprado e vai ser reformado e outros projetos que estão em discussão. Tem coisa em andamento e, daqui a uns dois ou três anos, teremos uma posição melhor, mas hoje é esse o tamanho da feira, não dá para mexer muito. RE: E quanto ao Parque Vila Germânica, ele atende as necessidades da Texfair? Kuhn: Uma feira tem que crescer. Hoje, ela tem uma limitação de tamanho que está definida pela capacidade atual de Blumenau. No momento em que voltar a crescer a rede hoteleira, temos que discutir o local. Temos o projeto Ciefe, que não morreu, mas não adianta nem pensá-lo agora, seria uma utopia o Ciefe sem o crescimento da capacidade da cidade em receber e hospedar os visitantes. A Vila Germânica é fantástica, mas ela tem um tamanho. Em algum lugar no futuro, se Blumenau conseguir incrementar o turis-
mo de eventos, teremos que buscar outra solução, porque a Vila é limitada. RE: Aliando o desenvolvimento da rede hoteleira com um local maior para realização de eventos, até onde a Texfair pode e deve chegar? Kuhn: Não se trata só da Texfair. Tem a Febratex, a Fematex, a Fenahabit, entre outras. Elas estão crescendo, gradativamente. Em algum momento – umas mais cedo, outras mais tarde – elas vão bater na limitação que temos. Quanto à Texfair, com uma combinação de fatores – hotel, local para exposição, aeroporto, rodovia –, não é ousado pensar que, num horizonte de cinco a 10 anos, ela deverá ter o dobro do tamanho atual. RE: Como o senhor analisa a atual política industrial do governo federal? Kuhn: É praticamente impossível um plano de política industrial que contemple 28 setores. É querer resolver o impossível, porque são realidades totalmente diferentes. O plano representa uma preocupação do governo: ‘opa, precisamos fazer alguma coisa’. Contudo, dali para frente, em termos práticos, o próprio setor têxtil viu que ocorreu muito pouco. É uma sinalização de boas intenções, mas, na prática, pouca coisa foi feita. RE: Quais são as principais carências e perspectivas do setor têxtil hoje? Kuhn: O setor têxtil está tendo uma performance em 2008 acima do imaginado inicialmente, graças à recuperação do mercado interno. Em um país como o Brasil, que ainda tem muita mão-de-obra disponível – embora localmente se fale em falta de mão-de-obra –, tem que ter atividades industriais de mão-de-obra intensi-
va, que não necessite de muita cultura, e o têxtil é uma delas. Só que a indústria têxtil no Brasil está estagnada. Ela está se preocupando em melhorar tecnologicamente, está se automatizando, enfim, está evoluindo tecnologicamente para acompanhar o mundo, mas não está crescendo. O aumento do consumo têxtil brasileiro está sendo alimentado em grande parte pela importação, o que, de certo ponto, é sadio – é a globalização. O errado é que nós não estamos exportando com a mesma intensidade que estamos importando. Para o Brasil atual, este equilíbrio seria o modelo ideal. Para um Brasil daqui a uns 20, 30, 40 anos, é outra história; aí estaremos no nível, por exemplo, da União Européia, que não tem mais muito lugar para a indústria têxtil e depende da importação. O setor têxtil está bem em relação ao que se imaginava. A perspectiva era de uma queda de mais de 100 mil empregos em 2008, mas isso não aconteceu graças à recuperação do mercado interno, que conseguiu manter a indústria estável. RE: O setor vem mantendo discussões com o governo federal em busca de soluções para os problemas. O que estas discussões englobam? Kuhn: Há três anos, estamos discutindo nossos macro-problemas com o governo. Resolveu-se não falar em reforma tributária, em política fiscal, porque estas são situações que atingem a todos. Temos que discutir o que politicamente em nível setorial o governo brasileiro pode e precisa fazer. Ele precisa avançar nos acordos comerciais bilaterais para facilitar a exportação aos países realmente importadores. Demorou, mas os primeiros passos estão sendo dados agora. São coisas que terão efeito daqui a três ou quatro anos. O segundo ponto que o setor tem discutido
Não é ousado pensar que, num horizonte de cinco a 10 anos, a Texfair deverá ter o dobro do tamanho atual 7
Entrevista com Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau (Sintex)
Os norte-americanos compram dos nossos vizinhos da América do Sul e Central e não compram do Brasil, porque somos muito caros é o controle maior da qualidade da importação. Globalização, China, Ásia, todas estas coisas são realidades, mas hoje o Brasil tem ainda uma parcela muito grande de importação que a gente chama de heterodoxia, que é uma combinação de contrabando, de subfaturamento, de coisas ilegais – o que é muito mais danoso. A importação normal, legal é uma realidade. Temos uma política cambial que incentiva a importação de bens de consumo de todos os tipos e inibe a exportação. Mas isso é uma realidade; podemos não gostar dela, mas é um fato. Agora, se comparar a qualidade, seriedade de uma importação da União Européia, dos Estados Unidos em relação à qualidade da importação brasileira, há uma diferença enorme. Segundo intercâmbio de informações que temos, saem da China com destino ao Brasil, em volume físico, por exemplo, 100 e chegam ao Brasil 60. As coisas não afundaram pelo caminho, né? RE: Como o senhor vê a posição do Brasil no comércio internacional? Kuhn: Felizmente, a diplomacia brasileira começou a enxergar este processo de uma forma diferente. Há bem pouco tempo, falar com a diplomacia brasileira de acordos bilaterais com os grandes mercados compradores era como se fosse um ato de submissão, de afronta a nossa soberania. Discutíamos apenas o chamado multilateralismo e, principalmente, uma aproximação com os países mais pobres. Politicamente, isso até pode ter seu lado interessante, mas não é o lado prático. O Brasil precisa ter relações efetivas com os países compradores e, nesse aspecto, paramos no tempo. O Brasil é o único país da América do Sul e Central que não tem acordo bilateral de livre comércio têxtil com os Estados Unidos, que é o maior comprador mundial. Perdemos tempo e espaço que dificilmente conseguiremos conquistar. Os norte-americanos compram dos nossos vizinhos da América do Sul e Central e não compram do Brasil, porque somos muito caros pela falta deste acordo, apesar de sermos o maior produ8
consiga vendê-lo. Isso, principalmente, na área da confecção, em que a mão-de-obra é mais intensiva.
tor da região. Nós representamos, na área têxtil, 0,4% do comércio mundial. Somos uma gota no oceano e só agora estamos começando a acordar. Estamos discutindo um acordo bilateral com os Estados Unidos, com o México, com a União Européia – são coisas que vão levar tempo, mas, pelo menos, começaram a ser discutidas. Poderíamos ter feito isso há 20 anos. RE: Além desse cenário macro, que discussões são exclusivas da indústria têxtil local? Kuhn: Em nível local, temos uma discussão cada vez maior que é o problema da mão-de-obra. Mas isso é fruto de uma evolução sócio-econômica que faz com que, gradativamente e provavelmente, esse tipo de indústria vá migrar para outras regiões do País. Aqui começa a faltar trabalhador para a indústria de mão-de -obra intensiva. Isso não deve ser considerado um problema, pois significa que a região, economicamente e socialmente, está crescendo. A partir de certo momento, a pessoa tem outras aspirações, quer trabalhar em outras coisas. Pode-se dizer: ‘se pagar mais vai ter mão-de-obra’. Mas a indústria tem um limite: ela não pode encarecer o produto ao ponto que não
RE: Os sindicatos de trabalhadores estão propondo uma redução na carga horária para 40 horas semanais, sem mexer nos salários. Como o Sintex vê isso? Kuhn: Essa reivindicação faz parte da discussão, em alguns momentos com mais, em outros com menos intensidade. No estágio em que o Brasil se encontra, estaríamos indo na contramão das possibilidades, estaríamos encarecendo o produto. Países do Primeiro Mundo passaram por este movimento e estão começando a voltar atrás. Na França, por exemplo, agora tem uma discussão política para fazer exatamente o contrário. A França é um dos países com carga horária mais reduzida e o desemprego não baixou, pelo contrário, tem um dos maiores níveis de desemprego da União Européia. O Brasil tem problemas para ser competitivo em todas as atividades que envolvem mão-de-obra e, no momento, esta redução é inviável. É claro que tem setores, como a indústria automobilística, em que isso já é possível. São setores em que a mão-de-obra representa 2% ou 3% do custo do produto, mas numa atividade de mão-de-obra intensiva isso não teria sentido. Antes disso, acho que o Brasil não está pronto para esta discussão e, mesmo que tivesse, teria que olhar para os exemplos daqueles que já fizeram isso. RE: Como o senhor analisa a atuação do Sintex? Kuhn: Um sindicato tem a atividade fim e a atuação comunitária. Pela importância que a indústria têxtil tem em Blumenau, o Sintex ultrapassa a mera atividade de sindicato patronal. Ele tem um envolvimento comunitário muito grande, entrou num projeto de feiras e uma série de atividades que ultrapassam a rotina sindical. Fora de São Paulo, ele é o primeiro sindicato têxtil do País, presente nas discussões importantes em nível nacional.
desenvolvimento
Sistema de autofinanciamento auxilia
empresários catarinenses O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) é uma ferramenta de financiamento público às empresas do estado. Ele funciona elevando em até 90% a postergação, o atraso do vencimento, do ICMS aplicado sobre a empresa incentivada. Em outras palavras, o empresário consegue trabalhar com o seu próprio rendimento. Não se trata exatamente de um financiamento, mas um sistema que procura aliviar as despesas da empresa, incentivando-as através do repasse atrasado de pagamento do ICMS ao governo. O incentivo do Prodec é um financiamento de capital de giro, a longo prazo e de baixo custo. O valor de cada parcela deve ser pago integralmente ao final do período de carência. Funciona da seguinte forma: se for feito um contrato com vigência de 48 meses, a parcela que deveria ser paga no mês de julho de 2008, deverá ser paga só em julho de 2012. E com juros de 1% a 3% ao ano. O maior objetivo do programa é incentivar a implantação ou expansão de empreendimentos industriais e comerciais em Santa Catarina. Para isso, a empresa deve se comprometer em atender ao todo ou em parte a geração de pelo menos 10% de empregos, investir em tecnologia e desenvolvimento sustentável, ampliar a empresa ou adquirir equipamentos, além de estar quite com a receita. 10
Segundo Renato Chagas Neto, em 12 meses, 100 empresas da região se inscreveram no Prodec Segundo Renato Chagas Neto, gerente de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau, de julho do ano passado a junho deste ano, cerca de 100 empresas se inscreveram no programa. Nesse período, houve a criação de aproximadamente 2 mil empregos. Abrangendo a região da secretaria regional de Blumenau, que compreende os municípios de Gaspar, Ilhota, Pomerode e Luís Alves. Para aderir ao projeto, o empresário deve pegar o formulário de inscrição no site www.sds.sc.gov.br, ou diretamente na Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Depois de encaminhado para a regional, o protocolo passa por um conselho que vai analisar os objetivos
reais da empresa. O processo pode levar de quatro a oito meses para ficar pronto. “Houve uma agilização no processo que antes levava até um ano e meio”, afirma Renato. Logo após, é assinado um contrato e a partir daí começa a postergação do imposto. A obtenção do financiamento só é permitida com aquilo que já se tem em mãos e é possível utilizá-lo até para compra de veículos, equipamentos ou materiais de expediente. A grande vantagem do Prodec é permitir que o empresário utilize seus próprios recursos. “Com o Prodec consegue-se capital que banco nenhum dá”, define Renato. Dependendo do ramo da empresa, o financiamento pode alcançar cinco anos ou até 300 meses.
MENOR APRENDIZ
assim NASCE UMA CARREIRA “Escolha um trabalho que ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida”. Há muito, filosofou Confúcio sobre oportunidade e trabalho. Porém, no mundo contemporâneo, nem sempre é possível trabalhar naquilo que se gosta. O mercado está cada vez mais saturado e exigente e os que mais padecem com isso são os jovens carentes em busca de sua primeira chance profissional. Para possibilitar oportunidades e o primeiro emprego a muitos jovens, nasceu o Programa Menor Aprendiz, uma iniciativa do Governo Federal que se aplica aos jovens com idade entre 14 e 24 anos, sem experiência formal de trabalho, que estejam cursando o ensino fundamental ou médio. As empresas adeptas ao programa, independente do ramo que atuarem, são obrigadas a empregar e matricular seus 12
estagiários, cujas funções demandem alguma formação profissional, num dos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, como Sesi, Senai e Senac. Em Blumenau, é o programa Pró-Adolescente Trabalhador, da Fundação Pró-Família, que vem se destacando ao implantar um sistema de inserção do jovem no mercado de trabalho. Cristiano Klemz, gerente-administrativo do Hotel Glória, é responsável pela tutela de cinco rapazes que trabalham na empresa. O hotel aderiu ao Programa Menor Aprendiz desde que a lei entrou em vigor, em 2000. Mais tarde, aderiu ao Pró-Família porque a empresa precisava suprir novas necessidades de mão-de-obra. Na maioria das vezes, o hotel contrata em média seis funcionários, mais do que o percentual imposto por lei, que é de no mínimo 5% e no máximo 15% dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento. Se aprovados, são efetivados. Atualmente quatro deles já constam no quadro de efetivos do Glória.
Cristiano é o responsável por fazer a supervisão geral, e duas vezes por ano comparece ao Ministério do Trabalho para apresentar o relatório, com os dados dos aprendizes, ao programa Pró-família, para atualização das informações. Do grupo atual, André Diego Ulrich foi o primeiro. Começou como mensageiro, foi evoluindo, e hoje é recepcionista júnior. Sempre muito elogiado pelos hóspedes em virtude de seu bom desempenho, tornou-se o recordista de gorjetas. Agora, com 19 anos, conseguiu iniciar este ano o curso de Administração. “Sou a prova que o programa funcionou nesta empresa”, expressa com entusiasmo o ex-aprendiz. Cristiano, o gerente do hotel, gosta de trabalhar com os jovens: “Eles são mais flexíveis, têm a cabeça aberta para aprender. Na maior parte das vezes, as experiências foram positivas”. O gerente também ressalta que os mais jovens trabalham bem em coisas simples bastando uma única orientação ocupacional e os encargos são
Eles são mais flexíveis, têm a cabeça aberta para aprender Cristiano Klemz
A idéia é dar oportunidade a alguém com problemas sociais Paulo César Lopes 13
MENOR APRENDIZ
Qualificação A Fundação Pró-Família é responsável pelos Centros de Referência e Inclusão de Adolescentes para o Mercado de Trabalho e pelo programa Pró-Adolescente Trabalhador, que é uma reformulação do extinto Jornada Ampliada. Julio César Pereira, presidente da Fundação, ressalta: “A vantagem para o empresário da cidade em trabalhar com este projeto é que ele é totalmente gratuito. Além disso, representa responsabilidade social”. Os jovens trabalham nas empresas por quatro dias na semana e no dia útil que lhes resta de folga comparecem às aulas no Centro. Atualmente, 366 adolescentes do projeto já estão trabalhando. A meta é, até o final deste ano, introduzir 600 jovens no mercado de trabalho. Para a empresa aderir ao programa, o procedimento é simples: primeiro ela deve entrar em contato com o Centro de Referência de Inclusão para solicitar um termo de parceria com o projeto. A seguir, a empresa relata à administração do projeto quais são os cargos disponíveis. Por sua vez, o programa se encarrega de convocar o jovem para entrevistas e o encaminha diretamente à empresa interessada. De acordo com a Lei CLT 10.097, é garantido aos aprendizes carteira assinada, jornada de 20 horas de trabalho semanais e devem receber o equivalente a meiosalário mínimo, vale-transporte e, dependendo da empresa, ajuda de custo com alimentação. No contrato há a vigência de um ano, podendo ser renovado por mais outro. O desconto no recolhimento do FGTS para o empregador cai a 2% pela lei do aprendiz. Além de buscar a conformidade com a Lei, para Paulo César Lopes, proprietário do Supermercado Central e vice-presidente da CDL e Sindilojas, integrar o programa é uma questão social. “Existe a obrigatoriedade, mas a grande idéia é dar oportunidade de trabalho a alguém com diversos problemas sociais”, afirma. Lopes parabeniza a entidade que assumiu o programa no município pelo constante monitoramento e assistência que presta aos jovens funcionários. Dois desses jovens já foram efetivados no supermercado, dois estão empregados pelo programa e mais dois serão contra14
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Thiago encontrou novas perspectivas após conseguir o primeiro emprego tados. Um dos adolescentes efetivados na empresa é Thiago Stein, 17 anos. Ele iniciou como empacotador e hoje é atendente no setor de frios. O emprego deu a Thiago novas perspectivas para o futuro: “Pretendo terminar os estudos, fazer uma faculdade e continuar com a ocupação”. Como os turnos de trabalho são divididos, é possível conciliar e manter os estudos, uma exigência de Lopes com os seus colaboradores. A satisfação das empresas é notória. Em média, 73% dos contratos são renovados. E ocorrem cerca de 60% de contratação efetiva dos jovens. O número de empresas que aderiram ao programa blumenauense já passa de 200. Dentre elas, estão Teka, Cremer, Cooper, Giassi, Angeloni, hotéis Viena e Glória. “Hoje, o programa tem sido tão bem sucedido que já ultrapassou as fronteiras de Blumenau. Empresas de municípios da região estão contratando os jovens ma-
triculados no núcleo, já que não existem programas similares nessas cidades”, descreve Julio César. As chances promovidas por programas que se preocupam com a primeira oportunidade dão à luz as carreiras que antes sequer tinham rumo. Adolescentes carentes que sonham com uma profissão bem-sucedida, mas são barrados por falta de espaço e instrução adequados, precisam de uma força a mais para engrenar no mercado. Torna-se cada vez mais freqüente empresas procurando desenvolver práticas de responsabilidade social como uma legítima empresa cidadã. Jovens que começam a trabalhar cedo e ocupam seu tempo com atividades construtivas e saudáveis diminuem as estatísticas negativas da sociedade. Já em sua época, em pleno início da Revolução Industrial, definia o filósofo iluminista Voltaire: “O trabalho nos livra de três grandes males: o tédio, o vício e a pobreza”.
Núcleos setoriais
Interação fortalece
gestão de empresas
Criado em novembro de 1999, o Núcleo de Setorial de Academias da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) vem mostrando que a união de classes é a melhor fórmula para alcançar resultados positivos. Desde o início, as principais metas desse núcleo têm sido o fortalecimento do setor através de pesquisas de mercado, do conhecimento das principais necessidades das academias, pontuando itens que podem ser melhorados. Da mesma forma busca-se o aprimoramento na gestão dessas empresas para que o empresário, que na maioria das vezes é profissional de Educação Física, sem experiência administrativa, possa se manter no mercado. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Academias, Simone Barreto, os novos integrantes são convidados a 16
participar do núcleo seguindo alguns critérios. “É preciso que a academia seja bem conceituada e bem vista pela comunidade, mas principalmente comprometida com a saúde e o bom atendimento ao cliente”, destaca. Para conhecer melhor como funciona o núcleo, os donos de academias podem acompanhar até três reuniões antes de se filiar, segundo a coordenadora. Mercado em expansão Na visão de Simone, Blumenau é um mercado crescente com grande potencial para esse ramo e sem dúvida há espaço para todos. De acordo com ela, dados apontam que hoje, somente 3% da população blumenauense praticam atividade física orientada. Os outros 97%, ou são desassistidos ou levam uma vida sedentária. A coordenadora ressalta ainda que o problema não é econômico, mas a falta de instrução adequada. “O fator dinheiro é o
sexto quesito citado pelos entrevistados como motivo para não irem às academias. Antes desse, aparecem itens como qualidade no atendimento e localização”. A busca por novos alunos é constante, mas muito se tem trabalhado na fidelização daqueles que estão matriculados. Simone, que também é proprietária da Academia Planeta Corpo, cita que 89% dos clientes atuais ou são ex-alunos, que pararam e retornaram, ou indicados por outros alunos. Simone enfatiza a grande tendência desse século de as pessoas se voltarem cada vez mais para programas de saúde e bem-estar. “Homens e mulheres estão investindo na saúde do seu corpo, por isso o mercado de academias está crescendo tanto”, diz. De outro lado, as academias procuram acompanhar a evolução de equipamentos e técnicas, mas, acima de tudo, se empenham no atendimento individualizado, que faz a diferença junto aos clientes.
Profissionalismo Para poder atuar em uma academia como orientador nas atividades físicas, o profissional deve ser graduado em Educação Física e devidamente registrado no Conselho Regional de Educação Física de Santa Catarina (Cref-SC), órgão que desde 1998, entre outras funções, zela pela qualidade dos serviços profissionais oferecidos, fiscaliza e estimula o aperfeiçoamento e a atualização dos profissionais do setor.
imone.
Conquistas do núcleo Para muitos, estabelecer um contato amigável com empresas do mesmo setor pode parecer dar um tiro no próprio pé. Para Simone, esta é uma ótica muito antiga, que não tem mais espaço nos dias atuais. A constatação de melhorias e progresso das academias que se uniram para conversar de forma aberta, trocando informações é prova irrefutável desse avanço. Aliás, essa nova realidade é apontada como a primeira conquista do núcleo. Em conseqüência disso, elas puderam desenvolver planos de pagamento que visam a gestão empresarial, o que permitiu um maior controle de caixa, barateia o custo para o aluno e garante a saúde financeira da empresa. Outra vitória destacada pela coordenadora do núcleo é a possibilidade de promover eventos de capacitação para os profissionais de Educação Física junto de outras academias. “Essa atitude diminui os custos e permite a realização de mais ações em benefício de nossas atividades”.
Simone Barreto coordena o Núcleo de Academias da Acib
Integrantes Academia Blufitness Academia Long Life Academia Nade Fácil Academia Planeta Corpo Acqua & Sports Equilibrium Centro de Atividades Físicas
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SOLIDARIEDADE
Solidariedade na
Conta de luz A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) lançou em maio o programa de doação voluntária na conta da Celesc, promovido com a parceria de instituições como: Acib, CDL, Celesc e Ampe. O presidente da entidade, Leonir Alba aponta que tanto pessoa física, quanto empresas podem ajudar. Para auxiliar através do Programa basta solicitar um formulário de autorização na Apae, CDL, AMPE ou Acib e entregá-lo na entidade, a Apae se propõe a levar e buscar o documento onde for necessário. O valor do desconto é opcional. “Somos uma entidade filantrópica, dependemos da comunidade para manter a qualidade dos atendimentos aos nossos alunos. O engajamento destas entidades nesta campanha é o que nos motiva”, afirma. Alba e a diretora-geral da Apae, Ivone de Castro ressaltam a relevância destas parcerias que fortalecem a entidade. Eles mostram-se gratos 18
pelos esforços da população blumenauense e da mídia. De acordo com Ivone, todos os meses são necessários 150 mil reais para manter a Apae, “isto sem contar com eventuais imprevistos”, ressalta. Para chegar a este total a entidade também realiza vários eventos e promoções, como o Pedágio da Apae. O valor do último pedágio, somado ao do ano passado reverterá na aquisição de um novo ônibus para a entidade, todo equipado com as devidas adaptações. “Somos muito gratos aos 850 voluntários que colaboraram com o pedágio”, enfatiza Alba. Além disso, doações para a Apae podem ser realizadas através de depósito em agência bancária. Roupas, calçados, cestas básicas, fraldas, podem ser deixadas diretamente na entidade. Ela também faz a coleta das doações, se necessário. As famílias com baixos recursos também recebem auxílio da instituição. “80% das famílias são carentes”, aponta Ivone.
Uma história de sucesso A Apae de Blumenau foi criada em março de 1965, por um grupo de cidadãos do município. Hoje, é a entidade mantenedora do Instituto Integrado de Educação e Saúde Professora Estella Maria Caropreso, que desenvolve um trabalho voltado à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. A Apae atende 403 alunos entre 0 e 57 anos de idade, distribuídos em programas específicos e conta com 130 funcionários, 52 cedidos pelo governo do Estado e os demais mantidos pela entidade. Há serviços de: odontologia, psiquiatria, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assistência social, enfermagem, nutrição, pedagogia, psicopedagogia, além de administrativos. A estrutura da Apae de Blumenau é considerada a maior do Estado tanto na parte física quanto de serviço. Foi a segunda a ser fundada em Santa Catarina.
O melhor plano de saĂşde ĂŠ viver. O segundo melhor ĂŠ Unimed.
SOLIDARIEDADE
Atuação
Alunos fazem trabalhos manuais na escola mantida pela Apae Blumenau O desenvolvimento motor faz parte dos objetivos da entidade
O objetivo da entidade é o desenvolvimento físico, social, psíquico, intelectual e profissional para possibilitar a inclusão da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, promovendo o efetivo exercício da cidadania. Ivone argumenta sobre a responsabilidade exigida no trabalho de inclusão. Alba destaca o reconhecimento do empregador ao trabalho exercido pelos alunos da Apae. “No mês de abril chegamos a 31 alunos colocados no mercado, é o maior número desde o início do projeto de inclusão. É um trabalho muito forte e gratificante”, ressalta. A Apae oferece ainda como atividades extraclasse: educação física, ensino religioso, arte, informática, brinquedoteca, capoeira, aulas de dança e todas as atividades de ‘vida diária’ e autocuidados, que trabalha com a auto-estima e autonomia dos alunos. Entre as atividades do dia a dia estão funções como lavar louça, arrumar o guarda-roupa, varrer a casa. Eventos Futuros No dia 23 de agosto a Apae abrirá as portas para a comunidade numa Ação Global, Furb Visita Apae, que terá a participação da Força Tarefa da Secretaria de Desenvolvimento Regional e os serviços da Apae. Haverá palestras, atendimentos clínicos e sociais, além do varal literário da Fundação Cultural de Blumenau. A presença do governador do Estado está agendada para o evento. No próximo ano Blumenau irá sediar o 13º Congresso Estadual das Apaes, no Parque Vila Germânica. A expectativa é de três mil participantes. Na mesma época acontecerá o 4º Fórum de Autodefensores, no auditório da sede da Apae blumenauense.
INFORMAÇÕES Apae Blumenau Alunos: 403 Funcionários:130 Área Total: 13 mil 230 metros quadrados Área Construída: aproximadamente 7 mil metros quadrados Endereço: Rua Casimiro de Abreu, 216 – Vila Nova Telefone: (47) 3323-0000
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Case empresarial
competência e
visão de futuro A Luminárias Blumenau completa 30 anos com uma história de empenho, dedicação e, principalmente, vontade de ver um sonho realizado. Sua trajetória traz consigo o brilho de um personagem ilustre, que mesmo após a aposentadoria não teve medo de encarar o desafio de começar um novo empreendimento. Orlando Zeno Pamplona aposentouse aos 47 anos e, com a esposa e os seis filhos para manter, decidiu investir no ramo de luminárias do tipo colonial. Ainda que o início fosse difícil e as instalações modestas, em 1978, começou a produzir uma linha de pendentes e arandelas. As máquinas eram apenas duas e a maior parte do trabalho era manual. Hoje, aos 77 anos, ele não deixa de ir à fábrica todos os dias para acompanhar as inovações e os cuidados com o patrimônio conquistado. Mesmo tendo alcançado o sucesso, Orlando acredita que há muito a se fazer. “É muito gratificante ver até onde chegamos, mas a cada momento aparece algo novo, uma 22
nova oportunidade”, afirma o fundador da Luminárias Blumenau. No decorrer dos anos, a empresa passou por modificações tanto para se adequar ao mercado, quanto para atender às necessidades de produção. Tecnologias de ponta foram incorporadas e investimentos constantes em máquinas fazem da Luminárias Blumenau uma empresa reconhecida nacional e internacionalmente. Além de atender todos os Estados da federação, uma porcentagem da produção é exportada para o Paraguai e Argentina. A família continua atuante na empresa, cuja direção está nas mãos do genro do fundador, Renato Medeiros. Hoje, o parque fabril está instalado em um terreno de 20 mil metros quadrados, com 4,5 mil deles de área construída, no Bairro Passo Manso, em Blumenau. 90% dos produtos da Luminárias Blumenau são de fabricação própria e abrangem mais de 10 linhas diferentes. Os outros 10%, a linha Glass Light, são importados da China e seguem modelos europeus com extremo requinte e sofisticação. Para o segun-
do semestre de 2008, a empresa prevê o inicio da construção do novo prédio, com financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A nova estrutura dobrará a capacidade atual de produção e possibilitará a inserção de novas linhas de produtos. Dentro dos projetos de ampliação, a empresa visa também à conquista de novos mercados, principalmente o Mercosul. De acordo com Medeiros, mesmo com o dólar baixo, este ainda é um mercado bastante atraente. Como garantia da qualificação de seus produtos, a Luminárias Blumenau busca a certificação de todos os artigos para poder expandir o mercado externo. Atualmente, lâmpadas e reatores já estão atestados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Uma parceria com a Sociedade Educacional de Santa Catarina de Educação e Tecnologia (Sociesc) irá conferir aos demais produtos da Luminárias Blumenau o suporte tecnológico para adequação.
Ações comunitárias A preocupação com o meio ambiente segue a empresa desde os seus primeiros passos. A água das chuvas captada nas calhas do telhado é direcionada para um vistoso lago, que, além de criadouro de várias espécies de peixes, serve também para irrigar e manter os jardins da propriedade. O cuidado com a reciclagem de resíduos de aço, madeira e papelão também é constante. As estopas foram abolidas, pois não se decompõem na natureza. No lugar delas são utilizadas toalhas industriais retornáveis. Em comemoração ao Dia da Árvore, em 21 de setembro de 2007, a empresa reformulou e reinaugurou a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) para o tra-
tamento completo da água utilizada dentro da fábrica, que volta para o meio ambiente totalmente limpa. O sistema conta com a supervisão da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Faema) e é orgulho para toda a equipe. “Todos os dias são tratados 5 mil litros de água, que volta cristalina para os rios”, afirma o diretor. No mesmo dia, também foram plantadas 30 mudas de árvores de três espécies diferentes. Em outro projeto, em parceria com o Colégio Bom Jesus Santo Antônio, alunos plantaram mais 25 mudas nos terrenos da Luminárias Blumenau. Fora da área da empresa, assumiram o compromisso de manter uma extensão de mata que recebeu calçamento para acesso de
pessoas e é constantemente limpa. Compromisso com a sociedade O trabalho voluntário, uma iniciativa que partiu do departamento de Recursos Humanos da empresa, cada vez mais conta com o empenho de uma equipe de colaboradores que auxilia com doações de livros, alimentos, lâmpadas, etc. Dentre as instituições beneficiadas por esse movimento estão a ONG São Roque, a Fundação Cultural de Blumenau, que concedeu à empresa o Certificado Amigo da Cultura, e a mais recente, Escola Municipal Urbana Professora Hella Altenburg, no Bairro do Salto.
Resíduos líquidos resultantes do processo industrial (foto) são tratados e a água limpa é devolvida aos rios 23
CASE EMPRESARIAL
Empenho reconhecido Em seu caminho de 30 anos iluminando ambientes residenciais, comerciais e industriais com linhas exclusivas de produtos, a Luminárias Blumenau conquistou prestígio e confiança. Esse reconhecimento do mercado é firmado através das importantes premiações que a empresa conquista a cada ano. Em 2007, na 16ª edição do Prêmio Anamaco, que representa o maior e mais importante evento da construção no Brasil, a empresa recebeu uma menção honrosa na categoria Grandes Clientes e um troféu na categoria Pulverização. Em reconhecimento à qualidade, ao relacionamento com clientes e fornecedores e aos resultados de vendas, alcançou o troféu Empresa Destaque em 2005, 2006 e 2007 da Osram, empresa parceira e uma das maiores fabricantes de lâmpadas do país. Nos últimos oito anos, a Luminárias Blumenau obteve por seis vezes o Troféu Ruy Ohtake, evento anual em que os lojistas revendedores das marcas avaliam a qualidade logística e de produção das indústrias. Esta é a maior premiação do setor e refere-se à imagem perante o consumidor. Para Medeiros, o reconhecimento reflete o trabalho forte nos pontos de distribuição e a excelência de produtos e serviços. No dia do aniversário, em 1º de agosto, um culto ecumênico será realizado na empresa com café da manhã. Os clientes mais distantes receberão um frisante com taças para brindar a data e uma festa marcará as celebrações.
Perfil Data de fundação: 1º/08/1978 Razão Social: Pamplona Eletrometalúrgica Ltda. Nome Fantasia: Luminárias Blumenau Nº de funcionários: 120 diretos e 90 representantes de venda Principal atividade: fabricação de luminárias Produção: 120 mil peças por mês Variedade de produtos: 250 itens (sem contar as cores diferentes)
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Produção da Luminárias Blumenau abastece o mercado interno e é exportada para Argentina e Paraguai
ARTIGO
ATENDIMENTO AOS
DOMINGOS
Como entidade que regula a gestão de empregadores e empregados, nos cabe avaliar o que a cidade deve ou deixa de ter para melhor atender a sua comunidade, visitantes ou turistas. Estamos nos referindo ao horário do comércio. O assunto, embora esteja previsto na convenção trabalhista, é alvo de lei municipal e bandeira de alguns vereadores. É significativo esclarecer que a atividade do comércio é a única regulada desta forma. Pela característica de livre iniciativa, poderíamos dizer que abre e fecha quem quer. Seria fantástico. Venha ser dono de loja e/ou funcionário num ambiente sem movimento de clientes. Não é assim. A conjuntura exige outro comportamento. Como entidade patronal, percebemos, pela experiência e na informação
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que constatamos em outras realidades no Exterior, que tudo é questão de mercado. Tendo cliente, movimento e vendas, qualquer atividade faz seu expediente nos moldes e no tamanho da demanda. É interessante registrar que em Blumenau as vendas das pequenas lojas de fábricas de confecções estavam atendendo, até muito recentemente, grupos às 3h, aqui, dentro da cidade. Os supermercados têm no domingo o seu segundo maior dia em compras. E como podemos avaliar uma loja de confecção masculina aberta aos domingos, sem turistas, sem visitantes e sem clientes? Cabe o expediente desta forma nas lojas no litoral? Ou não? O proprietário é quem pode avaliar. Não são as leis. Mas os clientes daqui irão comprar lá. Isso é opção que eles têm, com todo
direito. Mas é importante registrar, para estes clientes que consideram vantagem comprar em outras cidades, que com isso ajudam a crescer outros mercados, geram empregos lá, quando aqui pode vir a faltar, inclusive para seus filhos. Pelo mundo, a informação que se tem é que o expediente está se adaptado às realidades de cada comunidade. Seria como avaliarmos um restaurante fechado para o almoço. Por que não? Ele pode identificar o horário para atender seus clientes só no jantar. Não cabe ao outro analisar a situação se não o proprietário. Nós vivemos nesta cidade e devemos juntos definir o que é melhor para a nossa casa. Alexandre Ranieri Peters Presidente do Sindilojas
ACIB É NOTÍCIA
Preços nas vitrines Divulgação
Reunião de entidades e promotoria O cumprimento da norma que determina a exposição de preços e condições de pagamento dos produtos nas vitrines das lojas foi tema de uma reunião ocorrida no final do mês de maio na Curadoria do
Consumidor de Blumenau. Além desse regulamento, o encontro serviu para discutir sobre a conscientização dos lojistas quanto à necessidade de cumprir os demais itens do Decreto 5903/2006. Participaram da reunião representantes da Assovesc, Acib, Ampe, Sindilojas, CIC, Bremen Zenter, Shopping H e Shopping Neumarkt. A promotora Kátia Rosana Armange alertou para uma nova fiscalização nos estabelecimentos comerciais pelo Procon. O Ministério Público iniciou em 2006 um trabalho junto aos lojistas para garantir o direito do consumidor à informação. A multa aplicada aos estabelecimentos infratores pode variar de R$ 1 mil a R$ 5 mil no caso de reincidência.
Apae recebe apoio de empresários Cristiane Soethe
Diretores da Acib conhecem a estrutura da Apae A campanha de arrecadação de recursos para a manutenção da Apae ganhou um importante incentivo. Após uma visita à entidade, representantes da Acib se comprometeram em unir esforços em favor da instituição. A idéia, segundo o presidente da Associação Empresarial de Blumenau Ricardo Stodieck, é convencer a classe empresarial a fazer doações por meio da conta de energia elétrica da Celesc. Na visita, a diretoria da Acib pôde co28
nhecer de perto o trabalho desenvolvido junto aos mais de 400 alunos. São cerca de 120 profissionais que dedicam parte do seu dia para cuidar de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais. Na Apae, eles encontram psicoterapeutas, nutricionistas, psicopedagogas, odontólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapia ocupacional, refeitório, atividades culturais e esportivas e informática. O aluno também aprende a executar atividades essenciais para a vida diária, fortalecendo sua auto-
Acib pede votação contrária à nova CPMF A Contribuição Social da Saúde (CSS), novo imposto que está tramitando no Congresso Federal e que recria a CPMF, recebeu o repúdio da Associação Empresarial de Blumenau (Acib). A entidade enviou correspondência a todos os deputados federais e senadores por Santa Catarina, pedindo o voto contrário da bancada catarinense à matéria. “Nossa posição é contrária à criação de novos impostos e ao aumento da carga tributária que já pesa consideravelmente sobre a classe empresarial e toda a sociedade brasileira”, afirma o presidente da Acib, Ricardo Stodieck. O representante da entidade entende que a União possui recursos suficientes para assegurar a ampliação das verbas destinadas à saúde, sem a necessidade de uma nova taxa sobre a movimentação financeira. “O Governo Federal teve recorde de arrecadação no primeiro quadrimestre de 2008, o que também dá razões para a não criação desta nova contribuição”, acrescenta Stodieck.
Novos associados Indústria de Confecções Fabiomar Ltda. INPG - Instituto Nacional de Pós Graduação Ltda Instituto Albuquerque Hotel Steinhausen Ltda Dominatto do Brasil Vestuário Ltda Ecofibras Ind. Têxtil Ltda. Carlos Augusto Fischer de Almeida
Segurança Alimentar Representantes do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea) apresentaram à diretoria da Acib informações sobre o Programa de Segurança Alimentar, que tem como objetivo implantar os projetos do Banco de Alimentos, Cozinha Comunitária e Restaurante Popular. Também estiveram presentes na reunião o gerente da Secretaria Municipal de Assistência Social Pedro Stahelin e as representantes da Acib no Comsea, Amélia Malheiros e Marilda Steil. Segundo a arquiteta da Diretoria de Articulação, Reinserção Profissional e Captação de Recursos (DARP), Ana Paula Lapolli Isensee, a meta é iniciar a construção dos três equipamentos ainda neste ano. O processo licitatório já foi iniciado. O objetivo é que a construção comece ainda em 2008 e no primeiro semestre de 2009 seja inaugurada. O banco de alimentos será construído na rua Engenheiro Udo Deeke, no Salto do Norte, próximo ao Ceasa, com custo total de R$ 224 mil, sendo R$ 186,771 mil provenientes do Governo Federal e pouco mais de R$ 37 mil de contrapartida do Município. A cozinha comunitária deve ser instalada na rua Professor Jacob Ineichen, na Itoupavazinha, e terá capacidade para produzir 200 refeições por dia. O custo
Cristiane Soethe
Comsea apresenta projetos de segurança alimentar total da cozinha será de R$ 187 mil, com R$ 67,900 mil de contrapartida da Prefeitura e o restante da União. Já o restaurante popular será na rua 2 de Setembro e poderá servir até mil refeições por dia. Ele demanda investimentos na ordem de R$
troca de experiências e tecnologia na Baviera Duas empresas blumenauenses se preparam para embarcar rumo à Baviera (Alemanha). A Projetech/Provolt e a Joy Branding & Design foram selecionadas para o projeto de cooperação econômica, de 12 a 19 de julho, que visa fomentar relações comerciais entre os setores empresariais brasileiros e bávaros, por meio de parcerias. O diretor da Projetetch/Provolt, Dieter Claus Pfuetenzreiter, é coordenador do Núcleo de Indústrias de Eletroeletrônicos da Acib. Ele espera fazer um intercâmbio na área de equipamentos eletrônicos industriais, navais e de energias alternativas. “Queremos buscar parcerias para transferência de tecnologias e partes de equipamentos”, afirma Dieter. Segundo ele, a empresa está aumentando o leque de produtos e a participação no projeto de cooperação bávaro pode ajudar a suprir a demanda do mercado brasileiro. O sócio da Joy Branding & Design, Bruno Barbieri, é o coordenador do Núcleo de Criação e Design da Acib e vai representar o único estúdio de design participante. O programa é realizado pela Academia de Administração Munique Internacional, juntamente com a representação da Baviera no Brasil e financiado pelo Ministério de Economia, Infraestrutura, Transporte e Tecnologia do Estado da Baviera.
1,5 milhão. O Governo Municipal deve entrar com R$ 293 mil e o Governo Federal R$ 1,2 milhão. O público alvo do programa são as comunidades carentes, pessoas em situação de vulnerabilidade social, moradores de rua, entre outros.
“Dia Sem Carro” Problemas no sistema de trânsito foram utilizados pelo presidente do Seterb, Rudolf Clebsch, como argumento para a participação da sociedade no “Dia Sem Carro”, em 22 de setembro. Nesta data, é incentivado o uso de meios alternativos de transporte, como bicicleta, caminhada, carona ou transporte público. Também estão programadas ações envolvendo as escolas da cidade na educação para o trânsito. Depois de receber a visita do presidente do Seterb, a diretoria da Acib manifestou apoio à causa e está discutindo formas de aderir à campanha. Cristiane Soethe
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ACIB É NOTÍCIA
Cônsul dos EUA conversa com empresários Cristiane Soethe
James Story falou sobre relações comerciais
Em viagem por cinco estados brasileiros o cônsul adjunto dos Estados Unidos em São Paulo, James Story, almoçou no dia 06 de junho com empresários de Blumenau. Na conversa, ele deixou claro que o objetivo da visita era divulgar a política externa dos Estados Unidos e as relações bilaterais com o Brasil. Uma das intenções apresentadas por Story é a flexibilização do pagamento de impostos, já que muitos produtos são sobretaxados na importação e exportação, obrigando o pagamento de impostos nos dois países. James Story também falou acerca da influência do crescimento econômico brasileiro sobre a América Latina e o apoio dos EUA na produção de biocombustíveis. Além disso, assegurou que está em andamento uma negociação com o Itamaraty para retomar o visto de dez anos para brasileiros que viajam aos Estados Unidos. Por fim, o cônsul adjunto garantiu que o governo norte-americano apóia a soberania brasileira sobre os recursos naturais da Amazônia.
Audiência pública define cursos do CEFET na região ticos. Dos seis, um deve ser escolhido para fazer parte do ensino superior. De acordo com Buhatem, as empresas da região devem dar a sua contribuição com incentivos para que o centro de educação se desenvolva, uma vez que elas também serão beneficiadas com a qualificação da mão-de-obra. As obras começam no segundo semestre deste ano e a previsão é que as aulas tenham início em setembro de 2009. A consulta à comunidade para definir os cursos oferecidos é adotada em cada cidade que recebe uma nova unidade de ensino do CEFET-SC como parte do plano de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica do MEC.
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O presidente da Associação Empresarial de Gaspar (Acig), Samir Buhatem, reuniu-se com a diretoria da Acib para apresentar os resultados da audiência pública realizada em Gaspar no início de junho para consultar a comunidade sobre os cursos que serão oferecidos na futura unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (CEFET-SC) na cidade. Também esteve presente o vice-presidente da Acib Carlos Tavares D’Amaral, que igualmente participou da audiência pública. Devem ser implantados no bairro Bela Vista os cursos técnicos de química, meio ambiente, qualidade, modelagem do vestuário, vestuário e plás-
Obras do CEFET em Gaspar devem iniciar em setembro 30
AGENDA Estratégia de Marketing da Teoria a Prática Ministrante: Eduardo Mandel Quando: 15 de julho Onde: Sede da Acib Promoção: B&S Consultoria Invetimento: Gratuito para sócios e R$ 5,00 para não sócios Inscrições: (47) 3326-1230, e-mail: nucleos1@ acib.net, com Alexandra Financiamentos à Exportação Quando: 16 de julho Onde: Sede da Acib Promoção: Banco do Brasil/Acib Investimento: R$ 320,00 não sócios e R$ 280,00 associados Informações: (47) 3326-1230, e-mail: eventos@acib.net, com Tayana Analista de RH Ministrante: Eraldo Rogério Consorte Quando: 17 e 18 de julho (módulo 1) e 14 e 15 de agosto (módulo 2) Onde: Sede da Acib Promoção: Centro de Estudos Temáticos da Administração Pública (CETEM) Investimento: R$ 390,00 não sócios e R$ 350 associados por módulo Informações: (47) 3326-1230, e-mail: eventos@acib.net, com Tayana
CDL É NOTÍCIA
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um ano em grande estilo
Casa do Comércio é a sala de visitas de Blumenau
CDL e Sindilojas realizam campanha para promover o Dia dos Namorados
Campanha do Dia dos Namorados aquece os corações A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sindilojas) promoveram no início do mês de junho uma campanha promocional de Dia dos Namorados. A campanha contou com a participação de todos os estabelecimentos comerciais associados às entidades procurando impulsionar a data e movimentar o comércio como um todo. Com o tema “Demonstre o seu lado mais apaixonado”, o material da promoção destacou a troca de presentes, lembrando os consumidores que o comércio de Blumenau oferece uma grande variedade em produtos e serviços para a ocasião. O incremento nas vendas ficou próximo a 7%, sendo que o clima de frio também está contribuindo para uma alta nas vendas neste mês de junho. A campanha de Dia dos Namorados teve suporte de divulgação com uma mídia em televisão, rádio e outdoor, além da distribuição de material promocional para todos os lojistas associados. 32
A obra iniciada em 1997, para recuperação da edificação construída em 1923, teve seu término no ano passado. Um ano depois da inauguração, a Casa do Comércio firma-se como um centro empresarial do terceiro setor da economia blumenauense. Diversos acontecimentos marcaram a nova trajetória desta edificação. A mais importante foi a de se tornar sede do Governo do Estado, quando da realização do Encontro Econômico Brasil - Alemanha, em novembro de 2007. Como atração, a Casa do Comércio está integrada aos eventos da cidade, tendo sido decorada com temas de Natal e Páscoa. Para os dirigentes das entidades CDL e Sindilojas, a Casa do Comércio cumpre a tarefa de ser a “sala de visitas” de Blumenau.
CDL de Blumenau recebe homenages na Convenção Estadual em Joaçaba Um grupo de empresários lojistas de Blumenau participou de 22 a 25 de maio da 40ª Convenção Estadual do Comércio Lojista, realizada em Joaçaba. A Convenção, que teve como tema principal “Receitas de Grandes Negócios”, ofereceu aos participantes palestras sobre técnicas de venda, gestão, motivação, desenvolvimento pessoal, tecnologias nas áreas de crédito, entre outros. Aproximadamente 900 lojistas estiveram reunidos no meio oeste catarinense e, de Blumenau, um grupo de 40 empresários pôde ter acesso à rica programação técnica e social do evento. Na noite de encerramento a CDL de Blumenau foi homenageada com um troféu como maior delegação presente à Convenção e também recebeu uma TV 29’ como prêmio por ser daqui o Gerente Executivo que realizou o segundo maior número de inscrições por uma CDL. Divulgação
Membros do CDL recebem homenagem
CDL É NOTÍCIA
Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista defende interesses Foi lançada no dia 04 de junho, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista. O objetivo da Frente é debater os principais desafios enfrentados pelo comércio varejista nacional e, em debate amplo com a sociedade e com os próprios comerciantes, apontar caminhos para o setor que congrega a força maior da economia brasileira: as micro, pequenas e médias empresas. A ação é coordenada pela Confederação Presidente da CDL de Blumenau Nacional de Dirigentes Lojistas participa da Frente em Brasília (CNDL), Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Confederação das Associações Comerciais, com o apoio das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs). Na ocasião, os líderes lojistas presentes também organizaram um movimento de repúdio à criação da nova CPMF, a CSS.
Reunião plenária Na reunião plenária da CDL, do dia 29 de maio, o Sr. Mário Tachini informou que a Defesa Civil de Blumenau está realizando um levantamento de dados sobre os danos causados pelas inundações no município. A CDL fornecerá dados de seus associados sobre o assunto. Esta pesquisa fará uma previsão dos prováveis prejuízos no comércio e empresas de prestação de serviços, nos diversos níveis que a água pode atingir em caso de catástrofe. Servirá para orientar a necessidade de investimento, não só na prevenção, como também na eventual liberação de recursos para cobrir os prejuízos. O mesmo está sendo realizado junto a pessoas físicas, em suas residências.
Apae busca arrecadação definitiva A CDL de Blumenau está aderindo à campanha de contribuição mensal para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). As constantes campanhas de arrecadação promovidas pela Apae são necessárias, porém desgastantes, uma vez que resolvem apenas assuntos pontuais. A possibilidade de se ter uma contribuição constante é muito importante e cada um pode colaborar com qualquer valor mensal e debitado na conta de energia elétrica. Esta iniciativa deverá solucionar a continuidade de arrecadação da entidade que faz na comunidade um trabalho social indispensável. Para esta doação mensal, basta que a pessoa preencha o formulário determinando o valor e indique o número da conta e a referência para que o valor seja automaticamente transferido. A CDL está apoiando a adesão a esta idéia e encaminhando o modelo para a opção de cada lojista associado. 34
Novos associados 3 Irmãos Caminhonetas Dematex Só DVD Agro Aves M-Jor Mecânica Celesp Nicolle Modas Malharia Camila Cizanosky Automóveis Fiedler Automação Indl. Tecnosoldas Tanoaria Hadlich Warfare Military Store Atol Aquários - Filial Lelu Modas Moura Mat. Construção Arrazo Modas
SC Outdoor Exaustão Cine Blu DVDs Video Locadora Tela Quente Fabi Clínica Odontológica Mohana Modas Argacim International Razzura Modas - Filial Deschamps, Grützmacher CC Cópias * Bazar Norimar * CG Turismo ** Fujiro Com. Confecções ** Dental Flesch ** Sermontec ** Rieter-Ello ** Farmavida **
* = Convênio Ampe
** = Convênio Acib
Calendário CEV Divulgando minha empresa de forma eficaz – Sebrae 7, 8 e 9 de julho (18h30 às 22h30) Estratégias e planejamento de Marketing; promoções de sucesso; torne o produto atrativo; estratégias de divulgação; compreenda o comportamento do consumidor; crie materiais promocionais que geram resultados. Oratória e comunicação persuasiva 7 a 11 de Julho (19h às 22h) Técnicas de comunicação persuasiva; Comunicando os 5 sentidos do corpo; Técnicas para apresentação; Abordagens e relacionamentos para uma eficaz comunicação. Matemática HP12c 14 a 18 de julho (19h às 22h) Aprenda a usar todas as funções da calculadora HP 12c; cálculo da taxa de juros; função calendário; estatística; taxa interna de retorno - IRR e Leasing entre outras. Ciclo de Palestras Sebrae 2h (19h às 21h) Crédito e fontes de recursos financeiros - 15 julho Aumentando suas vendas com criatividade - 16 de julho Recrutamento e seleção: como buscar talentos humanos - 17 de julho Automação Comercial 21 a 24 de julho (18h45 às 22h) R$ 30,00 + 1 quilo de alimento que será doado para uma entidade beneficente. Conceitos e benefícios da automação comercial para pequenas empresas; integração das áreas comerciais, financeiras e gestão agilizando o processo e aumentando os lucros, projetos, resultados, tecnologias disponíveis, cuidados na aquisição de soluções. Curso Aperfeiçoamento em Vendas 28/07 a 8/08 (19h às 22h) Perfil dos clientes, marketing, comunicação, negociação, técnicas de venda, pós-venda, indicadores de resultados, venda adicional, características e benefícios, entre outros. Atendimento a Clientes 28,29 e 30 de julho (19h às 22h) Atendimento com qualidade total, conhecendo os vários tipos de clientes, atendimento ao telefone, motivação e trabalho em equipe.
Sindilojas é notícia
Sindilojas elege Rainha do Comércio 2008
Francielle Thilmann, Vanessa Chacorowiski e Francielle Ribeiro
Empresas associadas participantes Grendelli Calçados Jornal de Santa Catarina Tarpan Concessionária Toyota Paraíso dos Calçados e dos Esportes Center Jóias e Ótica Associação dos Lojistas do CIC WJ Calçados Bolsas e Acessórios No Ar Jeans Cine Foto Carlos Indico Jeans Pittol Calçados
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Pernambucanas Help Informática Bistek Supermercados Barni Acabamento e Material para Construção Angeloni e Cia. Super Central Rede Top Cia do CD Lojão Progresso Condomínio Shopping H Multisom Big Supermercados Urânio Moda Feminina
O Sindilojas promoveu, no dia 17 de maio, o concurso que elegeu a Rainha e as Princesas do Comércio em 2008. O evento, que tem o apoio do Sistema Fecomércio (Sesc/Senac), CDL, Acib, Sincofarma, Sincavi e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau, aconteceu na Associação da Artex, com a presença de convidados, bem como das torcidas das candidatas que animaram a festa. Cerca de 1,1 mil pessoas estiveram presentes e puderam conferir várias atrações, entre elas, uma apresentação de dança de rua do grupo Millennium, ganhador de prêmios em diversas modalidades no Festival de Dança de Joinville, e um show com a banda San Luiz. O concurso, que teve o maior número de inscritas de toda a história do evento, 22 candidatas, foi bastante concorrido e cumpriu com o objetivo de eleger as mais belas representantes do comércio de Blumenau. A diretoria do Sindilojas acredita que este evento é uma excelente oportunidade de integração entre os associados, além de promover a cidade e o comércio. O quadro de jurados foi composto por Antônio Edmundo Pacheco (presidente da Fecomércio), Milu Vianna (apresentadora da TV Galega), Michelly Elli Cizs (Rainha da Oktoberfest 2008), Roberto Martins (diretor regional do Sesc), Alexandre Ranieri Peters (presidente do Sindilojas), Daniel Bublitz (diretor da RBS TV), Ione Laurindo Florêncio (coordenadora do Curso de Moda da Furb), Susan Germer (apresentadora da RIC Record) e Arlindo Müller (diretor do Sindicato dos Empregados no Comércio). O momento mais aguardado da noite, o anúncio das ganhadoras e das torcidas de maior destaque, foi muito comemorado. Como 2ª Princesa, foi eleita Francielle Thilmann, representante do Cine Foto Carlos; como 1ª Princesa, Francielle Ribeiro de Souza, da No Ar Jeanswear; a coroa de Rainha do Comércio 2008 ficou com Vanessa Christine Chacorowiski, que representou a Loja Grendelli Calçados. As torcidas mais animadas, escolhidas por votação dos jurados, foram da Pittol Calçados, do CIC e do Cine Foto Carlos.
Deck Senac Bistrô em novo horário aos sábados A partir do mês de junho, o Deck Senac Bistrô passa a atender também aos sábados, das 10h às 14h, sendo que o horário de quarta a sexta é das 18h às 23h. O Senac Bistrô localiza-se no andar térreo da Casa do Comércio, na esquina da Alameda Rio Branco com a Rua Sete de Setembro, no Centro de Blumenau. Ideal para a realização de happy hours, o Deck Senac Bistrô é um ambiente que propicia tranqüilidade e descontração em meio ao estresse do dia-adia. Aberto de quarta a sábado, não há necessidade de se fazer reserva para freqüentar o espaço. No cardápio, o mix de petiscos com ingredientes da cozinha alemã e o chope gelado garantem o desfrute de agradáveis momentos. Às quintas-feiras, um cardápio especial renovado a cada semana é servido em um ambiente revigorante e intimista.
Senac Bistrô oferece ambiente aconchegante para descontração
MEMÓRIA
NASCE A
ACIB (1901-1913)
Parte VI Arquivo Histórico de Blumenau
A grande cheia de 1911 foi uma das maiores da história de Blumenau, atingindo 16,27 metros A chegada da energia elétrica ao município começou a transformar o cenário urbano, com a iluminação pública que passou a brilhar nas ruas em 1909. As empresas se adaptaram rapidamente e, já no ano seguinte, chegaram a Blumenau os cinco primeiros motores elétricos, em substituição aos antigos, movidos a querosene. O jornal Der Urwaldsbote circulou em 13 de agosto com tiragem totalmente produzida em máquinas movidas a eletricidade. Eram os tempos modernos chegando à cidade. “A economia começou a se fortalecer e a diversificar-se. A vinda de imigrantes com qualificação profissional fez surgirem empreendimentos como a fábrica de pianos Albert Gropp. O sucesso da Caixa Econômica e de Empréstimos motivou o 38
comerciante Alwin Schrader a gerenciar a Caixa Auxiliadora Agrícola Ltda., que aceitava depósitos para poupança a partir de 3 mil réis, pagando juros de 4% ao ano. A atividade financeira passou a fazer parte do cotidiano de Blumenau. Em 1911, no entanto, a cidade sofreu um grande baque, com uma das maiores cheias de sua história. A enchente atingiu 16,27 metros em 2 de outubro, destruindo plantações, invadindo casas, lojas e indústrias. O governo federal abriu crédito especial para socorro às vítimas e reconstrução do município. Chegou auxílio internacional, principalmente da Alemanha, na forma de dinheiro, roupas e materiais. Apesar de sua amplitude, a cheia não fez nenhuma vítima fatal. Mostrando que não se abalou com a grande enchente, já no ano seguinte a Associação Comercial desenvolveu um projeto para instalar telefones no Centro
de Blumenau e no bairro Altona. Abriu subscrição pra formar o capital necessário e planejou instalar 50 linhas. A Acib mais uma vez mostrava pioneirismo na busca de soluções para encurtar distâncias. Ainda em 1912, o comércio se submeteu a novos horários de funcionamento. Nos domingos e feriados, as lojas do Centro tinham que fechar às 9 horas no verão e às 10 horas no inverno. Em outros pontos do município, podiam funcionar até o meio-dia. Durante a semana, o horário se estendia até as 20 horas. O horário elástico foi uma prova da força representada pelo varejo no município, abrindo inclusive aos finais de semana para atender à população que viva em pontos mais distantes e ia até o Stadplatz para fazer suas compras. * Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.
Depois de várias taças,
aprecie cOM MODeraÇÃO.
a eisenbahn ganhou medalhas. Eisenbahn. Três medalhas de prata no Australian Beer Awards: Weizenbock, Dunkel e Lust. Mais uma vez o sabor da Eisenbahn conquista reconhecimento internacional. Desta vez, foi no Australian International Beer Awards AIBA, o segundo maior festival do mundo. Foram mais de 1000 cervejas avaliadas em 24 categorias diferentes. A Eisenbahn participou com 5 cervejas e 3 delas foram premiadas com medalhas de prata. Prova de que, com apenas 5 anos de existência, a autêntica cerveja está novamente entre as melhores do mundo.
www.eisenbahn.com.br