Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 25

Page 1

Ano 3 nº 25 MAIO 2009 R$ 8,90

No caminho do sucesso Fundada por imigrante alemão, a Metalúrgica Krieger começou a produzir utensílios para o lar e hoje faz estruturas para a indústria

Flávio Roberto Busse (foto) preside a empresa que antes foi comandada pelo sogro Wolfgang Krieger, hoje conselheiro e consultor técnico da metalúrgica

COMÉRCIO: 90 lojas e um grande mix de produtos fazem do CIC Blumenau um ícone do varejo



A liderança

de Blumenau

O comércio é um dos primeiros segmentos que sente o reflexo dos processos pelos quais uma comunidade passa no decorrer do seu desenvolvimento. Mas, mesmo com tudo que passamos, sabemos que hoje vivemos em uma cidade bastante otimista com relação ao seu futuro. Nossa cidade está definitivamente crescendo, bem como o potencial de consumo da população que aqui vive. E o sentido da globalização nos deixa em patamar de igualdade com qualquer outro mercado, sendo que o diferencial estará cada vez mais na competência de se atender bem o cliente. Felizmente, nossa herança cultural trabalha a nosso favor, pois nossas empresas têm a seriedade como lema. Este espírito é permanente não só nos empresários, mas também nos funcionários e, principalmente, nos consumidores. Nunca fomos sinônimo de desemprego ou de baixos salários. Nunca fomos uma cidade rotulada por fabricar e vender produtos sem procedência. A atuação da fiscalização dos nossos órgãos públicos reflete a preocupação exata dos segmentos empresariais. Este não é um mercado de enganadores. Pirataria não se cria e o crédito ainda tem muito do seu valor. Vivemos com o pé no chão, sem projetos mirabolantes e desafios nos investimentos. Na construção, ou mesmo agora na reconstrução, estamos sempre dando bons exemplos. Todos, principalmente a máquina pública, temos muitas dificuldades em manter o ritmo de crescimento determinado pela diversificada e segura economia da região. Novamente, a qualidade se sobrepõe e a produção se multiplica gerando mais riqueza e ampliando o consumo. Instalados lado a lado, os bolsões de violência são verdadeiramente abafados pelo crescimento ordenado. Não somos uma região para malandros. A apaixonante vida com relativo conforto e segurança nos permite afirmar que estamos num invejável vale que é referência e serve de exemplo para todo o Brasil. Para manter esta situação, é preciso ser vigilante, estar compromissado com tudo o que acontece, para garantir um desenvolvimento econômico e social que permita sustentar essa imagem positiva. Alexandre Ranieri Peters Presidente do Sindilojas

Divulgação

Otimismo quanto ao futuro e vocação para o trabalho são determinantes para fazer uma cidade cada vez melhor


SUMÁRIO

Kakau Santos

Kakau Santos Gilberto Viegas

Ronaldo Baumgarten Junior assume a presidência da Acib Ao lado de Carlos Tavares D’Amaral, empresário comandará entidade nos próximos dois anos

06 Especialista fala sobre a realidade e os desafios do comércio varejista

10

CIC Blumenau é exemplo de sucesso na pronta-entrega

20

Centro comercial fundado há 18 anos reúne 90 lojas e hoje tem foco no consumidor final

Eugenio Foganholo esteve em Blumenau para trazer uma visão panorâmica do varejo no mundo

18 As soluções do Núcleo de Consultoria 22 Programa busca desenvolver o turismo 28 Empresas mostram força após destruição 34 Artigo: Seis anos transformando a região 36 Prestação de contas com Jean Kuhlmann

38 Acib é notícia 40 CDL é notícia 42 Sindilojas é notícia 44 Memória

EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - michele@mundieditora.com.br EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Ana Paula Lauth e Kakau Santos (Fotografias); Mariene Maluli e Juliana Pfau (Institucional) EDITOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Schulze GERENTE COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - debarba@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br TIRAGEM 4.000 exemplares

6


Ivan Schulze

EMPREENDEDORISMO QUE VEIO DA EUROPA Fundada por imigrante alemão, Metalúrgica Krieger é exemplo da força e da diversificação da economia blumenauense

14

Conselho Editorial Acib: Ricardo Stodieck, Ronaldo Baumgarten Junior, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Avelino Lombardi e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau-SC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br

Mundi Editora Sidnei dos Santos e Cleomar Debarba

7


Associativismo

Nova diretoria da Acib é empossada

Ricardo Silva / PhotusPress

A cerimônia de posse da diretoria da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), de um terço do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e coordenadores de Núcleos Setoriais da entidade aconteceu no dia 27 de abril de 2009, no Teatro Carlos Gomes. Os novos membros conduzirão a entidade no biênio 2009/2011. Ronaldo Baumgarten Junior assumiu o posto deixado por Ricardo Stodieck, que, após duas administrações (2005/2007 e 2007/2009), passa a ser diretor-técnico da SC Parcerias, empresa criada pelo governo estadual para a geração de investimentos. A mesa de au06

toridades foi composta pelo presidente da Acib, Ricardo Stodieck, o presidente eleito, Ronaldo Baumgarten Junior, o governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, os senadores Ideli Salvatti e Raimundo Colombo, o prefeito João Paulo Kleinübing, os deputados federais Décio Nery de Lima e João Pizzolatti, o deputado estadual Giancarlo Tomelin (representando a Assembléia Legislativa), o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Jens Jurgen Mantau, o reitor da Furb, Eduardo Deschamps, o presidente da Fiesc, Alcantaro Correa, o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves, o superintendente de Varejo e Governo do Banco do Brasil em Santa Catarina, José Carlos Reis da Silva, e o

vice-presidente do Conselho Deliberativo da Acib, Hans Prayon. Outro ato importante na noite da posse da Acib foi a Assinatura do Termo de Cumprimento de Compromisso entre o governo do Estado e a prefeitura de Blumenau. Através deste termo, as partes reconhecem como cumpridos os compromissos de repasse de valores pelo Estado ao Município, no valor de R$ 8.239.500,00, bem como do Município, de aplicar os valores repassados na aquisição de 10 imóveis para a implantação de residências habitacionais para relocação de famílias atingidas pela catástrofe de novembro. O evento de posse teve o patrocínio do Banco do Brasil.


Diretoria

Ronaldo Baumgarten Junior (Baumgarten Gráfica Ltda.) Diretor para Assuntos da Indústria Luiz Micheluzzi (Construtora Mestra Ltda.) Diretor para Assuntos de Prestação de Serviços Bruno Nebelung

(Walter Schmidt Eletro Comercial S/A)

Diretor de Núcleos e/ou Câmaras Avelino Lombardi (Segura Segurança Privada Ltda.) Diretor de Relações Institucionais Rodolfo Francisco de Souza Neto (Rodolfo Souza e Filhos Ltda.)

Vice-presidente

Carlos Tavares D’Amaral (Cia. Hering) Diretora para Assuntos

de Comércio e Turismo Maria Denise Ribeiro Ern (Acqua Sports Atividades Físicas Ltda ME)

Diretora para Assuntos da Pequena e Micro Empresa Solange Rejane Schröder

(Contal Contab. Trein. e Assessoria Ltda.)

Diretor para Assuntos Ambientais e de Energia Luis Frederico Kuehnrich (Teka - Tecelagem Kuehnrich S/A) Diretor para Assuntos da Saúde Kelson Keith Kitamura Yoshioka (Branco Medicina Laboratorial Ltda.)

Diretor Administrativo e Financeiro

Fotos Kakau Santos

Presidente

Manfredo Krieck (Actus Auditores Independentes S/S) Diretor para Assuntos de Desenvolvimento e Planejamento Urbano André Mueller (MBA Engenharia Ltda.) Diretora para Assuntos Comunitários Daniela Zimmermann Schmitt (DZ Contabilidade Ltda. ME) Diretor para Assuntos Internacionais Ido José Steiner (Blumimpex Com. Internacional Ltda.) Diretor para Assuntos Tecnológicos Ingo Tiergarten (Megasul Informática Ltda.)

Coordenadores de Núcleos Setoriais Acib Jovem - George Matias de Oliveira Câmara da Mulher Empresária - Lúcia Helena Victorino Núcleo de Academias - Carla Maria Quandt Núcleo de Agências de Viagens eTurismo - Glória ElianeTheiss Bernardes Núcleo de Associações Esportivas e Clubes - Ditmar Strube Núcleo de Centros de Formação de Condutores - Deoclécio Cabral Núcleo de Comércio Exterior - Carlos Eduardo Silveira Núcleo de Consultoria e Treinamento - Henrique Marcos Brazil Bilbao Núcleo de Criação e Design - Fausto David Adriano Núcleo de Decoração - Odete Poffo Campestrini Núcleo de Emissoras de Rádios - Rubens Olbrisch Núcleo de Empresas Automecânicas - Sidney Roberto Junkes Núcleo de Escolas de Educação Profissional - Mara Vieira Núcleo de Escolas Particulares de Educação Infantil - Maitê Metzner

Núcleo de Farmácias de Manipulação - Cibelly Panstein Fissmer Núcleo de Gestão Ambiental - Rosângela Maria Muller Núcleo de Gestão e Qualidade - Michelly das Neves Núcleo de Indústrias de Eletroeletrônicos - Dieter Claus Pfuetzenreiter Núcleo de Mídia Exterior - Vilson Voigt Núcleo de Responsabilidade Social - Jerusa Soares Lopes Núcleo de Saúde - Eduardo Schlup Núcleo de Segurança Eletrônica - Cláudio Ernesto Darius Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional - André Ricardo de Mello Núcleo de Segurança Privada, Asseio e Conservação - Maurélio Pinto Núcleo de Turismo Receptivo - Graziele de Souza Núcleo da Vila Itoupava - Atilano Laffin Conselho dos Núcleos - Dieter Claus Pfuetzenreiter

07


Associativismo

Fotos Ricardo Silva / PhotusPress

Discurso do governador (acima) e o cumprimento entre Baumgarten e Stodieck (ao lado)

Atuação social O reconhecimento de uma entidade se deve, muitas vezes, às ações praticadas por ela em favor da sociedade. A Associação Empresarial de Blumenau segue esta linha: uma instituição consagrada por sua atuação social, com projetos desenvolvidos em parceria com a iniciativa pública e ações voltadas à comunidade. É assim que o presidente recém-empossado, Ronaldo Baumgarten Junior, deve comandar a entidade no próximo biênio. Em seu discurso de posse, Ronaldo Baumgarten Junior salientou a importância do fortalecimento da Região Metro-

politana de Blumenau para o desenvolvimento socioeconômico do Médio Vale do Itajaí e ressaltou a força dos Blumenauenses. Stodieck, que discursou antes, fez um balanço de seus quatro anos à frente da entidade e, ao final, lembrou os compromissos firmados e, até o momento, não-cumpridos pelas três esferas de governo. A atuação social da Acib tem como objetivo melhorar as condições da comunidade que a envolve, trabalhando em projetos que beneficiem a população e também a classe empresarial. Exemplos não faltam, como as várias

Conselho Deliberativo Carlos Odebrecht (Karsten S/A) Hans Prayon (Prayon Metaloplástica Ltda) Rui Altenburg (Altenburg Indústria Têxtil Ltda) Claudete Mafra Wanderck (Centro de Atividades Físicas Long Life Ltda) Haida Leny Siegle (Siegle e Siegle Ltda) Haroldo Pabst (Pabst e Hadlich Advogados Associados) Sérgio Ivan Margarida (Blumenau 1º Tabelionato de Notas e Protestos) Mauro Sérgio Kreibich (Hospital do Pulmão) Egon Alberto Stein (Construtora Stein Ltda)

08

reuniões de representantes da entidade pelos projetos do anel de contorno de Gaspar e da Ponte do Vale, para que as cidades tenham mais uma passagem sobre o rio Itajaí-Açu. Outras ações da Acib são as reivindicações por melhorias na segurança pública, atividades de combate à pirataria, luta contra o aumento da carga tributária e encontros de integração entre setores empresariais. A entidade também organizou o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em novembro de 2007, e oferece ciclos de palestras para diversas áreas da indústria e do comércio.

Conselho Fiscal Efetivos Leomir Antônio Minozzo (Service Contabilidade Ltda) Lúcia Helena Victorino (Victon Consultoria Contábil e Empresarial) Jair Francisco Nuss (Nuss & Steinbach Auditores Independentes) Suplentes Christian Meyer (Distribuidora Condor Ltda) Rolf Hartmann (Dúnamis Contabilidade e Auditoria) Ari Leandro Gonçalves (ADDMakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda)



Entrevista com o especialista em comércio varejista Eugenio Foganholo

Gilberto Viegas

Eugenio

Foganholo O consultor especialista na área de varejo Eugenio Foganholo esteve em Blumenau no dia 16 de abril para realizar a palestra “Nova realidade do varejo”. Mestre em Administração de Empresas, com especialidade em Marketing pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (Eaes/FGV) e diretor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Foganholo trouxe como tema principal da palestra a Convenção e Feira da National Retail Federation, realizada anualmente em Nova York, no mês de janeiro, o evento mais importante do varejo mundial. O palestrante procurou trazer à realidade brasileira e mais particularmente à realidade de Blumenau os temas discutidos na NRF 2009. 10


“Não espere nada do governo. Faça aquilo que você consegue controlar” Revista Empresário: Qual a realidade do varejo brasileiro? Eugenio Foganholo: O que se nota é que a atividade varejista ficou muito mais complexa nos últimos anos do que foi no passado no sentido de ter que prestar muito mais atenção nos atributos variados do varejo, fatores que fazem com que o cliente vá e volte à loja. A atividade ficou com uma necessidade muito maior de profissionalização do que foi no passado. Então, para se tornar um lojista melhor para o cliente, antes de tudo, é necessário que o lojista/varejista se torne melhor no sentido de se profissionalizar e buscar conhecimento. Antes, tudo era mais simples do que é agora e 20 ou 30 anos atrás, grosso modo, bastava você fazer uma boa compra para fazer uma boa venda. Hoje, a realidade é muito diferente, o varejo ganhou complexidade no sentido de que o ponto de venda tem que ser muito mais convidativo ao cliente, o mix de produtos tem que ser muito mais adequado à demanda da clientela, o aspecto do atendimento se tornou muito mais complexo e importante e assim por diante. Isso faz com que o varejo seja realmente muito mais complexo. Outro fator que tem ajudado a tornar o varejo mais complexo é que a oferta varejista aumentou muito nos últimos anos; e aumentou num ritmo maior do que a capacidade de compra dos consumidores. Os consumidores estão cada vez mais infiéis. Conseguir segurar o consumidor como cliente fiel é muito mais difícil. As pessoas também têm cada vez menos paciência para as compras e, cada vez mais, querem uma solução rápida, efetiva e conveniente. RE: O setor varejista está sentindo o reflexo da crise mundial? Foganholo: Um fato que deve ser considerado é que estamos vivendo um momento de incerteza econômica, ainda que os dados macroeconômicos não sejam negativos. Se a gente olhar o grosso da empregabilidade do trabalhador brasileiro, tem mais emprego hoje. O rendimento médio do trabalhador tem crescido e com isso a massa salarial tem aumentado. Isso é fundamental para que haja movimentação no comércio varejista. No entanto, esse

momento de incerteza geral no mundo e também aqui no Brasil acaba fazendo com que o cliente adie muito a compra, tome menos crédito para comprar e assim por diante. Isso cria algumas dificuldades para setores de varejo, principalmente para aqueles que são altamente dependentes do crediário. No entanto, neste momento, levando em conta o primeiro trimestre deste ano, olhando o varejo brasileiro, não há nada que a gente veja que seja negativo. Ao contrário, muitos setores estão no mínimo mantendo um faturamento bastante razoável e alguns setores conseguem crescer mesmo nesse momento de incerteza, como é o caso de alimentos, supermercados e farmácias. O que se nota é que as grandes redes, principalmente as de eletrodomésticos e móveis e do setor de confecção, estão tendo mais dificuldades do que o médio e o pequeno varejista, porque são mais dependentes de crediário e mais engessadas do ponto de vista comercial. Elas negociam menos com o cliente. Essa é uma vantagem para o pequeno e médio varejista. No Brasil, essa chamada crise ainda não chegou de forma efetiva no varejo. Ela chegou sim, no sistema financeiro, em algumas indústrias, mas não no varejo. RE: E de que forma o varejo pode se proteger da crise? Foganholo: Acredito que um momento de incerteza como esse também é um momento muito propício para se abrir a percepção e olhar para outras oportunidades. Eu diria que algumas das oportunidades que surgem num momento como esse são, por exemplo, o lojista repensar o conceito de negócio, o posicionamento, o públicoalvo, ou seja, questionar a quem ele está servindo de fato e modular a loja para esse público-alvo. É um momento muito favorável, não só para isso, mas para, eventualmente, estabelecer novos contatos com novos fornecedores, repensar o mix de produtos, repensar o estoque. O varejo ainda trabalha com um estoque mais ou menos carregado, isso é um peso muito significativo do ponto de vista de custo de capital. É um vírus que o varejista não percebe, mas que está corroendo a rentabilidade

do negócio. É hora de fazer um botafora naquilo que não está girando e que pode significar a conversão desse estoque “ruim” num capital que ele possa investir em algo que seja melhor. RE: Esse também pode ser o diferencial para se manter no mercado? Foganholo: No passado, o varejista podia cometer muitos erros, que ainda assim existiria segurança para continuar operando. Hoje, isso não é mais verdade. Qualquer deslize que ele cometa pode significar a não-sobrevivência do negócio. Então, o cuidado que o varejista tem que ter hoje, em termos de uma operação correta e adequada, é absolutamente fundamental. Não dá mais para errar tanto quanto eventualmente se errava no passado. RE: Como a empresa pode se tornar mais competitiva? Foganholo: A melhor forma de ser competitivo hoje é agregar valor para o consumidor. Ele tem que sentir que aquela loja consegue obter um serviço e uma solução completa para aquilo que ele está comprando. Eu diria que, nesse sentido, hoje está cada vez mais importante agregar serviços ao varejo, porque o cliente quer a solução completa, não quer comprar e ter que obter a solução em vários lugares. Até porque, se ele não conseguir uma solução completa em uma loja, ele provavelmente irá a uma outra concorrente e, se conseguir uma solução melhor, vai se tornar cliente daquela loja. A maior competitividade está ligada a um adequado serviço prestado ao consumidor, solucionando de forma mais completa aquilo que o cliente quer. E isso pode significar muita coisa, como, por exemplo, operar em um momento e de forma que seja conveniente ao cliente, agregando serviços que melhorem a performance do produto. Um cliente satisfeito, que está sendo bem atendido, não pensará em ir para o concorrente. Mesmo que haja uma superoferta naquele segmento, se o cliente estiver sendo bem atendido e satisfeito, ele tende à lei do menor esforço, que é manter-se fiel àquela loja. Nada melhor que a credibilidade e a confiança para alicerçar esta relação. 11


Entrevista com o especialista em comércio varejista Eugenio Foganholo Gilberto Viegas

experimentar. O design das lojas também melhorou de forma muito significativa, há um investimento muito maior nesse aspecto e isso mostra a necessidade de se estar repensando o varejo de forma contínua. Um varejista não pode fazer uma loja pensando em mantê-la daquele jeito para os próximos cinco ou 10 anos. Pode ser que ela tenha que ser repensada daqui a três ou quatro anos. Essa é a velocidade que a gente tem tido de mudanças atualmente. RE: Hoje, qual o tempo de vida das empresas varejistas no Brasil? Foganholo: O que se observa é que tem aumentado muito a taxa de natalidade. Aumenta o número de empresas varejistas que entram no mercado, mas também aumentou a taxa de mortalidade, aquelas que desaparecem do mercado. Isso só vem demonstrar que a taxa de competição do comércio brasileiro aumentou de forma muito significativa. A velocidade de entrada e de saída no mercado também acabou aumentando nesses últimos anos.

Foganholo: “o varejo é muito vivo, está sempre se recriando” RE: Existem bons modelos de comércio varejista no mundo a serem seguidos? Foganholo: O varejo é muito vivo, está sempre se recriando, se repensando, se reformatando para atender cada vez mais o cliente. Observa-se em vários lugares do mundo que inovações estão sempre ocorrendo. E essas inovações, de alguma forma, estão chegando cada vez mais rápido ao Brasil. A velocidade da informação hoje é muito mais rápida e efetiva, o que faz com que essas novidades acabem chegando cada vez mais rapidamente ao Brasil. O varejo norte-americano, por ser o mais competitivo do mundo hoje, é o varejo que mais tem gerado inovações. Grosso modo, 70% das novidades do varejo mundial vêm dos Estados Unidos, exatamente pela necessidade que eles têm de serem muito rápidos, ágeis e flexíveis no que tange à inovação. Para manter-se competitivo num mercado como aquele, é preciso gerar

uma profusão de inovação muito significativa. Eu diria que do ponto de vista geral, o varejo brasileiro apresentou, nos últimos anos, uma evolução muito significativa em vários aspectos. Apresentação e arrumação de lojas, design, arrumação de mercadorias, utilização de tecnologia da informação e assim por diante. O varejo, de alguma forma, vai acompanhando essas transformações. Vale a pena ressaltar que nunca como nesses últimos 10 ou 15 anos, o varejo teve tanta transformação no Brasil como tem tido agora. O volume de transformações é gigantesco. Se pegarmos os últimos 15 anos e compararmos com os 50 anos anteriores, nos 50 anos anteriores não teve tanta transformação como está tendo o varejo brasileiro. Há uma profusão de tipos de varejo diferentes, especialização cada vez maior, indo de encontro ao autosserviço no mínimo assistido, deixando as mercadorias acessíveis para que o consumidor possa tocar e

RE: Quais as ações que o mercado varejista espera do governo em relação à crise? Foganholo: A sugestão que eu dou para os varejistas é a seguinte: não espere nada do governo. Faça aquilo que você consegue controlar, que acha que consegue fazer, aquilo que você consegue viabilizar, independente da ação do governo. Porque o que a gente verifica é que as ações do governo são incontroláveis. Já as ações que dependem do varejista são perfeitamente controláveis e é isso que faz do varejista ser bom. É aquilo que ele consegue desenvolver de forma própria na empresa, na loja e com os consumidores, lembrando que o ambiente da loja, o salão de vendas é o local onde impera a atividade varejista. É ali que o cliente vai entrar, comprar e retornar ou não. Por isso, é fundamental que este ambiente tenha todo um cuidado e atenção, como um local absolutamente privilegiado, que é onde acontecem todos os fundamentos da atividade varejista. Encante o cliente!

As grandes redes, principalmente as de eletrodomésticos e móveis e do setor de confecção, estão tendo mais dificuldades do que o médio e o pequeno varejista, porque são mais dependentes de crediário 12



Case de sucesso

Das calhas

à indústria automobilística Ivan Schulze

Michele Wilke michele@mundieditora.com.br Há 15 anos na presidência da Krieger Metalúrgica, Flávio Roberto Busse fala do crescimento da empresa e da incansável busca pela inovação. A Krieger foi fundada em 1946, pelo imigrante alemão Adam Krieger e sua esposa Gertrud Hertha Krieger. O casal criou, inicialmente, a Funilaria Krieger de Gertrudes Hertha Krieger, na Rua 2 de Setembro, Bairro Itoupava Norte. Nesta época, a pequena empresa era voltada para a fabricação e comercialização de panelas, regadores, formas de pão e outros pequenos artefatos metálicos.

14

Após o falecimento de Adam, o jovem Wolfgang Krieger - que havia herdado o espírito empreendedor do pai – assumiu a pequena empresa, que mais tarde ficou conhecida como Calhas Krieger. Através da determinação e visão estratégica dos negócios, aos poucos Wolfgang e seus sócios transformaram a Krieger em uma organização moderna e reconhecida nacionalmente. “Nossas calhas eram tão famosas que, ainda hoje, vez por outra, temos clientes antigos que nos procuram. Agradecemos a preferência e explicamos que a empresa evoluiu muito e que hoje trabalhamos com grandes projetos que nos impedem de atendê-los. Não os deixamos, porém, sem alternativa. Indicamos empresas de ex-colaboradores que executam este trabalho com muita qualidade”, explica Busse, que também atua como vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau (Simmmeb).

Com o passar dos tempos, a empresa cresceu e foi obrigada a mudar de endereço. Em 1980, a Krieger Metalúrgica se transferiu para a Rua Pomerode, no Bairro Salto do Norte, onde permanece até hoje. Há 12 anos, a indústria conta com uma filial na Rua Engenheiro Vitus Theodor Hoh, também no Salto do Norte. Desde que Wolfgang entregou a presidência da metalúrgica para Busse, passou a atuar como conselheiro e consultor técnico. “Até hoje, meu sogro é importante para a empresa, sendo o primeiro a chegar e o último a sair”, comenta com orgulho. São 280 funcionários, atuando na matriz e filial. A empresa está organizada entre os setores de administração, comercial, produção, logística, qualidade, financeiro e engenharia. Uma das metas da Krieger para este ano é a implantação da ISO 9000, um conjunto de normas internacionais que busca averiguar a existência de um sistema de garantia da qualidade implementado na empresa.


Quem está cuidando do projeto de implementação da ISO é a esposa de Busse, Sueli, filha de Wolfgang. “A minha esposa é uma das sócias da empresa e coordena a equipe responsável pela qualidade”, conta o empresário que representa a terceira geração, juntamente com a esposa. Ele conta que Sueli ingressou na empresa há mais de três décadas. Busse foi admitido em 1978, enquanto Sueli começou a acompanhar o trabalho do pai na Krieger a partir de 1975. Uma das prioridades para Busse é o bem-estar dos colaboradores. Aficionado por livros, o presidente decidiu criar uma sala climatizada de leitura para que os funcionários possam ler em seus horários de descanso. “Os nossos colaboradores também têm acesso à internet para que possam estar em busca de informações. Outra iniciativa da empresa é ajudar os colaboradores a concluir os estudos. “Oferecemos ajuda de custo para quem cursa faculdade e cursos em geral. Também incentivamos os funcionários a voltarem aos estudos para que eles se sintam valorizados e capacitados”. Clientes de grande porte Depois de ganhar o mercado através das calhas fluviais, aos poucos a Krieger começou a produzir equipamentos para as indústrias têxteis, de papel e celulose, além das fumageiras e automobilísticas. “Hoje, não há no Brasil nenhuma empresa automobilística que não tenha a presença da nossa marca. Quando entramos no mercado das indústrias têxteis, foi excelente. Depois que houve uma baixa no mercado, nós buscamos a saída na indústria automobilística. Quando o ritmo automobilístico diminui, buscamos novos clientes na indústria de papel e celulose e assim por diante. Mas as montadoras ainda continuam sendo o forte da Krieger”. Na era do Plano Collor, fomos obrigados a improvisar, fabricando portas, janelas, venezianas etc., para os Centros de Atenção Integral à Criança (Caic) e Centros Integrados de Atendimento ao Cidadão (Ciac). Até porque, neste período do

Ivan Schulze

Busca constante pela qualidade

Adequação aos momentos de crise é a receita da empresa para continuar crescendo Plano Collor, o único que investia e fazia grandes obras era o governo”. Segundo Busse, a grande virtude da Krieger é se adaptar à necessidade do mercado. “Sempre tivemos uma rapidez de buscar novos produtos para nos manter no mercado”. Um marco na história da metalúrgica é o Santuário da Santa Paulina, em Nova Trento, onde a empresa foi responsável pela estrutura metálica da basílica. “Esse foi um projeto desafiador”, afirma. Em Blumenau, uma das obras executadas foi a estrutura que serve de abrigo para os usuários de transporte coletivo, criada especialmente para a revitalização da BeiraRio. “Também fomos responsáveis pela estrutura do Terminal da antiga Proeb e pela arquibancada do ginásio da escola Barão do Rio Branco. Aceitamos esses desafios porque, pelo fato da Krieger não trabalhar no varejo, queríamos fazer algumas obras para deixar a marca da metalúrgica registrada na cidade”, explica. Hoje, a Krieger atende todo o território nacional, além de outros países. “Fizemos uma grande exportação, de aproximadamente mil toneladas, para um projeto da fábrica de automóveis da Hyundai, no Alabama (Estados Unidos).

Através de empresas de projetos automobilísticos, desenvolvemos obras da Audi, Honda, Toyota, Peugeot, GM, Ford Bahia, Volkswagen, entre outras. Somos contratados por empresas que desenvolvem mundialmente estes projetos. Nós temos a responsabilidade da execução destes projetos, transformando-os em produtos de alta qualidade”. Estes projetos incluem desde estruturas metálicas, até cabines para pinturas contínuas e linhas de dutos. As casas de ar para grandes volumes também são fabricadas pela Krieger e servem para a própria climatização da empresa ou para produtos que precisam ser fabricados sob ventilação ou refrigeração. Outro produto forte da empresa é a fabricação do Sistema Natural de Ventilação, tipo labirinto, que serve para aeração e exaustão natural de ar. Além disso, a empresa fabrica um sistema de extração de fumaça e calor para o caso de incêndio, permitindo a entrada de luz natural e ventilação – o Sistema Apollo. 15


Case de sucesso

Há oito meses, a direção da metalúrgica decidiu investir em uma nova tecnologia para tratamento de águas residuais. “Nós vimos que hoje o mercado fala muito em meio ambiente, mas o tratamento de esgoto ainda é muito limitado no Brasil. Por isso, fomos buscar na Alemanha o sistema Stählermatic, que é muito eficiente e econômico”. Desde que a tecnologia foi adquirida, no ano passado, ela teve que passar por um processo de adaptação e preparação. Para tudo isso, foi necessário um alto investimento. Além disso, é necessária mãode-obra especializada e uma equipe comercial muito bem preparada, já que é um produto de altíssima tecnologia. “Estamos sendo convidados por órgãos ambientais, governamentais de todas as esferas, além da iniciativa privada, para demonstrar esta nova tecnologia. Já estamos em fase de conclusão de um sistema para a prefeitura de Lages e estamos em fase de implantação do sistema na cidade de Caçador, entre outras”, conta o presidente Flávio Roberto Busse. Quanto à crise econômica mundial, Busse garante que a metalúrgica só sentiu uma mudança mais drástica um pouco depois da maioria. “Isso porque, quando a crise iniciou, muitas empresas estavam no meio ou finalizando suas grandes obras. Não tivemos nenhum projeto cancelado. Agora que estas obras praticamente estão concluídas, estamos também sentindo uma queda nas vendas. Mas, como no Brasil sempre temos alguma crise, estamos preparados para enfrentar mais esta. Sempre estaremos otimistas na esperança e expectativa de um País melhor para todos nós”, finaliza o empresário.

Fotos Ivan Schulze

Nova tecnologia ambiental

Da Krieger saem estruturas em metal para a montagem de unidades da indústria automobilística e para outros grandes projetos, como a Basílica de Santa Paulina, em Nova Trento

Perfil Razão Social: Krieger Metalúrgica Indústria e Comércio Ltda. Fundação: 1946 Ramo de atividade: Metalurgia Área construída (matriz): 11.980 m² Área construída (filial): 3.158 m² Colaboradores diretos: 280 Colaboradores indiretos: 70 Faturamento 2008: R$ 33 milhões Previsão de faturamento 2009: R$ 37 milhões

16



Núcleos Setoriais

Em busca de

soluções Kakau Santos

O Núcleo de Consultoria e Treinamento da Acib, criado em julho de 2003, tem como finalidade a integração das empresas deste segmento e a valorização da profissão. Coordenador pelo segundo mandato, Henrique Marcos Brazil Bilbao, diretor da B&S Soluções Empresariais, enfatiza que nos últimos anos o principal objetivo do núcleo tem sido discutir as possibilidades para aumento dos ganhos de profissionais e empresas com o trabalho de consultoria e treinamento. O núcleo realiza reuniões mensais nas quais são debatidas diversas ações. Além disso, o grupo promove a troca de experiências, através da formação interna: um integrante leva um tema para apresentar aos demais membros do núcleo. “Isto proporciona a troca de experiências e um grande aprendizado”, destaca Bilbao. O Núcleo de Consultoria e Treinamento promove anualmente o Ciclo de Palestras. Os temas são definidos pelos nucleados com ênfase na especialidade de cada empresa. Esta ação, além de trazer um ganho aos participantes, proporciona uma visibilidade maior para o nucleado. Também está sendo estudada a realização de um treinamento para formação de consultores, que deverá ser organizado ainda este ano. Bilbao acredita que outra vantagem do Núcleo é proporcionar a ampliação da rede de contatos dos integrantes, pela participação como associado da Acib e pelo acesso a profissionais da mesma área. “Desta forma, o núcleo acaba trazendo retorno financeiro para a empresa, porque a rede de contatos aumenta e você passa a ser lembrado”, explica. O grupo busca ainda estreitar relações com o Núcleo de Soluções Empresariais (Nuse), da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). Segundo Bilbao, a intenção é conhecer o modelo adotado pelo grupo de Florianópolis, pois o Nuse tem obtido grande sucesso na integração e na realização de ações, como a Feira de Soluções Empresariais. “Queremos trazer este evento para Blumenau”, afirma. Em julho, o Núcleo de Consultoria e Treinamento tem agendada uma palestra com o Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa (IBGC). “Acho interessante disseminar a cultura de gestão coorporativa”, avalia Bilbao, que é certificado pelo IBGC.

O coordenador Henrique Marcos Brazil Bilbao

Integrantes Aglair Fernandes B&S Soluções Empresariais G.M.O. Sistemas Previne Consultoria de Riscos Umwelt Consultoria Ambiental

18



Empreendedorismo

Um centro de

bons negócios Kakau Santos

Com uma proposta ousada e a visão de uma oportunidade de negócio, em 1991 nascia o Centro Industrial e Comercial Blumenau (CIC Blumenau). A união de empresários de diferentes ramos de atividade tinha o intuito de inserir o Município no roteiro do turismo de compras do Vale do Itajaí, antes despontado por Brusque e Jaraguá do Sul. Segundo o presidente da Associação dos Lojistas do Centro Industrial e Comercial Blumenau, que também é um dos fundadores, João Ubaldo Stüpp, a proposta dos idealizadores era reunir em um mesmo local o maior número de pequenos e médios empresários com uma grande variedade de produtos por eles fabricados. A ideia tornou-se realidade e o empreendimento abriu as portas ao público com 60 lojas dedicadas ao setor atacadista, chegando a atender próximo de mil agências de viagens que chegavam em excursões de compras. Stüpp conta que os primeiros passos do CIC Blumenau tiveram o apoio do núcleo de pequenos confeccionistas da Acimpeve – hoje, Associação das Micro e Pequenas Empresas (Ampe) de Blumenau. Como os idealizadores eram leigos no comércio da prontaentrega, saíram em busca de conhecimento. Foram buscar a experiência da Rua Azambuja, um ícone do comércio de rua dos anos 1980 e 1990, em Brusque. Após a inauguração do centro comercial, começaram a visitar congressos e divulgar o empreendimento em agências de turismo, tanto de passeio como de compras. O empreendimento foi um sucesso e atraiu muitos ônibus de compradores que vinham dos mais variados estados e distribuíam os produtos têxteis por todo o País. Em consequência disso, o CIC precisou ampliar sua estrutura física, construindo um novo prédio com mais 30 lojas. Reunindo em um só lugar uma grande variedade de artigos do vestuário feminino, masculino e infantil, cama, mesa, banho, calçados, acessórios, presentes, entre outros itens. O centro comercial pegou carona na potencialidade que o nome Blumenau levava a todos os cantos do País. Porém, a evolução do negócio exigiu algumas mudanças para se adaptar ao mercado. Em 2006, o CIC Blumenau passou a focar diretamente no consumidor final, tendo a maior parte do atendimento voltada para o comércio varejista da região. Esse novo panorama definiu melhor as estratégias de marketing, tornando-o mais efetivo.

20


Kakau Santos

Stüpp mostra os cartões que ajudaram a impulsionar as vendas das lojas instaladas no CIC Blumenau

Impulso para as vendas Desde 1996, o CIC Blumenau trabalha com um crediário próprio, sem vínculo com qualquer bandeira de cartão de crédito. De acordo com Stüpp, a medida buscava um incremento nas vendas e a facilidade para o consumidor, que poderia fazer suas compras em várias lojas, dentro de um limite de crédito previamente estabelecido, e no final teria um carnê emitido com a quantidade de parcelas escolhidas por ele, podendo chegar a até oito. O sistema automatizado de compras consolidou a relação com os clientes. Hoje são 60 mil clientes cadastrados na central de crediário. “Esse sistema de crediário é uma vantagem para o cliente, pois fecha um único carnê para todas as compras que ele fizer dentre as 90 lojas do CIC”, destaca Stüpp. Segundo ele, este método oferece maior segurança, pois nem os lojistas nem os clientes precisam lidar com o dinheiro na hora da compra. Outra ferramenta de incentivo às vendas foi o cartão-presente. Stüpp conta que a ideia foi adaptada das lojas

de CD que já usavam o Vale CD. O horário de atendimento é outro diferencial do empreendimento localizado na Rua 2 de Setembro. O centro comercial fica aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h e aos sábados das 7h às 18h.

Perfil Razão Social: Associação dos Lojistas do Centro Industrial e Comercial Blumenau (CIC Blumenau) Fundação: 6 de outubro de 1991 Fundadores: Anisio Rausch, Dalirio José Beber, Jair Barni, João Ubaldo Stüpp, Márcio Milton Mafra e Valdecir Corrêa Ramo de atividade: Centro Comercial Área construída: 3,9 mil m2 Número de lojas: 90 Colaboradores diretos: 400 (com os colaboradores das lojas) Colaboradores indiretos: 3 mil


Turismo

Programa integra

municípios da região

Marcelino declara que o governo do Estado tem sido parceiro no turismo, mas observa que os recursos geram ações locais sem expressão. “Queremos concentrar tudo em uma ação ampla”, diz. A fonte de origem para o aumento da arrecadação seria 5% do Imposto Sobre Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que os empresários podem destinar para o Fundo de Incentivo ao Turismo (Funturismo), sem nenhum acréscimo nos impostos pagos pela empresa. Os recursos serão revertidos para ações de desenvolvimento do turismo e da economia. “O destaque é que estes 5% que todos pagam será aplicado na região de cada um”, enfatiza. Quanto mais uma região direcionar recursos para o Funturismo, mais projetos turísticos poderão ser contemplados. A CDL de Blumenau é responsável pela gestão e encaminhamento dos pro-

Uma das intenções é trazer turistas compradores para Blumenau e região

jetos e dos recursos. Marcelino conta já ter sido feita uma reunião com o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, e com o secretário de Desenvolvimento Regional de Blumenau, Paulo França. Também foram realizadas cinco reuniões com todos os representantes dos municípios do turismo de compras, primeira etapa do projeto a ser contemplada. “A intenção é fomentar o turismo da região em vários aspectos: gastronomia, esporte, lazer, religioso, rural e compras. O objetivo é valorizar os produtos de nossa região”, assinala Marcelino. O dirigente lojista explica que, inicialmente, foi realizada uma reunião com representantes dos municípios evolvidos – secretários de Turismo, prefeitos, Convention & Visitors Bureau, associações comerciais industriais e pessoas voltadas ao trade turístico – para discutir o que cada um tem como característica a ser explorada. “A intenção é criar um roteiro turístico que contemple o maior número de produtos para que

o turista tenha uma estadia maior na região e, desta forma, gere mais receita”. Marcelino observa ser necessário complementar o portfólio para despertar interesse do turista na região. Por este motivo, os aproximadamente 60 projetos encaminhados para a CDL estão sendo avaliados por uma comissão. “Após os valores orçados e aprovados, reuniremos os municípios para ver de que forma serão aplicados os recursos. Precisamos de algo que dê exposição para a região, mas que seja plausível de execução. Veremos com o secretário Gilmar Knaesel e com as Secretarias Regionais de cada região o que será pertinente e quanto temos de recursos. Juntos, os projetos totalizam 11 milhões de reais, então, temos que discutir prioridades”, destaca. A escolha por incrementar o turismo de forma regional também auxiliará no desenvolvimento de material de marketing, como folders e mapas que divulguem todo o Roteiro Turístico do Vale Europeu.

Municípios que integram o projeto Agrolândia Agronômica Ascurra Benedito Novo Blumenau Botuverá Braço do Trombudo

22

Brusque Canelinha Doutor Pedrinho Gaspar Guabiruba Ilhota Indaial

Laurentino Luiz Alves Major Gercino Nova Trento Pomerode Rio do Oeste Rio dos Cedros

Rio do Sul Rodeio São João Batista Tijucas Timbó Trombudo Central

Kakau Santos

A intenção de criar um projeto de turismo que envolvesse Blumenau e a região do Vale do Itajaí surgiu após o sucesso do Natal Alles Blau, realizado no ano passado. “No projeto Natal Alles Blau, todos os segmentos se uniram e vimos que com o envolvimento de todas as forças é possível se destacar ”, afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau, Marcelino Campos.


INFORME PUBLICITÁRIO

FURB para empresas Com 45 anos de história e empreendedorismo, a Universidade Regional de Blumenau (FURB) vai muito além do mundo acadêmico. O investimento permanente na geração de novos conhecimentos colocou a Universidade na vanguarda do desenvolvimento tecnológico. Por meio de projetos de pesquisa, cursos in company, licenciamentos, transferência de tecnologia ou prestação de serviços especializados, a FURB oferece um leque de soluções para as mais diversas necessidades de uma empresa, seja na área do conhecimento ou na utilização de uma ampla infraestrutura, promovendo um novo olhar para a Universidade.

exclusividade e serviços para empresas Laboratórios com alta tecnologia para o desenvolvimento de pesquisas Utilização de salas ou auditórios para a realização de reuniões, palestras e treinamentos Cursos de graduação e pós-graduação para grupos de colaboradores Realização de cursos in company Utilização de conhecimentos específicos da FURB, direcionados à realização de palestras para colaboradores Acesso ao banco de estágios da Universidade Divulgação de vagas para estágios e programas de trainee Apresentações exclusivas de grupos culturais da Instituição Acesso à Biblioteca da FURB – uma das melhores do País Intercâmbio internacional para alunos e colaboradores das empresas parceiras


Parcerias internacionais em grandes empresas da região. A articulação da vinda de estudantes e o ingresso deles em empresas blumenauenses acontece entre a FURB e as universidades estrangeiras. A Universidade de Halmstad, da Suécia, é uma das grandes aliadas. Em 2008, seis estudantes participaram do programa. Este ano, o número passou para 10 e em 2010 serão 17 alunos atuando na área de formação e trazendo novos panoramas aos empresários locais.

do do idioma, o curso traz duas outras frentes. Para aqueles que têm interesse em conhecer a fauna e a flora brasileira, o curso tem foco em ecologia, e os estudantes exploram a diversidade da região, acompanhando a atuação de órgãos como Faema e Fatma. O curso também aborda o viés dos negócios, mostrando como atuam as empresas brasileiras e criando oportunidades para investimentos no País.

No âmbito empresarial, a FURB também firma parcerias que, além de criar novas oportunidades para alunos da instituição, abrem as portas para que alunos de outros países tragam uma nova visão para o mercado de trabalho brasileiro. O trabalho em conjunto da FURB e da Universidade da Beira Interior (UBI), em Portugal, é um novo programa de intercâmbio que está sendo discutido para que alunos possam fazer estágios curriculares naquele País. Em agosto de 2009, um grupo deve embarcar para a Suécia, reunindo alunos do curso de Ciências Sociais Aplicadas. Além da bagagem cultural, os alunos terão a oportunidade de trocar experiência no campo em que atuam.

As empresas participantes têm mostrado cada vez mais interesse nessa parceria, pois, além dos resultados positivos, acabam tendo uma nova prospecção do mercado e inserem o aprendizado de uma nova cultura no ambiente de trabalho. A Electro Aço Altona participa, há dois anos, do programa e relata que nas duas experiências com estudantes suecos os resultados foram excelentes. “Além do trabalho designado dentro da empresa, abrimos espaços para sugestões, pois eles trazem novas visões de marketing, da universidade em que estudam e outra forma de trabalhar”, afirma o coordenador de marketing da Altona, Carlos Eduardo Silveira. Um dos trabalhos realizados dentro da empresa foi a identificação de potenciais clientes na Europa, o que deu um impulso para a força de vendas da filial européia.

Países que a Furb tem acordos de cooperação com universidades

A ida de alunos para o exterior vem crescendo e há três anos a FURB recebe estudantes de outros países que vêm concluir seus estágios

Dentro desse trabalho, a Assessoria de Relações Internacionais da FURB também oferece o curso de Português para estrangeiros . Além do aprendiza-

Ainda durante a graduação, os alunos têm a oportunidade de ampliar os horizontes de conhecimento e de empregabilidade. Por intermédio da Assessoria de Relações Internacionais, setor ligado à Reitoria, os estudantes podem participar de programas de cooperação com universidades estrangeiras e instituições de ensino e pesquisa. Professores e pesquisadores podem participar da cooperação internacional da FURB, que também está envolvida em diversos projetos de aproximação das grades curriculares e projetos de dupla diplomação.

Alemanha Espanha Portugal Itália Suécia França Dinamarca Argentina Chile México Colômbia Estados Unidos Canadá Angola Moçambique Macau


INFORME PUBLICITÁRIO

Informação segura e de qualidade Com a maior biblioteca universitária de Santa Catarina, a FURB oferece a possibilidade de empréstimo de obras do acervo, bem como utilizar outros produtos e serviços com o acesso a bases de dados nacionais e internacionais, com mais de 12 mil títulos de periódicos com texto integral. Em um ambiente climatizado, a biblioteca da Universidade também oferece um espaço para leitura e pesquisa, locais com ponto de rede para uso de internet e um laboratório de informática com mais de 80 computadores. Como uma instituição pública, a FURB tem o respaldo do Ministério da Educação (MEC) e, através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), disponibiliza materiais acadêmicos e científicos para fomento à

A Furb pode contribuir para o seu negócio Serviços técnicos atualizados Avaliação da conformidade de processos e produtos segundo normas técnicas Realização de testes e ensaios para comprovar a qualidade de processos e produtos, visando à exportação Apoio à implementação de boas práticas de gestão empresarial Licenciamento de tecnologia, informações técnicas e consultoria especializada para a solução de problemas tecnológicos e ganhos de qualidade e produtividade Pesquisa e desenvolvimento (P&D), voltados à inovação de produtos e processos Estudos e pesquisas de mercado Análises de viabilidade econômica Pesquisas de opinião e organizacionais

pesquisa. Os títulos dos periódicos, feitos por pesquisadores e cientistas, abrangem todas as áreas do conhecimento e têm o texto completo publicado no canal de acesso da biblioteca da FURB. Material indispensável para empresas que queiram estar à frente de seus concorrentes, os periódicos trazem o que há de mais novo e relevante em inovação e resultados de pesquisas. Conceituada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) como uma das seis melhores do Brasil em qualidade e variedade de livros, a Biblioteca Universitária da FURB adquire periodicamente as obras solicitadas por alunos, professores e comunidade. Ter acesso a esse ambiente é a garantia de credibilidade e acesso a materiais atuais e diversificados.

Tecnologia e inovação Um dos papeis fundamentais da Universidade é a geração de novos conhecimentos para aplicação em produtos e processos. De mãos dadas com a inovação, a FURB conta com uma ampla área de pesquisa para viabilizar formas de transferir este conhecimento para a sociedade, assumindo o papel de agente de transformação sócioeconômico. A vasta gama de oportunidades e atividades, como a realização de ensaios e emissão de laudos técnicos, consultorias e assessorias voltadas à eliminação de gargalos produtivos, implantação de metodologias de gestão ambiental, siste-

mas de qualidade, desenvolvimento de pesquisas tecnológicas em parceria com organizações externas para inovação de produtos e processos são exemplos das áreas de atuação que as empresas podem encontrar na FURB. A Universidade ainda conta com um Programa Institucional de Incubadoras, no qual alunos dos mais diversos cursos podem usufruir da estrutura de apoio para criar uma empresa intensiva em tecnologias inovadoras. Além das incubadoras focadas na geração de empresas, existe também a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), baseada nos princípios da economia solidária.

Com uma carteira de 400 clientes e emissão anual de 2 mil relatórios de ensaios em diversas áreas, a FURB mostra a contribuição de seus laboratórios para a sociedade.


INFORME PUBLICITÁRIO

Ações diversificadas Credibilidade e competência fizeram da FURB uma parceira de renome com projetos de destaque implementados no setor industrial. Entre os exemplos de projetos desenvolvidos estão o desenvolvimento de metodologia para análise de mercúrio no ar; análises da percepção da comunidade local com relação às influências econômicas, sociais e ambientais dos reflorestamentos de pinus; estudo sobre a ação de agentes oxidantes na degradação de corantes de alimentos que afetam a estrutura dental e metodologia de avaliação da regeneração natural em áreas de preservação permanente. A instituição também articula contratos de transferência de tecnologia do governo federal por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), cujo destaque fica com o projeto de Rastreabilidade Bovina, um dos dois únicos contratados no Brasil junto ao BNDES, com recursos do Funtec, um Fundo Tec-

Biodiesel e Análise de Combustíveis Os avanços na área da Engenharia Química têm feito alguns projetos virarem realidade. Os pesquisadores do Programa de Biocombustíveis têm buscado resolver um problema ambiental de disposição final de resíduos, transformando-os em biocombustível. A FURB está na vanguarda de desenvolvimento deste tipo de processo, tanto em Santa Catarina como no Brasil, e tem sido expressão constante nos órgãos de fomento dado o

potencial tecnológico correlacionado. Com uma atividade de grande repercussão, o Laboratório de Combustíveis participa, desde 1997, do Programa de Monitoramento da Qualidade de Combustíveis, em convênio com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, monitorando a qualidade de todo o combustível comercializado em Santa Catarina.

nológico de recursos não reembolsáveis de fomento à inovação por meio de parcerias entre universidades e indústrias. O projeto em parceria com as empresas Megaflex e Ideatex consiste no desenvolvimento de um software livre para gestão de agronegócios de pequeno porte e criação de interfaces de comunicação aplicáveis a este software que permitam a comercialização, com uso em múltiplas plataformas, da solução de manejo e rastreabilidade bovina. Outro projeto de grande importância é o Sistema de Alerta de Cheias da Bacia do Rio Itajaí, um sistema gerenciado pela FURB, através do Centro de Operações do Sistema de Alerta (Ceops), e em parceria com a Defesa Civil e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SDS). Atualmente, é composto por 16 estações telemétricas que enviam informações em tempo real, por celular ou satélite, sobre o nível dos rios e a precipitação pluviométrica.



Reconstrução

Depois de ser coberto pelas águas, o Centro Comercial Fortaleza está em pleno funcionamento

Empresários mostram força para

reerguer empreendimentos Apesar da morosidade no atendimento às cidades atingidas pelas chuvas e deslizamentos de terras, principalmente devido à burocracia da máquina pública, empresários blumenauenses mostram que é preciso agir ao invés de aguardar que milagres aconteçam. Segundo o Relatório

de Avaliação de Danos feito pela Defesa Civil, com dados fornecidos pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Empresarial de Blumenau (Acib), os prejuízos chegaram a um montante de quase R$ 320 milhões, entre empresas da indústria, comércio e prestadores de serviço

O prédio onde estava instalada a Macler Produtos Químicos foi parcialmente atingido pela tragédia que assolou Blumenau no mês de novembro de 2008, causando grandes estragos no declive do terreno contíguo ao prédio. Com prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil, a sede permanece desativada. A gerente comercial da Macler, Marisa Mueller, conta que a empresa transferiu-se totalmente para outro endereço, onde já havia anteriormente instalado um grande depósito. Neste endereço passaram a operar o novo setor de produção, estoque, expedição e o laboratório, por não mais haver condições de acesso ao prédio anterior. Um escritório e demais instalações administrativas foram projetados para operar no novo local, visando manter tanto os padrões de atendimento quanto o bom funcionamento dos sistemas de TI. “Ainda não sabemos se iremos retornar ao prédio original com atividades semelhantes às anteriores ou utilizá-lo para outros fins. Há muito a ser feito no local antes dessa decisão”, conta Marisa. 28

Fotos Kakau Santos

Transferência obrigatória

de Blumenau. Levando em conta que nem todas as empresas atingidas tenham preenchido o relatório, estimase que esse valor seja ainda maior. Mesmo com a recente lembrança da tragédia, o blumenauense mantém a fé em seu povo e acredita em dias melhores.

A Macler transferiu todas as operações para um novo espaço


Orgulho catarinense Carlinhos Scariot, proprietário da Metro Linear Móveis Planejados, conta que os desmoronamentos de terra que atingiram o prédio na Avenida Martin Luther destruiu a loja, o show room e a marcenaria da empresa. O prejuízo foi de R$ 485 mil. “Tivemos perda total”, observa. Os móveis prontos para ser entregues aos clientes também foram danificados. “Nos quatro meses seguintes à tragédia trabalhamos para entregar os móveis perdidos, agora estamos com novas operações”. Scariot diz que hoje, através de um financiamento do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), do Banco do Brasil, consegue cobrir o aluguel de uma área onde funciona a marcenaria e pagar o novo maquinário adquirido pela empresa. O ponto de vendas atualmente funciona na loja Móveis Masotti. “No momento, não há condições de abrir uma nova loja,

Fotos divulgação

Carlinhos Scariot na loja (detalhe) antes do desabamento na Avenida Martin Luther mas pretendo fazer isso no futuro. O financiamento sinalizado pelo governo não chegou. Estamos reconstruindo porque acreditamos em nossa região, em nosso

povo que é trabalhador e reconhecedor de ações como esta. Isto é que faz a diferença do ser catarinense e nos enche de orgulho”, diz.


Reconstrução

Esforço conjunto

As águas passaram de dois metros no CCF, hoje com 100% de ocupação

Divulgação

lho de ser blumenauense. Hoje os espaços do centro já estão 100% ocupados novamente”, declara.

Kakau Santos

Para o sócio-administrador do Centro Comercial Fortaleza (CCF), Bruno Hoeltgebaum Neto, é difícil quantificar os prejuízos que o empreendimento sofreu com a tragédia de novembro de 2008. Houve perdas estruturais, dos proprietários, clientes e de locatários, sem contar os danos particulares causados a cada lojista. “Na parte estrutural, foram prejudicados móveis e estoques de todos os 30 espaços comerciais. Nosso prejuízo foi certamente superior a 500 mil reais”, avalia Hoeltgebaum. Localizado à Rua Francisco Vahldieck, o CCF foi atingido pela enchente em mais de dois metros. Mas, assim que o nível das águas baixou, foi realizado todo investimento na parte elétrica, de telefonia, limpeza, pintura, jardinagem e 20 dias depois o Centro Comercial Fortaleza já estava operando normalmente. “Foi um esforço conjunto que mostrou a força e a capacidade de superação dos comerciantes e moradores, um bom exemplo que nos faz ter orgu-

Desativação e recontratações

O empresário Marco Aurélio Hirt, proprietário da antiga Dumóvel Design, que localizava-se na Rua 7 de Setembro, amarga um prejuízo de aproximadamente R$ 300 mil entre danos na estrutura, mercadorias e terraplanagem. O morro que fica atrás da loja não aguentou o volume de água e cedeu, transformando a loja em um amontoado de terra e lama. Hirt afirma que devido à catástrofe a Dumóvel encerrou as atividades definitivamente. 30

Divulgação

Divulgação

Após a catástrofe, a Dumóvel foi desativada

Duramente castigada, a Alumetal conseguiu se reerguer

Na Alumetal, empresa de produtos de identificação, localizada no Bairro Vorstadt, calcula-se um prejuízo de R$ 160 mil em materiais. Segundo o proprietário, Carlos Cezar Wagner, o valor perdido em vendas foi bem maior – perto dos R$ 300 mil –, pois a empresa precisou parar por 20 dias. O estrago causado pela enxurrada afetou máquinas, matéria-prima e estrutura elétrica. Wagner aponta que após a tragédia restaram apenas 30 dias para acabar o ano. “A enchente foi

a guilhotina, pois já estava instalada a crise”, declara o empresário. 2009 começou lento e para se restabelecer a empresa precisou demitir 18 funcionários. O jeito foi arregaçar as mangas e a Alumetal começou a buscar novos produtos e colocar a casa em ordem. Agora, a empresa busca outros recursos e tenta queimar as gorduras. A medida já está dando resultados e seis dos funcionários que tinham sido demitidos estão sendo recontratados.



25 Anos de Experiência e Competência em Auditorias Fundada em 1º de maio de 1984, a Actus Auditores Independentes S/S, tem como objetivo prestar serviços que geram elevado valor agregado aos usuários. Com experiência de 25 anos a empresa foca na solução de problemas e implementação de medidas corretivas. A Actus Auditores oferece trabalhos que envolvem auditoria, consultoria e assessoria, voltadas às áreas financeira, contábil, administrativa, societária e fiscal. Integram a missão da empresa: ética, credibilidade e competência, além do compromisso de qualidade dos serviços e a confidencialidade dos assuntos tratados. “Nosso diferencial está no comprometimento com a qualidade percebida pelos clientes, quem nos procura tem a garantia desta retribuição”, observa o diretor presidente da Actus, Manfredo Krieck. Com aproximadamente 150 clientes ativos, conquistados nestes 25 anos a empresa valoriza cada um deles. “Temos clientes que acompanham nossa trajetória desde o início”, conta o sócio responsável, Oldoni Pedro Floriani.

Fotos divulgação

Serviços e Soluções A Actus entende a Auditoria como um processo a ser aplicado em todos os momentos e ambientes da organização, representando a visão de auditoria integral dos negócios. A empresa coloca à disposição as seguintes modalidades: Auditoria das demonstrações contábeis; Auditoria para fins de cisão, incorporação ou fusão; Auditoria dos sistemas de controles internos e de informações; Auditorias Especiais. A Actus ainda oferece serviços de Consultorias e Assessorias para ajudar os clientes a explorar as oportunidades de negócios. Entre as principais estão: Planejamento tributário, Reorganização e planejamento societário, Avaliações para fins de fusão, venda e aquisições de empresa; Estruturação de planos de cargos e salários; Estruturação do planejamento estratégico e plano de negócios; Implementação de sistemas de formação de custos e preços sugeridos de vendas; Estruturação de sistemas contábeis e Estruturação de controle patrimonial.


INFORME COMERCIAL Divulgação

Profissionais Especializados e Plano de Carreira O corpo técnico da Actus é composto, essencialmente, por bacharéis de Ciências Contábeis. Com uma equipe de trabalho que conta com 50 pessoas a empresa mantêm os funcionários atualizados, realizando treinamentos internos, palestras e seminários. A Actus Auditores ainda possui um plano de carreira que é diferente. Nele, pode-se trilhar sucessivas promoções em períodos regulares. O início é o estágio, de seis meses, depois inicia a contratação e os profissionais começam a subir na hierarquia de cargos. Entre 10 e 12 anos dependendo do desempenho e conquistas durante o emprego, abre-se a possibilidade de entrar para a sociedade. Mas, ser sócio não significa poder dentro da empresa e sim conhecimento e capacidade técnica. A partir do momento que se entra para a sociedade da Actus, o profissional é o chamado ‘sócio de carreira’ e tem direito nos resultados da empresa. Hoje, a Actus tem 12 sócios. Dois dos fundadores ainda estão na empresa – Manfredo Krieck e Oldoni Pedro Floriani.

Kakau Santos

Ambos argumentam que esta é uma forma de perpetuar a empresa, e do mercado saber que a Actus se renova. Deixar pessoas treinadas e preparadas para atender as necessidades dos clientes é o desafio para os próximos 25 anos da empresa.

Actus Auditores Independentes S/S

Os sócios Manfredo Krieck e Oldoni Pedro Floriani

Rua Assunção, 43, Ponta Aguda Caixa Postal 1074 CEP: 89050-120 - Blumenau / SC Fone: +55 (47) 3326.1811 Fax: +55 (47) 3322.7725


ARTIGO

Seis anos transformando a

nossa região

Kakau Santos

Seis anos é um curto espaço de tempo para uma mudança cultural de uma nova proposta de administração pública. Com uma visão geral do processo, quero visualizar alguns acontecimentos que tornaram reais os sonhos de muitos anos. Ações que foram possíveis graças a um modelo inédito no País – moderno, prático e democrático. Estamos em festa, são seis anos que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau está transformando a nossa região. Quero começar descrevendo a nossa ferramenta mais importante. O Conselho de Desenvolvimento Regional é o cérebro da nossa estrutura. Composto pelos prefeitos, presidentes das câmaras municipais, dois representantes das entidades – de cada cidade –, três membros da segurança pública e um componente da Fazenda Estadual, o Conselho tem a função de avaliar, propor e autorizar todos os investimentos do governo do Estado na re34

gião. Por exemplo: um dos primeiros assuntos deliberados foram as questões relacionadas à saúde pública. Com isso, a partir desta priorização, passamos a investir nos hospitais Santo Antônio, Santa Isabel e Misericórdia – Vila Itoupava, em Blumenau; nas instituições de Pomerode, Luiz Alves, Indaial, Timbó e Rio dos Cedros; na policlínica e na modernização dos equipamentos de atendimento. Implantamos o Samu e reestruturamos as áreas de transplante e oncologia, assim como outras especialidades da alta complexidade. A educação também teve seu foco revisto. Recuperamos todas as unidades escolares, equipamos com modernos laboratórios de informática e fornecemos materiais de alta qualidade. O Entra 21, programa que proporciona o aprendizado na área da computação e oportuniza colocação no mercado de trabalho, destaca-se com mais de 700 formados e a grande maioria atuando na área. Também o ensino profissionalizante, cada dia mais eficiente. Hoje, o Centro de Educação Profissional, em Blumenau, atua com mais de 2,5 mil alunos que se preparam visualizando o mercado de trabalho. Este modelo de gestão conseguiu alcançar projetos ainda maiores. Vila Germânica, Casa do Comércio, Teatro de Pomerode e Teatro Carlos Gomes são alguns exemplos da nossa participação. Todas estas obras só foram possíveis porque estabelecemos como prioridade – essencial para o crescimento da região – e, em muitos casos, após muitos anos de abandono ou sem receber nenhum investimento público. Este modelo moderno e eficiente, mas, acima de tudo democrático, abriu ainda mais portas. Com a criação dos fundos de turismo, cultura e esporte, a nossa participação é efetiva em grande parte dos eventos que acontecem no Estado. O Museu dos Clubes de Caça e Tiro, o Galegão e o apoio às tradições alemãs dos Clubes de Caça e Tiro, são alguns exemplos. A infraestrutura foi outra área de grande impacto que mudou as nossas cidades. Em Blumenau, estamos custeando 75% de todas as obras do programa Asfalta Blumenau, bem como obras de contenção de cheias – como o Sistema de Telemetrias do Vale do Itajaí e o Polder da Fortaleza (PI5). Estamos presentes em áreas do desenvolvimento econômico, da sustentabilidade e de ações que geram qualidade de vida e renda aos cidadãos. Com estes exemplos, quero mostrar quanto conquistamos neste curto espaço de tempo. Mas, acima de tudo, mostrar todas as ferramentas e possibilidades que podemos explorar. Este jeito moderno e prático de governar também está presente em uma nova metodologia de atendimento ao cidadão. O Centro Administrativo Regional, na Rua Braz Wanka, reúne vários órgãos da administração catarinense, facilitando o acesso aos serviços e intensificando a comunicação entre os entes do governo. É o dinheiro do cidadão que retorna em obras e ações para o nosso dia-a-dia. Paulo França Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau



Prestação de contas

“alcança os objetivos quem respeita o sentimento da comunidade” Kakau Santos

No primeiro mandato como deputado estadual, Jean Kuhlmann (DEM) foi convidado pelo governador Luiz Henrique da Silveira a assumir uma cadeira no Executivo Estadual, permanecendo no ano de 2007 como secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável. De volta à Assembléia Legislativa, apresentou projetos e conseguiu a aprovação de leis consideradas importantes. Kuhlmann tem planos para se reeleger deputado estadual, mas ainda neste mandato pretende fazer com que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) modernize a emissão de documentos. Revista Empresário: Faça um breve perfil da sua vida pública. Jean Kuhlmann: Iniciei na política estudantil, na Furb. Essa vivência me despertou para a política partidária e, em 1996, participei da primeira eleição para vereador, obtendo 1.159 votos e conquistando a terceira suplência do partido na Câmara de Vereadores. Os quatro anos que se seguiram foram de intensa participação comunitária. Na eleição seguinte, em 2000, fui eleito vereador aos 25 anos, com mais de 3 mil votos. Em 2004, fui reeleito com 7.984 votos – a maior votação para vereador da história de Santa Catarina até então. Dois anos mais tarde, aceitei o desafio para ser deputado estadual. Na minha primeira tentativa, fui eleito com 38. 047 votos. Logo em seguida, fui convidado pelo governador Luiz Henrique da Silveira a ocupar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável, onde fiquei durante todo o ano de 2007. Em 2008, retornei à Assembleia Legislativa para continuar lutando pela comunidade da nossa região. RE: Que balanço o senhor faz do mandato na Assembléia? Kuhlmann: Muito positivo. Consegui elaborar e aprovar várias leis importantes para Santa Catarina, como, por exemplo, a alteração do programa Prodec, a criação da Lei de Inovação e também tive uma intensa participação como secretário e deputado na aprovação do novo Código Ambiental. Além de fazer várias leis importantes, também continuei defendendo antigas bandeiras, como a prevenção e contenção de cheias no Vale do Itajaí, e fui fundo nas questões parlamentares, participando de comissões permanentes da Assembleia e criando fóruns importantes como o da Duplicação da BR-470.

36


Se for o desejo da população, planejo continuar, como deputado estadual

RE: Quais ações do seu mandato merecem ser destacadas? Kuhlmann: Meu envolvimento com o Fórum de Prevenção e Contenção de Cheias, a minha participação atuante como parlamentar na reconstrução do Vale do Itajaí depois da pior tragédia natural da história do País, no final de 2008, e minha atuação cotidiana na formulação de leis e na análise de proposições em tramitação nas diversas comissões permanentes nas quais atuo.

RE: Quais seus planos na política? Kuhlmann: Em primeiro lugar, planejo concluir com êxito o meu mandato atual e, se for o desejo da população continuar, como deputado estadual, representando o Vale do Itajaí por mais um mandato. Os demais passos futuros dependem de um projeto coletivo, pois, na vida política, só alcança os objetivos quem sabe respeitar e interagir com o sentimento da sua comunidade.

Divulgação

RE: Que ações/projetos pretende apresentar/implementar até o final deste mandato? Kuhlmann: Pretendo manter a coerência de minhas ações, como venho fazendo desde que iniciei minha vida pública como candidato a vereador de Blumenau. Sempre trabalhando para melhorar a qualidade de vida dos catarinenses. Neste sentido, a principal ação que pretendo empreender ainda é fazer com que o Detran possa aprimorar o sistema de emissão dos documentos dos veículos, assim como já é feito no Paraná.


ACIB É NOTÍCIA

Reunião do Conselho Superior Divulgação

O Conselho Superior da Associação Empresarial de Blumenau se reuniu no dia 4 de maio para designar duas vagas em aberto para o Conselho Deliberativo da Acib. Os conselheiros também avaliaram o pedido de licença do ex-presidente Ricardo Stodieck. O conselho é formado pelos ex-presidentes da Associação. Estiveram presentes na reunião o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, e os ex-presidentes Hans Dieter Didjurgeit, Hans Prayon, Anselmo de Souza e Hans Martin Meyer. Logo em seguida, aconteceu a reunião do Conselho Deliberativo da entidade, quando os conselheiros, por unanimidade, reconduziram o atual presidente Hans Dieter Didjurgeit e o vice-presidente Hans Prayon, para mais um mandato frente à gestão 2009-2011.

O presidente Ronaldo Baumgarten Junior (E) com os ex-presidentes Hans Dieter Didjurgeit, Hans Prayon, Anselmo de Souza e Hans Martin Meyer.

Programa de Energia Especial A Celesc enviou carta resposta à Associação Empresarial de Blumenau (Acib), referente ao documento enviado aos diretores da autarquia, Sérgio Rodrigues Alves e Eduardo Pinho Moreira, no dia 7 de abril, cobrando a continuidade do Programa de Energia Especial. A carta resposta da Celesc foi enviada à Acib no dia 29 de abril e manifesta a impossibilidade de atendimento ao pedido da Associação Empresarial por ter que se adequar às regras da Aneel. A Acib enviou cópia do documento ao governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, ao presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, ao secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Paulo França e aos deputados estaduais e federais da região.

BNT Mercosul O Núcleo de Agências de Viagens e Turismo da Acib convida os agentes para a 15ª Bolsa de Negócios Turísticos do Mercosul, que acontece nos dias 22 e 23 de maio, em Balneário Camboriú e no Beto Carrero World, em Penha. No dia 23, será realizado um Famtur com os agentes de viagens de Blumenau e região. Entre a programação do 38

evento está o passeio de bondinho no Parque Unipraias e visita à Feira de Negócios no Parque Beto Carrero World. Serão aceitas no máximo duas pessoas por agência. Cada visitante deverá levar 160 cartões de visita pessoais e sem rasura. Informações pelo email nucleos3@acib.net, ou pelo fone (47) 3326-1230, com Carla.

4º Ciclo de Palestras O Núcleo de Consultoria e Treinamento da Acib convida para o 4º Ciclo de Palestras. A primeira palestra acontece no dia 27 de maio, com o tema Gestão de Portfólios de Projetos com BSC, ministrada por profissionais da empresa GMO Sistemas, às 19h, na sede da Acib. Informações e inscrições pelo telefone (47) 3326-1230, com Alexandra.

Novo Núcleo na Acib Empresas desenvolvedoras de web sites fazem parte do novo núcleo da Acib. No início de abril, mais de 20 pessoas, de 14 empresas diferentes, participaram de uma reunião na entidade para conhecer o funcionamento dos núcleos setoriais. Todas demonstraram interesse na idéia de formar o núcleo. Poderão participar desde empresas que trabalham com sites até as que atuam em determinados aspectos da informática relacionados com web, como provedores.


Morre o consultor Jörg Meyer-Stamer O consultor alemão Jörg Meyer-Stamer morreu no dia 1º de maio, meses após completar 50 anos. Jörg chegou a Santa Catarina, em 1997, na gestão de Hans Prayon na presidência da Acib, para desenvolver um conceito de marketing de municípios. O resultado foi o “Programa Marketing Municipal”, que Jörg gradualmente desenvolveu o que mais tarde foi chamado Paca/Loca, e que tem sido difundido em muitos países. Aqui em Blumenau, foram trabalhados diagnósticos e propostas de ações para os setores têxtil/confecção, informática, eletrometalmecânico, comércio e turismo/hotelaria. Jörg foi rápido, direto, entrando sempre com um pensamento diferente, estimulando, provocando reflexões, deixando cair suas pequenas “bombas”, como ele disse, e, em seguida, observando o que iria acontecer. Tudo isso envolto no enigmático humor seco típico do norte da Alemanha, do Ammerland. Ele deixa para trás rastros duradouros em muitas mentes que acompanharam o trabalho dele em Blumenau e Santa Catarina.

Novos associados Cultura Inglesa Fone: (47) 3326-7272 www.culturainglesasp.com.br

O.A. Engenharia Especial Fone: (47) 3232-5500 www.oaengenharia.com.br

Rádio Mix Blumenau Fone: (47) 3234-1063 www.mixfm.com.br

José Elves Morastoni & Advogados Associados Fone: (47) 3222-2421 Penta Industrial Fone: (47) 3323-0045

ABC Interactive Fone: (47) 3338-7962 www.abcinteractive.com.br E-Nology Soluções em Internet Fone: (47) 3378-6446 www.e-nology.com.br FV Soluções Fone: (47) 3322-2253 www.fv.com.br Hackbarth Transportes Fone: (47) 3319-2803 www.ciadostransportes.com.br Informare Vision Web Design Fone: (47) 3322-0076 www.informare.inf.br Alvorada Fone: (47) 3323-7532

T-Factory Design Fone: (47) 3325-3199 www.t-factory.com.br União Saúde Fone: (47) 3274-7715 www.uniaosaude.com.br Advancetex Fone: (47) 3322-4000 Cidade da Crianca Ensino Particular Fone: (47) 3331-1225 Inventti Fone: (47) 3035-3082 www.inventti.com.br


CDL É NOTÍCIA

A CDL e o Centro Educacional Varejista (CEV) ofereceram aos associados, no dia 28 de abril, uma palestra motivacional com o tema “Prepare-se para vender mais – Novos cenários pedem novas atitudes”, desenvolvido pelo palestrante Artur Ximenes. O evento teve como objetivo principal estimular os participantes, visando principalmente o período de vendas de Dia das Mães. Também procurou transmitir dicas de como surpreender o cliente, vendendo mais e melhor, além de manter o lojista e sua equipe motivados, prontos a entender o cliente e oferecer aquilo que ele realmente necessita. O evento foi direcionado a todos os envolvidos na atividade do comércio varejista, de Blumenau e região, e reuniu cerca de 300 participantes.

Divulgação

Palestra abordou a realidade atual do varejo

Fotos Divulgação

Palestra motivacional reúne 300 lojistas

Auditório ficou lotado para a palestra

A nova realidade do varejo A CDL realizou, no dia 16 de abril, no Viena Park Hotel, uma palestra sobre a “Nova realidade do varejo” com o consultor Eugenio Foganholo. O tema principal do encontro foi a Convenção e Feira da National Retail Federation, realizada anualmente, em Nova York, sempre no mês de janeiro. Neste evento, considerado o mais importante do segmento no mundo, são realizadas palestras que apresentam e discutem assuntos diretamente ligados ao varejo, contando também com uma grande feira de tecnologia. Tomando como base os principais temas discutidos na NRF 2009, o palestrante procurou trazê-los à realidade brasileira e mais particularmente ao que é praticado em Blumenau. O objetivo essencial foi não só transmitir as grandes novidades mundiais deste segmento, mas, principalmente, fazer com que os cerca de 400 varejistas presentes reflitam e repensem seus negócios.

Lojistas lutam pela regularização dos cartões

40

Divulgação

Lideranças do segmento varejista participaram, no dia 22 de abril, em Brasília, de uma audiência pública sobre a questão dos cartões de crédito no Brasil, promovida pela Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista. No evento, o Banco Central e as secretarias de Defesa Econômica e Acompanhamento Econômico apresentaram um relatório com cerca de 400 páginas, trazendo um comparativo entre as práticas comerciais com cartões no Brasil e no Exterior. O documento aponta, por exemplo, que existe hoje 1,5 milhão de máquinas de processamento no mercado, cujo aluguel varia entre R$ 80 e R$ 210, o que representa uma renda significativa estimada em R$ 200 milhões mensais. “Só quem ganha com o sistema atual são as administradoras de cartões e os bancos. O lojista é obrigado a repassar esses custos, por não ter margens de lucro capaz de suportá-las e seus clientes perdem poder de consumo”, avalia Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Convidadas, as empresas que representam as principais bandeiras de cartões no país e a Abex, associação do setor, não compareceram à audiência pública. (Fonte: FCDL/SC)

Lojistas e parlamentares se reuniram em Brasília


O Centro Educacional Varejista (CEV) fechou uma parceria com o Sindicato de Panificação e Confeitaria (Sindipan), para a qualificação de cerca de 50 atendentes em Blumenau. O treinamento em Atendimento e Recepção, específico para padarias, foi realizado nos dias 28, 29 e 30 de abril, na Casa do Comércio, e contou com duas turmas, uma matutina e outra vespertina. O CEV, departamento da CDL que oferece cursos e treinamentos voltados ao comércio de Blumenau, tem como objetivo para este ano intensificar este tipo de parceria, pois muitos segmentos são carentes de qualificação, principalmente na área de atendimento.

Orientação sobre a Lei das Placas A Lei Complementar nº 657, a Lei das Placas, que regulamenta a instalação de ferramentas de publicidade e comunicação expostas para o logradouro público em Blumenau, entra em vigor no dia 20 de maio. Publicada no Boletim Oficial do Município em 20 de novembro de 2007, a nova lei previa um prazo de 18 meses para a adequação dos estabelecimentos, sendo que as irregularidades estarão sujeitas à multa, a partir da data prevista para a aplicação da lei. Em maio, diretores de análise de projetos e fiscalização da Prefeitura de Blumenau, em conjunto com as entidades do comércio (CDL e Sindilojas) lançaram uma ação de conscientização junto ao comércio varejista. O objetivo é evitar possíveis multas e regularizar a situação dos estabelecimentos comerciais de Blumenau. A nova lei foi criada pelo poder público com o intuito de melhorar e modernizar o visual da cidade, diminuindo a poluição visual. O texto completo da lei pode ser encontrado no site da prefeitura: www.blumenau. sc.gov.br.

Depoimentos “O curso foi muito importante, principalmente para esclarecer as nossas dúvidas a respeito do atendimento. O dia-a-dia é muito corrido e não temos tempo para parar e questionar”. Alessandra Lemes Gonçalves, da Padaria Saxônia

Divulgação

Qualificação para funcionários de padarias

“O atendimento nas padarias é complicado, porque precisa ser feito com agilidade, mas sem deixar de dar a devida atenção ao cliente. O que aprendi no curso vai me ajudar muito daqui para frente”. Roberto Ribeiro Assunção, da Padaria Fortaleza

Colaboradores participaram do curso

Calendário CEV

Novos associados

Junho Dias 1º, 3, 8 e 10 – Análise de Crédito Prepara o participante para realizar com segurança vendas no crediário e aceite de cheques, mediante uso de técnicas e ferramentas disponíveis no mercado.

Fast Moto Center Keiko Tec Info Minga Modas Mercado Bom Preço

De 1º a 4 – Vitrinismo e Comunicação Visual

Maynara Modas

Prepara os participantes no desenvolvimento de vitrines, aplicando o senso criativo e lógico, buscando o aumento nas vendas através da comunicação visual.

TMA Confecções

De 16 a 19, 22 a 26 e 29 – Aperfeiçoamento em Vendas

Albori

Desenvolvimento de novas competências para uma eficaz atuação do consultor em vendas, recuperando clientes inativos, corrigindo vícios e deficiências técnico-comportamentais, desenvolvendo o potencial para vender mais e melhor. Dias 29, 30/jun e 1º/jul – Atendimento e Recepção a Clientes Orienta o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional da loja com a clientela, além de dispor de informações de como atender os clientes.

13 Vídeo Locadora Consultório Dr. Rafael Estúdio Virtual Urban Man Goa Mahindra Larro Vídeo Locadora Cim Advogados Arte Modas Clay Confecções Loja Adrine Levi’s BRI Imóveis Mercearia Indianápolis

Dias 29 e 30/jun, 1º a 3/jul – Oratória e Comunicação Persuasiva

Clicheria Clicheblu

Como vender idéias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal.

JNT Distribuidora

Local: Casa do Comércio - Alameda Rio Branco, 165 - Centro Horário: 19h às 22h

Alternativa Jóias e Relógios Fredy Comunicação Visual Ello Distribuidora T. Factory Serigrafia Farmácia Doce Vida

41


SINDILOJAS é notícia

Aline Pereira é a Rainha do Comércio Fotos Divulgação

A 2ª Princesa Tatiana Schwaemmle Salvador, a Rainha Aline Pereira e a 1ª Princesa Alessandra Aparecida Alegre

Quinze belas candidatas participaram da oitava edição do concurso Rainha do Comércio, promovido pelo Sindilojas

42


O Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau e Região (Sindilojas) realizou, no dia 25 de abril, o concurso que elegeu a Rainha e Princesas do Comércio 2009. O evento foi realizado com grande sucesso no Caça e Tiro Blumenauense e reuniu cerca de 800 pessoas, entre jurados, empresários, convidados e torcidas. Aline Pereira (BGO Têxtil) foi escolhida a Rainha, tendo ao seu lado a 1ª Princesa Alessandra Aparecida Alegre (Grendelli Calçados) e a 2ª Princesa Tatiana Schwaemmle Salvador (Giraffe). Entidade criadora do concurso, o Sindilojas acredita que o evento está em pleno crescimento e deve ser cada ano mais disputado, tendo em vista a grande procura por parte dos lojistas. “Sentimos orgulho em realizar este concurso. É muito gratificante perceber a integração dos nossos associados em uma noite de festa e beleza”, afirmou o presidente do sindicato, Alexandre Ranieri Peters. O título de mais bela representante do comércio de Blumenau foi disputado este ano por 15 candidatas representantes de estabelecimentos comerciais da cidade. As vencedoras receberam prêmios, entre dinheiro, cursos, estadias em hotel, book de fotos, tratamentos de beleza e outros. Na mesma noite, foram eleitas também as torcidas mais vibrantes e animadas que foram prestigiar as suas candidatas e receberam como prêmio caixas de cerveja. Para promover a 8ª edição do concurso, iniciado em 2002, o Sindilojas contou com o apoio do Sistema Fecomércio/SC (Sesc e Senai), da CDL de Blumenau, do Sindicato do Comércio Atacadista, Sindicato do Comércio Varejista de Farmácias do Vale do Itajaí e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau. TORCIDAS

1° Lugar: Supermercado Central (Rede Top) 2° Lugar: Grendelli Calçados 3° Lugar: Giraffe Moda Feminina

Coluna Jurídica Aviso prévio proporcional Por ocasião da solenidade de assinatura do Pacto Republicano, o senador José Sarney anunciou que uma das prioridades do Senado é aprovação do Projeto de Lei n° 112/09, que institui o aviso prévio proporcional. Para o autor do projeto, Senador Paulo Paim (PT-RS), a medida visa inibir demissões em época de crise. O projeto estabelece que o empregador ficará obrigado a dar aviso

prévio de 60 dias ao empregados que desejar demitir e que tenham até cinco anos de contrato de trabalho; de 90 dias para os contratos entre cinco e 10 anos; 120 dias para contratos de 10 a 15 anos; e de 180 dias para contratos com mais de 15 anos. Segundo Sarney, a própria Constituição Federal já prevê o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (Art. 7°, inciso XXI).

Licença-maternidade Atualmente, em face do que dispõe a Lei n° 11.770/08, existe a possibilidade de ampliar de 120 para 180 dias (seis meses) a licença-maternidade para as mães trabalhadoras. No entanto, a ampliação da licença depende da adesão da empresa empregadora da gestante ao Programa Empresa Cidadã. Ocorre que Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 64/07, da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), pretende prorrogar a licen-

ça-maternidade para seis meses a todas as mães trabalhadoras, independente da adesão por parte da empresa empregadora ao programa Empresa Cidadã, mediante alteração do inciso XVIII, do Art. 7° da Constituição Federal. A PEC, segundo noticiado, já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a partir de voto favorável da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010 O Sindilojas deve reunir, a partir deste mês, a comissão de negociação que vai elaborar a Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010. O segmento do comércio varejista tem como data-base o dia 1º de agosto e a primeira etapa do processo de negociação é a análise da Pauta de Reivindicações elaborada pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau. Independente de qual venha a ser o teor destas reivindicações, o Sindilojas acredita que este ano, em razão de uma atmosfera de incerteza quanto aos rumos da economia, os sindicatos patronais deverão ser muito conservadores quanto à concessão de reajuste para os salários em geral, bem como em relação aos pisos salariais. O Sindilojas não representa apenas a região de Blumenau, mas um considerável número de municípios que têm como base da economia a exportação, setor fortemente atingido pela crise mundial. Os dirigentes do sindicato estão certos de que a Convenção Coletiva de Trabalho deste ano será firmada dentro da realidade vivida pelas empresas e pela comunidade da região. O maior compromisso de uma empresa é manter-se em funcionamento, na medida em que gera empregos e recolhe impostos, sendo fator decisivo para o bem-estar da sociedade.


MEMÓRIA

Crescimento das

indústrias têxteis Arquivo Histórico/Divulgação

O número de empresas têxteis em Santa Catarina cresceu de 18 em 1920 para 40 em 1940

Santa Catarina experimentou um período de intenso crescimento econômico na década de 30. Diversas indústrias instalaram-se no Estado com equipamentos de fábricas que haviam fechado na Europa e nos Estados Unidos. Em 1932 a produção de bens havia crescido 60% em relação a 1929. A produção industrial aumentou 50% entre 1929 e 1937. Houve igual i8mpulso na atividade primária destinada ao mercado interno, que ficou 40% maior no mesmo período. Como resultado deste intenso movimento, a renda nacional aumentou 20% entre 1929 e 1932. A pauta de exportações catarinense no início dos anos 30 baseava-se ainda na madeira e na erva-mate, com claro crescimen44 38

to dos têxteis e do carvão e a manutenção da banha até o final da década. A indústria têxtil experimentou, entre as décadas de 30 e 40, um grande impulso no desenvolvimento com a definitiva queda das importações de tecidos e produtos de confecção. O número de empresas cresceu de 18 em 1920 para 40 em 1940. O número de empregados nas têxteis catarinenses subiu de 1344 para 4972 neste período, representando no início da década de 40 um quarto dos operários industriais do Estado. A média de empregados nestes estabelecimentos era de 124, contra apenas oito do setor industrial em sua totalidade. A produção nacional de tecidos cresceu de 533 milhões de metros em 1929 para 604 milhões em 1932. Enquanto isso, no mesmo período a importação do mesmo produto caiu de 4,9 mil toneladas para 390 toneladas. Prova desta nova onda de

substituição de importações foi o aumento de 41% na produção de fios em Blumenau, Brusque e Joinville nesse período. Motivados pelo número crescente de indústrias têxteis e aproveitando a falta de insumos, máquinas e equipamentos antes importados, alguns empreendedores criaram também indústrias fornecedoras para as têxteis. Em Blumenau um destes exemplos foi o marceneiro Bruno Vahldieck. Empregado da estrada de ferro, começou a produzir laçadeiras para a indústria têxtil em suas horas de folga, impelido pela escassez do produto no mercado nacional. O negócio prosperou e em 1942 ele saiu da empresa ferroviária, fundando sua própria indústria, incentivado e ajudado pelo industrial Fritz Kuehnrich. A empresa cresceu, abriu seu capital e em 1950 competia em pé de igualdade com os concorrentes internacionais.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.