Ano 2 nº 11 Março 2008
Lauro Luiz Leone Vianna, da Momento Ambiental: plantio de 2 mil mudas nativas
AMBIENTE SAUDÁVEL Momento Engenharia Ambiental surgiu da necessidade e preocupação de a indústria blumenauense dar uma destinação ecologicamente correta aos resíduos resultantes do processo produtivo
Junta Comercial: sistema via web deve por fim à burocracia na Jucesc
EDITORIAL
O VALE
SEM A PONTE
Diferente do Trevo da Mafisa (foto), a Ponte do Vale ainda está longe de tornar-se realidade Há poucas semanas recebemos uma péssima notícia. O Congresso Nacional cortou do Orçamento Geral da União de 2008 os quase R$ 10 milhões que seriam destinados ao início da construção da Ponte do Vale, importante obra que ligaria as rodovias Jorge Lacerda (SC-470) e Ingo Hering (BR-470), em Gaspar. Mais do que ligar as estradas, a ponte seria o início de um grande projeto que visa construir um contorno rodoviário para desafogar o trânsito da Rodovia Jorge Lacerda no centro da cidade vizinha. O corte da verba veio depois de um acordo feito entre os deputados e senadores, através de seus líderes partidários. Mais de R$ 500 milhões foram retirados do Orçamento, o que fez com que a Ponte do Vale fosse “atropelada”. As lideranças que tomaram a decisão ignoraram o crescimento da região do Vale, a necessidade de novas vias de escoamento da produção de todo o Estado para os portos de Itajaí e Navegantes e a segurança no trânsito das rodovias catarinense. Ignoraram a vontade do povo que anseia pelo desenvolvimento da economia local, gerando mais renda e, por conseqüência, mais qualidade de vida. Ignoraram o empenho da Prefeitura de Gaspar que fez sua parte, desapropriando as áreas necessárias para a construção da ponte. Ignoraram a contribuição dada pelos empresários do Médio Vale que, através das associações empresariais e CDLs de Gaspar, Brusque e Blumenau, bancaram parte do projeto executivo da Ponte do Vale, outra ação que teve participação da Prefeitura. O problema do trânsito em Gaspar, com a rodovia passando pelo centro da cidade, é tão grande quanto o problema que está por ser solucionado no entroncamento da BR-470 com a SC-474, onde está sendo construído o viaduto sobre o chamado Trevo da Mafisa. A obra, bancada pelo Governo Federal, resolve um dos grandes gargalos do acesso à BR-101 pela margem esquerda do Rio Itajaí-Açu. Com a Ponte do Vale e o contorno rodoviário de Gaspar se resolveria o problema de acesso pela margem direita, beneficiando todo o Vale do Itajaí. Apesar de todos os problemas enfrentados, mais uma vez acreditamos na capacidade de mobilização e de superação de todos os partidos políticos envolvidos. Ao longo do ano, aproveitaremos todas as oportunidades possíveis para, em conjunto com nossos representantes em Brasília, encontrarmos mecanismos que possibilitem o retorno desses valores ao Orçamento de 2008, possibilitando o início da construção da Ponte do Vale. Da mesma forma, vamos trabalhar incessantemente para obter recursos e licitar, ainda este ano, o projeto executivo do contorno rodoviário de Gaspar. Pelo bem da região metropolitana, precisamos de união e determinação da classe política e da sociedade organizada. A Diretoria 3
SUMÁRIO
Presidente da Jucesc fala sobre o Regin O sistema pioneiro deve pôr fim à burocracia na hora de registrar uma empresa
6 O futuro do transporte aéreo no Vale
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Homenagens no Dia Internacional da Mulher
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Câmara da Mulher Empresária homenageia personalidades que fazem a diferença
Classe empresarial luta por melhorias em Navegantes e reativação do Quero-Quero
22 Acib é notícia 28 Artigo – Indústria do patrocínio 30 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITOR ASSISTENTE Fábio Ricardo - 3034 JP (MTb/SC) REPÓRTERES Ana Paula Lauth, Gisele Scopel e Francisco Fresard (Institucional) DIRETOR DE ARTE Ricardo Augusto Kühl - ricardo@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Fernando Schulze FOTOS Ivan Fernando Schulze, Luís C. Kriewall Filho e Divulgação TRATAMENTO DE IMAGEM Filipe Alvarenga DIRETOR COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - debarba@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br DIRETOR EDITORIAL Luiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - mund@mundieditora.com.br
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Em favor da natureza Momento Engenharia Ambiental reflete a preocupação com o meio ambiente
Conselho Editorial Avelino Lombardi Carlos Tavares D’Amaral Charles Schwanke Francisco Fresard Hans Dieter Didjurgeit Luiz Mund Marilda Steil Ricardo Stodieck Rubens Olbrisch
Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar Neumarkt Financial & Trade Center CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net
8 Diretoria Presidente: Ricardo Stodieck / Vice-presidente: Carlos Tavares D’Amaral / Administrativo e Financeiro: Manfredo Krieck / Assuntos da Indústria: Carlos Odebrecht / Assuntos de Comércio e Turismo: Bruno Nebelung / Assuntos de Desenvolvimento e Planejamento Urbano: Jorge Rodacki / Assuntos de Prestação de Serviços: Maria Denise Ribeiro Ern / Assuntos da Pequena e Micro Empresa: Haida Leny Siegle / Assuntos Comunitários: Solange Rejane Schröder / Núcleos e Câmaras: Avelino Lombardi / Assuntos Ambientais e de Energia: Jaime Grossenbacher / Assuntos Internacionais: Ido José Steiner / Relações Institucionais: Ronaldo Baumgarten Jr / Assuntos da Saúde: Mauro Sergio Kreibich / Assuntos Tecnológicos: Ingo Tiergarten
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Entrevista: Antônio Carlos Zimmermann, presidente da Jucesc
ANTÔNIO CARLOS
ZIMMERMANN
O esforço da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc) para facilitar os processos de abertura de empresas em Santa Catarina é o tema central da entrevista concedida pelo presidente do órgão, Antônio Carlos Zimmermann. Ele também aborda os erros em documentos encaminhados à Junta, que prejudicam o andamento dos procedimentos.
Jucesc NA LUTA Empresário Acib: Quais os principais erros nos processos encaminhados para a Jucesc? O que os escritórios de contabilidade devem fazer para evitar o retrabalho e agilizar os procedimentos internos? Antônio Carlos Zimmermann: Dos processos encaminhados para registro na Jucesc, 50% ficam em exigência, sendo que destes, 90% são erros de total falta de atenção, tais como CNPJ, nome, RG, CPF e outros. Isso prejudica muito o nosso trabalho, pois a análise exige muito mais atenção, sendo que, alguns processos são alterados de forma proposital e induzindo a erro, podendo levar a Jucesc a ser responsabilizada por danos a terceiros. Prejudica a nossa eficiência, atrasando os nossos serviços. Os titulares dos escritórios de contabilidade deveriam fazer uma leitura do ato antes de encaminhar para a Junta. EA: Quais os principais planos de investimentos da Junta para Blumenau e região? Zimmermann: A Jucesc deverá assumir totalmente a gestão do escritório de Blumenau. Para isto, já contamos com dois funcionários da casa e estamos chamando mais um funcionário aprovado em concurso. Existe, por parte da Acib e sindicatos, iniciativa junto à Prefeitura para a cedência de um funcionário municipal para prestar serviço em nosso escritório. Contrataremos estagiários e pessoal terceirizado em número suficiente para um bom atendimento. EA: Quanto à sede em Blumenau, ela continua no espaço cedido pela Acib ou vai acompanhar a Secretaria de Desenvolvimento Regional, que está de mudança para outra estrutura? Zimmermann: O Escritório Regional da Jucesc em Blumenau será instalado na nova sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional. O Secretario Regional Paulo França já conversou com o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, neste sentido. Acredito que no prazo de 60 dias já estaremos junto com a SDR, pois esta é a determinação do governador Luiz Henrique da Silveira.
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PELO FIM
DA Burocracia
EA: Como está e qual a importância da parceria da Jucesc com a Acib? Zimmermann: A Acib é uma parceira de fundamental importância para os nossos serviços. Constantemente tem nos cobrado pela melhoria do atendimento. Além de oferecer as instalações para o escritório, sempre esteve pronta a ajudar nas outras necessidades e fiscalizar as nossas ações. A Jucesc tem muito a agradecer à Acib. EA: Quanto tempo deve levar o processo para abertura de uma empresa? Zimmermann: Em Florianópolis (sede) e em alguns escritórios no interior do Estado, efetuamos o registro de Empresário (antiga firma individual) e Sociedade Limitada em apenas duas horas (pouco mais ou menos), emitindo também o CNPJ. Gostaria de registrar que fomos pioneiros no Brasil em agilidade de abertura de empresas. Parece que duas outras juntas agora registram com a mesma agilidade. EA: O Registro Mercantil Integrado (Regin) começa a operar para todo o Estado a partir de quando? Zimmermann: O Regin é um projeto inédito e pioneiro no Brasil. Tem como objetivo propiciar à classe empresarial catarinense ir a um único local para começar o seu negócio (Jucesc). É um sistema que integra a Junta a outros sistemas, como Receita Federal, Secretaria da Fazenda, prefeituras, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e outros. Já temos convênio firmado com a Prefeitura de Blumenau e, tão logo a Receita Federal homologue a nova versão do CNPJ, o que, provavelmente, deverá ocorrer até o dia 24 de março, liberaremos o Regin para a cidade de Blumenau.
EA: Quais as perspectivas da Jucesc em relação à implantação do Regin? Zimmermann: No dia 7 de fevereiro, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre a Jucesc, Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e a Brasil Telecom, para instalação, treinamento e capacitação do pessoal das prefeituras nas 293 cidades de Santa Catarina, bem como a doação de 250 máquinas destinadas ao Regin. A Brasil Telecom está bancando o Regin em parceria com o governo de Santa Catarina. A implantação começa agora em março e termina em agosto, atingindo todos os municípios do território catarinense. EA: Como ele vai funcionar e quais os ganhos que as empresas terão com este sistema? Zimmermann: Ao fazer o registro da empresa na Junta Comercial, no prazo de duas horas, o Regin permite expedir concomitantemente o CNPJ, Inscrição Estadual, protocolo da solicitação do Alvará de Licença na Prefeitura, da vistoria nos Bombeiros e Alvará Sanitário na Vigilância Sanitária, bem como em outros órgãos locais que necessitam do nosso cadastro para emitir licença. Antes de o empresário sair da Junta, os nossos parceiros recebem o nosso cadastro, podendo, a partir daí, iniciar todos os procedimentos administrativos para a emissão das licenças, sem que o empresário tenha que ir a estes órgãos. Pretendemos, junto aos órgãos locais, sugerir mudanças na emissão dos alvarás de funcionamento, pois acreditamos que para 70% das atividades é possível emitir alvará (condicionado) para vistoria futura, permitindo o funcionamento imediato, sem burocracia, em apenas duas horas. Assim, o empresário sairá com todos os documentos indo unicamente à Junta Comercial. Segundo dados do Banco Mundial sobre
A Acib sempre esteve pronta a ajudar e fiscalizar as nossas ações agilização de empresas, que coloca a Austrália como o primeiro país do mundo em dois dias, posso afirmar que poderemos ser os primeiros do mundo em apenas duas horas. O funcionamento do Regin é via web. EA: O Regin já está disponível desde 2006 em Palhoça, Jaraguá do Sul, Guaramirim e Navegantes. O que já se pode concluir a partir da experiência nestes municípios? Zimmermann: O Regin é uma quebra de paradigma, é uma mudança radical que mexe com pessoas, instituições, sistemas, procedimentos administrativos e aniquila definitivamente a burocracia no registro de empresas. Como um projeto inovador, encontramos dificuldades para implantá-lo, pois dependemos da integração de outros sistemas e da vontade de outras pessoas para o perfeito funcionamento. Foi um trabalho exaustivo, estressante, demorado – quatro anos –, com a parceria das instituições já mencionadas e da sociedade representada pelas entidades empresariais e de classe. É uma vitória de todos sobre a burocracia, provando que quando se tem vontade política e administrativa é possível mudar, facilitando a vida do cidadão que é quem paga a conta. Como diz o Governador Luiz Henrique da Silveira, conseguimos acabar com o papelório e o carimbório.
O Regin é uma quebra de paradigma, é uma mudança radical que mexe com pessoas, instituições, sistemas e aniquila a burocracia no registro de empresas 7
Case empresarial
A NATUREZA EM
PRIMEIRO LUGAR
A história da Momento Engenharia Ambiental está diretamente ligada à da Acib. O engenheiro Lauro Luiz Leone Vianna, diretor-administrativo, conta que a empresa surgiu após conversas com empresários e com o então presidente da Associação, Hans Prayon, que sentiam necessidade de resolver com urgência os problemas de destinação dos resíduos resultantes dos processos produtivos de suas empresas.
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Aterro, na Vila Itoupava, onde a empresa dá a destinação correta aos resíduos
Blumenau foi pioneira no tratamento de seus resíduos líquidos, mas isso gerou um novo problema ao não ter uma destinação ambientalmente correta para os resíduos sólidos desse processo: um lodo de cor escura. Assim, as empresas procuraram a Momento Engenharia para buscar a solução ao problema. Com os projetos desenvolvidos, foi dado início a uma nova era no tratamento de resíduos em Santa Catarina. Localizado no Distrito Vila Itoupava, o Aterro Industrial e Sanitário de Blumenau, sob responsabilidade da Momento Ambiental, atende atualmente mais de mil empresas, dando tratamento e uma disposição segura aos resíduos industriais de classe 1 e 2, evitando a degradação do meio ambiente. A empresa utiliza as mais modernas tecnologias existentes para a disposição final dos resíduos, desde as análises laboratoriais realizadas na chegada do material, passando pelos tratamentos efetuados em diversos processos, até o monitoramento ambiental de toda a área. Além disso, a empresa possui um Sistema de Gestão Ambiental que tem como meta manter a qualidade e o respeito à natureza nos processos, buscando o desenvolvimento sustentável. A da clientela de mais de mil empre-
sas está num raio de 100 quilômetros de sua sede, abrangendo Blumenau e região. Todo o maquinário, criação e desenvolvimento também são feitos aqui mesmo na região. “Quando comparamos o que é apresentado no Exterior com o que temos aqui, vemos que dentro do Estado surgiram soluções de ponta, de nível mundial. Blumenau e Santa Catarina como um todo fazem parte de um núcleo onde a preservação do meio ambiente é muito bem tratada”, diz Vianna, ao citar entidades como a Furb, Acib, Senai, Faema, Fatma e Acaprena, que desenvolvem novos projetos de qualidade, demonstrando a preocupação com a questão ambiental. Essa preocupação, tanto da Momento Engenharia Ambiental, quanto da cidade em geral, faz com que o número de clientes da empresa continue crescendo: quem iniciou seus trabalhos junto com a empresa, continua cliente até hoje. A empresa foi a primeira do Estado a oferecer este tipo de tratamento. “A Momento Ambiental é uma demonstração da preocupação da indústria blumenauense com a ecologia. Se não fosse por essa preocupação, não existiríamos”, diz Vianna. “Onde estaria todo esse resíduo se não fossem trabalhos como o da Momento Ambiental?”, completa o diretor-administrativo da empresa.
Processo Ao chegar à empresa, o caminhão que contém os resíduos industriais é pesado em uma balança de alta precisão, com capacidade para até 100 toneladas. Depois de despejar os resíduos, o caminhão é pesado novamente ao sair. Assim é feito o cálculo do peso dos resíduos, o que entra automaticamente no sistema. Os clientes têm acesso através da internet em tempo real aos dados, desde o horário da entrega até a pesagem e a impressão da certidão de correta destinação de resíduos. A Momento Engenharia Ambiental não faz o transporte dos resíduos, apenas a recepção e destinação final. Os locais são divididos para cada tipo de resíduo, separando entre classe 1 e classe 2. Até mesmo a água de chuva é tratada, por ter contato com os resíduos que estão em local aberto. Os resíduos mais perigosos são mantidos em um local fechado. Em abril, um equipamento importado da Espanha será instalado para atuar na prensagem e enfardamento dos resíduos sólidos. A Usina de Solidificação de Lodo foi projetada e criada pela Momento Ambiental e agora está em processo de patente. Até então, eram feitas valas de lodo, sem ter como se resolver de forma prática o problema. Com o conhecimento da Momento Engenharia, começou-se a fazer diversas experiências em lodo, com material de solidificação. A experiência deu certo e hoje a empresa consegue transformar o lodo em algo totalmente sólido, podendo ser enfardado e controlado. Novas pesquisas e experiências continuam sendo realizadas, muitas em parceria com a Furb, para encontrar uma solução eficaz para outros tipos de resíduos. Atualmente, uma análise completa está sendo feita em busca do reaproveitamento do óleo de cozinha usado, para ser utilizado como biocombustível.
Galpão para depósito dos resíduos que não podem ficar em local aberto 9
Case empresarial
Preocupação Social Com 1,2 milhão de metros quadrados de área, boa parte dela de matas protegidas, a preocupação da empresa com o meio ambiente é aliada a ações de responsabilidade social. São desenvolvidas ações sociais como a aquisição e doação do imóvel onde está instalado o Centro Cultural da Vila Itoupava, uma construção histórica, com mais de 110 anos, onde funcionava a Cervejaria Feldmann, a primeira da região. Os recursos para reforma e manutenção do prédio também estão sendo disponibilizados pela Momento Engenharia Ambiental. Esta preocupação em pé de igualdade entre o ambiental e o social já rendeu diversos prêmios para a empresa, como o Prêmio Fritz Müller, concedido pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), em 2004 e 2005; o Prêmio Qualidade de Vida 2003, da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses; o Prêmio Otto Rohköhl de Conservação da Água e o Prêmio Amigo do Parque das Nascentes, em 2007. Atualmente, a Momento Engenharia Ambiental está realizando o plantio de 2 mil mudas de árvores nativas da região para ampliar a rica natureza que mantém ao seu redor e reforçar a vocação preservacionista com a qual foi criada com o apoio do empresariado blumenauense.
Política Ambiental
Turismo Industrial
Para proteger o meio ambiente e atender os geradores de resíduos industriais, domiciliares e de saúde, a Momento Engenharia Ambiental, responsável pelo Aterro Industrial e Sanitário de Blumenau adota uma série de princípios:
Para conhecer de perto o trabalho que é realizado na Momento Engenharia Ambiental, deve-se entrar em contato com Lusane Méri Reiter Rosa. Até 20 pessoas podem integrar cada grupo. O agendamento deve ser feito através do site www. momentoambiental.com.br e as visitas ocorrem de terça à sexta, das 8h às 16h. O roteiro inclui recepção, auditório, usina, mirante, aterro classe 2, aterro classe 1 e estação de tratamento de efluentes. O programa de visitação da Momento Engenharia Ambiental já recebeu mais de 9,5 mil pessoas.
Garantir o tratamento e a disposição dos resíduos de forma segura Atender requisitos legais e outros requisitos aplicáveis às atividades Melhorar continuamente a qualidade de serviços, educando e motivando os funcionários e os prestadores de serviço a adotarem princípios ambientais em suas atividades Adotar procedimentos que contribuam para a prevenção da poluição Manter um canal de comunicação aberto com as partes interessadas Colaborar com as organizações governamentais e não-governamentais
PERFIL Nome: Momento Engenharia Ambiental Ltda. Postos de trabalho: 34 diretos Área própria: 1,2 milhão de metros quadrados Telefone: (47) 3378-1414 www.momentoambiental.com.br
Prédio onde funcionava a Cervejaria Feldmann e a reserva ambiental mantida pela empresa: preocupação social e ecológica 10
Transporte aéreo
PREPARANDO
novos vôos
Com o período de fortes chuvas de Verão na região do Vale do Itajaí, foram crescentes as reclamações de empresários locais sobre as condições do Aeroporto de Navegantes, que sob chuvas fortes impossibilitava os aviões de realizarem pousos e decolagens, por falta de segurança. A discussão fortaleceu duas frentes de projetos para aeroportos, trazendo à tona os debates tanto sobre as condições do Aeroporto de Navegantes, quanto sobre a ampliação e reestruturação do Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau.
A opinião do presidente da Acib, Ricardo Stodieck, é de que ambos os aeroportos são extremamente importantes e são prioridade absoluta nas lutas da entidade. Mesmo assim, ele não define uma ordem de prioridade entre os dois aeroportos. “Os dois devem ser trabalhados simultaneamente. São coisas paralelas, que não concorrem entre si. Os recursos para os dois aeroportos vêm de fontes diferentes, então, ambos devem ser encaminhados ao mesmo tempo”, explica Stodieck. As soluções para o Aeroporto de Navegantes já estão chegando, de acordo com o presidente. A prestação de contas da Prefeitura de Navegantes com a Infraero está sendo realizada e não existe falta de vontade política para a realização das obras. Vontade política também não falta para dar encaminhamento ao projeto de reestruturação do Aeroporto QueroQuero. No dia 31 de março, será assinado um contrato com uma empresa especializada para a realização dos estudos de expansão do aeroporto. Uma parceria entre Prefeitura e o empresariado local, capita12
neado pela Acib, irá bancar os custos da contratação. Este estudo irá informar qual será a capacidade real do aeroporto. Definirá qual deverá ser o tamanho da pista para a realização dos vôos regulares, com absoluta segurança, e como se dará tanto a desapropriação de terras nos arredores do aeroporto, quanto como deverá ser feito o desvio da Rodovia Guilherme Jensen. Com os estudos prontos, a preocupação se volta à busca de recursos federais para a ampliação da pista e a estação de passageiros, recursos do Estado para a realização do desvio da rodovia e a desapropriação de terras para a ampliação do aeroporto. “Temos que preservar o aeroporto de Blumenau. Quando ele ficar pronto, o sistema viário já vai estar muito melhor para se chegar até lá, com Trevo da Mafisa e Via Expressa. Seja para turismo de negócios, de eventos ou de lazer, ele será muito importante para a cidade”, conclui Stodieck, lembrando que não adianta buscar vôos regulares em Blumenau antes de todas as obras de ampliação serem realizadas.
Stodieck: trabalho paralelo para resolver os problemas dos dois aeroportos
Otimismo As perspectivas de reestruturação do Aeroporto Quero-Quero também se mantêm otimistas para o presidente do Seterb, Rudolph Clebsch. Ele conta que, com a disposição da Acib em dividir os custos do projeto de reestruturação do aeroporto com a Prefeitura, se torna mais próxima a realidade das obras. Hoje, a gestão do aeroporto é impossível pela falta de um especialista na área aeroportuária dentro do Seterb. Por isso, a sugestão feita à Prefeitura é pela contratação de uma empresa especializada. Uma visita realizada ao Aeroporto de Maringá (PR) mostrou que a contratação de um especialista seria mesmo o melhor caminho. Depois de quatro meses de reuniões, a contratação está sendo encaminhada. O aeroporto Quero-Quero está atualmente com diversas não-conformidades com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que precisariam ser sanadas em sua reestruturação. “A Anac está mais exigente; as restrições aumentaram muito. Todo o entorno dos aeroportos está sen-
do fiscalizado”, diz Clebsch. Com a contratação da empresa especializada, o primeiro passo é dar baixa nas não-conformidades. “São muitas questões, diversos detalhes de segurança e de receitas que precisam ser resolvidos. Mas estamos otimistas. Queremos ser uma cidade à altura de captar eventos, uma cidade turística e ser excelência em saúde e educação. Com tudo isso e como cidade sede da região metropolitana, temos que ter um aeroporto”, conclui o presidente do Seterb. Clebsch também chama a atenção para a significativa atividade econômica que gira em torno de uma obra desse porte e alerta para a necessidade de uma estruturação definitiva, tanto burocraticamente quanto em termos financeiros, de receita. “O que nos atrasa no momento é a falta de profissionais capacitados para isso. Se precisarmos formar estes profissionais, levaremos muito tempo e não podemos esperar tanto. Algumas questões são urgentes e o melhor é buscar ajuda especializada”, explica.
Clebsch: Blumenau e região precisam de um aeroporto em plenas operações
Transporte aéreo
Um olhar sobre Navegantes
A coordenadora do Núcleo de Agências de Viagens e Turismo da Acib, Cristine Nort Ziel, diz que os problemas com o Aeroporto de Navegantes já existem há tempos. São diversas as reclamações de empresários a respeito das más condições do aeroporto, que fica impossibilitado de fazer decolagens e pousos sob chuva forte. Cristine explica que o aparelho que serviria de apoio aos pousos e decolagens
através de instrumentos já foi adquirido, mas está fora de uso. O VOR está encaixotado há quatro anos e, para sua instalação, ainda faltam algumas desapropriações de terras nos arredores do aeroporto, de acordo com as informações recebidas por ela. Ao que tudo indica, na melhor das hipóteses, seu funcionamento estaria previsto apenas para 2010. Com o Aeroporto de Navegantes mantendo os atrasos por causa da chuva,
os empresários blumenauenses acabam optando por vôos partindo de Florianópolis e Curitiba. “Ir até Navegantes não é problema, 60 km para nós não é nada. Mas o Vale todo está sendo lesado com um aeroporto que fecha em dia de chuva. Não temos nenhum vôo que vá para São Paulo antes das 10h e nenhum que retorne após as 17h. Como uma empresa pode ir até São Paulo negociar com um cliente ou prestar um serviço entre 10h e 17h?”.
Negociações avançam no Litoral O superintendente do Aeroporto de Navegantes, Sérgio Luiz Canez, não atribui os atrasos e cancelamentos de vôos às condições do aeroporto. De acordo com ele, são problemas ocasionados pelas fortes chuvas que diminuem a visibilidade. Ele informa que o aparelho VOR, que ajudaria nas decolagens e pousos através de equipamentos, já está em posse do aeroporto, apenas aguardando a desapropriação de terras nas cercanias para sua instalação. Ele também não relaciona a diminuição no fluxo de passageiros do aeroporto com os atrasos ocasionados pela falta de visibilidade. “A diminuição foi por causa das conexões diretas em Congonhas, que foram proibidas. Com isso, muitos optaram por Florianópolis e Curitiba. Com a volta das conexões, este problema deve ser resolvido”, afirma Canez, sobre a proibição que durou até o dia 17 de março. O empresário Ronaldo Baumgarten Junior, diretor para Assuntos da Indústria da Acib, faz parte do grupo que se reuniu três vezes para discutir as necessidades do Aeroporto de Navegantes. Na primeira reunião, foram rediscutidos os principais 14
problemas do aeroporto e a Prefeitura de Navegantes foi ouvida sobre os dados de quitação do primeiro convênio com a Infraero. Também foram apontadas as soluções de todas as pendências com os terrenos que foram desapropriados e estão à disposição da Infraero. De acordo com o empresário, 70% da área pleiteada pelo órgão federal já estão disponíveis. Na segunda reunião, a Prefeitura de Navegantes confirmou todos os dados explanados no primeiro encontro e o assunto foi apresentado ao deputado João Matos, que ficou à disposição do grupo e responsável por marcar uma nova reunião com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em um terceiro encontro, realizado no dia 19 de março, já foi possível sentir os efeitos da pressão realizada pelas entidades, com Prefeitura de Navegantes e Infraero chegando a um consenso e já encaminhando o fechamento do primeiro convênio, que trata sobre 70% da área reivindicada pela Infraero para a expansão do aeroporto. A área vizinha à pista foi considerada de utilidade pública pela Prefeitura, impedindo o surgimento
de novas construções que atrapalhem a ampliação do aeroporto. O momento agora é de expectativa. Baumgarten conta que é preciso fazer pressão política para que em Brasília busque-se esse progresso. “A gente sabe que o Aeroporto de Navegantes precisa ser tratado de outra maneira, com a importância estratégica que ele tem, principalmente para o Vale do Itajaí e todo o turismo da região”. A expectativa atual é que com o empenho da bancada catarinense, algum retorno em médio prazo seja conquistado. “É muito importante que a bancada se esforce para ajudar o Aeroporto de Navegantes”, diz. Quanto à divisão de prioridades entre os aeroportos de Navegantes e o Quero-Quero, de Blumenau, o diretor para Assuntos da Indústria da Acib deixa claro que eles não são concorrentes. “São dois assuntos completamente diferentes. O Quero-Quero é regional, é assunto de Blumenau. Navegantes é internacional e tem o interesse direto do Estado”, finaliza o diretor da Acib, Ronaldo Baungarten Junior.
Homenagem
Mais de 400 pessoas prestigiaram o
Dia Internacional da Mulher
O auditório do Teatro Carlos Gomes praticamente lotou na noite de 6 de março. Mais de 400 pessoas, entre convidados e autoridades, prestigiaram a sexta edição do Encontro Dia Internacional da Mulher, promovido pela Câmara da Mulher Empresária da Acib. O evento foi aberto com um vídeo sobre a história das empresárias e com a execução do Hino Nacional pela banda do 23º Batalhão de Infantaria. Em seguida, os discursos da coordenadora da Câmara, Rosângela Balzan, do presidente da Acib, Ricardo Stodieck, da presidente do Conselho Estadual da Mulher Empresária, Zalfa Benites, do prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Paulo França, serviram para relembrar as razões de comemorar o Dia Internacional da Mulher. Todos destacaram os avanços para o fim da discriminação contra a mulher nas mais diversas áreas e relembraram que ainda há muito a fazer. Era o prenúncio de uma noite emocionante e produtiva. Logo após os discursos, a Câmara da Mulher Empresária fez uma homenagem a oito mulheres e uma entidade (ver página
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21) que se destacaram em suas atividades durante o ano de 2007. Cada homenageada recebeu como lembrança um troféu confeccionado em cristal, uma referência à transparência e à consistência das mulheres e entidade escolhidas. Duas delas ganharam, além do troféu, um prêmio surpresa. A radioamadora Alda Niemeyer e a escritora Lilli Steffens foram aplaudidas de pé, reconhecimento espontâneo da comunidade que identificou nas histórias de vida delas a essência da força de vontade necessária para driblar a discriminação e atingir os objetivos traçados. Palestra Na parte final do evento, homenageadas e autoridades que formavam a mesa de trabalho deram lugar à experiência da consultora de Comércio Exterior da São Paulo Alpargatas, Angela Tamiko Hirata. A executiva é a responsável pelo sucesso das sandálias Havaianas no exterior e contou, em uma palestra de aproximadamente uma hora, como transformou um dos produtos mais característicos do país em objeto de desejo nos cinco continentes. Hirata fez um histórico das Havaianas em seus 45 anos, mostrou o aumento das vendas até 1988 e a reformulação do pro-
duto em 1994, após sucessivas quedas na virada dos anos 80 e 90. O lançamento de novos produtos, sem abandonar o conceito de produto genuinamente brasileiro, deu novo fôlego às vendas e foi a mola propulsora para o início da internacionalização das sandálias, no início dos anos 2000, quando Hirata assumiu a diretoria do Departamento de Comércio Exterior da São Paulo Alpargatas. Em quatro anos, as exportações da empresa passaram de 1,5% para 10% do faturamento, e tiveram as Havaianas como a maior responsável pelo crescimento. “Hoje, o produto está presente em mais de 80 países dos cinco continentes e tem se transformado em sinônimo de brasilidade”, enaltece a consultora que reforça o poder que os produtos fabricados no Brasil têm no mercado exterior. O evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher teve o patrocínio da WK Sistemas e o apoio de Arianne Decorações, Cia Hering, Electro-Aço Altona, ERB Informática, Escola de Idiomas YES, Espaço Margarete Cabeleireira e Equipe, Estúdio Criação, Honda Takai, Odorizzi Editora e Gráfica, RBS TV, Rede Plaza de Hotéis, Restaurante Sabor Imperial, Secretaria Municipal de Turismo e Stuttgart Artigos Finos.
Ho-
Grupo Vocal da Casa da Amizade (artístico-cultural)
Elita Grosch Maba (educacional)
Alda Niemeyer (responsabilidade social)
Lilli Stefens (destaque nacional)
Elise Stodieck (revelação empreendedora)
Elizabete Ternes Pereira (saúde)
Tânia Marquato (empreendedorismo)
Eliete Maria Busarello Panini (destaque regional)
Maitê Guadalupe Lang (destaque estadual)
Angela Tamiko Hirata (C) foi a palestrante da noite
Mais de 400 pessoas prestigiaram o evento
ACIB É NOTÍCIA
Empresários pedem mais efetivo para o Corpo de Bombeiros O governador Luiz Henrique da Silveira recebeu no dia 10 de março um ofício pedindo mais atenção do governo do Estado ao efetivo do 3º Batalhão de Bombeiros Militares. O documento foi assinado pelos presidentes da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Associação das Micro e Pequenas Empresas de Blumenau (Ampe), Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau (CDL), Intersindical Patronal de Blumenau e Região e Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex). O ofício foi preparado após as entidades tomarem conhecimento dos números da corporação. Blumenau conta hoje com o trabalho de 84 bombeiros, sendo que o ideal seria 120. “O atendimento à comunidade está sendo prejudicado. Os bombeiros trabalham 24 horas e folgam 48 horas, o que significa dizer que diariamente podemos contar com aproximadamente 20 homens para realizar todas as funções do Corpo de Bombeiros, desde as administrativas até o atendimento à comunidade”, revela Stodieck. O documento pede ao governador que determine a abertura de um novo
Governador recebeu ofício das entidades de Blumenau concurso público para suprir a falta de efetivo. Uma solicitação já foi encaminhada ao Grupo Gestor do governo estadual, que negou o pedido. “A nossa esperança é que o governador convença os secretários
que fazem parte do Grupo Gestor sobre a necessidade de contratar mais bombeiros, dando à comunidade o atendimento merecido”, acrescenta o presidente da Associação Empresarial.
Acib vende imóvel. Dinheiro será investido em sede própria
Contrato de compra e venda foi assinado na sede da Acib 22
Associados da Acib, reunidos em Assembléia Geral realizada no dia 18 de fevereiro, aprovaram a venda de um imóvel da entidade. Trata-se do 3º andar do Edifício Visconde de Mauá, na Rua XV de Novembro, antiga sede da Associação. O imóvel foi vendido por R$ 225 mil. Segundo o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, o valor será reservado para aportar recursos na construção do Centro Empresarial de Blumenau (CEB), onde a entidade terá sede própria. A construção do CEB deve começar em meados deste ano. O terreno já foi adquirido e fica na Rua Antônio Treis, bairro Vorstadt. Além da Acib, a construção deve abrigar outras entidades empresariais, como o próprio CEB e sindicatos patronais. Na Assembléia, os associados também decidiram colocar à venda o 2º andar do Edifício Mauá, que também pertence à Acib. “Todos os recursos arrecadados com a venda de imóveis serão destinados à construção da sede própria”, reforça Stodieck.
ACIB É NOTÍCIA
Empresários vão ajudar a pagar projeto para Aeroporto Regional
Hans Dieter Didjurgeit (E) presidiu reunião que aprovou ajuda Conselheiros e diretores da Acib decidiram apostar mais uma vez na visão empreendedora e de futuro dos empresários de Blumenau. Depois de arrecadar quase R$ 100 mil para pagar a maior parte do projeto executivo da construção do viadu-
to sobre o Trevo da Mafisa, em campanha que contou com o apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico da Itoupava Central, a entidade vai agora convocar os empresários blumenauenses para que colaborem com o pagamento da metade de
um projeto para viabilizar as operações no Aeroporto Regional de Blumenau (Quero-Quero). A outra metade ficará sob responsabilidade da Prefeitura, que também pagou 1/3 do projeto do Trevo da Mafisa. Um estudo prévio já foi feito por uma empresa especializada no ramo, a pedido da Prefeitura de Blumenau. No trabalho ficou clara a viabilidade do projeto, que transformará o atual Quero-Quero em um aeroporto regional seguro e financeiramente sustentável. O projeto a ser elaborado contempla desde as adequações exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até o modelo de gestão a ser adotado no aeroporto. Trabalho semelhante já foi realizado em Maringá, cidade semelhante a Blumenau e que teve seu aeroporto totalmente reestruturado, tornando-se referência na região Sul. O diretor da Acib, Jaime Grossenbacher, que também é piloto, acompanhou o trabalho da empresa contratada pela Prefeitura e visitou o aeroporto paranaense. “Pela primeira vez percebo seriedade no trabalho que está para ser realizado. Não podemos perder esta oportunidade”disse Grossenbacher.
Facisc e Empreender organizam missão para feira mundial
Mais de 40 participaram
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e a Fundação Empreender estão organizando uma missão técnica empresarial para a 15ª IFAT 2008 – Feira Internacional do Meio Ambiente e Tratamento de Resíduos. O evento será realizado em Munique (Alemanha), de 3 a 10 de maio. A programação contempla visita à feira, estação de tratamento de Munique, empresa de transformação de lixo orgânico, empresa de coleta seletiva de lixo e outros contatos conforme formação e interesse do grupo. A IFAT é a feira líder mundial na área do meio ambiente. O evento funciona como uma plataforma para transferência de tecnologia e a troca do know-how. Em 2005, a feira, que acontece de três em três anos, teve um número recorde de expositores: 2.223 companhias de 36 países apresentaram as tendências e as inovações de produto, tecnologia, água, esgoto, reciclagem e tratamento. Outras informações podem ser obtidas pelo fone (47) 3461-3367, com Lucilena, ou pelo e-mail lucilena@fe.org.br.
O Núcleo de Impressão Digital em Grandes Formatos da Acib, um dos mais recentes criados pela entidade, promoveu no dia 16 de fevereiro um Treinamento Prático de Envelopamento de Frota. Dois instrutores vieram de Joinville para orientar 43 participantes, de 15 diferentes cidades, que passaram o dia na DAY Brasil, empresa que cedeu o espaço para a realização do curso e ajudou na organização. Envelopamento é a técnica utilizada para aplicar películas auto-adesivas em veículos que fazem parte da frota de uma organização. Geralmente os veículos recebem elementos que identificam a empresa
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ACIB É NOTÍCIA
Planejamento Estratégico para Escolas é tema de encontro
O reitor da Furb Eduardo Deschamps é o convidado do evento
O reitor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Eduardo Deschamps, é o convidado do Encontro com Gestores de Escolas, evento promovido pelo Núcleo de Escolas de Educação Profissional da Acib. Deschamps fará uma palestra sobre Planejamento Estratégico para Escolas. O Encontro está marcado para o dia 8 de abril, às 8h, no auditório do Senai (Rua São Paulo, 1147). Podem participar diretores, orientadores pedagógicos e demais profissionais ligados à gestão escolar. As inscrições são gratuitas e as vagas, limitadas. Para se inscrever, basta enviar um e-mail para atendimento@acib.net ou ligar para (47) 3326-1230 e falar com Fábio ou Daniela, até o dia 4 de abril.
PROMOÇÃO UNIODONTO Até o dia 15 de abril, a Uniodonto oferece uma promoção especial para empresas associadas à Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Neste período, quem aderir ao plano fica isento da taxa de inscrição e o tempo de carência é reduzido de 60 para apenas 15 dias. O valor individual mensal para quem contratar o plano é de somente R$ 19,50 e não há número limite de usuários por empresa. A Uniodonto é o Sistema Nacional de Planos de Assistência Odontológica e coloca à disposição de seus clientes a comodidade de serem atendidos por mais de 20 mil cirurgiões dentistas em qualquer lugar do território nacional. Mais informações com Patrícia, no telefone (47) 3326-1230.
Secretário de Estado prestigia Núcleo de CFCs da Acib
Ronaldo Benedet (E) quer empresários como aliados
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O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo Benedet, participou, no dia 10 de março, da primeira reunião oficial do Núcleo de Centros de Formação de Condutores da Acib. Benedet elogiou a iniciativa, que teve o apoio do sindicato do setor, e disse que, além de fortalecer as empresas, o Núcleo pode ser um aliado no combate à violência no trânsito. “O trânsito de Santa Catarina é um dos que mais matam no país. Espero que iniciativas como essa ajudem a reduzir as estatísticas”. O presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Santa Catarina (Sindemosc), Murilo dos Santos, que também integra o Núcleo, comemora a criação do grupo. “A região de Blumenau tem particularidades que serão debatidas nas reuniões. Por isso estamos convidando os CFCs da região para que busquem a Acib e façam parte do Núcleo”. Para obter mais informações, ligue para (47) 33261230 e fale com Alexandra.
Agências reclamam das opções de vôos a partir de Navegantes O Núcleo de Agências de Viagens e Turismo da Acib está preocupado com a falta de opções e com as altas tarifas de vôos para São Paulo a partir de Navegantes. Segundo a coordenadora, Cristine Ziel, a única linha entre o aeroporto catarinense e Cumbica (Guarulhos), lançada no mês passado pela GOL, operou por duas semanas e foi desativada sem qualquer justificativa para as agências. “Lutamos por esse vôo importante para conexões nacionais e internacionais, divulgamos entre os clientes e em menos de um mês temos que enfrentar essa nova crise”, desabafa Ziel. Para o Aeroporto de Congonhas a situação não é muito diferente. Os horários disponibilizados pela TAM são incompatíveis com a necessidade dos clientes corporativos, que geralmente passam o dia na capital paulista. “O primeiro vôo chega a São Paulo às 11h e às 16h o passageiro já tem que estar no Aeroporto para retornar”, explica a coordenadora. O grupo enviou ofício às duas empresas solicitando mudanças para melhor atender os clientes da região.
Problemas na Jucesc podem ser resolvidos em conjunto A Associação Empresarial de Blumenau (Acib) está preocupada com a quantidade de erros encontrados na documentação enviada pelas empresas de Blumenau ao escritório da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc). Levantamento recente revelou que aproximadamente metade dos livros contábeis encaminhados ao órgão contém erro e é devolvida para correção. O mesmo acontece com os processos de alteração contratual. De 447 processos analisados, 172 continham erros, sendo que em 76 deles os erros foram classificados como de “falta de atenção”. Esse tipo de problema ajuda a criar um grande gargalo nos serviços prestados pela Junta, atrasando o andamento dos processos e rotinas realizadas pelos seus servidores e, por conseqüência, atrasando processos e rotinas contábeis das empresas de Blumenau. A Acib fez um apelo aos seus associados para que a situação seja repassada ao departamento contábil das empresas, terceirizado ou não, a fim de solicitar o cumprimento do que estabelece a Jucesc para garantir a legalidade dos processos. Segundo o diretor financeiro da Acib, Manfredo Krieck, que também é contador, muito se fala do atendimento da Jucesc em Blumenau e boa parte dos problemas pode ser resolvida observando com atenção o que está previsto em lei. “Sabemos que existem problemas de outras naturezas na Junta, mas temos que começar pelos mais simples para melhorar cada vez mais o atendimento no órgão”, destaca Krieck.
ABRIL / 2008
AGENDA Encontro com Gestores de Escolas Palestra sobre Planejamento Estratégico para Escolas, com o reitor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Eduardo Deschamps. Evento direcionado a diretores, orientadores pedagógicos e demais profissionais ligados a gestão escolar. Promoção: Núcleo de Escolas de Educação Profissional da Acib Quando: 8 de abril, às 8h Onde: Senai - Auditório (Rua São Paulo, 1147) Inscrições gratuitas pelo telefone (47) 3326-1230 ou e-mail atendimento@acib.net
Vagas limitadas! Café da Manhã – Redex Palestra com representantes do Grupo Localfrio (Itajaí) sobre o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex). Promoção: Núcleo de Comércio Exterior da Acib Quando: 10 de abril, às 8h Onde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center) Inscrições gratuitas pelo telefone (47) 3326-1230 ou e-mail atendimento@acib.net
Encontro de Clubes Evento direcionado a gestores, dirigentes e colaboradores de clubes e associações de Blumenau e região. Palestras: Sistemas de Seguros, Contratos, Planejamento Estratégico em Clubes e O Clube Administrado Como Uma Empresa. Promoção: Núcleo de Associações Esportivas e Clubes da Acib Quando: 25 de abril, das 8h às 19h Onde: Bela Vista Country Club (Rodovia Jorge
FEVEREIRO / 2008
Novos associados Centro de Formação de Condutores Ascurra Ltda Centro de Formação de Condutores Beira Rio Ltda Centro de Formação de Condutores Blu Ltda Centro de Formação de Condutores Garcia Ltda Centro de Formação de Condutores Pérola do
Vale Ltda Clínica e Laboratório Dr. Joel SC Ltda Instituto Brasileiro de Gerontogia Ltda Magrass Franchising Ltda Mídia Digital Comunicação Visual Ltda Proesi Comércio Serviços Ltda Rafatricons Bordados Ltda Rocefe Ind. Comércio de Máquinas e Equipa-
mentos Eletrônicos Rosil Comércio de Carnes e Frios Ltda Schmitt & Souza Distribuidora Ltda Tam Linhas Aéreas S.A. Tecnosan Tecnologia e San. Ambiental Ltda Transportes Keller Ltda Vértice Sistemas de Informática Ltda Vitória Brasil C.FC Ltda
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ARTIGO
Indústria
do patrocínio “A Lei Rouanet precisa ser melhorada”. Com esta frase, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, reflete uma visão nacional: a de que apoiar projetos e eventos é uma vertente que está cada vez mais em evidência como um bom negócio, principalmente para a iniciativa privada. Ao todo, mais de 800 fontes de recursos podem ser exploradas para apoiar eventos e projetos. No Brasil, estes recursos não são bem aproveitados e, nos estados do Sul, a situação é ainda pior. Pesquisa recente do IBGE aponta que os estados do Sul do Brasil são os que menos investem nesta área. Somados os anos de 2003, 2004 e 2005, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina gastaram R$ 110 milhões, representando apenas 9,8% do bolo nacional investido em cultura, considerando Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet e Audiovisual). Esta realidade se dá porque a busca por patrocínio pode se tornar uma expedição mal-sucedida já no meio do caminho e muitos projetos não concorrerem até o final pelas verbas disponíveis. Entre os maiores entraves estão burocracia e a falta de informação. Além disso, o que também impera é o desconhecimento dos procedimentos destes processos que, na realidade, deveriam servir como um elo entre as instituições públicas, detentoras destas verbas, e as boas idéias em prol do bem comum. O Estado de Santa Catarina, por exemplo, já fez sua parte aprovando e regulamentando leis de incentivo à cultura, esporte, turismo, ciência e tecnologia, social, emprego e outros. O Governo Federal também vem tentando regulamentar e ajustar estes caminhos para facilitar o emprego destas verbas em eventos e projetos. 28
Saiba mais No site www.institutomovimento.com.br pode-se fazer o download do livro “A Indústria do Patrocínio em Santa Catarina”, de Márcio Godoy. A obra contém um grui com as fontes nacionais e internacionais para apoio e patrocínio de projetos sociais e ambientais.
Em virtude desta crescente busca por apoio e profissionalização deste mercado de patrocínio, está se formando um fenômeno chamado de “indústria do patrocínio”. Iniciativas sociais e culturais estão sendo vistas como bons negócios e têm combinado responsabilidade social com lucro. Dados do IBGE indicam que, entre 2003 e 2005, o número de empresas relacionadas à cultura constituídas na formalidade teve um crescimento superior ao crescimento do número de todas as demais empresas no País. Neste momento, então, registramos uma expectativa real
de mudança nos processos e no andamento das etapas de captação de recursos para apoios e patrocínios. Assim, como o terceiro setor se organizou nas últimas décadas e hoje forma uma força considerável na economia nacional, a indústria do patrocínio tende a ser um grande e respeitado mercado que vai pertencer aos empreendedores visionários num futuro breve. Márcio Godoy Diretor-presidente do Instituto Movimento Pró-Projetos de Santa Catarina
MEMÓRIA
NASCE A
ACIB (1901-1913)
Parte III
Arquivo Histórico de Blumenau
Rua XV de Novembro, onde estava a maior parte dos associados da Acib no início do século 20 Sobre as intenções da Associação, o Blumenauer Zeitung opinava, em 28 de dezembro: “Se a Associação Comercial conseguir tudo aquilo a que se propõe, será dado um grande passo em direção ao melhoramento de todo o comércio da região”. E complementava, adiante: “Tomara que não sejam palavras vazias, pronunciadas ao tomar uma boa cerveja, durante as reuniões pela manhã de terça-feira”. As ações que se seguiram, no entanto, mostraram que o surgimento da Associação Comercial seria fundamental para o desenvolvimento da economia de Blumenau. O surgimento formal da Associação foi, na verdade, fruto de um movimento que vinha amadurecendo há três anos. Desde 1898, os comerciantes e industriais mantinham encontros regulares para discutir as dificuldades de comercialização de seus produtos e buscar soluções conjuntas para o problema. Não havia, contudo, nenhuma formalidade que os unisse em torno de uma entidade, fato que surgiu 30
somente em 1901, com o registro da ata e dos estatutos da Associação. A principal motivação que uniu as lideranças locais foi a possibilidade de, juntas, poderem ter mais força para reivindicar ao governo a abertura e manutenção de melhores vias de escoamento da produção local, fixar bons preços de compra junto aos colonos e de venda dos produtos manufaturados nos mercados externos. Preocupava-os muito a queda do preço da manteiga, responsável por um quarto do valor total produzido pela indústria blumenauense no início do século passado. É importante lembrar que, quando criada, a Associação Comercial abrangia um território muito maior que o da atual Blumenau. Na época, englobava os atuais municípios de Gaspar, Massaranduba, Pomerode, Indaial, Timbó, Benedito Novo, Rio dos Cedros, Doutor Pedrinho, Ascurra, Rodeio, Apiúna, Ibirama, José Boiteux, Dona Emma, Witmarsun, Lontras e Rio do Sul, entre outros. A redução das exportações de Blumenau estava atrelada aos problemas enfrentados pela economia do Brasil no início do
século 20, reflexo da instabilidade política causada pela mudança do sistema imperial para a República. “A idéia das novas elites era promover uma industrialização imediata e a modernização do país ‘a todo custo’. Houve uma completa abertura da economia aos capitais estrangeiros e, com isso, a mais escandalosa fraude especulativa, propiciando a ascensão de uma nova camada de arrivistas, enriquecidos no jogo especulativo que, junto aos cafeicultores do Sudoeste, transformaria-se numa das principais bases sociais e econômicas de sustentação da elite científica e tecnocrática. Esse processo de mudança social alcançou amplas, dimensões, à medida que o advento do novo regime e a instauração da nova ordem econômica desencadearam igualmente movimentos especulativos em torno de taxas cambiais, do mercado imobiliário e de aluguéis, do fornecimento de gêneros alimentícios de primeira necessidade e de ampla gama de importações”. * Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.