Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 17

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Ano 2 nº 17 Setembro 2008

Cultura em larga escala De um endereço acanhado na Rua XV de Novembro, na década de 1950, a Livraria Alemã deu origem ao Grupo Todo Livro, que produz 25 milhões de exemplares por ano

Filho do fundador Willibald Karl-Fritz König, Juergen (foto) foi o responsável pela reestruturação da livraria e criação do grupo empresarial

INTERNACIONAl: a posição do Brasil no comércio exterior



EDITORIAL

O direito do voto e o

dever da cobrança Estamos a poucos dias das eleições municipais de 2008. Embora as três entidades – Acib, CDL e Sindilojas – sejam apartidárias, não são em momento algum apolíticas. Por isso, decidimos trazer este tema à reflexão. É necessário que todos nós entendamos que a política não é feita apenas por aqueles que nos representam nas casas legislativas ou no Executivo, mas por cada cidadão, que exerce por meio do direito do voto o seu dever democrático para com o País, o Estado e o Município em que vive. No entanto, votar não é o único ato político de um cidadão. Ele tem muito mais responsabilidade do que isso. É preciso, além de eleger aquele que irá reger a nossa cidade, saber cobrar o cumprimento das promessas e compromissos assumidos em campanha. É primordial o acompanhamento do trabalho dos vereado-

res e do prefeito após as eleições, para sabermos se eles efetivamente estão promovendo as melhorias necessárias dentro das suas possibilidades. A Acib, a CDL e o Sindilojas têm exercido o papel de cobrar dos representantes aquilo que nossa região necessita. Mas, não se deve esperar que esse tipo de atitude seja tomada apenas pelas entidades de classe ou associações. Ela deve partir de cada um, porque todos são afetados pelas decisões dos políticos. É nossa vida diária que está em discussão, mas também o futuro das próximas gerações. Muito do que vamos deixar para nossos filhos e

netos depende das decisões que tomamos neste momento. É um equívoco criticarmos quem está no poder sem participar ativamente do processo político. O exemplo vem de cada cidadão. Os políticos são apenas o espelho de uma nação que os escolhe para decidir sobre a direção a ser tomada. Temos o direito de escolher nossos representantes, mas, principalmente, o dever de fazer com que eles assumam as responsabilidades que lhes cabem. Ricardo Stodieck Presidente da Acib

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SUMÁRIO

ações para o desenvolvimento das exportações Maurício Lucena do Val fala sobre a posição do Brasil e as ações do governo no comércio internacional

6 ações para impedir o caos no trÂnsito

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a história de sucesso de um imigrante alemão

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Hubert Schildwächter chegou ao Brasil em 1955 e viu nos trópicos a oportunidade de crescer

Dia Sem Carro chama atenção para o uso excessivo do automóvel nas cidades

10 Empresários de Blumenau fazem intercâmbio 24 Núcleo Setorial das Escolas de Educação Infantil 26 Entidades apóiam o Feliz Natal em Blumenau 29 Artigo – Sou acessível ao trabalho em equipe?

32 ACIB é notícia 34 CDL é notícia 37 Sindilojas é notícia

EDITOR-EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA-ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Ana Paula Lauth, Elis Facchini, Michele Wilke, Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional) COORDENADOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Fernando Schulze FOTOS Ivan Fernando Schulze, Gilberto Viegas e Divulgação DIRETOR COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - debarba@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br DIRETOR EDITORIAL Luiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - mund@mundieditora.com.br

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de livraria a editora Nascida na década de 1950, a Livraria Alemã passou por readequação na década de 1990 e originou o Grupo Todo Livro

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Conselho Editorial Acib: Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Avelino Lombardi e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau-SC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br

Mundi Editora Luiz Mund e Sidnei dos Santos

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Entrevista com Maurício Lucena do Val, diretor do Departamento de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Maurício Lucena

do Val

O engenheiro civil carioca Maurício Lucena do Val preferiu deixar a profissão para se dedicar ao Comércio Exterior, sua especialidade. Foram anos atuando como coordenador-geral de logística, crédito e financiamento pela Secretaria de Comércio Exterior do governo federal. Ao assumir a direçãogeral de Comércio Exterior do Banco do Brasil, cargo que ocupou até 1990, adquiriu o conhecimento necessário para atuar em outros segmentos, como no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. Atualmente, pertence ao Conselho Nacional de Imigração e é diretor do Departamento de Comércio e Serviços (Decos) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, cargo que ocupa desde setembro de 2005. Na quinta-feira, 21 de agosto, Maurício Lucena do Val esteve em Blumenau a convite do Núcleo de Comércio Exterior da Acib e ouviu as principais reivindicações do setor de serviços e exportação da região. Em entrevista exclusiva à Revista Empresário, expôs os objetivos e programas desenvolvidos pelo governo federal para ampliar os índices de exportações do segmento, que hoje atingem 25% ao ano.

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Ações para desenvolver a

exportação de serviços

Revista Empresário: Quais as principais ações do Departamento de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesse momento? Maurício Lucena do Val: O que podemos destacar é a construção do Sistema Integrado do Comércio Exterior e de Serviços. Hoje, a maior carência da atividade de serviços não é a competitividade das empresas, não é a dificuldade de acesso ao mercado, não é a escassez de serviços. É a falta de informação. O próprio setor e os empreendedores desconhecem o comércio internacional de serviços, o próprio governo tem informações limitadas. Toda essa desinformação contribui para estabelecer um cenário de maior dificuldade no crescimento das exportações. Com relação a isso, o Brasil, nos últimos quatro anos, tem crescido em média 25% ao ano nas exportações de serviços, o que demonstra um potencial muito grande. Nós estamos construindo um sistema integrado com a Receita Federal, o Banco Central e o IBGE para estabelecer políticas públicas, dar condições para que as empresas tenham capacidade de definir planejamento estratégico. A visibilidade no setor vai projetar possibilidades, dar segurança aos órgãos formuladores de políticas públicas para estabelecer incentivos e capacidade de aferição de resultados. É uma segurança. Com os resultados aparecendo, esses incentivos serão expandidos. RE: Quais os setores em que o Brasil é mais forte na exportação de serviços? Maurício: O Brasil se destaca mui-

to na exportação de serviços na construção civil, engenharia e software. Na questão da exportação de software, exportamos em torno de um bilhão de dólares. Nós temos potencial para multiplicar isso pelo menos em quatro vezes. Se nós considerarmos a expressividade das empresas brasileiras no mercado interno, percebemos que esse número não é difícil de alcançar. Inclusive, a meta da Política de Desenvolvimento Produtivo, criado recentemente pelo governo Lula, é alcançar uma evolução dessa ordem num prazo de quatro anos. RE: Então isso pode afetar diretamente o setor de informática, um dos principais em Blumenau. Quais as ações do governo e as vantagens para a economia? Maurício: A importância dessas empresas de serviço participarem do comércio internacional está relacionado às próprias características do setor. Você não tem serviços inibidores de acesso ao mercado. Essas empresas podem comercializar serviços estando sediadas aqui no Brasil ou no exterior, para compradores daqui. Não basta para as empresas das atividades de serviço no Brasil se manterem exclusivamente com o mercado doméstico. Elas vão sofrer com a concorrência das estrangeiras aqui dentro e é mais salutar para ela, até para ganhar uma capacidade de competitividade maior, participar do comércio internacional. Ao participar, aumenta o mercado, aumentam as oportunidades de novos investimentos, contratação de mais empregados e, conseqüentemente, aumenta a arrecadação da União, es-

tados e municípios. Isso, com certeza, traz um impacto muito favorável no desenvolvimento social do País. RE: Um dos problemas que atrapalhava esse setor (informática) é a dificuldade de encontrar pessoal com fluência num segundo ou terceiro idioma. Como o governo pode atuar nessa área? Maurício: Na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) foi criada uma ação para o complexo de serviços. Basicamente, essa ação identifica os assuntos de tratamento prioritário. Essa questão relacionada à necessidade de pessoal com fluência de idioma tem sido recorrente com relação às empresas de software e que certamente poderão ser discutidas pelo comitê de gestão pela PDP para buscar uma solução e desenvolver ações em outras áreas do governo. RE: Em reunião com os empresários do Núcleo de Comércio Exterior da Acib, o senhor comentou que as empresas de serviços conseguem entrar com facilidade no País. E para as nossas empresas irem para outros países, quais são as dificuldades? Maurício: Há todo um incentivo na internacionalização dos serviços das empresas brasileiras desse segmento. Já temos 23 mil empresas no País que ingressam divisas por conta da exportação de serviços. Com o sistema integrado de comércio exterior, isso dará condições aos órgãos de governo de estabelecer políticas de incentivo à internacionalização dessas empresas. A Política de Desenvolvimento Produtivo do complexo de serviços complementa-

Não basta para as empresas das atividades de serviço no Brasil se manterem exclusivamente com o mercado doméstico. Elas vão sofrer com a concorrência das estrangeiras aqui dentro

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Entrevista com Maurício Lucena do Val, diretor do Departamento de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

rá essa necessidade e dará uma condição mais favorável na participação dessas empresas. Com relação à abertura do mercado brasileiro do segmento de serviços, com certeza não há nenhum tipo de restrição da presença comercial estrangeira no Brasil. Isso é muito bom, pois o que nós precisamos é de investimentos e recursos para gerar novos empregos e aumentar a arrecadação dos municípios, dos estados e da União. Por outro lado, em outros países isso não ocorre da mesma maneira. Eles estabelecem condições diferentes para acesso ao mercado, inclusive participação representativa de capital nacional. Sem contar outros tipos de exigências relacionados à regulamentação doméstica, que servem como inibidores de acesso àqueles mercados. RE: A sigla BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China – é usada para designar os quatro principais países emergentes que poderão se tornar a maior força da economia mundial. O se-

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nhor concorda com esse acrônimo criado em novembro de 2001 pelo economista Jim O’Neill? Maurício: O Brasil, na realidade, está em uma situação mais favorável do que esses países. Temos uma melhor condição territorial, com terras produtivas em quase toda extensão. Na China, menos de 50% do território é produtivo. O mercado brasileiro é expressivo, com quase 200 milhões de habitantes. Possui um regime político com democracia, liberdade de comunicação e que a segurança no aspecto político é muito importante. Temos riquezas naturais, como a água, e não precisamos investir muito em desenvolvimento de novas fontes de energia limpa, pois já as possuímos. A perspectiva em termos de crescimento e de participação do Brasil é muito favorável. Além disso, nosso mercado de capital é muito mais evoluído do que China, Índia e Rússia. A economia russa, por exemplo, está concentrada no petróleo e a China possui um regime político que

difere da maioria dos países desenvolvidos, com características especiais. A denominação da BRIC enquadra o Brasil como um país importante dentre os emergentes, mas a qualificação dele em relação à demanda é maior, pelas características nacionais e de estabilidade que ele apresenta. RE: O que ajudou o Brasil a manter essas características? Maurício: A política monetária que vem sendo adotada pelo governo brasileiro, sob orientação do Conselho Monetário Nacional, e pela presidência do Banco Central do Brasil, está dando uma segurança tamanha e uma imagem consolidada ao País para todo o mundo. O Brasil conseguiu, num momento em que o mundo vive uma crise na economia, ter a sua participação de risco melhorada para classificá-lo como grau de investimento. É um atestado da competência de como que está sendo tratada a política econômica no Brasil.


RE: Quais são os fatores que impedem o Brasil de crescer mais no comércio exterior? Maurício: Em termos de comércio exterior, ainda existem algumas limitações que estão sendo enfrentadas e solucionadas pelo governo brasileiro: os entraves na área de logística, superados com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com os recursos destinados para a infra-estrutura de escoamento da produção brasileira, como portos, rodovias, ferrovias, investimentos de novas geradoras de energia elétrica e linhas de transmissão. Além disso, há um processo con-

tínuo no governo de desburocratizar procedimentos e eliminar entraves operacionais na administração pública e comércio exterior. O principal entrave que existe para o comércio exterior no Brasil, para bens, não é a nossa realidade, mas o protecionismo que existe em outros mercados, que dificulta o maior acesso dos produtos, sobretudo os agropecuários nos países desenvolvidos, como as nações da União Européia e os Estados Unidos. RE: As empresas exportadoras de serviços também enfrentam estes problemas para entrar no mercado internacional?

Maurício: Na parte de serviços, os entraves não são muito perceptíveis, mas também existem. Têm países que definem condições bem restritivas para que uma empresa de fora tenha presença comercial e possa exercer sua função lá. Isso ocorre, por exemplo, no Oriente Médio, onde as empresas são controladas pelo capital daquele país. Há uma inibição muito grande de acesso ao mercado por empresas estrangeiras. Para determinados serviços, você não consegue executar sem ter a presença comercial. Uma condição básica para os serviços de construção civil, por exemplo.

O principal entrave que existe para o comércio exterior no Brasil, para bens, não é a nossa realidade, mas o protecionismo que existe em outros mercados, que dificulta o maior acesso dos produtos


INTERCÂMBIO

Empresários blumenauenses

NA ALEMANHA

Bruno Barbieri e Dieter Claus Pfuetzenreiter participaram da missão da Fiesc na Alemanha Um intercâmbio empresarial na Alemanha está rendendo bons resultados a duas empresas blumenauenses: a Projetech Eletrônica e a Joy Branding & Design. O 11º Projeto de Cooperação Econômica Baviera X Brasil - realizado pela Academia de Administração Munique Internacional, juntamente com a representação da Baviera no Brasil - aconteceu entre 12 e 19 de julho, em Augsburg, na Alemanha. Augsburg é, depois de Munique e Nuremberg, a terceira maior cidade da Baviera e uma das mais antigas da Alemanha. O convite partiu da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) que, anualmente, seleciona empresas e entidades para participarem do intercâmbio com o objetivo de fomentar relações comerciais entre os setores empresariais brasileiros e bávaros através de parcerias. Neste ano, 10 representantes brasileiros foram escolhidos para participarem do projeto financiado pelo Ministério de Economia, Infra-Estrutura, Transporte e Tecnologia do Estado da Baviera. Das oito empresas presentes na 11ª edição do 10

evento, apenas duas eram catarinenses. A Projetech Eletrônica foi representada pelo diretor-comercial Dieter Claus Pfuetzenreiter, coordenador do Núcleo de Indústrias Eletrônicas da Acib. Esta foi a primeira participação da Projetech em um intercâmbio internacional. Das 12 empresas que a fabricante de equipamentos eletrônicos e potência selecionou para contato, 10 foram visitadas pelo diretorcomercial. “Fizemos o contato para avaliarmos os produtos”, explica Pfuetzenreiter. “A Errepi se interessou pelos nossos equipamentos”. Para Pfuetzenreiter, a viagem ajudou a ampliar o leque de possibilidade de negócios da empresa. “Participar do projeto foi muito interessante. Assim é possível saber em que nível nós estamos em relação a eles. Na verdade, foi uma surpresa descobrir que nós usamos algumas tecnologias que eles nem utilizam ainda. Por isso, agora eles vão comprar equipamentos nossos”, diz o empresário. Design A Joy Branding & Design, único estúdio de design a participar deste projeto no setor de serviço, foi representada pelo só-

cio-proprietário Bruno Barbieri, que é coordenador do Núcleo de Criação e Design da Acib. “Lá eu falei com os melhores de cada ramo e vi de perto uma amostra dos produtos deles”, conta o blumenauense que já havia morado na Alemanha, onde cursou um semestre da faculdade. O contato com profissionais renomados e os diferenciais dos estúdios de lá foram os pontos positivos destacados por Barbieri, que visitou empresas em diversas cidades do Estado da Baviera. “Um dos pontos mais favoráveis foi o fato deles oferecerem dicas de como focar o nosso negócio no Brasil”. Segundo Barbieri, todas as empresas foram receptivas e deram idéias de como trabalhar a criação no estúdio blumenauense. Barbieri aproveitou a viagem para participar do Fórum Bayonik (Rede de Biônica da Baviera). O sócio da Joy Branding & Design, Erickson Ribeiro, diz que foi importante a participação no intercâmbio, tornando possível ter uma idéia de como funcionam os projetos que poderão ser adequados ao mercado brasileiro. “Também temos alguns clientes que têm produtos que podem ser adequados ao mercado Bávaro”. A Joy já tem algumas parcerias em vista, garantem os sócios.


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NEGÓCIOS

Cultura made in

Blumenau A criação de uma editora blumenauense, que atualmente produz em torno de 25 milhões de exemplares por ano, consolidou o Grupo Todolivro. A primeira marca da editora foi criada em 1987, com lançamento de livros adultos, sem foco definido, para serem comercializados na Livraria Alemã, que também faz parte do Grupo. “O selo editorial Eko foi lançado sem o compromisso de criar uma editora, efetivamente”, explica o empresário blumenauense Juergen König, presidente do grupo.

Grupo Todo Livro produz 25 milhões de exemplares por ano 12

No início da década de 90, com o cenário econômico do País alterado, foi preciso rever as estratégias, modificando os rumos da empresa. Aos poucos, a edição de livros foi ganhando força e, em 1997, a empresa mudou a razão social de Livraria Alemã para Grupo Todolivro. No mesmo ano, a Todolivro fez uma parceria com a empresa espanhola Susaeta, que tinha o foco em livros infantis. Em 1999, por causa da desvalorização cambial, não houve mais interesse da Susaeta manter a sociedade. “Foi então que nós compramos a parte do sócio espanhol na Todolivro e continuamos publicando. Nesta ocasião, foi definido o foco da empresa para os livros infantis. A marca Todolivro continua sendo o selo principal, correspondendo a 50% do faturamento da editora. Hoje, o grupo engloba as livrarias e a editora - com os selos Eko, Todolivro, Brasileitura e SBN – que é responsável por 90% do faturamento da empresa. A editora faz dois tipos de livros: um em que o desenvolvimento, desde a concepção, é feito pela equipe editorial. A outra fatia é formada por produtos e projetos que a editora compra no Exterior. “São livros bem sucedidos em seus países de origem pelo qual pagamos royalties e direitos autorais. Mas apenas 30% são comprados fora, enquanto 70% dos produtos são criados aqui”. São 1,5 mil títulos ativos, comercializados pela editora. Os selos Brasileitura e Todolivro, a marca mais forte da editora, são voltados exclusivamente para o público infantil – incluindo livros de história, atividades e jogos de entretenimento -, sendo que o primeiro é destinado a atacadistas e mercado de porta em porta. “São produtos mais baratos, por causa da diagramação e do material utilizado, mas que oferecem o mesmo conteúdo de textos e ilustrações”. O Eko é um catálogo que combina obras para crianças e adultos (com foco nos gêneros de auto-ajuda, saúde, desenvolvimento humano, negócios e gift books). Já o selo SBN foi criado no início deste ano como um catálogo religioso.


Investimento para crescer A tiragem das obras também é diferenciada. Os títulos da Brasileitura, atualmente com 120 obras em catálogo, saem com tiragem média de 30 mil exemplares. Os lançamentos da Eko, cujo catálogo soma cerca de 200 obras, giram em torno de 3 mil a 5 mil exemplares. “Esporadicamente, chegamos a 10 mil exemplares com alguma obra deste selo. Temos de 20 a 30 títulos que têm uma tiragem maior, como os livros do consultor motivacional Daniel Godri”. Logística A sede da editora está situada na Rua das Missões, na Ponta Aguda, em uma área de 6,5 mil metros quadrados. Até 2006, a editora ocupava a maior parte do prédio de sete andares onde está a megastore da Livraria Alemã, localizada na Rua Amadeu da Luz, no Centro da cidade. Por causa de uma questão de logística, o grupo Todolivro investiu aproximadamente 3,5 milhões de reais para efetuar a mudança. “Resolvemos sair do Centro porque era um problema para a carga e descarga dos caminhões”. Na sede da editora fica todo o estoque que segue para a distribuição em todo o Brasil. No local é feito todo o desenvolvimento do produto, desde a concepção da idéia à distribuição. A parte de impressão é terceirizada em gráficas do Brasil e da China. As quatro marcas possuem catálogos distintos e equipes de venda separadas. “A editora dispõe de 32 representantes distribuídos em todo Brasil”, detalha König. Na editora, é feito todo o planejamento e controle da produção. São 30 funcionários distribuídos entre a expedição, o armazém de estoque e o suporte para os representantes (call center). Também são feitos os contatos com autores, revisores, tradutores e diagramadores, entre outros. A parte da ilustração é feita pelo Belli Studio, de Blumenau, que possui uma parceria com a Todolivro há 10 anos e, hoje, conta com uma equipe de aproximadamente 20 pessoas que criam as ilustrações e desenhos animados que são acoplados

Juergen König foi o responsável pela reestruturação da empresa aos livros através de um CD (áudio, jogos, multimídia). “Esta é uma forma de agregar valor ao produto e oferecer mais conteúdo”, define König. Exportação Uma das metas da empresa é exportar livros para outros países em feiras internacionais. A Todolivro já exportou títulos variados para países da América do Sul, como Argentina, Peru e Chile, entre outros. Atualmente, está vendendo direitos autorais para o Exterior, como os de uma coleção de clássicos para a Rússia. “Mas o forte da editora ainda é a distribuição de livros aqui no Brasil”, afirma o empresário. 13


NEGÓCIOS

Livraria Alemã deu início ao grupo Uma pequena loja na Rua XV de Novembro foi o primeiro passo do empreendedor Willibald Karl-Fritz König, imigrante alemão que prezava uma boa leitura. O objetivo era vender livros e revistas importados da Alemanha, atendendo um grande público formado essencialmente por alemães e seus descendentes. A Livraria Alemã, fundada em 1952, deu início ao grupo Todolivro. Não demorou para Willibald consolidar sua marca no comércio de Blumenau. Porém, pouco tempo depois, o fundador foi obrigado a se afastar parcialmente, por motivos de saúde. O filho dele, Paulo, abandonou a marcenaria para se dedicar ao investimento do pai. Com o falecimento de Willibald, Paulo assumiu definitivamente os negócios da família, em 1958. A esposa, Ana, também foi importante no processo de crescimento da Livraria Alemã, que passou a disponibilizar maior

quantidade de produtos, além de títulos em Português, artigos de papelaria e livros escolares. Dos três filhos do casal, apenas Juergen König permanece até hoje no negócio. Raimer atuou na empresa de 1975 a 2000, e Ralf, de 1995 a 2001. Quem conta essa trajetória é a atual administradora da Livraria Alemã, Sirley dos Reis. Mesmo formada em Educação Física, Sirley trabalha com livros há 18 anos. Ela pontua que Juergen König foi a peça principal para impulsionar a livraria na região. “A marca foi expandida e abriramos 14 lojas em diversas cidades de Santa Catarina, sendo quatro em Blumenau”, conta Sirley. Contudo, o cenário econômico da época não era um dos mais positivos e a empresa precisou rever suas diretrizes para se manter forte no mercado. Em 1994, 12 das 14 livrarias precisaram ser fechadas. Juergen apostou na edição de

livros para alavancar os negócios e assim surgiu o grupo Todolivro. A megastore da Livraria Alemã, localizada na Rua Dr. Amadeu da Luz, no centro, possui 1,2 mil metros quadrados de área de venda e comporta um acervo de 19 mil títulos ou 50 mil exemplares. O espaço é aconchegante, com mesas para jogos e leitura. Ainda conta com um delicioso café, onde pode-se saborear pratos da culinária portuguesa. “O café combina diretamente com a leitura”, registra a administradora, Sirley dos Reis. Muito além dos livros, os consumidores podem ter acesso ao universo da papelaria e dos presentes diferenciados. A Livraria Alemã também oferece vantagens para os clientes, como o cartão fidelidade, com descontos e registro de pontos, à medida que fazem as compras. Convênios beneficiam profissionais, alunos e professores.

A livraria tem hoje duas lojas em Blumenau: a mega store na Rua amadeu da Luz (foto) e outra no Shopping Neumarkt 14


Incentivo à leitura

Sirley dos Reis é a administradora da Livraria Alemã, empresa que originou o Grupo Todo Livro

Aos sábados, a livraria oferece contação de histórias e jogos direcionados a crianças e jovens. Ainda assim, disponibilizam mini-palestras junto com os lançamentos de livros. Escritores de Blumenau e região ocupam as prateleiras principais da megastore, mostrando que a cultura merece ser enaltecida entre os conterrâneos. Há também pequenos grupos que utilizam o espaço para momentos de lazer. Constantemente, as escolas visitam a Livraria Alemã com o objetivo de despertar o gosto da leitura nas crianças. Quanto a isso, a administração, em parceria com a Belli Studio, está implantando um novo projeto: as escolas conhecerem passo a passo a editoração de um livro até a chegada à livraria. Internet e livros Todos os dias, 130 novos livros são lançados no mercado editorial. Edições que muitas vezes as livrarias de grande porte não conseguem agregar para o seu mercado. “Por isso, a Livraria Alemã trabalha com sistema de encomendas”, explica Sirley dos Reis. O sistema é direcionado para os clientes que se apresentam na loja, diferentemente daquele em que as pessoas solicitam os títulos via internet. Sirley acredita que a rede mundial de computadores interfere na venda de livros, mas não porque as pessoas lêem ou compram pela internet. “Hoje, elas trocam a leitura pela internet”, pontua. Sirley pôde comprovar esse fato com pesquisas com os clientes, conhecidos e também com um grupo de senhoras habituadas à leitura que resolveu fazer um curso para utilizar a internet. Em pouco tempo, elas trocaram as noites dedicadas ao livro pela checagem de e-mails.

PERFIL Fundação: 1952 Razão Social: Todolivro Distruibuidora Ltda. Número de funcionários: 15 funcionários (nas livrarias) e 45 na editora (além dos 32 representantes) Principais atividades: comercialização de livros e material de papelaria; publicação e comercialização de livros infantis e adultos. Produção: 25 milhões de exemplares por ano (Editora Todolivro) Selos: Eko, Todolivro, Brasileitura e SBN

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Transporte

Em favor da mobilidade

e do meio ambiente O setor de transporte do Brasil é responsável por quase a metade do consumo de petróleo no País, na forma de diesel e de gasolina. É também a principal fonte de gás carbônico nas maiores cidades brasileiras. A combustão de derivados de petróleo provoca sérios danos à saúde e é a maior responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no mundo, contribuindo para o aquecimento global. Cada vez mais as cidades são modificados para comportar automóveis, o que gera a “cultura do carro”. Incluir a bicicleta como um dos meios de transporte das cidades é uma alternativa defendida pela Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC). Para tornar isto viável, é necessário proporcionar infra-estrutura para quem quiser se deslocar sobre duas rodas. O diretor-administrativo e tesoureiro da ABC, Diogo Fernando Junkes, cita exemplos de países da Europa onde este meio de transporte já foi adotado como alternativa viável. 18

A associação enfoca principalmente a conscientização, envolvendo a comunidade e o poder público. “Esta é uma ideologia que deve ser plantada desde cedo”, aponta. A ABC promoveu recentemente um concurso de redação entre estudantes com o tema “Mobilidade Urbana e Preservação Ambiental”, que premiará seis categorias com bicicletas, durante os eventos do Dia Sem Carro, em 22 de setembro. Segundo Junkes, a bicicleta tem a vantagem de ser um veículo barato, com baixo custo de manutenção, não-poluente, que faz bem à saúde, ocupa pouco espaço viário e de ser ideal para trechos curtos. Atualmente, há 48 quilômetros implantados de um projeto que contempla mais de 100 quilômetros de ciclovias em Blumenau. O problema é que estes trechos não estão interligados, impedindo que o ciclista se locomova com segurança em distâncias maiores. “A ABC fez várias solicitações quanto a isso, inclusive para o Ministério das Cidades e Ministério dos Transportes. O ministro das Cidades designou um representante que conheceu

o município e se empenhará para trazer verba para completar estes trechos de ciclovias”, conta. De acordo com Junkes, são diversas as dificuldades para quem deseja utilizar a bicicleta como meio de locomoção. Ele cita entre elas a falta de respeito dos motoristas, que não consideram a bicicleta um veículo. Os poucos locais para estacionar bicicletas com segurança no Centro também são um impedimento. “A bicicleta não é vista como um meio de transporte e sim como uma brincadeira de final de semana”, avalia Junkes. Ele acredita que para melhorar este aspecto seria necessário delimitar o espaço para bicicletas, caso contrário, gera insegurança.


Alternativas para desobstruir o trânsito É visível a sobrecarga de veículos em Blumenau. Basta passar os olhos e perceber que no máximo duas pessoas preenchem os bancos dos automóveis. O censo demográfico de 2007 registrou 292.972 habitantes. Com aproximadamente 170 mil veículos em circulação, calcula-se 1,7 pessoa por automóvel. Acredita-se que, em breve, haverá um carro para cada pessoa na cidade. “O aumento do número de veículos é expressivo. Desde a década de 1970, são planejadas ações para resolver o problema do trânsito na cidade”, afirma o secretário municipal de Planejamento Urbano de Blumenau, Walfredo Balistieri. O programa Blumenau 2050, desenvolvido por uma equipe técnica, apresenta projetos de execução em curto, médio e longo prazos para resolver ou impedir problemas quanto ao uso territorial da cidade. Uma das principais dificuldades é a circulação de veículos pelo centro de Blumenau. O problema já havia sido identificado na década de 1970, quando o Plano Diretor previu a criação de um sistema de anéis que interligasse os bairros, sem precisar passar pelo centro. “O projeto Blumenau 2050 prevê a criação de um anel periférico, que liga bairros distantes uns dos outros, com o intuito de desobstruir o trânsito do centro”, destaca Balistieri. De momento, a prefeitura deve realizar obras para resolver problemas pontuais. Um exemplo é o binário da Rua Paris, no Bairro Itoupava Norte, que será finalizada em 90 dias. Próximo à Ponte do Salto estão sendo abertas pistas, com dois centros rotatórios para desafogar o trânsito. Também está prevista a conclusão de três rotatórias na Rua das Missões. “São pequenas ações que ajudam a desobstruir o trânsito”, diz o secretário. Outra obra de bastante relevância para a cidade é a conclusão da Via Expressa. Futuro A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ou metrô, consta no projeto Blumenau 2050. Ele será, no futuro, um dos principais meios de locomoção para integrar os principais pontos turísticos da cidade, com agilidade e preço baixo. “É um projeto muito grande e foi baseado em modelos europeus. A fabricação desse transporte vai ocorrer a partir de 2010 e será implantado em Blumenau até 2050”, diz o secretário de Planejamento Urbano. O transporte pluvial será mais uma alternativa para o futuro. Com apenas um ticket, moradores e turistas poderão utilizar o transporte coletivo, o sobre trilhos ou esse sobre as águas do Rio Itajaí-Açú, circulando de norte a sul da cidade. Pelo menos é o que está previsto no Blumenau 2050.

Dia Sem Carro No dia 22 de setembro acontece na Rua XV de Novembro, das 8h às 18h, o Dia Sem Carro. Parte da via será fechada para abrigar passeios ciclísticos, jogos recreativos, educacionais e apresentações culturais. Quarenta entidades e empresas são apoiadoras do evento organizado pela Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC).

completo do Centro da cidade, visto o número crescente de emplacamentos mensais. Os automóveis ocupam 70% do espaço público para transportar apenas 20% da população. 40% dos níveis de poluição vêm das descargas dos veículos automotores, devido ao aumento da frota”, diz o diretor-administrativo e tesoureiro da ABC, Diogo Fernando Junkes.

O evento mundial, realizado pela segunda vez em Blumenau, serve para discutir soluções para mobilidade urbana e preservação do meioambiente. “O objetivo do Dia Sem Carro é chamar a atenção de todos para um eminente congestionamento

O primeiro Dia Sem Carro foi criado na França, em 1998. Desde então, a mobilização se estendeu a vários países, chegando ao Brasil em 2001. Em 2007, 56 cidades brasileiras integraram ações de conscientização, num total de 2.016 no mundo.

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Transporte

Centralização dos serviços cria problema localizado A coordenadora do Eixo de Circulação e Transporte do Blumenau 2050, arquiteta Carla Cíntia Back, diz que o sistema viário, com a elaboração de novas vias e pontes, não cresce na mesma proporção dos veículos que transitam no município e aponta que, desta forma, a mobilidade da cidade tende a cada ano piorar. “Ocorre que muitas de nossas cidades possuem uma forte centralidade e a população é muito dependente dela, gerando assim diversos deslocamentos. Como é o caso de Blumenau, que na área central e entorno possui setor administrativo municipal, setor bancário, as maiores escolas particulares, hospitais, clínicas e muitos consultórios, shopping e grandes redes de supermercado”, cita. Ela observa que, com esta centralização, são gerados vários deslocamentos diários em busca de objetivos diferentes, mas utilizando na grande maioria algumas

das vias principais de Blumenau. “O meio de deslocamento mais utilizado é o de veículo de passeio, ocorrendo assim diminuição da fluidez e o congestionamento em determinados horários”. Com este modelo de ocupação urbana de centralização de equipamentos, comércio e serviços e predominante uso individual de veículos, não há soluções estruturais imediatas a serem tomadas. Carla analisa que para amenizar a questão seria preciso incentivar o uso de transporte coletivo e alternativo em detrimento do transporte individual, dando mais qualidade, conforto, acessibilidade e menor custo. “Temos que atrair o público que hoje não utiliza de transporte coletivo”, afirma. Para isso, ela sugere algumas medidas a serem desenvolvidas que permitiriam maior fluidez no tráfego (ver quadro ao lado).

Para fluir melhor - Ter mais linhas e ônibus e com qualidade. - Implantar, nos terminais urbanos de integração, estacionamentos de veículos particulares e bicicletas, para quem precisa se deslocar a uma distância maior ir até o terminal de carro ou de bicicleta. - Para deslocamentos mais curtos, implantar sistema de bicicletas públicas junto dos terminais e principais equipamentos. O usuário poderia dispor de uma bicicleta em um ponto e deixar esta bicicleta em outro local. Esta medida exige a implantação de rede cicloviário. - Reservar uma pista exclusiva ou compartilhada, mas que dê preferência ao ônibus nas ruas principais. - Diminuir vagas de estacionamento na área central em detrimento à implantação de ciclovias, ampliação de passeios e vias de ônibus (é um engano pensar que retirando áreas de estacionamento vai diminuir o número dos usuários/público. Isso acontece em quase todas as grandes cidades e nem por isso as áreas centrais perdem sua atratividade). - Humanizar os passeios para melhorar a caminhabilidade e garantir a acessibilidade universal de acordo com a NBR 9050/04.

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Case empresarial

História de imigração

e sucesso A vontade de ir para um novo continente e ficar longe das guerras foi mais forte do que a saudade da família. Com apenas 18 anos, em 1955, o alemão Hubert Schildwächter embarcava para o Brasil com sua mãe e mais três irmãos. A partir daquele momento, iniciavase a trajetória do empreendedor, hoje diretor de uma das maiores indústrias de refrigeração do Sul do País: a Ártico Indústria de Refrigeração Ltda. Com dificuldades para falar o português, o contador Hubert iniciou sua carreira no Brasil como mecânico, logo após a chegada da família a Blumenau, sendo esta a última a entrar legalmente em Santa Catarina. Seu irmão, Johannes, sentindo as mesmas dificuldades com a língua, atuou numa empresa de refrigeração. O responsável por acompanhar esse processo foi o tio, Heinrich, que incentivou os rapazes a trabalhar, mesmo que fosse em qualquer área. Algum tempo depois, os dois irmãos decidiram investir numa oficina mecânica de refrigeração. “Nós vimos que o Brasil era um país quente e que o futuro era a refrigeração”, afirma Hubert. Mesmo com poucos recursos, Hubert e Johannes apostaram tudo no projeto do novo empreendimento, unindo o conhecimento que possuíam. Em 1963, a empresa foi transferida do centro para a Travessa Pernambuco, no Bairro Itoupava Seca, já sem a presença de Johannes no comando. O espaço maior passou a comportar cinco funcionários. As enchentes chegaram a castigar a empresa duas vezes, mas este percalço foi vencido. “Perdemos tudo e começamos de novo”, lembra o empreendedor. Com os negócios e investimentos em alta, um terreno pôde ser adquirido no Bairro Salto do Norte, onde fica a sede da empresa até hoje. Com o apoio das administrações municipais da época, Hubert conseguiu fazer a ter22

raplanagem do local, numa área de 45 mil metros quadrados. Era a primeira empresa a se instalar naquele bairro. Em 1972, a Ártico ampliou a linha de produção, fabricando, além de balcões frigoríficos, geladeiras comerciais, câmaras frigoríficas, instalações para panificadoras, lanchonetes, padarias, restaurantes, açougues e supermercados, além de congeladores de diversos modelos e capacidades. A tecnologia passou a ser renovada constantemente. Funcionários foram encaminhados para trabalhar na Eletrolux da Alemanha, para ter acesso à tecnologia. Foi nesse momento que a empresa brasileira produziu o primeiro congelador feito com plástico no Brasil. A comercialização do novo equipamento iniciou-se em dezembro de 1974. A partir de 1990, a Ártico passou a fabricar câmaras frigoríficas. Meio ambiente Na década de 1990, a Ártico Indústria de Refrigeração inovou ainda mais e assinou um acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para eliminação do uso de CFC (gases prejudiciais à camada de ozônio) na linha de produção. Para cumprir o compromisso, investiu em novas tecnologias de injeção de Poliuretano Injetado de Alta Densidade e carga de gás e em cursos e treinamento para o corpo técnico. Desde 2000, eliminou de todos os processos e produtos o uso do CFC, sendo a única empresa do Estado a assinar esse acordo com a ONU. Para contribuir ainda mais com o meio ambiente, a empresa possui uma área de reflorestamento, em Doutor Pedrinho, com 534 mil metros quadrados. São mais de 50 mil árvores plantadas. Além disso, atrás da fábrica no Bairro Salto do Norte, os funcionários podem ter acesso a uma área verde de 7 mil metros quadrados, contendo o maior espaço plantado com palmitos na área urbana de Blumenau.


Investimentos e participações Atualmente, o empresário Hubert Schildwächter divide a direção da empresa com as filhas Christiane, Mônica e Tânia. Ele afirma que a empresa vive uma fase de intenso crescimento, apresentando um aumento anual de vendas em torno de 20%. Com a demanda, a parte física da Ártico precisou ser ampliada. Ainda em agosto, a empresa recebeu mais 6 mil metros quadrados de área construída, somando 18 mil metros quadrados no total. O projeto prevê a construção de mais 6 mil metros quadrados. O apoio da atual administração municipal, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) possibilitou esse investimento. A Ártico gera 150 empregos diretos, sem contar os empregos indiretos oportunizados em todo o País. As participações em eventos internacionais em São Paulo trouxeram visibilidade para a empresa, como a Feira Internacional da Panificação,

Confeitaria e do Varejo Independente e Alimentos (Fipan) e Feira Internacional de Embalagens e Processos para as Indústrias de Alimentos e Bebidas (Fispal). “Ficamos conhecidos na América do Sul inteira”, afirma Hubert. Segundo o industrial, 50% das confeitarias em São Paulo possuem refrigeradores e balcões frigoríficos da Ártico. A empresa produz gabinete e o maquinário para câmaras frigoríficas, atendendo o mercado que consome refrigeradores e congeladores comerciais, câmaras frigoríficas e plugin (monobloco frigoríficos). A linha de câmaras frigoríficas desmontáveis, para resfriamento e congelamento, lançada em 1991, possibilitou o Prêmio Popeye, durante a feira de equipamentos para ponto de venda nos Estados Unidos. Em 1997, foi premiada pela revista Padaria 2000 em três categorias, recebendo o Prêmio Baker Top. Há 48 anos, a Ártico tem investido

Produtos Instalações comerciais Câmaras frigoríficas desmontáveis Congeladores expositores Congeladores comerciais Vitrines Geladeiras comerciais Balcões tipo bufê Congeladores rápidos Resfriadores Tinas para sorvete

em novas tecnologias através de pesquisa e desenvolvimento. “Para ter sempre o melhor produto, nós, constantemente, freqüentamos exposições no exterior. Por isso, sempre oferecemos as últimas novidades aos nossos clientes”, informa Hubert Schildwächter.

Empresa conta, desde agosto, com mais 6 mil metros quadrados de área contruída

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Núcleo Setorial

em favor da educação Criado em junho de 2000, o Núcleo de Escolas Particulares de Educação Infantil da Acib (Nepei) reúne gestoras das empresas do ramo com o objetivo de profissionalizar a administração deste tipo de empreendimento. As reuniões q u i n z e n a i s entre as administradoras ocorrem na Acib.

integrantes Espaço Ed. Infantil Anjos da Terra Centro Educacional Vó Leal Colégio Excelsior Escola Barão - Un. de Educação Infantil Escola de Educação Infantil João e Maria Escola infantil Bom Coração Instituto Mágico da Aprendizagem (IMA)

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Entre as ações realizadas, está a capacitação de professores e funcionários e a promoção de encontros com profissionais que, de alguma maneira, auxiliam no desenvolvimento das escolas. Além disso, o Núcleo se preocupa com a orientação psicopedagógica dos profissionais que trabalham diretamente com crianças. “Reunimos gestoras de escolas particulares de educação infantil para trocar informações. É um espaço no qual discutimos as preocupações. Somos uma força única em Blumenau”, define a coordenadora do Nepei, Michele Krause de Souza. O Nepei também promove cursos de formação para gestão escolar e para educadores e realiza eventos abertos para escolas públicas. “Acreditamos na parceria com o poder público para beneficiar todas as partes”, analisa. Michele observa que estes encontros servem para troca de informações das necessidades do dia-a-dia que a graduação não proporciona. Recentemente, o Núcleo promoveu uma palestra com o médico pediatra Dr. Hélio Campagnaro, com o tema Primeiros Socorros Pediátricos - Verdades e Mitos da Infância, direcionado aos professores. A intenção é fazer outra edição do evento direcionada aos pais de alunos das escolas que integram o Núcleo. Em maio, a pedagoga e orientadora educacional Samira Nalú Idésio, diretora da Prasni Desenvolvimento Empresarial, ministrou um curso sobre Postura do Profissional da Educação. No ano passado, foi realizado o curso aberto para a comunidade pedagógica com o assunto Planejar: Pra quê?, com a palestrante Valeria Coelho, que tratou do planejamento pedagógico na educação infantil. O próximo evento, marcado para outubro, irá tratar de gestão escolar e abordará dimensões pedagógicas, administrativas, financeiras e recursos humanos. “Este curso será oferecido para as redes pública e privada e tem como público alvo, coordenadores, diretores, supervisores e orientadores”, aponta. Michele afirma que a maior dificuldade do Núcleo de Escolas Particulares de Educação Infantil da Acib é encontrar novos participantes. Ela reforça que para aderir ao Núcleo é exigido que a escola seja regulamentada pelo Conselho Municipal de Educação (Comed). “A educação precisa se fortalecer e não pode caminhar sozinha. Quanto mais se une, mais se ganha”, destaca Michele.



Feliz Natal em Blumenau

Para promover

o espírito natalino

e incrementar a economia

Informações

A Associação Empresarial de Blumenau (Acib), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sindilojas), o Convention & Visitors Bureau e o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sihorbs), em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo de Blumenau, planejam, desde o mês de julho, uma vasta programação para o Natal 2008. O evento denominado Feliz Natal em Blumenau ganhou nova amplitude desde o ano passado. Decorações, apresentações culturais e feiras fazem parte da programação, que promete ser ainda mais ousada através da participação dos empresários do Município. Há 30 anos, Blumenau se destacava com o maior evento natalino. Representantes de cidades como Gramado, no Rio Grande Sul, visitavam o Vale Europeu e se encantavam com a decoração blumenauense. O Município era referência. Com a criação da Oktoberfest, na década de 1980, o Natal ficou enfraquecido. “Agora, estamos resgatando tudo isso para realizar em dezembro um grande evento”, informa o secretário de Turismo, Norberto Mette. Em entrevista à Revista Empresário, os presidentes das entidades envolvidas no evento expõem a importância da participação dos empresários e o retorno que isso traz à cidade. 26

Empresas interessadas em contribuir com o Feliz Natal em Blumenau podem entrar em contato com o presidente do Convention & Visitors Bureau, Luciano Monteiro, pelo telefone (47) 8424-1111.

Participação

“Se faz necessária a participação dos empresários para que haja um resgate daquele que foi no passado um dos principais atrativos turísticos da cidade, inclusive servindo de inspiração para outros Estados e Municípios, que se destacam nacionalmente. O retorno é certo. É um trabalho lento e gradual, que demanda investimentos altíssimos e que se constrói ao longo do tempo. Mas de forte atrativo turístico, que se consolida com a data mais forte do comércio varejista”. Marcelino Campos, presidente da CDL

Mais atrativos

“Há 30 anos, esse evento era referência na região. Depois disso, nos restringimos à Oktoberfest. Agora, estamos resgatando para realizar em dezembro um grande evento. A cidade já possui grandes atrativos culturais e naturais. Acredito que dentro de quatro a cinco anos Blumenau pode se equiparar a Gramado (RS). O principal retorno para as empresas da cidade e da região é o grande fluxo de turistas. Queremos que o retorno econômico seja igual ao da Oktoberfest, tanto para o comércio quanto para a indústria”. Norberto Mette, secretário municipal de Turismo


Fomento

“Os empresários blumenauenses sabem da importância de decorar o seu estabelecimento comercial. Isso vai complementar a decoração da cidade. Em 2007, o resgate do Natal fomentou o turismo na região, além de ser expandido para diversos bairros de Blumenau. O Natal deve ser um evento pensado ao longo de todo o ano, com a participação voluntária de todos os empresários. Assim, após a Oktoberfest, a cidade já estará decorada para atender a demanda de turistas”. Alexandre Peters, presidente do Sindilojas

Visibilidade

“O Feliz Natal em Blumenau, além de captar eventos de negócios e turismo, desenvolve as ações internas de Blumenau. Cada vez mais, o blumenauense tem falado bem e tratado bem o turista que aqui chega. Queremos que esta data seja vista em nível nacional, assim como a Oktoberfest e a Texfair. A parceria com a prefeitura municipal facilita a realização desses eventos, que atinge diretamente o comércio, os restaurantes e a rede hoteleira, movimentando toda a economia da cidade”. Luciano Monteiro, presidente do Convention & Visitors Bureau

Retomada

“O evento não é somente direcionado à atividade turística, mas à economia de toda região. Anos atrás, Blumenau era referência e depois parou no tempo. Hoje, estamos retomando e a parceria entre a iniciativa privada e o poder público tem possibilitado mais essa realização. O Feliz Natal em Blumenau proporciona benefícios a todas as empresas, seja direta ou indiretamente. É o efeito multiplicador do turismo. Acredito que esse trabalho deve ser apartidário, pois o projeto é excelente”. Emil Chartouni Neto, presidente do Sihorbs

Cidade bonita

“O evento Feliz Natal em Blumenau traz vários benefícios. Deixa a cidade mais bonita, mais harmoniosa. Primeiramente, a população e todos os colaboradores sentem esse calor humano na época do Natal, que resgata os momentos com a família e a aproximação com Cristo. No setor econômico, ocorre a valorização do comércio, do turismo. No passado, Blumenau serviu de inspiração para Gramado. Essa atitude deve continuar para atrair cada vez mais pessoas para a região”. Ricardo Stodieck, presidente da Acib


INFORME PUBLICITÁRIO

excelência no tingimento e beneficiamento têxtil

A Dicotone é uma empresa que atua no segmento têxtil, com a produção voltada exclusivamente para o tingimento e beneficiamento de malhas, oferecendo diversos padrões de acabamentos. Fundada em 1° de agosto de 1994, a Dicotone garante a fidelidade da cor e a qualidade na textura dos produtos. Para a empresa, o compromisso com o meio ambiente faz parte da qualidade do serviço. A Dicotone tem o compromisso social de preservar a natureza, adotando uma postura politicamente correta na melhoria da qualidade de vida. Para preservar o meio ambiente, a empresa investiu em um sistema de tratamento de efluentes que trata 100% da água utilizada no processo, que retorna totalmente limpa para a natureza. “O nosso compromisso com o meio ambiente inicia com a escolha do correto material

de tingimento e corantes, que seguem padrões internacionais de preservação e nãoagressão”, explica o diretor Pedro Joaquim Waldrich. O empresário explica que a preocupação ambiental está presente desde a fundação da empresa, quando a Dicotone contava com apenas 30 funcionários. “Não é porque trabalhamos com produtos químicos que precisamos ser poluentes”, explica Waldrich que levanta a bandeira ambiental ao lado do filho Thiago, que trabalha na Dicotone há nove anos e que, aos poucos, está assumindo a direção da empresa. Eles explicam que Dicotone é uma empresa ecologicamente correta, já que todas as instalações obedecem à legislação brasileira de Política de Proteção Ambiental. Além disso, utiliza uma linha de corantes

ecológicos, madeira reciclada no sistema de caldeiras, processo automatizado com geração de energia própria e filtros que inibem a emissão de gás e fumaça para não poluir o ar. “Estamos sempre em busca de inovações e novas tecnologias para aprimorar todo o processo de produção”, detalha Thiago Waldrich. Ele explica que, recentemente, a empresa ofereceu um treinamento interno, juntamente com o lançamento do Programa 5´S, que resultou em uma cartilha que fala sobre a importância da reciclagem. O Programa 5´S é um conjunto de cinco princípios que visam aperfeiçoar o comportamento das pessoas, refletindo em uma mudança de hábitos e atitudes que oferecem senso de organização, classificação, seleção, conservação, educação, higiene, saúde e zelo, entre outros.


Perfil Área de atuação: ramo de beneficiamento têxtil, focada na prestação de serviços Colaboradores: 90 funcionários

Estrutura Sediada em Gaspar, a indústria possui 4 mil metros de área construída em um terreno de 10 mil metros quadrados. A sede concentra a equipe de 90 funcionários distribuídos entre o atendimento, vendas, coleta, beneficiamento e expedição. Nesta unidade está presente um moderno laboratório, que garante um eficiente processo de teste de cor. A Dicotone conta com uma tinturaria equipada com máquinas modernas, de última geração, que garantem a qualidade dos tecidos tingidos. A produção foi reestruturada, no início deste ano, para au-

mentar a capacidade para 700 toneladas em três anos. A empresa conta com 23 equipamentos de tingimento, a maioria de Alta Temperatura (HT), com capacidade de tingir, também, tecidos sintéticos. Os equipamentos de acabamento são hidro-compactadores modernos para proporcionar um toque suave e o máximo de estabilidade aos produtos. Todo o processo de tingimento e acabamento da Dicotone é constantemente inspecionado pelos procedimentos de Garantia de Qualidade com o apoio de um laboratório de testes equipado com tecnologia de última geração.

Representantes: 3 em Santa Catarina e 2 em São Paulo Área total: a sede tem 4 mil metros de área construída Maquinário: 23 equipamentos de tingimento

www.dicotone.com.br Rua Antônio Valfrido do Nascimento, 80 Bela Vista - Gaspar - SC Fone: (47) 3397-3111 / 3397-2563


ARTIGO

Sou acessível ao trabalho em equipe? No atual cenário que caracteriza o mundo do trabalho contemporâneo, contar com a união, comprometimento, responsabilidade, dedicação e desempenho coletivo, é imprescindível para o sucesso de uma organização. Indiferente da sua localização, da área de atuação, produto que comercializa ou tamanho organizacional, uma equipe coesa e determinada será aquela formada por pessoas com brilho nos olhos e que encaram suas tarefas como uma missão. Ser acessível ao trabalho em equipe é compreender as diferenças humanas, contribuir com sugestões de inovação e melhoria contínua para o crescimento individual e também coletivo. Uma coerente equipe de trabalho é formada por homens e mulheres que vêm de diferentes culturas, regiões e áreas de formação. Ser acessível a uma equipe é atuar em cooperação, fortalecendo a transferência de conhecimentos e aprendizagem entre os colegas de trabalho, compreendendo a diferença entre liberdade e libertinagem. Para contribuir com o desafio de fortalecer o trabalho em equipe, com que se deparam os líderes, gerentes, supervisores e gestores nas organizações, o palestrante mágico Dalmir Sant’Anna, enfatiza que profissionais entusiastas por seu trabalho, compreendem que qualquer atividade desempenhada com amor, possui maior qualidade, destacando duas características: Bom humor – Mais do que um comportamento sério, ético e estável em seus propósitos, as organizações buscam profissionais que tenham iniciativa, sejam proativos e tenham facilidade de relacionamento com sua liderança e com os demais integrantes da equipe de trabalho. No entanto, não se pode confundir bom humor com manifestações de mau gosto, como por exemplo, brincadeiras que irritem uma pessoa que está concentrada e centrada em uma atividade, ou ainda, uma piada que possa ferir princípios éticos, religiosos ou familiares. Quando há na equipe de trabalho um clima saudável de bom humor e alto astral, o desenvolvimento do relacionamento entre as pessoas torna-se mais humano, contribuindo para a manutenção 30

de um ambiente profissional agradável e acompanhado de entusiasmo. Empatia – O profissional precisa usar de empatia, colocando-se no lugar do outro colega de trabalho e observar que cada pessoa possui comportamentos, ações e atitudes diferentes. Há pessoas que estão de bem com a vida todos os dias, há outros, entretanto, que merecem um tratamento diferente conforme o dia, o local e o momento. Usar de empatia para respeitar a opinião do seu colega é ser acessível ao trabalho em equipe, pois você está possibilitando a valorização de idéias, dicas e sugestões de melhoria contínua. Pode parecer simples, mas é magnificente contar com uma mão amiga quando estamos precisando concluir uma tarefa e a sua ajuda pode ser através de palavras, atitudes positivas de reconhecimento e valorização pela conquista de uma meta alcançada.

Cientificamente comprovado, o bom humor estimula a liberação no corpo humano de substâncias químicas como a endorfina e a adrenalina, que oferecem uma sensação de mais energia positiva e o efeito de bem estar. Lembre que você passa grande parte do seu dia trabalhando e nada melhor do que realizar suas atividades contando com pessoas que queiram e sintam vontade de dialogar e remar com você para o lado correto. Aceitar ser acessível ao trabalho em equipe permite admitir as fraquezas, mas também possibilita conhecer as virtudes de um time de trabalho comprometido e vitorioso. Dalmir Sant’Anna – autor do livro “Menos pode ser Mais” (Editora Odorizzi), pós-graduado em Gestão de Pessoas e bacharel em Comunicação Social



ACIB É NOTÍCIA

Diretores da Acib visitam Usina Salto Pilão

AGENDA

Divulgação/Acib

Endomarketing Quando: 8 e 9 de outubro Onde: Acib Promoção: Apple Marketing e Acib Investimento: 2x de R$ 200,00 (associados Acib) e 2x de R$ 250,00 (não-associados) Informações: (47) 3326-1230 ou e-mail eventos@acib.net, com Tayana. Financiamentos à importações Quando: 15 de outubro Onde: Acib Promoção: Acib e banco do Brasil Investimento: R$ 190 (associados) e R$ 210 (não-sócios) Inscrições: (47) 3326-1230 | eventos@acib.net, com Tayara

Novos associados Salto Pilão será uma das maiores usinas subterrâneas do Brasil A convite da administração da Usina Hidrelétrica Salto Pilão, diretores da Acib e empresários foram visitar as obras. A usina está situada entre os municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras. A previsão é de que em 2010 a primeira turbina comece a funcionar. As obras foram iniciadas em 2006 e, no total, o empreendi-

mento deve absorver um investimento de R$ 500 milhões. A usina terá uma potência instalada de 182,3 MW, suficiente para abastecer uma região do porte da Grande Florianópolis, constituindo o maior aproveitamento elétrico do Rio Itajaí-Açu e uma das maiores usinas subterrâneas do Brasil.

chinês estuda implantar fábrica em blumenau O empresário chinês Du Xuede esteve em Blumenau para conhecer a cidade e avaliar a possibilidade de instalação de uma unidade da fábrica de macarrão Yatelan na região. A empresa, de propriedade de Du Xuede, está situada em Xinxiiang, na Província de Henan, na China, e conta com mais de mil colaboradores naquele País. O empresário está decidido a investir inicialmente cerca de 2,5 milhões de dólares em Santa Catarina. A estimativa é que o projeto que deva gerar cerca de 350 empregos 32

diretos. O deputado estadual Giancarlo Tomelin foi quem fez o convite ao empresário e o acompanhou na visita. Também participaram da reunião a diretoria da Acib e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Município José Eduardo Bahls de Almeida. Além de Blumenau, Du Xuede vai conhecer Camboriú. Em outubro, o empresário deve retornar à região com uma resposta para a localidade escolhida para a instalação da fábrica de macarrão.

SW Turismo Ltda Centro Infantil Colorindo com Alegria Broering & Wachholz Advogacia Ocio Bolsas Ltda Nova Era Assessoria em Recursos Humanos Julio Cesar O. Oliveira Kronau Comércio de Peças Ltda New Vale Sistemas Ltda Expofair Feiras e Eventos Ltda

Prêmio Gustav Salinger recebe indicações

A Acib Jovem está recebendo indicações de empresas e jovens empresários para participarem do processo de seleção para o VII Prêmio Gustav Salinger. Serão quatro segmentos premiados: Indústria, Comércio, Serviços e Jovem Empreendedor/Empresário. As fichas de indicação podem ser obtidas na Acib ou pelo e-mail nucleos3@ acib.net. A premiação ocorre no dia 10 de novembro, no Teatro Carlos Gomes e conta com o patrocínio da CAIXA.


Cristiane Soethe

Agências de viagens promovem encontro com empresas de aviação

Representantes da VAP voltam a Blumenau para conversar com agentes de viagens com representantes da VAP, que tem a intenção de viabilizar inicialmente um vôo por dia com destino ao Campo de Marte, em São Paulo. Os diretores da empresa Luiz Carlos Fantini e Arnaldo Kojima afirmaram que a passagem ficaria em torno de R$ 350,00 por trecho e os horários seriam adaptáveis conforme a necessidade dos empresários. Representantes do Núcleo de Agências de Viagens e Turismo e da diretoria da Acib aproveitaram a oportunidade para conhecer a aeronave que deve operar em Blumenau: um Bandeirante com capacidade para 19 passageiros. Ficou

definido que, antes de iniciar as operações, a VAP irá fazer uma pesquisa para saber os melhores horários de vôos. Divulgação

Novas propostas de operações para o aeroporto Quero-Quero foram apresentadas ao Núcleo de Agências e Viagens e Turismo. A representante da NHT Cristina Hoyer ofereceu uma operação entre Blumenau e Curitiba. A compra deveria ser antecipada em lotes, que depois seriam trocados por etickets. No entanto, a opção não agradou aos agentes, tendo em vista que Curitiba como destino final não seria conveniente para a venda. Eles solicitaram a apresentação de uma proposta ligando Blumenau a Porto Alegre. Em seguida, o Núcleo conversou

Let 410, aeronave da NHT que pode operar em Blumenau

Representantes da TAM e da GOL estiveram reunidos com a diretoria da Acib e de representantes do Núcleo de Agências de Viagens e Turismo, para ouvir da entidade um pedido: disponibilizar vôos em horários mais adequados aos empresários partindo do aeroporto de Navegantes para São Paulo mais cedo e voltando mais tarde. O gerente da TAM Cesar Souza e o executivo de contas da empresa Paulo Leyendecker garantiram que o pleito já foi levado à direção da TAM e a Acib deve ter uma resposta nos próximos dias. “Hoje nossos vôos não estão nos horários ideais, mas são os possíveis. Um novo planejamento está sendo estudado para 2009”, afirmou o gerente.

O gerente comercial regional para a região Sul da GOL Roberto Wagner e o supervisor comercial de Santa Catarina Inácio Ohta explicaram que já foi entregue à ANAC o desenho de uma malha integrada entre GOL e Varig, depois que a primeira incorporou a segunda. A proposta prevê um vôo saindo às 8h50 de Navegantes e com retorno de São Paulo às 17h. A idéia não foi bem recebida pelo Núcleo de Viagens e Turismo da Acib, porque adiantaria o horário hoje existente para o retorno em 1h30. Novas alterações podem ser apresentadas pela GOL após a aprovação da proposta enviada à ANAC. Também participaram da reunião representantes de sindicatos patronais.

Cristiane Soethe

Acib quer mudança de horário em Navegantes

Empresários pedem novos horários de vôos em Navegantes 33


CDL É NOTÍCIA

legalização de softwares

AGENDA CEV

O Conselho Municipal de Combate à Pirataria está promovendo um levantamento preliminar de empresas interessadas na obtenção de softwares. O resultado servirá como parâmetro para articular junto à Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), condições mais atrativas para a aquisição de licenças. O objetivo é levantar a quantidade de programas originais necessários para abolir os pirateados. As entidades ligadas ao conselho estão recolhendo as informações necessárias. “A participação de todos é

Análise de Crédito Prepara para realizar com segurança vendas no crediário e aceite de cheques, mediante uso de técnicas e ferramentas como identificação de cheque e cartão de crédito clonado, de documentos falsificados e abertura de crédito. Dias 6, 8, 10 e 13 de outubro

fundamental para o êxito da iniciativa, uma vez que a obtenção de propostas com valores diferenciados só ocorrerá mediante uma adesão significativa”, diz o presidente da CDL, Marcelino Campos. O uso de programas de computador sem licença configura conduta ilícita, sujeitando o infrator a sanções cíveis e penais. Os associados da CDL podem encaminhar as informações sobre os softwares e número de licenças desejadas pelo telefone 3221-5735, com Mel, ou pelo e-mail melbarcellos@cdl-sc.org.br.

Oratória e comunicação Persuasiva Como vender idéias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal. De 27 a 31 de outubro

Dia das Crianças “Presentes que são pura diversão!” é o tema da campanha de Dia das Crianças da CDL e do Sindilojas. Parte integrante do calendário promocional varejista, o Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, é um dos mais importantes períodos de vendas. A campanha tem como objetivo principal valorizar o comércio de Blumenau, conscientizando as pessoas para a importância de se prestigiar as lojas da cidade. Os empresários associados ao CDL e Sindilojas já receberam o material promocional de ponto de venda e a campanha terá sua divulgação reforçada por peças publicitárias em televisão, rádio e outdoor.

Café com os associados A CDL de Blumenau realizou, no dia 20 de agosto, mais um café da manhã com os novos associados da entidade. O encontro mensal, que ocorre na Casa do Comércio, serve para apresentar a entidade de forma completa às empresas que estão aderindo ao quadro associativo, além de promover a integração com a equipe

Atendimento e recepção a clientes Orienta na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional da loja, além de dispor de informações de como atender os clientes. De 27 a 29 de outubro

da CDL, a diretoria e antigos sócios, que também são convidados. A CDL quer, com este evento, promover uma maior aproximação do empresário com a entidade e o movimento lojista, fazendo com que os associados participem ativamente das ações, contribuindo sempre com sugestões e críticas.

Matemática Financeira Capacita os participantes a utilizarem os conceitos da Matemática Financeira aplicada à calculadora HP 12C e desenvolve as habilidades de realizar operações financeiras. Dias 4, 11, 18, 25 de outubro (sábados), das 8h às 12h *aulas das 19h às 22h

proteção financeira em debate A CDL realizou, em 19 de agosto, evento para apresentar aos associados soluções em proteção financeira nas vendas a prazo. A inadimplência é um dos grandes desafios para os comerciantes e a entidade. O objetivo do encontro foi apresentar uma nova forma de conquistar e fidelizar clientes, além de garantir maior segurança para empresa e consumidor.

FCDL promove o 10° Encontro Catarinense de Líderes Lojistas A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) e o SPC de Santa Catarina realizam, nos dias 25 e 26 de outubro, o 10º Encontro Catarinense de Líderes Lojistas, no Fazzenda Park Hotel, em Gaspar. O encontro, que tem como tema Liderança + Inovação = Sucesso, preten34

de reunir centenas de lideranças de todas as regiões do Estado, que terão acesso a muita informação, atualização, troca de experiências, além da oportunidade para a reciclagem e reflexão. Mais informações pelo site www.fcdl-sc.org.br, ou pelo telefone (48) 3251-5100.

O evento sobre proteção financeira reuniu associados da CDL


Lojistas dos bairros reunidos na Casa do Comércio Foi realizada na Casa do Comércio, no dia 21 de agosto, a segunda reunião da CDL com associados de bairros. De acordo com o presidente da entidade, Marcelino Campos, “queremos, com este tipo de iniciativa, aproximar cada vez mais a CDL de seus associados, criando um canal de comunicação constante e eficiente”. Foram reunidos aproximadamente 35

lojistas, que receberam informações sobre os serviços prestados pela entidade, principalmente no que se refere ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), ao Centro Educacional Varejista (CEV), às campanhas promocionais, entre outros. Os lojistas também puderam tirar suas dúvidas e registrar sua contribuição com sugestões, opiniões e críticas.

Copa do Mundo 2014 O presidente da CDL, Marcelino Campos, esteve, em 20 de agosto, na posse do Comitê Executivo da Copa do Mundo 2014, com as presenças dos ministros do Esporte, Orlando Silva, do Turismo, Luiz Barretto, do governador Luiz Henrique da Silveira e do secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Gilmar Knaesel. As lideranças do Estado estão empenhadas na articulação em torno do mundial de futebol, que promete ser o grande

Marcelino Campos, Orlando Silva e Gilmar Knaesel evento para o turismo e o esporte nacional. Foi feito um relato das ações de infraestrutura, com atenção especial à recuperação da ponte Hercílio Luz e ampliação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz.

Bolsas ecológicas Visando despertar cada vez mais a consciência ecológica, a CDL produziu, em parceria com seus lojistas associados, um lote de bolsas retornáveis. O objetivo é reduzir o uso e distribuição das sacolas plásticas, que causam um impacto negativo no meio ambiente, demorando até 100 anos para se decompor na natureza. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, são produzidas, atualmente, cerca de 18 bilhões de sacolas plásticas em todo o País e menos da metade desse material chega às indústrias de reciclagem.

As sacolas são responsáveis por mortes de animais marinhos, aves e mamíferos. Cerca de 20 empresas aderiram ao projeto da CDL e foram produzidas inicialmente 2,9 mil peças, já entregues e em distribuição nas lojas.

Novos associados Comercial Caribe Advance Catálogos Boutique Vivaz Crediloja Blumen Strauss Floricultura e Aviamentos MM Edgás Vita Derm Espaço Presentes Óptica Scussel Filial MD Oficina Mecânica Escola Yesbras Marmoraria São Gabriel V & W Iluminação CFC Itoupava Norte Mecânica NR Jovial Modas Farmácia São Vicente Eduardo Filgueiras Cia. Ltda. Íntimos Di Juan Modas Viziare Modas Confecções Vezzo JRP Comércio Podium Vídeo Locadora Ind. Têxtil Friese Motomix Matecon Grazi Martins Grazi Martins G. Kids Escola Infantil Novo Ser Colosso Agropecuária Fonte Vídeo Locadora Li’Belula Leniedi Modas Restaurante Eldorado Lisys Confecções Visuale Móveis e Estofados Farmácia São Matheus Compu Smart Filial Seletron AJS Instalações Exclusive Fashion Decormais Supermercado Andrade

Marcelo de Oliveira - Corretor de Imóveis Cestas Básicas Mana Of. Mec. Jonas Schmitz Livraria e Papelaria Fundamental Metalúrgica Coninck Auto Center Itoupava Cia. Azul Piscinas Mecânica Lira Divinare Ultragás Julio Cesar Mordhorst - Dentista Sapito Confecções MJ Transportes Espaço da Moda Super Mercado Globus Marmoraria Laser Oficina Mecânica Toninho Livraria Martin Luther Genolab Degepan Encadernação Recliar Climatização Sucatas Rota Sul Blucarros Farmácia Alvorada Extrema Razão Move Sound Chalita Auto Som Contamed Esplendor Viagens e Turismo Samrello Instrum. Industr. Bluway Informática

CEV faz Curso de Vendas de olho no Natal Com o foco nas necessidades dos lojistas para o período de vendas de final de ano, o Centro Educacional Varejista (CEV) oferecerá, de 27 de outubro a 21 de novembro, o Curso Básico em Vendas. O objetivo é preparar jovens para trabalharem em lojas do varejo, sendo que, ao final do curso, será disponibilizado gratuitamente aos lojistas um banco de dados

com candidatos a vagas de vendedores, já devidamente recrutados, selecionados e treinados para exercer a profissão. O pré-requisito final na formação destes candidatos é a prática orientada em loja. A vantagem para o aluno é a oportunidade de colocar em prática o que aprendeu e, inclusive, conquistar uma vaga de trabalho. Já o empresário lojista tem

a chance de avaliar o aluno e decidir se vai contratá-lo ou não. Este treinamento é realizado duas vezes por ano, sempre no período próximo aos meses de maio e novembro e as aulas são ministrada pela manhã, das 8h ao meio-dia. Mais informações com Fernanda, nos telefones (47) 3221-5716 e 3221-5735, ou pelo e-mail secretaria.cev@cdl-sc.org.br. 35


SINDILOJAS é notícia

fctv realiza pós na casa do comércio Teve início no dia 5 de setembro o curso de especialização em Direito e Processo do Trabalho, coordenado pela Professora Ivone Lixa e pelo Dr. Nelson Hamilton Leiria. O curso, que é autorizado pelo MEC, conta com a participação de 25 alunos da região. A pós-graduação é realizada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia do Vale (FCTV) e é composta por nove módulos que serão ministrados por um corpo docente formado por mes-

tres, doutores e especialistas. O curso será realizado às sextas feiras e aos sábados na Casa do Comércio, em Blumenau.

Mais informações: Tel.: (47) 96518081 E-mail: posdireitotrabalho@fctv.com.br Site: www.fctv.com.br

Menos imposto e mais renda e emprego Tramita no Congresso Nacional a PEC 242/08 que, quando aprovada, será um grande passo para a redução dos impostos sobre os salários no país. De acordo com o professor e colunista Marcos Cintra, o total de tributos pagos pelos empregados e pelas empresas sobre os rendimentos brutos no Brasil chega, em alguns casos, a superar 60% do seu valor. O custo dos encargos sociais de um trabalhador para uma empresa no Brasil é, em média, de 36%, mas quando se adiciona o gasto referente ao pagamento de direitos trabalhistas (13º salário, aviso prévio, abonos, etc) o valor atinge 103%. A absurda carga de tributos imposta sobre a folha de salário das empre-

sas e sobre o trabalhador, e o estímulo à informalidade e à sonegação que essa situação gera, torna a PEC 242/08 um projeto que merece atenção por parte dos parlamentares, do governo e dos sindicatos patronais e dos empregados. Propõe-se o fim dos 20% pagos pelas empresas ao INSS e do imposto de renda das pessoas físicas (IRPF) para salários até R$ 30 mil por mês. Para substituílos a proposta prevê um tributo sobre as movimentações financeiras com alíquota de 0,5% sobre o débito e de até 0,5% sobre o crédito dos lançamentos nas contas-correntes bancárias. Seria um estímulo à formalização de empregos, aliviaria o pesado ônus imposto à classe média e minimizaria a sonegação.

Reconhecimento público As entidades do comércio estão preparando para este final de ano uma novidade que vai premiar as empresas do comércio com o maior prestígio público de Blumenau. Trata-se do Prêmio Conceito Varejista. Uma pesquisa com a comunidade já foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Sociais (IPS) da Furb e apresentada para as entidades. São 32 atividades do comércio e serão classificadas três empresas de cada ramo reconhecidas pelo público e listadas de acordo com um critério técnico. O resultado é a opinião de consumidores em cinco regiões que representam os 35 bairros da cidade. 36

O resultado final será divulgado em um evento realizado na segunda quinzena de novembro. O Prêmio Conceito Varejista está sendo preparado com sigilo pelos envolvidos para que o clima de surpresa seja mantido até a data da realização e uma programação especial está em fase de acabamento. Fruto de um desempenho positivo e de um trabalho bem-feito, o Prêmio Conceito Varejista é um evento que pretende fixar-se no calendário promocional de Blumenau como uma grande oportunidade de reconhecimento do comércio varejista e sua força para a economia da cidade.

uso do e-mail da empresa Apesar da Constitução garantir sigilo das correspondências, no que se refere aos empregados que utilizam a internet e e-mail das empresas, esta proteção sofre algumas limitações. A posição dos Tribunais Trabalhistas garante proteção apenas para o e-mail pessoal ou particular do empregado, derivado de seu próprio provedor. Quando se trata de instrumentos de comunicação virtual ofertados pelo empregador, como computador e o provedor da empresa, podem ser monitorados e rastreados, inclusive checadas as mensagens, pois não raro sofrem acentuado desvio de finalidade, podendo provocar prejuízos ao empregador. É importante que o empregado receba estas ferramentas mediante ciência prévia de que nela poderão transitar somente mensagens profissionais. (Fonte: TST – RR 613/00.7 – 1a T. Rel. Min. João Oreste Dalazen – DJU 10.06.2005)

decisão sobre adicional de insalubridade Em 9 de maio de 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou ser inconstitucional utilizar o salário mínimo como base para o cálculo do adicional de insalubridade. Com isso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em 26 de junho, alterou a redação da Súmula nº 228, que trata da matéria, ratificando que o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento normativo. Insatisfeitas com a decisão, entidades representativas das classes econômicas promoveram reclamações junto ao STF, pedindo a suspensão da Súmula. Em 17 de julho, o Ministro Gilmar Mendes, Presidente do STF, através de liminares, estabeleceu que o salário mínimo continuará servindo de base para o cálculo do adicional de insalubridade, enquanto não for alterado o art. 192 da CLT. A expectativa é que em breve aconteça a alteração legislativa, até mesmo por Medida Provisória. (Fonte: STF, Reclamações 6.275 e 6.277 e Súmula nº 228 TST)


Concilia em novo endereço A Câmara de Conciliação Trabalhista (Concilia), instituída de comum acordo entre o sindicato patronal e o laboral da categoria varejista em Blumenau, está atendendo em novo endereço desde o dia 1° de setembro. Espelhada na lei, a Câmara faz o trabalho preliminar de conciliar os conflitos trabalhistas, encontrando soluções benéficas para as partes, com foco na agilidade e no formalismo necessários. A instituição também promove a redução de custos em uma atividade que harmoniza a vida em sociedade. As estatísticas comprovam que o trabalho desenvolvido gera benefícios para empregados e empregadores. O Sindilojas foi o pioneiro na criação das Câmaras de

Comércio em alta Conciliação Trabalhista em Blumenau. O sucesso na implantação resultou na adesão de outras categorias como da indústria da construção e da panificação, além dos hotéis, restaurantes, bares e similares, fortalecendo ainda mais a iniciativa da solução extrajudicial dos conflitos trabalhistas.

Mais informações: Casa do Comércio Alameda Rio Branco, 165 2° andar - Centro Tel.: (47) 3221-5725 E-mail: conciliabnu@terra.com.br

comitê Jurídico da Fecomércio reúne-se em Blumenau No dia 12 de setembro, foi realizada a reunião do Comitê Jurídico da Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina (Fecomércio) na Casa do Comércio, em Blumenau. Estiveram presentes os assessores jurídicos dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do

Estado para discutir a mais variada gama de assuntos pertinentes à categoria. Na oportunidade, aconteceu também a palestra com o representante da Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina, que falou aos presentes acerca da substituição tributária.

Emprego está em alta Blumenau, conforme dados oficiais do MTe/Caged-Lei 4923/65/Sine/SC, apresentou, em julho, o melhor desempenho em índice ocupacional. O bom resultado do setor do comércio no município é decorrente de incentivos e investimentos em novos estabelecimentos. Uma das razões pode ser explicada pela expansão das lojas com surgimento de novas grifes e franquias. Este fator faz com que novas exigências em relação à qualificação de mão-de-obra no setor se intensifiquem. Em julho, foram gerados 340 novos empregos em Blumenau e só no comércio foram criados 80 postos de trabalho. No acumulado do ano (janeiro a

julho), foram gerados 1.039 vagas no comércio e 802 no setor de serviços. No acumulado dos últimos 12 meses, foram criados 2.383 novos postos de trabalho no setor terciário da economia, sendo 1.594 só no comércio. No ano de 2006, o comércio empregou 19.710 trabalhadores, sendo que destes, 4.851 foram para vendedores do comércio varejista. O salário médio de admissão alcançou R$ 974,94. Estas informações registram que o setor do comércio e de serviços no município estão aquecidos, conforme Sandra Regina Alves da Silva Schatz, analista técnica responsável pelo posto do Sine em Blumenau.

Julho registrou o faturamento de vendas 4,5% maior que o mês anterior. É o que aponta a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio), realizada pelo Instituto Mapa, com 474 estabelecimentos comerciais do varejo na região de Florianópolis. De acordo com o estudo, a categoria de produtos que mais colaborou para o crescimento foi a de bens duráveis (+11,7%), seguida pela de material de construção (+9,4%). Em comparação com o mês anterior, foi registrada queda nas vendas somente na categoria de bens semiduráveis (6,5%), onde se enquadram as lojas de vestuário (-8,2%), calçados (-1,8%) e de tecidos, cama, mesa e banho (17,2). O presidente da Fecomércio, Antônio Edmundo Pacheco, destaca que além de recuperar o fôlego do setor após a queda registrada nos últimos dois meses, houve alta no emprego de mão-de-obra. (Fonte: Fecomércio)

Senac lança programa de capacitação O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Santa Catarina, que promove cursos técnicos direcionados para o comércio, lançou no mês de agosto o programa Varejo em Dia, voltado para empresários e gestores. A intenção é oferecer capacitações específicas em comércio e gestão, distribuídas em 20 cursos. Inicialmente, o projeto será desenvolvido em Florianópolis e depois nas demais cidades onde o Senac/SC possui unidade. “O cliente está mais exigente e a capacitação contribui com a profissionalização do varejo, a fidelização do consumidor e, conseqüentemente, com o aumento nas vendas”, afirma o diretor do Senac no Estado, Rudney Raulino. Santa Catarina foi o 21° estado brasileiro em volume de vendas do varejo em maio, com taxa mensal de 6,1%, segundo o último balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 37


MEMÓRIA

NASCE A

ACIB (1914-1930)

Parte II

A Hering garantiu seu crescimento durante a Primeira Guerra com uma fiação própria A redução da competição externa incentivou diversos empreendedores brasileiros a investirem em produtos de maior qualidade e valor agregado, ao invés de destinar ao mercado doméstico somente produtos de categoria inferior ou que não sofriam concorrência direta com os importados, como alimentos, fumo, couros e mobiliário. Ao contrário, empresas têxteis e de transformação de metais sofriam até o início da guerra dura concorrência vinda do exterior. Em Blumenau despontavam algumas exceções, motivadas pela existência de um mercado consumidor regional muito exigente. A cidade tinha um comércio forte, diversificado e refinado para os padrões brasileiros da época. Importava alguns tipos de tecidos, ferragens, querosene e sal. 38

E exportava cerveja, guarda-chuvas, móveis, solados de couro, tecidos, malhas e fósforos. Um dos exemplos era o curtume de Oswald Otte, que obteve muita prosperidade dedicando-se exclusivamente ao mercado local desde sua fundação, em 1902, até 1928. Somente então passou a atender outros estados como o Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Os têxteis, especificamente, enfrentavam até a guerra uma concorrência considerada desleal inclusive pelo governador catarinense Felipe Schmidt, que em 1902 enviou uma mensagem à Assembléia Legislativa dizendo: “As fiações brasileiras, podendo abastecer as tecelagens, lutam de um modo desvantajoso por causa da entrada do fio de algodão estrangeiro, cuja taxa de importação deveria ser aumentada. O fio importado é mais barato que o fio preparado e tingido no Brasil, porque

as taxas que lhe são aplicadas são muito menos pesadas que as taxas aplicadas aos produtos químicos e de tinturaria. Foi realmente com o desabastecimento provocado pela guerra que as indústrias brasileiras começaram a se consolidar no mercado interno de forma ampla. A Hering, por exemplo, vendia seus produtos somente para a região de Blumenau até 1980, dez anos após sua fundação. Em seguida passou a distribuí-los para outras partes de Santa Catarina e somente em 1910 começou a vender para o Rio Grande do Sul. O marco do início definitivo das exportações, entretanto, seria fixado somente em 1913-14, quando a empresa alcançou os mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro. * Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.




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