Ano 3 nº 21 Janeiro 2009 R$ 8,90
A força do plástico Há 13 anos no mercado, a Giplás firmou-se como produtora de utensílios plásticos para o dia-a-dia e não para de investir em inovações
Após fundar uma fábrica de brinquedos, Rubens Giese foi afetado pala crise do Plano Collor, mas reagiu iniciando a produção de utensílios plásticos
COMÉRCIO: PROCON E MP FISCALIZAM INFORMAÇÕES EXPOSTAS NAS VITRINES
EDITORIAL
Um bom ano Ivan Schulze
Apesar dos problemas causados pelas chuvas de novembro, as expectativas são de um ano bom para a cidade O ano de 2009 já iniciou com a promessa de ser um bom ano para o comércio de toda a nossa região. O lamentável desastre de novembro acabou deixando como resultado uma nova vida para todos, indistintamente. Até porque, todos nós fomos atingidos, de uma forma ou de outra. A vinda de recursos em caráter emergencial e, principalmente, a autorização do saque do Fundo de Garantia, trouxe novo ânimo para a nossa comunidade. A renda familiar novamente teve um aquecimento. Durante este ano, as obras de reconstrução tomarão conta da nossa região, gerando também empregos e, consequentemente, acréscimo no orçamento de muitas famílias. Este novo cenário transformará o mercado em 2009, pois são muitos os desafios. Vai ganhar quem exercer as obrigações de todo bom comerciante, acreditando que o negócio é girar a mercadoria e ganhar na venda. Estará fadado a perder clientes todo aquele que, maldosamente, se aproveitar da condição e aumentar os preços. Nas ofertas de Natal e ano novo já foi demonstrado que o consumidor com dinheiro na mão e boas perspectivas só acredita em vantagens verdadeiras. Sabemos também que haverá sim uma redução no quadro de inadimplentes, com boas perspectivas na venda no crediário. O resultado das lojas surpreende com boas perspectivas nas grandes organizações, razão até da quase totalidade de grandes redes nacionais estarem com operações normais na região. Adicionamos a estes fatores ainda uma boa temporada de Verão com as praias catarinenses recebendo milhares de brasileiros e estrangeiros. Portanto, vamos trabalhar e exercitar o nosso otimismo. Só assim poderemos reverter a situação de forma positiva, sempre. Alexandre Ranieri Peters Presidente do Sindilojas 3
SUMÁRIO
Kakau Santos
Kakau Santos Ivan Schulze
DA RECUPERAÇÃO AO FUTURO DO COMÉRCIO VAREJISTA Presidente da CDL fala sobre as ações para recuperar perdas causadas pelas chuvas
06 A cumplicidade da TV galega com BLUMENAU
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PROCON E MP FISCALIZAM AS VITRINES
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Intenção é fazer cumprir decreto que define informações sobre os produtos expostos
Emissora a cabo local cumpre a função de informar e prestar serviços de utilidade pública
14 Resíduos gordurosos viram biocombustível 22 As ações do Núcleo de Emissoras de Rádio 28 O legado de Bernardo Wolfgang Werner 30 Artigo
32 Acib é notícia 34 CDL é notícia 36 Sindilojas é notícia 38 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - michele@mundieditora.com.br EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Ana Paula Lauth, Elis Facchini, e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional) EDITOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Schulze - Tratamento de imagem: Bruno Bachmann GERENTE COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 - debarba@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br DIRETOR EDITORIAL Luiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - mund@mundieditora.com.br
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Kakau Santos
Presente no dia-a-dia Com pouco mais de uma década de fundação, a Giplás é referência em produção de utensílios plásticos na região
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Conselho Editorial Acib: Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Avelino Lombardi e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau
Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net
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Mundi Editora Luiz Mund e Sidnei dos Santos
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Entrevista com o presidente da CDL, Marcelino Campos
CAMPOS
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau e um dos diretores da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, Marcelino Campos, fala sobre os problemas causados pelas enxurradas de novembro e aponta soluções para que a cidade retome suas atividades normais. Presidente do Conselho Municipal de Turismo e também participante do Conselho Estadual, ele conta o que viu em sua viagem à 98ª Retail’s Big Show, em Nova York, e quais as tendências para o futuro do comércio varejista mundial. 6
Kakau Santos
MARCELINO
“Com o FGTS, o consumidor está
recuperando o crédito”
Revista Empresário: Como as chuvas de novembro afetaram o comércio em Blumenau? Marcelino Campos: As chuvas de novembro afetaram como em todos os segmentos da sociedade. O comércio varejista, principalmente o de rua, foi atingido de várias formas. Estabelecimentos comerciais que tiveram suas mercadorias parcialmente destruídas, outros que tiveram seus estoques 100% comprometidos e os que tiveram um volume maior de perdas, que foram aqueles que perderam a estrutura física. Não bastando isso, houve também os colaboradores ou os donos dessas lojas que foram afetados em seus domicílios. Então, o comércio varejista foi afetado das mais variadas formas possíveis. Isso fez com que nós tivéssemos aproximadamente 70% do comércio varejista comprometido. A obstrução dos acessos às lojas dos bairros gerou outro prejuízo. Isso é uma reação em cadeia que traz proporções e prejuízos incalculáveis. RE: Quais foram os reflexos nas vendas de Natal? Campos: Da segunda quinzena do mês de novembro para o mês de dezembro é a época em que o consumidor costuma fazer a regularização do nome no SPC, justamente para fazer as compras de Natal, que é a data mais forte do comércio varejista. Entendemos que haveria uma migração do Natal, que em todas as localidades acontece em dezembro, o nosso deveria ser transferido para os meses de janeiro e fevereiro, porque o cadastramento para retirada do FGTS começou no dia 30 de dezembro, ou seja, já havia
passado o Natal. O resultado tem sido uma demonstração do que acontece no final do ano, mas em um volume maior do que a média dos últimos anos, e nós não temos dúvida nenhuma que isso está atrelado à liberação do Fundo de Garantia, que neste momento está próximo de 50% daquilo que ainda tem a ser liberado. A perspectiva é de R$ 500 milhões, nós estamos próximos dos R$ 250 milhões. Isso vai movimentar nossa economia. RE: O que os números indicam em comparação aos meses passados? Campos: Os números comparativos impressionam. Uma leitura do mês de dezembro de 2008 até 19 de janeiro de 2009, sempre comparando com o ano anterior, mostra que em dezembro de 2008 tivemos um cancelamento de registros negativos de 74%, mas houve um aumento no número de pessoas negativadas na ordem de 51,33%. Nos meses de dezembro dos anos anteriores o número de registros negativos chegava a 15%, porque era o momento de limpar o nome para poder comprar. Mas deixava de pagar em janeiro e fevereiro por algum problema. Em janeiro de 2008, nós tivemos 2.728 registros negativos e em 2009 tivemos um aumento de 30,90% e passamos a 3.571 clientes negativados. Mas o número mais interessante é o de cancelamento, ou seja, reabilitação de crédito que em janeiro de 2008 foi de 1.754 e em 2009, 4.307, o que significa que nos primeiros 19 dias de 2009 145,55% dos clientes recuperaram o crédito. Não tenho dúvida que isso é devido ao FGTS, não há outra fonte
de receita que gere esses números. O maior volume de compras em janeiro foi em dinheiro. Já afirmei que nós devíamos passar por uma fase de andar na contramão da economia mundial. Enquanto todo o mundo falava em recesso, em diminuição do poder de compra, de venda, em inadimplência, eu sabia que a injeção de recurso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que representa cinco vezes mais o volume de dinheiro injetado pelo 13º salário, daria uma movimentação extraordinária. RE: Até quando Blumenau deve andar nessa via na contramão da economia mundial? Campos: Nesse primeiro trimestre nós teremos que recuperar as perdas materiais que tivemos no mês de novembro. Vai ter um momento em que, de forma equilibrada, nós vamos ter que entrar no compasso. Mas isso depende de conseguirmos fazer com que a economia local gire e isso significa termos a entrada de recursos e fomentarmos o mercado de produtos e serviços da nossa região. Nós desencadeamos, através do movimento lojista, uma ação nacional que eu acho que é o ponto mais forte e ficou mais evidente para Blumenau e o Brasil: a solidariedade. São essas coisas que fazem com que a gente, que está à frente de entidades como a CDL, que não tem fins lucrativos, leve esse movimento para frente pela força que ele tem e, muitas vezes, é mal explorada. Porque essa força nós também podemos utilizar para fazer pressão nos nossos governantes, pois temos muitos dividendos para cobrar desse pessoal.
O comércio varejista foi afetado das mais variadas formas possíveis em decorrência das chuvas. Isso fez com que nós tivéssemos aproximadamente 70% do comércio varejista comprometido. 7
Entrevista com o presidente da CDL, Marcelino Campos
RE: Entre os lojistas que tiveram as maiores perdas, chegou-se a pensar em fechar o negócio? Campos: As lojas que tiveram a estrutura de seus estabelecimentos danificados, devem chegar a 10% do total. Acho que não é uma prerrogativa para que o fechamento definitivo da empresa aconteça. Nossa vida é feita de tropeços para engrandecimento e aprendizado. Pode acontecer que no meio tenha alguém que se desestimule e que queira acabar com seu negócio, mas, obviamente, está usando isso como um pretexto para parar porque já tinha algum outro problema. Se nós tivéssemos isso como uma rotina anual seria até compreensível, mas, antes dessa, a última enchente foi há quase 25 anos. Obviamente, nesse momento é fundamental ter linhas de crédito para recuperação de estrutura física, assim como os fornecedores desses estabelecimentos comerciais têm que demonstrar parceria em liberação para reposição de estoque com carência de pagamento, abonar juros e multas por falta de pagamento de quem perdeu todo o estoque. E tem que haver ações do governo: liberação de linhas de crédito para recuperação de estrutura física, postergação de pagamentos. Eu não estou falando de anistia, mas prazos e carências para dar fôlego. É um conjunto de ações que envolve os nossos governantes, nossos industriais, fornecedores, enfim, é uma reação em cadeia que, se houver ruptura em algum ponto dela, deixa de funcionar. RE: Quanto tempo levará até que o comércio de Blumenau volte à normalidade? Campos: Dada a grandeza da destruição, eu entendo que temos que falar em um ano e meio a dois anos. É claro que muito tem que ser feito. Principalmente aquilo que demanda da sociedade civil está sendo tocado. Os entraves e os nós burocráticos, políticoeleitoreiros é que atrasam as conclusões. Precisamos de investimentos violentíssimos em rodovias e infraestrutura. Refazer a malha viária é algo
estrondoso. A mesma coisa sobre o Porto de Itajaí, pois toda a vazão da produção de Santa Catarina fica comprometida. O prejuízo diário que isso gera exige ações emergenciais. RE: Como fica o turismo após tantos danos? Campos: Nós temos um evento criado há três anos, que é a Sommerfest, e junto dela o Liquida Blumenau. Para nós tem sido motivo de orgulho porque estão consolidados. A MiniOktoberfest tem tido um apelo fortíssimo e aproveitamos o gancho da Festa Pomerana. Assim, ajudamos a atender a demanda do litoral, o que faz com que a economia local gire e se restabeleça. Se a gente voltar um pouco antes da tragédia, o momento que se encontrava Blumenau era de grandes obras entregues e que dava outra cara para a cidade. Podemos falar da Fonte Luminosa, Parque Ramiro Ruediger, Casa do Comércio, restauração do Teatro Carlos Gomes, Vila Germânica, Praça das Gaitas Hering. Tudo isso foi atingido pela enxurrada. Para deixar como antes, tem que ter fôlego e persistência e isso o povo dessa cidade tem. RE: De que forma as entidades empresariais podem ajudar na recuperação de Blumenau? Campos: Já no início das nossas reivindicações, formulamos um documento e entregamos para as autoridades municipal, estadual e federal. Tudo foi pautado na reunião histórica que aconteceu em Blumenau quando, em uma sala, um núcleo pensava em ações efetivas, com todos os representantes de entidades de classe patronais, laborais e empresários para formular um documento único, com uma linguagem única daquilo que era importante para a cidade. Essa é a marca de fortalecimento e amadurecimento das cabeças pensantes, que defendem o Município e a região. Conversando com o secretário municipal de Turismo, vê-se que ele está muito contente com o resultado das festas. A Sommerfest cresce a cada semana. É isso que nós temos
que fomentar e criar mais datas no calendário anual da cidade, para que nós não tenhamos intervalos muito grandes. Temos que ter a habilidade de criar eventos para os 12 meses do ano e que se solidifiquem e tenham continuidade para os próximos anos, o que trará rotatividade e assim poderemos exigir mais dos hotéis para que tenham acomodações compatíveis com a imagem que Blumenau vende lá fora. RE: Quais medidas o senhor considera emergenciais? Campos: Acredito que o que tem que ser feito está sendo feito. Existe também um núcleo que tem definido as áreas dentro das regiões que tiveram maior número de perdas de residências, para acomodar essas pessoas. Precisamos dos recursos para reconstruir e viabilizar esses imóveis, para que a gente possa devolver a normalidade à vida dessas pessoas, continuando a trabalhar e produzir. É desde as pequenas ações, mas não menos importantes, até as grandes que se faz com que a gente tenha êxito naquilo que tem que ser feito. RE: O senhor acaba de retornar de um evento internacional de comércio varejista. O que foi discutido e mostrado em Nova York? Campos: Essa foi a 98ª versão do Retail’s Big Show. É a maior feira montada para o comércio varejista, onde são discutidas tendências, oportunidades, ameaças econômicas, financeiras e tecnológicas do setor. Ela reúne quase 16 mil convencionais. Com 62 workshops, no final do dia íamos para o hotel e em um dos apartamentos montamos um escritório reunindo todos os assuntos que serão agrupados em um documento e apresentado em palestras por todo o Brasil. Esse documento apresenta o cenário atual. Também acontece a super-sessão, que traz um tema de interesse da maioria. O que me chamou a atenção em Nova York foi ver como os norteamericanos enfrentam esse momento, já que os Estados Unidos são os precursores de
Dada a grandeza da destruição, eu entendo que temos que falar em um ano e meio a dois anos para que o comércio de Blumenau esteja totalmente recuperado dos estragos causados pelas chuvas. 8
Ivan Schulze
toda essa situação. Eles estão sofrendo muito mais porque perderam a credibilidade. E da conquista dessa credibilidade fazem-se as pessoas que estão envolvidas, os megaempresários que levaram à bancarrota junto a um governo incompetente. Quando os norteamericanos iam aos debates e o mediador apertava os empresários, a gente sentia a dificuldade deles para expor seus pensamentos e ações. O que mais nós escutávamos do empresário norteamericano era que aquele que tem recursos em caixa que os guardem porque a crise vai piorar. E isso foi visto em vários workshops. RE: Como o Brasil e outros países chamados emergentes estão sendo vistos pelos norteamericanos? Campos: Em um desses debates, chamou muita atenção um economista que fez uma dissertação sobre os países emergentes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que voltou a ser comentado. Ele falou da potencialidade, dos pontos positivos e negativos, da fragilidade de cada um desses países. Falou muito bem do Brasil, depois falou da China e chegou a uma conclusão: “nós teremos que aprender outros idiomas”. Ele falou com tanta propriedade e deixou de lado aquela arrogância peculiar do norteamericano e trouxe a realidade de que eles são tão frágeis como qualquer outra economia. Para eles voltarem a ter crescimento econômico, a expansão das indústrias norteamericanas nos países emergentes é inevitável e, por isso, terão que aprender novos idiomas, seja português ou mandarim. Nós somos um desses países e uma das grandes potências desde que tenhamos consciência dos nossos representantes políticos, principalmente da esfera federal. Mais do que nunca, precisamos da reforma política, judiciária, trabalhista e tributária para criarmos as regras comerciais para estabelecimento das indústrias e fomentar a renda do nosso País. Assim como eles precisam ampliar o leque, se nós não tivermos capacidade de investimento para ampliação, alguém vem de fora, vai gerar emprego e renda e nós teremos que equacionar um problema interno com o problema dos outros. E, querendo ou não, o comércio varejista é o para-choque da economia mundial. Para isso, tem que ter uma sincronia entre as lideranças políticas da esfera federal que viabilize isso e não apenas suguem os recursos daqui. RE: Existe comparação entre o comércio varejista do Brasil e dos Estados Unidos? Campos: Não tem como comparar. Isso porque a rede Wall Mart sozinha é maior do que a soma de todos os estabelecimentos comerciais do Brasil. Eles têm filiais em todo o mundo, exceto na Índia, que é muito esperta e isso mostra como não temos mecanismos protecionistas para a nossa economia. Na Índia, as empresas têm que ter 50% de capital de um indiano, senão não entra. RE: Quais as novidades vistas na feira? Campos: A feira traz novidades tecnológicas e mostra o futuro do comércio. Para os que não gostam de enfrentar os provadores de roupas, um dos estandes mostrava a loja do futuro. O local tinha um grande espelho com uma marca no chão, onde a pessoa deveria se posicionar. Ao lado, o menu touch screen dava as opções de roupas, cores, tamanhos, detalhes e no espelho a roupa é projetada em cima do cliente. Não bastasse isso, uma web cam fica disponível para pedir a opinião do marido, da esposa, dos filhos ou amigos. Na loja do futuro, uma das maneiras de estimular o consumo eram as gôndolas que exalavam o aroma das frutas. Para evitar as filas dos caixas do supermercado, sistemas automatizados desde o carrinho de compras até o caixa facilitam a vida do consumidor processando as informações imediatamente. Algumas coisas quando são lançadas parecem utópicas, mas quando a gente vê, já se está usando.
A recuperação dos pontos turísticos e da infraestrutura é fundamental para trazer a plena normalidade o mais rápido possível para todos os setores da cidade
Case empresarial
Fotos Ivan Schulze
Rubens Giese (E) e Osni Schwanke comandam a empresa que produz 125 toneladas/mês de objetos plásticos
Utensílios
para o dia-a-dia Atuando na área de injeção plástica há 13 anos, a Giplás firmou-se no mercado fabricando produtos populares a preços acessíveis e uma linha variada de potes, jarras, baldes, bacias, saladeiras, lixeiras e acessórios. Fundada por Rubens Giese, diretor da empresa, e pelo sócio Osni Schwanke, teve um começo difícil. Sem máquinas injetoras e poucos moldes, o serviço era terceirizado e a Giplás fazia a comercialização e distribuição da produção. Hoje, a empresa já está construindo o quarto galpão de produção, além da área administrativa. 10
Formado em engenharia mecânica, o empresário – que também é músico – foi inspirado pelo pai, Mário Giese, exímio instrumentista. Após sete anos trabalhando em uma empresa de brinquedos e instrumentos musicais, Rubens decidiu buscar novos desafios e, em sociedade com a família, criou sua própria empresa neste ramo. Porém, com o Plano Collor, em 1990, a empresa, como tantas outras, passou por dificuldades. Com espírito empreendedor, Rubens se dispôs a enfrentar outros desafios, visando um produto que caísse no gosto popular. Assim nasceu a Giplás, ainda dentro de um pequeno espaço da fábrica de brinquedos.
Atualmente, a empresa atende todo o Brasil e esporadicamente exporta parte da produção. Segundo o diretor da empresa, a concorrência no setor é bastante acirrada, mas serve como incentivo para buscar inovações e crescimento constante. Investindo em uma identidade própria, a empresa conta com um designer e recentemente adquiriu o primeiro centro de usinagem para fabricação de moldes, que cada vez mais necessitam de tecnologia avançada, como sensores internos com controle digital. “Esta nova aquisição permite planejar a expansão da empresa e dá campo para novos designes aos produtos”, afirma Rubens.
Investimentos em tecnologia Para manter-se firme no setor, o diretor da Giplás enfatiza que é fundamental investir em tecnologia e também acompanhar os processos de trabalho, tanto na produção, quanto na administração da empresa. Semanalmente, são realiza-
das palestras motivacionais para que os funcionários “vistam a camisa” e estejam abertos a mudanças. “A única constância é a mudança”, conclui. De olho no berço do design e da tecnologia, a Giplás está sempre presente
na Kunstoffmesse, a Feira do Plástico que acontece a cada três anos na Alemanha. O evento mostra os equipamentos mais sofisticados para produção e também reciclagem do plástico, além de apontar o futuro do setor.
Case empresarial
Kakau Santos
Ivan Schulze
A matéria-prima adquirida de fornecedores nacionais ou importada passa pelo processo de injeção plástica e, com a utilização de equipamentos de alta tecnologia, é transformada em potes, jarras e outros utensílios domésticos
Ivan Schulze
100% reciclável Presentes nos mais diferentes produtos, o plástico é 100% reciclável. O diretor da Giplás garante que, além das várias funcionalidades, a fabricação destes produtos não polui o meio ambiente. “A empresa não emite gases, nem escoamento de dejetos, por isso nossos esforços estão voltados em incentivar maciçamente as iniciativas para alertar sobre o processo seletivo para reciclagem”, destaca Rubens. Ele aponta que o vilão não é o produto, que acumula inúmeras vantagens, mas a
falta de consciência no destino final do material. Parte da matéria-prima utilizada pela Giplás vem da Braskem, petroquímica brasileira de classe mundial, e outra parte é importada. A empresa também utiliza de 5% a 8% de matéria-prima reciclada de aparas industriais que garantem ser 100% atóxicas, inclusive com certificação, além de reutilizar as próprias aparas, que são limpas e adequadas para a fabricação de utensílios domésticos.
Perfil Fundação: 1º/10/1995 Fundadores: Rubens Giese e Osni Schwanke Ramo de atividade: Industrialização e comercialização de artefatos plásticos Colaboradores diretos: 102 Colaboradores indiretos: 30 Faturamento 2008: R$ 13.258.638,40 Produção: 125 toneladas/mês Área total construída: 1,8 mil metros quadrados
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Kakau Santos
Razão Social: Giplás Indústria e Comércio Ltda.
Sustentabilidade
O melhor
biocombustível Fotos Kakau Santos
Na contramão do ditado que diz que santo de casa não faz milagre, os pesquisadores do Programa de Biocombustíveis da Universidade Regional de Blumenau (Furb) têm conseguido fazer com que seus projetos saiam do papel. Focados em uma atividade de pesquisa que procura utilizar a atividade econômica de produção de combustíveis ou biocombustíveis como alternativa para resolver um problema ambiental de disposição final de resíduos, os coordenadores dos projetos – professores Henry França Meier e António André Chivanga Barros e o pesquisador Vinicyus Rodolfo Wiggers – vêm desenvolvendo tecnologias que trabalham 14
com a transformação de resíduos desde 2001. Depois de testar vários materiais como resíduos à base de celulose, utilizados para produzir bio-óleo a partir de serragem, foi dado início ao trabalho com gorduras de diversas procedências – desde as caixas de gordura e gorduras flotadas em estações de tratamento. O professor Henry França Meier explica que esses resíduos são destinados a aterros sanitários ou aterros industriais, onde o problema se concentra no decorrer dos anos, sendo transferido para as gerações seguintes. “Essas tecnologias podem dar cabo desses resíduos, transformando coisas que não têm nenhum valor comercial em materiais muito úteis como
os biocombustíveis”, ressalta. Ele ainda aponta que as quantidades gigantescas de remanescentes produzidas só em Santa Catarina com as agroindústrias de aves e peixes, sem contar os suínos e bovinos, abrem um universo de possibilidades. São quantidades que, pelos levantamentos dos pesquisadores, poderiam suprir a demanda do Estado de biocombustível, cumprindo o índice estabelecido por lei de uma mistura de 2% de biodiesel e 98% de diesel fóssil.
Para conseguir transformar os resíduos gordurosos em biodiesel, carro chefe do projeto, os pesquisadores trabalham com duas tecnologias. A primeira é similar à tecnologia utilizada para produzir biodiesel a partir de lavouras cultivadas, a transesterificação. Porém, como o resíduo tem uma qualidade inferior, foi necessário desenvolver duas etapas: a esterificação seguida da transesterificação. Fazendo isso, alcança-se a mesma qualidade. A outra tecnologia é mais sofisticada: um processo de craqueamento térmico, que envolve uma reação de quebra de cadeias orgânicas com altas temperaturas, em torno de 500 a 600 graus centígrados, que produz o “green” diesel e a biogasolina.
Neste segundo procedimento, de um quilo de resíduo gorduroso consegue-se produzir em média 70% de produto líquido, que tem características similares à gasolina e ao diesel do petróleo. Os 30% restantes são gases que podem ser usados como combustível para a unidade de craqueamento. “Essa quantidade é suficiente para manter o sistema auto-térmico – ele não precisa de energia extra. Além disso, não é poluente”, explica Wiggers. Essa tecnologia foi patenteada em conjunto com a Unicamp, onde o pesquisador concluiu mestrado e doutorado. “No Brasil, há trabalhos semelhantes, mas somos pioneiros na área de craqueamento térmico contínuo de resíduos gordurosos”, afirma.
Fotos Kakau Santos
Transformação
Na prática O biodiesel produzido na Furb já foi testado no Furb Móvel – ônibus usado para ações sociais – com até 5% de biodiesel misturado ao diesel convencional. Outro estudo de desempenho mecânico e ambiental com o biodiesel foi realizado em um motor de minitrator. Em 2007, houve a primeira aplicação científica do estudo em um trabalho de mestrado coorientado por Meier, em que os ensaios foram feitos no Departamento de Engenharia Mecânica e Engenharia Sanitária e Ambiental da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os resultados foram positivos, confirmando menor produção de CO2 neutro, que não desequilibra o ciclo. “O desempenho ambiental também superou o diesel e o desempenho mecânico do motor. Sem nenhuma adaptação, com até 20% de biodiesel, tem-se um desempenho melhor do que com o diesel convencional. Acima de 20%, a performance começa a cair um pouco, sendo necessária uma adaptação no motor”, descreve Meier.
O pesquisador Vinicyus Rodolfo Wiggers e sua equipe de trabalho
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Sustentabilidade
Kakau Santos
O professor Henry França Meier trabalha com transformação de resíduos desde 2001
Milagre caseiro Mesmo com a galinha dos ovos de ouro nas mãos, os pesquisadores afirmam que o mais difícil é encontrar investidores. A estratégia, então, foi construir a própria empresa. “Agora é hora de santo de casa fazer milagre”, diz. Através de um projeto financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), uma empresa foi colocada na incubadora em regime de pré-incubação e deverá produzir biocombustíveis, dentre eles a biogasolina e o “green” diesel a partir de gorduras. Chamada de Craq. Term e sob responsabilidade do pesquisador Vinicyus Rodolfo Wiggers, a empresa conta com recursos para contratação de pessoal, poderá construir a infraestrutura física e equipamentos e custeio para a empresa nos próximos dois anos. “Temos a tecnologia, recursos humanos, temos formado pessoas para trabalhar com isso. Temos um convênio muito forte com a Unicamp, com coorientação nossa e toda a parte experimental foi aqui, gerando uma patente com a Unicamp”, enfatiza Meier. Hoje, os dois maiores parceiros dos projetos de biodiesel são empresas de
Gaspar: a Preserve Ambiental, onde, em breve, se dará a partida na micro-usina de biodiesel, e a Projesan Saneamento Ambiental, que tem uma capacidade ociosa de produção de biodiesel em escala e que daria conta de todo o resíduo gorduroso de Blumenau e região. Com o avanço das tecnologias desenvolvidas pelos engenheiros da Furb, foi dado início a outra frente. Através da Finep e do Sebrae, que investiram R$ 600 mil, foi realizada uma pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de craqueamento para resíduos pastosos, resultantes das estamparias. O projeto engloba 13 estamparias da região e está em fase de construção da planta piloto, pela empresa Albrecht, de Joinville. De acordo com os pesquisadores, ainda não se sabe qual será o produto final no tratamento desse resíduo, pois tudo depende de onde vem a matéria-prima que produz as pastas. Logo, não necessariamente será um biocombustível. Se durante o processo for obtido um produto químico que seja mais interessante, este terá preferência.
Resíduos gordurosos x alimentos Para Meier, os resultados obtidos com as pesquisas mostram que o discurso de que os biocombustíveis iriam ocupar um espaço destinado à produção de alimentos é meramente uma especulação financeira. “As pessoas estão deixando de plantar outras coisas para plantar soja para fazer o biocombustível. Porém, os resíduos já seriam suficientes, mas não há interesse”, aponta. Ele conclui que, com os interesses voltados principalmente para a soja, o potencial que existe nos resíduos foi negligenciado. Por outro lado, o Ministério das Minas e Energia que, em 2005, divulgou que os resíduos seriam “uma gota de água num oceano de combustível de que o Brasil necessitaria”, hoje pede informações para incluir os biocombustíveis a partir de resíduos gordurosos na matriz energética brasileira para os próximos 30 anos. Meier acredita que se está acordando para a realidade de que os resíduos podem substituir as plantas oleaginosas. Existem três vantagens em optar pe16
los resíduos gordurosos na produção do biocombustível. A primeira é a destinação adequada desses resíduos, solucionando o problema ambiental. A segunda questão é quanto ao custo. A matéria-prima pode não ter custo nenhum ou até negativo em algumas circunstâncias, pois as empresas precisam pagar para deixar esse material em um aterro. A terceira é que não gera competição com a indústria alimentícia. Para Meier e Wiggers, esse tripé tem mostrado para o Brasil e para o mundo que os resíduos são uma ótima alternativa para incluir os biocombustíveis na matriz energética, de tal maneira que minimize as emissões de CO2 na atmosfera. “Pensando em sustentabilidade, dessa maneira nós associamos a atividade de produção de energia com a destinação final dos resíduos. A descaracterização desses resíduos encerra a responsabilidade de quem os gerou. Eles entram novamente no ciclo de matéria-prima, além de diminuir a busca por recursos naturais”, finalizam os pesquisadores.
COMUNICAÇÃO
Com uma característica muito forte de mostrar o dia-a-dia de Blumenau, a TV Galega surgiu no início de 1997. O nome não poderia ser mais apropriado. Inspirado no apelido das mulheres de origem alemã, ele destaca o poder decisivo da mulher na cidade. Idealizando partilhar um projeto relacionado a vídeo comunitário com empresários do Sistema BTV de Televisão a Cabo, Altair Carlos Pimpão (foto) e seu filho, o engenheiro Carlos Eduardo Pimpão, deram início a uma emissora que reflete a identidade da cidade. Trazendo informação, lazer, cultura e instrução ao blumenauense, a TV Galega tem uma relação muito íntima com seu público. De acordo com o diretor geral da emissora, Altair Carlos Pimpão, Blumenau tem o maior índice de assinaturas de TV a cabo do Estado e o sucesso da TV não está no formato, mas sim no conteúdo. “Temos um jornal de 45 minutos que fala somente de Blumenau. Isso permite explorar a fundo todos os assuntos”. Além da proximidade entre telespectador e emissora, que se tornou um canal de comunicação para o cidadão poder se expressar, o público gosta de ver seus conhecidos na telinha, o que se torna mais um atrativo. Buscando destacar as belezas da cidade, expor seus problemas e valorizar os talentos daqui, o sinal chega a milhares de casas em Blumenau e parte da região de Gaspar. Na programação, várias opções de entretenimento, cultura, informação e ainda o resgate de filmes clássicos que fizeram muito sucesso. Há dois anos na nova sede na Rua Uruguai, o diretor da emissora diz que a empresa tem um perfil simples, mas sempre querendo melhorar. O próximo objetivo é implementar um estúdio virtual, uma opção mais elaborada para a transmissão dos programas. 18
Fotos Ivan Fernando Schulze
A imagem de Blumenau
Rede da solidariedade Fato que ficou marcado na história da TV Galega e também na memória de todos os blumenauenses foi o desempenho e o trabalho feito durante as catástrofes de novembro de 2008. Diante de tantos acontecimentos, uma das apresentadoras do jornal já estava em um abrigo, pois a lama havia tomado conta do apartamento, pai e filho decidiram começar a transmissão já no sábado, primeiro dia dos deslizamentos, passando à população o maior número de informações possível. Em seguida, TV e rádio Furb e TV Legislativa juntaram-se para ajudar nessa empreitada. O plantão que começou às 23h de sábado se seguiu até às 17h de domingo, quando a TV Galega ficou sem luz e a transmissão passou a ser feita do estúdio da TV Furb e posteriormente da TVL. Dados da Defesa Civil, pedidos de resgate, contatos para amenizar a apreensão daqueles que ficaram ilhados eram passados a todo o momento. A união entre as emissoras foi algo inédito com profissionais nos mais
diversos pontos da cidade trazendo informações e alertando a população de como proceder naquela situação. Pimpão conta que o estado de alerta era tão intenso que ninguém sentia fome ou sede. A transmissão se seguiu por mais uma semana com o papel de orientar e salvar pessoas em áreas de risco. Preocupada em não deixar que os problemas sejam esquecidos após o furor das tragédias que aconteceram no Vale do Itajaí, a Galega lan-
çou o programa Reconstruindo o Vale. Apresentado por Jair Louzada e Altair Carlos Pimpão, o programa traz profissionais de várias áreas, como geógrafos, arquitetos, engenheiros, eletricistas, advogados, religiosos, empresários, que sugerem, acompanham e cobram ações para que o Vale possa retomar sua trajetória normal.
Perfil Razão Social: TV GALEGA LTDA. Fundação: 3 de março de 1997 Fundador: Altair Carlos Pimpão e Carlos Eduardo Pimpão Ramo de atividade: Emissora de televisão via cabo Área construída: 500 metros quadrados Colaboradores diretos: 23 Colaboradores indiretos: 78 Faturamento 2008: R$ 1.200.000,00
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Informe Comercial
Starcel Celular
Plano adaptado ao perfil do usuário Agora Blumenau conta com uma empresa que presta serviços com a qualidade Claro O Grupo Starcel trabalha há 12 anos. Sempre voltado para o mercado de telefonia, atualmente conta com nove lojas em Santa Catarina para atendimento a pessoa física e quatro escritórios regionais para atender empresas. Em novembro a Starcel inaugurou suas novas unidades em Blumenau e Florianópolis, ambas com foco no atendimento empresarial. Oferecendo o plano Sob Medida, que se adéqua às necessidades do cliente independente do tamanho da empresa ou número de colaboradores. A Starcel esta credenciada a apresentar soluções em comunicação móvel da Claro de voz e dados, para o cliente que deseja se conectar à internet em alta velocidade através do seu computador ou celular. “Os empresários estão cada vez mais abertos às propostas da Claro,
pois entendem que a redução de custos aliada à ótima cobertura e alta tecnologia trazem resultados interessantes para sua empresa: o bom e velho custo beneficio”, observa o sócio-gerente da Starcel de Blumenau, Edney Herbert Klueger. O blumenauense trabalha com telecomunicações há nove anos. É formado em Economia e pós-graduado em Gestão de Marketing pela Furb. Para atender a região, a equipe da Starcel possui 10 consultores, que realizam o trabalho externo de visita, apresentação de propostas e demonstração de serviços. Além de uma equipe interna de suporte para orientar o cliente. Todos recebem treinamento semanal para aperfeiçoamento. É importante ressaltar que antes do desenvolvimento de qualquer solução, a Starcel realiza uma consultoria a cada cliente, analisando em conjunto necessidades, gastos e perfil de cada usuário.
Sob medida para todo tipo de negócio No plano Sob Medida, o cliente contrata uma franquia em reais e qualquer tipo de evento feito por ele debita deste pacote. “Com isso, o cliente consegue ter mais controle sobre sua conta, por saber o quanto tem contratado em reais”, destaca Klueger. Se houver sobras, o valor é repassado para o próximo mês e, no caso de ultrapassar o limite do pacote, não há penalidade, o que possibilita o aproveitamento total do valor contratado, sem acréscimos. O plano admite o mínimo de duas linhas e os aparelhos podem ser fornecidos sem custo algum para a empresa. “Não há necessidade de comprar mais do que a empresa necessita em aparelhos ou linhas para ganhar algum beneficio!” afirma Klueger. Outra vantagem do plano está nas ligações interurbanas: usando o código Embratel (21), as tarifas têm valores bastante reduzidos. Quanto maior o valor contratado, menores são as tarifas por minuto, chegando ao preço de ligações locais. “Os serviços que a Claro e Starcel oferecem a seus clientes são justificados e muito bem explorados em todas as reuniões com clientes e equipe. Na nossa visão, o cliente fica conosco por atendimento, qualidade e satisfação. Pois com a portabilidade numérica, o cliente migra de operadora e permanece com o mesmo número”, ressalta Klueger.
Módulos adicionais • Claro Direto: permite fazer e receber ligações com sistema de rádio. A comunicação fica direta, ágil e em todo Brasil, sem qualquer custo adicional. • Gestor Online: permite definir perfis de uso para os celulares da empresa pelo site da Claro. Nesta ferramenta, o cliente gerencia todos os seus números
por horário, valores ou restrições de chamadas. • Fatura Web: o cliente tem acesso à fatura através do site da Claro. Não é necessário aguardar sua fatura chegar para saber seus gastos. • BlackBerry: a solução de e-mail móvel mais utilizada no mundo. Com
Através do Home Internacional, o cliente Claro, pelo sistema GSM, pode viajar para qualquer lugar do mundo com o mesmo número e todas as ligações recebidas ou realizadas virão na fatura. Este serviço dependerá da frequência do aparelho e cobertura na região. Além disso, a Claro disponibiliza o serviço 3G, que dá acesso ilimitado à internet móvel em alta velocidade. A Claro foi a primeira operadora a lançar o serviço, que cobre todas as grandes cidades do Brasil e da região de forma estável. “Este sistema permite ao cliente ter o escritório montado onde estiver”, define Klueger. A tecnologia 3G da Claro permite o acesso à internet sem fio com velocidade de até 1Mbps, pelo computador de mesa e notebook. Pode-se navegar na web, fazer downloads de arquivos grandes, acessar e-mails e mensagens instantâneas com muito mais rapidez e mobilidade. Basta contratar um Plano Banda Larga 3G da Claro e conectar um modem USB ou uma placa PCMCIA, compatível com o serviço. A Claro possui pacotes conforme a demanda que o cliente necessita, com a possibilidade de receber o modem sem custo.
um celular BlackBerry pode-se ter acesso remoto a e-mails e internet em alta velocidade. • Tarifa Zero: permite chamadas locais entre os celulares Claro da empresa, ou de outras empresas, com tarifa zero dentro da área de cobertura Claro.
Qualidade Claro
A Claro é a maior operadora das Américas e a quarta no mundo. No Brasil e em Santa Catarina, tem a maior cobertura, com 93,77% da população urbana do Estado coberta, de acordo com ao site especializado em telefonia: www.ucel.com.br.
www.starcel.com.br Rua Theodoro Holtrup, n° 471- sala 01 Bairro Vila Nova - Blumenau - SC Telefone: 3041-5055 ou 8864-2994 comercial.blu@starcel.com.br
Ivam Schulze
NÚCLEOs SETORIAIS
Unidas pela
informação Criado em agosto de 2002, o Núcleo Setorial das Empresas de Rádio da Acib é formado por 10 empresas da área que se uniram para defender interesses comuns. “Nosso objetivo é a integração, troca de informação, qualificação profissional dos colaboradores das emissoras e a realização de ações conjuntas. O núcleo defende os interesses dos radiofusores com ações que melhorem a qualidade de vida dos que moram e trabalham na cidade”, destaca o coordenador do Núcleo, Rubens Olbrisch (foto), que também é presidente do Conselho de Núcleos e Câmara Setoriais da Acib. O grupo realiza campanhas de divulgação para fortalecer a imagem do meio de comunicação e mostrar os benefícios de anunciar nas emissoras de rádio locais. Nestes sete anos, os proprietários e responsáveis pelas emissoras participantes do núcleo realizaram diversas ações conjuntas. Entre elas, a participação em um evento publicitário em Florianópolis, onde apresentaram as vantagens de veiculação de mídia em Blumenau. Olbrisch conta que as emissoras firmaram convênio com a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e Sebrae e participaram do Programa de Capacitação e Avaliação Ge22
rencial, primeiro programa do Sebrae no Brasil desenvolvido especialmente para as emissoras de rádio. O núcleo tem proporcionado aos colaboradores das emissoras de rádio cursos de informática, financeiro e de vendas, desenvolvidos pelo Sebrae. Para o setor operacional, há um curso ministrado pela Oficina do Rádio, de São Paulo. Além disso, o núcleo costuma convidar entidades para repassar informações relevantes aos integrantes do grupo. Internamente, nas reuniões do núcleo são apresentados dados sobre o mercado publicitário e repassadas outras informações técnicas de interesse conjunto. Também em defesa do meio e dentro do que dispõe a Lei, o núcleo visitou todos os vereadores municipais para explicar a diferença de uma emissora comunitária pirata e uma comunitária legalizada. Para 2009, os participantes terão à disposição um novo curso técnico, desenvolvido pelo Sebrae, para qualificação das emissoras e gerenciamento administrativo, entre outros disponibilizados pela Acib. Para integrar o Núcleo Setorial das Empresas de Rádio, basta fazer o registro como associado da Associação Empresarial de Blumenau. Informação para a comunidade Mesmo sem uma entidade oficial, em 1997, a classe de radiodifusores de Blumenau já havia se unido para realização de uma campanha com objetivo de tirar
o Município da crise pela qual passava. Outra campanha de incentivo à cidade, feita em 2005, foi reconhecida com uma moção pela Câmara de Vereadores. “Temos apoiado todas as campanhas com fim beneficente. Não há conflitos ou concorrência quando o assunto é em prol de Blumenau”, observa Olbrisch. Em casos de enchente e outras catástrofes pode-se observar que as emissoras, independente de prefixos, têm trabalhado em conjunto levando informação à comunidade. “Com a tragédia ocorrida em novembro, vieram comerciais gravados pela Acaert e todos do núcleo rodaram sem custo, em favor da reconstrução de Blumenau. E as que não estavam fora do ar auxiliavam a população de várias formas”, afirma Olbrisch.
Integrantes Rádio 90 FM Rádio Antena 1 Rádio Clube Rádio Guararema de Blumenau Rádio Menina FM Rádio Nereu Ramos Rádio Atlântida FM Rádio CBN AM Rádio Band FM Rádio Blumenau
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Fotos Kakau Santos
De olho nas vitrines O Decreto Federal nº 5.903, de 20 de setembro de 2006, prevê regras para fixação de preços e condições de pagamentos de mercadorias nas vitrines. O objetivo principal é que o consumidor tenha pleno conhecimento do que está sendo oferecido a ele sem depender da ajuda de terceiros, além da transparência nos negócios, garantindo a informação completa sobre o produto ou serviço. Além das lojas, o decreto vale para estabelecimentos de prestação de serviços, supermercados, bares, casas noturnas, restaurantes e hotéis. O órgão fiscalizador é o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon). O diretor do Procon de Blumenau, Nilton Leitempergher, destaca que desde a aprovação do decreto foi criado um curso de matemática financeira junto ao Centro Educacional Varejista (CEV) da CDL, para que empresários com di-
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ficuldade no cálculo da taxa de juros se aperfeiçoem. “O curso é aplicado a cada dois meses e tem bastante frequência”, afirma Leitempergher. É ele quem ministra o curso. De acordo com a promotora de Justiça Kátia Rosana Pretti Armange (foto), que atua há mais de dois anos na área da Curadoria do Consumidor, em 2007, o Ministério Público e o Procon iniciaram uma campanha de conscientização com os órgãos representativos do comércio. A meta é que em cinco anos o Decreto 5.903 esteja inserido na cultura da cidade. “A partir do momento que o consumidor cobra o cumprimento da lei,
cria-se uma conscientização”, diz a promotora. Ambos apontam que os órgãos de classe, principalmente Acib, CDL e Sindilojas, têm orientado bastante os comerciantes. A CDL criou uma calculadora, disponível para download no site www.cdlblumenau.com.br, para auxiliar no cálculo de juros.
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Fiscalização e punição
O que diz o Decreto Federal nº 5.903 Deve estar na mercadoria exposta na vitrine de forma visível: O preço do produto ou serviço à vista Número de prestações O valor total a ser pago com financiamento
O Procon age em todo Município. Ao perceber alguma irregularidade, o fiscal lavra um auto de constatação e o estabelecimento tem prazo de 10 dias para justificar o não cumprimento do decreto. Então, o órgão analisa a situação e pode encaminhar o caso ao Ministério Público. “A multa é graduada de acordo com a gravidade da infração e a condição econômica do fornecedor. Mas, 90% têm cumprido a lei. As lojas novas recebem um auto de orientação e têm prazo de até 30 dias para se adequarem”, acrescenta Leitempergher. No caso dos supermercados, as prateleiras, que devem ter o preço exposto, são fiscalizadas. E se o produto possuir código de barras, o local deve ter um leitor ótico a cada 15 metros e cartazes suspensos para informar a localização do equipamento. O descumprimento da lei resulta em duas formas de penalidade – civil e criminal. Na civil, o Ministério Público, recebendo a notificação expedida pelo Procon e geralmente acompanhada de fotografias, instaura Procedimento Preparatório, chamando o autuado que poderá firmar acordo, denominado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). É fixado um valor a título de multa pelo descumprimento da Norma, que pode variar de R$ 300 a R$ 3 mil, conforme a infração cometida. “Desde 2007, o Ministério Público firmou aproximadamente 80 Termos de Ajustamento de Conduta, onde houve o acordo de multa, a fixação da multa e o arquivamento da notícia”, informa a promotora. Do TAC consta também uma multa para o caso de descumprimento do acordado, que varia de R$ 5 mil a R$ 20 mil. Não sendo aceito, existe a possibilidade de o Ministério Público ajuizar Ação Civil Pública. “Temos hoje em Blumenau três Ações Civis Públicas em andamento por questão dos juros anunciados de forma incorreta”, conta. Na esfera criminal, o infrator poderá responder por crime de propaganda enganosa. A promotora explica que o dinheiro arrecadado com as multas volta para coletividade. “Várias dessas multas foram revertidas para beneficiar a Casa São Simeão e outras, por conta da Lei, vão para o Fundo para Reconstituição dos Bens Lesados”. As informações devem estar fixadas na mercadoria disposta na vitrine, mas a promotora comenta que, em alguns casos, o lojista solicita tomar outras medidas que são aceitas, como usar porta-retrato, por exemplo. Ela também aponta que, de novembro até agora, houve uma queda e até uma tolerância por parte da fiscalização, considerando a catástrofe ocorrida em Blumenau. “As pessoas estavam atordoadas e vários estabelecimentos foram atingidos pela enchente”, justifica. As denúncias de estabelecimentos que não cumprem as normas previstas pelo Decreto podem também ser feitas pelo consumidor diretamente ao Ministério Público ou através do endereço eletrônico ouvidoria@mp.sc.gov.br.
Juro mensal e anual Informar que a multa por atraso é 2%
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O diretor do Procon Nilton Leitempergher: de olho nas vitrines para garantir a Lei
Homenagem
Bernardo Wolfgang Werner, Ivan Schulze
um exemplo
Homem de grandes feitos, Bernardo Wolfgang Werner morreu no dia 26 de novembro de 2008, aos 81 anos. Nascido em Blumenau, o empresário destacou-se em vários setores. Dirigiu a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) por 15 anos, teve grande participação na expansão da rede física do Sesi e do Senai, incluindo a construção do Complexo Esportivo do Sesi em Blumenau, que leva seu nome. A atual sede do Sistema Fiesc também foi construída por ele, que deu ênfase às questões de infraestrutura do Estado. Descrito como estrategista inigualável e como pessoa com singular capacidade de mobilizar outras pessoas e comunidades na busca do que é melhor para todos, Werner foi superintendente da Electro Aço Altona, empresa criada pelo pai, o engenheiro Paul Werner, e vinha ocupando o cargo de presidente do Conselho de 28
Administração da empresa nos últimos anos. Vereador de Blumenau por quase duas décadas, foi eleito presidente da Câmara Municipal em duas ocasiões. Entre suas bandeiras, defendeu a criação de uma universidade regional, dando origem à Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb). Há 60 anos à frente da Altona e dono de uma memória invejável, o blumenauense recordava-se com facilidade dos tempos em que permaneceu na Alemanha, em plena Segunda Guerra Mundial. O internato em que estudava precisou ser esvaziado para que ninguém sofresse com possíveis ataques. Após concluir o ginásio científico, em 1945, voltou ao Brasil e passou a ajudar o pai na Altona, de onde jamais saiu. O jovem Bernardo sempre manteve ligação estreita com os estudos. Prova disso foram as duas faculdades concluídas – Administração e Direito. “Só não advoguei porque tinha atividades aqui na Altona. Depois, meu pai adoeceu e eu precisei
assumir tudo”, afirmou em uma entrevista concedida à Mundi Editora no ano passado, pouco antes de seu falecimento. Amor ao trabalho O empresário também atuou no Conselho de Administração do Hospital Santa Isabel. Ativo, Werner nunca imaginou que a visão interromperia boa parte de suas atividades. Há oito anos, devido um problema de saúde, ficou cego. “No início é um baque e você tem que se acostumar”, disse. Preferiu não aprender braile e trabalhava na Altona com ajuda de funcionários de sua confiança. “Eu quero trabalhar. Com o descanso eu não fico bem”, afirmou em entrevista à Mundi Editora. Devido ao incansável amor pelo trabalho, Bernardo Wolfgang Werner deixou uma mensagem para os empresários da cidade e região: “Recomendo a todos os investidores da indústria que continuem com amor à terra e disposição para o trabalho”.
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ARTIGO
Enquanto alguns choram, outros aproveitam
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Durante a edição da ExpoGestão de 2005, evento empresarial que prestigio até hoje, na palestra de abertura, Miriam Leitão já adiantou que o Brasil é um país acostumado com crises e que evolui continuamente, basta ver seu histórico. Miriam salientou que “apesar das crises, o Brasil avança, melhora, muda e amplia mercados consumidores”. Mais recentemente, no Fórum de Marketing de Curitiba, que ocorreu no dia 13 de novembro de 2008, onde pude ver de perto o guru do Marketing, Phillip Kotler, ele também falou sobre a crise, mas salientou que “o momento é de oportunidades e não de recessão”. Por isso, levanto a bandeira de que precisamos arregaçar as mangas, aprender com tudo o que está acontecendo, mas, acima de tudo, buscar novas saídas e concretizar planos criativos que antes nem cogitávamos executar. É hora de pensar grande e tirar proveito das oportunidades. E, se tratando de marketing, basta analisar as notícias que nos fazem pensar para frente. Sempre busco ver as coisas pelo lado positivo e foi lendo a revista Exame que me deparei com uma matéria excelente, onde pesquisas mostram que as empresas que mantêm e até mesmo aumentam seus investimentos em marketing, ganham mercado, incrementam suas vendas e saem mais fortes quando a máquina da economia volta a funcionar. Segundo dados da matéria, “um estudo realizado em 2002, pela consultoria McKinsey, analisou a atuação de mil empresas durante o período entre 1982 e 1999, que compreendeu três grandes crises - o segundo choque do petróleo com a revolução dos aiatolás no Irã, uma recessão americana no final da década de 1980 e as crises da Ásia e da Rússia no final dos anos 1990. A constatação foi de que apenas as empresas que mantiveram ou aumentaram os investimentos em marketing nos anos difíceis tiveram aumento nos lucros na posterior fase de retomada econômica”. Para alguns empresários, os períodos de crise são excelentes para fortalecer suas marcas e ganhar uma fatia significativa de mercado, tendo em vista que os concorrentes se intimidam com a situação, diminuindo ou até mesmo cortando as verbas destinadas ao marketing. E o consumidor, percebendo isso, acaba migrando para as marcas que se mantêm fortes e em constante contato com seu público. É fato que a crise está aí e tem seu peso. Mas há que se considerar o percentual especulativo dela e trabalhar acima desta linha, fomentando, acima de tudo, a crença de que a inovação e a criatividade exercem um papel fundamental no desempenho das empresas, mesmo em meio a uma crise deste porte. Ficam as alternativas: chorar ou aproveitar. A escolha é sua. Robson Niering Graduado em Gestão Empreendedora pela Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc). É professor de marketing e vendas para cursos técnicos.
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ACIB É NOTÍCIA
Prefeito e secretário regional traçam panorama da recuperação de Blumenau
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Na primeira reunião conjunta do ano, ocorrida no dia 19 de janeiro, a diretoria e o conselho da Acib receberam o prefeito João Paulo Kleinübing e o secretário regional Paulo França. A idéia era ter um panorama geral do que já foi executado para a recuperação de Blumenau após a calamidade ocorrida no final do ano passado e como a Acib ainda pode contribuir para esse processo. O comprometimento das entidades, segundo o prefeito, será fundamental para repensar uma nova postura a ser adotada pela cidade e rever a forma como o Vale do Itajaí foi ocupado. O presidente do conselho da Acib, Hans Dieter Didjurgeit, concorda e acredita que as obras de recuperação levarão cerca de dois anos. “Será necessária uma maior tolerância com as dificuldades e demora da reconstrução”, observa. Kleinübing enumerou diversas ações que o Poder Municipal está colocando em prática desde o início da tragédia. “Nossa preocupação inicial foi retirar as pessoas das áreas de risco e atendê-las em abrigos, que chegaram a 63 e hoje são menos de 30”, apontou. Atualmente, parte das famílias que perderam as residências pode receber o Auxílio Reação, uma ajuda de custo de um salário mínimo, do Governo do Estado, para que busquem uma moradia provisória até que as habitações construídas pela prefeitura fiquem prontas. Outra solução encontrada pelo Executivo Municipal foi alugar galpões que possam ser adaptados com unidades habitacionais de 25 m2, com cozinha, banheiro e área de serviço comum, financiados pelos Governos Estadual e Federal. Paralelamente, serão adquiridas nove áreas para a construção de três mil residências. O recurso deve vir da Defesa Civil e o prefeito aguarda a formalização da liberação dessas verbas por parte da União. Parte dos gastos com a aquisição dos terrenos será coberto pelo fundo criado pela Fiesc. O prazo para que todas as casas sejam concluídas é de 18 meses. As 46 unidades escolares atingidas também serão recuperadas, conforme garantiu João Paulo Kleinübing. Ele relatou que o Governo Federal assumiu a reconstrução das três escolas mais atingidas. Enquanto isso, os alunos terão aulas em colégios estaduais. Ainda foi possível empenhar R$ 3,5 milhões de recursos federais para aquisição de material didático e móveis destruídos pela enchente. Quanto ao sistema viário, a Prefeitura trabalha na limpeza de cerca de 40 ruas que ainda estão sem acesso. “Dos R$ 1,6 bilhões
Autoridades se reuniram na Acib para tratar da recuperação do Município assinados na Medida Provisória do Governo Federal, R$ 360 milhões virão para Santa Catarina destinados a assistência às vítimas e outras despesas”, assinalou o prefeito. Entre as ações do Governo do Estado destacadas pelo secretário regional Paulo França estão o reforço de mais 200 técnicos na Celesc, o pagamento de faturas e troca da subestação que abastece a cidade de Luís Alves, a operação tapa buraco e recuperação da rodovia Jorge Lacerda pelo Deinfra e os R$ 6,3 milhões repassados às prefeituras da região para a área de saúde. Além disso, o Estado apoiou abertura do hospital de Campanha e fez repasses para a farmácia básica. As escolas da rede estadual também foram atingidas, num total de 35 unidades. Para recuperá-las, o secretário afirmou que já foi acertada a destinação de R$ 3 milhões. As empresas também receberam apoio do Estado, segundo Paulo França, com a prorrogação de pagamentos de tributos, permissão de importação com benefícios fiscais em portos de outros estados, medidas de apoio emergencial, financiamentos de capital de giro para micro e pequenas empresas e programa de refinanciamento de créditos, entre outras ações. Todas essas medidas foram fundamentais para recuperar a região, mas, na opinião de Paulo França, a retomada do crescimento só será possível
com a duplicação da BR-470. A diretoria e o conselho da Acib manifestaram-se com questionamentos e opiniões. Cobraram, por exemplo, rigor técnico na execução dos projetos, cumprimento de prazos e melhorias em algumas áreas como limpeza das ruas e ligações intermunicipais. “Estamos satisfeitos com as ações dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Esperamos que a parte burocrática seja logo encerrada para que efetivamente comecem as obras de recuperação da estrutura viária da cidade”, apontou o presidente da Acib Ricardo Stodieck.
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Literatura e brincadeira para crianças desabrigadas Fotos Divulgação
As crianças abrigadas na Escola Básica Municipal Vidal Ramos receberam um presente diferente no último Natal. No dia 17 de dezembro, a Câmara da Mulher Empresária da Acib, em parceria com o Instituto Evoluir, realizou uma ação de lazer e cultura, com a entrega de livros infantis do Projeto Troque Lixo por Livro. A festa também teve a presença da cantora Nana Toledo, que cantou com a criançada as canções dos livros, e da escritora Cristina Marques, com a leitura das histórias. Outra atividade que animou os pequenos foi a contação de histórias com a professora Tania Maria da Silva, quando as crianças puderam interagir de forma descontraída. Ao final do encontro, foi servido um lanche pelo próprio abrigo e entregues pacotes com guloseimas. A Câmara da Mulher tentou, com isso, levar alguns momentos de alegria para as crianças que estavam sofrendo com a perda de suas casas nos deslizamentos ocorridos no mês de novembro. Após as brincadeiras na Escola Vidal Ramos, as voluntárias entregaram materiais educativos (joguinhos, lápis de cor, canetinhas, cartolinas, etc.) no abrigo da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Os donativos vieram da médica e escritora de São Paulo, Hildette Rangel, com a finalidade de criar um espaço de recreação para as 30 crianças daquele abrigo, que também receberam os livros do projeto Troque Lixo por Livro e guloseimas.
Câmara da Mulher Empresária leva momentos de alegria a crianças dos abrigos
Especialista fala sobre marketing pessoal e formas de se comportar
Arquiteta Scheila Cristina Pereira palestou no primiero evento do núcleo
O primeiro evento promovido pelo Núcleo de Decoração da Acib, criado em setembro do ano passado, foi um sucesso. Mais de 80 pessoas participaram, no dia 20 de janeiro, de uma palestra ministrada pela arquiteta Scheila Cristina Pereira sobre comportamento e postura. O evento foi voltado principalmente a profissionais do ramo de decoração, arquitetura e design. Scheila falou sobre marketing pessoal, formas corretas de se vestir e de se comportar no ambiente de trabalho e ressaltou a importância do planejamento para qualquer tipo de projeto. “É preciso saber onde queremos chegar para escolher o caminho certo”, assinalou. A arquiteta também ensinou os participantes a fazerem uma auto-
análise para encontrar pontos a serem melhorados na personalidade de cada um e no relacionamento com o cliente. Como grande parte da platéia era formada por prestadores de serviços, Scheila explicou que, diferentemente do produto, o serviço é intangível e começa a ser consumido na hora em que é prestado. A satisfação do cliente, portanto, depende muito da sensibilidade de cada pessoa. A apresentação está disponível no site da Acib (www.acib.net). Uma nova edição do evento está sendo estudada pelo Núcleo de Decoração, em razão da grande procura. Os interessados podem deixar o nome numa lista de espera pelo e-mail atendimento@acib.net. 33
CDL É NOTÍCIA
Recuperação de Blumenau Divlugação
Sob os abalos da maior tragédia climática já ocorrida em Santa Catarina, lideranças empresariais e representantes de setores públicos se uniram para criar o “Natal Alles Blau Blumenau”, um programa natalino com o objetivo de resgatar a autoestima da população e mostrar ao País a capacidade de recuperação da região. A proposta de um calendário de eventos culturais, sociais e religiosos foi colocada em prática durante todo o mês de dezembro, com muito sucesso, tendo como ponto de partida a programação do Feliz Natal em Blumenau, liderada pela Secretaria de Turismo. Contando com o envolvimento de entidades como CDL, Acib, Ampe, Blumenau Convention & Visitors Bureau, FCBlu, Furb, Santur, Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Turismo, Secretaria Municipal de Turismo, Sihorbs, Sindilojas, Sinduscon e Teatro Carlos Gomes, este projeto tem a visão de se tornar, em 10 anos, o evento natalino mais importante do Brasil, impulsionando o turismo na região.
Lideranças se uniram na criação do Natal Alles Blau Blumenau
Liberação do FGTS aquece comércio A destruição causada pelas chuvas de novembro teve efeitos diferentes sobre o comércio de Natal nas cidades do Vale do Itajaí. Em Blumenau e Gaspar, o movimento esperado para dezembro foi postergado para janeiro, quando o dinheiro dos saques do FTGS está sendo injetado na economia. Já em Itajaí, o último mês do ano foi agitado pela procura por móveis e eletrodomésticos novos para substituir os que foram destruídos pelas cheias. Os lojistas de outros municípios atingidos pelas enchentes também apostam no FGTS para alavancar o comércio a partir de janeiro. De acordo com Marcelino Campos, presidente da CDL de Blumenau, no começo de 2008 a expectativa para o resto do ano era otimista por causa do cenário nacional positivo. Com o início da crise econômica mundial, no segundo semestre, os lojistas ficaram apreensivos. As chuvas de novembro só pioraram a situação, ainda mais por acontecerem logo antes do melhor mês para o comércio. “Recuamos nas nossas previsões de Natal e entendemos que se tivéssemos um percentual igual a 2007 nos daríamos por satisfeitos”, explica Campos. Com a liberação do FGTS – que vai introduzir um valor cinco vezes maior do que o injetado normalmente pelo 13º – as expectativas das entidades de classe e da população aumentaram e a data festiva foi prorrogada para os primeiros meses de 2009. “O Natal está sendo transferido, pois janeiro e fevereiro têm uma potencialidade cinco vezes maior de recursos disponíveis para todas as classes”, garante o presidente da CDL de Blumenau.
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41° Convenção Estadual do Comércio Lojista Com o tema “A criatividade como o grande diferencial em tempos de forte competitividade de mercado”, a 41ª Convenção Estadual do Comércio Lojista tem o foco nas ideias que fazem nascer e crescer negócios inteligentes e lucrativos. Realizado no Centreventos Cau Hansen, em Joinville, o evento irá reunir mais de 2 mil congressistas altamente qualificados e formadores de opinião, que estarão em busca de novidades e ideias vendedoras. Entre outros assuntos, a convenção irá
discutir como a convivência entre micros, pequenas, médias, grandes e gigantes empresas acontece na atualidade e como cada perfil de negócio irá se comportar para crescer nos próximos anos. Para isso, destacados nomes com histórico de ideias que se tornaram vencedoras dividirão suas experiências com o público presente. O evento acontece de 28 a 30 de maio e mais informações podem ser obtidas no site www.41convencaolojista.com.br.
o maior evento do varejo mundial Os presidentes da CDL, Marcelino Campos, e do Sindilojas, Alexandre Ranieri Peters, participaram do maior evento internacional de varejo – o Retail´s Big Show 2009 – realizado em janeiro, em Nova York. A comitiva de empresários brasileiros, liderada pelo presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, contou também com representantes de outras cidades do Estado e da FCDL/SC. O evento, realizado pela National Retail Federation (NRF) ocorre anualmente nos Estados Unidos e conta com a participação das personalidades de maior destaque no segmento em todo o mundo, como a Tesco - maior rede de supermercados da Europa, e Wall Mart - maior empresa varejista do mundo.
AGENDA CEV Análise de crédito 22, 23 e 24 de janeiro • Auditório Silvio Hirt • Instrutor: Jorge Caresia Oratória e Comunicação Persuasiva 26 a 30 de janeiro • Auditório Arno Buerger • Instrutores da Via Expressa Comunicação Matemática Financeira 2 a 6 de fevereiro • Auditório Arno Buerger • Instrutor: Nilton Leitenpergher Atendimento a Clientes 9 a 11 de fevereiro • Auditório Arno Buerger • Instrutora: Sônia Peters Aperfeiçoamento em Vendas 9 a 20 de fevereiro • Auditório Arno Buerger • Instrutora: Marlene Von Mann Caramuru
Liquida Blumenau A CDL e o Sindilojas estão realizando, de 17 de janeiro a 7 de fevereiro, a já tradicional campanha de liquidação de Verão do comércio varejista denominada “Liquida Blumenau”. Esta ação tem como objetivo atrair para Blumenau os turistas e visitantes que vêm ao Estado nesta época do ano, numa sin-
cronia com a Sommerfest, promovida pelo Governo Municipal. A promoção também visa aproveitar o momento em que os blumenauenses estão recebendo o FGTS, para criar fluxo de consumidores locais, oferecendo ofertas, descontos, brindes e condições de pagamento especiais. Para esta campa-
nha, as entidades estão investindo em divulgação, inclusive nas estradas de acesso à Blumenau e também no litoral, com colagem de outdoors, inserções em rádio, jornal e televisão. Os lojistas associados à CDL e ao Sindilojas estão identificados com os cartazes da campanha Liquida Blumenau.
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SINDILOJAS é notícia
Fotos Divulgação
Sindilojas adota um abrigo
Voluntários do Sindilojas se mobilizaram para...
...levar alegria a um abrigo de Blumenau na véspera do Natal
Em 24 de dezembro de 2008, o Sindilojas abraçou a idéia “Adote um Abrigo”, campanha promovida pela Fundação Cultural de Blumenau. O foco da campanha, que fez parte da programação do “Natal Alles Blau Blumenau”, foi proporcionar às famílias desabrigadas da cidade um Natal de esperança e de solidariedade. Juntamente com demais entidades patronais, buscou-se proporcionar um dia de Natal com almoço e Papai Noel para as crianças. Todos os ingredientes utilizados na realização do almoço foram cedidos pelos associados do Sindilojas, como Dovale Representações, Dinardelli Comércio e Representações, Fiedler Automação Industrial, Bebidas Zarling, SS Supermercados, Angeloni Supermercados, Cooper e Doces Vanzuita. Além do apoio dos associados, o sindicato contou também com os colaboradores e voluntários, que com muito carinho e dedicação, tornaram o dia 24 de dezembro um dia especial, em que a solidariedade devolveu o brilho aos olhos e a esperança aos corações. A entidade agradece a todos os associados, colaboradores e voluntários que contribuíram com essa ação de solidariedade que só foi possível graças à integração e dedicação de cada um.
as Perspectivas econômicas para 2009 A crise financeira parece ter abalado o otimismo dos empresários do comércio de Santa Catarina. De acordo com o cenário projetado por 66% dos comerciários entrevistados pela Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio), a crise deverá influenciar negativamente o setor. Segundo os entrevistados, a crise influenciará devido à redução nas compras (28,1%) e do impacto do dólar no aumento dos preços (14,7%). Para se precaver e não afetar o consumidor, 55,3% dos empresários preferem as promoções e 46,1% afirmam facilitar as formas de pagamento. O estudo foi realizado em 360 em-
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presas catarinenses entre os dias 2 e 8 de dezembro. O presidente da Fecomércio, Antônio Edmundo Pacheco, alerta para a necessidade de ações enérgicas do governo brasileiro no sentido de minimizar os impactos da crise em 2009. “Ainda não está claro que impacto positivo terão as medidas anunciadas pelo governo brasileiro”, afirma o presidente. Outro motivo de preocupação para os comerciantes é a tragédia catarinense decorrente das fortes chuvas, que deverá diminuir as vendas, segundo a análise de 47% dos entrevistados. De acordo com o presidente da Fecomércio, não é possível
prever em cifras os prejuízos causados pelas chuvas, porém, já se pode projetar queda nas vendas do comércio varejista nas áreas afetadas. Dos consumidores ouvidos pela pesquisa, embora se mostrando precavidos e cautelosos, 50,7% acreditam que o ano será melhor financeiramente que 2008 e 27,3% afirmam que irão guardar dinheiro na poupança em 2009. Outra medida preventiva é o dinheiro reservado para as compras de material escolar (21,9%) e o pagamento à vista das taxas de IPTU e IPVA (45%). Fonte: Fecomércio
Coluna Jurídica Parcelamento da Participação nos Lucros Mesmo não sendo um posicionamento unânime, a maioria dos Ministros da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em recente decisão, destituiu de qualquer valor o disposto em cláusula de acordo cole-
tivo que prevê pagamento parcelado para a participação nos lucros e resultados das empresas. No caso submetido a julgamento, a participação era paga mensalmente. Nestas condições, segundo a sentença, será considerada verba salarial, por não observar a re-
gra da semestralidade prevista na Lei n° 10.101/00 (art. 3°, § 2º), refletindo no cálculo das férias, 13º salário, adicional noturno, outros adicionais, abonos, descanso semanal remunerado, no FGTS e no recolhimento do INSS.
Extinção do contrato devido força maior
Acidente de trajeto não gera indenização civil
Não foram poucos os casos de empresários que tiveram suas empresas totalmente destruídas em decorrência da catástrofe que se abateu sobre boa parte do Estado de Santa Catarina, especialmente sobre os municípios da Foz e do Médio Vale do Itajaí. A calamidade pública ocorrida amolda a situação destes empresários à definição dada pela CLT, em seu art. 501, que trata da força maior, definindo-a como todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, não tendo ele para ela concorrido, direta ou indiretamente. Em decorrência da força maior, havendo necessidade de desligar os funcionários, por absoluta impossibilidade da continuação do empreendimento, o empregador pagará somente a metade das verbas indenizatórias a que eles fizerem jus. Neste caso, é de se entender que a multa do FGTS, por ser parcela indenizatória, passará de 40% para 20%.
Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, publicada em meados de 2008, estabeleceu que o acidente ocorrido entre a residência do empregado e o seu local de trabalho, ou vice-versa, mesmo sendo considerado acidente do trabalho, em face do que prevê o art. 21 da Lei n° 8.213/91, não pode gerar ao trabalhador qualquer direito de reparação por danos morais, materiais ou estéticos, como é o caso dos acidentes que ocorrem no âmbito da empresa ou durante a execução dos serviços, caso exista o nexo de casualidade entre o dano ocorrido e a conduta do empregador. Para os acidentes de trajeto, a equiparação de que fala o art. 21 da Lei n° 8.213/91 gera apenas efeitos previdenciários, como é o caso do salário de benefício.
Contribuição Sindical Patronal Anualmente, as empresas têm um compromisso com os sindicatos patronais: a Contribuição Sindical. O pagamento deste tributo é obrigatório, de acordo com os artigos 578 e 610 da CLT e vários são os benefícios gerados por ele, por intermédio das ações dos sindicatos patronais. Estas entidades são legítimas defensoras do
empresariado do comércio de bens e serviços catarinense e de seus colaboradores. Representante legal dos setores, define ações em prol dos empresários do comércio, negocia convenções de trabalho e outras ações legais pertinentes ao setor. O pagamento da Contribuição Sindical Patronal faz com que a em-
presa cumpra um compromisso consigo mesma, colaborando com uma entidade forte, um sistema eficaz e ajuda a manter serviços que possibilitam uma gestão estratégica. A data de recolhimento do tributo para os empregadores é 31 de janeiro. Mais informações podem ser obtidas no Sindilojas.
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MEMÓRIA
Mudança Arquivo Histórico
no perfil dos imigrantes
A maioria dos imigrantes que chegaram a Blumenau após a Segunda Guerra Mundial era formada por técnicos e operários especializados
Com o fim da Guerra do Contestado (1912-16) e da definição de sua fronteira com o Paraná (1916), Santa Catarina começa a se estabilizar e cria condições de crescimento econômico. A reforma tributária promovida pelo governador Hercílio Luz e a instalação do primeiro instituto de ensino superior catarinense, o Instituto Politécnico, contribuíram para este movimento. O fim dos conflitos armados também transformou o Estado em palco de um importante fluxo migratório. Filhos de alemães e italianos, que haviam se instalado desde meados do século XIX no Rio Grande do Sul, passaram a ocupar o oeste catarinense e o Vale do Rio do Peixe, atraídos pela existência de grandes áreas de terra a preços atrativos. Para o governo, foi um ótimo negócio: a ocupação de uma região 38
despovoada e estratégica pela proximidade de fronteiras com dois estados (Rio Grande do Sul e Paraná) e dois países (Paraguai e Argentina). Além disso, propiciou o desenvolvimento de uma vigorosa indústria agropecuária. Entre 1920 e 1940, Santa Catarina registrou uma migração interna de quase 90 mil pessoas, sendo mais de 76 mil vindas do Rio Grande do Sul. O índice catarinense de habitantes por quilômetro quadrado saltou de 3,35 em 1920 para 12,34 em 1940. Apesar deste incremento não houve, durante este período, uma acentuada urbanização. No início da década de 40, 79,5% da população barriga-verde ainda se concentrava no meio rural. Uma característica muito peculiar de Blumenau, que ajudou a incentivar ainda
mais o surgimento de um parque industrial forte na cidade, soma-se a esse movimento de migração interna. A partir da Primeira Guerra começou a chegar ao Município um enorme contingente de imigrantes europeus, sobretudo alemães, diferente daquele que povoou seus primeiros cinqüenta anos de colonização. Ao invés de agricultores e pequenos artesãos, os alemães que chegaram a partir do século 20 eram técnicos e operários especializados. Eles fugiam, num primeiro momento, do conflito armado. Num segundo, da hiperinflação e do pauperismo que sucederam a guerra. Esses homens traziam conhecimentos industriais que ainda não faziam parte da cultura da grande maioria dos brasileiros. Trabalharam nas empresas locais e alguns deles, após conseguirem reunir capital, uniram-se a empresários já estabelecidos para iniciar novos empreendimentos.