ACIBr Especial - 75 anos

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EDITORIAL

Fortalecidos pela união O dia 2 de outubro de 2009 foi marcante para a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). Afinal, uma entidade associativista, multisetorial, festejou 75 anos de profícua existência. Entidade esta responsável pela congregação de pessoas cujo dia a dia é, e sempre será, uma eterna rotina de tomadas de decisões que norteiam as iniciativas empreendedoras em nossa região. Definir com clareza o papel de uma entidade nos moldes de uma Associação Empresarial, num contexto em que não raras vezes despontam conflitos de interesses, poderia ser difícil. Poderia, se não a aceitássemos como mediadora, sedimentando caminhos que possam levar ao diálogo, onde o consenso deverá trazer a luz da razão, consequentemente, as soluções que atendam aos interesses comuns. Há quem afirme que, por ser uma entidade lobista, a sua atuação deveria se restringir às reivindicações que venham a atender interesses específicos, tais como: redução da carga tributária, facilidades e subsídios na obtenção de recursos, obras de infraestrutura e outros. Tudo muito certo, não fosse esse conceito uma visão simplista, com um único foco centrado na pessoa jurídica, como se ela pudesse se locomover, se auto gerir, sem a participação de quem a concebeu: a pessoa física. A Constituição Federal de 1988 nos deixou um legado, que mais se parece com um ‘imbróglio’, que à medida em que o vamos desatando, começamos a nos deparar com um cenário que nos faz lembrar um antigo artefato de caça que muitos chamavam de ‘arapuca’. Os

três poderes, que deveriam atuar de forma independente, mas em harmonia, num conceito democrático desejado, mais parece que agem em conluio, tamanhos os exemplos escancarados de troca de ‘gentilezas’ retribuídas com cargos de destaque, vitalícios ou transitórios, para si ou para apadrinhados, não importando o grau de parentesco. O Poder Executivo transformouse em refém de um Legislativo há muito despido de cores (ou ideologias) partidárias. Em alguns casos, de refém passa a patrão. O Judiciário, complacente com a letargia do Ministério Público, que por sua vez assiste impotente ou por omissão a agressão flagrante a legislação vigente. Esta situação contribuiu para que expressões como fisiologismo, corrupção, corporativismo, peculato, trafico de influencia, superfaturamento, CPI, Pizza e outras tantos, hoje já não soem estranhas ao vocabulário e à compreensão popular. Dito isto, concluímos que as entidades que formam a constelação que poderíamos denominar sociedade civil organizada deveriam colocar no centro de suas prioridades sempre as ‘pessoas físicas’, que (personificando a metáfora de que a corda arrebenta no lado mais fraco) são as diretamente atingidas por desmandos e mazelas daqueles que constitucionalmente deveriam protegê-las. O associativismo empresarial tem que ter no ser humano a prioridade na formatação de suas reivindicações. Tem que estar convicta que somente no seio de uma sociedade mais justa, produtiva e organi-

“Associativismo é isso. Juntos, temos chance de dominar o sistema. Isolados, certamente seremos dominados” zada é que a prosperidade deixa de ser para muitos uma amarga utopia para se transformar em uma doce realidade. A livre iniciativa garante a democracia, tanto quanto o acesso à educação e à saúde, garantem o estado de direito, onde os preceitos constitucionais dão ao cidadão o direito de escolha, de educar seus filhos de acordo com suas convicções, sejam elas políticas, religiosas ou outros valores herdados de suas antigas gerações, desde que não conflitantes com a legislação vigente. Empresários, sejam de que porte for sua empresa, são líderes, e como tal têm o dever de manifestar sua insatisfação e a de seus liderados. Têm o dever de impedir que interesses individuais estejam acima dos interesses coletivos. De combater o mal uso dos recursos públicos que, embutidos nos preços cobrados da população na forma de impostos, são repassados ao Estado para que seja revertido ao bem estar social. Associativismo é isso. Juntos, temos chance de dominar o sistema. Isolados, certamente seremos dominados.

Aliomar Luciano dos Santos Presidente da ACIBr

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SUMÁRIO

06 A ACIBr

A crença de quase 500 empresários no associativismo como ferramenta de desenvolvimento sustentável faz da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) uma das mais importantes entidades do Município. As conquistas da associação nos últimos 75 anos se confundem com o desenvolvimento da cidade, que beira os 100 mil habitantes e tem papel de destaque na economia do Estado. O resultado desse trabalho pode ser visto nos quatro cantos de Brusque.

08 A história

O caminho da ACIBr começou a ser trilhado quando alguns empreendedores de Brusque perceberam, no ano 1934, a necessidade de unir esforços pelas demandas da cidade e do setor produtivo local. No decorrer destes 75 anos, o empresariado e toda a sociedade ganharam com a atuação dos 14 empresários que comandaram a associação: Otto Schaeffer, Alfredo Koehler, Germano Quirino Barni, Ayres Gevaerd, Herbert Schlindwein, Carlos Cid Renaux, Érico Antônio Contesini, Nelson José Pehnk, Walfrido Antônio Navarro Stotz, Hylário Zen, Verner Willrich, Juliano Carlos Renaux, Ingo Fischer e Aliomar Luciano dos Santos.

26 Os apoiadores

Logo que completou 70 anos, a ACIBr comemorou uma grande realização: a sede própria. A entidade passou a integrar o Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque, que reúne ainda outras sete entidades. A conquista foi possível graças a 10 associados: Aradefe Malhas, Buettner, Irmãos Fischer, Laboratório de Análises Clínicas TWA, LC Malhas, Sancris Linhas e Fios, Supermercados Archer, Têxtil Renaux (hoje Renaux View), Zen S/A e ZM S/A.

Idealização e comercialização

Rua Pedro Werner, 180 – 3º andar Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque Fone/Fax (47) 3351-1339 Email: acibr@acibr.org.br 88.354-000 – Brusque/SC - Brasil

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Produção

Rua Almirante Barroso, 712 Sala 2 - Vila Nova 89.035-400 Blumenau/SC Fone/fax: (47) 3035-5500 www.mundieditora.com.br mundieditora@mundieditora.com.br

Editora-chefe Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br

Diagramador Rodrigo dos Reis rodrigo@mundieditora.com.br

Repórteres Michele Wilke e Gisele Scopel

Projeto Gráfico Ferver Comunicação ferver@ferver.com.br

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Coordenador de Arte Guilherme Faust Moreira guilherme@mundieditora.com.br

Diretor Executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br

Gerente Comercial Eduardo Bellidio


INFORME COMERCIAL

Parceria de sucesso Sistema Fiesc dá suporte ao desenvolvimento da indústria de Brusque

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esponsável por 48,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de Brusque, a indústria tem papel decisivo no desenvolvimento econômico e social do Município. “A representação do setor industrial, além do trabalho realizado pelo Sesi na área social e pelo Senai na formação da força de trabalho, são contribuições fundamentais do Sistema Fiesc para fortalecer cada vez mais a indústria de Brusque. Com uma indústria mais forte, o Município cresce e proporciona qualidade de vida para quem vive aqui”, diz o vice-presidente para assuntos estratégicos da Fiesc, Ingo Fischer. O empresário chama atenção para a importância do associativismo e para o trabalho desenvolvido por entidades como a ACIBr e o Sistema Fiesc. “A união do setor empresarial é fundamental na busca pelo desenvolvimento sustentável e a atuação deve considerar sempre as demandas do setor empresarial e dos trabalhadores”, diz Fischer, destacando como exemplo disso o trabalho do Senai que atende 1,5 mil alunos em Brusque com educação profissional, ensino médio e superior. Entre os nove cursos técnicos oferecidos na cidade, destacam-se os de tecelagem e eletromecânica, setores de destaque no Município.

Já o Sesi/SC tem como foco proporcionar saúde, educação e qualidade de vida ao trabalhador, oferecendo soluções sociais corporativas. Em Brusque, a atuação da entidade é referência com o Sesi Clínica, que presta atendimento em diversas especialidades médicas e programas na área da educação, como a infantil e a de jovens e adultos. “A atuação da área de lazer também é expressiva, com os programas do Sesi Esporte e Sesi Eventos, além de oferecer às indústrias centro esportivo com amplas instalações para a prática da atividade física. O Sesi de Brusque também tem desenvolvido ações de responsabilidade corporativa junto às indústrias locais, como o programa de inclusão da pessoa com deficiência”, diz o vice-presidente. Destacando a pronunciada boa vontade e ação positiva que sempre caracterizaram a atuação da presidência da Fiesc, hoje incorporada por Alcantaro Corrêa, no atendimento às reivindicações que, ao longo dos anos, têm sido por ele encaminhadas à Federação das Indústrias em favor da indústria brusquense, Ingo Fischer expressa aqui, em nome da comunidade industrial de Brusque, o reconhecimento e justo agradecimento por todo o cordial e efetivo apoio recebido.

Vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) para assuntos estratégicos, Ingo Fischer agradece o apoio da Federação, comandada por Alcantaro Corrêa , para os pleitos de Brusque


A ACIBr A Diretoria

Excelência em associativismo União do empresariado gera cadeia de conquistas econômicas, sociais e culturais há 75 anos em Brusque Medir ou detalhar o papel da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) no desenvolvimento do Município e do empresariado brusquense nos últimos 75 anos seria impossível. A importância da entidade neste contexto é imensurável. O resultado dessa atuação, contudo, pode ser visto em cada canto de Brusque, cidade que respira desenvolvimento e leva o nome de Santa Catarina para vários estados do País e do mundo. Com 475 empresas associadas, a ACIBr mantém há sete décadas e meia a premissa de incentivar o associativismo, promovendo a troca de experiências, gerando informações e formando parcerias. “Esta não é uma entidade para defender interesses individuais, mas coletivos”, pontua o presidente da entidade, Aliomar Luciano dos Santos, que deixa o cargo em 5 de outubro, quando assume a nova Diretoria. A fórmula tem dado certo e a entidade quase dobrou de tamanho na última gestão. “Chegamos bem perto, já que tínhamos 280 associados e hoje são quase 500 empresas que acredi-

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tam no associativismo. Conseguimos atrair os olhares da classe empresarial para dentro da ACIBr, quebrando o paradigma de que a associação é apenas para grandes empresários”. Para Santos, mostrar que a associação tem espaço para pequenas e microempresas ajudou abrir a entidade para a sociedade. E essa união gera frutos para todos. Micros, pequenos, médios, grandes empresários e a sociedade organizada. É uma cadeia de esforços e conquistas. Falando em conquistas, a cidade ganhou e ainda ganha muito com a atuação da entidade. Uma das grandes ações foi a criação da Escola de Música, uma iniciativa da ACIBr, CDL, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Brusque e o próprio Centro Empresarial. A Escola de Música conta com 87 alunos que têm aulas gratuitas. “Ficou evidente a grande lacuna que existia em Brusque nesse ramo. A escola criou, também, uma Orquestra de Câmara, composta de alunos e professores, a qual tem revelado muito progresso e aceitação pública”, conta Ingo Fischer, atual

• Presidente ALIOMAR LUCIANO DOS SANTOS • Vice-Presidente ADEMAR SAPELLI • Diretor Financeiro: JOSÉ CARLOS LOOS • Dir. Projetos Especiais e Infraestrutura: EDEMAR FISCHER • Diretor Assuntos Tecnológicos: ALEXANDRE ZEN • Dir. Relações Institucionais e da CDL: FABRICIO ZEN • Diretora de Núcleos e/ou Câmaras: RENATE WEGNER TROMM • Diretor Assuntos da Indústria: JULIANO SCHUMACHER • Diretor Assuntos Comércio e Turismo: VALTER STOLTENBERG • Diretor Assuntos Prestação de Serviços: VANDERLEI R. DE LIMAS • Dir. Ass. Pequenas e Micro Empresas: EUNICE FRANCISCO FURTADO • Diretora Assuntos Comunitários: MARIA VALZETE WALENDOWSKY • Dir. Assuntos legais e Governamentais: HALISSON HABITZREUTER • Diretor Assuntos Comércio Exterior: NELSON ZEN FILHO • Diretor Assuntos Ambientais: JOSÉ CARLOS AZEVEDO • Dir. Assuntos do CESCBr: INGO FISCHER • Diretor de Patrimônio: GILMAR CÉSAR APPEL • Diretor Executivo: ANTÔNIO CERVI • Assessores Jurídicos: OSMAR PERON JR/EUCLIDES DA SILVA JR

Núcleos setoriais • Academias de Brusque, Assistentes Sociais, Automecânica, Clínicas de Fisioterapia, Comércio Exterior, Corretores de Seguros, Empresas Contábeis de Brusque, Empresários de Guabiruba, Empresários de Botuverá, Escolas de Idiomas, Fisioterapeutas e Clínicas de Fisioterapeia de Brusque, Instituições Educacionais de Brusque e Região, Jovens Empreendedores – ACIBr Jovem, Laboratórios de Análises Clínicas, Materiais de Construção, Metalmecânica, Mulheres Empresárias, Panificadoras e Confeitarias.

presidente do CESCBr. O empresário adianta que já está em desenvolvimento um projeto visando à construção, no mesmo complexo, de um Centro de Eventos a ser colocado à disposição do empresariado local.


independência econômica O objetivo é promover uma eficiente exposição e divulgação dos produtos e serviços oferecidos pelas entidades que integram o Centro Empresarial de Brusque. “Neste local, está prevista a reserva de espaço próprio e proporcional a cada um dos condôminos do Centro Empresarial, para uso próprio ou para aluguel que contribua para sua manutenção e independência econômica”, adianta Fischer. Além dos espaços individuais, será criado um amplo show room destinado à exposição permanente dos produtos fabricados na diversificada indústria brusquense, constituindo-se numa vitrine constante, em sistema de rotatividade, de tudo o que se fabrica na cidade. “Esse show room deverá se transformar em uma referência reveladora do potencial de nossa indústria, além de ser uma mostra visual e presencial para viajantes, visitantes e quantos mais desejarem conhecer de perto a qualidade do que aqui se produz. É uma ideia precursora que, possivelmente, poderá abrigar um futuro museu da indústria brusquense, em toda a sua extensa diversidade”. Uma sede à altura Outra ação que teve a participação efetiva da entidade foi a criação do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCBr), há quatro anos, projeto idealizado por importantes líderes da classe empresarial do Município. As discussões em torno da construção tiveram início em 1997, com a participação de representantes da ACIBr, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Clube de Engenharia e Arquitetura de Brusque (CEAB) e Sindicato do Comércio Varejista. O processo para formação do empreendimento e os primeiros contatos com o Sistema Fiesc, para o comodato de um terreno do Sesi, na rua Pedro Werner, iniciaram em 1998. A ACIBr ficou responsável pela coordenação de todo o processo burocrático e acompanhamento da execução da obra, cujas informações foram repassadas a todas as entidades envolvidas. O arquiteto Osmar Teske, falecido há dois anos, foi o autor do projeto. A empresa Dimensional Engenharia venceu a licitação para a construção da obra. Em outubro de 2000 foi lançada a pedra fundamental, dando início à realização do projeto. É importante lembrar que a construção do Centro Empresarial foi viabilizada graças a uma parceria com o Sesi Nacional, através da entidade de Brusque, e à importante contribuição feita pelas empresas Aradefe Malhas, Buettner, Irmãos Fischer, Laboratório de Análises Clínicas TWA, LC Malhas, Sancris Linhas e Fios, Supermercados Archer, Têxtil Renaux (hoje Renaux View), Zen S/A e ZM S/A, que estão presentes nesta revista com reportagens.

As entidades • Associação Empresarial de Brusque • Câmara de Dirigentes Lojistas de Brusque (CDL) • Associação Brusquense de Medicina • Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Brusque • Sindicato das Indústrias da Fiação e Tecelagem de Brusque • Sindicato dos Lojistas de Brusque (Sindilojas) • Serviço Social da Indústria - Sesi Clínica

O empreendimento • 3.063,84 metros quadrados • 5 pavimentos com salas de reunião e treinamento, sedes das entidades • Anfiteatro para 280 lugares • Espaço aberto para a comunidade brusquense

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A HISTÓRIA

Nasce um fórum pelo progresso Empreendedores de Brusque se unem para lutar pelas demandas da classe na cidade

Otto Schaefer (1934 - 1956) O primeiro presidente da ACIBr foi Otto Schaefer, que comandou a diretoria provisória de 1934 a 1956. O empresário, dono de uma fábrica de fitas, uma fecularia e de um estabelecimento comercial no centro da cidade, foi um dos fundadores da Facisc e administrou as obras de construção da Igreja Matriz São Luiz Gonzaga.

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Escrita a muitas mãos, a história da Associação Comercial e Industrial de Brusque (ACIBr), hoje Associação Empresarial de Brusque, está diretamente ligada ao desenvolvimento e progresso da cidade. A ACIBr, ao longo desses 75 anos, teve papel relevante nos mais importantes fatos de Brusque, relacionados principalmente ao crescimento econômico da cidade. Fundada em um período importante da história do País, quando o Brasil proclamava sua terceira Constituição – segunda da República, a ACIBr nasceu em 2 de outubro de 1934, durante uma solenidade nas dependências do tradicional Hotel Gracher. A entidade foi criada por um grupo de empreendedores que sentiu a necessidade de unir forças em torno das classes comerciais, industriais e agrícolas. A primeira diretoria provisória – formada por Otto Schaefer (presidente), Rodolfo Renaux Bauer (secretário) e Germano Appel (tesoureiro) – reunia-se com os poucos associados para discutir seus interesses e levar adiante suas reivindicações. Proprietário de uma fábrica de fitas, de uma fecularia e de um estabelecimento comercial no centro da cidade, o primeiro presidente da ACIBr acabou se tornando um dos fundadores da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agrícolas de Santa Catarina, atual Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). “Além de industrial e comerciante, Otto Schaefer era muito atuante nos

A fundação da ACIBr ocorreu em solenidade no tradicional Hotel Gracher, no dia 2/10

A entidade esteve presente em movimentos importantes como o Integralista, em 1934

projetos sociais da nossa cidade, assumindo a administração das obras de construção da Igreja Matriz São Luiz Gonzaga”, relembra o diretorexecutivo da ACIBr, Antônio Cervi, que também acompanhou as obras da igreja, assumindo a função de tesoureiro. Atualmente, aos 76 anos, Cervi é um dos historiadores da cidade. Otto Schaefer permaneceu na presidência da associação até 1956.


Depois de duas décadas, a constituição de fato Já representativa, entidade ganha estatutos e diretoria definitiva

Passados 22 anos de muito trabalho e muitas conquistas da mais nova entidade de classe criada na cidade de Brusque, o comando da ACIBr passou para Alfredo Koehler. Proprietário de uma fábrica de balas e do Café Central, na época principal ponto de encontro e reuniões de empresários brusquenses, Koehler teve a gestão marcada por alterações nos estatutos e na nomenclatura da associação. No dia 10 de agosto de 1956, os associados se reuniram no Salão da Sociedade Caça e Tiro Araújo Brusque para discutir e aprovar o projeto de estatutos e a constituição definitiva da associação. Na ocasião também foram criadas a primeira Diretoria e Conselho Fiscal da associação. Alfredo Koehler foi eleito presidente, enquanto Celso Schaefer ficou com a vice-presidência. Flávio Cervi foi eleito secretáriogeral, Bruno C. Krieger como vicesecretário, Germano Quirino Barni

como tesoureiro-geral e Francisco Olegário Heil como vice-tesoureiro. A Diretoria contava ainda com a participação do Conselho Fiscal e suplentes do Conselho Fiscal. Na época, com mais de 32 mil habitantes, a cidade de Brusque já tinha a indústria têxtil como base econômica do Município, sendo a pioneira da fiação de algodão em Santa Catarina. A união do empresariado que integrava a associação já fazia diferença no plano econômico local. Várias ações conjuntas repercutiam diretamente na sociedade local, mesmo antes da formalização efetiva da entidade. Nesta época, o País entrava nos ‘Anos Dourados’, quando o então presidente Jucelino Kubitschek deflagrou o mais expressivo crescimento da economia brasileira com seu Plano de Metas sob o lema: “cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo”.

Alfredo Koehler (1956 - 1959)

O setor têxtil já era a base da economia de Brusque em 56, sendo fortalecido na gestão de Koehler

A primeira Diretoria definitiva da ACIBr foi presidida por Alfredo Koehler, dono de uma fábrica de balas e do Café Central, principal ponto de encontro do empresariado na época. A gestão dele foi de agosto de 1956 a janeiro de 1959. O período foi marcado pela constituição efetiva da associação, com a criação da Diretoria e dos Conselhos. 09


A HISTÓRIA

A batalha pelos interesses locais Lideranças da cidade se unem em repúdio a ação governamental

Ações da gestão de Barni contribuíram para o desenvolvimento da cidade na década de 60

Germano Quirino Barni (1959 - 1961) Germano Quirino Barni foi o terceiro presidente da ACIBr, entidade que comandou de 1959 a 1961. O dono da Casa Barni, que também já integrou o Legislativo municipal, deu nova roupagem ao associativismo, levantando bandeiras conjuntas como a tributação injusta do empresário local.

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A primeira gestão da ACIBr durou mais de duas décadas. Depois da constituição da entidade, de fato, o processo sucessório ficou mais dinâmico, dando espaço a novos nomes. No dia 27 de fevereiro de 1959, o comerciante Germano Quirino Barni, que atuava como tesoureiro-geral, foi eleito o novo presidente da entidade. Arno Rodowitz assumiu como vice. Juntamente com os demais membros da Diretoria, presidiram a reunião que discutiu a lei estadual que criou a ´taxa de investimento`. “Em maio de 1959, encaminhamos um memorial ao governador do Estado que manifestava o nosso protesto”, lembra Quirino Barni, que na época era proprietário da Casa Barni e permaneceu na presidência até 1961. Ele conta que em setembro de 1959, foi discutida a nova tabela de incidência do Imposto de Indústrias e Profissões, que era pago de acordo com o movimento econômico. “O dr. Euclides Cardeal fez uma explanação referente à modalidade do pagamento do imposto nas outras cidades e sobre os critérios to-

mados pelos legisladores brusquenses na criação da nova tabela do imposto. Ele nos orientou a enviar um ofício ao prefeito, manifestando a nossa repulsa em relação à nova tabela”, recorda Quirino Barni, que fez ainda uma moção assinada por todos os comerciantes da cidade. O esforço deu resultado e teve reflexo em toda sociedade. Aos 87 anos, o ex-comerciante lembra que na época a associação ainda não era tão expressiva, já que ainda não possuía sede própria e tinha poucos associados. Mesmo assim, o comerciante aposentado se dedicou à associação com afinco, dando uma nova roupagem ao associativismo e conquistando bons resultados. “Ainda lembro que a maioria das reuniões com os associados era feita na hora do almoço, em algum restaurante da cidade, de maneira informal. Antes mesmo de tornar-se Associação Comercial e Industrial de Brusque, a entidade era conhecida apenas como Associação Comercial de Brusque”, conta Barni.



A HISTÓRIA

Presente em momentos marcantes da cidade Grandes conquistas dividem espaço com trágica catástrofe natural A gestão de Ayres Gevaerd, que assumiu a presidência da entidade, juntamente com Adherbal Schaefer (vice), dia 31 de maio de 1961, teve foco no desenvolvimento social, econômico e cultural de Brusque. O comerciante contribuiu para a associação e, principalmente, para a comunidade com as diversas ações que deflagrou. Proprietário da Relojoaria e Ótica Gevaerd, ele foi o fundador da Sociedade Amigos de Brusque – Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí Mirim, conhecida atualmente como Casa de Brusque. Um ano antes de assumir a presidência, foi presidente da comissão organizadora dos Festejos do Centenário de Brusque. Durante sua gestão, a associação solicitou à Prefeitura a instalação de hidrantes nas principais ruas da cidade, a fim de resolver parcialmente a ação contra incêndios, que preocupavam os comerciantes da região

central. No mesmo ano, em novembro, a cidade foi atingida por uma enchente que devastou a região do Vale do Itajaí, causando muitos prejuízos às indústrias e ao comércio. Após a enchente, Ayres Gevaerd presidiu uma assembleia-geral extraordinária no Cine Teatro Real para discutir a situação e traçar um plano de ação com as autoridades e associados. Na ocasião, o presidente chamou a atenção dos comerciantes para a necessidade de se unirem para evitar a possível entrada de comerciantes não-legalizados na cidade, os quais poderiam se aproveitar da situação difícil que o Município atravessava. Em abril do ano seguinte, um outro evento histórico marcou a gestão de Gevaerd: foram criados os municípios de Guabiruba e Botuverá, sendo desmembrados de Brusque, movimento que teve reflexos econômicos

Ayres Gevaerd (1961 - 1963) À frente da associação de maio de 1961 a janeiro de 1963, Ayres Gevaerd teve a gestão marcada por importantes movimentos culturais e históricos da cidade. Neste período ocorreu uma grande enchente que devastou o Vale do Itajaí e Brusque desmembrou Guabiruba e Botuverá. No campo cultural, o proprietário da Relojoaria e Ótica Gevaerd fundou a Sociedade Amigos de Brusque – Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí Mirim, conhecida atualmente como Casa de Brusque.

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Ayres Gevaerd teve importante participação em momentos cruciais como a enchente de 1961


Associação ganha nova identidade Cidade ganha SPC e entidade abraça a indústria brusquense

A ACIBr participou e promoveu vários eventos na gestão de Schlindwein, como a Festa do Tecido

Nova mudança de comando na entidade, novas conquistas. Em 8 de fevereiro de 1963, o então presidente Ayres Gevaerd passou a ser vice do representante comercial Herbert Schlindwein. Entre os pontos altos desta gestão, destaque para a ideia de criar o Departamento Jurídico da Associação e adquirir um terreno para a construção da sede própria. Também foi Herbert Schlindwein, que atuava como distribuidor de equipamentos e acessórios para a indústria têxtil, quem propôs a criação de uma organização de crediário em Brusque. Schlindwein era atuante na sociedade brusquense, sendo membro do Rotary Clube de Brusque e da Comissão Municipal de Turismo. Como historiador, colaborava com a Casa de Brusque, conhecendo de perto as peculiaridades do Município. Através da associação, acabou entrando para a história brusquense. “Herbert Schlindwein colocou em

discussão a transformação da Associação Comercial de Brusque em Associação Comercial e Industrial de Brusque, que havia sido sugerida em assembleias anteriores”, detalha Antônio Cervi, atual diretor-executivo da entidade. Então, em agosto de 1964, a associação ganhou uma nova identidade. No mesmo mês, a associação lançou a Festa do Tecido, realizada anualmente em julho, com duração de duas semanas. Em novembro do mesmo ano, a entidade nomeou um diretor para viabilizar a implantação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no comércio da cidade. “Outro assunto que entrou em discussão na gestão de Schlindwein foi a formação de uma Guarda de Trânsito Municipal, com o intuito de organizar e disciplinar o trânsito da nossa cidade”, comenta Cervi, que ingressou na associação em 1966, no cargo de secretário.

Herbert Schlindwein (1963 - 1965) Entre fevereiro de 1963 e 1965, a ACIBr esteve sob o comando de Herbert Schlindwein. Empreendedor, o representante comercial deflagrou o processo de criação do SPC, do Departamento Jurídico da Associação, sugeriu a compra de terreno para sede própria e a formação de uma Guarda de Trânsito Municipal. 13


A HISTÓRIA

Primeiro passo para duas décadas de realizações Gestão progressista intensifica foco no desenvolvimento regional

Carlos Cid Renaux (1965 - 1968) A primeira das duas marcantes gestões do empresário Carlos Cid Renaux (1965 a 1968), que permaneceu mais de duas décadas à frente da entidade, foi recheada de realizações. Destaque para a implantação do Sesi e para as campanhas pelas rodovias Brusque-Gaspar, BrusqueItajaí, Brusque-São João Batista e Brusque-Botuverá.

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O ano de 1965 ficou na história da ACIBr. Foi o primeiro ano da gestão de Carlos Cid Renaux, que permaneceu mais de duas décadas à frente da entidade, se tornando o líder mais representativo e atuante da associação. A primeira gestão durou de 1965 a 1968, mas Renaux foi reconduzido à Presidência em 1975, onde permaneceu até 1993. Ainda na primeira gestão, instalou o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Senai Lafite, hoje Centro de Educação e Tecnologia Carlos Cid Renaux. O perfil empreendedor do empresário resultou também na criação da Feira do Tecido, mais tarde transformada na Feira Industrial de Brusque. “O empresário Carlos Cid Renaux merece mais de um capítulo na história da ACIBr, já que foi um dos presidentes de maior expressão”, destaca Aliomar Luciano dos Santos, presidente da associação entre 2005 e 2009. A visão progressista de Carlos Renaux e demais dirigentes da ACIBr fez com que, ao longo dessas duas décadas, a associação intensificasse a preocupação com os aspectos do desenvolvimento sociocultural e econômico da região. Não demorou muito para começarem os cursos de capacitação atendendo associados e comunidade. Além dessas iniciativas, Renaux teve relevante participação em campanhas em prol da construção e asfaltamentos das rodovias de Brusque-Gaspar, Brusque-Itajaí, Brusque-São João Batista e Brusque-Botuverá. Também apoiou movimentos para a construção do pavilhão da Fideb, expansão de linhas telefônicas, implantação do curso de Filosofia,

Gestão de Carlos Cid Renaux investiu no desenvolvimento dos empresários locias

Renaux ao lado do governador Konder Reis, mostrando o Senai após convênio com Fucat

origem do atual Centro Universitário de Brusque (Unifebe), instalação do escritório da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc) e do Corpo de Bombeiros e criação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Também viabilizou a instalação dos serviços do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), bem como a implantação do Fundo Municipal da Polícia Militar (FUNMPOM) e do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (FUNREBOM). Além disso, garantiu a reclassificação de Brusque do Nível 3 para o Nível 2, junto ao Instituto de Resseguros do Brasil.


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A HISTÓRIA

Empresários ganham novas linhas de crédito Know how administrativo garante avanços significativos à entidade

Com o desafio de suceder o progressista Carlos Cid Renaux, o técnico em contabilidade e administração Érico Contesini assumiu a presidência da associação entre 1968 e 1969. Assim como o antecessor, Contesini foi reconduzido ao cargo em 1971, onde permaneceu até o ano 1975. Contesini era considerado um competente empreendedor, além de respeitado professor. Atuava como contador, procurador e sócio-diretor do Grupo Archer. Lecionou por 25 anos na Escola Técnica do Comércio São Luiz, local que foi co-fundador. Também ministrou aulas na Universidade Regional de Blumenau (Furb), nas matérias de Estrutura e Análise de Balanços e Contabilidade de Custos. Paralelamente a essas ati-

vidades, ministrou cursos em várias cidades do Estado nas áreas de legislação do imposto de renda, correção monetária do ativo imobilizado e correção monetária do balanço, entre outros. Ocupou, também, uma cadeira no Legislativo da cidade. O conhecimento nas áreas administrativa e contábil deram ao líder know how para exercer uma gestão eficiente na entidade. Durante sua gestão, promoveu um levantamento de dados, em colaboração com o CEAG/SC, para a concessão de financiamentos à indústria e ao comércio. Também se empenhou junto aos órgãos financeiros para buscar a abertura de novas linhas de crédito. Os resultados de suas ações foram decisivos na opção de reconduzi-lo ao cargo.

Érico Contesini (1968 - 1969 e 1971 - 1975) Na primeira de duas gestões à frente da ACIBr, entre 1968 e 1969, o empresário e professor Érico Contesini acumulou conquistas importantes. Especialista na área contábil, se empenhou junto aos órgãos financeiros para buscar a abertura de novas linhas de crédito ao empresariado.

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Nesta época, as reunião de diretoria comandadas por Contesini já eram mais frequentes


Gestão eficiente na era do ‘milagre econômico’ Entidade ganha ainda mais força com criação da Facisc em Santa Catarina

Pehnk ainda tem imagens da epoca em que a ACIBr foi fortalecida pela criação da Facisc

Às vésperas da década de 70, quando era decretado no País o Ato Inconstitucional 5 (AI-5), movimento que deflagrou o chamado ‘milagre econômico’, o empresário Nelson José Pehnk assumia como presidente da associação. Atuando há 63 anos no comércio, iniciou carreira como balconista da extinta Casa ABC, no dia 1º de março de 1946. “Quando eu assumi a Presidência da ACIBr, a associação não tinha tanta expressão. Na época, o Sindicato do Comércio era mais atuante. Ela começou a ter força mesmo depois da criação da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc)”, conta Pehnk, que aos 78 anos relembra sua gestão com saudosismo. A exemplo do País, Santa Catarina passava por um momento áureo na economia neste período, deixando definitivamente de ser um Estado baseado na agricultura e no

extrativismo para se tornar forte na indústria e no comércio. A Facisc veio a consolidar essa vocação, incentivando a criação de novas bases políticas e sociais. Natural de Brusque, Nelson Pehnk viveu em Joinville de 1952 a 1965. “Em toda a minha vida, só trabalhei em três empresas. Foram 19 anos como empregado e mais de quatro décadas como empregador”, comenta o brusquense que era proprietário da Vidraçaria Cristal e, desde 1988, comanda uma administradora de bens. Ele conta que na época em que foi eleito presidente do Sindicato do Comércio de Brusque teve a oportunidade de trazer o Sesc e o Senac para a cidade. “Tenho muito orgulho de fazer parte da história da cidade, já que o Sesc tem uma placa com o meu nome”, fala com emoção, lembrando também que foi três vezes integrante do Legislativo municipal.

Nelson José Pehnk (1969 - 1970) O empresário Nelson José Pehnk comandou a ACIBr no período em que País e Estado entravam na era do ‘milagre econômico’ (1969 e 1970). Nesta época, a entidade ganhou ainda mais força com a criação da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). 17


A HISTÓRIA

Política, economia e associativismo Ações da entidade ganham força com atuação política do presidente

Antes de Érico Antônio Contesini assumir novamente a associação, foi a vez de Walfrido Antônio Navarro Stotz contribuir com a classe. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, na agência de Blumenau, estava prestes a assumir um cargo de gerência quando recebeu o convite do sogro, Osvaldo von Buettner, para defender os interesses da sua família na fábrica Buettner. Stotz decidiu aceitar o convite, no ano de 1948, e foi responsável por preparar a empresa para o mercado externo. A Buettner passou a atuar nos principais mercados internacionais com suas toalhas.

O know how à frente da empresa têxtil centenária o credenciou a mais um desafio: o associativismo. Nos anos 1970, aceitou assumir a ACIBr, além de se dedicar à política-partidária. O empresário acreditava que o Estado deveria ser um instrumento para estimular a empresa privada. Entre suas principais ações na história da entidade está a promoção de cursos de capacitação, atendendo interesses dos associados e da própria comunidade. Também foi responsável pela implantação da assistência jurídica, contábil e tributária oferecida pela associação.

Walfrido Antônio Navarro Stotz (1970 - 1971) Depois de abrir a Buettner para o mercado externo, Walfrido Antônio Navarro Stotz assume a ACIBr, de 1970 a 1971, e fortalece as ações da entidade com sua atuação político-partidária. Na sua gestão, a associação promoveu vários cursos de capacitação para associados e a comunidade em geral e pela implantou a assistência jurídica, contábil e tributária na ACIBr.

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Além da entidade e do empresariado, Stotz pensava no desenvolvimento da cidade como um todo



A HISTÓRIA

Parceria internacional fortalece os pequenos Projeto pioneiro no Estado desenvolve a gestão em toda Santa Catarina

Carlos Cid Renaux (1971 - 1993) Depois do segundo mandato de Érico Antônio Contesini (1971 a 1975), Carlos Cid Renaux reassumiu a ACIBr, permanecendo na Presidência até 1993. Nesta segunda gestão, Renaux driblou as dificuldades econômicas do período e lançou o projeto Micro e Pequenas Empresas – pioneiro no Estado, desenvolvido pelas Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina em parceria com a Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera (HWK), da Alemanha.

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Em 1971, o professor e empreendedor Érico Antônio Contesini assumiu pela segunda vez a associação, permanecendo na Presidência até 1975, ano em que o empresário Carlos Cid Renaux reassumiu o cargo. O período pós-milagre econômico apresentava dificuldades, devido à alta dos preços e à crise internacional do petróleo. Nesta época foi criado o Pró-álcool. Era mais um desafio para Renaux. Por iniciativa dele, em 1987 o projeto Micro e Pequenas Empresas – pioneiro no Estado, desenvolvido pelas Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina em parceria com a Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera (HWK), da Alemanha – foi iniciado com a criação de Núcleos Setoriais de diversos segmentos de atividades. Na sua implantação, o projeto abrangia as cidades de Brusque, Blumenau, Joinville e Florianópolis, sendo posteriormente levado às demais ACIs catarinenses. O projeto foi efetivamente colocado em prática a partir de 1991. O convênio foi assinado na época em que, além de ser presidente da ACIBr, o empresário brusquense era presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Em um de seus últimos pronunciamentos sobre o assunto, em 1995, Renaux afirmou que o projeto vinha atingindo plenamente os seus objetivos, proporcionando aos associados treinamento pessoal, maiores condições de desenvolvimentos das micro e pequenas empresas, melhoria de qualidade, barateamento do produto e aprimoramento das técnicas de gestão. Passados 22 anos desde a implantação do convênio com a HWK da Alemanha, os resultados não po-

Assinatura do convênio entre a HWK e a ACIBr, em 1991, foi um momento marcante

Carlos Cid Renaux foi homenageado pela ACIBr em outubro de 2000, como Destaque Empresarial

deriam ser mais positivos. Hoje, os empresários não se vêem mais como concorrentes, mas sim como parceiros na atividade. Por essas e outras iniciativas, a direção da ACIBr prestou uma homenagem ao empresário em outubro de 2000, como Liderança e Destaque Empresarial. O evento, em comemoração ao 66° aniversário da entidade, reuniu na Sociedade Esportiva Bandeirante um grande número de associados, empresários e lideranças políticas.


Época de renovação na Associação Sob novo comando, entidade brusquense amplia número de associados inscritos Depois de 18 anos consecutivos à frente da entidade, e quase três décadas no comando – contando as duas gestões –, Carlos Cid Renaux concordou que era hora da renovar, dando um novo impulso à associação que já representava com maestria a classe empresarial da cidade. Foi então que o empresário Hylário Zen se candidatou à presidência, permanecendo no cargo até 1996, ao lado de Verner Willrich. “Uma das nossas principais ações foi aumentar o número de associados. Quando assumimos, havia uns 80 associados e durante a nossa gestão mais de 280 empresários decidiram se associar”, comenta Hylário Zen. Além da busca por associados, os novos presidentes colocaram em prática a criação de cinco novos Núcleos Setoriais. Além do cancelamento do processo que previa a privatização das rodovias do Sistema Brusque, a gestão presidida pelo empresário idealizou a campanha do Voto Útil.

“Trouxemos vários palestrantes para Brusque, além de definir um horário para as reuniões que sempre eram feitas no horário do almoço, na maioria das vezes na Sociedade Esportiva Bandeirante. Desde então, os conselheiros da ACIBr se reúnem com a diretoria nas segundas-feiras, às 17h30min”, revela o empresário que, aos 80 anos, continua no conselho da empresa fundada por ele e pelo irmão Nelson, antiga Irmãos Zen Metalúrgica e atual Zen S/A. O empresário conta que é sócio da ACIBr desde a década de 1970, quando transferiu a fábrica de São Paulo para Brusque. “Eu e o Nelson sempre soubemos da importância das associações de empresários e, por isso, decidimos fazer parte, já que acreditamos que a união faz a força”, define Hylário. Ele diz que “as pequenas conquistas ao longo destes 75 anos transformaram a Associação Empresarial de Brusque no que ela é hoje”.

Hylário Zen (1993 - 1996)

O Bandeirante foi e ainda é o espçao onde o empresariado debate assuntos de interesse da cidade

Depois da ‘era Renaux’, o empresário Hylário Zen (1993 a 1996) assume a ACIBr e amplia o número de associados de 80 para 280. Neste período ainda, a entidade ganhou cinco novos Núcleos Setoriais e foi idealizada a campanha pelo Voto útil. Para Zen, a associação é um sucesso pela sucessão de pequenas conquistas. 21


A HISTÓRIA

Mais visibilidade a líderes e entidade Projeto Marketing Municipal e palestras nacionais dão destaque à associação

Juliano CARLOS Renaux (1999 - 2000)

Verner Willrich (1996 - 1999 e 2000 - 2001) Entre 1996 e 2001, quando o então presidente Hylário Zen entrou para a política, o vice Verner Willrich e depois Juliano Carlos Renaux comandaram a ACIBr. No período, foi criado o Fórum Parlamentar de Debates e o projeto Marketing Municipal. Neste período também, a entidade investiu em muitas palestras com personalidades nacionais.

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O bioquímico, que durante muitos anos dirigiu a empresa Felpudos Fênix e comandou por mais de quatro décadas o Laboratório de Análises Clínicas Verner Willrich, permaneceu na Presidência até 1999, ano em que o empresário Juliano Carlos Renaux tomou pose. Durante as suas gestões, Willrich lançou o projeto Marketing Municipal, criou o Fórum Parlamentar de Debates e promoveu palestras com personalidades nacionais. Nesta mesma época, a ACIBr assinou convênio com a Unimed e com a Delta & Ambientec na área de medicina e segurança no trabalho. Sempre atento às reivindicações dos associados, foi responsável pela criação de novos grupos de profissionais, que hoje somam 15 Núcleos Setoriais. Foi na gestão de Willrich que começou a discussão para a construção do Centro Empresarial Social e Cultural de Brusque. As primeiras reuniões contaram com a presença do então vice-presidente da ACIBr, Ademar Sapelli, e da Diretoria da CDL, presidida à época por Aliomar Luciano dos Santos. Como o terreno escolhido pertencia ao Sesi, foi formada uma comissão de construção que tinha a missão de negociar a permuta com a Fiesc e acompanhar o andamento do projeto. O empresário Ingo Fischer foi convidado para presidir a comissão, que tinha ainda o engenheiro elétrico Sírio José Raulino como vice, Ademar Sapelli como tesoureiro e Aliomar Luciano dos Santos como secretário. Willrich e Santos visitaram pessoalmente empresas associadas para levantar os recursos necessários para

Verner Willrich teve papel fundamental em ações como o projeto Marketing Municipal

que a ACIBr pudesse bancar sua cota no empreendimento. Tiveram a adesão de 10 delas. Quando faleceu, em 2006, Willrich era membro da diretoria da ACIBr e da Fundação Empreender, órgão ligado à Facisc. Após sua primeira gestão, o empresário Juliano Carlos Renaux assumiu a Presidência, entre 1999 e 2000, tendo Willrich como vice-presidente. Ele considera que a experiência como presidente foi bastante positiva, apesar de não ter concluído a gestão, passando o cargo a Willrich novamente. “A associação trabalha para que as empresas sejam representadas por uma entidade que tem força política. O associativismo dá uma força extraordinária para o empresariado da região. Principalmente a ACIBr”, analisa Renaux, que é diretor da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S/A.


Associação da cidade ganha sede própria Principais entidades de classe da cidade se reúnem no Centro Empresarial Em meados do ano 2000, a ACIBr deu andamento a um passo importantíssimo da sua história. Nesta época foi formalizada a comissão pró-construção do Centro Empresarial, previsto para concentrar as principais entidades representativas da classe empresarial do Município, incluindo a ACIBr. O empresário Ingo Fischer foi nomeado presidente do grupo, vindo a assumir a Presidência da associação em setembro de 2001. “Os meus principais esforços no comando da entidade tiveram como objetivo prover a associação de uma sede própria, suficientemente ampla e adequada, para possibilitar a posterior ampliação dos serviços prestados à comunidade empresarial de Brusque”, conta o empresário brusquense, que atualmente é vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Com essa finalidade, a ACIBr coordenou os passos necessários à construção do Centro Empresarial. “Tratamos desde a elaboração do respectivo projeto, da formação de parcerias para o condomínio, da negociação do terreno em localização privilegiada, da execução da construção em tempo considerado ótimo e, finalmente, de toda a equipagem interna, principalmente das áreas de uso comum nos cinco pavimentos”, detalha Fischer. O Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque, com as novas sedes das entidades filiadas, foi inaugurado em 21 de julho de 2005, durante a segunda gestão de Ingo Fischer como presidente da associação. “A partir daí, iniciou um novo programa de expansão das atividades e iniciativas da entidade”, diz Fischer,

cuja gestão foi responsável pelo convênio com o Banco do Brasil e Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) que garantiu novas linhas de financiamento para empresas. Ingo Fischer conta que tem acompanhado as atividades da associação há muito tempo, já que a empresa que preside, a Irmãos Fischer, é associada há mais de três décadas. “Desde que participamos da associação, constatamos o desenvolvimento e importância da agremiação. Entretanto, a aquisição da sede própria, integrada ao novo Centro Empresarial, constituiu um marco”, avalia.

Ingo Fischer (2001 - 2005)

Centro Empresarial da cidade reúne grandes entidades, inclusive a ACIBr

O ano 2000 chega e traz um novo ânimo à ACIBr, com a criação da comissão pró-construção do Centro Empresarial. Comandada por Ingo Fischer, atual vicepresidente da Fiesc, ela passou de projeto a realidade em 21 de julho de 2005, com a inauguração do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque, sede da ACIBr e várias outras entidades. Fischer, que presidiu a entidade por duas vezes (2001 a 2003 e 2003 a 2005), teve papel fundamental neste marco da associação. 23


A HISTÓRIA

Mais organização e representatividade Administração e cultura ganham mais eficiência na entidade nesta gestão

Aliomar Luciano dos Santos (2005 - 2009) No mesmo ano em que a ACIBr ganha sua sede própria (2005), Aliomar Luciano dos Santos assume a Presidência da entidade que entrega dia 5 de outubro (2009). A gestão, que teve o empresário Ademar Sapelli como vice, foi marcada por importantes avanços administrativos e estruturais, além de ter sugerido o plebiscito do Samae.

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Empossada em outubro de 2005, a atual gestão da ACIBr, que tem Aliomar Luciano dos Santos na Presidência e Ademar Sapelli como vice, estabeleceu como prioridade a organização interna da entidade. Além dessa meta, buscou exercer representatividade em várias questões, tomando posição em todos os assuntos que envolviam o desenvolvimento de Brusque. A participação ativa da dupla na comissão de construção do Centro Empresarial, na criação da Escola de Música e da Orquestra de Câmara do CESCBr, numa parceria importantíssima com a CDL, contou também com a generosidade de empresas de Brusque e do Sindicato Metalmecânico. Um apoiou com instrumentos e o outro com profissionais. Hoje, o projeto está amadurecido e conta com recursos do Fundo de Cultura do Governo Estadual. Além da aquisição de veículo e reestruturação de toda a parte informatizada da sede administrativa da associação, a nova Diretoria é autora da proposta de plebiscito para avaliar a extinção do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). “Outra iniciativa da nossa Diretoria é a revogação da legislação que vinculava a isenção de impostos de importação de bens de capital ao valor do câmbio”, comenta Santos, que entrega o comando da entidade dia 5 de outubro. Santos participa da entidade desde 1986, quando a convite do então presidente Carlos Cid Renaux ingressou na Diretoria. “Entrei e nunca mais saí, acompanhando de perto a gestão de to-

Orquestra de Câmara foi idealizada no período

dos os presidentes que estiveram à frente da associação nestes anos”, relembra o empresário. Durante sua gestão como presidente, uma de suas maiores conquista foi evidenciar as bandeiras da entidade e da própria cidade, através da mídia, garantindo assim mais representatividade e força à ACIBr no Estado de Santa Catarina. Ao lado de Hylário Zen, Santos montou a composição da chapa para buscar o apoio dos empresários brusquenses com o objetivo de dar vida própria à Associação Comercial, deixando-a totalmente desvinculada do Sindicato Têxtil. “A partir dali, começou uma nova fase na história da associação”. Na mesma época, a Diretoria criou um estatuto que definiu um mandato de dois anos para presidente e vice-presidente, dando direito a apenas uma reeleição. “Foi uma maneira de democratizar, dando oportunidade para que outros empresários possam estar à frente da associação, defendendo os interesses da comunidade e de todos os associados, já que esta é a principal missão da Associação Empresarial de Brusque”.



OS APOIADORES

investimentos garantiram crescimento de empresa criada para ampliar negócios Fundada em 1990, Aradefe Malhas já está em vários estados do País Com a proposta de ampliar os negócios da família Staack, que era conhecida na região pelas atividades no setor de beneficiamento de arroz, iniciadas pelo patriarca Hugo Staack, em 1990 foi criada a Aradefe Malhas. Para o novo empreendimento,

A Aradefe Malhas, da família Staack, foi uma das apoiadoras da ACIBr na viabilização da sede própria. Com representantes no Vale do Itajaí, Porto Alegre (RS), Apucarana (PR), Londrina (PR), Terra Roxa (PR), Maringá (PR), Cianorte (PR) e São Paulo (SP), a empresa, hoje, tem 70 funcionários e 30 teares, com capacidade de produzir mais de 250 toneladas de malha por mês.

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os filhos Ariberto, Aderbal e Fernando juntaram os nomes e formaram, assim, a nova empresa. Ela iniciou as atividades no setor têxtil de confecção de malha, com apenas quatro teares e uma produção média de 15 toneladas por mês de meia-malha e moletom, ocupando um galpão com 2,1 mil metros quadrados (m2) na Rodovia Antônio Heil. Na época, Ariberto Staack ficou encarregado de cuidar do empreendimento, enquanto seu pai e seus irmãos continuaram desenvolvendo suas atividades no setor de transporte e construção civil. A empresa apresentou um ótimo desempenho e no terceiro mês de produção abriu uma filial em Criciúma. “Três anos depois, a empresa já oferecia 20 empregos diretos e comercializava cerca de 40 toneladas de malhas, atendendo principalmente confeccionistas brusquenses, boa parte da

rua Azambuja”, relembra Ariberto. Para diversificar a linha de produção e garantir o controle de qualidade, a empresa decidiu investir R$ 1 milhão na construção de uma tinturaria própria com 3 mil m2, que foi inaugurada em 1995. Porém, no segundo semestre de 1999 o serviço de beneficiamento da malha, que inclui o tingimento e a ramagem do produto, passou a ser terceirizado, já que houve uma divisão dos negócios da família, criando a oportunidade de o empresário Ariberto assumir totalmente a administração da empresa. Em seguida, o empresário investiu em novas ampliações na estrutura física da empresa, com a construção de um novo espaço para tecelagem. Em 2008, a direção inaugurou uma nova recepção. Nesse mesmo ano, a estrutura ganhou um novo depósito de 3,5 mil m2. Hoje, a empresa tem 8,5 mil m2.


archer garante um lugar de destaque no mercado Loja de secos e molhados vira grande grupo Há 67 anos trabalhando nos Supermercados Archer, Ivo Moritz tem uma ligação estreita com o grupo que é um dos patrocinadores da construção da sede própria da ACIBr. Moritz lembra que tinha 9 anos quando foi inaugurada, em 12 de novembro de 1936, uma pequena loja de secos e molhados. Instalada no cruzamento das ruas Lauro Muller e Pedro Werner, o pequeno espaço colonial deu vida ao tradicional Grupo Archer. Criado pela iniciativa dos sócios João Joaquim Battisti Archer e Euclides Silva, cuja razão social Archer & Silva era o referencial para destacar o sobrenome dos fundadores, o ponto comercial rapidamente conquistou os brusquenses. Entusiasmados com os resultados e percebendo o vasto mercado consumidor existente nos núcleos agrícolas, comercialmente vinculados a Brusque, cinco anos após a inauguração Archer e Silva incluíram na sociedade o negociante Arthur Kistenmacher, iniciando, assim, um comércio de varejo. Em março de 1941, os três sócios instalaram uma casa comercial na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Azambuja, oportunidade em que transformaram a Archer & Silva em Archer & Cia. No ano seguinte, Ivo Moritz começou a trabalhar no negócio que crescia a cada dia. “A grande variedade de produtos aliada à seriedade dos sócios em manter um atendimento de qualidade popularizaram a Archer & Cia., que se tornou conhecida como um comércio de varejo. As-

sim, o comércio atacadista foi surgindo como consequência do varejista, ampliando a área de atuação no Estado catarinense. Em 1953, a Archer & Cia. transforma-se em Archer S/A Comércio, abrindo um leque de possibilidades diante do volume de negócios. “A partir de 1968, as vendas no varejo passaram por acentuada evolução em todo o País, quando o sistema de auto-atendimento começou a ser adotado”, explica Moritz, que desde a década de 1960 é diretor do Archer. Ele explica que, após avaliar as vantagens do novo método, a empresa transformou o ‘varejão’ na primeira loja de supermercado, que foi inaugurada em março 1972, na Avenida Getúlio Vargas.

Apoiador da nova sede da ACIBr, o Archer, dirigido por Ivo Moritz desde o ano 1942, conta com cinco lojas em Brusque, uma loja em Guabiruba, uma em Nova Trento e outra em Gaspar. São 750 funcionários distribuídos nos oito supermercados do Archer. O Grupo conta também com um depósito central e uma panificação própria com confeitaria, além da Transarcher Transportes.

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OS APOIADORES

Têxtil Buettner avança no País e mercado externo Produção de toalhas é o carro-chefe

Com estrutura de vendas bem distribuída em todas as regiões do Brasil, a Buettner do presidente João Henrique Marchewsky possui mais de 5 mil clientes ativos em todo território nacional. O atendimento a esta clientela é efetuado por representantes comerciais. A fábrica brusquense, que produz cerca de 2 milhões de toalhas por mês, vende para mais de 40 países. A Buettner também apoiou a ACIBr.

Fundada em 1898, para produzir inicialmente toda espécie de bordados finos, trazidos da Alemanha, a Buettner foi se expandindo no segmento têxtil, produzindo atualmente produtos de banho, cama e mesa de alto padrão e qualidade. As primeiras toalhas de banho começaram a ser confeccionadas na década de 1930, sendo hoje o produto de maior visibilidade no mercado nacional e internacional. Hoje, a linha banho representa 85% da produção da empresa que também contribuiu para a construção da sede própria da ACIBr. Em 1972, a Buettner deu início às exportações, comercializando seus produtos para os principais mercados consumidores do mundo. “Apesar dos constantes ajustes econômicos que o País vem sofrendo na última década, nossa política de 28

exportação foi sustentada”, comenta o presidente João Henrique Marchewsky, que é responsável pelas relações com o mercado. Essa parceria e a continuidade que a Buettner construiu com seus clientes e mercados do mundo inteiro, ao longo dos anos, lhe garantiu um lugar de destaque frente às principais empresas exportadoras. A produção é totalmente verticalizada, passando pelos processos de fiação, tecelagem, beneficiamento e confecção. Desde 1996 a fábrica está localizada no bairro Bateas, em Brusque, em uma área total de 850 mil metros quadrados (m2) e aproximadamente 60 mil m2 de área construída. Possui também unidade em Canelinha, cidade próxima à Capital catarinense. Atualmente, a marca destaca-se pelos sofisticados processos de produção e equipamentos

atualizados, diferenciando-se no mercado com uma produção mensal de 2 milhões de toalhas, atuando em mais de 40 países distribuídos pelos cinco continentes. Através de uma estrutura de vendas bem distribuída em todas as regiões do Brasil, a Buettner possui mais de 5 mil clientes ativos em todo território nacional. O atendimento a esta clientela é efetuado por representantes comerciais, que são supervisionados por filiais regionais, diretamente interadas à fábrica. Atualmente, todo o Sistema da Garantia da Qualidade está baseado nas normas ISO 9000, havendo controles desde a entrada da matéria-prima na empresa até a saída do produto final. “Com isso, mantemos os produtos dentro dos padrões de conformidades especificados”, garante Marchewsky.


IRMÃOS FISCHER, uma história de progresso Com 43 anos, empresa prima pela natureza

Às margens da Rodovia Antônio Heil, que liga Brusque à BR101, está o atual parque industrial da empresa Irmãos Fischer S/A, uma das empresas que viabilizou as obras da sede própria da ACIBr no CESCBr. A empresa, que comemorou 43 anos de fundação em janeiro deste ano, é o resultado de um longo trajeto que foi percorrido por cinco irmãos que conquistaram o espaço no mercado passo a passo, sem perder a determinação. O ponto de partida foi uma pequena oficina de conserto de bicicletas que Ingo Fischer, na época com apenas 17 anos, abriu em 1961. Aos poucos, os irmãos foram se juntando a ele, contagiados com a mesma ânsia de produzir e de progredir. E na mesma proporção foram diversificando os produtos, alvo inicialmente de conserto e, posteriormente, de fabricação própria. O know how adquirido com

essa experiência permitiu que, em 7 de janeiro de 1966, os irmãos Ingo, Nivert, Edemar, Norival e Egon fundassem a empresa Irmãos Fischer Indústria e Comércio Ltda., visando inicialmente à produção de pias de aço inoxidável e de forninhos elétricos para uso doméstico. Gradativamente, a indústria foi ampliando seu espaço em construções próprias e diversificando sua produção, hoje direcionada principalmente a três setores distintos: eletrodomésticos, equipamentos para a construção civil e bicicletas. Com a indústria em franca expansão e crescente conquista do mercado, inclusive no Exterior, houve a necessidade de maior espaço, que garantisse a possibilidade de crescimento futuro. Por isso, os irmãos Fischer investiram na construção de um novo parque industrial de 60 mil metros quadrados (m2) construídos. As instalações

Empresa de Ingo Fischer, que também apoiou a construção da sede da ACIBr , atua hoje em três setores específicos: eletrodomésticos, equipamentos para a construção civil e bicicletas. O presidente revela que, em breve, será lançado um novo produto que vai revolucionar o ramo de construção civil. Entre outros destaques, a Irmaõs Fischer é certificada com a ISO 9001.

garantiram modernidade à área administrativa e de produção, incluindo a informatização de todos os setores e a ampliação dos serviços de atendimento ao cliente. A empresa também investiu na criação de critérios para a constante atualização de conhecimentos e a expansão de recursos técnicos à disposição de todas as áreas, conquistado dessa maneira a certificação de qualidade ISO 9001. “Agora estamos investindo em um novo produto que irá revolucionar o ramo da construção civil”, adianta o presidente Ingo Fischer, sem dar maiores detalhes. Ele garante que uma das constantes preocupações da Irmãos Fischer S/A é em relação à proteção ao meio ambiente. O parque industrial conta uma vasta área verde, onde se preserva a Mata Atlântica, com proteção a fontes de água e manutenção de lagoas povoadas de peixes. 29


OS APOIADORES

Excelência em diagnósticos Alta tecnologia é um dos diferenciais do laboratório de Análises Clínicas Verner Willrich Desde que foi fundado, em 1963, o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Verner Willrich tem ocupado uma posição de vanguarda na tecnologia. Para dar suporte aos profissionais e garantir resultados seguros, a empresa investe nos mais modernos equipamentos disponíveis na área de análises clínicas. De acordo com o diretor administrativo do laboratório, Werner Gustavo Vieira Willrich, filho do fundador, o pai sempre teve como objetivo a qualidade dos processos. A incorporação de novas técnicas para resultados mais precisos tem acompanhado a história da empresa, que traz a Brusque o que

O empresário Verner Willrich, fundador do Laboratório, presidiu a ACIBr por duas vezes e foi um dos grandes entusiastas da criação da sede própria e um dos empresários que investiu recursos próprios para que essa ideia se tornasse realidade. Werner Gustavo, hoje presidente do ACIBr Jovem, conta que o pai sempre acreditou na força do associativismo.

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existe de mais avançado no mundo. O laboratório realiza cerca de 35 mil exames por mês nas áreas de imunologia, hormônios e determinações especiais, microbiologia, hematologia, bioquímica, entre outros. Desde a coleta de sangue, todos os processos dentro do laboratório são monitorados. O sistema de origem alemã de coleta a vácuo, utilizado desde 2008, garante que a amostra de sangue não entre em contato com o ambiente. No setor de bioquímica, onde está a maior parte dos pedidos médicos, um equipamento de última geração e de alta produtividade faz 400 testes por hora. Ele é um dos poucos desse porte em SC e está presente somente nos grandes laboratórios do País. O setor de imunologia conta com uma tecnologia capaz de detectar concentrações 12 vezes menores que 1 grama, para realização dos exames de hormônios e doenças infecciosas, como o HIV e hepatites. Em toda a Região Sul, só há mais um equipamento deste modelo instalado. Da matriz anexa ao Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, no bairro de Azambuja, em Brusque, o laboratório se expandiu e hoje tem seis unidades de coleta distribuídas nas cidades de Brusque

e São João Batista, que contam com a proficiência de 30 colaboradores. Para garantir o conforto dos clientes, a empresa realiza coletas com horário agendado em residências e consultórios médicos. Em parceria com a Criovida, banco de sangue de cordão umbilical de Belo Horizonte – MG, o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Verner Willrich realiza coleta de células-tronco do cordão umbilical. Já consagradas no tratamento de leucemias, linfomas e anemias de origem genética, as pesquisas com células-tronco têm apresentado resultados revolcionários. Todo este trabalho diferenciado é fruto da perseverança, coragem e empreendedorismo de Verner Willrich, que teve o incentivo do irmão mais velho, Ackcel, que já era proprietário de uma farmácia em Brusque, para fazer o curso de Farmácia em Curitiba, PR. Atento a novas oportunidades, especializou-se em análises clínicas e abriu o laboratório próprio assim que se formou. Hoje, o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Verner Willrich está no comando dos dois filhos: Werner Gustavo Vieira Willrich, diretor administrativo do laboratório, e Maria Alice Vieira Willrich, farmacêutica-bioquímica e diretora técnica.



OS APOIADORES

LC Malhas, a marca da evolução constante ganha mundo da moda Empresa foca nas inovações tecnológicas No mercado há 22 anos, a LC Malhas foi uma das empresas que contribuiu para tirar do papel a sede própria da Associação Empresarial de Brusque. Fundada em maio de 1986, pelos empreendedores Lídio Testoni e Carlos Cid da Cunha Silveira, a principal atividade da LC é a produção e a venda de tecidos de malharia circular. “Quando formamos a sociedade, decidimos criar o nome LC Malhas através da junção das nossas iniciais”, comenta Testoni. Ele conta que a entrada no mercado de malharia circular não foi fácil, já que contavam apenas com dois funcionários e um tear para a fabricação da malha. “Devido à qualidade do nosso produto, aos poucos as vendas foram aumentando”, comenta o diretor. Logo sentiram a necessidade de ampliar a fábrica, já que não havia espaço para a instalação de novos maquinários e estocagem das malhas. No ano de 1995, foi concluída a obra de ampliação da fábrica que passou de 2,5 mil metros quadrados para 4 mil m2. Nesse ano, o quadro profissional chegava a 73 colaboradores e a tecelagem já contava com 12 teares. “Como a produção estava

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crescendo a cada dia, em dois anos sentimos a necessidade de aumentar ainda mais o nosso parque fabril. Também adquirimos novos teares, totalizando 21 máquinas”. Testoni explica que até 1997, as principais alterações foram na área de produção, também conhecida como tecelagem. Mas em 2003 houve a necessidade de aumentar o espaço para abrigar os setores administrativos da empresa, já que as vendas e a entrada de clientes aumentavam a cada dia. No ano passado, houveram mais mudanças e, atualmente, a malharia conta com 35 teares, 135 funcionários distribuídos em 8 mil m2. “A empresa continua passando por diversas ampliações e reorganizações internas para manter a qualidade dos nossos produtos e serviços. Como a produção continua crescendo, sempre há necessidade de novas contratações para que a LC Malhas continue ganhando mais espaço e experiência no mercado de malharia circular”, avalia Testoni. Com um setor de desenvolvimento próprio, a empresa busca oferecer um excelente atendimento, dando prioridade às inovações tecnológicas. Além disso, uma equipe está envolvida

Mais uma apoiadora da construção do CESCBr, a LC Malhas começou com dois funcionários e apenas um tear para fabricação de malha. Hoje, 22 anos depois, a empresa brusquense de malha circular está no ‘tom da moda’ e investe constantemente na pesquisa de tendências para oferecer uma cartela inovadora de cores a seus clientes. O resultado da dedicação é a fidelização das centenas de clientes.

diretamente com a pesquisa de tendências para oferecer uma cartela de cores de acordo com os tons da moda. “Sempre trabalhamos com uma cartela atualizada, mas quando o cliente busca uma tonalidade exclusiva, atendemos o pedido sob encomenda, produzindo a malha na cor desejada”.


Renaux View, arte em tecidos Reposicionada no mercado, centenária têxtil Renaux muda perfil

A Têxtil Renaux S/A, uma das mais tradicionais empresas têxteis do Brasil, foi uma das indústrias que apostaram na construção da sede própria da ACIBr. Na época, a empresa ainda era comandada por Gilberto Renaux, mas no início de 2006 a Têxtil Renaux anunciou a nova estrutura executiva e societária, que passou a ter o empresário Armando Hess de Souza como presidente. O consultor empresarial Márcio Bertoldi assumiu como diretor de relação com investidores. Sob novo comando, a Têxtil Renaux assumiu um outro perfil. Os novos executivos juntaram-se aos demais diretores, reposicionando estrategicamente e potencializando a Têxtil Renaux S/A como uma importante marca de moda, criando assim a Renaux View. A antiga Renaux foi inaugurada oficialmente em 27 de abril 1925 para produzir tecidos de decoração. No início, eram apenas 18 funcionários. Durante três décadas produziu gobeleins e madras para estofamentos e cortinas. No final da década de 1960, iniciou a produção de tecidos para o vestuário e na década de 70 passou por uma de suas maiores transformações, com a chegada de novas e modernas tecnologias. Nos anos

90 a empresa alterou sua estratégia, ingressando no mercado de fios. “Nesta época já era conhecida nacionalmente como fornecedora de camisaria masculina”, explica o gerente de marketing e comunicação, Roberto Sander. Em 84 anos de atuação, a Renaux View transitou entre o mercado de decoração, tecidos para segmentos variados e a linha de vestuário. Hoje, a empresa é referência em fio tingido. “Criamos um planejamento estratégico para que o tecido fabricado pela Renaux View ficasse reconhecido nacionalmente”, comenta Sander. O resultado deu certo, já que hoje a empresa brusquense fornece tecidos para estilistas famosos como Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Ronaldo Fraga, Marcello Sommer, Anne Gaul, Igor de Barros e Priscilla Darolt. Por isso, a empresa está sempre atualizada nas tendências através de uma equipe especializada em moda. Depois de somar experiências em todas essas áreas, a empresa de Brusque investiu no lançamento de uma linha exclusiva, em outubro de 2008, com um foco que remete às origens da companhia, a decoração de móveis e ambientes. A ideia surgiu para aproveitar a tendência de

aproximação entre moda e decoração. Para promover essa nova linha de produtos, a empresa conta com um nome forte no campo do design e da decoração. O arquiteto Sig Bergamin assina uma das coleções da companhia, contribuindo com cores inovadoras e composições exclusivas. Aliando o aconchego e a naturalidade do algodão à arte do fio-tinto, a Linha Casa por Sig Bergamin transforma tendências contemporâneas em soluções modernas e delicadas para peças e ambientes.

No ano 2005, quando ainda se chamava Têxtil Renaux, comandada pelo empresário Gilberto Renaux, a empresa auxiliou na construção da sede da ACIBr. Hoje, denominada Renaux View, a têxtil ainda apoia o associativismo. Reposicionada no mercado, a empresa centenária investiu na marca e hoje fornece tecidos para estilistas famosos no País e no mundo como Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga e Anne Gaul.

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OS APOIADORES

Sancris: qualidade total no Brasil e no Exterior De fios e linhas a zíperes diferenciados Criada como uma empresa de distribuição de aviamentos, no ano de 1987, a Sancris cresceu motivada pelo comprometimento com os clientes e pela missão de inovar e manter um alto padrão de qualidade. Hoje, a empresa conta com três unidades: a Sancris Linhas e Fios, a Sancris Zíperes e a Sancris Tinturaria. “Todas as unidades contam com equipamentos modernos, rigoroso controle de qualidade e versáteis processos de produção”, comenta Ademar Sapelli, diretor presidente da Sancris, uma das patrocinadoras da construção da sede da Acibr, o Centro Comercial, Social e Cultural de Brusque. As três empresas, construídas em endereços distintos, somam 50 mil metros quadrados de área construída. A primeira unidade a ser criada foi a de linhas e fios, utilizados em confecções, acabamentos de tecidos, calçados e acessórios. Há cinco anos, Ademar Sapelli resolveu apostar no projeto inovador da filha Cristina Helena em criar uma fábrica de zíperes

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100% nacional. “Como a indústria da moda cresce e inova a cada dia, a Sancris passou a oferecer um novo produto”, explica Cristina, que é responsável pelas relações internacionais da marca. Todo o processo de produção dos zíperes foi desenvolvido pela Sancris, com etapas práticas e inovadoras, buscando a otimização de investimentos e os prazos de entrega. “Hoje a nossa empresa também desenvolve zíperes especiais sob encomenda que seguem as especificações solicitadas pelos clientes”, detalha Cristina. Através da tinturaria, a Sancris oferece uma cartela de cores que é atualizada constantemente, acompanhando as últimas tendências da moda. A estrutura da tinturaria conta com equipamentos modernos e também com uma estação de tratamento de resíduos que executa todos os processos necessários para eliminar substâncias que possam comprometer a qualidade da água. “O objetivo principal é a reutilização dessa água no processo produtivo, eliminando substâncias que

Mais uma apoiadora da ACIBr, a Sancris tem a missão de inovar e manter um alto padrão em suas três áreas de atuação: tinturaraia, fios e zíperes. Além do Brasil, os produtos da empresa de Ademar Sapelli são encontrados em países da América Latina como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Colômbia, Uruguai, Paraguai e República Dominicana, entre outros.

alterem a qualidade, contribuindo assim com o meio ambiente”, garante Vitor Fernando Sapelli, responsável pelo marketing da empresa. Ter uma tinturaria exclusiva e integrada às fábricas de linhas, fios e zíperes, proporciona à Sancris mais agilidade e controle dos processos, garantindo prazos e a qualidade dos produtos, além de proporcionar a liberdade de inovar e criar as cores que estão na moda. Além do Brasil, os produtos são encontrados em países da América Latina como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Colômbia, Uruguai, Paraguai e República Dominicana, entre outros. “No ano passado, participamos da Columbiatex, uma das maiores feiras internacionais da América Latina”, explica Ademar Sapelli.



OS APOIADORES

Comprometimento total com a cadeia produtiva é a marca da Zen Tradicional em Brusque, empresa se tornou líder nacional do setor Uma das empresas mais tradicionais de Brusque, a Zen S/A foi fundamental para a viabilização da sede própria da ACIBr, sendo uma das empresas patrocinadoras. Fundada em 1960, a Zen tem atuado no mercado brasileiro há quase 50 anos, e ao longo das décadas aperfeiçoou sua tecnologia para fabricação de componentes de precisão tornando-se o maior fabricante brasileiro de impulsores de partida. A primeira unidade foi montada na capital paulista pelos irmãos Hylário e Nelson Zen, como uma prestadora de serviços. Aos poucos, começaram a produzir ferramentas e peças de rádio. “Em 1963,

A empresa fundada pelos irmãos Hylário e Nelson Zen também apoiou a ACIBr. Moderna, a fábrica fundada em 1960 exporta para América Latina, Estados Unidos, Europa, Ásia e Índia, entre outros. Entre os principais clientes da metalúrgica está a Ford, Johnson Eletric, Magneti Marelli, BRP, Ingersoll-Rand, Remy e Valeo.

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começamos a fabricar o impulsor de partida conquistando o mercado de reposição de autopeças”, lembra Nelson Zen, que atualmente é vicepresidente do conselho administrativo da empresa. Em 1974, a empresa foi transferida para Brusque, cidade natal dos irmãos Zen, que inauguraram a fábrica com aproximadamente 200 colaboradores. “No início, eram apenas nós, os irmãos. Quando mudamos a empresa para Brusque, já tínhamos 120 funcionários contratados na unidade de SP”, relembra. Desde então, a Zen Metalúrgica não parou de crescer. A primeira dificuldade enfrentada após a mudança foi encontrar mão de obra especializada. “Por isso, surgiu a necessidade de fazer uma parceria com o Senai para que fossem criadas oficinas na área de metalurgia. Após um acordo com o Sindicato e o Senai da cidade foram criados cursos de

metal-mecânico”, conta Nelson. Hoje, a Zen conta com cerca de 1 mil colaboradores e exporta para América Latina, EUA, Europa, Ásia e Índia. Entre os principais clientes está a Ford, Johnson Eletric, Magneti Marelli, BRP, Ingersoll-Rand, Remy e Valeo, entre outros, para quem a Zen S/A fornece impulsores convencionais, motor de partida para Jet ski, planetárias e reparos, impulsores maxitork, impulsores de redução, impulsores inerciais, lamelas, polias e mancais, polia com sistema de roda livre e ventoinhas. Os fundadores da empresa acreditam que a Zen tem uma trajetória marcada pelo sucesso devido ao comprometimento de toda a cadeia produtiva. “A Zen investe no País gerando empregos e contribuindo no desenvolvimento econômico”, comenta Hylário Zen que preside o conselho administrativo.


ZM S/A, a chave do sucesso Credibilidade conquistada consolidou a empresa em nível internacional

Com um histórico de crescimento constante ao longo de mais de duas décadas de atividades, a ZM S/A também contribuiu para tornar a sede própria da ACIBr uma realidade. A empresa iniciou sua história desenvolvendo apenas um produto, os solenóides para motores de partida, também conhecido como chave magnética do motor de partida. Fundada em 25 de abril de 1983, aos poucos foi ganhando credibilidade e conquistando novos mercados, consolidando a marca em nível internacional. Assim iniciou a produção de parafusos e porcas de roda, que compõem a linha de fixadores, além de peças conformadas a frio. A empresa oferece, também, a linha de produtos motores de partida e alternadores. “O desenvolvimento de uma linha de motores de partida foi uma consequência e um desdobramento natural da linha de solenóides”, explica o diretor superintendente Alexandre Zen. A experiência adquirida nos anos de produção de solenóides proporcionou para a empresa brusquense uma transição segura para a composição da unidade completa. “Atualmente, o motor de partida ocupa lugar de

destaque no planejamento estratégico da empresa”, garante Zen. Ele conta que novos modelos são constantemente desenvolvidos combinando as novas tecnologias adquiridas com a experiência tradicional da linha de solenóides. Com uma moderna estrutura, que beneficia o desenvolvimento dos produtos desde a concepção até a validação, a ZM utiliza tecnologia de ponta em Computer Aided Design (CAD), Computer Aided Engineering (CAE) e Computer Aided Manufacturing (CAM) para a geração de processos produtivos e fabricação de ferramentas. Também são desenvolvidos projetos em forjamento a frio, estamparia e injeção, entre outros. “No desenvolvimento de novos produtos são realizadas simulações em ambiente CAD e CAE que dispensam a construção de protótipos físicos e racionam tempo na elaboração de projetos, além de possibilitar melhor adequação do ferramental às máquinas”, diz o diretor superintendente. Ele explica, também, que as ferramentas utilizadas na produção de peças e componentes são fabricadas internamente, contribuindo para a ga-

Atualmente a ZM S/A, outra apoiadora da ACIBr, exporta para países como Argélia, Argentina, Austrália, Bolívia, Canadá, Chile, Dinamarca, França, Itália, Polônia, Rússia, Tailândia e Venezuela, entre outros. A empresa dirigida por Alexandre Zen prima pela inovação dos seus produtos.

rantia de qualidade e otimização do fluxo produtivo. Através de investimentos combinados na formação de colaboradores, aquisição de novos equipamentos e desenvolvimento de novas tecnologias, a empresa obtém sucesso em garantir produtos de alta confiabilidade no mercado.

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A CIDADE

Economia

Brusque vai muito além do Turismo de compras apoiada pela ACIBr, cidade desponta em sc Situada no Vale Europeu, Brusque é conhecida como a capital catarinense do turismo de compras, além de ser importante destino turístico pelas belezas naturais e arquitetônicas. A cidade é um exemplo de dinamismo e empreendedorismo, com empresas que atualmente são reconhecidas no Brasil e Exterior. O crescimento industrial foi acompanhado de perto pela ACIBr, que nestes 75 anos de existência contribuiu para o fortalecimento da economia e turismo da cidade. Atualmente, Brusque oferece vários centros comerciais e centenas de lojas instaladas na Rodovia Antônio Heil, que chamam a atenção dos turistas interessados em boas compras. As opções são as mais variadas, mas o principal produto oferecido é a confecção, com preços de fábrica. “Na verdade, quando falamos de Brusque devemos lembrar que a cidade não oferece somente confecção, malhas e tecidos de qualidade com preço atrativo, já que é um destaque no setor metalmecânico, entre ou-

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tros”, avalia o prefeito da cidade, Paulo Eccel. A cidade, nona economia catarinense, produz muitos outros produtos que estão sendo comercializados com sucesso em todo o País - situação conquistada, em partes, graças à atuação da ACIBr. Para o governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, este é um dos motivos do contínuo e qualificado crescimento, seja na indústria ou no turismo, que cada dia mais posiciona o Município como um dos melhores investimentos de Santa Catarina. “Enquanto alguns se imobilizam diante das crises, outros partem para a ação, pois sabem que é em meio à labuta que descobrimos soluções para proble-

“Brusque é destaque em vários segmentos, e não apenas em confecção” Paulo Eccel, Prefeito de Brusque

• População: 99.917 mil • Base econômica: têxtil e metal mecânica • Número total de empresas: 7.217 mil • Indústrias: 1.230 mil • Comércio: 2,7 mil • Orçamento de 2009: R$ 209 milhões

“ATRAVÉS DE ENTIDADES COMO A ACIBr Brusque virou pólo” Luiz Henrique da Silveira, Governador do Estado

mas de cuja existência sequer desconfiávamos. Os brusquenses sabem que não é parado, expectante e temeroso que se chega a algum lugar, muito menos ao sucesso”, conclui. O governador acredita que é através de entidades como a ACIBr que Brusque se tornou um grande pólo de debates sobre os problemas que criam obstáculos para o desenvolvimento. “Por isso, contar com a sua participação no desenho do futuro da cidade é contar com o apoio solidário de dezenas de mentes pró-ativas e empreendedoras. A comemoração dos 75 anos é a reafirmação de uma longa e profícua tradição de espírito público, que ostenta um admirável rol de vitórias e conquistas comunitárias”.




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