[ turismo ]
OS ENCANTOS
DE RIO DOS CEDROS NA
ESTAÇÃO FRIA [ projeto residencial ]
REUTILIZAÇÃO
ago/set.12 Ano 7 R$ 11,90
#53
DÁ ORIGEM A CASA TOTALMENTE
SUSTENTÁVEL
[ editorial ]
[ expediente ]
Viva a sustentabilidade CONSELHO EDITORIAL Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza
Esta edição da Alto Padrão destaca o projeto sustentável de uma casa de campo, cujos idealizadores se preocuparam desde a procedência dos materiais, passando pela forma construtiva e escolha dos móveis, até o tratamento do esgoto, que é totalmente ecológico. Tudo isso sem abrir mão do aconchego e do conforto em uma bela região rural de Blumenau. Confira o projeto da casa ecológica, tema da capa desta edição, a partir da página 12. E para continuar ressaltando as belezas do campo, a dupla de jornalistas Francielle Oliveira e Daniel Zimmermann, responsáveis pelo material da reportagem de capa, também percorreram a região das represas de Rio do Cedros para produzir a reportagem que mostra as belezas naturais e culturais do pequeno município do Médio Vale do Itajaí. Rio dos Cedros é daqueles lugares que se pode visitar a qualquer momento, mas, no Inverno, tem um charme todo especial. A reportagem traz opções de passeios e hospedagem, de gastronomia, de artesanato e muita curiosidade. É possível fazer passeios de lancha, pescar, praticar caminhadas ou esportes radicais, andar a cavalo, comer muito bem e relaxar em uma das regiões mais bonitas de Santa Catarina. O artesanato em vime é um dos destaques do Município, onde cerca de 200 famílias vivem da atividade. Saindo da região, fomos buscar algumas das principais novidades apresentadas na edição 2012 da Casa Cor de São Paulo e de Santa Catarina e da Feira de Móveis de Milão. O arquiteto João Aumond e a designer Luiza Galitzki estiveram na mostra italiana e fizeram uma análise das tendências lá apresentadas. Como de costume, esta edição da Alto Padrão está repleta de novidades, belos projetos e dicas para cuidar bem de casa. Não deixe também de conferir a reportagem sobre as principais e algumas das mais curiosas pontes do Vale do Itajaí. E acesse também a revista através do tablet, smartphone ou computador. Boa leitura!
Sidnei dos Santos Editor-Executivo 6
/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos Palavra Escrita Ltda. ME sidnei@mundieditora.com.br /Reportagem: Daiani Caroline Coelho, Fernando Gonzaga, Francielle de Oliveira e Iuri Marcelo Kindler /Gerente de Arte e Desenvolvimento: Lucas Gonsalves lucas@mundieditora.com.br /Diagramação: Fabiano Silva e Tiago de Jesus /Projeto Gráfico: Ferver Comunicação www.ferver.com.br /Foto de Capa: Daniel Zimermann /Editora-Chefe: Danielle Fuchs Fuchs Editorial Ltda. ME danielle@mundieditora.com.br /Gerente Comercial: Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br /Gerente Geral Comercial: Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br /Diretor-Executivo: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br /Circulação: circulacao@mundieditora.com.br /Sugestão de pauta: pauta@mundieditora.com.br /TIRAGEM: 3.000 exemplares /TIRAGEM VIRTUAL: 50.000 exemplares mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora
Apoio:
[ AP digital ]
Na ponta
dos dedos Desde a edição passada, a 52, a revista Alto Padrão chega até você em versão para tablets, smartphones e computadores. Na Web, o conteúdo é ampliado, com inserção de vídeos e fotos extras das principais reportagens da edição. Confira, por exemplo, os vídeos sobre o Vale dos Ventos, em Rio dos Cedros, e sobre o passeio de lancha na Represa de Pinhal, também em Rio dos Cedros. As fotos extras da reportagem sobre turismo mostram as maravilhas que a natureza formou a quase mil metros de atitude: floresta exuberante, cachoeiras, araucárias e um magnífico por-do-sol. Também separamos uma coletânea especial de fotos que mostram em mais detalhes a casa ecológica, tema da reportagem de capa desta edição. E o Studio do Pianista, um dos ambientes mais destacados da Casa Cor de São Paulo, também vem com uma seleção de lindas fotos que detalham o projeto da arquiteta e designer de interiores Denise Barretto.
Faça o dowload na App Store ou no Google Play itunes.com play.google.com 8
Na seção ‘Gastronomia’, mostramos uma receita de acarajé aberto que faz sucesso no ‘Cantinho do Nordeste”, restaurante de Brusque que trouxe as delícias da cozinha baiana para a região. Aproveite a edição digital para acompanhar um vídeo de como se produz esse que é um dos principais símbolos do estado nordestino. Acesse e compartilhe a Alto Padrão no mundieditora.com.br/altopadrao.
[ sumário ] Divulgação
Tuca Reines / Divulgação
32 [ tendências Milão apresenta novidades para o lar
18 [ casa cor
Destaques da mostra em SP e SC
40 [ monumentos As pontes mais famosas do Vale do Itajaí Criações exclusivas são pura criatividade
32 [ decoração
O teto não é mais o mesmo
46 [ construção
Vem aí o prédio mais alto de Blumenau
48 [ projeto comercial 50 [ urbanismo 52 [ paisagismo 10
Homenagem ao enxaimel
Praça temática terá jardim vertical
A fascinação dos ‘quadros vivos’
Banco de Imagens
28 [ móveis
Daniel Zimmermann
12 [ capa Casa sustentável tem madeira e tijolos de demolição
58 [ turismo Os muitos encantos de Rio dos Cedros Daniel Zimmermann
70 [ vinhos 56 [ jardinagem 64 [ museus 68 [ gastronomia 72 [ cervejas 74 [ design AP 76 [ agenda AP
O fortificado da Ilha da Madeira
Beleza e a simplicidade
Usos e costumes do povo trentino
Delícias picantes do Nordeste
Seleção especial entregue em casa
11
[ sustentabilidade ] Fotos Daniel Zimmermann
óveis,
ando aos m
eg e tijolos, ch Da madeira
12
tada com casa foi mon
material de
demolição e
as
peças antig
Casa é feita com 70% de material de demolição e tem tratamento biológico para o esgoto
correta
Ecologicamente Francielle de Oliveira francielle@mundieditora.com.br
A sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para garantir qualidade de vida para esta e as futuras gerações. Foi pensando nisso que o engenheiro civil Laércio Floriano dos Santos e o graduando em Arquitetura Rubens Jochem fizeram o projeto de uma casa ecologicamente correta na zona rural de Blumenau. A casa tem dois pavimentos, sendo que o superior está apoiado sobre pilares de alvenaria e estrutura metálica, visando maior leveza no resultado final da edificação e também uma obra mais limpa. O projeto foi elaborado de forma a evitar recortes agressivos no terreno e, consequentemente, o uso de máquinas pesadas que poderiam causar danos ao local. “Levamos quase um ano para concluir a obra, pois, além dos recortes do terreno e da drenagem, que foram executados manualmente, adaptar o material resultante das demolições de edificações antigas às bitolas e tamanhos exigidos pelo projeto atual toma muito tempo”, ressalta Laércio.
tratada de reflorestamento (eucalipto e pinus). Os cômodos da parte frontal do piso superior (quartos e sala) foram contemplados com portas/janelas de vidro temperado e têm saída para o deck, com uma vista fascinante para as montanhas. “A intenção era trazer a natureza para dentro da casa”, destaca Laércio. No pavimento inferior, foi projetado um loft com banheiro privativo para hóspedes ou caseiro e uma área aberta com churrasqueira e garagem, que também pode ser utilizada para realização de festas, com acesso direto ao jardim e horta. Alguns detalhes da obra foram garimpados em empresas especializadas em material de demolição. Entre eles, os trincos e rosetas das fechaduras em
ferro fundido das portas. A porta principal da sala é oriunda da residência de uma família tradicional de Rio do Sul, cidade natal dos proprietários da casa sustentável. O engenheiro conta que a porta, por apresentar um vitral colorido, chamava a atenção quando passavam em frente à antiga residência, agora demolida. Segundo Laércio, a fachada da casa precisou ser modificada por causa do tamanho da porta (2,90m de altura). Na sala, é possível observar a parte da estrutura do telhado que ficou aparente por apresentar detalhes diferentes dos usualmente utilizados nos dias de hoje. Trata-se de uma linha trabalhada com o uso de enxó (instrumento antigo utilizado para dar forma à madeira).
Toda a madeira (canela, cedro, peroba e sassafrás) utilizada na estrutura do telhado, piso e paredes internas e externas do pavimento superior, assim cimo os tijolos do pavimento inferior, veio do reaproveitamento de casas demolidas, que tinham aproximadamente 100 anos. O deck, que contorna a casa, e os forros foram construídos com madeira
a ampla da
orciona vist
da a parte
orna to Deck cont
sa e prop perior da ca
região
su
13
[ sustentabilidade ] Fotos Daniel Zimmermann
da sala chama ral colorido na porta
O vit
atenção. Peças são
osição
olida e não têm rep
de antiga casa dem
Antiga igreja “Todos os encaixes são aparentes, assim como os pinos em madeira utilizados na primeira construção, que, segundo consta, era de uma igreja localizada no interior de Rio do Sul demolida em meados dos anos 1950. Posteriormente, a madeira foi vendida aos pais dos proprietários para ser usada na construção da casa onde residiram e que foi demolida no início de 2011”, conta Laércio. O assoalho também é todo em madeira de casas demolidas. No pavimento superior, fica uma ampla sala conjugada à cozinha, banheiro social e três quartos, sendo uma suíte. “A tinta da madeira das paredes da sala, assim como dos frontais da casa, foi removida, utilizando-se lixas para não contaminar o meio ambiente com produtos químicos tóxicos e dar um aspecto natural à madeira”, diz o engenheiro, lembrando que, nos quartos e corredores, a madeira foi pintada. No piso da cozinha, foram usados tijolos e ladrilhos hidráulicos, dando a impressão de tapete. Nesse ambiente, foi construído também um fogão à lenha. Todas as janelas são das casas demolidas e foi utilizada telha ecoló14
gica verde, derivada de petróleo, que é bem resistente, pode ser reciclada e não polui a natureza. O forro da casa é todo de madeira tratada. Em quase todos os cômodos há móveis antigos, misturados com outros modernos. “Modernizamos também na iluminação, para não deixar os ambientes muito carregados”, explica Rubens. Nos banheiros, também foi adotada uma concepção moderna, com louças e cerâmicas brancas, visando conforto e higienização. Foram instalados aparelhos de ar-condicionado em quase todos os ambientes, já que no Verão a região é bastante quente.
O local é conhecido como ‘Toca da Coruja’, denominação dada em homenagem à proprietária, que é considerada muito coruja no convívio com os familiares e amigos, e também pela presença constante de um casal dessa espécie de ave no terreno localizado na frente à residência. Toda a água utilizada na propriedade vem de nascente. Laércio diz que o objetivo era fazer uma casa 100% sustentável, mas, no Brasil, isso ainda é inviável, pois, para fazer a captação das águas das chuvas e de energia solar para uma residência de campo utilizada apenas nos finais de semana, o custo é muito alto.
15
[ sustentabilidade ]
Tratamento ecológico Na região onde a casa foi construída, o tratamento de esgoto é obrigatório. A utilização de plantas no tratamento de esgoto tem se apresentado como uma ferramenta biotecnológica possível devido às condições climáticas favoráveis de grande parte das regiões brasileiras. Dessa forma, o sistema de tratamento de esgoto com plantas está se consolidando como uma alternativa eficiente, sustentável e de baixo custo aos sistemas convencionais de tratamento de esgoto. O sistema é composto por uma fossa e dois filtros, sendo um para água da cozinha e outro para os banheiros. Posteriormente, passa por um Tanque de Zona de Raízes, que constitui um leito cultivado, no qual as águas entram em contato com as raízes de plantas que promovem a liberação de oxigênio e favorecem o desenvolvimento de bac-
térias. Esses microorganismos fixam nutrientes, principalmente, nitrogênio e fósforo, para a síntese vegetal e proporcionam redução da carga orgânica dos efluentes. O processo evita a poluição das águas superficiais e subterrâneas e possibilita o reuso de águas e utilização dos efluentes tratados para fins não-potáveis. O esgoto nos Tanques de Zona de Raízes passa por um tratamento físico (filtragem por ação da pedra brita e areia), químico (a planta sequestra e fixa o nitrogênio e o fósforo) e biológico (as bactérias presentes na zona de raízes da planta se alimentam da matéria orgânica). São diversos os tipos de plantas utilizadas para realizar o tratamento de esgoto por meio de zona de raízes; o junco é uma delas.
Após passar pelo Tanque de Zona de Raízes, a água residual do tratamento do esgoto vai para uma lagoa com filtro e lâmpada germicida para dar maior eficiência ao tratamento. O objetivo é que a água volte para a natureza com as mesmas características físicas, químicas e biológicas encontradas na nascente de origem.
Fotos Daniel Zimmermann
Depois de passar
16
por filt
esgoto vai a um ragem, a água do
na de Raízes
mado Tanque de Zo
pequeno lago cha
[ casa cor ]
Fotos Divulgação
Masculino e
Música e tecnologia preenchem espaço que conta com acústica perfeita
intelectual
A Casa Cor 2012, que aconteceu entre os dias 29 de maio e 22 de julho, no Jockey Club de São Paulo, trouxe o tema ‘Moda, Estilo e Tecnologia’ como ponto de partida para os arquitetos. Mais de 90 ambientes apresentaram inovações nas áreas de arquitetura, decoração e paisagismo.
O ambiente que seguiu à risca a temática foi o da arquiteta e designer de interiores Denise Barretto, que buscou a sofisticação e a atemporalidade para o universo masculino. Batizado de ‘Studio do Pianista’, o espaço de 160m² foi 18
criado a partir do desejo de exprimir a ótica sensível de um artista. Para isso, Denise criou um projeto que preza por espaços práticos e funcionais, combinados a peças de design exclusivo, obras de arte e uma coleção de instrumentos antigos.
“O espaço combina elementos elegantes e elimina qualquer tipo de exagero que possa influenciar na estética do ambiente. Por isso, poucos móveis foram usados – apenas os essenciais, combinados a uma base neutra de cores para compor um projeto sofistica-
do, como o uso do preto, tons de cinza, terracota e cru”, descreve. O inusitado e o masculino são elementos que sutilmente aparecem logo na entrada do espaço. Um jardim de seixos alinhado a uma revoada de pássaros em madeira sustentável, que se abre para o living da música; um ambiente decorado com uma estante de 3,80m em acabamento de madeira ébano, enriquecida por uma coleção de esculturas, instrumentos musicais antigos e livros que remetem à atmosfera intelectual do ambiente.
Tuca Reines / Divulgação
Living da música O piano fica próximo à mesa de centro em mármore Armani, desenhada pela própria arquiteta. Para os dias frios, uma lareira ecológica e um tapete feito de fibras naturais. O espaço oferece ótima acústica ao artista, como o assoalho em couro soleta e cortinas em linhão, unidos ao forro com aberturas desiguais – a fim de ‘quebrar’ as ondas sonoras e impedir a reverberação do som no espaço. Há ainda automação no controle de som, iluminação e nas cortinas. A cozinha gourmet está ligada ao living da música. O espaço possibilita a visão dos outros ambientes e conta com um charmoso jogo de luminárias pendentes em cobre sobre a mesa, tendo, ao fundo, um grande painel de arte urbana que dá o toque contemporâneo. Separado apenas por uma tela, o quarto de dormir, escritório, espaço de leitura, bancada de lavatório e armário como um hall para se vestir a frente do banheiro. Os tons são os mesmos usados nos outros espaços, mas compostos em novo arranjo, com destaque para um dos revestimentos feitos de rebarbas de madeira prensada como papel de parede, tornando a suíte clara e aconchegante.
Exposição de instrumentos musicais antigos ajuda a criar o ar clássico do Studio do Pianista. Acima, a revoada de pássaros de madeira
19
[ casa cor ]
Moda, estilo e tecnologia não foram as únicas preocupações da arquiteta. Denise priorizou a sustentabilidade e a economia de energia através de vidros reflexivos que filtram a incidência de luz no espaço e, ao mesmo tempo, o calor. Assim, houve redução no consumo de energia, tanto na climatização quanto pelo uso de iluminação natural. O uso do vidro também surpreende por um agradável motivo: sua tonalidade champanhe proporciona o efeito de dia ensolarado, mesmo que lá fora o dia esteja chuvoso.
20
Tuca Reines / Divulgação
Sempre sol
[ casa cor ]
Celina Germer / Divulgação
O novo
rústico
A ‘Casa da Montanha’, idealizada pela arquiteta Cynthia Pimentel Duarte, é para quem gosta do clima campestre, de curtir um friozinho gostoso junto à lareira e de manter as mesmas facilidades e a elegância de uma residência na cidade. O ambiente foi apresentado na Casa Cor 2012, que aconteceu no Jokey Club, em São Paulo, entre os dias 29 de maio e 22 de julho. Sofisticação, tecnologia e interação entre os espaços são as características que ambientam o projeto. A mescla de cores com diferentes tipos de materiais, as iluminações em LED integradas com automação e piso único revestido com porcelanato de última geração comprovam que uma casa nas montanhas não precisa ser, necessariamente, rústica. O móvel de laca branca, projetado pela arquiteta, divide o living em dois espaços: home theater e sala de estar. 22
A atmosfera campestre e a sofisticação da cidade em um único ambiente
Fotos João Ribeiro / Divulgação
Duas salas O protagonista da sala de TV é o lustre transparente –que leva prata na composição – desenhado pelo italiano Carlo Nason, vencedor do prêmio do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. O sofá com chaise em couro amarelo, no mesmo tom do papel de parede floral, um tapete Ziegler de cor crua e uma composição de telas solares na cor off white com cortinas de seda proporcionam harmonia ao ambiente. Na sala de estar, Cynthia optou por móveis claros que conferem leveza, em contraponto ao tapete redondo na cor laranja, que dá um toque de ousadia ao espaço. A tela do artista plástico Waldo Robatto completa a decoração da sala com originalidade. O espaço mais acolhedor da casa é a sala da lareira. Revestido com papel de parede na cor ocre e iluminado por fitas e focos de LED, o ambiente fica ainda mais aconchegante com as poltronas revestidas em Nobuck.
Cynthia optou por móveis claros que conferem leveza, em contraponto ao tapete redondo na cor laranja 23
[ casa cor ]
Intimidade e aconchego Para o quarto do casal, foi escolhido um papel em listras com cores mais claras, mas ainda seguindo a cartela adotada no projeto. As cortinas, em tons de azul, são compostas por telas solares e painéis. Em destaque estão os pendentes criados pelo designer Artuso Massimilliano. A cama, feita em laca branca, tem linda cabeceira que forma um painel em gomos revestidos em couro branco. Pastilhas de porcelanato amarelo claro revestem todo o banheiro,
que é iluminado com fitas de LED e focos pontuais. A atmosfera intimista fica por conta da banheira
de hidromassagem para o casal. O bonito armário de madeira compõe o mobiliário do cômodo.
Fotos Celina Germer / Divulgação
Papel de parede claro dá o tom no quarto do casal, enquanto o banheiro foi revestido com pastilhas de porcelanato
24
[ casa cor ]
Lúdico ao
quadrado Atmosfera divertida e aconchegante é destaque na versão catarinense da Casa Cor 2012
O mirante da Lagoa da Conceição, um dos principais cartões-postais do Estado, foi palco da Casa Cor Santa Catarina 2012. Durante o evento, o público pode prestigiar o trabalho de 63 profissionais, que criaram 42 ambientes. Entre os espaços da mostra, o projeto dos arquitetos Letícia Caldart e Leonardo Caldart destacou-se pela divertida cartela de cores. Os profissionais abusaram do colorido, por se tratar do quarto de duas irmãs gêmeas, que têm três anos de idade e são cheias de personalidade.
A diversidade de cores é destaque no projeto dos arquitetos Letícia e Leonardo Caldart para a mostra
Fotos Divulgação
26
Fotos divulgação
Brincar, estudar, dormir O ‘Quarto das Meninas’ ocupa o espaço de 22m², tendo grande parte das mobílias fabricadas em laca branca, com detalhes em laca colorida. A madeira está presente no piso e na cômoda, que confere o clima aconchegante e familiar ao ambiente. A cama alta, estilo casinha, oferece mais espaço para as meninas brincarem e mantém o ar lúdico do projeto. As colchas e almofadas dispostas sobre as camas foram feitas com um descontraído mix de tecidos. A bancada de estudos, que pode ser ajustada em duas alturas, acompanha o crescimento das crianças. A decoração é feita com as próprias bonecas e pelúcias que ficam dispostas nas longas prateleiras que contornam o ambiente. Algodão colorido, rosa claro da paleta de cores da Suvinil é a matiz predominante no cômodo. O lúdico fica por conta do papel de parede com listras em pink, amarelo e azul-turquesa. Em alguns pontos, a parede recebe o delicado papel floral. Tudo isso iluminado por estratégicos focos de luz que cercam a luminária circular no centro do quarto. 27
[ móveis ] Fotos Divulgação
Criatividade à
Móveis criados por profissionais que participaram da Casa Cor 2012 revelam um mundo de ideias fantásticas
toda prova
A temática da Casa Cor 2012 foi Moda, Estilo e Tecnologia. Os profissionais seguiram essa linha ao projetar os ambientes e foram ainda mais longe: desenvolveram mobiliários exclusivos, funcionais e modernos, mas com design livre da pegada futurista, fria e clássica.
Ao redor da fogueira Para curtir os dias frios, nada melhor que uma lareira acessa e os amigos por perto. Atualmente, muitos modelos alinham-se ao estilo de cada projeto, no entanto, a lareira desenvolvida pela designer de interiores Denise Barreto é diferente de tudo já visto. A Lareira Mesa de Centro, feita de mármore Armani, é ecologicamente correta por utilizar um bio28
fluido extraído de cereais, sem partículas inalantes ou poluentes. Longe de deixar o ambiente esfumaçado ou sujo por conta da fuligem da madeira, a lareira é um modelo manual, com queimador em inox duplo (devidamente lacrado para garantir a segurança), além de aquecer cerca de 50m² com autonomia de 10 a 18 horas.
Denise conta que a ideia de projetar a lareira com função de mesa é justamente integrar as pessoas. “Ter uma mesa de centro em um living é fundamental, é uma peça que articula o espaço. A União de duas funções acaba por ser muito bem-vinda, pois é elegante, faz o papel de apoio e, principalmente, agrega os usuários.”, diz a arquiteta.
Conforto e beleza A Dunélli House apresentou um estiloso sofá que centraliza a atenção em um ambiente minimalista e moderno. A peça apresenta detalhes clássicos, porém, mantém um vínculo forte com a modernidade e traduz as últimas tendências do design moveleiro. Disponível em três opções de medidas e tecidos, os detalhes são em costura de matelassê, com botões no encosto. Possui assento fixo com molas helicoidais (bonnel), entrelaçadas com cintas elásticas. A estrutura em madeira maciça de reflorestamento com o tratamento bactericida e antimofo garante a durabilidade.
Espaço para tudo O espaço do dia a dia precisa ser funcional e organizado para combinar com a correria da vida contemporânea. É ali onde tudo acontece, desde o cafezinho, até o momento das refeições ou mesmo na hora de receber os amigos para uma conversa descontraída. Foi pensando em todas essas funções dentro de um só ambiente que a arquiteta Sabrine Santos desenvolveu o Guarda-Louça em nichos. Formado por compartimentos de tamanhos diferentes, o armário tem nichos quadrados e retangulares e detalhes propositadamente desiguais, alguns espelhados, outros iluminados e há ainda os que vêm trabalhados em preto. Outro destaque da peça é a adega refrigerada que fica embutida no móvel. Os nichos destinados aos vinhos diluem-se por todo o armário, fazendo com que, além de garantir a acomodação de um grande número de garrafas, ainda seja possível utilizá-las como objeto de decoração.
Mesa passarela A mesa de jantar irreverente e glamurosa da arquiteta Sabrine Santos foi destaque na mostra. Com design arrojado e sinuoso, o móvel possui apenas um ponto de apoio no chão, formando o tampo cujo desenho lembra uma passarela de moda. Segue verticalmente pela parede, como um painel e, por fim, acompanha o forro, onde serve de suporte para os lustres. “É um móvel completo, praticamente toda a sala está nele”, afirma Sabrine.
29
[ decoração ]
Olhe
pra cima!
Tetos decorados com desenhos, pinturas, madeiras, papel de parede, adesivos e outros dão um toque especial ao ambiente
Fotos Divulgação
Os tetos sempre são deixados de lado na hora de decorar um ambiente, mas ideias versáteis podem criar uma atmosfera contemporânea e completar a decoração. A tendência é destacar o teto com uma cor diferente do resto do cômodo. Os tetos podem ser decorados com desenhos, pinturas, madeiras, papel de parede, adesivos, gessos e muito mais. Porém, escolha um acabamento que traga elegância e sofisticação à decoração. Decorar o teto é indicado, preferencialmente, para ambientes que possuem o pé-direito alto. Revestir o teto causa a sensação de 32
encurtar o pé-direito, recurso que compõe a decoração e valoriza o ambiente. Porém, a design de interiores Anna Russo explica que para rebaixar o teto é preciso aplicar cores mais claras nas paredes e uma cor mais escura no teto. Já para criar a sensação de elevação, deve-se fazer o contrário. Mas, é preciso tomar alguns cuidados. Se for pintá-lo com uma cor mais extravagante, é preciso deixar as paredes com cores neutras, ou o ambiente ficará muito pesado e enjoativo. Além do mais, todo o cômodo ficará mais harmonioso se a
cor do teto combinar com a cor dos móveis. Entretanto, se os móveis forem brancos, combinarão com qualquer cor de teto. Para espalhar alegria e positividade pela casa, escolha tons vibrantes, que contribuirão para deixá-la mais jovial. No entanto, cuidado ao escolher essa cor, pois ela pode se chocar com os móveis do cômodo. Se é para os cômodos parecerem maiores do que realmente são, os tons mais claros são os indicados. Rosa, azul, verde ou amarelo-bebê são os preferidos por quem pretende deixar a casa colorida e espaçosa.
Papel de parede Os papéis subiram as paredes e foram parar no teto. Além de uma ideia super criativa, contemplam o ambiente por um todo. Ele pode vir da parede e subir, com o acabamento se prolongando até o teto. Este recurso “diminui” o tamanho do ambiente e deixa-o mais aconchegante. 33
[ decoração ]
O gesso pode ser utilizado em diversos ambientes da casa e dá um acabamento maravilhoso, deixando os cômodos mais bonitos. Ele é muito usado na implantação da iluminação no teto e, com isso, pode-se aproveitar para fazer um desenho diferente, moderno e inovador. Ele também pode servir de moldura para o teto, deixando o ambiente mais sofisticado ou moderno, com uma cor neutra ou vibrante e diferente do padrão. O teto também pode ter desenhos diferentes, criando uma aparência bem descontraída, ou, então, ser algo mais clássico, com desenhos redondos ou quadrado básico com detalhes nas pontas. Além disso, pode receber iluminação diferente, embutida, com cores mais claras para dar um ar ainda mais bonito. É só usar a imaginação!
34
Fotos Divulgação
Gesso
[ tendências ]
Vitrine
internacional Salão do Móvel de Milão reúne visitantes, entusiastas e grandes profissionais do design e tecnologia mundial
Fotos Divulgação
A 51ª edição do Salão Internacional do Móvel de Milão, na Itália, mais uma vez, teve a participação dos melhores profissionais e marcas de design, decoração e arquitetura de todo o mundo. Aproximadamente 2,5 mil profissionais lançaram produtos e fizeram mostras conceituais, apresentando criações que vão desde móveis até acessórios para decoração, passando por cozinhas, banheiros e protótipos de jovens promessas do mercado. 36
Entre os dias 17 e 22 de abril, cerca de 300 mil visitantes passaram pela feira. Além de objetos e móveis marcados pela originalidade e bom gosto, o evento também trouxe espaços e peças decorativas assinadas por estilistas e grifes de destaque, como Versace, Bottega Veneta e Roberto Cavalli. Apreciado por profissionais de
todo o mundo, o Salão do Móvel de Milão também atrai brasileiros que, cada vez mais, buscam estar interados das novidades da área. Entre eles está o arquiteto João Aumond e a designer Luiza Galitzki que, pela primeira vez, foram visitar o salão. Através do Circolo Italiano di Brusque, eles viajaram juntos de arquitetos e estudantes de Brasília.
Clássico e moderno convivem em Milão. A feira da capital da moda e do design italiana lança tendências para o mundo inteiro
“Encontrar milhares de pessoas apaixonadas pelo mesmo tema e reunidas no mesmo lugar é impressionante. Imagine um corredor de um quilômetro e, em cada lado, quatro pavilhões, cada um com cerca de 30 mil m², totalmente lotados de estandes e visitantes. Nós, como profissionais da área, em quatro dias,
vimos apenas metade da feira”, enfatiza Aumond. Este ano, o Salão do Móvel foi marcado pela apresentação de produtos mais funcionais, que buscam tornar mais cômoda a vida do usuário. Ao contrário de outras edições, o destaque foi, principalmente, o objeto, e
não o criador. “Lá, observamos a ousadia em misturar as cores fortes e as formas oblíquas. O excesso do brilho da laca, contrapontos de cores, arestas que lembram diamante, enfim, além de ser um objeto funcional, o móvel também se tornou o resultado de um processo criativo”, destaca o arquiteto.
Fogão da Sansung, com tecnologia sensível ao toque, permite acessar receitas na bancada do móvel
37
[ tendências ]
Alguns dos produtos que mais chamaram a atenção dos visitantes vieram de grandes empresas, como a Samsung e a Mercedes-Benz. A primeira, trouxe um ambiente de cozinha experimental com tecnologia sensível ao toque, que permite puxar diretamente da superfície do balcão as receitas dos pratos, junto com fotos e até vídeos. A Mercedes-Benz inovou e apresentou a primeira linha de móveis para casa, com sofás, mesas e cadeiras que fazem referência às linhas de carros da marca.
Fotos Divulgação
Das ruas para a sala de estar
A tábua de correr, onde podem ser dispostos os ingredientes, desliza pelo fogão
Aumond ressalta que, agora, é esperar para ver o resultado e os projetos que irão surgir e a influência que o Salão Internacional do Móvel de Milão terá sobre eles. “A viagem por si só é uma grande inspiração. Encontramos alguns de nossos parceiros que já possuem representantes em nosso País. Para o que existe de melhor na arquitetura e design, não há duvida, é uma questão de tempo até estar em todos os cantos”, salienta.
A Marcedes-Benz apresentou linha de sofás inspirada nos famosos modelos de automóveis da montadora alemã
38
[ monumentos ]
Imponência no
Vale
Há séculos o homem precisa transpor obstáculos, se deslocando de um local para outro, seja sobre a água ou vales. As pontes, que inicialmente eram meros troncos de árvores ou pedaços de pedra, hoje, são modernas, com estruturas de aço e até projeto para
História das pontes do Vale Europeu, das rudimentares às modernas, se mistura ao desenvolvimento da região
se tornarem inteligentes, dotadas de sensores e sistemas de comunicação e sinalização. Sem contar que já fazem parte do horizonte, muitas vezes virando cartões-postais das cidades. Mas, apesar dos avanços tecnológicos,
o belo e o útil, o antigo e o novo dividem espaço até hoje, unindo cidades, facilitando trajetos e aproximando pessoas. A região de Blumenau forma um vale, razão pela qual conta com muitas dessas estruturas, algumas dignas de estudos e outras de contemplação.
Fotos Daniel Zimmermann
Ponte do Salto A Ponte do Salto foi a primeira a ser construída em Blumenau, sobre o Rio Itajaí-Açu, a partir de 1896. Inaugurada em junho de 1913, teve a estrutura importada da Alemanha, que chegou de trem, pesando 155 toneladas. Na época, a obra possuía 175,5 metros de comprimento, seis metros de largura e oito metros de altura. Em janeiro de 1982, a ponte veio abaixo e, em menos de um ano, foi reconstruída com base no projeto original. Ganhou 60 centímetros adicionais para passagem de pedestres e tubulações. Firme até hoje, a Ponte do Salto tem capacidade para suportar até 24 toneladas.
Ponte de Ferro A Ponte de Ferro, em Blumenau, corta o horizonte com imponente estrutura metálica. Iniciada em 1929, a construção da Ponte Aldo Pereira de Andrade recebeu material da Alemanha e começou a operar como parte da ferrovia que ligava Blumenau a Itajaí, em 1951. Pela ponte, eram transportados alimentos e produtos industrializados. Em 1991, a Ponte de Ferro foi restaurada para receber o tráfego de carros de passeio, bicicletas e pedestres. Com 315 metros de comprimento e 18 metros de altura, ela permite que embarcações passem por baixo e sigam tranquilamente o curso do Rio Itajaí-Açu. Próximo à ponte, foi construído um mirante, que marca o ponto de chegada dos 17 primeiros imigrantes à região. A ponte faz a ligação da área central de Blumenau com o Bairro Ponta Aguda. 40
Ponte do Tamarindo Importante projeto do sistema viário local, a concepção da Ponte do Tamarindo é datada de 1977, com o primeiro Plano Diretor do Município. Ela ligaria a margem direita do Rio Itajaí-Açu com a BR-470. Porém, somente em 1992 a ponte começou a ser construída. A estrutura recebeu o nome oficial de Vilson Pedro Kleinbüng, ex-prefeito de Blumenau. No entanto, o nome Tamarindo surgiu por causa de uma árvore plantada a mais de 80 anos por Tusnelda Lorenz, filha do naturalista Fritz Müller. A estrutura foi construída seguindo as mais modernas técnicas de engenharia. Cada metro de pista da ponte pesa 25 toneladas. A extensão de 318,20 metros foi dividida em dois segmentos de 10 metros nas cabeceiras e 15 segmentos de 20 metros. A inauguração da ponte foi em dezembro de 1999.
Ponte dos Arcos/Indaial Em Indaial, a estrutura da Ponte dos Arcos forma uma imagem digna de retrato quando se mistura ao horizonte. Iniciada em 1924 e inaugurada em 1926, aobra foi uma das primeiras no Sul do Brasil a ser construída com a técnica do concreto armado. Com 175 metros de comprimento, cerca de sete metros de altura e seis metros de largura, o projeto inicial previa os cinco arcos direcionados para baixo. No entanto, em 1925, uma grande enchente destruiu os suportes de madeira que moldavam os arcos. Com isso, o projeto foi alterado e os arcos foram construídos para cima.
Divulgação
Ponte dos Arcos/Rio do Sul Outra Ponte dos Arcos embeleza o Vale Europeu. A estrutura de Rio do Sul passa sobre o Rio Itajaí do Sul e faz a ligação da Rua XV de Novembro com a Rua Rui Barbosa. Mais do que conectar duas vias, a construção é um importante cartão-postal do Município. A ponte, que é tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal, começou a ser construída em 1936 e foi inaugurada no ano seguinte. Assim como muitas outras, a Ponte dos Arcos abriu espaço para a passagem da estrada de ferro e, anos mais tarde, foi adaptada para receber veículos e pedestres. 41
[ monumentos ] Fotos Daniel Zimmermann
Ponte dos Arcos/Blumenau A ponte é um dos cartões postais da cidade e tem 160 metros de comprimento e três arcos de 41,65 metros cada um. Foi inaugurada em 28 de janeiro de 1951 para ligar o trecho ferroviário entre Blumenau e Gas-
par. Mas, somente em dezembro de 1954, o então presidente da República, João Café Filho, fez a viagem que pôs em funcionamento a linha férrea entre as duas cidades. Apenas 42 anos depois, em maio de
1996, a ponte abriu caminho para veículos e desafogou o tráfico intenso daquela região.
de concreto branco. Com investimento de R$ 6,6 milhões da Prefeitura, a obra tem 90 metros de comprimento, 36 metros de altura e começou a ser construída em março de 2003. A Ponte Estaiada substituiu a construção antiga, que era um ponto crítico responsável por inundações. A estrutura da nova
ponte não necessita de pilares inferiores de sustentação, ampliando, assim, a calha de vazão do rio. A construção ostenta oito estais (quatro em cada lado), que dão apoio às extremidades das vigas de sustentação da pista – um total de 512 cabos, que correspondem a 4,6 mil toneladas de força.
A ponte fica localizada na Rua Itajaí, um dos principais acessos à cidade.
Ponte Estaiada Em Brusque, milhares de pedestres, carros e bicicletas passam diariamente pela primeira obra em concreto branco do País. A Ponte Estaiada Irineu Bornhausen, que corta o Rio Itajaí-Mirim, foi inaugurada em abril de 2004. Com a mesma resistência do produto cinza, a construção consumiu 5 mil toneladas 42
Divulgação
Ponte da Thapyoka A Ponte da Thapyoka para pedestres, em Timbó, tem 119 metros de comprimento e está localizada em área tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal. Foi usado sistema estrutural de ponte tipo estaiada, com dois vãos de 42 metros e três apoios (dois na cabeceira e um central). Há três grupos de colunas de concreto armado, da fundação até a pista. Cada grupo é composto por quatro colunas. A pista é uma laje de concreto armado com espessura de 20 cm, reforçada por perfis metálicos para ligação com os tirantes. Fica no complexo Thapyoka (restaurante, choperia e danceteria) e é ponto de contemplação da represa no Rio Benedito, construída entre 1918 e 1922 para movimentar as duas rodas d’água de um antigo engenho. A ponte foi construída pela Thapyoka e inaugurada em 5 de outubro de 2000, para unir o restaurante à boate.
Divulgação
Ponte Hansa A Ponte Hansa (nome da estação do trem) está localizada no quilômetro 121 da BR-470. Foi inaugurada em 1º de outubro de 1909 e desativada em 1971. Na época da inauguração da ferrovia, era a maior obra de engenharia do Vale do Itajaí. A estação de Hansa ficava próxima à ponte de ferro, local onde hoje se encontra o trevo da BR-470 que dá acesso à Ibirama. Ainda hoje, quem percorre de carro ou a pé o antigo caminho da ferrovia que dá acesso à ponte, percebe os cortes feitos na rocha e as curvas suaves da ponte construída ao longo da margem direita do Rio Itajaí-Açu
Ponte de Ibirama A ponte do quilômetro 118 da BR-470 (trevo de Ibirama) tem 225,50 metros de extensão e foi inaugurada no início da década de 1960. Localizada sobre o Rio Hercílio (Itajaí do Norte), a ponte foi interditada no dia 29 de maio de 2009 para veículos acima de cinco toneladas e, em meia pista, para veículos pequenos, depois que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) constatou rachaduras em um dos pilares da estrutura.A ponte já passou por reparos e, atualmente, está liberada para o tráfego de veículos. 43
[ construção ]
O mais alto de
Construtora apresenta projeto de prédio de 35 andares e 105 metros de altura, que verticalizará a paisagem urbana da cidade
A maquete de quase três metros de altura foi apenas um aperitivo aos visitantes da sétima edição da Fenahabit, no Parque Vila Germânica. A surpresa de quem se deparou com a réplica do edifício foi tão grande quanto o empreendimento que está por vir. Guardado a sete chaves pela Nova Trento Empreendimentos Imobiliários até o início da feira, o Residencial Dr. Hermann Blumenau prestará homenagem ao fundador da cidade. O arranha-céu de 35 andares, no Bairro Victor Konder, esbanjará conforto e luxo em 105 metros de altura. A construtora definiu a entrega do edifício para novembro de 2016. Antes mesmo do lançamento do residencial, a Nova Trento criou um suspense divulgando o teaser “Uma história sobre o futuro”. Depois de revelado o segredo, a construtora disseminou as campanhas de marketing “Quem constrói o futuro, preserva a história” e “O futuro começa agora”. Erguer o maior edifício da cidade requer uma equipe especializada trabalhando em conjunto. “Projetos de engenharia e arquitetura devem caminhar juntos, com compatibilidade, para que não haja problemas futuros”, avalia uma das arquitetas do projeto, Tayse Ambrosi. “O Dr. Hermann Blumenau teve toda uma preocupação especial devido à forma e à altura. Todo cuidado foi tomado, nos mínimos detalhes, por engenheiros e arquitetos”, completa. Pela pujança e evolução da construção civil de Blumenau, inovações no mercado fazem a diferença na hora do cliente escolher onde investir. “A Nova Trento acredita na evolução, em projetos diferenciados, no potencial da cidade e no desenvolvimento urbano”, diz o sócio-gerente da construtora, Osvaldo Valentim Ambrosi. Para a construtora, não há melhor forma de homenagear a cidade que abriga a empresa há 20 anos do que batizar o empreendimento top de linha com o nome do fundador da colônia. “Blumenau merece estar à frente nessa evolução. Por isso, temos que pensar em inovar sempre”, afirma Ambrosi. 46
Daniel Zimmermann
Blumenau
Fotos Divulgação
Peculiaridades O prédio compõe-se de 57 unidades, sendo o primeiro tipo diferenciado, 50 tipos comuns, quatro duplex superiores e duas penthouses (coberturas). São dois apartamentos por andar, cada um com 380 m², dispondo de três suítes e três vagas de garagem, mais depósito.
O edifício - 35 andares
E não é apenas a altura que irá impressionar. A parte externa do residencial chamará a atenção pela variedade de opções em lazer e entretenimento, como sala de jogos, cinema 3D, lan house, brinquedoteca, sala de massagem, academia, salão de festas, piscina, spa e o pet care (ambiente apropriado para os animais de estimação). Serão mais de 1000 m² destinados à área de lazer. A promessa da construtora é de que o empreendimento proporcionará comodidade e praticidade à família inteira, desde o pai, a mãe, ao filho e até o cachorro terá conforto garantido no Residencial Dr. Hermann Blumenau. Sem contar a localização e a vista privilegiada. “A equipe de arquitetos da Nova Trento tentou buscar um conceito mais moderno, com linhas retas, forma geométrica clara e simétrica, acabamentos como pintura e pastilhas em cores claras, vidros e pele de vidro”, afirma Tayse. Segundo a arquiteta, por ser tratar do prédio mais alto da cidade, as fachadas ganharam um tom clean para não agredir o visual urbano. A vista panorâmica dos elevadores sociais, posicionados na fachada principal oferecerá uma magnífica vista aos usuários. Ambientes como sala, cozinha, sala de jantar e churrasqueira contarão com ventilação cruzada. Nestas áreas integradas será possível avistar o Centro e o Bairro Vila Nova, em lados opostos, o que vai gerar a ventilação cruzada ao abrir as janelas.
- 2 apartamentos por andar - 3 elevadores, sendo 2 com vista panorâmica - Hall de entrada decorado - Sistema interno de segurança e monitoramento - Área de lazer completa - Guarita de segurança - Mais de 3 mil m² de área verde preservada - Apartamento com 3 suítes, 3 vagas de garagem e depósito - 4 apartamentos duplex - 2 coberturas duplex
A maquete A maquete que chamou a atenção durante a Fenahabit foi produzida pela WL Maquetes, em 30 dias, contendo detalhes específicos como iluminação sofisticada e por setor, interiores dos apartamentos e áreas sociais decorados de forma personalizada e paisagismo diversificado. Tudo com a finalidade de tornar a réplica o mais próximo da realidade.
A maquete pesa cerca de 100 quilos, tem 2,5 metros de altura, sem a base, e 2,13 metros de frente e um metro lateral. A estrutura da maquete, feita em MDF, acrílico Cast, e revestida com tintas especiais; a iluminação por setor é controlada por interruptores ligados a uma placa de circuito que suporta centenas de LEDs de diferentes cores e voltagens.
47
[ projeto comercial ]
Referências ao
Sede da Ampe/Ciampevi evoca características da arquitetura colonial com as facilidades dos novos tempos
passado
Uma sede nova merece um layout renovado e peculiar. Com esse fim, a Associação das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Empreendedores Individuais de Blumenau (Ampe) inovou conceitos arquitetônicos, optando por uma nova casa que aliasse o passado e o futuro numa edificação moderna com refe-
48
rências à colonização alemã, representada pela técnica enxaimel.
sob responsabilidade do escritório Junge Belli Arquitetura.
A nova sede da Ampe foi projetada num ambiente amplo, na Rua Humberto de Campos. O projeto e o conceito arquitetônico do centro de excelência que servirá como suporte aos empreendedores da região ficou
O desejo da Ampe era construir uma edificação que preservasse detalhes de tipologia enxaimel, com toques de modernidade. A nova estrutura em um ambiente mais espaçoso deveria agregar, além dos escritórios
da Ciampevi e suas ampliações, um pequeno auditório, um espaço para exposições e pequenas feiras e um pavimento de salas de aula para a promoção de cursos e atualizações profissionais dos associados. Na inauguração do Centro Integrado de Apoio às Micro e Peque-
nas Empresas do Vale do Itajaí (Ciampevi), em 29 de março, a Ampe compartilhou o imponente prédio, que contribuirá para a redução da mortalidade das pequenas empresas, qualificando os empreendedores e incentivando-os a sair da informalidade. Fotos Daniel Zimmermann
O projeto O escritório Jünge Belli, que atua no ramo de projetos de Arquitetura e Urbanismo desde 2003, propôs uma releitura das edificações da colônia alemã na região, aliando o resgate histórico com a contemporaneidade necessária para edifícios corporativos. “Desse conceito, nasceu o projeto atual, que foi apresentado e aprovado pela diretoria da Ampe”, conta o arquiteto Rael Belli. Para preservar os detalhes antigos, foram adotados telhados com inclinação de 100%, com revestimento em madeira e cerâmica, as demarcações da fachada em vermelho tiveram como intenção preservar as características das construções enxaimel originais. Como referência ao moderno, foi usado um conceito de planta livre, possibilitando alterações de layout interno e flexibilizando o uso dos ambientes, a centralização dos serviços junto à circulação vertical. Na intenção de proporcionar um ambiente mais harmonioso, foi criada uma área comum em todos os pavimentos e foram adotadas técnicas construtivas com lajes pré-moldadas para grandes vãos, estrutura metálica na co-
bertura e fechamento em structural glasing (envidraçamento estrutural com pouca ou nenhuma estrutura de aço ou alumínio) e vidro com controle térmico nas fachadas principais. A edificação possui uma área total construída de 2.205m², distribuídos em um subsolo de estacionamento, pavimento térreo com área para exposições e feiras setoriais; segundo pavimento com auditório e foyer, terceiro pavimento com sala de reunião e escritório e o quarto pavimento com quatro salas de treinamento. O projeto desenvolvido por Renato Junge, Rael Belli, Anderson Buss e Ricardo Parisotto foi assinado entre Ampe e Junge&Belli em novembro de 2006. A Stotz Engenharia foi a empresa responsável pelos projetos de engenharia, assinados por Luiz Stotz e Manoel Stotz. O terreno na Rua Humberto de Campos foi cedido pela Prefeitura e a obra custou R$ 2,4 milhões, dos quais 80% foram provenientes do Fundo Social do Governo do Estado de Santa Catarina. A Ampe, em contrapartida, completou os 20% do valor.
[ urbanismo ]
Praça do Estudante terá
A área com 3,2 mil metros quadrados será mais uma oportunidade de lazer para os blumenauenses
jardim vertical
A Praça do Estudante, no Bairro Vila Nova, em Blumenau, será revitalizada após o término da obra da Estação Elevatória de Esgoto (EEE), que está sendo realizada pela Foz do Brasil, empresa concessionária dos serviços de água e esgoto do Município. O projeto prevê a construção de um jardim vertical. A estrutura será revestida com chapas em aço com espaçamentos que serão preenchi-
dos com vegetação. Em volta, serão feitos canteiros e estão previstos locais para a circulação de pessoas.
feras, como a pitangueira e a amora arbustiva”, diz o autor do projeto, arquiteto Thiago Mondini.
As árvores que estão na praça serão preservadas e novas serão plantadas. “Queremos criar um paisagismo coerente e intimamente ligado com nossa região. Serão colocadas espécies nativas ornamentais, como pau-ferro, quaresmeira e ipê, e frutí-
A iluminação do ambiente será feita com lâmpadas de LED, o que visa reduzir o consumo de energia, e o espaço terá um playground para diversão das crianças e equipamentos para lazer ao ar livre. A área de 3,2 mil metros quadrados contará também com
Fotos Divulgação
50
bancos e muretas construídos com pedra dinamitada. “Com o projeto de revitalização, transformamos a intervenção daquela área num benefício para a comunidade. Esta praça temática traz para a sociedade esclarecimentos sobre o
que é o tratamento de esgoto e informações importantes sobre o cuidado com o meio ambiente”, o diz secretário municipal de Planejamento Urbano, Walfredo Balistieri. “Sabemos que a estação elevatória irá beneficiar cerca de 100 mil ha-
bitantes, já a revitalização da praça trará um benefício para toda a população. Com certeza, centenas de blumenauenses vão poder usufruir deste presente que a cidade está ganhando”, completa o diretor de operações da Foz do Brasil, Antônio Carlos Brandão de Alencar.
Estação Elevatória de Esgoto O projeto prevê a ocupação de apenas 3% da praça pela EEE. Os trabalhos fazem parte do processo de instalação da rede de saneamento básico da cidade e irá bombear até 250 litros por segundo de esgoto para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Fortaleza. Cerca de 100
mil habitantes dos bairros Velha, Vila Nova, Itoupava Seca e Boa Vista devem ser atendidos pelo equipamento. “Temos preocupações que vão além do tratamento de esgoto. Elas se estendem para a saúde, qualidade de vida da população e desenvolvimen-
to econômico do Município”, reforça Alencar. A previsão é que o equipamento comece a funcionar a partir de agosto. A obra faz parte do programa de saneamento do Município que prevê a ampliação da cobertura da rede de esgoto em Blumenau de 7% para 40% até o final de 2012. 51
[ paisagismo ]
Divulgação
verde
Arte
A falta de espaço não conta mais como desculpa para não se ter um jardim em casa. Qualquer parede serve de apoio para um cantinho verde. A técnica criada pela paisagista Gica Mesiara aproxima a arte do paisagismo ao fixar nas paredes jardins verticais conhecidos como quadros vivos ou painéis vivos.
52
com fixadores de aço inox e suporte de plástico especial desmontável – se o proprietário mudar de casa, pode levar o jardim com ele.
Gica explica que a tecnologia permite que jardins sejam cultivados em paredes, com a possibilidade de irrigação e adubação automática. É possível fazer com que tipos diferentes de plantas cresçam em um único ambiente, além de ser a solução para a falta de verde nas grandes cidades.
A paisagista afirma que a manutenção do jardim vertical é bem simples: basta retirar as folhas secas, podar de acordo com a necessidade da espécie e deixar que o mecanismo de irrigação automática cuide do resto. A distribuição da água nas plantas é realizada por sistema de gotejamento e o reservatório de água fica localizado internamente na parte inferior da moldura. Para quem gosta de interagir mais com a planta, existe a opção de irrigação manual.
A praticidade do quadro vivo fica por conta de uma estrutura de alumínio
Todo o sistema é vedado e impermeabilizado, garantindo que não ocorra
Paisagista dribla a falta de espaço e verticaliza o jardim com direito a quadro e moldura
qualquer tipo de vazamento ou infiltração. “É importante salientar que plantas são seres vivos e, portanto, merecem viver em condições adequadas. É preciso estudar o microclima do local e ver que plantas são adequadas para aquele espaço; para isso, um profissional pode ajudar ou o cliente pode adquirir uma consultoria conosco”, diz a paisagista. Gica acrescenta que todas as plantas são cultivadas igualmente antes de serem enquadradas, assim, crescem ao mesmo tempo e formam um conjunto harmonioso. Por não demandar obra para a instalação, o quadro vivo é ideal para quem já está com a casa ou apartamento pronto. Ele pode ser instalado em paredes de qualquer ambiente, desde que receba boa luminosidade natural.
[ paisagismo ]
A paisagista afirma que é mais fácil dizer quais plantas não podem fazer parte da instalação, já que a gama é muito variada. “No entanto, a técnica não aceita árvores, arbustivas de grande porte e bonsais”, completa. As mais pedidas são samambaias, orquídeas, peperômia e cruz-de-ferro.
Fotos Divulgação
Quadro Vivo Com entrega para o Brasil inteiro e até para o Exterior, pode-se fazer um orçamento pelo site www.quadrovivo.com. Outras informações pelo telefone: (11) 3060-5060.
Atraia as borboletas A técnica permite que o muro inteiro de um edifício seja tomado por plantas, ou apenas a pequena parede de um lavabo. Os benefícios do Quadro Vivo ou do Painel Vivo são inúmeros: • Reduz a temperatura do ambiente • Diminui a poluição existente no ar • Algumas espécies liberam cheiro agradável quando florescem • Torna o cômodo mais agradável e confortável • Quanto instalado em muro externo, previne pichações • Quando instalado em ambiente externo atrai pássaros e borboletas • Não ocupa espaço de mobílias e ou atrapalha a circulação • A configuração é imediata – não é preciso esperar a planta crescer
54
O ENVOLVIMENTO QUE VOCÊ MERECE COM A EXPERIÊNCIA DE QUE SUA MARCA PRECISA. Com 27 anos, a Ativa cresceu e determinou seu foco: SER UMA AGÊNCIA ASSERTIVA. Equilibrando expertise em boas negociações com capacidade de atendimento. Compreendendo as dificuldades e as reais necessidades de cada cliente. Do jeito que sua marca merece ser tratada. Como uma grande parceira. Ative sua marca e conecte-se com a gente.
ATIVA 27 ANOS. MARCA DE BONS RELACIONAMENTOS.
47
3326-4233
ativa.art.br | facebook.com/ativacom
[ Jardinagem ]
Nativa e bela
Fotos Divulgação
Típica do Inverno e de fácil cultivo, a flor-de-maio ajuda a manter os jardins mais floridos durante os dias frios
do Brasil
Maio pode ser considerado um mês agradável para algumas plantas, uma época em que o clima está mais ameno e propenso à floração. Entre as que preferem essa época, uma se destaca e leva, inclusive, o nome do mês: a flor-de-maio. Na verdade, essa planta já começa a florescer em abril, mas recebeu o nome popular porque o auge da floração acontece mesmo em maio.
A flor-de-maio, que tem como nome científico Schlumbergera truncata, é uma planta cactácea nativa do Brasil. Nela, os talos se bifurcam e as flores surgem nas pontas dos ramos pendentes. “Por ser um cáctus, essa planta é muito resistente e também de fácil cultivo. A floração é muito ornamental e vem nas cores róseas, vermelhas, brancas ou amareladas”, destaca Priscila Alvise, paisagista da Bio Garden Center. Como floresce em pleno Outono, ela é muito apreciada também no Hemisfério Norte, onde recebe o nome de flor ou cacto-de-natal, sendo muito comercializada nesta época para presentes. Naturalmente resistente ao frio, essa espécie necessita de poucos cuidados.
Recomendações - A planta não tolera luz do sol direta, mas gosta de boa luminosidade - Excesso de água pode causar podridão e matar a planta - A flor-de-maio só deve ser levada para dentro de casa quando já estiver florida e, mesmo assim, precisa receber luz durante parte do dia - Quando plantada em vasos, é aconselhável utilizar um substrato próprio para epífitas, como fibras e cascas de coco e húmus, misturados à terra vegetal.
56
Como cuidar Não é difícil obter um efeito florido no jardim, mesmo nos meses de Inverno e a flor-de-maio, também conhecida por aqui como cetim, é um exemplo. Ela se desenvolve melhor quando plantada à meia-sombra, em ambientes com boa iluminação. A flor-de-maio é uma epífita – planta que cresce sobre as outras sem parasitá-las. Por isso, a melhor forma de cultivá-la é apoiando-a sobre alguma pedra ou árvore, de forma a receber uma boa iluminação, mas sem que o sol incida diretamente sobre ela. Geralmente, as epífitas acumulam mais água nas raízes. Dessa forma, as regas devem ser moderadas e feitas somente quando a terra já estiver seca. Antes do Outono, época em que ela floresce, as regas podem ir aumentando gradativamente. “Os meses que antecedem ao Outono também são ideais para adicionar fertilizantes. O adubo NPK é uma opção, pois possui maior quantidade de hidrogênio, fósforo e potássio,” recomenda Priscila. Depois que floresce e quando se aproximam os meses do Verão, a planta entra em um estado de dormência e deve ser protegida do sol, que torna-se perigoso para ela. “É neste período, também, que deve ser feita a troca de vaso ou a retirada de mudas. A cada ano, após a floração, formam-se novos artículos que serão os responsáveis pela próxima florada”, salienta Priscila.
Epífitas Etimologicamente, epífitas significa “plantas sobre plantas”, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas. Essa forma de sobrevivência é comum em florestas tropicais, onde a competição por espaço e luz faz com que algumas espécies cresçam sobre árvores ou pedras, recebendo luz solar e umidade mais facilmente do que se fixadas no solo. Hoje, existem mais de 30 mil espécies de epífitas em todo o mundo e, apesar de viver sobre uma forma de hospedeiro, a presença delas não prejudica a árvore ou arbusto onde vegetam.
Bio Garden Center Rua 2 de Setembro, Itoupava Norte, Blumenau (47) 3339-1123 www.biogardencenter.com.br
57
[turismo]
Os encantos de
Faça um tour pela região das represas, ideal para passear no Inverno, na Primavera, no Verão...
Rio dos Cedros Rio dos Cedros é um convite irrecusável para quem vai conhecer o Vale Europeu. As montanhas, corredeiras, lagos, represas e cachoeiras de quase 30 metros de altura com águas cristalinas proporcionam emoção e aventura. Com pouco mais de 10 mil habitantes, a população tem origens na Itália e na Áustria. A economia é focada na agricultura, pecuária e turismo, especialmente, rural e ecológico. Entre novembro e fevereiro, as hortênsias enfeitam os caminhos, o que torna ainda mais fotogênicos os passeios até as barragens, rios, cavernas, cachoeiras e outras forma-
58
ções naturais presentes em toda a deslumbrante paisagem da região. Produtos coloniais e artesanato em vime completam o roteiro, que merece ser desfrutado sem pressa. Para os passeios é importante estar com roupas confortáveis, tênis para caminhada e muita disposição para aproveitar as trilhas ecológicas, andar a cavalo, pescar e, quem sabe, fazer um rapel ou escalada. A família Bona, proprietária do Vale dos Ventos, onde está localizado o restaurante Saira, tem chalés para alugar e atender aos turistas que querem aproveitar a natureza. Tudo isso em um paraíso com
mais de 12 milhões de metros quadrados de extensão, mais de 32 milhões de metros cúbicos de água e a 650 metros do nível do mar. No Vale dos Ventos, localizado ao lado da Barragem de Rio Bonito, são oferecidas trilhas ecológicas, passeios a cavalo, rapel, escalada, tirolesa, passeios 4x4 para a Cachoeira da Pedra e, futuramente, passeios de quadriciclos. As atividades de passeios 4x4, escalada e rapel podem ser feitas em grupos e somente com reservas. A Cachoeira da Pedra é a mais alta da região, com mais de 100 metros de queda.
Fotos Daniel Zimmermann
Barcos, geleias e licores Rio dos Cedros possui duas represas: Palmeiras e Pinhal. A região mais desenvolvida é a de Alto Cedros, onde está Pinhal. No Verão, os turistas aproveitam bastante para pescar, se banhar e passear de barco. Na represa do Pinhal, que foi construída há 57 anos, pode-se fazer o passeio de barco de Elide e Antônio Beninca, um casal simpático que também faz geleias e licores saborosos. As frutas, eles mesmos plantam e colhem. Elide faz
geleias de tangerina, morango, amora, ameixa, goiaba, abóbora, laranja, pêssego, pêra, xinxim e uva. O potinho custa de R$ 5 a R$ 6, dependendo do sabor. Os licores são de limão-siciliano, ameixa, laranja, pêssego e figo. A garrafa de 750ml custa R$ 20. A casa do casal também tem uma bela arquitetura, com um parador interno, com vista para a represa; capela com oratório e uma adega feita com porta em formato de barril, onde ficam guardados os
licores e geleias; além de belas orquídeas no jardim. O passeio de barco tem duração de uma hora e meia a duas horas, para seis pessoas por vez. No percurso, é possível ver a fascinante paisagem que envolve a represa do Pinhal: os hotéis Parador da Montanha e Paraíso das Ilhas, belas casas e natureza exuberante. No Verão, são obragatórias as paradas na Cachoeira do Sol e na Cachoeira Saltinho para banhos pra lá de refrescantes.
59
[turismo]
Fotos Daniel Zimmermann
De serraria a hotel A arquitetura harmônica do Hotel LindnerHof, o clima subtropical, o ambiente rústico e bucólico e os lagos que banham os arredores da região sempre chamaram a atenção para a estrutura que abrigou, desde 1955, a Indústria e Comércio de Madeiras Lindner. O encanto dos visitantes com os atrativos locais sempre foi sensação recorrente a
60
partir da edificação da nova sede. A união de elementos naturais e arquitetônicos da propriedade despertou o desejo de transformar a sede da indústria de madeiras em opção de hospedagem e turismo ecológico. A estrutura foi, então, adaptada para o novo segmento de atuação e, desde julho de 2009,
passou a ser a mais nova alternativa para quem quer desfrutar de momentos de charme e tranquilidade em terras riocedrenses. Do ponto de vista arquitetônico, os principais destaques da estrutura onde está instalado o Hotel LindnerHof são os vidros espelhados, as áreas coletivas construídas em for-
Empreendimentos como o Restaurante Saira e o Hotel LindinerHof (ao lado) exploram as belas paisagens naturais da região dos lagos, em Rio dos Cedros
ma de decks e as sacadas individuais, que seguem a mesma tendência. Os 1,5 mil metros quadrados de área construída do hotel são divididos entre tijolos à vista na parte inferior, onde ficam os apartamentos, e madeiras nobres envernizadas na área superior, onde estão instalados a recepção e o restaurante. Grande parte da decoração é estili-
zada com antigos equipamentos da serraria desativada. Mesmo com a dedicação aos detalhes visuais da construção, é na localização estratégica que o hotel encontra o maior diferencial. São mil hectares de terras na região das represas. A entrada fica 500 metros antes da Represa do Pinhal,
que irriga parte da propriedade dos Lindner. O espaço conta com 15 lagoas menores que permitem a pesca e conferem ao local um visual ainda mais peculiar. Fogão à lenha, lareiras, cavalgadas pela área natural e momentos de interação no piano-bar também são pontos altos das opções oferecidas pelo LindnerHof.
61
[turismo] Daniel Zimmermann
Cerca de 200 famílias de Rio dos Cedros trabalham com artesanato em vime. A matéria-prima é comprada de produtores da Serra Catarinense
Artesanato em vime Atualmente, o artesanato em vime representa pouco menos de 10% da movimentação econômica de Rio dos Cedros, que gira em torno de R$ 31 milhões anuais. No Município, existem cerca de 200 famílias trabalhando com a produção de artigos em vime. A família Ropelatto trabalha com o artesanato em vime há mais de 20 anos. Francisco Ropelatto e os filhos Luízio, Donizete e Adenir produzem cerca de 300 cadeiras por mês, além de outros objetos. “É
uma empresa familiar e só temos dois funcionários”, diz Luízio. As peças produzidas por eles –cadeiras, mesas, roupeiros, cestas, baús, camas, pufes, berços, entre outros – são vendidos em Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O vime utilizado vem de Lajes e Urubici, mas também já compraram do Chile. A planta é cultivada em regiões frias. Todas as peças são produzidas manualmente. O prepara do vime re-
quer que o material seja cortado, descascado e depois fervido para ficar mais elástico, facilitando o manuseio. Estando a matéria-prima pronta, pode então ser transformada em belos objetos. Vale dos Ventos e restaurante Saira Rua Bracatinga s/nº, Palmeiras / Rio Bonito (47) 4052-9970 (47) 9171-1914 Após 19h. Falar com Ciro Bona www.valedosventos.com.br
Divulgação
Passeios de barco e venda de geleias e licores Telefone: (36) 3386-0815 Falar com Antônio ou Elide Passeio de barco R$ 35 por pessoa.
Hotel LindnerHof (47) 3036-5370 linderhof@gmail.com www.lindnerhof.com.br
Ropelatto Artesanato em Vime (47) 3391-3866 (47) 3057-5575
62
[ museus ]
Fotos Daniel Zimmermann
64
gente
Coisas da
No final do Século 19, milhares de trentinos saíram da Itália em busca de melhores condições de vida. A maioria deles escolheu a América como destino. No Brasil, estima-se que o número de emigrantes foi próximo a 30 mil. Desses, alguns seguiram para as lavouras de café de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas, a maioria veio para a Região Sul, principalmente para Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Rodeio é uma das cidades cata-
rinenses que foram colonizadas por trentinos. Os primeiros desbravadores da região vieram da Província de Trento, território pertencente ao antigo Império Austro-Húngaro. Por isso, e para preservar a origem e os costumes dos fundadores da cidade, é que foi criado o Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina. A história do museu começou em 1975, quando um morador de Rodeio, Natal Trevisani, resolveu criar
Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina expõe objetos usados pelos primeiros moradores de Rodeio
um espaço para comemorar o centenário da cidade. Organizou um pequeno museu com objetos da colonização. Após o falecimento de Natal, as peças foram adquiridas pelo Circolo Trentino di Rodeio, auxiliado por amigos diretamente de Trento, na Itália. No dia 1º de janeiro de 1993, o museu foi aberto oficialmente ao público. Ele é mantido e subordinado ao Circolo Trentino di Rodeio e é o único museu de usos e costumes trentinos fora da Itália.
Sala Eva Michalack Na parte superior do prédio está a sala de taxidermia. A irmã Eva Michalack foi a responsável por empalhar os espécimes expostos. No total, são 174 aves, 71 vegetais, 33 mamíferos, 14 elementos da cultura indígena, 36 peixes, 26 répteis, dois anfíbios, 28 minerais e 114 invertebrados. O espaço é visitado, principalmente, pelos estudantes das escolas da região, que vão até lá para conhecer um pouco mais sobre o mundo animal.
65
O acervo O museu proporciona aos visitantes a chance de conhecer um pouco mais da história da colonização. O próprio prédio onde está instalado, sede do Circolo Trentino, também tem história. A construção data de aproximadamente 1920 e, antigamente, era o convento das Irmãs da Divina Providência, que trabalhavam em hospitais da região.
Fotos Daniel Zimmermann
[ museus ]
Para manter viva essa história, o museu possui um grande acervo de objetos religiosos, a maioria com mais de 100 anos, na sala Vita Cristiana. São muitos quadros, que pertenceram a famílias trentinas, bíblias de várias partes do mundo, roupas usadas por padres da época e estolas usadas por alguns bem-feitores de Rodeio, como Frei Bruno, Frei Lucínio e Frei Nicodemos. Já no Salão do Colono estão inúmeros objetos que fizeram parte da vida dos imigrantes italianos, como a primeira placa e toca-fitas de carro da cidade, utensílios e ferramentas agrícolas que foram produzidas nos Estados Unidos e aqui na região, muito utilizadas pelos imigrantes agricultores, camas construídas por eles e até malas e baús que trouxeram para o Brasil. De acordo com Ademir Tomelin, diretor do museu, as peças que fazem parte do acervo vêm de doações da comunidade e de amigos ligados ao Circolo Trentino di Rodeio. “Muitos objetos foram comprados, outros recebemos da população. Meu pai também doou algumas peças para ajudar na construção dessa história”, destaca. Também podem ser observados os vinhos produzidos pela vinícola San Michele, desde 1992, quando foi criada na cidade. Também estão expostos antigos aparelhos de som, chaleiras, forma de charutos, lampiões, máquinas de costura, batedeira e máquina de lavar roupas manual, caixa de joias, entre muitos outros objetos, que mostram como 66
Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina Visitação: Das 8h às 11h30min, e das 13h30min às 17h. Rua Barão do Rio Branco, 1.399, Centro, Rodeio – SC Agendamento de visitas pelos telefones (47) 3384-1343 / 3384-0209
era a vida quando os imigrantes chegaram na região. “Algumas coisas que temos aqui podem até ser consideradas modernas, mas foram as primeiras na cidade de Rodeio”, salienta Ademir. Entre as várias histórias encontradas pelo museu, uma se destaca. Nos anos 1970, moradores das cidades de Rodeio e Ascurra encontraram bolas de ferro. Após serem analisadas, descobriu-se que eram pedaços
de satélites. Ademir conta que uma dessas bolas de ferro foi, inclusive, para os Estados Unidos para estudos. O diretor ressalta que todo o acervo está sendo digitalizado e que, além de detalhes da peça, o nome de quem a doou também fica registrado. “É preciso preservar a nossa história. Quem tiver peças que pertenceram aos pais, avós e bisavós, pode trazer aqui para o museu que será bem cuidada”, afirma Ademir.
[ gastronomia ] Fotos Daniel Zimmermann
À moda , Aprenda a fazer o tradicional acarajé aberto e a tapioca doce do restaurante Cantinho do Nordeste
Não precisa ir até a Bahia para saber o que a baiana tem. O restaurante Cantinho do Nordeste, inaugurado no começo do ano, em Brusque, trouxe para a região o sabor peculiar da Bahia. O dendê, vindo de uma palmeira originária da África, empresta o sabor ao óleo que dá gosto às moquecas, mariscadas, caruru, acarajé e abará. 68
baiana!
As sócias Juliana da Silva Figueiredo e Gilvanice Barbosa dos Santos decidiram montar o restaurante com uma culinária que ainda não existisse na cidade. Como Gilvanice é baiana e já fazia acarajé para vender, juntas, elas tiveram a ideia do Cantinho do Nordeste. O cardápio, tipicamente baiano, ofe-
rece acarajé, abará, tapioca (salgada e doce), caldos de siri e peixe, alcatra na manteiga de garrafa com aipim, entre outras delícias. Para deixar os leitores com água na boca, Gilvanice ensina a receita do tradicional acarajé aberto e, para sobremesa, uma tapioca doce.
Acarajé aberto (porção para 5 pessoas) Ingredientes Massa • 2 quilos de feijão fradinho • 3 dentes de alho moídos • Azeite de dendê para fritar • Sal a gosto Vatapá • 3 xícaras de farinha de trigo • 1 litro de leite • 200g de amendoim torrado sem pele e triturado • Alho moído • Sal a gosto • 5 colheres de azeite de dendê • Cheiro verde
MODO DE PREPARO • Massa do acarajé Lavar o feijão fradinho e colocar de molho na água por três horas. Quando o feijão começar a inchar, lave-o com água até soltar toda a casca. Moer o feijão sem casca (em triturador ou processador) até formar uma massa branca espessa. Acrescentar o alho moído e o sal. Aquecer a frigideira com quantidade suficiente de azeite de dendê para cobrir os bolinhos de acarajé enquanto são fritos. Os bolinhos devem ser feitos com uma colher grande (quantidade de massa que é retirada com uma colher do recipiente). Frite em azeite de dendê bem quente, virando-os uma única vez. Cortar o bolinho no meio e servir com o vatapá, caruru, bobó de camarão e vinagrete. • Vatapá Colocar todos os ingredientes na panela, levar
• vidro de leite de coco • 100g de coco ralado Caruru • 3 xícaras de farinha de trigo • 1 litro de leite • 200g de amendoim torrado sem pele e triturado • Alho moído • Cebola picadinha • Sal a gosto • Cheiro verde • 5 colheres de azeite de dendê • 1 vidro de leite de coco • 800g de quiabo • 100g de coco ralado Bobó de camarão
ao fogo e mexer até a massa começar a pesar e desgrudar do fundo da panela. • Caruru Colocar todos os ingredientes na panela e levar ao fogo até secar toda a água. • Bobó de camarão Colocar todos os ingredientes na panela, levar ao fogo e mexer até a massa começar a pesar e desgrudar do fundo da panela. Acrescentar o camarão já lavado e pré-cozido quando a massa estiver quase pronta. • Vinagrete Cortar a cebola e o tomate em cubinhos e acrescentar o cheiro verde picadinho e o sal. Misturar tudo.
• 3 xícaras de farinha de trigo • 1 litro de leite • 200gr de amendoim torrado sem pele e triturado • Alho moído • Cebola picadinha • Sal a gosto • 5 colheres de azeite de dendê • Cheiro verde • 1 vidro de leite de coco • 100g de coco ralado • 300g de camarão fresco, lavado e pré-cozido Vinagrete • Tomate • Cebola • Cheiro verde • Sal a gosto
• Tapioca Ingredientes ½ kg de goma de aipim (fécula de mandioca) Para o recheio, chocolate ao leite derretido e morango • Modo de preparo Na goma de aipim, colocar água e mexer até que não grude mais na mão. Passar tudo na peneira (vai ficar como uma farinha úmida). Depois coloca um pouco na frigideira, como se fosse fazer uma panqueca. Colocar o recheio e fechar igual a um pastel. Além das tapiocas doces com recheios de coco e leite condensado, prestígio e brigadeiro com morango, também existem as tapiocas salgadas, com recheios de presunto e queijo, peito de peru e queijo, frango e catupiry, carne seca com cebolinha, entre outras.
Cantinho do Nordeste Rua Anita Garibaldi, 182, Bairro São Luiz, Brusque (SC) De quarta-feira a domingo, a partir das 18h (47) 8471-3618
69
[ vinhos ]
O fortificado da
Madeira
Mais de cinco séculos de história garantem a esse vinho prestígio e apreciadores em várias partes do mundo
O Porto é o vinho mais conhecido de Portugal e o fortificado mais consumido do mundo. Mas outra região daquele país se destaca na produção de vinhos fortificados. É a Ilha da Madeira, onde são feitos vinhos das castas Tinta Negra, Sercial, Verdelho, Boal e Malvasia, sempre com a adição de álcool vínico. A Ilha da Madeira foi descoberta em 1419, tendo-se desde logo desbravado terras e ocupado solos com cultura de trigo, vinha e cana. A história do Vinho Madeira vai acompanhar, ao longo dos séculos, o desenvolvimento da ilha. Registros históricos demonstram que 25 anos após o início da colonização, as exportações de Vinho Madeira já era realidade.
Cinco séculos de existência permitem contar uma história de internacionalização que passa pelas mais diversificadas rotas de exportação. O grande destaque vai para as rotas com destino às Índias e Américas, entre os séculos 16 e 18. No caso das Américas, a exportação se mantém até hoje. A celebração da independência dos Estados Unidos, em 1776, foi comemorada com um brinde de Vinho Madeira.
tadistas e personagens míticos que se deixaram deslumbrar pela bebida. Entre eles, George Washington e Thomas Jefferson, que eram profundos conhecedores de Vinho Madeira, ou Winston Churchil que, nas visitas à ilha, teve oportunidade de o conhecer e apreciar. Mas são também conhecidas as referências ao Vinho Madeira em obras literárias, como as de Sheakpeare.
Ao longo dos séculos os processos de produção foram aperfeiçoados. No século 18 é introduzido o método de envelhecimento conhecido por estufagem, que caracteriza definitivamente o Vinho Madeira. Muitas foram as personalidades, es-
Vinificação
O processo de fortificação consiste na paragem da fermentação com a adição de álcool vínico a 96%. A escolha do momento da interrupção da fermentação faz-se de acordo com o grau de doçura pretendido para o vinho, podendo-se, com esse procedimento, obter quatro tipos de vinho: seco, meio70
-seco, meio-doce e doce. Depois disso, os vinhos podem ser submetidos a um dos dois processos de envelhecimento: estufagem ou canteiro. As combinações gastronômicas possíveis de se fazer com Vinho Madeira são imensas e variam também em função do grau de doçura. Os secos, vinhos mais refrescantes, podem ser acompanhados com peixes defumados ou sushi, enquanto os mais doces combinam na com frutos secos, bolo de mel, chocolate escuro ou de leite. Os meio-secos são muito agradáveis com consommé e sopa de cebola gratinada, ou ainda, com fois gras de pato ou ganso, enquanto o meio-doce combina bem com souflés de queijo ou de frutos silvestres.
Divulgação
Nas adegas, é feita a triagem das uvas para avaliação do estado sanitário. Após serem pesadas e verificado o grau alcoólico provável é feita a seleção do tipo de uvas, de acordo com o tipo de vinho que se pretende obter. Então, dá-se início ao delicado processo de transformação. O mosto resultante da prensagem é sujeito a uma fermentação que pode ser parcial ou total e posterior fortificação.
Mais informações www.vinhomadeira.pt
Criatividade e inovação para viver bem
Rua Marechal Deodoro, 911 | Vila Nova www.casa10ambientes.com.br
47 3037.3810
[ cervejas ] Daniel Zimmermann Divulgação
As cervejas
Loira a
domicílio Assinantes de novo serviço recebem, mensalmente, diferentes rótulos nacionais da bebida
Em março, blumenauenses e turistas puderam experimentar o que há de melhor quando o assunto são cervejas. Durante quatro dias, mais de 22 mil pessoas estiveram no 4° Festival Brasileiro da Cerveja. De acordo com o presidente da Vila Germânica e da comissão organizadora do festival, Norberto Mette, o total de visitantes estava dentro da expectativa, que era de 22 mil a 25 mil pessoas. O festival reuniu, no Setor 2 do Parque Vila Germânica, os melhores do ramo e trouxe ao público amante de boas cervejas diversas opções de sabores, texturas e aromas. Estiveram à disposição cerca de 500 rótulos da bebida, apresentados por mais de 80 expositores, entre fornecedores, cervejarias artesanais e cervejeiros caseiros. 72
Ao contrário das primeiras edições, além da bebida, este ano o festival deu destaque também para a gastronomia local. Ao todo, seis pontos de alimentação foram distribuídos pelo Setor 2. Outro ponto forte dessa edição do Festival Nacional da Cerjeva foi a música. Grupos regionais e nacionais trouxeram um repertório composto por muito rock, pop, samba, jazz e MPB, além de clássicos que marcaram os anos 1960, 1970 e 1980. Estiveram presentes, por exemplo, Renato Carlini, de São Paulo, considerado o melhor cover de Elvis Presley do Brasil, e Dave Maclean, que fez muito sucesso nos anos 1970 ao gravar hits internacionais.
No primeiro box entregue pelo Mestre da Cerveja estavam as cervejas Duff Beer, Saint Bier Weiss, Paulistânia e Coruja Otus. Cada uma com aromas e sabores característicos. A Duff, por exemplo, classificada como Premium Lager, é uma cerveja fácil de beber, que tem o malte como sabor mais marcante. Já a Saint Bier é de trigo tipo Ale, um pouco mais cremosa e que traz na composição notas de cravo e banana. Dentre elas, a Paulistânia, uma cerveja puro malte, é a mais refrescante, e a Coruja Otus é a que possui o sabor mais adocicado, com um aroma semelhante ao mel. Cada kit custa R$ 49,90 e, além da cerveja, traz material explicativo e encartes colecionáveis, contendo dados sobre as características de cada rótulo e a melhor forma de harmonizá-los. Além disso, e também para fidelizar os clientes, ações como a distribuição de brindes das cervejarias afiliadas ao Mestre da Cerveja ainda estão nos planos do clube.
Mais informações www.mestredacerveja.com.br www.facebook.com/omestredacerveja
[ design AP ]
Café no sofá
à luz de velas Garrafa térmica Lefheit Columbus
Living sofá Juliano Flôr
Faces, ângulos retos, botões e capitonês... Utilizando desses artifícios, aliados a um minucioso trabalho de modelagem e costura, o designer Juliano Flôr apresenta uma linha inovada de estofados.
74
Se você é o tipo de pessoa que não dispensa qualidade e estilo em todas as partes da casa, esta garrafa térmica é perfeita. Com capacidade de um litro, conta com fácil reposição da ampola e borracha. Da marca alemã Leifheit Columbus, o funcionamento é simples, dando apenas um toque para liberar a bebida.
Garrafa boliche M-Etel
Múltiplo Darma Fino Kimi Nii
Por serem peças grandes, são ótimas para ambientação e podem ser usadas como esculturas ou jarro. As peças têm inspiração na figura do monge budista Daruma e na tradição de bonecos japoneses associados a esta mesma figura.
Castiçal Gemini Danish Design
Com 80 centímetros de altura, esses objetos decorativos são torneados à mão e confeccionados em madeira certificada. Vendidas separadamente, o uso dessas peças se torna muito interessante quando em uma composição de três ou cinco peças.
O castiçal Gemini, semicircular e elegante, foi desenhado por Peter Karpf de modo que, matematicamente, as velas tenham a menor distância entre si e o castiçal se mantenha estável. Os castiçais podem ser colocados juntos de várias maneiras, com muitas opções para a imaginação.
75
[ agenda AP ]
Cursose eventos Lar & Decoração A capital paranaense será sede da 29ª Feira do Lar & Decoração. Na ocasião, serão apresentadas as tendências para decoração da casa, desde móveis, cortinas, persianas, iluminação, pisos, até jardinagem, e acessórios para cozinhas e banheiros.
Abimad Inverno 2012 A 5ª Feira Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração – Edição Inverno tem como principal objetivo apresentar as principais propostas, tendências e novidades do que há de mais sofisticado no setor moveleiro e décor de luxo. Dividida em duas edições anuais – Verão e Inverno – a Abimad é tradicional na agenda de eventos da capital paulista. Com um mix de móveis e objetos de decoração, a feira é muito forte no segmento de mobiliário e apresenta peças como sofás, poltronas, mesas e cadeiras. Há também luminárias, tapetes, cristais e acessórios que combinam qualidade, tecnologia e design.
O quê: 5ª Abimad Inverno Quando: 1º a 04 de agosto Onde: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP) Telefone: (11) 5505-1214 Site: www.abimad.com.br
Feiarte
Photo Image Brazil
76
O quê: 11º 29ª Lar & Decoração Quando: 1º de agosto Onde: Curitiba (PR) Telefone: (41) 3075-1100 Site: www.feiralaredecoracao.com.br
+ informações
Em agosto será realizada a 32ª Feira Internacional de Artesanato (Feiarte) – Edição Paraná. O evento é realizado em Curitiba há mais de 10 anos e foi implantado com o objetivo de ajudar pessoas que, por meio de habilidades manuais, criatividade e bom gosto, desenvolvem os mais variados produtos de forma artesanal. Hoje, a Feiarte tornou-se referência no setor como um dos principais canais de distribuição e venda de artesanato no país.
Em 2012, a Photo Image Brazil chega a 20ª edição. Durante três dias, a feira reúne os principais fabricantes nacionais e internacionais de produtos, serviços e equipamentos digitais para foto e vídeo – câmeras, filmadoras, impressoras e acessórios da mais alta tecnologia. A Photo Image Brazil é a maior feira de fotografia e imagem da América Latina, e envolve tecnologia, inovação e negócios, trazendo os principais lançamentos e tendências do mercado.
+ informações
+ informações O quê: 20ª Photo Image Brazil Quando: 14 a 16 de agosto Onde: Expo Center Norte, São Paulo (SP) Telefone: (11) 3060-5000 Site: www.photoimagebrazil.com.br
+ informações O quê: 32ª Feiarte Quando: : 03 a 12 de agosto Onde: Curitiba (PR) Telefone: (41) 3075-1144 Site: www.feiartepr.com.br
[ agenda AP ]
+ informações
Construfair SC O 19º Salão do Imóvel e Construfair SC têm como objetivo oferecer, em um único local, todas as opções para construir, reformar, decorar ou adquirir um imóvel. A proposta é possibilitar que o consumidor, ao visitar o evento, saia com a residência completa. Durante toda a feira, além da comercialização, também estarão em destaque palestras e a apresentação de novas tecnologias.
Feiccad Pelo 9ª ano consecutivo, a Feira do Imóvel, Construção, Condomínios, Arquitetura e Decoração (Feiccad) traz para os empresários e público em geral oportunidades de negócios e uma grande vitrine de empresas, produtos e serviços. Durante quatro dias, segmentos do ramo imobiliário, de construção civil, condomínios e arquitetura vão estar à disposição apresentando as novidades do mercado.
+ informações O quê: 9ª Feiccad Quando: 27 a 30 de setembro Onde: Jundiaí, São Paulo (SP) Telefone: (11) 4526-2637 Site: www.feiccad.com.br
Cachoeiro Stone Fair A Cachoeiro Stone Fair se consolida como principal evento para quem busca novas tecnologias, soluções e oportunidades para o mercado de rochas ornamentais. Na 34ª Feira Internacional do Mármore e Granito, estarão presentes mais de 240 expositores para apresentar o mercado de mármores, granitos, ardósia, rochas ornamentais, máquinas, equipamentos, e insumos para o setor.
Feitintas A Feira da Indústria de Tintas e Vernizes & Produtos Correlatos (Feitintas) atrai fabricantes, profissionais de pintura, arquitetos, decoradores, engenheiros e universitários em quatro dias de exposição. Em dezenas de estandes, as empresas líderes do mercado mostram o vasto leque de soluções para a pintura imobiliária e a repintura automotiva, em termos de produtos, acessórios, equipamentos e técnicas.
78
O quê: 19ª Salão do Imóvel e Construfair SC Quando: 21 a 26 de agosto Onde: Florianópolis (SC) Telefone: (48) 3249-0825 Site: www.construfairsc.com.br
+ informações O quê: 34ª Cachoeiro Stone Fair Quando: 28 a 31 de agosto Onde: Cachoeiro de Itapemirim (ES) Telefone: (27) 3434-0600 Site: www.cachoeirostonefair.com.br
+ informações O quê: 8ª Feitintas Quando: 19 a 22 de setembro Onde: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP) Telefone: (11) 3262-4566 Site: www.feitintas.com.br