Alto Padrão - Ed. 54

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[ abajur ]

TOQUE SOFISTICADO

DE LUZ

[ ver達o ] out/nov.12 Ano 7 R$ 11,90

#54

aconchego NA PRAIA DO

ESTALEIRO


Uma aliança eterna entre você e a felicidade.

1° Ofício de Registro de imóveis, comarca de Blumenau, sob a matrícula número R5-38.055


Vendas

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Imagens meramentre ilustrativas.




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Magali Vitorette arqmagalivb@gmail.com (47) 9979-9661 e (47) 3330-2554

Foto divulgação

Formada desde 2003, a arquiteta e urbanista Magali Vitorette é pós-graduada em Iluminação e Design de Interiores (2008). Atua em projetos arquitetônicos residenciais e comerciais, arquitetura de interiores, iluminação, reformas e ampliações. Para ela, o conforto é primordial.

Segundo Magali, na hora de iniciar um projeto de decoração leva-se em conta um programa de necessidades, “para que o cliente tenha conforto e sinta-se à vontade”. As cores usadas são definidas em conjunto. Há uma ponderação entre o que a arquiteta espera e almeja para o ambiente ficar conforme planejado e cores com as quais o cliente sinta-se bem. “Não adianta usar um tom forte quando a pessoa gosta de cores leves, nem sempre o que é tendência agrada”, comenta.

Rua 7 de Setembro, 2405 Blumenau | 47 3322-3870 Rua 7 de Setembro, 1455 Blumenau | 47 3222-0045


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Fotos Daniel Zimmermann

Os ambientes dessa residência são privilegiados com grandes janelas, o que proporciona um ótimo aproveitamento da luz natural. Querendo aproveitar ainda mais toda essa luminosidade, trabalhou-se com cores claras (tons pastéis) que, além de clássicas, tranquilizam e tornam o ambiente agradável. Pensando neste conceito, Magali utilizou o tradicional mesclado com peças que remetem ao passado, caso das poltronas que compõem o ambiente.

Num mix de estilos, o moderno pode ser visto na marcenaria de alta qualidade, no acabamento das peças e nos laminados de madeira (MDF). Um “cantinho da vovó” foi preparado em homenagem às mães e avós. Nele há peças que pertenceram a gerações anteriores como louças, cristais e até uma bolsa compõem o espaço.

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[ editorial ]

[ expediente ]

CONSELHO EDITORIAL

Decoração, aconchego e tradição Uma peça com poder de transformar ambientes. Assim são os abajures, elementos decorativos e de função auxiliar na iluminação que, após um tempo um tanto relegados ao segundo plano, voltam com força à composição de diferentes ambientes de uma casa. Seja no quarto, no home office, na sala, no home theater ou em um pequeno canto de leitura, a escolha do abajur certo compõe uma decoração criativa e ilumina na medida ideal, de acordo com a necessidade. Na reportagem de capa desta edição, a designer de interiores Cristiane Basso dá dicas de como usar essa peça de origem francesa. As primeiras aparições, aliás, remontam ao Século 16, nas ruas de Paris. Um clássico que evoluiu através dos tempos e continua funcional, bonito e presente nos projetos de decoração. Para celebrar o calor, que chegou antes do tempo, contamos com a colaboração dos decoradores Marco Aurélio Cuneo e Marina Cuneo, responsáveis pelo projeto que revitalizou uma bela casa de veraneio na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú. A união da funcionalidade com o belo e o aconchegante utilizou móveis de antiquários, criteriosamente escolhidos, e segue cores leves que se estendem até as louças da cozinha. Perfeito para aproveitar o que o Litoral Catarinense oferece de melhor. De Xangai, chega a colaboração da arquiteta Mariana Otte. Morando na cidade mais populosa da China, ela aproveitou a passagem recente por Blumenau para falar um pouco das características urbanas e arquitetônicas desse centro mundial, com quase 20 milhões de habitantes. Marina mantém um blog (Marinando na China) em que compartilha as experiências vividas no país do Oriente. E como estamos em época de festas alemãs em Santa Catarina, abrimos espaço para a tradição dos imigrantes europeus. Bonecas de porcelana ou tecidos, feitas a mão e vestidas tipicamente, ajudam a espalhar a cultura de cidades do Vale do Itajaí pelo País. Em Blumenau e Pomerode, Fridas e Fritz são opções de lembranças e presentes para quem mora ou visita a região. Essa tradição também está presente na seção de gastronomia, em que o curso da Universidade Regional de Blumenau (Furb) apresenta os pratos preparados especialmente para a 29ª Oktoberfest. Delícias que incluem joelho de porco, passando por hackepeter e chegando à novidade do cardápio de 2012: o peixe à Baden Baden. Então, delicie-se com os projetos de interiores e, se puder, passe nos pavilhões da Vila Germânica para provar as delícias da gastronomia germânica. E, para lembrar disso o ano todo, que tal uma ‘fridinha’ de porcelana? Boa leitura!

Sidnei dos Santos Editor 12

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza

/Edição: Sidnei dos Santos Palavra Escrita Ltda. ME sidnei@mundieditora.com.br /Reportagem: Daiani Caroline Coelho, Fernando Gonzaga, Francielle de Oliveira, Iuri Marceo kindler, Mariana Tordivelli e Rafael Meira /Gerente de Arte e Desenvolvimento: Lucas Gonçalves lucas@mundieditora.com.br /Diagramação: Fabiano Silva e Tiago de Jesus /Projeto gráfico: Ferver Comunicação www.ferver.com.br /Foto de Capa: Banco de Imagem /Editora-Chefe: Danielle Fuchs Fuchs Editorial Ltda. ME danielle@mundieditora.com.br /Gerente Comercial: Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br /Gerente Geral Comercial: Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br /Diretor-Executivo: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br /Circulação: circulacao@mundieditora.com.br /Sugestão de pauta: pauta@mundieditora.com.br /TIRAGEM: 3.000 exemplares /TIRAGEM VIRTUAL: 50.000 exemplares mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora

Apoio:



[ AP digital ]

Veja na

web Para quem também vai acessar a Alto Padrão através do smartphone, tablet ou computador, é hora de conferir os conteúdos extras. Veja álbum de fotos especial da reportagem sobre o projeto de interiores de uma casa de veraneio na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú. E também do projeto que uniu dois flats em um único apartamento, com destaque para o excesso da cor branca – uma exigência do proprietário. Outro álbum fotográfico mostra imagens produzidas pela arquiteta Mariana Otte, que há mais de seis meses mora em Xangai, na China. As fotos mostram um pouco das soluções urbanísticas dessa grande cidade, a cultura milenar chinesa e a convivência harmônica entre a arquitetura tradicional e a moderna. Confira também o vídeo que mostra um pouco mais das peculiaridades da cidade que tem cerca de 20 milhões de habitantes. Os cactos da seção de jardinagem também aparecem na versão digital em novas e belas imagens. Essas plantas, originárias de locais áridos, podem ser cultivadas em jardins e vasos, oferecem uma variedade de formas, tamanhos e florações surpreendentes.

Faça o dowload na App Store ou no Google Play itunes.com play.google.com 14

Faça também um passeio virtual pelo Museu Casa de Aldo Krieger, de Brusque, que guarda a memória e obra de um dos maiores músicos da história de Santa Catarina. E, passando para a música popular, assista ao clipe da banda the Zorden, produzido pelo Belli Studio. Acesse e compartilhe a Alto Padrão no mundieditora.com.br/altopadrao.



[ sumário ] Daniel Zimmermann

Daniel Zimmermann

36 [ artesanato Tradição germânica feita à mão

20 [ praia

Conforto para curtir o Verão

40 [ design Criações exclusivas para o dia a dia

28 [ urbanismo 32 [ patrimônio 44 [ decoração 46 [ arte

Xangai une tradição e modernidade

Teatro resgata conjunto histórico

Paixão por carros invade a casa

As cores de Suzy Fukushima

48 [ animação 16

A opção pelo branco

Trabalho une design e música

Daniel Zimmermann

24 [ projeto residencial


Banco de Imagens

16 [ tendência Abajur pode transformar o ambiente

54 [ paisagismo Pássaros deixam cenários mais bonitos Banco de Imagens

50 [ jardinagem 58 [ museus

Cacto enfeita jardins e interiores

Celebração à música de Aldo Krieger

62 [ gastronomia

Os pratos da Oktoberfest

64 [ design AP 66 [ agenda AP 17


[ tendência ] Fotos Divulgação

Um toque

de luz

O abajur inova a decoração e contribui com a iluminação do ambiente, porém, é preciso ficar atento para não pecar no estilo

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Há várias formas de inserir abajures na decoração, mas todo cuidado é pouco para não criar um visual exagerado ou sem harmonia. O objeto precisa cumprir com a função de fornecer luz aos cômodos da casa, mas também exibir uma estética moderna, arrojada e em sintonia com o estilo de decoração predominante. De acordo com a designer de interiores Cristiane Basso, através da inserção do abajur num cômodo é possível obter uma estética atraente e uma luz suave para tornar a atmosfera mais aconchegante. “O abajur é capaz de romper com a escuridão sem ser necessário escancarar com a iluminação do ambiente, tudo é bem discreto, agradável e, até mesmo, romântico”. Os abajures, normalmente, pos-

ro, para permitir maior passagem de luz para o ambiente. No home office, também recomenda-se o uso de abajures com cúpulas claras para deixar o ambiente mais iluminado. E no home theater, a melhor pedida são os abajures com cúpulas escuras, que permitem o direcionamento da luz.

suem a cúpula diferenciada. Alguns procuram manter os traços conservadores, combinam com uma decoração clássica e são mais sofisticados. Todos os estilos se adaptam ao abajur, como colonial, vintage, contemporâneo e rústico, entre outros. Para casas de campo ou praia, combinam bem as peças informais, como as de madeira marfim ou bambu e cúpulas de junco ou algodão. Mas, se a ideia é algo urbano, os melhores modelos são de acrílico, metal ou madeira ebanizada (escurecida), usados com cúpulas de vidro ou shantung de seda. O local da casa onde o abajur será utilizado também sugere diferenças nos modelos. Uma peça para o dormitório deve ser mais delicada e com cúpula feita com tecido cla-

Cristiane afirma que existem abajures para todas as preferências e ambientes, sendo que cada modelo conserva traços originais e complementa o visual de um espaço. “Na hora de escolher um abajur, procure considerar os outros elementos que decoram o cômodo da casa, como os móveis e demais acessórios”, alerta a designer. “Tecidos claros deixam o local mais iluminado, enquanto os escuros são úteis quando se quer apenar criar um efeito de luz”, lembra.

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[ tendência ] Fotos Divulgação

Personalizados A cúpula do abajur pode ser confeccionada com diferentes materiais, assim como a base que completa a estrutura do objeto. As peças com traços suaves, discretos e minimalistas sempre acabam favorecendo o visual de um ambiente decorado. Também pode-se apostar em abajures customizados para decorar a casa, personalizando o visual. Fabricados com policarbonato, tecido, cerâmica, madeira ou vidro, os abajures conseguem inovar as expectativas de um determinado espaço.

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Desde o Século 16 A história do abajur começou no Século 16, em Paris. A palavra vem do francês (apagar a luz). Trata-se de objeto complementar da iluminação e, quando desligado, vira objeto de decoração. As primeiras aparições foram registradas na capital francesa

e, em 1784, primeiras luminárias públicas em Milão foram financiadas por receitas da Loto. A evolução visual das cúpulas surge a partir da criatividade de importantes artistas. Uma grande transformação

do design aparece com as peças de cristal, com ênfase para os trabalhos da renomada Tiffany e sua suntuosidade. Outros materiais também passaram a ser empregados ao longo da história, com destaque para o bronze e a madeira, entre tantos outros.

Designer Cristiane Basso (47) 3327-3853 (47) 9140-7557

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[ praia ]

Fotos Daniel Zimmermann

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Aconchego e harmonia

Mistura de móveis embutidos com peças de antiquários garante o conforto da casa de veraneio

a domicílio

Fernando Gonzaga fernando@mundieditora.com.br Localizado na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, esta não é apenas mais uma bela residência da Costa catarinense. Apesar de a casa estar rodeada por outros imóveis suntuosos, ela destaca-se pela leveza, reforçada pelos vidros na área de lazer jun-

to à piscina – um charme à parte. A poucos metros do mar, a residência transparece aconchego, harmonia e provoca sensações relaxantes. Decorado conforme o perfil dos proprietários, o domicílio chama atenção pelos detalhes característicos, que o definem como casa de veraneio. Os decoradores Marco Aurélio

Cuneo e Marina Cuneo revitalizaram o interior da casa, encaixando móveis, alguns deles embutidos e outros de antiquários, reaproveitados e restaurados. Cada peça, criteriosamente avaliada, ajuda a compor o ambiente seguindo uma linha de cores leves, desde as almofadas, poltronas, tapetes, cortinas, cadeiras, divã, molduras, cerâmica e espelho, até a louça. 23


[ praia ] Fotos Daniel Zimmermann

Particularidades da decoração O desafio maior de decorar uma casa é otimizar o espaço, preservando detalhes como luminosidade, medidas, cores e distribuição de móveis. Para Marina, a decoração do espaço social deve respeitar princípios que não sobrecarreguem o ambiente. “Cada projeto tem sua exclusividade e suas peculiaridades que condizem com aquele determinado cliente e ambiente. As particularidades de cada casa são determinantes”. O objetivo do cliente era adornar o imóvel com tons claros que mesclassem detalhes modernos com móveis rústicos, sem que a casa perdesse a identidade de uma praia hospitaleira. “A intenção foi criar um ambiente despojado e confortável”, diz Marco Aurélio. Todos os recantos e espaços se conectam e se complementam através da paleta de cores utilizada nos tecidos, papéis de parede e nos móveis e objetos. Um estilo totalmente próprio define essa composição. 24


Harmonia de cores Segundo o profissional, foram levadas em consideração peculiaridades da família, principalmente o fato de haver crianças na casa. “Não podia deixar a casa com muito branco e, por isso, mesclei tons claros. Usei cestas organizadoras identificadas pelas iniciais dos nomes, a fim de evitar a desorganização e estimular as crianças a criarem o hábito de guardar os brinquedos após usá-los”, explica o decorador. Conforto e espaços foram aproveitados ao máximo com locais para

almoço, jantar ou café da manhã, que permeiam os ambientes numa paleta de cores fugindo do clichê náutico. “Laranjas, marrons, beges e varias tonalidades de azuis se harmonizam e dão o tom da decoração”, diz Marco Aurélio. Nas paredes do living convivem fotos, gravuras, antiguidades e lembranças de uma maneira eclética e inusitada. Espaços aconchegantes para receber nas áreas internas e externas criam locais para agradáveis momentos de lazer, usufruindo da bela paisagem da praia.

“A estética utilizada na escolha dos objetos e detalhes transcende tempo e modismos”, ressalta Cuneo. Criar um estilo para decorar uma residência passa pela capacidade do profissional em interpretar o contexto do ambiente e a personalidade das pessoas que vivem nele. “Todo detalhe requer uma atenção, um jogo de cores e de peças que combinem e proporcionem uma sensação de harmonia. São fatores que fazem a diferença e que identificam o trabalho”, destaca o decorador.

Mais informações Mcuneo Design de Interiores Marco Aurélio Cuneo m12marco@hotmail.com (47) 9944-4119 Marina Cuneo Marina.cuneo@hotmail.com (47) 9654-4938

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[ projeto residencial ]

um

Dois em

A arquiteta Sabrine Santos recebeu a missão de transformar dois flats de 42m² cada em um único e confortável apartamento. O cliente, um jovem empresário solteiro, queria o ambiente o mais clean possível. A arquiteta conta que o primeiro passo foi dividir os espaços. Fez de um dos flats a área social, com cozinha, banheiro, sala de jantar e TV.

O outro foi transformado em área íntima, com o quarto, escritório, copa e banheiro. Para separar as áreas sociais das íntimas Sabrine usou apenas uma porta entre os flats. “A solicitação era um apartamento prático e funcional. O cliente mencionou que, numa visita a Madri, tinha se hospedado num hotel onde o quarto era todo branco. E

Branco dá o tom em projeto minimalista que transformou dois flats em uma única moradia

esse foi o meu ponto de partida”, conta a arquiteta. A inspiração veio da pesquisa de quartos de hotéis com decoração minimalista. O branco ficou evidenciado, inclusive no piso. “O desafio desse projeto foi atender a solicitação do cliente, que queria tudo clean e preferencialmente branco, porém, sem deixar de lado o conforto, atentando para o aspecto visual”.

Fotos Divulgação

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Na sala, um Saarinen “O piso foi feito em resina de poliuretano autonivelante na cor branca, com destaque para a ligação do home office com o quarto, feito por um painel curvo que abriga a bancada do escritório; e os armários com portas de correr de vidro e espelho, que, quando abertas, revelam, num dos flats, a cozinha e, no outro, a copa”, descreve

Sabrine. Ela usou madeira laqueada e laminada nos móveis e a cabeceira da cama é estofada em tecido. Na mobília, Sabrine destaca uma mesa de jantar Saarinen, desenvolvida pelo arquiteto finlandês Eero Saarinen, conhecido pelo design ousado e por ser pioneiro ao utilizar mate-

riais como resinas plásticas e fibras de vidro. “Já o sofá é uma relíquia do cliente, que fez questão em usá-lo”, salienta. Os outros móveis são de marcenaria e foram projetados especialmente para a obra. A iluminação dos ambientes é pontuada, inclusive nos banheiros, que receberam piso de resina e pastilha nas paredes.

Sabrine Santos transformou dois flats em um confortável apartamento. A opção pelo branco foi do cliente, que queria a decoração o mais clean possível

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[ urbanismo ] Fotos Divulgação

As soluções

Do outro lado do mundo, arquiteta registra detalhes culturais, arquitetônicos e de urbanismo da cidade mais populosa da China

de Xangai

A realidade antagônica que separa a China do Brasil não se limita à aparência física. Os hábitos, regime político, investimentos, tecnologia, planejamento e capacidade de organização, religião e, sobretudo, a educação, são aspectos que escancaram as adversidades entre nós e o país mais populoso do Planeta. 28

Mas nossa perspectiva repleta de mitos do país oriental é um tanto quanto distorcida. A arquiteta blumenauense Marina Otte, que há mais de um ano reside em Xangai, derrubou as barreiras do idioma, da culinária, das tradições e, principalmente, dos preconceitos, e vem aderindo ao novo estilo de vida, aprendendo a apreciar as formas e os costumes chineses.

É incrível imaginar que uma cidade com mais habitantes que São Paulo funcione. As alternativas inteligentes criadas pela metrópole de Xangai para que a cidade não entre em colapso passam pelo eficaz sistema de transporte público com, aproximadamente, mil linhas de ônibus, com a grande rotatividade dos táxis com tarifas acessíveis e o sistema de


metrô com trilhos elevados e em 10 linhas. Sem esquecer-se do mais tradicional meio de locomoção chinês, a bicicleta, que conglomera quilômetros de ciclovias por toda a cidade. A própria malha viária é diferenciada. Os viadutos são tão numerosos que no encontro deles atingem a altura de um prédio de 10 andares. Os dois aeroportos de Xangai, que ficam em extremos opostos, são interligados por uma linha do metrô que atravessa o coração da cidade. “Com mais de 20 milhões de habitantes, a maior cidade da China pode ser considerada uma Nova Iorque asiática”, destaca Marina.

Formas inusitadas “Quanto às formas arquitetônicas, Xangai quer tudo do mais moderno e diferenciado. E muitas das formas diferenciadas da arquitetura têm um porquê. As construções reverenciam o Feng Shui, princípios que envolvem os ventos, posição solar e muito o culto à natureza, seja nas fontes com carpas ou nos jardins com as esculturas de pedras”, conta Marina. As casas antigas da China surpreendem pelo formato. Em Beijing, as casas têm grandes pátios internos em função do clima seco e muitos ventos. Assim, as áreas de lazer internas estão protegidas. Em Xangai, como o Verão é muito intenso, as casas são muito próximas uma das outras e com dois andares, para uma fazer sombra na outra. Os telhados têm pontas sempre terminando para cima, em sinal de prosperidade. Os templos são cheios de significados. As entradas possuem uma espécie de minimuro quase como um degrau. Todos são obrigados a parar para entrar no templo. Isso é para deixar os maus espíritos do lado de fora. Mas é um plano do governo deixar as construções em locais específicos e turísticos, pois existem outras cidades para cumprir esse papel. Mesmo assim, em vários lugares se tem a visão dos contrastes: uma construção antiga e, ao fundo, um arranha-céu. 29


[ urbanismo ]

Fotos Divulgação

Página virtual Marina encontrou no blog a maneira de compartilhar as experiências no oriente, transmitindo uma perspectiva da realidade chinesa. “A gente não conhece nada sobre o Oriente, até morar lá. Existem muitos preconceitos e mitos, que dão uma ideia errônea do que realmente é a China”, garante. No blog ‘Marinando na China’ (marinaotte.com.br), a arquiteta documenta fatos impressionantes, como os detalhes exóticos que distinguem a arquitetura e o paisagismo do país oriental. As questões de urbanismo e a arquitetura associada com a moda.

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“Procuro as tendências que aparecem no mundo da moda e que se transformam em arquitetura e vice-versa, como o uso de cores, formas e, até mesmo, imagens sem conexão direta” Marina partiu rumo ao Oriente há mais de 16 meses e, mesmo do outro lado do Planeta, não se intimidou com o idioma e manteve a motivação e gosto pela profissão. Atualmente, ela presta consultoria para empresas daqui, elabora projetos, leciona em cursos online e palestras e, uma vez por semestre, retorna ao Brasil para dar aulas de pós-graduação.

Xangai População: 19.213.133 (dados de 2010) Território: 6.340,5 km 2 Fundação: 1927 Regime político: Comunismo Religião: Budismo Mahayana e o Taoísmo Idioma: Mandarim (oficial) Clima: Subtropical úmido



[patrimônio]

Ode à cultura

Teatro de Pomerode resgata conceitos arquitetônicos do antigo Complexo Weege

pomerana

Pomerode sempre teve um forte elo com as origens dos imigrantes alemães que colonizaram a região. Contudo, mesmo sendo um povo de valores tradicionais, faltava à população um centro que aliasse cultura, arte e lazer. Hoje, a cidade abriga variados atrativos no Centro Cultural, com a revitalização do antigo complexo industrial-comercial Weege, onde, inclusive, está localizado o 32

imponente prédio do Teatro Municipal de Pomerode. Além do teatro, o centro acolhe salas de música e de dança, o Museu Pomerano, biblioteca municipal, arquivo histórico, Espaço Arte, auditório e sala de cinema. Até novembro, todos esses ambientes devem estar concluídos e em pleno funcionamento. No local, também funcionam o Espaço Plural, a oficina de tornearia e a loja de artesanato Wunder Welt.

O Centro Cultural está sendo implantado numa área de grande valor cultural para a cidade (o antigo Complexo Weege, tombado pelo Município em 2003), dando um novo valor a uma área que é um grande referencial da comunidade pomerodense. “A proposta do projeto baseia-se na manutenção das características principais do conjunto de prédios – volumetria, coberturas, aberturas externas e materiais – adaptando os espaços às funções propostas. A ci-


Fotos Daniel Zimmermann

dade ganha em dobro: uma por manter viva e resguardada uma parte de nossa história e outra por dar opções de lazer e cultura a nossa comunidade”, afirma a arquiteta responsável pela revitalização do complexo, Roseana Lunghard. A vista suntuosa do prédio do teatro chama a atenção por seu hall de entrada revestido por um pano de vidro. O espaço físico da área onde está inserido, numa parte nobre da cidade, preserva o conceito histórico, com o projeto arquitetônico mantendo elementos característicos da arquitetura histórica do local, como telhados cerâmicos, alvenaria de tijolos aparentes, estruturas de madeira e volumetria da arquitetura industrial. O teatro foi concebido para atender a todas as classes sociais pomerodenses. “A nossa ideia sempre foi manter um ambiente heterogêneo, que qualquer pessoa tenha vontade de frequentar e participar dos espetáculos e eventos, tirando uma imagem de lugar elitizado”, diza o arquiteto responsável pela obra, Cristiano Cardoso. 33


[patrimônio] Fotos Daniel Zimmermann

Caprichos da arquitetura O teatro harmoniza a arquitetura do conjunto onde está localizado com um dos mais importantes conjuntos industriais do Vale do Itajaí. A Weege Indústria Alimentícia foi um polo de desenvolvimento da região. O Complexo Weege contemplava loja, fábrica de tintas, fábrica de banha, frigorífico, fábrica de latas e caixas, defumador e fábrica de laticínios. Grandes transações comerciais da cidade e a maior parte das decisões políticas do município ocorreram ali. A empresa foi desativada em 1999 e, quatro anos depois, ocorreu a desapropriação do imóvel que agora abriga o Centro Cultural. O hall do teatro possui esculturas do antigo Hotel Oásis, do acervo particular do empresário Wandér Weege e recebe o nome de Hermann Gehrmann, um alemão empreendedor, proprietário do antigo Hotel Oásis. A Praça Cultural foi denominada Marlene Dietrich, em referência a uma das maiores artistas alemãs. O jardim do teatro é obra da paisagista Ana Holzer. O

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auditório traz o nome de Rodolfo Siewert – cidadão pomerodense com forte influência cultural em sua época. O ambiente interno projetado como uma semi-arena comporta 498 poltronas numeradas, minuciosamente posicionadas em um ângulo que não interferisse na visão das demais fileiras. “Toda a estrutura, bem como iluminação, som, palco e as poltronas não deixam a desejar para nenhum outro teatro aqui da região”, avalia Cardoso. Inaugurada em agosto de 2009, a construção levou três anos até a conclusão. O investimento foi de R$ 3,5 milhões, sendo pouco mais de R$ 2,4 milhões do governo do

Estado e R$ 975 mil de contrapartida do Município. No espetáculo inaugural, lotação máxima para prestigiar a apresentação do Ballet Bolshoi. Em quatro anos de espetáculos e eventos culturais, o teatro já recebeu mais de 51 mil pessoas.

Teatro Municipal Rua: Hermann Weege, 111, Centro, Pomerode Capacidade: 498 pessoas. Informações e agendamento de visitas: (47) 3387-7224



[ artesanato ]

cultural

Lembrança

Fritz e Fridas de porcelana produzidos por artesãos de Blumenau e Pomerode são ícones da herança germânica da região Fotos Daniel Zimmermann

Se há um souvenir delicado, que representa bem a essência de Blumenau, é a boneca artesanal. Talvez, a lembrança não receba o devido valor dos moradores da cidade, mas alegra o dia dos amigos e familiares dos turistas que passam por aqui. Porcelana, pano, náilon e tinta compõem as bonecas, que se tornam típicas quando vestidas como Fridas. “Os Fritz também têm espaço nas prateleiras da minha loja”, diz Vilson Horst, um simpático senhor que há 36

28 anos vive da venda de bonecas (e bonecos) artesanais na Feira de Artesanato, localizada na Rua XV de Novembro. Segundo Horst, o segredo está no acabamento perfeito e na exclusividade, já que ele e a esposa nunca fazem uma boneca igual à outra. Horst conta que produz cerca de 80 bonecas por mês, sendo que este número dobra em outubro, quando acontece a Oktoberfest. O artesão encara a produção das peças como

terapia, além de depositar uma dose de carinho em cada uma das bonecas que produz. “Fico trançando os cabelos delas e pensando nas pessoas que vão receber este presente e como se sentirão. É uma lembrança muito graciosa”, afirma. Na loja, Horst oferece opções para todos os bolsos ao produzir pequenas bonecas que servem como chaveiro ou imã de geladeira. Ele também faz bonecas negras que diz vender tanto quanto as brancas.


Bonecas de tecido também fazem sucesso com os turistas que chegam para conhecer o Médio Vale do Itajaí

Fico trançando os cabelos delas e pensando nas pessoas que vão receber este presente e como se sentirão Vilson Horst

Tipicamente trajadas, as bonecas de porcelana são opções para presentear e recordar as tradições alemãs

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[ artesanato ]

Fotos Daniel Zimmermann

Capricho nos detalhes Em Pomerode, é a artesã Maria Izilda Alves quem confecciona o souvenir. Fundadora da Associação dos Artistas e Artesões de Pomerode, Maria Izilda é a responsável pela exposição de bonecas artesanais numa charmosa lojinha localizada bem na entrada da cidade. “Fui a primeira artista da região a vestir as bonecas de porcelana com trajes típicos e vendê-las em Blumenau, durante a Oktoberfest”, conta. O rostinho de porcelana pintado à mão dá vida à pequena Frida. O capricho da artesã é tanto que até pequenas flores são pintadas, uma a uma, no avental. A cor do tecido, a costura da roupinha, a renda e a fitinha que contornam a saia da boneca são escolhidas com zelo, para que uma peça nunca fique igual à outra. “Faço também bonecas de pano, com manta acrílica antialérgica. Essas são as preferidas das crianças, enquanto as de porcelana são mais vendidas para adultos”, diz. Artesã há 30 anos, Maria Izilda declara que sempre gostou de imaginar o trajeto feito pelas bonecas, pois a maior parte dos clientes são turistas que vêm de longe, que estão em Pomerode participando de alguma feira ou festividade. “A cidade é pequena, mas recebe muita gente o ano todo. Sempre há eventos ou festas por aqui. Isso garante boas vendas em todas as épocas do ano”, revela. Seja uma lembrança de Pomerode ou de Blumenau, as bonecas artesanais podem ser encontradas em diversas lojas espalhadas pela região. Dessa forma, mesmo sendo um conterrâneo, vale a pena considerar essa opção de presente para o próximo aniversariante. “É, com certeza, uma delicada maneira de dizer que estava pensando na pessoa querida, seja ela criança ou adulto”, conclui Maria Izilda. 38

Maria Izilda Alves confecciona e vende as bonecas de porcelana em uma loja na entrada de Pomerode



[ design ]

Chria da Marca que desenvolve objetos de design feitos à mão ganha espaço próprio em Blumenau

Chris Fotos Daniel Zimmermann

Para entender a Chria é preciso, primeiro, entender a história da Chris. Chris, de Christiane Mundim Lindner, é arquiteta há 15 anos. Porém, antes disso, ela já era artista plástica e apaixonada por trabalhos manuais. Isso, além da música, que estudou por mais de 10 anos, fez com que os projetos encomendados a ela, na A+C Arquitetura, da qual é diretora, ganhassem sempre um aprofundamento sobre as necessidades das pessoas, de cada cliente. Foi então que surgiu a Chria, mesmo que inconscientemente. No desenvolvimento de bolsas, álbuns, livros, cadernos personalizados e acessórios para a casa, a artista e arquiteta passou a colocar o jeito especial de expressar a criação. E isso passou a fazer parte permanente dos projetos. Com a aceitação do público, a linha de artigos tomou espaço na vida e no escritório da A+C e logo ganhou um endereço próprio, primeiro, na web. Há sete anos, a loja virtual espalha o jeito Chria pelo Brasil e pelo mundo. Recentemente, uma loja física da marca foi montada. Além de ganhar mais espaço em endereço próprio, o projeto é um laboratório para a expansão em modelo franchising, que deverá atender o crescimento previsto para os próximos anos. 40

Loja foi a primeira de um charmoso empreendimento comercial na Alameda Rio Branco


A marca produz peças decorativas e utilitárias com design diferenciado e exclusivo

O diferente atrai Christiane e os sócios, o esposo Alfredo Lindner Jr. e Graciane Sachse, inauguraram, em abril de 2012, um espaço para as coleções Chria pra Você, pra Sempre, pra Casa e Baby. O ambiente, composto por piso térreo e o um mezanino, totalizando 38 metros quadrados, tem um design clean e aberto, contribuindo para a visualização do que é exposto lá dentro. “Nós temos muita informação nos produtos e o ambiente precisava ser bonito, mas sem tirar atenção”. Em um oposto da cor verde-limão, usada na logomarca da Chria, a loja ganhou na estrutura metálica do mezanino, escada caracol de ferro e no teto a cor laranja, aquecendo

o ambiente que tem nas paredes e no mobiliário muito branco misturado com vidros. Detalhe para a gravura que virou tela e que está dando boas vindas aos clientes, vista da rua, de dia ou de noite, sempre complementada por iluminação dramática. Por falar em luz, o grande lustre na parte frontal da loja, que fica à vista pelas vidraças, dá um efeito cenográfico para a loja, mudando de cor sempre. A cada noite, uma cor brilha por lá. Dando continuidade ao padrão metálico, todo o sistema de instalação elétrica é aparente, conferindo contem-

poraneidade ao ambiente, que expõe arte moderna feita à mão. Diferente? Experimente observar a forração feita no teto abaixo do piso do mezanino. Cada espaço entre as barras de ferro da estrutura ganhou um acabamento com tecidos florais em diferentes tons. Os móveis foram projetados, permitindo fácil manipulação para que, além de remoção emergencial, deem liberdade na montagem de vitrine e limpeza. Na área de criação, as bancadas foram projetadas pensando na ergonomia das alunas, com iluminação direta nas mesas, altura correta para melhor postura corporal e o melhor acomodamento das turmas.

Fotos Daniel Zimmermann

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[ design ]

Handmade Art Todo o trabalho de Christiane Mundim Lindner (foto) é feito à mão e vai parar em diversos produtos, que têm ganhado atenção em vários cantinhos do Brasil. Diferente de um artesanato, que qualquer pessoa com mãos hábeis pode fazer, as peças da Chria são objetos de design resultantes de horas de pesquisa e desenvolvimento, que são todas protocoladas e patenteadas. “Vivo criando e percebendo design em objetos antes não tão explorados e dando forma nova ao cotidiano das pessoas. É por isto que o projeto da loja da Chria também precisava ser diferente e ser novo para que, se invadir fisicamente outros lugares, mostre o novo também”. A handmade art é bastante difundida na Europa e pode ser conferida no espaço da Chria, a primeira loja a fazer parte do centro comercial Boulevard Alameda, na Alameda do Rio Branco, em Blumenau.

Fotos Daniel Zimmermann

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[ decoração ]

Móveis inspirados em carros atraem amantes da velocidade

para a sala Da garagem

Fotos Divulgação

É comum para os aficionados por máquinas de quatro rodas colecionar produtos relacionados a essa paixão. Reflexo disso é a nova tendência de utilizar peças e partes de veículos na decoração de casas. De olho nesse filão, diversas empresas têm lançado móveis comuns em qualquer residência, mas com fortes referências aos automóveis. Os mais populares são os sofás construídos sob carrocerias de carros clássicos, mas não são raras as cafeteiras inspiradas em motores, cadeiras no formato de assentos de veículos esportivos e prateleiras com carros de luxo. É possível encontrar poltrona feita de capô de Fusca, sofá com cara de banco de Kombi, pneus sendo utilizados como pufes, ou seja, o 44


céu é o limite. A LA Design, por exemplo, criou a coleção Spirit of 427. A sala conta com sofá, poltrona, mesinha de centro, mesa de escritório e luminária de piso. Já a coleção criada pela Meritalia, em parceria com a Fiat, traz para dentro de casa a mesa Picnic, o sofá Panorama e o bufê Cincin, todos compostos pela parte frontal do charmoso Fiat 500 da década de 1970. Nos Estados Unidos, há vários sites que oferecem esse tipo de “móvel-motorizado”, um exemplo bem conhecido é o sweetsofas.com. No Brasil, esse tipo de serviço até pouco tempo estava concentrado em empresas de restauração de automóveis, porém, o cenário começou a mudar e agora começam a surgir as primeiras empresas que oferecem esses itens. É o caso da loja Certas Coisas Vintage, de Curitiba. A loja curitibana oferece diversas peças exclusivas, como sofás temáticos inspirados no Mustang 1967, luminárias em forma de

lambreta, bombas de gasolina e réplicas de carros antigos. Os valores variam entre R$ 200,00 e R$ 4,5 mil e são ótimas opções para quem busca algo exclusivo para casa ou escritório.

Certas Coisas Vintage Rua Rocha Pombo, 843 Juvevê - Curitiba (41) 3359-1960 www.certascoisasvintage.com.br

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[ arte ]

Fotos Daniel Zimmermann

De passagem Morando em S達o Paulo e de olho em Paris e Nova York, Suzy Fukushima n達o recusa convites para voltar a Blumenau

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De passagem por aqui esteve a artista Suzy Fukushima que, na noite de 18 de julho, inaugurou o Espaço Cultural do Shopping Parque Europeu. A artista, que atualmente vive em São Paulo, morou em Blumenau por sete anos e, segundo ela própria, qualquer convite é desculpa para voltar. “Fiz muitos amigos por aqui; as pessoas são maravilhosas. Além do mais, essa cidade foi muito importante para a minha arte”, elogia. Blumenau foi só a primeira parada para as obras da artista. Paris e Nova York são os próximos destinos para os trabalhos de Suzy, sendo que na capital francesa uma galeria exibe permanentemente seus quadros, assim como outro espaço em São Paulo. ‘Sweet child on mind’ é o nome da exposição de Suzy. A artista conta que, nesta nova fase, é inspirada pelo universo infantil, pela inocência e pela simplicidade. Os mestres Picasso, Modigliani, Matisse e Van Gogh são inspirações desde quando começou a dar as primeiras pinceladas. “Confesso ter mais inspiração em fases em que a alma está serena, mas um pouco de sol, um pouco de música que vai de Ravel, passando por Piaf, Maria Rita e chegando às eletrônicas, dependendo do humor do dia, ajudam a colorir minhas telas”, explica a pintora. Tanto no óleo como no acrílico, a artista mistura em seus quadros o abstrato com formas coloridas, especialmente em vermelho. Não só as telas servem de plataforma – os sapatos de Fernando Pires também receberam a alegre arte de Suzy, assim como um Honda Takai, que recebeu plotagem desenvolvida pela artista.

Trajetória Suzy Fukushima Kim Bresciani nasceu em fevereiro de 1972, em São Paulo. Em 2003, mudou-se para Blumenau, onde encontrou inspiração para iniciar a manifestação de sua expressão artística que a acompanha desde a infância. Fez aulas de pintu-

ra, arte, processos criativos e, através das tintas e das telas, pintou caminhos para atravessar uma fase difícil da vida. A terapia uniu o talento artístico com a boa comunicação da artista. Atribu-

tos que a levaram longe: galerias em Portugal, Itália, Alemanha e Estados Unidos já expuseram obras dela. Em 2009, mudou-se para acompanhar o marido, que foi transferido para a capital paulista. Mas, sempre que pode, visita Blumenau e revê os amigos. 47


[ animação ]

Belli Studio produziu o videoclipe da música ‘Pra te Encontrar’, da banda the Zorden

Pop de

primeira

Provavelmente você já assistiu a algum filme, comercial ou videoclipe que utilizou a técnica de animação. Mas você já parou para pensar como eles são feitos ou quanto tempo demoram para serem produzidos? Os desenhos animados tradicionais têm as ações trabalhadas frame a frame, ou seja, para cada movimento é necessário fazer várias ilustrações. A

visão humana consegue distinguir até oito imagens por segundo, por isso, os desenhistas fazem, no mínimo, 12 quadros para cada segundo de animação. Isso quer dizer que, para fazer um filme de uma hora, serão necessários cerca de 43,2 mil desenhos. Na ativa desde 1999, o Belli Studio é especializado em ilustrações e animações e atende produções de todo

o Brasil. O trabalho mais recente que ganhou destaque foi o videoclipe produzido para a banda blumenauense the Zorden. Rubens Belli, diretor do clipe, conta que a parceria com o grupo surgiu durante a festa de 10 anos do estúdio, realizada em 2010. Na época, os integrantes da the Zorden comentaram que estavam gravando o disco

Fotos Divulgação

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e tinham vontade de fazer um clipe para uma das músicas. “Assim que as gravações foram encerradas, eles nos mandaram as músicas. Sentei com a equipe e todos concordaram que a música ‘Pra te Encontrar’ era a melhor opção para ganhar uma animação própria”, explica. No decorrer da produção, o diretor trouxe o conceito steampunk para o

trabalho com um violão que se transforma em veículos e outros aparatos. Popular no final dos anos 1980 e início dos 1990, o gênero steampunk é baseado em um universo de ficção científica criado por autores consagrados, como Júlio Verne, no fim do Século 19. Ele traz uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis improváveis, com automóveis, aviões

e, até mesmo, robôs movidos a vapor já naquela época. Seis profissionais participaram da produção do clipe, lançado em setembro, feito em Animatic (story board) e Toom Boom (programa específico para criação de desenhos animados). O clipe já foi aprovado para entrar no canal Multishow, no programa TVZ Experimente, e está sob análise da MTV.

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[ jardinagem ]

Belezas do

deserto

Comuns nas Américas, os cactos podem ser encontrados em diversas regiões. No total, são cerca de 2 mil espécies e, embora sejam adaptados à vida em áreas secas, no clima tropical do Brasil é possível encontrar mais de 300 tipos. 50

Fotos Divulgação

Exótico e fácil de manter, o cacto é cultivado no mundo inteiro. Frequentemente vista em vasos ou em jardins decorativos, a família Cactáceae é a opção de muitos paisagistas para dar aquele toque ornamental na composição dos ambientes.

Os cactos são capazes de enriquecer o visual interno e externo das casas, deixando os ambientes mais bonitos e aconchegantes


informe publicitário

Fotos Daniel Zimmermann

Participando dos melhores projetos Fazendo a parte dos grandes sonhos A Visual Gesso é sempre a escolha da arquiteta e urbanista Graceli Aparecida Polidoro para executar os projetos que envolvam trabalhos diferenciados para colunas, molduras, sancas, vistas, vitrais e uso de gesso acartonado. Nos traços elaborados por Graceli, os destaques são integrações de ambientes e principalmente as coberturas, sempre com inclinações acentuadas, dando a sensação de volume e conforto térmico para os interiores.

Neste aspecto, o trabalho da Visual Gesso absorve todas as normas e necessidades técnicas, com produtos de qualidade e equipe profissional qualificada para execução. A valorização da iluminação natural é também um destaque dos projetos elaborados pela Gap Arquitetura e Urbanismo, com amplas aberturas, suprindo também a ventilação. Jardins integrados com a residência também são referências. Para estes projetos elaborados em resultados assertivos, a Visual Gesso possui o know how de cinco anos de mercado, profissionais com mais de 10 anos de experiências e diversos projetos que comprovam a excelência.

Graceli Aparecida Polidoro, é arquiteta e urbanista, formada em 1999, com especialização em Planejamento e Gestão Urbana e Regional em 2002. Acredita que a profissão é a arte prática de criar espaços, realizar sonhos, anseios e necessidades.

GAP Arquitetura e Urbanismo

Prefeito Frederico Hardt 155, Sala 03 - Centro - Indaial 47 3333 0515 - gap.arq.urb@terra.com.br www.gap.arq.br

Visual Gessos

Rua Wilhelm Schellworth, 132 - Passo Manso - Blumenau 47 3338-0676 - visual@visualgessos.com.br www.visualgessos.com.br


[ jardinagem ] Divulgação

O cultivo De maneira geral, os cactos precisam de sol, ventilação e não sobrevivem quando há excesso de umidade. “Todas as espécies de cactos podem ser cultivadas em casa, tanto em vasos quanto em espaços abertos, desde que recebam bastante luz solar”, destaca Teresinha Nietsche, do Bromeliário Trópica.

fatores, como local e temperatura. “A rega sempre deve ser feita quando o solo estiver bem seco, molhando toda a terra ao redor da planta, mas sem encharcá-la. Também é importante cuidar para não exagerar nas regas durante o Inverno, pois o clima, aqui em Santa Catarina, é muito úmido”, salienta.

É importante cuidar para não regar excessivamente a planta. É difícil determinar uma periodicidade exata para as regas, já que a quantidade de água para cada espécie depende de vários

O cultivo de cactos em jardins exige alguns cuidados diferentes, sendo que o principal deles é escolher um local adequado, onde não tenha excesso de umidade. “É necessário ter cuidado

Conheça melhor

também para não escolher um ambiente baixo ou em desnível, evitando assim o acúmulo de água que pode causar o apodrecimento dos cactos”, recomenda Teresinha. Para conseguir um efeito bonito nos jardins, é necessário saber escolher as espécies que melhor combinam com cada ambiente e com outras espécies de plantas. Para ficarem em espaços abertos, os cactos devem ter resistência à exposição direta de raios solares, à chuva e também ao vento constante.

Curiosidades

Astrophytum O gênero Astrophytum é um dos mais cultivados em vasos. Existem seis espécies, sendo que a mais popular é a Astrophytum myriostigma. São plantas pequenas e de crescimento lento, mas são muito procuradas devido à forma simétrica que apresentam. De fácil cultivo, embora tolere sol intenso, é mais recomendado que fique em sombra parcial.

Melocactus macrodiscus O Melocactus macrodiscus, também conhecido como coroa-de-frade, apresenta uma estrutura cilíndrica rosada, formada por pequenas ceras e espinhos no alto da planta, que lembram a forma de uma coroa. De dentro dessa estrutura nascem pequenas flores de tonalidades rosadas ou mais avermelhadas. Outra planta do gênero, que também chama a atenção, mas por possuir uma cor azulada, é o Melocactus azureus. Minicactos

- Todas as espécies de cactos florescem, mas algumas só dão flores depois de 80 anos ou ao atingir altura superior a dois metros. - Algumas espécies dão frutos comestíveis, como o cacto mexicano Opuntia ficus-indica, que produz o figo-da-índia. - Os cactos podem viver até 200 anos e atingir 20 metros de altura, como o Cornegia gigantea. Outras espécies podem ser minúsculas, como o Blosfeldia liliputana, com apenas 0,5 centímetro de diâmetro. - Apesar de mais de 90% da estrutura dos cactos ser água, a presença da planta indica um solo seco e com falta de minerais.

Os minicactos são uma opção para quem quer ter um cacto, mas não quer trabalho na hora de cuidar. Em geral, esse gênero apresenta menos resistência aos raios solares, por isso é necessário que fique em áreas mais arejadas. Ideal para compor a decoração de ambientes internos, os minicactos devem ser regados mais frequentemente, cerca de duas vezes por semana.

Pereskia grandifolia Conhecida popularmente por rosa-madeira, essa espécie de cacto tem a forma de um arbusto ou uma pequena árvore que vai de dois a cinco metros de altura. Com flores vistosas, esse cacto é ideal para jardins e faz belas composições com outras plantas, sendo muito utilizado no paisagismo em regiões quentes e com poucas chuvas.

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Bromeliário Trópica Rua Mathias Reiter, 410 Passo Manso - Blumenau (47) 3328-1462



[ paisagismo ]

As plantas certas, assim como a instalação de tratadores e oferta de água, transformam o jardim em um oásis

Encante os

pássaros

Não há quem não admire a visita inesperada de um lindo pássaro no jardim ou a cantoria que ecoa para dentro de casa proporcionada pelas aves. Para propiciar esses momentos, há técnicas que transformam pequenos espaços em verdadeiros viveiros.

ciados por aves em geral. A bióloga explica que cada grupo de aves irá se alimentar de alguma parte diferente da planta, sendo que algumas se alimentam de pequenos insetos que são encontrados em determinadas espécies vegetais.

Ao contrário do que se pensa, não é preciso ter árvores frutíferas para atrair pássaros. De acordo com a bióloga do Parque Nacional da Serra do Itajaí, Jaqueline Seide, muito além das frutas, os pássaros podem alimentar-se do néctar das flores, de sementes e também de frutos que não são comestíveis para nós, mas muitos apre-

Para garantir que o jardim seja visitado por diferentes tipos de pássaros, Jaqueline explica que é preciso ter espécies de plantas nativas, justamente por essa ser a alimentação natural dos pássaros que ocorrem aqui. “Plantas que frutificam e florescem em diferentes épocas do ano também garantem diversidade”, ensina.

Jardim convidativo “Nossa região é rica em espécies de pássaros, consequência da riqueza de nosso bioma, a Mata Atlântica. Lógico que muitos acabam aparecendo com menos frequência e isso pode acontecer devido à caça, perda de hábitat e ao fato de que muitas pessoas ainda mantêm esses animais em gaiolas, retirando-os do ambiente natural e diminuindo, assim, a taxa de reprodução”, lamenta.

Fotos Banco de Imagens

Apesar desses fatores, Jaqueline diz que alguns dos pássaros acabam frequentando nossos jardins com maior frequência. Beija-flor-tesourão ( Eupetomena macroura), joão-de-barro (Furnario rufus), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), correca (Troglodytes musculatus ), saíra-de-sete-cores (Tangara seledon), canarinho (Sicalis flaveola), pardal (Passer domesticus), quero-quero (Vanellus chilensis) e rolinha-roxa (Columbina talpacoti) são alguns exemplos. Além de oferecer diversidade de plantas, existem outras maneiras para atrair pássaros para os jardins. A dica de Jaqueline é a oferta de alimentos e água, distribuindo comedores pelo espaço. Esses alimentos podem ser alpiste, painço, semente de girassol, misturas, frutas e rações para aves e podem ser colocados em plataformas construídas especificamente para isso.

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“Existem inúmeros modelos de plataformas que podem ser construídas com diversos tipos de materiais, inclusive reciclados. É bom lembrar que quem tem gato ou cachorro em casa, deve fazer essas plataformas em locais inacessíveis para o animal de estimação”, destaca. A bióloga instrui que a água pode ser colocada em pequenas bacias no quintal, no entanto, diz ser mais interessante ter um lago artificial, onde a água estará em movimento constante, evitando a proliferação de mosquitos indesejáveis e prejudiciais à saúde. Para Jaqueline, tanto o lago artificial, quanto a bacia, devem ser rasos, possibilitando que aves pequenas possam alcançar o fundo para banhar-se. “Atualmente, no comércio existem vários modelos de casinhas que vão variar de acordo com os tamanhos das espécies de pássaros. Porém, se o jardim possuir árvores e arbustos, as aves podem construir ninhos”, completa.

Cuide bem da sua visita 1 - Caso deseje cessar a oferta de alimentos às aves devido a uma viajem, por exemplo, vá diminuindo aos poucos a quantidade de alimentos até extingui-los, assim os pássaros não serão prejudicados, afinal, eles não têm culpa se você decidiu começar a alimentá-los. 2 - Os pássaros confundem o reflexo do jardim no vidro

Árvores frutíferas ajudam a atrair pássaros para os jardins, mas muitos deles também se alimentam do néctar das flores. Outra opção é a instalação de tratadores com frutas, sementes e ração

e acabam colidindo com as vidraças. Use adesivos específicos com o formato de aves predadoras, como gaviões, por exemplo, para que eles mudem a rota de vôo . 3 - Assim como nós gostamos mais de um tipo de comida do que outro, cada grupo de aves possui preferências. A pitangueira vai atrair, principalmente, saíras e sabiás; a goiabeira, os azulões; e a uvaia, os bem-te-vis e sabiás-laranjeira. 4 - O jerivá (Syagrus romanzoffiana) e as palmeiras em geral atraem periquitos; o abacateiro (Persea americana) atrai sanhaços; o mamoeiro (Carica papaya) atrai sabiás, saíras, azulões, gaturamos e sanhaços; e a sete-léguas (Pandorea ricasoliana) atrai beija-flores em geral.

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[ paisagismo ]

Fotos Banco de Imagens

Preserve o beija-flor As garrafinhas de água doce para o beija-flor são bastante comuns em muitas residências. No entanto, a bióloga alerta que há a proliferação de fungos nesses recipientes devido à fermentação do açúcar e a falta de higienização. Os fungos acabam atingindo os beija-flores e podem levá-los a morte. Caso a garrafinha seja utilizada, Jaqueline informa que é importante estar atento a alguns cuidados, como a quantidade de açúcar disponível na água, que deve ser de 20% (uma parte de açúcar para quatro de água). O recipiente deve ser higienizado semanalmente. O interior e o tubinho por onde a ave suga a água devem ser limpos com uma escovinha para retirar toda a sujeira. “O bebedouro pode ser deixado por meia hora dentro d’água com um pouco de água sanitária e, posteriormente, deve ser muito bem enxaguado”, instrui. 56



[ museus ]

A casa

da música

O Museu Casa de Aldo Krieger foi inaugurado em 5 de julho de 2003, nas comemorações do centenário de nascimento do maestro, músico e compositor brusquense Aldo Krieger (1903-1972) e abriga todo o acervo deixado por ele.

No mesmo local, está instalado o Instituto Aldo Krieger (IAK), fundado em 5 de julho de 2002, uma sociedade de direito privado, sem fins lucrativos, com o objetivo de executar, promover, fomentar e apoiar atividades de manutenção, conservação e divulgação do acervo e da obra do maestro. De acordo com o filho de Aldo Krieger, o músico, maestro e compositor Edi58

no Krieger, a biografia musical de Aldinho, como era conhecido, tem, pelo menos, um ponto em comum com a de tantos outros grandes músicos brasileiros: a manifestação de um talento musical espontâneo, que se afirma por força de uma necessidade imperiosa de se realizar e de fazer da música a razão primeira da vida.

De acordo com Edino, esse primado e necessidade da música é que levava o jovem Aldinho a pular a janela, ao chegar da noite, com o violino debaixo do braço, para se reunir com os companheiros de serestas e boemia e exercitar os dons musicais. “Essas noitadas seresteiras tiveram, certamente, uma importância decisi-

va na definição do perfil como músico e, particularmente, como compositor. A opção por um repertório comum às serestas brasileiras da época forneceu-lhe os modelos para a própria produção”, acredita Edino. As valsas, tanguinhos, schottisches e polcas que povoavam as noites suburbanas do Rio de Janeiro e São Paulo, onde pontificava a música de chorões e seresteiros como Chiquinha Gonzaga, Nazareth, Callado, Pixinguinha, Tupinambá, Zequinha de Abreu, Chico Bororó e outros, formatavam o repertório dos grupos liderados por Aldinho e forneciam os parâmetros rítmicos e expressi-


Fotos Daniel Zimmermann

Instituto Aldo Krieger reúne o acervo do maestro brusquense

vos para as próprias composições, destinadas ao consumo local. Com a bandeira e o hino “Chopp com rosca”, a casa tem vários instrumentos que Aldo Krieger tocava, além da roupa de maestro, gramofone, livros, fotos e tudo que ficou na casa em que viveu o maestro. No quintal dos fundos há um palco onde aconteciam muitas apresentações regidas por Aldinho. O primeiro instrumento que Aldo Krieger tocou foi um bandoneon. Depois, veio o violino-fone, alaúde (instrumento árabe), bandolim, clarineta, flautas, piano, violino e muitos outros, que podem ser vistos no museu. 59


[ museus ] Fotos Daniel Zimmermann

Vida dedicada Aldo Krieger nasceu em Brusque, em 5 de julho de 1903. Era filho de Gustavo Krieger e Adelaide Diegoli Krieger. Sua vida foi inteiramente dedicada à música, embora exercesse, paralelamente, outras atividades profissionais. Aos sete anos, começou a estudar bandoneon com o professor Graupner. Aos oito anos, já acompanhava e substituía Graupner, tocando no cinema mudo. Estudou violino com o professor Raymundo Bridon e, ainda adolescente, já tocava diversos instrumentos: bandoneon, violino, violão, clarinete e saxofone. Aldinho desenvolveu diversas atividades musicais, não apenas tocando, como também compondo e organizando grupos. Foi ele quem criou, na década de 1920, a primeira Jazz Band de Santa Catarina, com a qual abrilhantava os bailes das sociedades e também o Carnaval da região. Dirigiu a Banda Musical Concórdia e organizou e dirigiu vários corais religiosos.

Em 1961, Aldo Krieger foi convidado a assumir a direção da recém-fundada Associação Coral de Florianópolis, realizando excelente trabalho de consolidação daquela instituição. Sob sua regência, foram realizados vários concertos em Florianópolis e em outras cidades do Estado. Na Capital, onde viveu por 10 anos, além de professor de música e ritmo do Curso Normal de Educação Física do Instituto Dias Velho, ocupou o cargo de

técnico da Divisão de Artes do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura, durante o governo Celso Ramos. Nessa função, realizou um importante trabalho de divulgação de músicas folclóricas catarinenses e brasileiras, bem como de obras de autores catarinenses e do Hino do Estado de Santa Catarina. Aldo Krieger é autor de inúmeras composições para piano, canto coral, banda de música, além do Hino do Centenário de Brusque, Hino do Centenário de Blumenau, Hino da Associação Coral de Florianópolis, Hino do Ginásio Cônsul Carlos Renaux, Hino da Sociedade Esportiva Bandeirante e de várias composições sacras e natalinas, entre muitas outras. Reprodução Daniel Zimmermann

A fim de aprimorar-se sempre mais, fez, no Rio de Janeiro, em 1953, no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, um curso intensivo de regência e composição. Foi aluno de Villa-Lobos e Andrade Muricy, entre outros importantes nomes da música brasileira. Participou, na mesma época, do Curso de Férias da Pró-Arte de Teresópolis.

Aldo Krieger também foi professor de música do Ginásio e da Escola Normal Cônsul Carlos Renaux, de Brusque, durante anos. Também fundou e dirigiu o Conservatório de Música de Brusque, filiado ao Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro.

Instituto Aldo Krieger e Museu Casa de Aldo Krieger

Rua Paes Leme, 63, Brusque/SC Aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h, ou com agendamento prévio com o filho do maestro e diretor-presidente do IAK, Carmelo Krieger, pelo telefone (48) 9972-1735.

A programação cultural do museu pode ser conferida no site www.iak.org.br. O maestro Aldo Krieger com a esposa Gertrudes durante um piquenique, em agosto de 1922. Esta fotografia ilustra a capa do livro ‘Aldo Krieger’, escrito pelo filho do músico Carmelo Krieger

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[ gastronomia ]

o Fotos Divulgaçã

Peixe à Baden Baden na

Prato marca a segunda participação do Curso de Gastronomia da Furb na maior festa alemã das Américas

Oktoberfest

Graças ao grande sucesso da estreia da Escola de Gastronomia da Furb na maior festa alemã das Américas, a presença na edição 2012 da Oktoberfest está confirmada e, para reafirmar a parceria, o cardápio deste ano reserva algumas novidades. Para apresentar o novo menu foi organizado, na própria cozinha da 62

escola, um jantar especial para que jornalistas e autoridades degustassem as receitas. “A nossa intenção foi manter a tradição, mas inserir um pouco de criatividade em cada receita e deixá-las ainda mais saborosas”, explica a coordenadora da Escola de Gastronomia da Furb e responsável pela criação de todos os pratos, Suzana Wascheck.

O eisbein (joelho de porco), sucesso em 2011, tem agora toques típicos da Alsácia, região francesa que faz fronteira com a Alemanha e tem grande ligação com o país germânico. O filé mignon ganhará um molho de cerveja preta e cebolas caramelizadas e o marreco recheado com repolho roxo e purê de maçã manterá a receita intacta,


permanecendo com o mesmo sabor que conquistou o público em 2011. A maior novidade preparada para a 29ª Oktoberfest é o peixe à Baden Baden. Para a sobremesa, foi definido o apfelstrudel, mantendo assim um dos principais sabores típicos da festa blumenauense.

Eduardo Sofiati

O restaurante, que teve capacidade ampliada para receber até 280 pessoas, permanecerá no mesmo local de 2011 – Setor 1 do Parque Vila Germânica –, e atenderá, inclusive, com reservas. Além do restaurante, a Escola de Gastronomia da Furb também vai ter uma barraca no Biergarten, onde será servido goulash e cachorro quente. “A parceria deu resultado e espero que dure muito tempo”, enaltece a chef Suzana. Escola de Gastronomia da Furb recebeu convidados no lançamento dos pratos

Peixa à Baden Baden INGREDIENTES •1 filé de peixe de 2kg (namorado, robalo, badejo, pescada amarela) • 300g de bacon em cubos • 200g de molho branco • Sal e pimenta do reino a gosto • Farinha de pão • Parmesão ralado

MODO DE PREPARO • Levar o bacon para tostar em uma frigideira até soltar toda gordura. Quando estiver crocante, escorrer em papel toalha e reservar. • Dispor o peixe em uma assadeira com o couro para baixo, temperar com sal, pimenta do reino e, se quiser, adicionar algumas gotas de limão. Por cima, colocar o bacon, o molho branco e polvilhar com a mistura de farinha de pão e parmesão. Levar para assar em forno pré-aquecido por 25 a 30 minutos a 180º, dependendo da espessura do peixe. Retirar do forno e deixar descansar por 10 minutos antes de servir.

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[ design AP ]

Bule, cadeira e

olho mágico

Esculturas de bule charmosas Romero Britto

Bowls e bandeja turquesa Gift Express

O delicado jogo de três bowls acompanha uma bandeja. Todas as peças são feitas de bambu, com acabamento laqueado. As formas harmônicas e cores suaves são ótimas para produzir um ambiente agradável e descontraído.

As esculturas de bule são charmosas e criam uma atmosfera lúdica. Confeccionadas em porcelana, levam a assinatura de Romero Britto, considerado uma das maiores revelações entre artistas de todos os tempos pelas lindas obras e a forma de agir no dia a dia. Britto usa textura gráfica e suas obras, na maioria das vezes, não são exatamente iguais à realidade, pois apresentam linhas, pontos, divisões e fragmentos de sua assinatura. Dono de traços alegres, divertidos e coloridos, ele explora as formas geométricas ou outros tipos de figura (coração, animais), sempre com cores vivas. Suas obras transformam os ambientes, trazem vida e harmonia a qualquer espaço.

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Pufe carambola Sergio Matos

O pufe carambola, criado pelo designer Sergio Matos, de Campina Grande (PB), tem estrutura de aço-carbono e trama feita artesanalmente com fios de algodão para área interna e fios de nylon para área externa. Essa peça foi premiada pelo IF Product Design Awards 2012.

Olho mágico Cocobohéme

Cadeira de praia Kaô João Raposo

Desenvolvida por João Raposo para a Quadrante, a cadeira de praia Kaô é feita de madeira laminada com acabamento em verniz natural. Dobrável, o móvel pesa apenas 3,5 quilos e ganha a forma parecida com a de uma prancha de bodyboard quando fechada.

Atualmente, com o aumento da criminalidade nas grandes cidades, é preciso ter sistemas de proteção para o lar. Um deles é o olho mágico para a porta. Ele é um dispositivo colocado em um furo feito na porta que permite visualizar quem está do lado de fora tocando a campainha. Para integrar o olho mágico, a Cocobohéme criou umas plaquinhas de madeira ecológica para decorar a porta de forma inovadora.

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[ agenda AP ]

Cursose eventos A 22ª edição da Casa Cor Rio será realizada em um casarão erguido em 1922, que já foi sede do Hotel Balneário Sete de Setembro e serviu como palco para vários acontecimentos marcantes na cidade. A Casa Cor Rio vai ocupar o prédio principal, estendendo-se pelos quatro pavimentos e agrupando características temáticas que se integrem à arquitetura do lugar. Oitenta e cinco arquitetos, decoradores e paisagistas irão apresentar novas propostas de decoração no evento que, este ano, tem o tema “a arte de receber bem”.

Casa Cor Rio de Janeiro

O quê: Casa Cor Rio de Janeiro Quando: 3 de outubro a 19 de novembro Onde: Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) Telefone: (11) 3817-7972 Site: www.casacor.com.br/riodejaneiro

+ informações

Casa Show Curitiba A 2ª edição da Casa Show Curitiba apresenta as novidades dos serviços do segmento e as tendências em design para diferentes casas e ambientes. A feira reúne arquitetos, decoradores e designers. Clientes finais podem acompanhar as novidades dos mais de 110 expositores que farão parte do evento.

O quê: 2° Casa Show Curitiba Quando: 5 a 14 de outubro Onde: Curitiba (PR) Telefone: (41) 3075-1100 Site: www.diretriz.com.br

Fiaflora Expogarden Na 15ª edição da Fiaflora Expogarden – Feira Internacional de Negócios de Paisagismo, mais de 200 expositores vão mostrar o que é tendência para o jardim. O evento, considerado o maior do setor na América Latina, é direcionado para empresários e paisagistas que buscam novidades em máquinas e ferramentas para jardinagem, móveis para jardim, iluminação externa, revestimentos, decks etc.

Esquadrias A Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes (Fesqua) traz as melhores opções e novidades em acabamentos e componentes diferenciados para obras, como vedações, fachadas, esquadrias metálicas, perfis de alumínio, perfis de PVC, entre outros. O evento é direcionado para empresários e arquitetos e conta com cerca de 180 expositores.

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+ informações

+ informações O quê: 9ª Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes Quando: 10 a 20 de outubro Onde: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP) Telefone: (11) 5585-4355 Site: www.cipanet.com.br

+ informações O quê: 15ª Fiaflora Expogarden – Feira Internacional de Negócios de Paisagismo Quando: 6 a 9 de outubro Onde: Anhembi, São Paulo (SP) Telefone: (11) 3845-0828 Site: www.expogarden.com.br



[ agenda AP ]

Festival Nacional 5 Minutos 2012 O Festival Nacional 5 Minutos é um dos mais importantes eventos de difusão audiovisual do País e reúne mostras de vídeos e games, palestras, seminários, oficinas e exposições em diversos espaços de Salvador e no Interior do Estado. Em 2012, conta com 50 vídeos selecionados – com até cinco minutos de duração e temática livre – para compor a Mostra Competitiva. O festival atrai realizadores de todo o Brasil e contribui para a formação de cineastas e videomakers.

Arquitetos, designers e empresários do ramo podem conferir a 2ª Feira Internacional do Vidro (Vitech). Serão expostas as diferentes opções do material e os locais e maneiras mais adequadas de utilizá-lo em diferentes aplicações.

O quê: 2ª Feira Internacional do Vidro Quando: 17 a 20 de outubro Onde: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP) Telefone: (11) 5585-4355 Site: www.cipanet.com.br

Arte livre A 7ª edição da Mostra Livre de Artes (MoLA) apresenta artistas de diversas áreas para falarem sobre a arte contemporânea e a produção de novos projetos. Na programação do evento estão apresentações musicais, exposições, exibição de filmes, entre outros. Muitos dos que passaram pela mostra, como artistas plásticos, produtores e cineastas, conquistaram reconhecimento nacional.

A 12ª Feira Internacional da Construção reúne, em um mesmo local, todos os segmentos da indústria da construção civil. Durante quatro dias, serão apresentadas as novidades do setor, as principais tendências, produtos e as mais modernas soluções.

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O quê: 15° Festival Nacional 5 Minutos Quando: 15 a 20 de outubro Onde: Salvador (BA) Telefone: (71) 3116-8100 Site:www.dimas.ba.gov.br/5minutos

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Feira do Vidro

Construir 2012

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+ informações O quê: 12ª Feira Internacional da Construção Quando: 7 a 10 de novembro Onde: Rio de Janeiro (RJ) Telefone: (21) 3035-3100 Site: www.feiraconstruir.com.br

+ informações O quê: Mostra Livre de Artes 2012 Quando: 31 de outubro a 3 de novembro Onde: Rio de Janeiro (RJ) Telefone: (21) 2533-0354 Site: www.cargocollective.com/mola




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