Alto Padrão - Ed. 29

#29

R$ 4,90

arquitetura | decoração | design | engenharia

ano 04 | maio 2009

COM TEMPO PARA

PLANEJAR

TRABALHANDO DESDE O INÍCIo DA OBRA, ARQUITETAS CRIARAM PROJETO HARMÔNICO COM sistemas de ILUMINAÇÃO, SOM E AR AUTOMATIZADOS

/editorial

/Editor executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br /Editora: Michele Wilke 01227 JP (MTb/SC) /Editora assistente: Gisele Scopel /Repórteres: Ana Paula Lauth e Kakau Santos (fotografias) /Editor de Arte: Guilherme Faust Moreira guilherme@mundieditora.com.br /Projeto Gráfico: Ferver Comunicação /Foto de Capa: Ivan Schulze • Tratamento de imagem: Bruno Bachmann /Gerente Comercial: Cleomar Debarba 47 3035.5500 - comercial@mundieditora.com.br /Diretor Executivo: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br /TIRAGEM: 4.000 exemplares

História para contar A conservação do patrimônio arquitetônico de uma cidade está diretamente ligada com a preservação da história de um povo e com as referências que este povo quer deixar para as futuras gerações. Blumenau recebeu um belo presente nas últimas semanas, com o início das obras de restauração do Casarão Salinger, um dos importantes imóveis históricos localizados no Centro Histórico da cidade, início da Rua XV de Novembro. O casarão, construído no século 19 pelo empresário Gustav Salinger, um símbolo do empreendedorismo blumenauense, abrigará o Museu do Cotidiano.

A matéria que publicamos nesta edição da revista Alto Padrão, também aborda a restauração de outro casarão no início da Rua XV. Iniciada há cerca de dois anos, a obra é uma iniciativa do Grupo Rischbieter e da Construtora Torresani.

São dois bons exemplos que merecem ser seguidos. Outros prédios históricos nas imediações, como a sede da Fundação Cultural de Blumenau (parte dele foi restaurada há alguns anos), deveriam ser olhados e tratados com mais carinho pelo Poder Público e iniciativa privada. O Município, inclusive, dispõe de incentivos para pessoas ou empresas que desejam recuperar imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico.

Uma belo exemplo de parceria entre iniciativa privada e Poder Público foi a reurbanização da Alameda das Palmeiras, também no Centro Histórico de Blumenau, entregue à população em setembro de 2007. A obra foi um presente do Sinduscon para a cidade em comemoração aos 50 anos do sindicato. Recentemente, a alameda recebeu nova iluminação, patrocinada pela Celesc, que permite a contemplação de todo o seu esplendor também durante as noites.

Esta edição traz como reportagem de capa o projeto desenvolvido pelas arquitetas Mariana Malburg Kracik e Micheline Longo Fergütz Dittrich para um apartamento na Alameda Rio Branco. A dupla começou o trabalho ainda na fase inicial de construção do imóvel, o que deu mais liberdade de criação e proporcionou aplicar as técnicas e ideias necessárias para que o resultado final fosse exatamente o que procuravam os proprietários.

Os leitores da Alto Padrão também têm a oportunidade de conhecer em primeira mão o projeto da nova sede da Senior Sistemas, uma das maiores empresas de softwares do País, que será construída em um terreno da Rua São Paulo.

Os projetos são de responsabilidade do escritório Ágora Arquitetura e as obras, iniciadas em abril pela Construtora Mestra, devem estar prontas em um ano.

Nesta edição, estreamos a seção Mercado Alto Padrão, com dicas para quem vai reformar ou construir um imóvel. O assunto escolhido para a estreia foi fechaduras. Apresentamos 10 modelos de padrão elevado, de várias marcas e preços variados. Boa leitura!

Sidnei dos Santos Editor executivo sidnei@mundieditora.com.br Kakau Santos

DIRETORIA /Presidente: Jorge Luiz Strehl /Vice Pres. para Assuntos Estratégicos e Materiais: Davi Eduardo Scarense Zimmermann /Vice Pres. para Assuntos da Indústria Imobiliária: Nilton Speranzini /Vice Pres. para Assuntos de Rel. Trabalhistas e Sindicais: Adalberto José da Silva /Vice Pres. para Assuntos de Obras Públicas: José Roberto Antunes Santos /Vice Pres. para Assuntos de Economia e Estatística: Marcos Rischbieter /Vice Pres. para Assuntos da Administração: Amauri Alberto Buzzi /Vice Pres. Para Assuntos de Loteamento: Ricardo Vasselai /Diretor para Assuntos de Relações Intersindicais: Maurílio Schmitt /Diretora Administrativa: Margareth Volles /1º Secretário: José Carlos May Cardoso /2º Secretário: André Marin d´ Iglesias Y Vieira /1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira /2º Tesoureiro: Clemar Fernandes de Souza; //Conselho Fiscal /Efetivos: Renato Rossmark Schramm, Valter Ros de Souza, Valter Luiz Torresani /Suplentes: Marco Aurélio Eichstaedt; Alziro Luiz Estevam, Osório Otávio Tomazi //Delegados Representantes /Efetivos: Jorge Luiz Strehl, Renato Rossmark Schramm /Suplentes: Amauri Alberto Buzzi, Valter Ros de Souza /Suplentes da Diretoria: Valdir Damião Maffezzolli, Giovani Isensee, Airton Xavier Picolli, Reges Francisco Moraes da Cunha, Clóvis Roberto Barbieri e Guilherme Augusto Mattos Voltolini.

Expediente

CONSELHO EDITORIAL Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Jorge Luiz Strehl, Mara V. Nass, Margareth Volles, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre, Sherlana Reis, Sônia Roese e Valter Ros de Souza

Casarão Salinger vai abrigar o Museu do Cotidiano

/sumário Divulgação / Ágora Arquitetura

/projeto comercial Conheça o projeto moderno da nova sede da Senior Sistemas, uma das principais empresas de tecnologia da informação do País

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Mauricio Queroz / Divulgação

Kakau Santos

/aproveitamento

/natureza em casa

/bom apetite

Espaços reduzidos pedem a criatividade para garantir conforto e funcionalidade

Jardins verticais são alternativa para quem tem pouco espaço, mas não dispensa o contato com o verde

Cristina de Oliveira apresenta três deliciosas opções para aguçar o paladar no Inverno

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Ivan Shulze

/decoração Núcleo da Acib faz campanha solidária /patrimônio Início da Rua XV tem mais um casarão em recuperação /mercado Alto Padrão 10 opções de fechaduras /dicas de Alto Padrão

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/da planta ao acabamento Trabalho das arquitetas começou no início da construção do imóvel, o que ajudou a garantir o resultado esperado pelos proprietários em todos os aspectos da obra

/08

/projeto residencial

Do início ao fim

Intervenções arquitetônicas desde o começo da construção do apartamento resultaram em um imóvel na medida exata do que os proprietários buscavam Ivan Schulze

Gisele Scopel gisele@mundieditora.com.br Com o apartamento ainda em construção, as arquitetas Mariana Malburg Kracik e Micheline Longo Fergütz Dittrich puderam aproveitar todo o espaço para determinar a disposição dos cômodos, pontos de água nos banheiros e cozinha e os pontos de luz da residência. Diante dessa possibilidade, as profissionais conseguiram criar um projeto de iluminação, som e ar-condicionado totalmente automatizado. “O sucesso do projeto é proporcional ao tempo que se tem para planejá-lo”, afirma Micheline.

Seguindo o perfil dos clientes, o projeto separou a cozinha do ambiente social, que ficou mais formal. Por outro lado, a cozinha ficou integrada à área da churrasqueira e varanda. As linhas retas, os eletrodomésticos em aço escovado e as portas dos armários em vidro pintado de branco refletem a modernidade. Apesar de não ter sido criada para grandes eventos, a cozinha recebeu uma bancada gourmet, para amigos que queiram se aventurar preparando pratos.

Um painel de acrílico translúcido divide a sala de jantar e o home theater sem separá-los totalmente. Formado por duas lâminas de vidro temperado e as placas de acrílico colocadas

entre elas, o painel é versátil, permitindo que os desenhos sejam mudados de acordo com a vontade do cliente.

Acima da mesa, na sala de jantar, as arquitetas idealizaram um espelho, ampliando a sensação de espaço e dando a impressão de haver um mezanino. Dali desce uma luminária com fios de aço maleável, um charme que se destaca no ambiente.

O piso em mármore branco Paraná com um centímetro de espessura foi usado nas áreas comuns e ganhou detalhes recortados em granito vermelho. Na área dos quartos, o piso em madeira clara aqueceu os ambientes.

Fotos Ivan Schulze

A cozinha do apartamento (à esquerda) é integrada à área da churrasqueira. Na suíte do casal, a banheira oferece relaxamento com contemplação de um “céu de estrelas”

/projeto residencial

As arquitetas

No quarto do bebê (foto na página ao lado), Mariana e Micheline conseguiram sintonizar a delicadeza e o aconchego distribuindo nichos para decoração e ainda uma pequena sapateira para a coleção de sapatinhos do bebê. Mesclando o branco e o azul, o quarto parece um pedacinho do céu com direito a um céu estrelado, feito com pontos de fibra ótica, e alusões a nuvens. Como não encontraram o papel de parede com as listras que desejavam, elas foram criadas a mão, uma a uma. Efeitos de luzes podem ser criados e a luminária central, que também parece uma nuvem, é feita em tecido para difundir a luz e não incomodar o bebê.

A sala íntima foi criada para comportar o computador e outro home theater. A sala fica entre a circulação dos quartos e utilizou móveis em madeira mesclando tons claro e escuro. O destaque fica com o sofá em couro vermelho, perfeito para o espaço. A luminária de chão em formato cônico e aço escovado compõe a decoração. Neste local, também foi criada uma parede em gesso acartonado com detalhes em vidro que comporta o closet social, um armário para acomodar roupas de cama e banho dos quartos. O volume do conjunto conferiu um detalhe especial e divide a sala intima da sala de jantar.

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Fotos Ivan Schulze

Delicadeza e aconchego

Na suíte do casal (acima), luminárias substituem os abajures; na suíte de hóspedes (abaixo, à esquerda), decoração em branco e preto e iluminação com pendentes; no home theater da área íntima, destaque para o sofá em couro vermelho

As arquitetas são sócias no escritório Duo Arquitetura desde 2002 e atuam em projetos de arquitetura, interiores e industriais.

Mariana Malburg Kracik formou-se pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e fez estágio em escritório de arquitetura na Califórnia (EUA).

Micheline Longo Fergütz Dittrich é formada desde 1997, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pós-graduada em Projeto Arquitetônico e a Cidade pela Univali.

Duo Arquitetura (47) 3035-6892 Mariana Malburg Kracik (E) Micheline Longo Fergütz Dittrich (D) e-mail: duo.arq@terra.com.br e-mail: duo.miki@terra.com.br

Ficha técnica

ALTOpadrão Projeto: Projetos arquitetônico, interiores e complementares Profissionais: Mariana Malburg Kracik e Micheline Longo Fergütz Dittrich Área do apartamento: 178 m2 Início da obra: meados de 2005 Término da obra: dezembro 2006 Fornecedores: Q. Iluminação, Badhaus, Michelangelo (piso mármore), Sig Móveis, Portobello Shop, Adeblu, Sempre Viva Decorações (plantas), BTV, Brasita Mobília Originale d’Italia, Acril Laser, Gelar Climatização, Vidraçaria Alemã, Marmoraria Cardoso, Art Luma, Alvorada Estofados.

Intimidade prática A suíte de hóspedes foi decorada em preto e branco e recebeu um armário com portas de vidro jateado. Os pendentes ao lado da cama deixam a iluminação mais leve e aconchegante. No banheiro, o porcelanato também foi recortado, formando mosaicos muito elegantes.

As fotos que decoram a suíte do casal dão o ar de intimidade. Em madeira, os móveis foram criados para trazer praticidade. Ao invés de abajures, luminárias foram colocadas nos lados das camas. O móvel ao pé da cama, além de servir de apoio para cal-

çar os sapatos, é um excelente espaço para guardar cobertores e edredons. O closet ganhou portas no estilo camarão que se abrem em duas de cada vez e as prateleiras são retráteis. A porta que separa a área molhada foi coberta por um espelho, ampliando o ambiente. No banheiro, os clientes fizeram questão de ter duas cubas e o box precisou ser feito em vidro temperado curvo para não estrangular a região do vaso sanitário. A banheira de hidromassagem também ganhou um céu estrelado e as pastilhas de aço remetem ao ar contemporâneo.

/decoração

ALTOpadrão

Reforma Solidária vai premiar família

Campanha foi lançada pelo Núcleo de Decoração, criado para fortalecer o setor em Blumenau

do ano passado. A história ainda deve especificar os danos da residência e ter uma foto de como ela se encontra atualmente.

As cartas podem ser enviadas até o dia 19 de junho e serão lidas pelos integrantes do Núcleo de Decoração e parceiros. Três histórias selecionadas serão investigadas e uma delas será selecionada considerando-se os efeitos da catástrofe no lar e na vida da família.“Não podemos esperar que só o Poder Público faça algo. Fazemos reuniões semanais e os encontros demonstram quanto estamos com-

Empresas que integram

Para fortalecer o setor de decoração, um grupo de empresários criou o Núcleo Setorial de Decoração da Acib, no final de 2008. O lançamento foi interrompido devido às chuvas que acometeram a região no final de novembro. Agora, para promover o núcleo e ajudar uma família atingida pela catástrofe, os empresários lançaram a campanha Reforma Solidária. A coordenadora do núcleo, Odete Campestrini, acredita que, com a realização de um bom projeto, outras ações podem nascer neste mesmo sentido. “Teremos material publicitário, outdoor e um site, onde o projeto poderá ser acompanhado”, destaca.

Pode participar da promoção qualquer pessoa que resida em Blumenau e tenha imóvel próprio e único. A residência não poderá estar situada em área de risco e deverá ser liberada pela Defesa Civil para ser reformada. Para concorrer, o proprietário precisa enviar uma carta para a Associação Empresarial de Blumenau (Acib), informando dados pessoais e contando a história de superação da família em decorrência da enchente e desmoronamentos

Dellano Móveis Euroluce Serviços e Representações Fácil Planejados Flipper Piscinas Formabella Herval Móveis e Colchões Inter Design Interativa Home Cine JJB Pisos de Madeira Julia Decoratus - Gesso e Acabamentos

Reforma solidária

Kakau Santos

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prometidos e amamos Blumenau”, afirma Odete.

A reforma, que não deve ultrapassar o período de 90 dias, irá contemplar aspectos paisagísticos, pintura e mobiliário. Um arquiteto e um engenheiro voluntários irão realizar o levantamento de todas as necessidades e o material será adquirido através de doação, reaproveitando tudo que for possível.

A entrega será marcada por uma solenidade com a presença dos nucleados e parceiros. “Queremos que esta família sinta que é importante, que alguém se preocupa com ela”, descreve Odete.

Luzair Colchões Novara Iluminação Raffinare Louças e Metais Schwanke Cortinas e Persianas Sempreviva Casa & Bebê Tapetes Persas Orientais Verde Vale Piscinas Vimaq Vivenda Decore

Como participar As cartas devem ser enviadas para: Reforma Solidária Núcleo de Decoração da Acib Rua: Ingo Hering, 20 – sala 801 CEP 89010-20 - Blumenau/SC, ou depositadas em uma urna que ficará na recepção do Neumarkt Trade & Financial Center, anexo ao Shopping Neumarkt Prazo: Até o dia 19 de junho

/interiores

Soluções para pequenos espaços Cada vez mais comuns nas construções, espaços reduzidos desafiam a técnica e a criatividade dos profissionais Fotos Kakau Santos

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A tendência do mercado imobiliário é que os condomínios agreguem serviços e opções de lazer enquanto os apartamentos diminuem de tamanho. Com isso, surge mais um desafio para arquitetos e designers de interior: aproveitar ao máximo os poucos espaços disponíveis, aliando estética, funcionalidade e facilidades de locomoção e acesso. A designer Thaisa Barros de Souza, da Vivacitá, aplicou os conhecimentos nesta área em uma residência da Rua Gustavo Zimmermann, Bairro Itoupavazinha, em Blumenau. Apesar de tratar-se de uma casa, as divisões dos cômodos na área íntima do imóvel se assemelham as de um apartamento moderno.

O principal desafio de Thaisa foi um quarto de 8,5 metros quadrados (foto) que precisava abrigar tudo o que é necessário para uma pré-adolescente. Armário espaçoso, gavetas, televisão, cama e escrivaninha, tudo em um espaço pequeno. Thaisa, que projeta todos os móveis do projeto, aproveitou a parte de baixo da cama de solteiro para embutir três gavetas, que podem ser usadas para guardar material de estudo, objetos pessoais ou roupas. O nicho da cabeceira também serve de estante, podendo abrigar livros, CDs, DVDs, bichos de pelúcia ou objetos de decoração. O mesmo ocorre ao pé da cama, onde uma das prateleiras serve de suporte para a TV de LCD.

/interiores

Fotos Kakau Santos

Circulação facilitada nos ambientes

A designer

Banheiro de uso compartilhado das irmãs e o móvel que esconde o condicionador de ar tipo split na suíte do casal

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Ao lado da cama, um armário de quatro portas, que vai do chão ao teto, oferece espaço suficiente para guardar as roupas e calçados da menina. A escrivaninha se liga ao armário, na parede oposta à cama e, em um espaço que aparentemente ficaria perdido, a designer projetou uma extensão do móvel, com duas pequenas portas e acesso também pelo interior do armário. Este espaço serve, principalmente, de sapateira. Com isso, o pequeno quarto oferece acesso fácil a todos os móveis e equipamentos e locomoção descomplicada. E ainda sobrou espaço para um grande espelho, do chão ao teto, ideal para satisfazer a vaidade de uma menina prestes a entrar na adolescência.

No quarto ao lado, para a irmã de 17 anos, a profissional seguiu o padrão do primeiro, mesmo dispondo de um pouco mais de espaço. A disposição da cama é semelhante e, junto à escrivaninha, um painel laminado com chapa de aço galvanizado no fundo permite a fixação de fotos e lembretes com o uso de imãs. A designer observa que os pequenos espaços são cada vez mais corriqueiros no dia-a-dia da profissão e que “às vezes é preciso fazer milagre para encontrar uma solução”.

Solução interessante Thaisa encontrou ao projetar o banheiro que serve às duas meninas. O móvel com duas cubas permite que ambas utilizem a pia ao mesmo tempo. Para proporcionar privacidade no banho e no uso do vaso sanitário, embora em um espaço exíguo, estas duas partes foram isoladas com o uso de box. Já o banheiro da suíte do casal apresenta uma curiosidade: a lateral do móvel da pia junto ao vaso sanitário abriga um nicho que serve para acomodar revistas e papel higiênico. Pequenas soluções como estas, enfatiza a designer, ajudam a proporcionar conforto e comodidade, mesmo em pequenos espaços.

Thaisa Barros de Souza atua como designer de interiores e é proprietária de uma loja de móveis. Ela projeta e fornece os móveis sob medida e conta com a parceria de outras empresas para fornecimento de peças prontas, como sofás e poltronas, aparadores, mesas de jantar e centro, tapetes e peças decorativas.

Telefones: (47) 3335-0099 / 9985-0916 e-mail: contato@vivacitainteriores.com

ALTOpadrão

Maquiagem No quarto do casal, a TV de LCD foi posta em uma prateleira no meio do armário. Uma porta de correr permite que este espaço seja camuflado quando a TV não está sendo usada. As portas do armário comportam dois grandes espelhos e vidro pintado, um dos materiais preferidos por Thaisa. Na cabeceira da cama, no alto da parede, um móvel que segue as características do armário esconde o condicionador de ar do tipo split.

Thaisa conta que trabalha principalmente com MDF em seus projetos. Mas também usa madeira maciça, alumínio, vidro pintado e acrílico. O MDF, além da estética, garante durabilidade aos móveis.

“O MDF de qualidade, se não for atingido por água, dura muito tempo e dificilmente é atacado por cupins”, explica a designer.

Porta de correr permite esconder o aparelho de TV embutido no armário quando não está sendo usado

/paisagismo

Natureza emoldurada Em painéis ou em quadros, os jardins verticais trazem a beleza da natureza para mais perto do dia-a-dia das pessoas Ernani Oliveira

A procura pela integração ou um pequeno contato que seja com a natureza é cada vez mais comum nos dias de hoje. Em apartamentos, pequenos espaços ou cercadas de estruturas do mais frio concreto, as pessoas buscam a interação com o orgânico, com o verde, com as energias positivas que emanam de uma simples plantinha. Dessa necessidade, surgiram os jardins verticais, que têm a propriedade de tornarem mais harmônicos e humanizados espaços outrora frios e sem vida.

A artista plástica e paisagista de São Paulo Gica

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Mesiara (foto) foi além. Considerada a maior especialista em jardins verticais no mundo, Gica criou o Quadro Vivo, uma variação que une paisagismo e artes plásticas e pode ser usada para embelezar pequenos espaços, dentro ou fora de casa.

Jardim vertical pode ser definido como um conjunto de plantas cultivadas harmoniosamente em uma superfície vertical. Pode ser um pequeno quadrado ou painéis gigantes, que cubram muros ou fachadas de edifícios, por exemplo. Gica já foi responsável pela instalação de um jardim vertical

de 500 metros quadrados e, atualmente, sua empresa trabalha em um projeto de 1,5 mil metros quadrados.

Segundo a paisagista, este tipo de jardim que tem se tornado moda de uns tempos para cá, além de servir à contemplação e à integração de pessoas com a natureza, também favorece o ambiente. Ela observa que um painel tem a capacidade de reduzir o calor em até quatro graus centígrados; serve de isolante acústico, por impedir que o som reverbere; e atua como isolante térmico.

/paisagismo

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O Quadro Vivo (acima) embeleza a cozinha, enquanto o painel transforma o muro do jardim Ernani Oliveira

Gica juntou os conhecimentos em paisagismo e artes plásticas para, há cerca de 10 anos, criar o Quadro Vivo. São pequenos jardins verticais móveis nos quais as plantas ficam emolduradas, com a facilidade de que podem ser manuseados de um lado para outro, como um quadro convencional. A ideia surgiu quando a paisagista viu na TV a imagem de um gramado de campo de futebol em uma tomada aérea. O verde emoldurado pelas bordas da tela inspirou a criação.

A moldura, explica Gica, leva as pessoas a observarem melhor o que está dentro. Atualmente fabricadas em fibra de vidro e diferentes cores, elas podem ser preenchidas com composições de pequenas plantas, em um sistema autônomo, que facilita a irrigação e os cuidados necessários para o cultivo das diferentes espécies. “Não dá para usar plantas com raízes profundas, como arbustos e árvores, mas pode-se cultivar bromélias, orquídeas e uma infinidade de espécies”, diz a paisagista.

O Quadro Vivo pode ser instalado, sem a necessidade de obras, em qualquer parede que receba boa luminosidade.

Ele tem um sistema de rega automático embutido na própria moldura. Este sistema é composto de um reservatório que permite a circulação da água das regas, distribuindo-a uniformemente entre as plantas e recolhendo o excesso para ser usado novamente, sem ocasionar vazamentos nem umidade.

Um microcomputador se encarrega de gerenciar toda a necessidade hídrica das plantas.

São adequados para áreas internas ou externas, onde a praticidade é necessária, pois não necessitam de pontos de água ou energia próximos. A invenção é comercializada com plantas ou o comprador pode ele próprio fazer o plantio, mediantes treinamento da empresa responsável pela distribuição.

Segundo Gica, os quadros vivos são vendidos para todo o País, em quatro tamanhos, e ela já recebe pedidos para exportação.

“Ainda não exportamos em contêineres, mas recebemos vários pedidos do Exterior e despachamos individualmente”, conta.

Ernani Oliveira

Inspiração que surgiu por acaso

ALTOpadrão

Diferente dos quadros vivos, os painéis são jardins verticais fixos. Eles podem revestir muros ou paredes, ou serem instalados em estruturas criadas especialmente para este fim, sem limite máximo de tamanho. Por permitirem diferentes composições de plantas, relacionadas ao microclima do local onde são instalados, os painéis têm grande efeito ornamental que enriquece os ambientes, internos ou externos, grandes ou pequenos.

Nos ambientes pequenos, eles ainda geram a sensação de amplitude.

Ernani Oliveira

Painéis naturais

O quadro (ao lado) dá vida a um ambiente residencial e o painel humaniza o hall de entrada de uma empresa Ary Diesendruck

Mais informações www.quadrovivo.com

/gastronomia

Receitas que aquecem o paladar A chef Cristina de Oliveira, do Restaurante Tabajara, ensina pratos apropriados para o friozinho do Inverno

Fotos Kakau Santos

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Apesar da normal resistência das pessoas ao frio, o Inverno vai chegando de mansinho e trazendo com ele um charme que vale a pena desfrutar. A elegância da moda se sobressai nos casacos pesados, chapéus e luvas e o romantismo parece aguardar essa estação para ficar mais evidente. Quem resiste a uma lareira e um bom vinho?

Na gastronomia não é diferente e as saladas dão lugar a pratos fumegantes, encorpados, na maioria das vezes mais gordurosos. É difícil evitar as calorias a mais, mas o corpo precisa de tudo isso, pois, devido às baixas temperaturas, consome maior quantidade de calorias. Sem exageros, essas comidinhas ajudam a manter a temperatura do corpo e confortam o paladar.

Segundo a chef de cozinha do restaurante do Tabajara, Cristina de Oliveira, o Inverno exige pratos apropriados para a estação. As receitas devem ser mais quentes, encorpadas e combinar paladares. Especialmente para esta edição da Alto Padrão, Cristina elaborou três pratos bem diferentes, com sabores peculiares e excelentes para as estações frias, todos eles com o toque especial da chef.

Sabores em harmonia

Pernil de cordeiro ao molho de gengibre, cassulê (acima à esquerda) e arroz de pato com pinhão (acima à direita) são sugestões da chef Cristina para aguçar o paladar nos meses de Inverno

O cremoso cassulê, feito com feijão branco e carnes de porco, que tiveram a gordura cuidadosamente retirada, ressalta os sabores dos temperos harmoniosamente acrescentados. O prato pode ser acompanhado por um vinho francês como o Château Montus. O arroz de pato com pinhão, apresentado pela chef, é uma combinação de ingredientes instigantes. Solto e bem molhadinho este prato é uma prova de que o arroz pode ser servido como um requintado prato principal. Para acompanhar, um Altas Quintas Crescendo tinto é excelente.

Já o pernil de cordeiro ao molho de gengibre e hortelã é um convite ao pecado da gula. O gengibre é um ingrediente muito apreciado por Cristina que afirma que, se bem dosado, pode ser utilizado no lugar da pimenta, realçando sabores. O vinho indicado para ser degustado com essa delícia é o chileno Carménère Legado De Martino.

Para Cristina, a apresentação dos pratos é essencial para encantar os olhos e demonstra o carinho no preparo. Segundo ela, o segredo não está nos ingredientes, mas em fazer o que gosta e estar sempre se aperfeiçoando.

“O segredo está nas mãos de quem faz”, garante a chef.

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/urbanismo Ivan Shulze

Alameda das Palmeiras iluminada novamente Após problemas com luminárias, empresa fornecedora trocou os equipamentos defeituosos Em setembro deste ano, a Alameda Duque de Caxias, mais conhecida como Alameda das Palmeiras, completa dois anos da revitalização que comemorou os 50 anos do Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Blumenau (Sinduscon). Recentemente, as lâmpadas usadas na inauguração da obra, orçadas em R$ 150 mil, precisaram ser trocadas. Segundo o chefe da Agência Regional da Celesc em Blumenau, Régis Evaloir da Silva, a empresa vencedora da licitação das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. implantou luminárias com problemas de fabricação, por isso a Celesc exigiu a troca.

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A Celesc também contou com a parceria da prefeitura de Blumenau, doando a instalação da fiação subterrânea nos postes e todo o consumo de energia está atrelado à Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública dos Municípios (Cosip). Os fios colocados debaixo do solo evitam a poluição visual e permitem que as palmeiras sejam as verdadeiras estrelas da paisagem, além de ganharem um charme todo especial durante a noite. As luminárias decorativas, muito utilizadas em monumentos, igrejas e pontes, são próprias para ficarem abaixo do nível do solo.

Segundo o presidente do Sinduscon, Jorge Luiz Strehl, o presente do sindicato à comunidade blumenauense veio na intenção de preservar a história da cidade e melhorar as condições de uso do espaço. A restauração contemplou a entrega de uma via com nova pavimentação, bancos e iluminação. Também foi inaugurado o Marco Histórico, um monolito projetado pelo arquiteto Cláudio Hörbe e esculpido em mármore pelo artista plástico Pita Camargo. Após um período às escuras, a Alameda das Palmeiras pode voltar a ser apreciada nas noites em todo o seu esplendor.

/patrimônio histórico

Preservando a história da cidade Município busca a preservação do passado através da arquitetura Kakau Santos

Michele Wilke michele@mundieditora.com.br Toda cidade tem uma história e há muitas formas de contá-la.

Uma delas é através das edificações que se transformaram em testemunhas físicas do passado. Um dos prédios históricos de Blumenau vai preservar a história de maneira peculiar. A antiga Casa dos Cristais vai ganhar vida, depois de passar uma longa temporada de portas fechadas.

O patrimônio tombado pelo governo do Estado foi desapropriado, em agosto de 2007, pelo Município. Depois de passar por pequenas reformas emergenciais, o antigo casarão passou a abrigar parte do Arquivo Histórico Municipal, no andar térreo.

Agora, o segundo e o terceiro piso estão passando por um trabalho de restauração para abrigar o Museu do Cotidiano. “Conseguimos um padrinho que está financiando este trabalho para 26

transformar o casarão em uma área de visitação museológica”, conta a historiadora Sueli Petry, diretora de Patrimônio Histórico e Museológico de Blumenau. Depois de concluídas as obras pela Construtora Hahne, o prédio passará por um trabalho de adequação do espaço.

“Estamos entrando em contato com museólogos e técnicos para não fazer nada impensado, já que precisamos que a exposição fale por si, que as pessoas entendam a intenção deste museu. Nós vamos criar o Museu do Cotidiano, com várias temáticas que ganharão diferentes olhares”.

A colecionadora Ellen Vollmer está doando seu acervo que está sendo coletado há mais de 10 anos. “São mais de 6 mil peças que foram doadas por famílias de Blumenau e região. São chapéus, roupas, porcelanas, rendas, calçados, ferros de passar, receitas e malas de várias épocas. A idéia é expor tudo o que faz parte do cotidiano de uma família, através de uma leitura moderna, associada a vários componentes do dia-a-dia das pessoas e da cidade”, explica.

/patrimônio histórico

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História iniciada no século 19

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Kakau Santos

A casa de número 25 da Rua XV de Novembro, na esquina com a Rua Itajaí, foi construída no final do século 19 por Gustav Salinger, proprietário da Companhia Industrial e Comercial Salinger. Durante muito tempo, dividiu as funções de ponto comercial e residência. No andar superior, como acontecia nos grandes centros europeus, ficava a moradia da família do proprietário, enquanto o térreo destinava-se às atividades do comércio.

Salinger foi uma figura marcante na história de Blumenau. Um de seus empreendimentos foi a implantação de uma fábrica de charutos. Detentor de uma rede de filiais que se espalhava pela área rural e urbana do Município, rapidamente elevou seu status social. “Isso fez o representante do consulado alemão mudar para uma suntuosa residência, próxima à casa comercial que vai sediar o Museu do Cotidiano”, explica Sueli.

Depois da morte de Salinger, na década de 1920, o endereço passou a sediar o posto de venda da Empresa Industrial Garcia. O endereço pertenceu a outras empresas e, mais recentemente abrigou a Casa dos Cristais, antes de passar por um longo período de abandono.

O processo de tombamento iniciou em 1994 e, em 2000, a casa foi definitivamente tombada pelo governo do Estado. “O Casarão dos Cristais fechou as portas por volta de 2002 ou 2003”, diz Sueli. Desde então, a casa permaneceu fechada para, agora, ganhar mais história. “Este espaço é muito importante para Blumenau porque representa um momento marcante da cidade, que foi a passagem do século 19 para o século 20. Na época da construção, o casarão eclético representava a modernidade e, depois de mais de um século de imponência, vai servir para preservar a história da cidade”.

Casarão foi construído por Gustav Salinger, um ícone do empreendedorismo blumenauense

/patrimônio histórico

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Kakau Santos Arquivo Mundi Editora

O casarão de 1890 está sendo restaurado há dois anos pelas empresas Torresani e Rischbieter. O início da Rua XV de Novembro, afirma a historiadora Sueli Petry (ao lado), é um verdadeiro túnel do tempo

Túnel do tempo Para a historiadora Sueli Petry, o local onde está o casarão compõe um cenário que representa a passagem do tempo. “O início da Rua XV parece um túnel do tempo. O visitante e os blumenauenses passam pelo antigo para, em seguida, se depararem com o moderno. É a passagem do ontem para o presente”. Além da antiga Casa de Salinger, a vizinhança conta também com a recuperação de um antigo casarão construído por volta de 1890, que foi adquirido pela Torresani Empreendimentos Imobiliários e pelo Grupo Rischbieter.

O arquiteto responsável pelo gerenciamento da obra de restauração, Jonathan Carvalho, conta que o trabalho começou em novembro de 2006. “Primeiramente, foi feito um trabalho de obras emergenciais no telhado e, ao mesmo tempo, foi realizado o levantamento arquitetônico e um mapeamento de danos. Em conjunto, fizemos uma pesquisa histórica e um estudo técnico para analisar as mudanças que a casa sofreu desde a sua construção, além do estudo laboratorial da composição da argamassa, tecnologia construtiva, ornamentações, pinturas artísticas e tudo mais”, detalha Carvalho, que pretende entregar a obra concluída em setembro deste ano. Ele explica que a obra de restauração não se comporta como uma construção normal, já que todos os detalhes, como materiais e técnicas construtivas, são importantes.

Blumenau conta com um Conselho do Patrimônio Histórico 30

que analisa e aprova os casos de tombamento. A arquiteta Stella Maris Nicoletti, que está assumindo a gerência de Patrimônio Histórico, diz que o Município oferece incentivos para a preservação arquitetônica. “O principal incentivo para as edificações tombadas é a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que está sendo aplicado desde 2005”.

Outro é a Renda Potencial Construtiva, que oferece a possibilidade de vender o potencial construtivo para qualquer imóvel em região de mesmo zoneamento. “Toda a área adicional que poderia ser construída no lote, mas impedida pelo tombamento, pode ser vendida”, explica a arquiteta. Este potencial pode ser renovado de 15 em 15 anos. Também existe o Fundo para a Preservação do Patrimônio Histórico. Neste caso, o proprietário do imóvel pode entrar com o pedido de restauração. “Não existem muitos recursos, porque o fundo vive de doações. Agora, com a lei da publicidade, as multas serão revertidas para este fundo”.

Segundo a historiadora, entre o que já foi perdido e o que está sendo revitalizado, há movimento positivo. “Se as leis forem seguidas, vamos ter, ao menos, algumas representações da história respeitadas. Esta é uma forma de deixar para o futuro lembranças do que foi Blumenau em um determinado período. Não é somente saudosismo e apego, temos que ter esse respeito pelo passado para que possamos ter uma identidade no futuro”, finaliza Sueli.

/projeto comercial

Pronto para crescer Sede de uma das principais empresas de TI do País terá seis andares com possibilidade de ampliação para nove Divulgação / Ágora Arquitetura

Em abril, homens e máquinas deram início às obras da nova sede da Senior Sistemas, uma das maiores empresas de tecnologia da informação (TI) do País. O prédio, inicialmente de seis andares e 12,7 mil metros quadrados, está sendo construído em um amplo terreno da Rua São Paulo, região central de Blumenau, e vai abrigar todos os setores da empresa sediados no Município.

O crescimento constante da Senior exigiu uma 32

sede adequada ao atual estágio da empresa e que permita ampliações futuras. O projeto ficou a cargo do escritório Ágora Arquitetura, sob a coordenação do arquiteto Daniel Rodrigues da Silva e com a participação direta da arquiteta Cristiane Otte Corrêa e da técnica em edificações Márcia Zappe Cremer.

Desde a contratação do escritório de arquitetura até a entrega do projeto passaram-se três anos.

Foram muitas modificações e adequações até che-

gar ao resultado que contemplou inteiramente as necessidades do cliente. Segundo a arquiteta Cristiane, uma das exigências era de que o projeto já contemplasse ampliações. Assim, o prédio original de seis andares já comporta o aumento para um total de nove. Internamente, a necessidade é de que o layout seja bastante flexível, permitindo as mudanças constantemente necessárias na organização funcional da empresa sem maiores transtornos.

ALTOpadrão

Pele de vidro vai cobrir a fachada

Construído em alvenaria, o prédio terá detalhes em vidro e metal que, aliados ao desenho moderno, resultarão em um visual arrojado e sintonizado com o ramo de atividade da empresa de software

Divulgação / Ágora Arquitetura

Uma das características arquitetônicas do prédio que certamente chamará a atenção é a fachada frontal em pele de vidro, do térreo ao sexto andar. Uma estrutura metálica superior, apoiada em colunas de concreto que se sobressaem ao vidro completam o visual moderno da construção. O projeto de interiores ainda não está pronto, mas a acessibilidade, já presente nas entradas, será uma das características, permitindo o fácil acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais.

Cristiane explica que metade do terreno será ocupado pelo prédio. A construção de um andar estacionamento ajudou a economizar espaço, permitindo que nos outros 50% do terreno a vegetação fosse preservada. A preocupação com o entorno também está presente na medida compensatória adotada em função da vegetação que precisou ser retirada para a construção.

A empresa adotou a Praça Fritz Muller, localizada em frente ao terreno, e se comprometeu em arborizar as ruas São Paulo, Timbó e Victor Konder.

Tudo, com o acompanhamento e orientação da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Faema), conforme licenças ambientais emitidas em 2008.

Até mesmo por se tratar de uma empresa que trabalha com alta tecnologia, a automação será uma das marcar do prédio. Ela estará presente no sistema de ar-condicionado, nos elevadores e no sistema de eletricidade, inclusive com gerador próprio. Softwares desenvolvidos pela própria empresa estarão presentes nos sistemas de automação que contarão também com controle de acesso, alarme de intrusão, alarme de incêndio, monitoramento por imagens e administração da recepção e acesso dos colaboradores.

Todos os projetos foram desenvolvidos pela Ágora Arquitetura e parceiros. O material escolhido, após vários estudos e cotações, foi a alvenaria. A construção está a cargo da Construtora Mestra, de Blumenau, e deve ser concluída em cerca de um ano.

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/mercado alto padrão

Conforto, beleza e segurança Dez modelos de fechaduras, dos mais variados preços, estão entre as opções para quem vai construir ou reformar o imóvel

Ao comprar fechaduras e maçanetas, além de olhar a beleza de um design arrojado e o conforto para abrir portas, a procura também é por segurança. Diversas marcas já perceberam esta demanda e conseguem aliar estes valores criando belas peças com trancas eficientes. A Revista Alto Padrão escolheu alguns modelos na Portahal - Puxadores, Fechaduras, Acessórios, que agregam funcionalidade e beleza para todos os gostos e bolsos.

A fechadura dourada da marca Altero é totalmente feita em Zamack, que é uma mistura de metais. R$ 318,60

Fotos Kakau Santos

Com fechadura central, esta peça da marca Mult-T-Lock é para trava de segurança por ser composta em aço blindado com quatro travas. R$ 481,10

Também em Zamack, a fechadura de aço cromado da Altero tem roseta quadrada e foi desenhada pelo arquiteto Sig Bergamin. R$ 296,23

Outra fechadura da Altero que leva a assinatura do arquiteto Sig Bergamin possui roseta espelhada. R$ 307,35

Feita em Zamack, a fechadura do modelo Fusion, da marca Obispa Design, tem acabamento em aço cromado e escovado. R$175,46

Da marca La Fonte, este conjunto do modelo Montan feito em latão possui trinco arredondado. De R$ 182,48 a R$ 191,61, conforme o acabamento 34

Fechadura para banheiro com tranca na parte interna. Da marca Altero, é totalmente em aço cromado. R$ 392,21

/mercado alto padrão

ALTOpadrão

O modelo pênsil da Obisba Design, em aço quadrado, é outra opção moderna com roseta quadrada. R$ 149,68 Fotos Kakau Santos Divulgação

Esta fechadura da marca Arouca mistura aço cromado e escovado. O design curvilíneo da maçaneta proporciona beleza e conforto na hora de abrir a porta.

O preço varia entre R$ 129,00 e R$ 143,00, conforme a utilidade (máquina instalada)

Esta fechadura biométrica digital da Mult-T-Lock possui travamento automático e senha de 4 a 20 dígitos.Também tem chave para abertura emergencial, travamento mecânico interno. R$ 3.867,50

/dicas de alto padrão Fotos Kakau Santos

A simplicidade do bom-gosto

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Sempre Viva 47 3322-0807

Quando se trata de decoração, o conforto é o item mais valorizado pela diretora da Santa Clara Veículos, Maria Beatriz Bauer de Souza. Ela gosta de misturar estilos: moderno, antigo, rústico, clássico. Maria Beatriz conta ter em sua casa desde peças herdadas da avó e da bisavó, até as de design atual. Tudo combinado com o bom gosto que afirma ter adquirido ao observar a mãe, que sempre gostou de decoração e passou para ela este interesse. Para Maria Beatiz, o segredo para combinar diferentes estilos é a simplicidade.

“Menos é sempre mais”, afirma.

1 - Bandeja centro de mesa com fundo colorido R$ 322,00

2 - Quadro Semana R$ 330,00 3 - Sousplat R$ 198,00 4 - Boleiro R$ 75,00 5 - Garrafa vinagre e óleo R$ 41,00

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6 - Jarra branca • R$ 158,80 7 - Jarro e bacia • R$ 205,90 8 - Vaso Palmeira • R$ 134,70

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