Alto Padrão - Ed. 41

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R$ 4,90

arquitetura | decoração | design | engenharia

simplicidade

ano 05 | julho/2010

experimental

A casa-conceito projetada por pablo josé vailatti foge dos padrões com desenhos simples e marcantes que criam uma identidade única


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/editorial

PRESERVAÇÃO Banco de imagens

Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla Back, Daniela Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Marli Rupp, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza.

Expediente

CONSELHO EDITORIAL

/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br /Editora-Assistente: Gisele Scopel /Repórteres: Beatriz Roberta Alves Gaviolli e Mariana Tordivelli /Gerente de Arte e Desenvolvimento: Rui Rodolfo Stüpp rui@mundieditora.com.br /Projeto Gráfico: Ferver Comunicação /Foto de Capa: Daniel Zimmermann /Editora-Chefe: Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br /Gerente Comercial: Eduardo Bellidio 47 3035.5500 - eduardo.bellidio@mundieditora.com.br /Gerente-Geral Comercial: Denilson Mezadri 47 3035.5500 - denilson@mundieditora.com.br /Diretor-Executivo: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br /TIRAGEM: 3.000 exemplares

/Presidente: Amauri Alberto Buzzi /Vice Pres. para Assuntos Estratégicos e Materiais: Clemar Fernandes de Souza /Vice Pres. para Assuntos da Indústria Imobiliária: Valter Luiz Torresani /Vice Pres. para Assuntos de Rel. Trabalhistas e Sindicais: Adalberto José da Silva /Vice Pres. para Assuntos de Obras Públicas: Jorge Luiz Strehl /Vice Pres. para Assuntos de Economia e Estatística: Guilherme Augusto Mattos Voltolini /Vice Pres. para Assuntos da Administração: André Marin d´ Iglesias Y Vieira /Vice Pres. Para Assuntos de Loteamento: Ricardo Vasselai

/Coordenadora: Odete Campestrini /Vice-coordenador: Osmar Pedro Schramm /Membros: Florense – Euroluce, Formabella, Inter Design, Julia Decoratus - Gesso e Acabamento, Raffinare Louças e Metais, Phelipe Mendes Design, Sempre Viva, Tapetes Persas Orientais, Verde Vale Piscinas, Imaq Movéis para Escritório, Vivenda Decore, Novara Iluminação, Lusair Colchões, Interativa Home Cine, Dellano Movéis, Berlim Ambientes e Engetel Soluções Automação e Segurança

Florença dá exemplo de preservação histórica aliada ao conforto e à modernidade Estou em Florença. Imagine fazermos uma avaliação destes dois momentos: num momento em que ao ler a revista percebo o quanto nossa região – eu diria – cresce em busca da modernização na concepção dos ambientes projetados e, no outro, vejo aqui ao meu lado a preservação a muito – e a todo – custo. Aqui, tudo parece que está para ser visto por fora apenas. Mas, quando entramos, seja nos ambientes históricos ou no comercial, propriamente, temos sempre uma surpresa que é a qualidade interna desses espaços e sua maneira clássica – com tecnologia – de acolher as pessoas. Resta esperar que em nosso ambiente possamos, com igual intensidade, preservar os espaços externos, a arquitetura que compõe a nossa história. Isso fará nossas cidades mais humanas, com mais raízes, com mais alma. Boa leitura! Amauri Alberto Buzzi Presidente do Sinduscon


/sumário Daniel Zimmermann

/arquitetura Divulgação

Casa-conceito construída em Piçarras busca a integração do interior com o exterior e favorece o convívio entre os moradores. Pé-direito de seis metros é um dos destaques

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/decoração Lareiras CVO são alternativa ecologicamente correta /sustentabilidade Selos certificam a adequação ambiental nas obras /reforma Trabalho minucioso para repaginar ambientes de hotel /turismo Spitzkopf é opção de passeio e hospedagem no Inverno /gastronomia Um festival de sabores em Blumenau

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/clic Alto Padrão

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/dicas Alto Padrão

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/projeto comercial Hospedagem com vistas à Copa de 2014

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/tecnologia Superfícies de quartzo são opção mais resistente a pedras como o granito e o mármore.

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/projeto residencial Fotos Daniel Zimmermann

Fora dos padrões

Casa-conceito, em Piçarras, divide opiniões quanto ao estilo, mas não passa despercebida Projetada e construída pelo escritório PJV Arquitetura, a casa em Piçarras foi a tela em branco que os profissionais precisavam para colocar em prática ideais arquitetônicos. O arquiteto Pablo José Vailatti conta que sempre quis construir uma casa na praia para depois vendê-la. “Estava habituado a fazer casas para clientes, mas sempre sonhei em projetar uma casa minha, com um desenho inovador que pudesse valorizar este tipo de investimento”, afirma. Por medo ou falta de conhecimento, o arquiteto acredita que os investidores seguem o padrão de mercado, porém, pensa que isso começa a mudar. “Já podemos encontrar construtoras que contratam arquitetos e exigem uma arquitetura de vanguarda, bem resolvida e de forte caráter contemporâneo. É disso que precisamos”, acrescenta.

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Obra de arte A arquitetura da casa é feita de desenhos simples, porém marcantes e concebe um projeto de leitura fácil com identidade única. A equipe buscou formas limpas, puras e trabalhou a composição de linhas e planos aliada à cromática branca. Para Vailatti, a casa se abre para o exterior, para o horizonte e, ao mesmo tempo, preserva a privacidade. O brise suspenso em alumínio é o elemento mais marcante deste projeto e tem como objetivo controlar a entrada de luz natural através do painel frontal em vidro. A casa tem, no piso superior, três suítes e uma sala de estar com um total de 120 metros quadrados. No térreo, está o setor social, com dois ambientes de estar, mesa de jantar, churrasqueira e cozinha. No mesmo pavimento, estão garagens, área de serviço e banheiro, com total de 170 metros quadrados. A sala tem pédireito duplo de seis metros de altura e os demais ambientes tem altura de três metros.

A sala (página ao lado) é o carro-chefe do projeto, que se utiliza do brise em alumínio para controlar a entrada de luz solar (acima e ao lado). Na área da churrasqueira, a simplicidade dos móveis e a funcionalidade seguem o conceito de vivência e utilização desenvolvida pelo arquiteto Pablo José Vailatti

Integração A sala social configura o cômodo de maior qualidade espacial da casa. Uma parede revestida em pedra e uma laje em concreto aparente complementam o cenário deste ambiente, que, segundo o arquiteto, é caracterizado pela experimentação de materiais, como vidro, alumínio, concreto e pedra. “O projeto busca evidenciar o convívio entre os moradores através da integração da área social. A sala é o elemento principal da expressão formal e proporciona sensações através dos elementos arquitetônicos que a compõem”, define.

Falem de mim A residência, que foi comprada por um casal de espanhóis, é, ao mesmo tempo, uma casa de veraneio e uma casa para morar. Para obter tal equilíbrio e organização, o arquiteto afirma que apostou na arquitetura como forma de arte ao articular formas, planos e volumes. “Há pessoas que se dizem apaixonadas pela residência, enquanto outras não se identificam tanto. Esta casa tem dessas coisas: ou você gosta ou não gosta, mas, de forma alguma passa desapercebida”, conclui. 11


/projeto residencial Fotos Daniel Zimmermann

Luz e mobília A linguagem simples e casual do mobiliário não chama a atenção para si. Segundo Vailatti, os móveis buscam apenas cumprir a função e evidenciar os elementos da arquitetura. Na área externa, um quiosque com cobertura de palha e uma mesa em granito ficam na esquina do terreno, integrando-se à rua através do vidro curvo. Quatro pendentes para iluminação foram utilizados na sala social, enquanto nas sacadas luminárias quadradas nos tetos valorizam as formas da arquitetura. Na parte externa da laje de concreto, foram instaladas duas luminárias especiais para evidenciar o brise suspenso e proporcionar um cenário envolvente e sofisticado. “Aproveitamos ao máximo a luminosidade natural, os banheiros receberam iluminação zenital e a fachada frontal recebeu um grande painel de vidro”, descreve. AP Pedras e vidro convivem harmonicamente na sala com pé-direito de seis metros. Abaixo, a cozinha, com móveis simples, mas que proporcionam funcionalidade e conforto aos usuários

Ficha técnica

O arquiteto

Projeto: Casa Brise Local: Balneário de Piçarras (SC) Profissional: Arquiteto Pablo José Vailatti Área construída: 290 m2 Área do terreno: 300 m2 Início da obra: janeiro/2007 Término da obra: dezembro/2007 Fornecedores: Mauriline (esquadrias em vidro temperado), Pedros Pedras (pedras externas), Planeta Mármore (granitos), Espaço Blumenau (peças em alumínio, portões, sacadas e brise), Vidraçaria Alemã (vidros muro e peitoril da escada), Gesso Piçarras (acabamentos em gesso), Itagres (pisos e revestimentos), Frigelar (refrigeração).

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PJV Arquitetura é um escritório especializado em projetos arquitetônicos que atende Penha e região. Encabeçado pelo arquiteto Pablo José Vailatti, o escritório tem como marca registrada a concepção do projeto com leitura fácil, identidade única e busca referências no movimento moderno e na história da arquitetura. (47) 3345-0535 / 9967-0516 www.pjvarquitetura.com.br/



/decoração

Ecologia ao redor do fogo Novidade ambientalmente correta surge forte no mercado de lareiras Fotos Divulgação

O frio do Inverno convida a recorrer a um elemento comum em épocas antigas, mas que hoje está mais presente na condição de objeto de decoração: a lareira. Quem se sente mais aquecido com o calor da lareira, ou simplesmente gosta de reunir a família e amigos na sala sob a luz natural, tem, agora, além das opções à lenha e a gás, uma opção sofisticada, leve e ecológica. A lareira CVO utiliza o etanol como fonte de energia e conta com o auxílio de biofluído para dar o tom amarelo ao processo de queima da substância, que normalmente produz chamas azuis. 14

Não faz fumaça, não precisa armazenar lenha ou instalar linha de gás. “Só é preciso montar uma estrutura de ventilação para poder acender a lareira, o que pode ser feito de forma automatizada”, explica a arquiteta Ana Paula Sperhacke, da Arq Inside Arquitetura. A nova opção do mercado é a principal aposta da arquiteta para os próximos trabalhos de instalação de lareiras em residências. A estrutura reduzida permite a utilização em pequenos espaços por meio de pequenas caixas e pode ser, inclusive, portátil.“A variedade de opções permite que se ins-

tale uma estrutura tradicional de lareira com essa forma de energia, ou soluções mais arrojadas, com o mesmo material para aquecimento”, explica. A aromatização de ambientes também é uma das vantagens da CVO. Para efeitos decorativos, é possível colocar pequenas pedras ao redor das chamas. Se borrifado perfume nessas pedras, a fragrância se espalha pelo espaço à medida que os elementos são aquecidos. “Pela facilidade e benefícios que o produto oferece, acredito que vai ser a grande tendência em lareiras de agora em diante”, aposta a arquiteta.


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Redução de espaço A criação dessas opções de lareira vem ao encontro da tendência, cada vez mais forte, de redução de espaço interno nas construções residenciais. “Hoje, há um grande problema com relação às áreas menores. Nem sempre você tem aquelas salas enormes disponíveis para instalar uma estrutura tradicional. Então, acredito que pra quem gosta de lareiras essa opção é muito bacana”, diz a arquiteta. Ainda recente no mercado – a novidade foi apresentada na mostra Casa Cor do ano passado –, as lareiras CVO ecológicas começaram a

ganhar espaço nos projetos residenciais a partir desse ano. A escolha pelas lareiras no projeto de interiores, em linhas gerais, é sugerida pelo arquiteto responsável. Em alguns casos, há clientes que fazem questão do elemento na decoração da residência. O critério é basicamente o mesmo. “Sempre que temos um ambiente maior, algum espaço que permite, fazemos a sugestão. O fogo reúne as pessoas e traz uma tendência grande de relações mais próximas”, diz Ana Paula. Essa utilização de espaços para integração

das famílias se reflete também na tendência arquitetônica de abertura dos espaços internos. Cada dia mais, áreas como cozinha, sala e áreas comuns têm paredes reduzidas ou derrubadas para ampliar o espaço e a relação entre eles. “Neste sentido, um cômodo com lareira, propício para a reunião de familiares e amigos, também contribui com as propostas”, observa a profissional. Ela vê no fato de não precisar quebrar paredes e nem cortar pisos para fazer a adaptação das lareiras ecológicas uma das grandes vantagens dos novos produtos. AP

Vantagens e desvantagens CVO A lareira CVO ecológica utiliza o etanol como fonte de energia e conta com o auxílio de biofluído para dar o tom amarelo ao processo de queima da substância, normalmente azul. Não faz fumaça, não necessita de armazenagem de lenha e nem de instalação de linha de gás. À lenha Com a desvantagem da aquisição e armazenamento de lenha em casa, esta lareira tem a seu favor o aspecto rústico, tradicional e decorativo. A estrutura necessita de materiais não inflamáveis como tijolo e pedras na parte interior e adaptação de chaminé para eliminar a fumaça. O aquecimento acontece de forma mais intensa.

O modelo mais procurado das lareiras CVO pode ser confundido com um quadro na parede

A gás Principal opção atual no mercado de lareiras, os modelos a gás podem ter temperatura regulada de acordo com a liberação da substância e, com instalação adequada, ganha em facilidade de manuseio. A queima também acontece de forma intensa, mas menos ecológica. O risco causado pelo combustível, mesmo quando corretamente instalada, é o ponto fraco da variedade. 15


/sustentabilidade

Menos impacto e mais conforto Certificações ambientais garantem construções que privilegiam a manutenção da qualidade ambiental e o desenvolvimento social

Divulgação

Lançado em 2008, o sistema Alta Qualidade Ambiental (Aqua) é o primeiro certificado de construção sustentável adaptado à realidade brasileira. Fundamentado no sistema francês Haute Qualité Environnementale (HQE), ele adota critérios próprios e incorpora normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). De acordo com a arquiteta Silvana Silvestre, que concluiu o Curso de Formação de Auditores Aqua pela Fundação Vanzolini, em São Paulo, o principal diferencial do processo é a clareza na metodologia aplicada nos referenciais. “A interpretação e adaptação ao Brasil permitem que os profissionais da arquitetura e engenharia pos16

sam fazer uso de soluções próprias de projeto e não soluções aplicadas na realidade de outros países, o que incentiva todos a pensar e agir de forma sustentável com valores arquitetônicos locais”, afirma. O Aqua refere-se a um processo de gestão do projeto e pode ser usado em novos empreendimentos ou na reabilitação de outros. Mesmo para o empreendedor que não busca a certificação, mas se preocupa com o meio ambiente, as orientações dos referenciais podem ser seguidas, pois fornecem parâmetros que devem ser analisados e atendidos de forma a minimizar os impactos do edifício sobre o ambiente externo e

garantir um espaço interno sadio e confortável. Para obter a certificação, o empreendedor deve assumir um compromisso em todas as fases da construção. No AQUA é avaliado as etapas de Programa, Concepção (Projeto), Realização (Obra). A certificação é concedida ao final de cada fase, mediante auditoria presencial e verificação de atendimento ao Referencial Técnico e ao sistema de gestão do empreendimento, podendo seguir adiante somente se a fase anterior tiver sido certificada. Os benefícios se estendem a todos os envolvidos, desde o início da concepção do empreendimento, até aos que estarão no uso e operação.


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O empreendedor ganha em diferencial e marketing. O usuário terá um ambiente com mais conforto e melhores condições de saúde. Mas, o principal ganho é o socioambiental. “Uma edificação certificada no processo Aqua prova, por meio de auditorias, que foi projetada e realizada com baixo impacto ambiental, consequentemente, garante uso racional de energia e água, menos emissão de poluentes e gases do efeito estufa e resíduos”, afirma a arquiteta. Além disso, o selo garante a gestão de riscos naturais, menor impacto à vizinhança e melhores condições de trabalho. De acordo com a Fundação Vanzolini, entidade responsável pela aferição e emissão do certificado, até janeiro de 2010, 14 processos foram iniciados, sete certificados foram emitidos na fase de Programa/Concepção e apenas um foi certificado em todas as fases para a loja Leroy Merlin, de Niterói, no Rio de Janeiro. A fundação calcula que a média mundial de custo adicional para a construção sustentável em relação à convencional, incluindo todas as fases e também o processo de certificação, é de 5%. E o tempo de retorno direto deste investimento adicional é de dois a cinco anos. O valor da certificação, já inclusos nos 5%, pode chegar a 0,15% do custo da construção.

Destaques do empreendimento:

No Brasil, a loja Leroy Merlin (foto página ao lado), de Niterói, especializada em materiais de construção, foi a primeira edificação a receber a certificação Aqua, em outubro de 2009. A obra levou 130 dias, mas teve a duração de oito meses para ter êxito em todas as fases da certificação do projeto de 8,5 mil metros quadrados. A obra foi a 19ª unidade da rede, que acredita que a certificação contribui para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental. De acordo com o diretor-presidente da rede, Alain Ryckeboer, a Leroy Merlin adotou a filosofia sustentável em suas operações entendendo que algo mais pode ser feito em benefício do bemestar da sociedade.

Modelo norte-americano Um dos certificados mais almejados pelos empreendedores brasileiros é o americano Leed, sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental. No Brasil desde 2006, o sistema que chegou através do U.S. Green Building Council (USGBC), verifica e atesta através de um sistema de pontuação se um edifício foi projetado e construído utilizando estratégias que buscam melhorar o desempenho em relação ao gasto de energia, eficiência da água, redução das emissões de CO2, melhoria da qualidade do ambiente interior, gestão dos recursos e sensibilidade para seus impactos. No momento, além dos empreendimentos comerciais, a aplicação está sendo bastante direcionada para construções dos estádios que receberão os jogos da Copa de 2014 e, posteriormente, nas edificações destinadas às Olimpíadas no Rio de Janeiro. A certificação Leed é muito abrangente e, desde 2008, estão sendo estudadas as adaptações para a realidade brasileira.

A arquiteta Silvana Silvestre é consultora para a certificação Aqua pela Fundação Vanzolini e Leed Green Associate pelo USGBC

Daniel Zimmermann

A escolha do local levou em consideração a ajuda ao desenvolvimento econômico da região; Durante a obra, medidas para garantir a qualidade de vida dos trabalhadores foram tomadas; Fachadas de vidro e brises aproveitam a luz natural durante o dia; A energia solar é captada por meio de painéis instalados no teto; Coletores de chuva captam água que depois é usada na descarga dos banheiros, para a limpeza da loja e para regar o jardim; O paisagismo é feito de árvores nativas, que, por sua vez, atraem e ajudam a preservar a fauna da região; Um Econômetro informa, em tempo real, todas as economias feitas na loja.

Desenvolvimento social

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/sustentabilidade

ALTOpadrão Divulgação

Projeto do Fórum do Meio Ambiente e da Fazenda Pública, de Brasília, de autoria do arquiteto Siegbert Zanettini, segue as exigência da certificação Leed

Multidisciplinar e inovador Em Brasília, um exemplo de construção que busca valorizar a identidade arquitetônica do edifício e atender ao plano urbanístico local, além dos critérios da certificação Leed do USGBC é o Fórum do Meio Ambiente e da Fazenda Pública, primeiro edifício público que visa alcançar a certificação. O projeto é do escritório Zanettini Arquitetura, Planejamento e Consultoria, que tem como coordenador-geral e responsável técnico o arquiteto Siegbert Zanettini. Seguindo conceitos multidisciplinares criativos e inovadores, a estrutura permite o máximo aproveitamento da ventilação 18

cruzada e iluminação natural nos ambientes internos e a criação de terraços ajardinados e vazios em todos os pavimentos, humanizando o ambiente de trabalho. O sombreamento adequado gerado pela fachada envidraçada garante o conforto dos usuários, além da consequente economia de energia, pelo abrandamento do calor no interior do prédio. Nas laterais com maior incidência de sol, foram utilizadas superfícies cegas, evitando a incidência direta da radiação solar, que aumentaria a temperatura no ambiente. De forma geral, a proposta tem o desafio

de minimizar o impacto ambiental da construção desde o canteiro de obras. O resultado serão ambientes internos e externos que garantam o conforto ambiental do usuário, eficiência energética do edifício e sistemas, possibilidade de utilização de energia limpa, economia de água com reutilização de águas cinzas (aquelas derivadas dos chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupas e lavação de carros, sejam de uso doméstico ou comercial) e pluviais para fins não-potáveis e adoção de metais eficientes e integração com a paisagem do entorno. AP


www.florense.com

02 anos Blumenau

New York Miami Chicago Mexico Monterrey Santo Domingo Panama Montevideo Punta del Este Asuncion Angola 60 lojas Brasil

Rua ItajaĂ­ 3333 Tel (47) 3340.8200 Blumenau


/reforma

Repaginando por etapas Tradicional hotel de Blumenau recebe mudanças para proporcionar mais conforto e visual aconchegante Fotos Daniel Zimmermann

Ao longo dos quase 30 anos de bem receber hóspedes, o Plaza Blumenau Hotel vem se aperfeiçoando de acordo com os tempos. Para o gerente Leonir Gesser, mudanças e novidades acontecem o tempo todo no hotel, contudo, desde o segundo semestre de 2009, o Plaza tem passado por uma repaginação total. foram investidos aproximadamente R$ 2,5 milhões na empreitada.

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As reparações começaram logo na fachada, onde o brise foi substituído e recebeu aplicação de forro em alumínio, além das paredes, que foram pintadas com cores mais leves. As áreas comuns também receberam melhorias na decoração e no mobiliário, assim como novo sistema de monitoramento por câmeras de segurança. Foram adquiridas portas de acesso automáticas, elevador com novo maquinário e o Fitness Cen-

ter recebeu novos equipamentos, como TV de 32 polegadas e ar condicionado. Para adequar-se às novas exigências do Corpo de Bombeiros e do Ministério Publico, foi implantado novo sistema de prevenção contra incêndio, como portas corta-fogo, sinalização de saída de emergência, adaptação das mangueiras em hidrantes, detectores de fumaça e iluminação de emergência.



/reforma

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Hospedagem remodelada

Momento oportuno Muito mais que conforto, o Plaza busca oferecer plasticidade. Segundo Gesser, praticamente tudo que está no campo de visão do hóspede foi melhorado. As transformações aliadas aos princípios da rede, que trata o hóspede como indivíduo e não como apartamento “número tal”, vieram em boa hora como resposta às críticas que a rede hoteleira de Blumenau vem sofrendo. “Sempre que tem algum grande evento na cidade, um setor é alvo de críticas. O comércio e os restaurantes já passaram por isso”, desabafa o gerente. Gesser garante que as melhorias foram feitas independentemente dos julgamentos. “Sempre mantemos o hotel em bom funcionamento”, conclui.

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São 11 andares, 131 apartamentos que foram totalmente renovados. Gesser conta que para conferir visual mais clean foram removidos os papéis de parede, que deram lugar a tintas de cores harmônicas. As esquadrias das janelas foram trocadas pelo PVC, que diminui a poluição sonora que chega da rua. “O isolamento acústico é essencial para o conforto do hóspede. Blumenau não é mais bucólica como antigamente e, às 4h da madrugada, já se escuta barulho de ônibus na rua”, observa. Como o barulho de fora não entra no quarto, o som dos frigobares começou a incomodar os visitantes. Resultado: o hotel trocou seus pequenos refrigeradores por modelos mais modernos e silenciosos. Para garantir silêncio total, os condicionadores de ar foram trocados por aparelhos do tipo split. As mudanças não param por aí. Todas as portas dos apartamentos receberam fechaduras eletrônicas e as antigas camas de madeira foram substituídas pelo versátil modelo box. Feitos exclusivamente para o Plaza, os novos colchões transformam-se em cama de casal ou em duas de solteiro através de um sistema de velcro com capa. “Com isso, renovamos todo o enxoval, como lençol, fronha, cobertor e travesseiros, que são feitos com pena de ganso”, ressalta o gerente. Completamente desmontados, os banheiros praticamente nasceram de novo. Balcão, iluminação, espelho, azulejos, metais e até as duchas foram substituídas. Os boxes, antes revestidos por acrílico, foram trocados por vidros temperados. Gesser explica que, para não estorvar o andamento das atividades do hotel, a equipe de projetos da rede Plaza trabalha na repaginação de dois quartos por vez. “Em breve, vamos trocar os aparelhos de TV. Estamos apenas aguardando o sinal digital para a aquisição de equipamentos compatíveis a essa nova tecnologia”, acrescenta o gerente, que inclui reforma das salas de eventos como um dos próximos projetos. Apesar das melhorias em todos os setores e das tecnologias adquiridas pelo estabelecimento, o hotel manteve o clima tradicional e acolhedor, que é marca registrada do Plaza Blumenau. AP



/turismo

Passeio invernal Momentos românticos ou de diversão têm endereço certo neste Inverno: o Parque Spitzkopf Fotos Arquivo Mundi Editora

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A natureza como você nunca viu está mais perto do que imagina. No extremo-Sul de Blumenau, a cerca de 30 quilômetros do Centro, está o Parque Spitzkopf. Refúgio ecológico contemplado por fauna e flora exuberantes, o local é cercado pela Mata Atlântica, além de ser o ponto mais alto do Município, com 936 metros de altitude. Juntamente com a região da Nova Rússia, a área tem 5 milhões de metros quadrados e possui mais de oito quilômetros de trilhas cuidadosamente sinalizadas. Da trilha que leva ao pico do morro pode-se avistar boa parte de Blumenau e Indaial. Ao longe, é possível ver outros municípios e, em dias ensolarados, pode-se até avistar o Litoral, a 40 quilômetros de distância. No entanto, prepare-se para caminhar por aproximadamente duas horas e meia, pois são seis quilômetros de chão morro acima até chegar ao cume. Arme-se de um par de calçados e roupas confortáveis, repelente de insetos, água e máquina fotográfica. O parque tem outras duas trilhas que levam a três cascatas. É comum nestes caminhos a aproximação de aves silvestres e até de pequenos mamíferos, como macaco-prego, bugio e tamanduá. Mesmo no Inverno, o passeio é uma ótima opção de caminhada e de estada. Cinco charmosos chalés estão à disposição dos visitantes que procuram cenários românticos e naturais. Quando bater a fome, os visitantes podem escolher uma das cinco churrasqueiras e fazer almoço com a família. Uma área reservada para camping recebe os mochileiros, assim como espaço para um bucólico piquenique. Outra atração refresca os dias quentes: a piscina de água natural que fica na base do morro é pura diversão, mas só no Verão.


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Pioneiros A primeira excursão ao topo do morro aconteceu em 1892, feita por imigrantes alemães que queriam demarcar terras. Desde então, a região já foi área de extração de madeira e de caça livre (1907 a 1932) e local de preservação de fauna e flora (1932 a 1983). A partir de 1988, passou a ser roteiro turístico, quando o atual proprietário, Hans Schadrack, tomou posse. Do falecido pai, Udo Schadrack, além do Parque Ecológico Spitzkopf, o proprietário herdou também o espírito de preservação do meio ambiente. Hans Schadrack decidiu transformar a área em empreendimento turístico, sendo que, até hoje, a administração do parque continua com a família Schadrack.

O pico recebeu o nome de Spitzkopf dos colonizadores por lembrar uma “cabeça pontuda”

A água da cachoeira forma uma piscina natural de águas geladas até mesmo nos dias de Verão

Nome complicado A pronúncia é complicada já que o termo Spitzkopf é formado pela união de duas palavras alemãs: Spitz, que significa pontuda, e Kopf, que em português significa cabeça. Portanto, Spitzkopf significa cabeça pontuda, nome dado pelos habitantes da região no final do Século 19 por causa do formato do morro. AP

Parque Ecológico Spitzkopf Atendimento todos os dias, das 7h às 19h Reservas de chalés e churrasqueiras: (47) 3336-5422 Rua Bruno Schreiber, 3777 25


/tecnologia

A vez do quartzo Quase tão duro quanto o diamante, o mineral é a matéria-prima para a produção de superfícies bonitas e duráveis Fotos Divulgação

É cada vez maior a busca por materiais versáteis, menos poluentes e mais resistentes na hora de construir ou reformar. Hoje, a composição de ambientes como cozinha e banheiro conta com a tecnologia das superfícies de quartzo, que permite uma variedade de aplicações. A líder mundial em superfícies de quartzo é a espanhola Cosentino, que há mais de 15 anos trabalha com o produto. O material tem na composição 94% de quartzo natural triturado, um dos

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elementos mais resistentes e bonitos da natureza, além da resina de poliéster, que confere flexibilidade. O sistema de vibro-compressão usado durante a produção garante a resistência do produto. De acordo com o gerente da Graniblu Comércio de Mármores e Granitos, de Gaspar, André Flávio Scheidt, a superfície de quartzo apresenta uma série de vantagens em vários aspectos. Além de altamente resistente, pois não quebra, risca ou trinca, ela não mancha, tem garantia de 10 anos

do fabricante e é mais leve que o granito. Outro benefício do material são as propriedades antibacterianas, o que favorecem a higiene e segurança na manipulação de alimentos. As características desse material permitem que o produto seja aplicado em diferentes ambientes, sejam residenciais ou comerciais. As primeiras placas chegaram ao Brasil há 12 anos. Atualmente, são importados, em média, dois containeres por mês do produto.


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Na cozinha ou no banheiro, as superfícies de quartzo são excelentes para o acabamento de móveis. O produto é resistente a quebras, arranhões e manchas devido à tecnologia aplicada para a fabricação: a pedra é triturada e depois compactada; uma resina garante a flexibilidade das peças

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/tecnologia

Flexibilidade de formas Podendo ser moldada de acordo com a necessidade de cada projeto, a superfície de quartzo permite abusar da criatividade e evitam o desperdício de pedra. Se comparado com a extração de mármore e granito, o método é muito menos impactante, pois reduz a exploração de pedreiras. Na escala de dureza de Mohs, o quartzo alcança o número sete, próximo do diamante, que está no número 10. Essa característica

confere à superfície a garantia de que riscos não irão aparecer, ao contrário de granitos ou melaminas. A resistência ao impacto também é superior a de outros produtos. Isso se deve à alta tecnologia empregada na composição do material. Por ser uma superfície sem poros, substâncias como café, vinho ou maquiagem não aderem ao material, por isso ele não mancha. A praticidade do material está também em

poder ser aplicado nos mais variados ambientes. Bancadas de cozinha e banheiro, escadas, painéis, banheiras, pisos, paredes, mostruários de bares, mesas e escritórios. A única restrição é não utilizar em ambientes externos, já que a superfície é sensível ao calor. A cartela de cores que a tecnologia permite criar também surpreende. Hoje, são mais de 50 opções e aumentam a cada ano. Embora a composição não seja reciclável, o material pode ser reaproveitado. AP

As superfícies de quartzo são produzidas em diversas cores e proporcionam uma infinidade de formatos, além de muitas aplicações, como em um moderno móvel de cozinha (abaixo) ou no revestimento de escadas (ao lado)

Fotos Divulgação

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/projeto comercial

Novo conceito para hospedaria Projeto experimental foi tema da Casa Cor Paraná, que procurou criar opções para a Copa do Mundo de 2014

Fotos Divulgação

Marcado pela funcionalidade e acessibilidade, o projeto das arquitetas Claudianne Abreu e Daiane Manica, apresentado na Casa Cor Paraná 2010, traz um conceito contemporâneo aos ambientes. O espaço que contempla o lobby e a recepção da hospedaria conceito teve como tema a Copa do Mundo. Já os sanitários enfatizam o masculino e feminino, ambientes feitos a convite da diretora da Casa Cor Paraná, Marina Nessi. Para ela, a intenção foi mostrar que diferentes áreas têm potencial para se transformar em hospedarias para a próxima copa de 2014, que terá 30

Curitiba como uma das cidades sedes. Segundo Claudianne, que está à frente do escritório Espaço 3 Arquitetura, na área do lobby a proposta foi projetar um ambiente com função de estar e, ao mesmo tempo, informação. Uma montagem de fotos clássicas conta os melhores momentos das vitórias do Brasil em Copas do Mundo. As imagens são emolduradas por painéis de madeira ecologicamente certificados e o ano de cada conquista ganha destaque com os números feitos em MDF e corte a laser. A recepção também exibe uma pequena homenagem à

Seleção de 2010, aproveitando o uso de plotagem adesivada, tendência cada vez mais forte na arquitetura de interiores. O móvel da recepção também foi projetado pela Espaço 3 Arquitetura e executado pela marcenaria Florence. As profissionais procuraram trabalhar com diferentes cores de lâminas sobrepostas para equilibrar o volume, já que o móvel é relativamente grande. Atrás dele, a utilização de espelhos traz a sensação de amplitude, para minimizar o efeito estreito no espaço de passagem em frente ao móvel.


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Poder das cores Nos sanitários, o trabalho lúdico veio por meio das cores e formas variadas para enfatizar o feminino e o masculino, dentro de uma proposta bastante contemporânea. Para as mulheres, destacam-se linhas curvas em detalhes como espelhos e louças, além das cores delicadas em tom lilás. Objetos de decoração com velas na entrada dão um charme especial e deixam o ambiente mais aconchegante. O sanitário masculino é uma contraproposta e evidencia as linhas retas e cores fortes como o vermelho-Ferrari. O projeto também inclui área para portadores de necessidades especiais, que, além de atender à norma de acessibilidade (NBR9050/2004), utilizou metais sanitários e tintas com o selo Sustentax, que determina a sustentabilidade socioambiental do produto. Neste espaço, a textura palha na cor capuccino e cores neutras tornam o ambiente clássico e acolhedor. As pastilhas de vidro utilizadas em cada sanitário em tons próximos e harmônicos às cores usadas nas paredes dão o grande impacto do trabalho. As profissionais usaram porcelanato em tons neutros.

Casa Cor Cor lilás e formas arredondadas das louças e espelhos caracterizam o banheiro feminino

Uma luz para cada ambiente A iluminação pode ser um fator determinante para um projeto de interiores. Para garantir que todos os espaços tivessem a luz adequada, o projeto incluiu uma diferenciação para cada ambiente. No lobby, optou-se pela utilização de luminárias de piso próximas das poltronas na área de estar e iluminação indireta, embutida nos painéis na área de circulação. “Também tiramos partido de arandelas e balizadores nas paredes laterais, pois optamos por não ter iluminação no forro, já que o pé direito era baixo para uma área de circulação intensa”, acrescenta Claudianne. As lâmpadas utilizadas nessa área

foram em tom branco-amarelado, que remetem ao conforto e aconchego e passam a sensação de tranqüilidade. Os sanitários foram bem iluminados, com luminárias embutidas no forro e na sanca junto aos espelhos. A cor das lâmpadas é a brancoazulada, pois passam uma sensação de limpeza e frescor. Na recepção, os pendentes sobre o móvel têm cor branca-neutra, tornando o ambiente claro, sem interferir nas atividades exercidas no local. Ainda na recepção, um grande pendente ao lado da escada dá mais sofisticação ao espaço de circulação.

Entre os dias 21 de maio e 29 de junho, Curitiba recebeu a 17ª edição da Casa Cor Paraná. Com o tema Morar verde: sustentável maneira de viver, a Casa de Retiros Mossunguê, integrada ao Bairro Ecoville, foi palco de trabalhos que surpreendem pelo bom gosto e soluções para os mais variados tipos de ambiente. Propostas residenciais, espaços multiuso, áreas de entretenimento e lazer engajadas na sustentabilidade em 67 ambientes fizeram da Casa Cor Paraná 2010 um sucesso que consolida a fama de Curitiba como bio cidade, referência mundial em ações voltadas para a vida sustentável e respeito ao meio ambiente.

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/projeto comercial Fotos Divulgação

A arquiteta

Ficha técnica

Ao contrário do sanitário feminino, o masculino (ao lado) é caracterizado pelas linhas retas e cores fortes, com destaque para o vermelho-Ferrari. Acima, o espaço para portadores de necessidades especiais, em tom palha e com louças sanitárias certificadas

Claudianne Abreu é designer formada pelo Cefet-PR, em 1992, e arquiteta e urbanista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em 1999. Fez cursos na área ambiental como EIA-Rima e de planejamento urbano, além de cursos na área de gerenciamento de projetos e detalhamento de marcenaria. Há cinco anos, a empresa Espaço 3 Arquitetura nasceu para trabalhar junto a empresas como Petrobras e HSBC como prestadora de serviço na área de projeto corporativo. Hoje, atua em projetos arquitetônicos em geral, indústrias de grande porte, postos de abastecimento de combustíveis, agências bancárias, planos diretores de desenvolvimento urbano, projetos ambientais, licenciamentos e aprovações, projetos de arquitetura de interiores residencial, lojas, consultórios, escritórios e comércio em geral. (41) 3016-6853 / (41) 9105-4873 claudianne@espaco3arquitetura.com.br www.espaco3arquitetura.com.br

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Projeto: Lobby, Sanitários e Recepção da Hospedaria Conceito - Casa Cor Paraná 2010 Profissionais: Claudianne Abreu e Daiane Manica Área do projeto: 80 m² Fornecedores: Balaroti, Bom Jesus Pisos, Brasgips, Colormix, Cristal Cor, Datalayer Projetos, Deca, Estandarte, Florence Ind. e Com. de Móveis, Gevo Estruturas Metálicas, Ilumishop, Impermix, Margon, Piccola Brotto, Suvinil, Savannah decorações.


odorizzi


/gastronomia

Para todos os gostos Blumenau ganha festival para promover gastronomia da cidade. As opções vão de pratos alemães a hambúrgueres

Esta é a chance de explorar a culinária da cidade. O 1º Festival Gastronômico de Blumenau, promovido pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sihorbs) vai até o dia 25 de julho e conta com 10 restaurantes de diversas especialidades, como culinária italiana, alemã, norte-americana e brasileira. A proposta, segundo o presidente do Sihorbs, Emil Chartouni Neto, é apresentar os pratos da gastronomia dos restaurantes de Blumenau.

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“A ideia inicial era divulgar somente para os turistas, mas resolvemos estender para todos os blumenauenses”, ressalta. Segundo o presidente, em julho há um grande movimento na rede hoteleira de Blumenau, graças às férias escolares. “A taxa de ocupação normal dos hotéis é de 55% e em julho chega a aproximadamente 70%”, destaca, ressaltando que o Município recebe 10 mil turistas a mais nessa época do ano.

Fotos Divulgação

Picanha na Brasa do restaurante Rancho do Urso

Há pratos para todos os gostos e para todos os bolsos. Os preços variam de R$ 15,80 a R$ 98,00. Os clientes podem degustar a Focaccia Itália, Alla Bonassoli, Spaguette ao Confitt de Camarão, costelinha de porco com molho de barbecue, Oktoberplatte, eisbein, picanha na brasa, risotto al vino, jantar temático da Alemanha e mushrooms burger. Para quem é de Blumenau e região, estes pratos estão disponíveis o ano todo. Escolha o seu e bom apetite!


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Cardápio de delícias Focaccia Itália – A sugestão da Baggio Pizzeria e Focacceria é a massa achatada e macia de origem italiana. O prato vem com duas massas finas e crocantes, temperadas com sal, azeite e alecrim, recheadas com mussarela, presunto picado, tomate fatiado, alface americana e presunto parma. Para acompanhar, a recomendação é um bom vinho tinto. • (47) 3037-6262 Jantar Temático Alemão – Turistas podem experimentar e conterrâneos podem se deliciar com o jantar germânico oferecido no Terrace Restaurante, no Plaza Blumenau Hotel. A salada de batata é servida como entrada e o tradicional marreco é o prato principal, acompanhado por repolho roxo e purê de maçã. O banquete vai muito bem com chope. • (47) 3231-7000 Spaguette ao Confitt de Camarão – O restaurante Pizzeria Don Peppone prepara um delicioso espaguete com camarões, alho fresco, pimenta dedo de moça, azeite, salsa fresca e tomates italianos. Vinho branco seco é a bebida ideal para acompanhar a massa. • (47) 3322-9090 Alla Bonassoli – O restaurante Macarronada Bonassoli não poderia sugerir outro prato senão sua especialidade: a macarronada. A escolha da pasta fica por conta do freguês, pois é o molho branco que faz toda diferença. Com salmão, camarão, creme de leite, alho e ervas finas, a refeição já vem acompanhada com uma taça de vinho. • (47) 3035-2662 Picanha na Brasa – Uma das especialidades do restaurante Rancho do Urso é a picanha no sal com queijo coalho e molho especial. O prato vem acompanhado com arroz, salada, maionese, farofa e fritas. Cerveja gelada é uma boa pedida para acompanhar a refeição. • (47) 3322-5276

Risotto al Vino – O Ristorante Funiculì Funiculà recomenda o risoto feito com arroz arbóreo, cebola, vinho tinto, funghi secchi e tomate. Peça junto com um dos diferentes vinhos servidos pela casa. • (47) 3037-2901 Costelinha de Porco ao Molho Barbecue – O prato tipicamente norte-americano é a sugestão do restaurante Figueira. A opção serve duas pessoas e vem com salada manara, arroz de alho, fritas mineirinha e farofa de bacon. Como os acompanhamentos são bem brasileiros, nada mais justo que pedir uma caipirinha para acompanhar. • (47) 3035-3710 Oktoberplatte – O restaurante Frohsinn serve o prato tipicamente germânico com tudo que tem direito: marreco assado recheado, repolho roxo, purê de maçã, salsichões, morcela, chucrute, batatas e cenouras sautés. Os tradicionais spãtzle (massa alemã), semmelknödel (almôndegas de pão), eisbein (joelho de porco) e kassler (carne de porco defumada) também estão no banquete. No copo, cerveja ou chope. • (47) 3326-6050 Eisbein – O tradicional prato alemão é a sugestão da Tunga Choperia. Joelho de porco cozido, salsichões, salada, chucrute, mostarda, raiz forte e maionese são ingredientes da refeição. Para acompanhar, chope, é claro. • (47) 3322-2549 Mushrooms Burger – O Pepper Jack recomenda o hambúrguer grelhado coberto com mussarela e generosamente guarnecido com cogumelos paris salteados em manteiga com ervas. O prato acompanha batata frita. Para beber, a sugestão é uma cerveja clara bem gelada. • (47) 3041-2922

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O templo do catolicismo

A imponência da torre, o granito vermelho, as esculturas em carvalho e os vitrais compõem a magia da Catedral São Paulo Apóstolo Um dos mais tradicionais cartões-postais de Blumenau apresenta um novo conceito arquitetônico. Projetada por Gottfried Boehm, a Catedral São Paulo Apóstolo, situada no Centro da cidade, foi executada pelo frei Brás Reuter, que colhia donativos da comunidade para dar continuidade às obras. Inaugurada em 1956, a nova matriz substitui a primeira igreja, construída em 1876, em estilo gótico. Construída com pedras de granito vermelho, o novo templo ganhou formatos inovadores. A torre em forma de cruz foi substituída por uma imponente estrutura de pedra, com 45 metros de altura, na qual há três sinos: o maior deles foi batizado de Je36

sus e pesa 510 quilos, com 1,10 metro de diâmetro. O sino médio, batizado de Maria, pesa 350 quilos e tem 98 centímetros de diâmetro. O menor, batizado de José, pesa 200 quilos e o diâmetro mede 82 centímetros. Todo o conjunto é ativado por controle remoto. A torre ganhou mais brilho e admiração quando chegou o relógio, ocasião em que se deu a inauguração oficial da nova torre e dos altares laterias. Com isso, a nova torre passou a chamar mais a atenção pelas duas novas atrações que apresentava: o dobrar dos sinos e o belo relógio, trazido da Alemanha, em 1930, com 484 quilos.

Se por fora a igreja é admirável, por dentro ela também desperta atenção. Os vitrais conferem belos efeitos de luminosidade e uma gigantesca rosácea, com oito metros de diâmetro, rodeada de outras 20 menores, com 60 centímetros de diâmetro cada, resulta num visual impressionante. Dentre as várias peças e pinturas sacras da catedral, destacam-se as imagens de Nossa Senhora, Cristo crucificado, São José e o Cordeiro Pascal, todas localizadas na parte superior da entrada principal, esculpidas em cedro pelo artista Gotfried Thaler. Simbolicamente, elas representam a família, o perdão, a comunidade e o sacrifício. AP


Fotos Evandro Fandaruff

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Foto Ricardo Silva / Photuspress

A rosácea, atrás do altar, é um dos elementos que mais chamam a atenção no interior da catedral

Foto Arquivo Mundi Editora

A torre pode ser vista e fotografada de vários ângulos e locais e sempre impressiona pela imponência

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Madeira e espelhos

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Ricardo Silva / PhotusPress

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Bom gosto, diversidade e cores fortes estão presentes na casa da coordenadora de Projetos da Bunge Alimentos, Cátia Inês Krueger Moutinho. Os ambientes da residência mesclam madeira com espelhos. Os espaços misturam o branco-laca com cores amadeiradas, sempre com alguma peça em destaque. Além disso, Cátia tem preferência por luminárias e cadeiras giratórias que dão um toque diferenciado. Integrados, funcionais e aconchegantes são as características fundamentais dos objetos que Cátia usa para transformar o ambiente residencial.

Sótão Chic Decoração e Mobiliário (47) 3037-1207 Rua Marechal Deodoro, 480, Bairro Velha 1) Flor cromada - R$ 23,90 cada 2) Caixa de espelho negro - grande R$ 250,00 / menor R$ 220,00 3) Garrafa em cerâmica - grande R$ 266,00 / pequena R$ 207,00 4) Efelante - R$ 154,00 5) Vaso - grande - R$ 340,00 / pequeno R$ 325,00 6) Lustre longo - 322,00 7) Lustre cromado - 324,00 cada 8) Poltrona - R$ 1120,00 9) Mesa em madeira - R$ 1695,00 10) Espelho - R$ 2445,00




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