Alto Padrão - Ed. 43

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R$ 4,90

arquitetura | decoração | design | engenharia

ano 05 | out-nov/2010

estética clean e praticidade

na cozinha

preparar refeições deixou de ser obrigação para tornar-se um evento social e as lojas especializadas em cozinhas contribuem para isso




/editorial

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza

Expediente

CONSELHO EDITORIAL

Preservação arquitetônica Daniel Zimmermann

/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br /Repórteres: Iuri Kindlen e Mariana Tordivelli /Gerente de Arte e Desenvolvimento: Rui Rodolfo Stüpp rui@mundieditora.com.br /Projeto Gráfico: Ferver Comunicação /Foto de Capa: Ivan Schulze /Editora-Chefe: Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br /Gerente Comercial: Eduardo Bellidio 47 3035.5500 - eduardo.bellidio@mundieditora.com.br /Diretor-Executivo: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br /TIRAGEM: 4.000 exemplares /TIRAGEM VIRTUAL: 50.000 exemplares

DIRETORIA /Presidente: Amauri Alberto Buzzi /Vice Pres. para Assuntos Estratégicos e Materiais: Clemar Fernandes de Souza /Vice Pres. para Assuntos da Indústria Imobiliária: Valter Luiz Torresani /Vice Pres. para Assuntos de Rel. Trabalhistas e Sindicais: Adalberto José da Silva /Vice Pres. para Assuntos de Obras Públicas: Jorge Luiz Strehl /Vice Pres. para Assuntos de Economia e Estatística: Guilherme Augusto Mattos Voltolini /Vice Pres. para Assuntos da Administração: André Marin d´ Iglesias Y Vieira /Vice Pres. Para Assuntos de Loteamento: Ricardo Vasselai /Diretor para Assuntos de Relações Intersindicais: Maurílio Schmitt /Diretora Administrativa: Margareth Volles /1º Secretário: Luciano Raymundi Filho /2º Secretário: Roberta Silva Silveira /1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira /2º Tesoureiro: Marco Aurélio Eichstaedt; //Conselho Fiscal /Efetivos: Renato Rossmark Schramm, Marcos Rischbieter, Nilton Speranzini /Suplentes: Valdir Damião Maffezzolli, Alziro Luiz Estevam, José Roberto Antunes Santos //Delegados Representantes /Efetivos: Jorge Luiz Strehl, Amauri Alberto Buzzi /Suplentes: Renato Rossmark Schramm, André Marin d´ Iglesias Y Vieira /Diretores: Giovani Isensee, Valter Ros de Souza, Jader Roney Tomazi, Carlos Alberto Ramos Schmidt, Leonardo Reges Marini da Cunha, Márcio Rogério Bruschi

Blumenau e região mantêm um rico acervo de construções na técnica enxaimel A imigração portuguesa foi a primeira a colonizar nosso País, deixando seus fortes e evidentes traços que a caracterizam muito bem – sem eira nem beira definia a classe econômica a que se pertencia ou feito nas coxas imortalizado pelas coisas não tão bem feitas – por todo faixa litorânea brasileira; em especial no nosso Estado, o imigrante vinha do império Português, porém, de um ponto distante de lá, que eram os Açores. Este povo deixou, entre outras, a marca da sua linguagem manifestada pelo ilhéu, mais conhecido como “mané da ilha”. Somente cerca de um quarto de século depois começou a surgir uma outra manifestação imigratória que foi a alemã, que também deixou sua marca, em especial com a técnica enxaimel, trazida e adaptada às condições e recursos locais. A preservação da técnica em nossa região é a característica principal da colonização germânica. A preservação do patrimônio imigratório é uma característica do povo catarinense. Boa leitura! Amauri Alberto Buzzi Presidente Sinduscon Blumenau



/sumário Daniel Zimmermann

/especial A cozinha deixou de ser uma clausura onde a dona de casa preparava, solitária, a refeição da família. Hoje, esse cômodo é o espaço mais nobre da casa, onde reúnem-se os amigos.

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/patrimônio

A especialista Cynthia Araújo, autora de projeto para o Shopping Park Europeu, fala sobre as aplicações do design ambiental nos projetos arquitetônicos.

Pesquisa para dissertação da professora Yone Yara Pereira resgata o verdadeiro patrimônio histórico formado por construções erguidas na técnica enxaimel.

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Daniel Zimmermann

Divulgação

/design

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Banco de imagens

/decoração Divulgação

Os papéis de parede se modernizaram e tornaram-se destaque na decoração de ambientes internos. A gama de cores, formas e texturas permite compor decoração das clássicas às mais ousadas, com praticidade de colocação e economia.

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/paisagismo Ana Holzer e Cláudio Saladini transformam residencial de luxo, em Balneário Camboriú, em um verdadeiro oásis.

/projeto comercial FFM muda a paisagem urbana

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/sustentabilidade Quadras de tênis em sintonia com a natureza

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/gastronomia As delícias do filé mignon

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/turismo Natureza exuberante e refrescante na Nova Rússia

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/clic Alto Padrão

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/tendências A versatilidade é uma tendência mundial

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�resenteie sua casa com uma jóia.

�onheça nossa nova loja,

agora mais ampla para você.

R u a T h e o d o r o H o l t r u p , 5 0 4 - Vi l a N o v a - B l u m e n a u S C - F o n e ( 4 7 ) 3 4 8 8 6 0 4 5




/c ozinhas

Tudo em um lugar só A sala de jantar raramente usada sai de cena e dá espaço para a praticidade e a integração Fotos Daniel Zimmermann

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Foi-se o tempo em que a mãe ficava cozinhando sozinha em um ambiente à parte enquanto a família esperava pela refeição na sala de estar. Cada vez mais integrados, os cômodos unem-se para promover a convivência, um lugar onde todos cozinham e interagem. Seja apartamento ou casa, cozinha, sala e varanda com churrasqueira são elementos que fazem do espaço um ambiente de confraternização. As designers de interiores da Dell Ano, Luana Segaty e Deise Arruda, dão dicas de como coordenar os três espaços em uma festa só. “A estética clean e a praticidade dão o tom das cozinhas atuais. Os armários estão sendo substituídos por gavetões”, diz Deise, acrescentando que o espaço aéreo do ambiente não é mais tão usado para, assim, transmitir sensação de amplitude. Para Luana, quando usado, esse espaço aéreo é ocupado por peças que estão à altura do usuário do ambiente. A designer Cereni Maria Frizzo, da Florense, enfatiza que a cozinha não é mais um ambiente de serviços, mas, sim, um ambiente social. Dessa forma, busca-se utilizar materiais de acabamento mais nobres, que interagem na composição do ambiente como um só. Cereni acrescenta que a tendência é que a cozinha seja um ambiente prático e funcional, onde formas horizontais predominam e proporcionam ergonomia aos usuários. Móveis embutidos equipados com aramados e porta-tudo reforçam a praticidade da cozinha, onde até os puxadores são discretos e as portas e as gavetas são basculantes.


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Ao gosto do chef Em termos de material, a sugestão é o uso de lâminas MDF de alta densidade, que aumentam a vida útil dos móveis planejados. Já para o revestimento é recomendado o uso de material plástico, por ser mais resistente. “Na cozinha, lidamos com objetos pontiagudos e um móvel com pintura laqueada pode ser facilmente danificado”, explica Luana. Para todos os gostos, as texturas do revestimento dos móveis aparecem nas mais variadas formas. Deise conta que algumas seguem a linha dos eletrodomésticos feitos com inox e apresentam superfície laminada.

Texturas que imitam madeira e linho são sempre pedidas pelos clientes, assim como temáticas florais que mais parecem sofisticados papéis de parede. Para Luana, a decoração segue a linha dos móveis. Chega de potinhos e bibelôs que ocupam espaço e atrapalham o desenvolvimento da receita. Ela sugere que se invista em uma iluminação bacana e em elementos de destaque, como um relógio de parede diferente ou banquinhos coloridos nos balcões. 21


/cozinhas

Fotos Daniel Zimmermann

Balcão e ilha Por falar em balcão, a peça normalmente divide a cozinha da sala. Caso falte espaço para a mesa de jantar, Deise sugere que outro balcão, acoplado à divisória, faça a vez do móvel. Nele, o granito ainda é muito usado, contudo, a superfície de Silestone está abocanhando boa parte do mercado por ser maleável, resistente e ter coloração sofisticada. A arquiteta Cristiane Rutzen, da Berlim

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Ambientes, acrescenta que as bancadas, na maioria das vezes, acabam sendo o elo entre os dois ambientes e, sendo assim, são utilizadas para lanches rápidos, para servir de base a algum eletrodoméstico ou ainda como apoio para os dois ambientes. Além do granito e do Silestone, outros materiais como fórmica, vidro e inox também são usados nas bancadas.

Cristiane diz que o layout do ambiente vai depender muito do espaço disponível, porém, uma forte tendência são as ilhas, que podem acomodar o fogão e a pia ou, simplesmente, outra bancada a ser utilizada como apoio. “Sendo um ambiente onde serão preparados alimentos, os materiais devem ser práticos e fáceis de limpar. Ali, a estética e a funcionalidade devem andar juntas”, afirma.


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Separar ou juntar Não é o tamanho do espaço que define se os ambientes devem integrar-se ou não. Cereni explica que, independente do tamanho dos espaços, o que define se o cômodo deve ser integrado ou não é o estilo de vida e o gosto de cada pessoa. “Em residências com menor área interna, a integração é interessante, pois, além de proporcionar maior convívio entre as pessoas, também gera a sensação de ampliação dos ambientes. A grande tendência é que se construam edifícios em que todos os cômodos sejam frequentemente utilizados, sem a existência de espaços ociosos”. No entanto, quando os ambientes são separados, Cereni recomenda que sejam tratados de maneira singular, em que o formato e os materiais podem ser projetados de forma independente dos outros cômodos. Mesmo assim, ela acentua que é fundamental que se mantenha a funcionalidade e praticidade dos espaços, observando sempre a ergonomia. O designer Ednilson Melato, da Formabella, adiciona que, quando separada dos demais ambientes, a cozinha tende a ser formatada com cores claras com detalhes em vidro e espelho para dar claridade e amplitude. Contudo, Ednilson afirma que as pessoas querem estar próximas do anfitrião e, com isso, todos ficam na cozinha. “Com a integração de ambientes, além de ampliar o espaço, você consegue ter uma utilização frequente e não ter uma sala que só se usa em ocasiões especiais. A ideia é ter todos num só ambiente, seja cozinhando, conversando, vendo TV ou ouvindo música, sem formar grupos separados”, conclui. AP

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/projeto comercial

Solidez e transparência Valores institucionais são eternizados em projeto arquitetônico inovador da Fundação Fritz Müller Fotos Daniel Zimmermann

Realizado não somente para marcar presença física, mas para transmitir e perpetuar a seriedade de uma instituição reconhecida, o projeto da nova sede da Fundação Fritz Muller, em Blumenau, foi presenteado com uma explanada que consagra a importância e visão de futuro. O cubo de vidro abraçado pelo invólucro de concreto aparente materializa a transparência com que a FFM atua no mercado educacional e a solidez do reconhecimento na sociedade. O arquiteto Rael Belli assumiu o projeto com a missão de inserir na paisagem blumenauense uma obra inovadora. O resultado é uma edificação 24

de aspecto futurista com cerca de 2 mil metros quadrados distribuídos por três andares e subsolo, que estão sobre uma explanada. A imponência destaca ainda mais a região onde a obra está inserida. O prédio pode ser visto e facilmente reconhecido por quem trafega nas proximidades, um dos principais caminhos para quem chega à cidade. Sem muitos precedentes na região, o concreto aparente foi construído em etapas passando uma sensação de estrutura em blocos, um dos destaques da arquitetura contemporânea que caracteriza o projeto.


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Adesão à luz solar Os três andares do prédio são revestidos externamente por vidros, o que garante iluminação natural durante o dia numa quase totalidade dos ambientes. E para que, em algumas horas do dia, a incidência do sol não seja muito forte nos ambientes internos, o concreto aparente foi projetado com dimensões maiores, em forma de abraço. Este invólucro de 14 metros de altura garante proteção solar. O mesmo invólucro permite proteção acústica nas salas que ficam mais próximas da rua, muito movimentada. Outro elemento utilizado na arquitetura contemporânea da FFM é o brise-soleil com lâminas verticais. Projetado em uma das laterais da edificação, promove a interrupção da incidência direta do sol naquele lado do início ao final da tarde. Todo esse cuidado no planejamento da obra faz com que seja necessário apenas uma pequena quantidade de iluminação artificial. Internamente, o setor administrativo possui corredores totalmente divididos por vidros das salas comerciais, administrativo e financeiro, de reuniões e de gerência. O mesmo ocorre com os espaços de uso comum, onde fica o acesso às escadas, elevadores e toaletes. Por um lado ou pelo outro, o ambiente recebe luz natural. O benefício da luz natural ocorre de igual forma nas três salas de aula envoltas por vidros. No auditório, localizado no piso térreo, os vidros também estão presentes nas laterais.

Tecnologia une facilidade e conforto A FFM é parceira de outras instituições de ensino, como Furb, Sebrae e Fundação Dom Cabral. Para manter a mesma proporção na qualidade de ensino que suas parceiras, houve um importante investimento nos ambientes de aula. São três salas com capacidade para até 60 pessoas cada. Esses ambientes possuem projetor audiovisual que mantêm conexão wireless. Qualquer participante das aulas pode apresentar conteúdos de seus computadores sem sair da mesa, transferindo-os diretamente para projetor com um registro e senha. A mesma tecnologia está disponível no auditório com capacidade para 160 pessoas que ainda mantém um projetor de tecnologia HDTV widescreen com possibilidade de dimensões de 16x9.

Benefícios que vêm da chuva Não é só pelo sol que o projeto da Fundação Fritz Muller se insere no conceito de sustentabilidade. Toda água da chuva captada no prédio é armazenada, passa por filtragem e cloração para ser utilizada em vasos sanitários. Com o mesmo foco em economia, as torneiras e válvulas dos sanitários possuem sensores de presença. As torneiras passam a despejar água na presença de movimentos humanos próximos. Já as válvulas só liberam água após a saída do usuário do local. 25


Centímetros valorizados

Fotos Daniel Zimmermann

/projeto comercial

Do primeiro estudo apresentado ao projeto executivo proposto e executado ocorreram pequenas alterações. Os profissionais da Jünge Belli Arquitetura, com experiência em projetos de instituições de ensino, priorizaram materiais que, proporcionalmente, se encaixam em um sistema modular, evitando desperdício. A estrutura com largos vãos é isenta de pilares intermediários, o que proporciona espaço para trabalhar os ambientes com materiais modulares. O sistema construtivo de planta livre é modulado, permitindo total flexibilidade dos ambientes internos, considerando as mudanças de layout e instalações dos dois setores. A decoração interna é equilibrada e, com ambientização atemporal, propicia praticidade e economia para prédios corporativos, que mantêm os elementos decorativos por mais tempo. Cores claras e estilo sóbrio correspondem à identidade da FFM.

Sistema inteligente A partir do início de 2011, todo o prédio terá automação no sistema de iluminação. Reatores que funcionam em sistema Dali já foram comprados pela instituição para garantir economia de energia. O sistema funcionará com base na iluminação solar. Conforme a claridade natural, as luminárias aumentarão ou diminuirão de intensidade, contribuindo somente com a luz que seja necessária. Numa mesma sala será possível observar lâmpa26

das com diferença de intensidade, correspondendo ao lado que esteja recebendo mais ou menos luz natural. Com os mesmos reatores, será possível obter a automação das cortinas das salas de todo o prédio. A partir do momento em que a incidência do sol passar a interferir em um determinado ambiente, as cortinas podem ser fechadas de forma programada. Mas os usuários poderão optar por mantê-

-las abertas ou fechadas. Outra facilidade é a climatização dos espaços. O sistema em VRV – Volume Refrigerante Variável – integra todas as saídas multi-split, com uma única unidade externa. Assim, o intercâmbio da refrigeração a partir de um acionamento progressivo dos compressores controla a demanda de todos os ambientes que estão sendo utilizados, com um baixo consumo de energia e com ruídos quase nulos.


Estrutural, Hidrosanitário e Preventivo de Incendio Etec Engenharia: 3326-3411 Elétrico Kreibich Engenharia: (47) 3326-7400 Ar-Condicionado Eng. Marcos Bittencourt: (47) 3326-8277 Execução e Gerenciamento da obra Construtora Prosil: (47) 3323-5913 Fornecedores Instalações Elétricas Kienold Instalações Elétricas Estrutura metálica e cobertura Serralheria Frare : (47) 3323-2066

Divisão setorial Planejado para atender necessidades administrativas e de treinamento, o prédio da FFM ganhou uma divisão setorial. A separação em blocos verticais formou dois setores distintos, mas, ao mesmo tempo, integrados. Na parte da frente, próximas da rua, ficam as salas de treinamento, uma por andar. Aos fundos, ficam as áreas administrativas e de uso contínuo. Entre os dois setores estão, em cada pavimento, os conjuntos de sanitários e os acessos a elevadores e escada. Como a edificação não prevê e não admite anexos, a ideia é que, se necessário, a área administrativa cresça sobre as salas de treinamento e essas sejam transferidas para uma edificação separada no terreno ao lado ou em outra localização. AP

Mobiliário Corporativo e divisórias Bortolini Industria de Móveis Ltda .: (47) 8816-7872 Structural Glasing (fachada de vidro) Espaço Aluminio e Vidro para Arquitetura.: (47) 3334-3412 Forro e Gesso Acartonado Forrotec Forros e Divisórias: (47) 3326-5600 Sistema de Automação, Sistema de Projeção e Alarme de incêndio Engetel Automação e Segurança Industrial e Predial: (47) 3327-0255 Persianas Ambienta: (47) 9973-3647 Carpete Cisne Decorações: (47) 3323-4964 Elevador EBC Elevadores: (47) 3367-3000 Paisagismo Gardênia Paisagismo: (47) 3327-7116 Luminárias Lights On : (47) 3329-2049 Luminárias e Material Elétrico Joclamar Materiais Elétricos: (47) 2102-6655 Ar-Condicionado Protérmica Climatização Ltda.: (48) 3342-0049 Telefonia e Lógica Sigmafone Telecomunicações: (47) 9144-2995 Lajes pré-fabricadas Vale do Selke Sistemas Construtivos: (47) 3323-4375

Ficha Técnica

Projetos complementares

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Projeto: Fundação Fritz Müller Empresa: Junge Belli Arquitetura: (47) 3326-5063 Profissionais: Arq. Rael Belli, Proj. Renato Junge, Arq. Anderson Buss, Arq. Ricardo Parisotto Área Construída: 2 mil m2 Início da Obra: dez/2009 Término da Obra: set/2010


/decoração

Estilo nas paredes Texturas, cores e desenhos dos papéis de parede oferecem alternativas das mais tradicionais às mais inusitadas para transformar ambientes Fotos Divulgação

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Na vida contemporânea é possível expressar a personalidade de várias formas. De maneira peculiar, muita gente tem feito isso pelas paredes. Transferir o estilo ao ambiente que ocupa é uma prática em evidência, realizada através dos papéis de parede. A empresária e designer Odete Campestrini, da Vivenda Decore, conta que o papel de parede inova os ambientes, apresenta requinte, demonstra conforto e traz sofisticação. Mesmo com as fazes cíclicas da decoração, o elemento é sempre muito bem visto por profissionais da área. A cada ano, as coleções apresentam muitas novidades. Uma infinita variedade de estampas, com texturas diferenciadas que transformam as superfícies. Não há limites para a criatividade. Tons e desenhos diferentes podem transformar um espaço. A aplicação pode reduzir ou alongar um ambiente que, da mesma forma, pode ganhar mais vida ou sobriedade. O papel de parede é de fácil aplicação, com colocação rápida e limpa, tanto em paredes lisas ou com pequenas imperfeições. Suas emendas são quase imperceptíveis. Ponto positivo em caso de pequenos acidentes, quando a substituição pode ser realizada em faixas e não com a retirada de toda a aplicação. Com manutenção fácil, a tecnologia dos materiais utilizados torna o produto antialérgico e inibe a propagação de chamas. Colas antimofo e à base de água restringem problemas como odor e poeira. A durabilidade média chega a 10 anos e, dependendo da qualidade, o tempo avança para até 20 anos. Na Vivenda Decore, é possível encontrar papéis de paredes conhecidos como Simples, Vinílicos ou No Wovens. As diferenças estão nos compostos, produtos de fixação e formas de limpeza. Fornecedores brasileiros, italianos, franceses, argentinos ou alemães garantem a tecnologia e a qualidade dos materiais


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Acerte nas escolhas

O papel de parede é uma solução interessante para ambientes de estilos mais tradicionais ou retrôs...

Transforme os ambientes percebendo os demais elementos: Pouca ou muita luz: cores claras transmitem mais iluminação, já as escuras consomem mais a claridade do espaço; Ambientes altos: tons escuros no teto passam a sensação de rebaixamento. A mesma sensação ocorre com o uso de listras horizontais nas paredes; Ambientes baixos: as cores claras no teto transmitem maior profundidade. Já o uso de listras verticais dá a sensação de alongamento; Ambientes espaçosos: as cores escuras nas paredes transmitem o aspecto de redução; Ambientes reduzidos: os tons claros e pastéis passam a sensação de alongamento do espaço; Ambientes quentes: é possível transmitir a sensação de frescor com o uso de papéis com tons claros; Ambientes frios: as cores quentes e vibrantes transmitem a sensação de calor.

...mas as várias opções disponíveis no mercado também apresentam soluções para ambientes modernos, com cores vivas e grafismo arrojado 29


/decoração

A sala ganha ainda mais status de moderna com o uso do papel de parede

Um papel pra chamar de meu É muito importante avaliar alguns aspectos antes de optar pela aplicação de papel de parede. É preciso perceber a função daquele espaço, qual atividade é realizada ali e o que conta muito é a personalidade de quem ocupa o ambiente. Pessoas que estão inseridas no ritmo urbano costumam trazer temas ligados à natureza ou o estilo vintage para dentro de casa. Para pessoas modernas e esportivas as combinações que demandam de ação e desenhos arrojados são sempre as preferidas. O aspecto clássico combina com pessoas mais conservadores e tradicionais, tornando o ambiente luxuoso e elegante, transmitindo sofisticação e romantismo. Já a aposta para o estilo natural são os papéis que procuram manter conforto e tranquilidade, aliando pureza, simplicidade e harmonia, com desenhos silvestres, rústicos e com aparência de feltro, camurça, algodão e juta. AP

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Decoração histórica

Fotos Divulgação

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China: é o país com os primeiros registros do uso de papel de parede, produzidos artesanalmente com palha de arroz. Com o tempo, surgiu o uso de pergaminho vegetal. Logo adiante, os papéis ganharam estampas, primeiro, produzidas uma a uma por artistas, e, mais tarde, por imensos carimbos. Europa: o papel de parede passou a ser utilizado pelos europeus nos séculos 16 e 17, substituindo as telas e tapeçarias na decoração das paredes. Ao mesmo tempo, surgiu o border, como são conhecidas as faixas que contornavam as janelas. Em 1930, surgiu, na França, a primeira fábrica de papel flocado, chamado de papel-toutisses, na cidade de Roven. Em 1938, os primeiros impressos surgiram na França. Na Alemanha de 1700 foram produzidos os papéis com relevos moldados em chapas de cobre. Na Inglaterra de 1750, os primeiros papéis multicoloridos foram impressos e, em 1770, em Paris, instalou-se a primeira fábrica de papéis pintados e flocados. Treze anos mais tarde, a Manufatura Real empregava centenas de artesãos. As impressões com corantes e o lançamento do rolo de papel com mais de quatro metros lineares ocorreu em uma fábrica na cidade de Rixheim, na França, que funcionou entre 1870 e 1939. Brasil: os papéis de parede cruzaram o Oceano Atlântico junto com a cultura européia, no final do Século 19. Mas o seu uso se tornou realmente popular no País a partir de 1960, com a modernização dos processos de produção e redução de custos.

Da cozinha ao quarto infantil, esta é uma solução prática e criativa para dar vida à decoração de ambientes internos

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/design ambiental

A arte de fazer sentir-se bem

“Cada vez mais, empreendimentos corporativos e residenciais se preocupam com a valorização dos espaços”, diz Cynthia Araújo

Fotos Divulgação

A designer Cynthia Araújo é diretora da CLA Programação Visual, empresa responsável pelo desenvolvimento e execução do projeto de design ambiental para o Shopping Park Europeu, que está em faze de construção na margem da Via Expressa, em Blumenau. A profissional carioca tem 25 anos de experiência e é referência nacional no segmento. De acordo com Cynthia, criar um sistema de sinalização ambiental é valorizar um determinado ambiente ou espaço para transmitir a sensação de bem-estar às pessoas que nele irão circular. É também uma forma de fixar a marca do empreendimento através do design corporativo. Nesta entrevista à Alto Padrão, a designer fala sobre o conceito do design ambiental e suas aplicações. E dá uma ideia de como será o projeto de um dos novos empreendimentos de Blumenau. 34

Alto Padrão: O que é o design ambiental? Cynthia Araújo: Em linhas gerais, o design ambiental valoriza o ambiente interno tanto em empreendimentos corporativos quanto residenciais, criando um código visual que possibilita o entendimento, a mobilidade e o acesso das pessoas em espaços cuidadosamente iluminados e decorados. Hoje em dia, o mundo corporativo profissionalizou-se e entende o design ambiental como um recurso para reforçar a imagem institucional, gerar grandes resultados no relacionamento e satisfação do cliente. O que, há anos, era tido pelos empresários como luxo, atualmente, é encarado como um investimento, pois, tem a capacidade de atrair consumidores e ganhar competitividade. Há pessoas, por exemplo, que preferem frequentar shoppings centers distantes de onde residem ou trabalham pelo fato de perceberem que ele foi projetado e planejado para recebê-las.


ALTOpadrão

AP: Em que momento do desenvolvi- ceito definido no estudo preliminar. A partir disso, mento dos projetos se começa a trabalhar o será estabelecida uma identidade formal entre de design ambiental? Como se dá o proces- os vários elementos do sistema de sinalização, de so até as instalações? maneira que possam ser reconhecidos como inteCynthia: O design ambiental começa a ser grantes de um mesmo sistema. Projeto executivo - Implantação e detalhamendesenvolvido na aprovação do projeto de arquitetura e a contratação dos demais projetos complemen- to de todos os elementos previstos no sistema de tares, já que é preciso que todos estejam compa- sinalização e design ambiental. Nesta etapa, é getíveis. O projeto de design ambiental subdivide-se, rado um manual executivo com todas as indicações para a produção por fornecedores especializados. resumidamente, em cinco etapas : Supervisão de produção - Esta é uma etapa Análise de dados - Levantamento das características e necessidades do empreendimento, através importantíssima e de grande responsabilidade do reconhecimento do local e diagnóstico das ca- para o designer, que deve garantir que a qualidade na produção de todos os elementos seja alcançaAP: Onde é possível a aplicação de proje- racterísticas dos espaços a serem sinalizados. tos de design ambiental? Estudo preliminar - A partir dos levantamentos da. Faz-se necessária a produção de protótipos de Cynthia: Felizmente, em vários espaços (risos). e das análises feitas, será definido o conceito a ser alguns elementos e o acompanhamento da instalação dos elementos do sistema pelo fornecedor Podemos dizer que desde shopping centers a em- adotado, possibilitando o detalhamento. Projeto Básico - É o desenvolvimento do con- contratado. preendimentos residenciais, passando por centros médicos, hospitais, academias de ginástica, museus etc. Cada vez mais, estes empreendimentos corporativos e residenciais se preocupam com a valorização Cynthia Araújo é considerada uma das autoridades no País quando o assunto é dos espaços internos e externos, com o objetivo de designe ambiental. Na página ao lado, oferecer ao público-alvo a sensação de conforto imagem do projeto do Park Europeu ambiental. AP: Como o design ambiental interage com a arquitetura e demais projetos de um empreendimento? Cynthia: O design ambiental é um projeto complementar de suma importância, seguindo os mesmos critérios formais e conceituais determinados pelo projeto de arquitetura que, por sua vez, é norteado por conceitos sugeridos pelo empreendedor. Hoje, o design ambiental desenvolvido por profissional especializado é tão importante quanto qualquer outro projeto complementar, como luminotécnico, paisagístico, de interiores etc.

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/design ambiental

ALTOpadrão Fotos Divulgação

Cynthia Araújo tem projetos em clínicas médicas e diversos outros segmentos: é possível aplicar o design ambiental em vários espaços, inclusive residenciais

AP: Desde quando o conceito de design ambiental é trabalhado no Brasil? Cynthia: No Brasil, o design ambiental começou a ganhar força no meio corporativo na década de 1990, como recurso para gerar bons resultados no relacionamento e satisfação dos clientes, já que é também através da estética que o público avalia a qualidade e a credibilidade de um produto ou de serviços prestados. AP: Quais as características específicas do projeto desenvolvido para o Park Shopping Europeu, em Blumenau? Cynthia: A partir da análise do ambiente e das características locais, definiu-se um conceito de design ambiental integrado ao projeto de arquitetura, criando um padrão estético compatível com o público-alvo. Para a construção do sistema de sinalização, utilizamos materiais nobres, como o aço inox, laminado de madeira e vidro, resultando numa linguagem moderna e clean, de acordo com o projeto de arquitetura. AP 36



/patrimônio histórico Fotos Daniel Zimmermann

Pesquisa resgata o enxaimel 117 construções que preservam as características originais serviram de material de estudo para professora da Furb

A colonização de Blumenau por imigrantes alemães, iniciada no Século 19, traz características peculiares, principalmente na arquitetura. A forma como esses imigrantes edificaram as construções, remete a uma técnica construtiva medieval, denominada enxaimel. Apaixonada pela história e arquitetura da cidade, a professora do curso de Arquiteta e Urbanismo da Furb, Yone Yara Pereira, desenvolveu a dissertação “Arquitetura de imigração alemã em Blumenau - das permanências às trans-

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formações”, em que busca resgatar o patrimônio histórico velado por modernas e descaracterizadas construções. A professora e arquiteta sempre teve o desejo de descortinar o início da história da cidade. “Sempre tive curiosidade em resgatar o processo arquitetônico vindo com os imigrantes”, afirma. De acordo com Yone, o estudo reflete sobre a arquitetura dos imigrantes alemães, que determinou uma figuratividade específica, adequando-se e

desenvolvendo-se dentro das condições do meio em que foi inserida. “A arquitetura, porém, é somente um ponto de toda esta complexa questão imigratória e cultural. Sentiu-se necessidade de um embasamento histórico em relação à formação da Alemanha do século 19, seu território e história, formação social e cultural, para desvendar o lugar destes imigrantes antes de virem para o Brasil”, explica a professora da Universidade Regional.


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A técnica A pesquisadora Yone Yara Pereira utilizou 117 construções que mantêm características originais como objeto de pesquisa

O enxaimel é uma técnica construtiva que na Alemanha foi denominado por “Fackwerk” ou “ Fackwerkbau”. É “construção em prateleiras” e através dela se designa uma construção em que as paredes são estruturadas por um tramado de madeira aparelhada em que as peças horizontais, verticais e inclinadas são encaixadas entre si e cujos tramos (Fach, pl Fächer) são posteriormente preenchidos com taipa, adobe, pedra, tijolos etc.

(Definição de Günter Weimer na obra ‘Arquitetura Popular da Imigração Alemã’).

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/patrimônio histórico

As primeiras edificações buscou referências na Prefeitura de Blumenau, onde existe o cadastro das edificações de valor hiostórico, das quais 166 são enxaimel. “Deste tanto, optou-se pelo estudo de apenas 117 das construções enxaimel, adotando como critério de seleção edificações residenciais com datação”, explica a pesquisadora. Nestas edificações, procedeu-se um estudo de vários elementos como implantação, materiais utilizados, inclinação e estrutura de telhado, número de tramos (panos de tijolos), desenho da estrutura Fotos Daniel Zimmermann

Com a chegada dos imigrantes, muita coisa precisou ser feita. Começando pela derrubada das matas para a formação dos povoados, até as construções provisórias e, posteriormente, as construções permanentes que foram edificadas na técnica enxaimel (estruturação em madeira e fechamentos em taipa ou tijolos). “O trabalho teve como objetivo principal analisar e entender o processo de imigração e a produção arquitetônica, as adaptações e adequações”, aponta a pesquisadora. Para chegar ao objetivo da pesquisa, Yone

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enxaimel, empenas, peitoris, anexos de cozinhas e varandas, aberturas, fundações e encaixes. Conforme explica a arquiteta, só foram estudadas as edificações que ainda apresentam os tijolos e a estruturação da madeira aparentes. “Para estudar as edificações rebocadas seria necessária prospecções e um estudo maior e mais aprofundado, como descascar paredes ou trabalhar com equipamentos mais sofisticados para saber onde exatamente estariam as madeiras da estrutura enxaimel”, justifica.

Casa que abriga Posto de Informações Turísticas, na Rua Itajaí, é exemplo de construção enxaimel. Prédio do Caça e Tiro Concórdia (E) passou por reforma para preservar as características da técnica trazida pelos colonizadores


Para embasar o estudo, Yone analisou tanto as alterações deste tipo de arquitetura,quanto a permanência desta arquitetura ao longo do tempo na cidade e como a técnica enxaimel contribuiu para o entendimento da produção arquitetônica do atual centro de Blumenau. “Através deste estudo, busca-se compreender uma cidade que, com 158 anos, desfralda no Centro a bandeira de uma tentativa de (pseudo) memória que se denomina como a Europa brasileira ou a Alemanha do Sul do Brasil, mas que, em alguns lugares mais distantes

deste centro conta ainda com a permanência das primeiras casas”, acrescenta. A arquiteta concluiu que as construções produzidas aqui tiveram um padrão diferente das que aconteciam na Alemanha. “Elas foram feitas mais simplificadas, menores em dimensão e volume, menos rebuscadas, mais singelas. Isso aconteceu devido à disponibilidade do material, adaptação climática completamente diferente do lugar de origem, além das condições econômicas e financeiras dos imigrantes”, observa.

O maior número de casas construídas na técnica enxaimel encontra-se na região Norte da cidade, principalmente, no Distrito da Vila Itoupava. Yone acredita que por essas construções estarem distante 20 quilômetros do Centro ainda mantêm as características do estilo. “Essas edificações foram pouco alteradas ou modificadas. A casa e até mesmo a forma de viver ainda estão preservadas. Algumas pessoas não falam português tentam seguir um padrão de vida que pouco se deixa afetar pela modernidade”, finaliza. AP

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/sustentabilidade

Academia verde

Cobertura de quadra de tênis também serve para captar água da chuva usada nos banheiros e para molhar o saibro

Fotos Daniel Zimmermann

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Em uma região onde chove tanto, quem tem quadra de tênis coberta é rei. A única da espécie no Médio Vale encontra-se na academia PSP Sports, no Bairro Bela Vista, em Gaspar. E não é só a proteção contra a chuva que os tenistas encontram como diferencial no estabelecimento. Preocupado com a responsabilidade ambiental, o proprietário Paulo Sergio Passold não mede esforços para aproveitar ao máximo o que é oferecido pela natureza. A chuva não é empecilho para a academia. Ao contrário: duas cisternas captam a água que é usada para molhar a quadra duas vezes por dia. Passold explica que a água da rede, por possuir cloro, resseca o piso e demora mais para secar. “Usamos a água nos bacios do banheiro também. A que vem da rede é usada somente nos chuveiros e nas torneiras. A economia é tanta que pagamos o valor mínimo na conta, aproximadamente R$ 40,00”, diz o empreendedor. Na onda da sustentabilidade, a casinha de madeira que antes era almoxarifado tornou-se um espaço zen, reservado à saúde, beleza e bem-estar dos clientes. Para isso, foi reformada e recebeu decoração no estilo provençal. A área externa deste espaço está sendo revitalizada com trabalho de paisagismo, que contará com uma fonte de água proveniente da cisterna. O ambiente oferece serviços de fisioterapia, estética facial e corporal, ginástica para pessoas da terceira idade e exercícios de alongamento.


ALTOpadrão

Árvores nativas Com cinco anos de vida, a PSP Sports traz um pouco de todos os lugares visitados por Passold na época em que viajava muito por causa do esporte. A quadra rápida de cimento que a academia está construindo vem de uma dessas viagens e também será a única na região. No total, o espaço conta com 35 mil metros quadrados. Árvores nativas rodeiam as três quadras de tênis da academia e, para trabalhar com o espaço sem afetar a beleza natural, o proprietário conta que pesquisa bastante opções e as coloca em prática com ajuda de um pedreiro. Sistema capta água da chuva que é usada nos sanitários, para molhar as quadras e até para alimentar a fonte artificial. Abaixo, o espaço especialmente criado para tratar da saúde, beleza e bem-estar dos clientes

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/sustentabilidade

ALTOpadrão Fotos Daniel Zimmermann

A quadra de tênis O tênis é jogado em uma superfície plana retangular, geralmente de grama, saibro ou em piso duro. A quadra tem 23,77metros de comprimento e largura de 8,23m para partidas de simples; e de 10,97m para partidas de duplas. O espaço adicional em torno da quadra é requerido para que jogadores possam alcançar a bola quando esta passa os limites da quadra. A rede tem 1,07m de altura nas extremidades, e 914 centímetros de altura no centro. Há três tipos principais de quadras, dependendo dos materiais usados para a superfície da mesma. Cada superfície fornece uma diferença na velocidade e no salto da bola de tênis. Terra batida ou saibro Esta quadra é composta por terra e argila coberta com pó de tijolo, um piso que torna o jogo um pouco mais lento. As bolas saltam relativamente altas e mais lentamente, fazendo com que seja mais difícil que um jogador bata um tiro indefensável. Em quadras de argila, as linhas de chamada são facilmente visíveis porque a bola deixa uma marca no solo. O Torneio de Roland Garros é disputado em quadras deste tipo. Vários tenistas fizeram história nesse piso como Rafael Nadal e Gustavo Kuerten. Piso rápido ou piso duro Este tipo de quadra é feita com muitas superfícies diferentes como cimento, tartan e asfalto. Até superfícies de madeira ou grama artificial são usadas. É um piso de jogo rápido devido ao seu piso regular. Os ressaltos baixos fazem com que as jogadas sejam curtas e poderosas. Os torneios de Grand Slam disputados nesses pisos são Australian Open e U.S. Open. Relva ou grama É o piso mais rápido do tênis, caracterizando-se pela irregularidade do ressalto da bola que depende quão saudável é a grama. Os grandes vencedores nesta superfície jogam ao estilo serviço e voleio, como Roger Federer e Pete Sampras. O Torneio de Wimbledon, na Inglaterra é jogado nesta superfície.

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/gastronomia

Festival de primeira Combinações inusitadas de filé mignon com risoto agradam todos os tipos de paladares Em Balneário Camboriú, certo festival gastronômico anda fazendo a cabeça dos apaixonados por carne. É o Festival do Mignon oferecido pelo Sapore Speciale, na unidade da Avenida Brasil. No jantar, 10 variações do filé são servidas com combinações de risotos. O estabelecimento também oferece o rodízio de massas com 15 tipos diferentes. O bufê de frios e pães completa a refeição. Para beber, o sócio-gerente Geverson Deotti recomenda vinho tinto da uva Cabernet Souvignon ou Merlot. Segundo Deotti, o cardápio segue os ingredientes da temporada e sempre tem algo diferente para oferecer. No entra-e-sai de combinações de molhos, temperos, massas e sabores, uma dupla não sai do rodízio: o filé ao molho de vinho com risoto de morango é o preferido dos clientes. A receita que agrada os paladares menos exóticos é a que Deotti ensina para os leitores de Alto Padrão.

Filé ao molho de pimenta com arroz negro 300g de file mignon 300g de arroz negro 600ml de água Uma abóbora cabutiá pequena 50g de costelinha suína picada 100ml de vinho branco Uma colher de cebola picada Duas colheres de manteiga Uma colher de pimenta vermelha 300ml de molho madeira 100ml de creme de leite Sal a gosto

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Fotos Daniel Zimmermann

Ingredientes


Preparo Comece pelo arroz. Refogue em uma panela a manteiga, a cebola e o arroz. Em seguida, acrescente o vinho branco e, quando reduzir, coloque a água. Feche a panela e deixe cozinhar por 30 minutos. Depois misture a costelinha e coloque o arroz dentro da abóbora. Reserve. Em seguida, tempere o filé com sal, pimenta e o grelhe em uma frigideira bem quente. Reserve. Em uma panela pequena, refogue a cebola na manteiga e adicione a pimenta e o molho madeira. Deixe cozinhar por 10 minutos, sempre mexendo. Para finalizar, monte o prato com a abóbora recheada com o risoto de arroz negro, o filé e, por cima, o molho madeira. AP

Sapore Speciale Avenida Brasil, 2680 Telefone: (47) 3361-6671 Balneário Camboriú


/paisagismo

Para ser desfrutado Poder colher frutas do pé é um dos diferenciais do projeto paisagístico do Costão da Barra Towers Residencial Club Fotos Divulgação

A beleza é incontestável. A agitação faz parte desse cenário. Um dos pontos turísticos mais badalados de Santa Catarina, repleto de construções residenciais na orla marítima, recebe mais um empreendimento. No entanto, o Costão da Barra promete trazer inovação e diferencial para a paisagem de Balneário Camboriú. O Costão da Barra Towers Residencial Club é um residencial que explora as belezas naturais do balneário. Em parceria com a paisagista Ana Holzer e o engenheiro agrônomo Cláudio Saladini, o novo residencial apresenta um projeto focado em sustentabilidade. “Esse projeto traz um arrojo de desenho e de planejamento paisagístico. A con48


ALTOpadrão

cepção é de exuberância e funcionalidade”, afirma a paisagista. De acordo com Ana, o projeto se divide em diversas áreas distintas. A calçada, parte integrante da cidade, reflete o conceito arrojado do empreendimento. “É o cartão de visitas”, afirma. A área de piscina, segundo a paisagista, é composta por diferentes elementos de integração e lazer. “O hall de entrada foi constituído com jardins espelhados, formando uma privilegiada chegada”, ressalta Ana. Para a paisagista, o grande diferencial do empreendimento está na área verde de lazer. Os moradores e visitantes irão encontrar um jardim e árvores frutíferas. “As pessoas vão poder colher as frutas que estiverem no pé. A ideia é unir diversão e natureza ao modernismo, adequando espaços e espécies”, complementa. Como o empreendimento é à beira-mar, o paisagismo não poderia deixar de seguir o estilo tropical. Além de projetar uma área verde em harmonia com os elementos naturais, os profissionais empregaram a vegetação de forma apropriada, assim, garantindo também destaque da arquitetura. 49


Fotos Divulgação

Jardins suspensos Segundo o engenheiro agrônomo Cláudio Saladini, da Flora Sílvia, a área de lazer recebeu um jardim implantado sobre a lage, com mais de 500 m². Isopor foi usado como material drenante. “O projeto fez uso de espécies vegetais exóticas de grande porte, como as palmeiras das canárias, espécies frutíferas, lago ornamental, vasos com hortaliças e pergolados. Foi implantando também o sistema de irrigação através da coleta da água da chuva”, diz Saladini, que destaca também a cobertura e laje com o telhado verde. Segundo o engenheiro agrônomo, o projeto procurou agregar mais valor ao empreendimento, utilizando técnicas que causassem menos impacto ambiental. Para isso, foram disponibilizadas diversas tecnologias modernas para implantação de drenagem, luminotécnica, jardim sobre lages, ecotelhado, jardins verticais, vasos, palmeiras adultas, entre outras. “Dessa forma, o paisagismo utilizado no edifício buscou a essência da paisagem natural, integrando ao encantador cenário, valorizando ainda mais o balneário. É gratificante poder fazer parte de um empreendimento desse porte”, afirma. AP 50

Lagos e palmeiras já adultas foram implantados no projeto paisagístico do Costão da Barra



/turismo Daniel Zimmermann

Beleza natural Um dos berços da cidade de Blumenau é opção ideal de lazer na estação mais quente do ano O calor está chegando e o refúgio ideal é logo ali, na Nova Rússia. Primeira região de Blumenau a ser explorada, o local é repleto de história, natureza e tranquilidade. O tesoureiro da ONG Nova Rússia Preservada, Mário Pavesi, conta que, em meados de 1890, o relevo dessa região atraiu mineradoras internacionais, uma delas era alemã, porém, com mineradores 52

prussianos na equipe, daí o nome Nova Rússia. Localizada ao sul de Blumenau, no entorno do Parque Municipal Nascentes do Ribeirão Garcia, hoje Parque Nacional Serra do Itajaí, a área conta com 88 quilômetros quadrados de área, 18% da área total do Município. “Depois da mineração, houve o ciclo da madeira e o atual, que é o do turismo”, afirma Pavesi.

A comunidade que habita o local é formada por 86 famílias, entre elas colonos, empresários que buscam refúgio e estabelecimentos turísticos que recebem visitantes durante todo o ano. “As atividades turísticas atraem visitantes de vários lugares. No Verão ou no Inverno, recebemos estrangeiros, especialmente turistas alemães”, diz.


Fotos Daniel Zimmermann

ALTOpadrão

Atrativos da Nova Rússia Minas da Prata – Trilha de acesso fácil, ideal para crianças a partir de seis anos, acompanhadas de um responsável.Túneis e histórias interessantes das antigas minas de prata. Meio deTransporte: a pé ou de bicicleta. Distância: até as minas da prata é de 2,7 quilômetros. Tempo de percurso: no mínimo, duas horas. Equipamentos e guia para o passeio às Minas da Prata: (47) 3336-1348 / 9159-4813; mpavesi@onda.com.br; www.pousadariodaprata.com.br Mirante do Morro do Sapo - Um dos pontos mais altos da Nova Rússia. De lá, é possível ter uma visão 360 graus da região. O mirante fica dentro do Parque das Nascentes, maior parque natural municipal do País. Atualmente, faz parte do Parque Nacional Serra do Itajaí. Possui hospedagem, área para camping e trilhas. (47) 3335-1863, contato@parquedasnascentes.org.br. Recantos naturais – Os recantos contam com serviços de bar, cozinha, áreas para camping, aluguel de quiosques e churrasqueiras e proporcionam banhos de rio e contato intenso com a natureza.

Ecoturismo Entre as atrações estão caminhadas, passeios a cavalo, banhos de rio, trilhas de mountain bike e visita aos túneis das Minas da Prata. Ainda na Nova Rússia, o Parque Natural Municipal das Nascentes do Garcia possui uma área de 5,3 mil hectares, com exuberante floresta e centenas de nascentes de rios. Além da vasta fauna e flora, o Parque das Nascentes conta com seis trilhas, com opções de tempos de percurso variados. Não muito longe dali, o Parque Ecológico Spitkopft é um perfeito refúgio ecológico com fauna e flora exuberantes. O local é coberto pela Mata Atlântica, além de ser o ponto mais alto de Blumenau, com 936 metros de altitude. Da trilha que leva ao pico do morro pode-se avistar boa parte de Blumenau e Indaial. Ao longe, é possível ver outros municípios e, em dias ensolarados, pode-se até avistar o Litoral, a 40 quilômetros de distância.

Mário Pavesi faz parte da diretoria da ONG Nova Rússia Preservada, que busca unir a preservação ambiental com o turismo 53


/turismo

Arquivo Mundi Editora

Nova Rússia Preservada A Ong Nova Rússia Preservada busca, há 11 anos, a preservação ambiental através do desenvolvimento sustentável e incentiva ações de ecoturismo na região. Importantes iniciativas já foram desenvolvidas pela ONG: - Limpeza dos rios com a participação das crianças; - Conscientização para a reciclagem e destinação correta do lixo; - Instalação de lixeiras ao longo das principais vias; - Cooperação para viabilizar, juntamente com o Serviço Municipal de Águas e Esgotos de Blumenau, sistema próprio de Tratamento de Esgotos abrangendo 100% das propriedades da localidade; - Doação de equipamento de informática para crianças da escola local; - Construção de área coberta para realização de eventos na comunidade; Implantação da Feira Nova, evento que promove as atividades econômicas como artesanato, agroindústrias, pousadas, recantos etc.

Belas paisagens e equipamentos turísticos rústicos fazem parte das atrações para quem visita a Nova Rússia Daniel Zimmermann

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Há 25 anos transformamos angústia em esperança.

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/clic Alto Padrão Fotos Daniel Zimmermann

Marco da fé açoriana

Capela de São João Batista, construída em 1759, está entre as mais antigas do Estado e conserva a estrutura original 56


ALTOpadrão

las paisagens possível avistar as be Do pátio da capela é pocoróy he e Armação do Ita das praias do Trapic

Construída em 1759, a Capela de São João Batista foi edificada em um ponto alto do Município de Penha e conserva até hoje a estrutura da época. O pátio guarda a mais bela vista da baía de Armação do Itapocoróy. Na estrutura da capela foi usado óleo de

Fachada da igrejinh a evidencia o estilo arquitetônico sacro Catarinense no Sécu do Litoral lo 19, trazido pelos colonizadores açorian os

baleia para dar liga na construção de alvenaria. No interior, encontram-se obras de valor inestimável, como a imagem de Nossa Senhora da Piedade e a imagem do padroeiro, vindas de Portugal e veneradas por aproximadamente 240 anos. A igreja é mobiliada com bancos de madeira maciça, possuindo iluminação

elétrica, diferente dos métodos utilizados antigamente, quando a iluminação era feita por lamparinas que tinham como combustível o óleo de baleia. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, a Capela de São João Batista é o mais valioso patrimônio arquitetônico de Penha. AP

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/tendências

versatilidade universal O arquiteto Sólon Cassal esteve em Blumenau para apresentar a visão e o conceito do designer catalão Enric Canet, gerente de produtos do Grupo Lamigraf, um dos principais fornecedores de papéis decorativos da Placacentro Masisa Possamai. A apresentação de Cassal foi baseada na macrotendência – que busca elementos ao redor do mundo. “A volta ao mundo busca cores, formas e referências. No design, tudo se casa, se mistura, se reutiliza”, afirma o arquiteto. A palestra ocorreu durante a segunda edição do Coquetel de Ideias, promovido pela Placacentro Masisa e pelo Instituto Brasileiro de Design (IBDI), em 25 de julho, no Restaurante Moinho do Vale, em Blumenau. Durante o evento, arquitetos, decoradores e designers conheceram as tendências em cores, texturas e padrões para confecções de móveis para interiores. Cassal é gerente de marketing da Lamigraf Brasil. Segundo o arquiteto, atualmente, as tendências são universais. O que é tendência na Itália já é no Brasil também. As ‘megatrends’ (megatendências) são as misturas de todo o mundo. Elementos como a simplicidade, comodidade, tradição, reciclagem e tecnologia fazem parte dessa nova era. “O design, as formas, as cores estão cada vez mais versáteis e ágeis. Um tempo atrás, quando voltava de viagens internacionais, encontrava as novidades vistas por lá meses, anos depois no Brasil. Hoje, as coisas estão mais rápidas e o que se viu no Salão de Milão desse ano já pode ser encontrado nas melhores casas do Brasil. O brasileiro tem sede de novidades”, garante. 58

Divulgação

As tendências estão globalizadas e, cada vez mais, busca-se aconchego e personalidade na decoração

Conforto e aconchego na lar são, cada vez mais, o sonho de consumo de pessoas em todo o mundo

Lar, doce lar O que a maioria das pessoas quer encontrar quando chega em casa nada mais é do que conforto. A palavra da vez, depois de sustentabilidade, é aconchego. Segundo Cassal, a decoração dos interiores está cada vez mais acolhedora, retratando o verdadeiro sentido do lar: o refúgio. “Os interiores estão voltados para a simplicidade, serenidade, elegância e funcionalidade dos móveis e objetos”, afirma. Outra novidade são as cores. O que há quatro anos era cinza ou bege explodiu para cores fortes e vibrantes. Para o arquiteto, essa mudança se deve à crise mundial. “As pessoas não podem trocar de móveis, optando assim por pintá-los de outras tonalidades. O mercado exige versatilidade”, acrescenta. Diferentemente do que acontecia há pouco tempo, o mercado moveleiro está se reinventando. A tendência está na maneira de se vestir, agir, na cultura dos povos. “Precisamos estar atentos a tudo. Ao cheiro, ao paladar das pessoas. O reflexo dos tempos é olhar o passado, valorizando o clássico e as coisas antigas”, acrescenta. AP


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en Lanรงam



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