Alto Padrão - Ed. 50

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[ hospedagem ]

REQUINTE E SOSSEGO NO

PARAÍSO

[ patrimônio ] jan/fev.12 Ano 7 R$ 11,90

#50

ENXAIMEL HOJE COMO NO

SÉCULO 19


à à t t i i n n u u t t OpOppopSroaSrcaccacraoro aproveite aproveite as condições as condições especiais especiais da Saccaro da Saccaro e transforme e transforme a suaacasa. sua casa. Esse Esse climaclima vai surpreender vai surpreender você.você.

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resistência (não sofrendo ações do tempo). Todo material é altamente adaptável, feito sob medida com rigoroso controle de qualidade. Os produtos BELLEVUE são sistemas de esquadrias (janelas, portas, painéis fixos) em PVC com reforços internos em aço galvanizado a fogo, borrachas de vedação (EPDM), sistema de ferragens e vidro-simples ou vidro-duplo, quando se deseja isolamento termo-acústico.

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Pioneirismo Desde 1995, a BELLEVUE se tornou referência na fabricação de esquadrias em PVC, usando tecnologia de ponta e sempre buscando o melhor para seus clientes. Hoje é destaque no mercado, pois trabalha com produtos de altíssima qualidade, feitos sob medida, atendendo a necessidade individual dos consumidores, com projetos residenciais, industriais e comerciais diferenciados. O atendimento é personalizado, na qual uma equipe especializada avalia a estrutura e detecta os pontos a serem focados. A empresa atende principalmente o consumidor final, garantindo uma satisfação singular, porém, possui capacidade para as diferentes demandas de mercado. Nesses 16 anos de atuação, a BELLEVUE oferece os melhores materiais disponíveis no segmento, sendo a maior parte importados, principalmente, da Alemanha. Todo PVC utilizado no processo é fornecido por uma empresa alemã, com mais de 40 anos de história, presente em mais de 80 países. Tudo isso para garantir que o produto evolua de acordo com as tendências mundiais. “ O PVC é um dos materiais mais adaptáveis e mais difundidos na construção civil, em função da elevada resistência. Por este motivo, conquistou a confiança de muitos arquitetos, engenheiros e construtores”, destacam os diretores Luiz e Felipe Rebellato.

Nova sede, com tecnologia a favor do meio ambiente A BELLEVUE está localizada na nova sede, na rodovia Dr. Pedro Zimmermann, 8766, no bairro Itoupava Central, em um espaço de 1,8 mil metros quadrados de área construída. Toda a área está aliada ao cuidado com o meio ambiente - o telhado capta a água da chuva; o ambiente tem iluminação natural, com os Domus fabricados pela própria empresa; nenhum material é tóxico; e é realizada a coleta seletiva de resíduos. Além de toda tecnologia envolvida, no espaço disponível a empresa planeja expansão para os próximos anos. Colaboradores A BELLEVUE se preocupa com o bem estar de seus colaboradores e, atualmente, conta com 30 funcionários, sendo que a maioria possui mais de 10 anos de casa, comemoram os Diretores Luiz Carlos e Felipe Rebellato Em diversas ocasiões, clientes antigos são surpreendidos em suas novas compras, por serem atendidos pela mesma equipe comercial e técnica que o atendeu na primeira compra. “Nosso objetivo é que cada obra seja sempre a melhor, devendo ser superada apenas pela próxima obra”

Rodovia Dr. Pedro Zimmermann, 8766 Bairro Itoupava Central - Blumenau - SC Fone: (47) 3323-0612 www.bellevue.com.br comercial@bellevue.com.br


“Foi pensando em receber de forma aconchegante e prática que a arquiteta Júlia Kracik pensou nessas três salas situadas em um apartamento no bairro Garcia em Blumenau. De um amplo espaço formou-se as três salas com finalidades distintas para cada uma delas. Optou-se por transformar este espaço totalmente com móveis comprados prontos, pensando em rapidez e praticidade. Em parceria com a loja Inter Design, onde a profissional encontrou uma equipe competente, um excelente atendimento e ótimos produtos, foram adquiridos, móveis, tapetes, quadros e alguns dos objetos de decoração

Na sala de televisão e jantar que ficaram integrados, priorizou-se o uso, com um sofá grande e confortável em cor mais escura, para que a finalidade em questão não fosse comprometida e que os moradores se sentisse a vontade para utilizar sem medo. Para as refeições a cliente optou por uma mesa de 8 lugares e aparadores auxiliares. Nesta sala o casal e seus filhos farão todas as refeições. A escolha das cadeiras foi minuciosa, pois era necessário que fossem leves para carregar e confortáveis para ficar horas e horas após um jantar ou tomando um cafezinho. A combinação tornou o ambiente acolhedor, permitindo a reunião em família.

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FOTOS DANIEL ZIMMERMANN

Para o apartamento foi utilizado cores mais neutras nos móveis e nas paredes para não cansar, além de serem do gosto da cliente. No teto, forro de gesso em todos os ambientes, permitindo trabalhar com iluminação indireta o que resulta em mais sensação de acolhimento. Alguns pontos de luz foram colocados para iluminar as cortinas, pois os tecidos são vendidos na loja da família e assim conseguimos dar foco e atenção ao produto. A sala de jantar e televisão ficaram integradas ficando separadas da sala de visitas por duas portas de correr , o que resulta em mais privacidade.

Para a sala de visitas, a arquiteta optou por peças mais claras, já que é um ambiente menos utilizado no dia a dia e para diferenciar do ambiente onde se encontra o televisor. O ambiente ficou chic na medida certa, e conforto para receber.”

www.interdesign.com.br


[ editorial ]

[ expediente ]

Edição 50 Com esta edição, a revista Alto Padrão comemora a chegada ao número 50. A publicação que circulou pela primeira vez em setembro de 2005 passou, em seis anos, por reformulações editoriais e gráficas e se consolidou como a revista que mostra a qualidade e diversidade da arquitetura, design, paisagismo e gastronomia das regiões de cobertura.

CONSELHO EDITORIAL Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza

A revista Alto Padrão é uma publicação bimestral, com média de 100 páginas por edição, com destaque para reportagens sobre projetos de interiores, arquitetura, preservação do patrimônio, tecnologias ligadas a essas áreas, design, paisagismo, jardinagem e gastronomia. Além de seções que mostram curiosidades do design de produtos e que trazem dicas de objetos garimpados nas melhores lojas de decoração da região. A publicação circula em Blumenau e região, Litoral Norte e grande Florianópolis, mas pode, também, ser acompanhada de qualquer lugar pela página da Mundi Editora na internet (www.mundieditora.com.br). A edição 50 traz na capa a arquitetura do Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, empreendimento hoteleiro de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, em que a arquitetura e decoração proporcionam a maior integração possível dos hóspedes com a natureza exuberante do Litoral Catarinense. Entre os outros destaques, está a equipe de carpinteiros de Paulo Volles, que a partir de pesquisas de campo e estudos históricos, constrói casas na técnica enxaimel seguindo as normas alemãs do Século 19. E a designer Sandra Bugmann dá uma verdadeira aula sobre o estilo provençal, que nasceu na região de Provença, no Sul da França, e ganhou as casas do mundo inteiro, com muita beleza e sofisticação. A primeira edição da revista (foto) circulou em setembro de 2005 e tinha na capa um projeto residencial assinado pela arquiteta Ana Paula Sperhacke. A publicação circulou com 44 páginas, bem diferente das 100 páginas atuais. Na edição 45, publicada em março de 2011, a revista estreou novo projeto gráfico, mais moderno e atraente. A edição foi marcada pela publicação de uma reportagem especial sobre as imagens em 3D na arquitetura, inclusive, com várias fotografias nessa técnica e com o óculos de brinde para que os leitores pudessem desfrutar do efeito 3D. Mostrar inovações e tendência está na essência da Alto Padrão, que conta com a colaboração de leitores com sugestões de temas para as próximas edições. Essas sugestões podem ser encaminhadas para pauta@mundieditora.com.br e serão avaliadas pela equipe de produção da revista.

Sidnei dos Santos Editor-Executivo 08

/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos Palavra Escrita Ltda. ME sidnei@mundieditora.com.br /Reportagem: Cleiton Schlindwein, Daiani Caroline Coelho, Francielle de Oliveira e Iuri Marcelo Kindler /Gerente de Arte e Desenvolvimento: Rui Rodolfo Stüpp rui@mundieditora.com.br /Diagramação: Tiago de Jesus e Fabiano B. Linares /Projeto Gráfico: Ferver Comunicação www.ferver.com.br /Foto de Capa: Daniel Zimermann /Editora-Chefe: Danielle Fuchs Fuchs Editorial Ltda. ME danielle@mundieditora.com.br /Gerente Comercial: Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br /Gerente Geral Comercial: Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br /Diretor-Executivo: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br /Circulação: circulacao@mundieditora.com.br /Sugestão de pauta: pauta@mundieditora.com.br /TIRAGEM: 3.000 exemplares /TIRAGEM VIRTUAL: 50.000 exemplares

www.mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora

Apoio:



[ sumário ] Eduardo Sofiati

Daniel Zimmermann

22 [ móveis A sofisticação que veio do Sul da França

18 [ patrimônio

Grupo faz casas na técnica enxaimel

Natureza e requinte em Camboriú

Como em um filme de gângster

Para contemplar o mar

A história contada em mausoléus

Com a cara do Brasil

Casa é transformada em academia

As aplicações do gesso

A volta dos azulejos decorativos

O fascínio das namoradeiras

Novo cenário na Avenida Brasil

10

36 [ comercial Daniel Zimmermann

28 [ condomínios 32 [ interiores 40 [ urbanismo 44 [ interiores 48 [ reforma 52 [ decoração 56 [ revestimentos 58 [ artesanato 65 [ construção


Daniel Zimmermann

12 [ hospedagem

A natureza como aliada

68 [ paisagismo 72 [ jardinagem 76 [ museus 80 [ gastronomia 84 [ vinhos 86 [ evento 88 [ cervejas 90 [ design AP 92 [ clic AP 94 [ AP indica 98 [ agenda AP

Natureza em pequenos espaços

60 [ sustentabilidade Velhos contêineres ganham nova vida

Como usar a orquídea-bambú

Preservando a história da cerveja

Daniel Zimmermann

Festival de sabores

O que o Noroeste português tem de bom?

Festival da cerveja será em março

Delícias feitas em casa

Fortaleza de Ratones

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[ hospedagem ] Fotos Daniel Zimmermann

Um lugar para

ficar A tranquilidade como recompensa das almas dos homens em terras catarinenses

meralda, a

da Vila Es al么 especial

No bang

12

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go

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Na

Iuri Kindler iuri@mundieditora.com.br Estar entre as 16 mais sexies do mundo é prova de um certo favorecimento da natureza em relação à estética. Mas se engana quem acha que estamos falando de atrizes hollywoodianas ou de modelos internacionais. Esta referência é a uma pequena península do Litoral Catarinense, que pode deixar qualquer um boquiaberto por um longo tempo, tamanha exuberância que lá se pode avistar. Batizado de Ganchos pelos primeiros imigrantes açorianos, que lá se esta-

Pela topograf

ia e arquitetu

ra, a privacid

ade é caracter

beleceram em busca das baleias, o local está entre as 23 praias envoltas de histórias e tradições da região, emancipada na década de 1960. O Município foi batizado de Governador Celso Ramos, mas, curiosamente, o político não nasceu e nunca morou por lá na terra que o homenageia. Na extremidade da Praia de Ganchos, a propriedade particular ainda mantém originais os traços da rústica casa de pescador que, até pouco mais de uma década, era uma das poucas edificaçãos existentes entre os 80 mil metros quadrados de área verde, que atualmente compõem um empreendimento internacionalmente conhecido.

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ngalôs

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ou na banh espreguiçadeira

O Ponta dos Ganchos Exclusive Resort é considerado um dos mais belos hotéis, no formato de resort litorâneo, do Brasil. Desde de 2003, coleciona títulos, como os recentes 101 Best Hotels in the World da Tatler Magazine; World’s Coolest Bathrooms da revista novaiorquina Travel + Leisure e Most Excellent Romantic Hideaway do guia britânico Condé Nast Johansens. Facilitadora do cenário, a composição da mata nativa com o Oceano Atlântico fizeram do conjunto arquitetônico, assinado pelas arquitetas Elianne Klenner (in memorian) e Carla Michel, uma obra de arrancar suspiros da primeira a última hora de hospedagem.

Na extremidade da Praia de Ganchos, a propriedade particular ainda mantém originais os traços da rústica casa de pescador que, até pouco mais de uma década, era uma das poucas edificaçãos existentes entre os 80 mil metros quadrados de área verde, que atualmente compõem um empreendimento internacionalmente conhecido 13


[ hospedagem ] Fotos Daniel Zimmermann

Evolução São 15 bangalôs construídos em 2001, distribuídos entre luxo e super luxo; outros cinco inaugurados em 2004, conhecidos como Da Vila, e mais cinco, lançados em 2008, como Vila Esmeralda. Do conceito rústico adotado nas primeiras etapas (15 primeiros bangalôs), o Ponta dos Ganchos tem evoluído para uma identidade mais contemporânea. A madeira de demolição ganhou composições com o mármore e o porcelanato em tons claros. Dos cinco bangalôs da Vila Esmeralda, essa composição se espalhou para as demais unidades de hospedagem. Todos os bangalôs possuem cores claras e os ambientes são integrados. O que facilita o uso mínimo de luz e menos aparelhos para climatização. Outro diferencial é a ventilação cruzada. Das portas de vidro com vista para o mar, o vento pode passar sem obstáculos pela área interna, até alcançar as janelas para o lado da rua. Mas isto não tira a liberdade do hóspede que tem a privacidade garantida pela arquitetura que inibe olhares da área externa. Reaproveitamento da água da chuva e uso de placas de energia solar também dão resultados benéficos, assim como o uso do telhado verde. Estes itens de sustentabilidade ambiental renderam o ISO 14000 ao empreendimento.

14

Na Vila Es

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“Como nossa topografia é bastante acentuada, para dar mais privacidade em relação aos bangalôs da Vila, posicionados na parte mais alta, para os bangalôs Vila Esmeralda, mais próximos ao mar, optamos pelo telhado verde, pois, além de absorver água da chuva e manter o ambiente mais fresco, o visual da natureza não é quebrado com grandes telhados”, diz a arquiteta Carla Michel. Na decoração estão móveis e alguns acessórios exclusivamente desenhados para os apartamentos. De tão conceituais, entraram em linha de produção para atender à demanda do hotel e dos hóspedes, que se apaixonaram pelas peças. Tudo é pensado para o conforto do

da

o Ramos

rnador Cels

is de Gove

as natura s maravilh

hóspede. Desde os melhores fios nos tecidos das camas, aos sofás aconchegantes, cadeiras e espreguiçadeiras que, com todo o charme, proporcionam momentos de puro relaxamento. Carla destaca a área dos lavados preparados para o casal. O tampo é de limestone com cubas duplas. São dois sanitários separados, além de chuveiro duplo e uma banheira redonda tipo SPA. Além de diversas regulagens de duchas e luzes. Os boxes e sanitários possuem esquadrias de vidro temperado, com vista para pequenos jardins privativos. Um diferencial que também auxilia a manter os espaços mais claros em boa parte do dia. Cada unidade de hospedagem tem sauna própria.


Estrutura e conforto Apenas 8% do território da propriedade possuem algum tipo de edificação e, em todas as construções, a natureza foi escolhida como o papel de parede vivo, já que panos de vidros são usuais em quase todos os espaços. Seja na sala de ginástica, business center, restaurante, bar, lounge, sala de jogos, piscina térmica, tendas para massagem, SPA, quadra de tênis ou trilhas ecológicas, a natureza é exuberante, em paisagens com vistas exclusivas.

O Espaço Veleza

foi criado pensan

do na pura conte

Para manter tudo isso, o Ponta dos Ganchos também se preocupa com a emissão de CO². Além do perceptível controle do consumo de água e energia, são trabalhados outros sistemas ecologicamente corretos: sistemas de irrigação da horta orgânica própria; compostagem de lixo orgânico; infraestrutura de seleção e dispensação de lixo reciclável; tratamento de esgoto e doação do óleo de cozinha usado; além da utilização de carrinhos elétricos para translado de pessoas pelo resort.

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Apenas 8% do território da propriedade possui algum tipo de edificação e, em todas as construções, a natureza foi escolhida como o papel de parede vivo, já que panos de vidros são usuais em quase todos os espaços

conforto

Paisagem acolhedora Seja na pequena extensão de areia que forma a praia privativa, onde fica o restaurante, ou no Espaço Veleza, onde vários conjuntos de sofás e mesas foram postos para contemplação, o mar é a obra-prima mais observada. E, se a ideia é estar com ele em volta, a ponte de madeira leva o hóspede até a pequena ilha do resort. Lá, além de espaços para banho de sol durante o dia,

uma tenda é cuidadosamente preparada para receber apenas um casal por noite, para um jantar muito especial. Luzes indiretas, velas e muito conforto incentivam o romantismo. Em outro canto, bastante reservado, outras três tendas recebem quem quer relaxar ainda mais. As massagens são feitas ao som das águas salgadas que batem nas pedras e do vento que

dá o tom para a sinfonia das folhas das árvores. Do terraço da área onde é servido o café da manhã é possível visualizar a Praia da Vila de Ganchos e avistar os barcos da pesca artesanal e as áreas de cultivo de ostras e mariscos. Bem lá no fundo, o som dos motores das embarcações se misturam ao canto de pássaros, tamanha a tranquilidade do local. 15


[ hospedagem ]

Fotos Daniel Zimmermann

A ponte rústica

que leva à pequ

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Pra não querer sair Do início ao fim da estada, além da escolha de como chegar (de carro, transfer, barco ou helicóptero), os hóspedes têm o auxílio de uma equipe de profissionais qualificados e treinados para receber brasileiros e estrangeiros. “Sem dúvida nenhuma, o Ponta dos Ganchos Exclusive Resort foi preparado com todo o cuidado desde a ideia inicial, ainda no papel”, destaca Carla.

Mais informações Ponta dos Ganchos Exclusive Resort

“Nós temos a natureza do local que, de tão exuberante, é nossa principal aliada. Utilizamos dela para, arquitetonicamente, trazer as mais belas e possíveis sensações às pessoas que aqui se hospedam. Já é difícil elas saírem dos bangalôs e, quando saem, desfrutam de uma estrutura pensada para o bem-estar, do início ao fim do dia”, finaliza.

Rua Eupídeo Alves do Nascimento, nº 104, Ganchos de Fora. Governador Celso Ramos – SC www.pontadosganchos.com.br

Arquiteta Carla Michel Klenner e Michel Arquitetos Associados Telefones: (48) 32321454 / (48) 99464337 www.klenneremichel.com.br 16



[ patrim么nio ]

Daniel Zimmermann

18


A velha técnica e muita

cultura

Estudioso da técnica construtiva do enxaimel, muito conhecida e difundida na Alemanha, Paulo Volles, técnico mecânico e, hoje, carpinteiro e empresário, se dedica não só a construir casas, mas a manter viva a verdadeira história e a cultura que envolve a técnica. Sem formação específica, a experiência do blumenauense que morou em Hannover e Stuttgart, vem da pesquisa de campo. Quando retornou a Blumenau, em 1996, depois de morar e trabalhar

em São Paulo, Volles queria fazer algo que fosse contribuir com a cultura da cidade. Estudando casas enxaimel abandonadas, algumas em ruínas, ele tentou descobrir como haviam sido construídas. Até hoje, o objetivo do empresário não é só erguer casas, mas entender e divulgar essa herança da cultura germânica da forma mais correta possível. Pouco a pouco, Volles adquiriu as ferramentas e o local para desenvolver o trabalho.

Equipe de carpinteiros estuda e constroi casas na técnica enxaimel, como no Século 19

Como o estoque de madeiras que possuíam era baixo, elas precisavam ficar no mínimo dois anos estocadas em um galpão longe de sol e chuva. Então no ano de 2003, o empresário conseguiu concluir a construção da primeira casa enxaimel, em Blumenau. Como pesquisava as casas e desenhava-as para tentar reproduzir depois, o construtor conta que, por vezes, acabava copiando alguns erros que as casas apresentavam.

Divulgação

19


[ patrimônio ]

Curiosidade alemã Após divulgação do trabalho no site da empresa, a primeira construção da equipe despertou a atenção de alemães, a ponto de entrarem em contato com Volles. Na ocasião, enviaram livros, como Der Zimmermann (O Carpinteiro - Teoria e Prática), de 1914, e outro de 1923 sobre os costumes e tradições dos carpinteiros (Zunftiges von Zimmerleuten). “A base do nosso trabalho é a pesquisa, cada dia que a gente constrói é um laboratório valiosíssimo” destaca Volles. No começo, a capacidade de construção era de duas casas por ano; atualmente, é de quatro casas, passando gradativamente para seis. A troca de experiências entre os profissionais alemães e o empresário de Blumenau resultou em melhorias técnicas e de equipamentos para a construção das casas.

Uma das contribuições importantes na questão de equipamentos foi uma Kettenstemmer - furadeira de corrente. Tradicional ferramenta para a construção das casas enxaimel, a máquina faz furos quadrados e precisos na madeira para o encaixe dos pinos.

“A base do nosso trabalho é a pesquisa, cada dia que a gente constrói é um laboratório valiosíssimo” Paulo Volles Até o momento, as residências construídas pela empresa de Volles foram feitas ou para a moradia ou como casa de férias no Litoral. Além disso, a equipe faz restaurações, como de

uma casa em Jaraguá do Sul, de 1924. Nesses casos, diz Volles, o restauro não é caro se for realizado de forma adequada e, em algumas situações, é possível aproveitar peças de madeira ou janelas. Para março, está previsto, em Indaial, o início da 10ª casa a ser construída pelo grupo, que é composto por cinco pessoas. Elas contam com a auxílio indispensável de um guincho que chega a levantar peças de madeira de até 600 quilos. A equipe já fez quatro casas em Blumenau, duas em Bombinhas, duas em Itajaí e uma em Jaraguá do Sul. São casas entre 64 e 100 m². Segundo Volles, o trabalho da equipe é de montagem, obedecendo, rigorosamente, as leis alemãs de construção na técnica enxaimel. As peças são numeradas e depois encaixadas como um quebra-cabeça.

Fotos Daniel Zimmermann

Antes de ficar assim, a casa é feita em um galpão, depois montada com a ajuda de um guindaste e por carpinteiros trajados tipicamente, como na página ao lado

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A ideia de que uma casa enxaimel seja um lugar pobre, de pouco conforto, ficou no passado. Volles, por exemplo, mora confortavelmente em uma construção montada seguindo a técnica alemã. As casas enxaimel não precisam ser feita somente com chão de madeira. O proprietário também pode contratar um profissional de arquitetura ou decoração para compor o ambiente interno, com os móveis e o tipo de piso que desejar. O tempo de construção de uma casa na técnica enxaimel, com madeiras de qualidade, como itaúba canela ou peroba, mais tijolos maciços, entre a confecção das peças e a montagem, é de três meses. Isso porque essas casas devem ser montadas dentro de um galpão, exatamente como Volles e a equipe trabalham. Assim, mesmo que chova, o processo não para.

Festa da cumeeira A técnica entrou no Brasil pela Região Sul, trazida pelos imigrantes germânicos. No início da Colônia Blumenau, o próprio fundador da cidade pedia aos novos imigrantes para trazerem ferramentas de construção. A mais antiga casa na técnica enxaimel de Blumenau data de 1858. Pertencia a Hermann Wendebur, guarda-livros e secretário do Dr. Blumenau. Posteriormente, a casa foi doada ao Município pela última moradora, filha do cônsul da Alemanha em Blumenau, Renata Luiza Rohkohl Dietrich, para fazer parte do acervo histórico da cidade. Na Alemanha, naturalmente, está o maior número de casas enxaimel remanescentes, aproximadamente 2 milhões de exemplares, alguns com

800 anos. Sobre o mito de o próprio colono construir a casa sozinho, Volles conta que se originou devido à ‘festa da cumeeira’, quando uma etapa de montagem importante da casa está concluída. O carpinteiro trazia as peças da casa desmontadas em uma carroça e a montagem da casa, realizada em uma semana, exigia a ajuda do colono, da família e dos vizinhos. Quando a casa era posta de pé, acontecia a confraternização de todos os participantes. Esse aspecto da cultura, Volles e equipe mantém preservados. Realizam a festa junto com os donos do imóvel. Além disso, toda a equipe realiza o trabalho com as vestimentas características tradicionais de carpinteiros da Alemanha.

Fotos divulgação

21


[ móveis ]

nobreza

A essência da

O estilo provençal é inspirado nos móveis Luís 15 e Luís 16, com peças envelhecidas, entalhes rebuscados e cores claras

Divulgação

As origens do estilo provençal remetem ao Sul da França, região da Provença. Essa região, composta por pequenos vilarejos, se localiza entre as montanhas e o mar e é conhecida pelos campos de lavanda e girassóis, mas, sobretudo, por preservar as características da vida campestre de um passado longínquo. Cidades centenárias, como Arles, Nimes, Orange, Avignon, Châteauneuf-du-Pape, Château de Gordes, St-Rémy-de-Pro22

vence, Les Baux-de-Provence, Marselha, Alpes-de-Haute-Provence, Vence, entre outras, compõem o cenário. O início do processo de formação do estilo de decoração provençal tem relação com um sentimento de busca da essência da nobreza. No final dos anos 1700, muitos dos camponeses na região da Provença, longe da corte francesa, que se concentrava em Paris, almejavam também

possuir uma casa que, de alguma forma, tivesse na decoração um pouco dos símbolos que representavam a verdadeira nobreza. Isso direcionou os artesões da região na busca de algo mais simples, que não dependesse dos trabalhos dos marceneiros da realeza de Paris, que confeccionavam móveis com grande quantidade de detalhes em dourado e entalhes rebuscados.


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O estilo provençal, apesar de ter como inspiração os refinados móveis estilo Luís 15 e Luís 16, recebia entalhes mais simplificados e eram feitos de madeiras da região, recebendo uma pátina em cores claras, a fim de camuflar pequenas falhas. Essas peças com pintura em tonalidades claras esmaecidas e levemente desgastadas foram assimiladas por grande parte das pessoas, que logo passaram a reciclar peças antigas, adequando-as ao estilo. O provençal não conta apenas com móveis envelhecidos, mas também paredes desgastadas ou de pedra, móveis elegantes feitos de madeira, lustres de ferro, estofados forrados com tecidos nobres e estampados e outros detalhes como peças de faiança, taças de cristal ou, até mesmo, de vidro rústico dos mais pesados. A região de Provença também é conhecida pelos belos campos de lavanda

Tendências A diretora de criação do Bugstudium Creative Designer, Sandra Bugmann, ressalta que o estilo provençal evoca uma atmosfera de valorização das coisas simples do passado, mas que as pessoas desejam que estejam presentes atualmente nos lares. “Este estilo cheio de histórias e valor afetivo está conquistando cada vez mais nossos lares. Busca-se reproduzir em casa aquilo que traz conforto e beleza, fazendo fluir o romantismo e a delicadeza que foram deixados de lado”, afirma. Devido ao charme e suavidade, o provençal desfruta de grande aceitação. O uso de cores em tom pastel, como verde-água, rosa, lilás-esmaecido e, principalmente, a predominância do cru e do branco-desgastado fazem com que o provençal possa compor a decoração completa de um ambiente, como também ser usado em peças avulsas, valorizando ambientes ecléticos e contemporâneos. Hoje, o provençal não se restringe a quartos ou salas de jantar; ele pode estar presente desde o hall de entrada de um apartamento até na cozinha e nos salões de festas de um edifício, sendo usado tanto em ambientes urbanos quanto em apartamentos de praia ou 24

em casas de campo, como nas origens. O design com inspiração no mobiliário clássico do período rococó e neoclássico francês, com curvas sinuosas, tampos fresados, entalhes em forma de arabescos, volutas e conchas, pés torneados e cabriolet, além da pintura desgastada e do uso de tecidos florais com cenas dos afazeres da vida campestre do Sul da França, como os famosos Toile de Jouy, são detalhes do repertório provençal. “Observando uma peça desse estilo, verifica-se que o provençal possui a magia de encantar e embelezar nossas casas, com um toque romântico e delicado, mas carregado de histórias e sofisticação”, afirma Sandra. O tecido Toile de Jouy é caracterizado pela estampa desenvolvida no Século 18 em Jouy de Josas, uma pequena cidade próxima a Versalhes, na França. É uma estampa delicada com desenhos de cenas campestres ou frutas e flores sobre fundo branco ou cru. Além dos desenhos característicos, na época, esses tecidos se diferenciavam pelo sistema de impressão utilizado, uma forma de desenvolver tecidos estampados para substituir tecidos chineses, pois a importação era proibida em alguns países europeus.

Outro clássico do provençal são os tapetes Aubusson, que eram produzidos por artesãos da cidade de Aubusson, uma região que havia sido invadida por povos muçulmanos que trouxeram consigo o conhecimento sobre a confecção de tapetes. Primeiramente, os tapetes eram destinados exclusivamente aos palácios do rei e da corte. Posteriormente, tornaram-se mais acessíveis. “Eles se caracterizam por elaborados arranjos florais com elegantes arabescos, cores claras e pelo toque aveludado e delicado”, ressalta Sandra. A região da Provença também é conhecida pelo cultivo e uso de ervas e temperos na culinária, o que dá sabor e aroma aos vários pratos típicos da região. Existe uma mistura de ervas secas conhecida como Herbes de Provence, na qual estão presentes alecrim, segurelha, tomilho e erva-doce. A culinária provençal se beneficia da produção de óleos de oliva e vinhos. Por ser uma região privilegiada em termos de clima, solo e posição geográfica, os produtos cultivados são de ótima qualidade. Essa região também é conhecida pela produção de flores como a lavanda e o girassol, o que propicia a produção de tipos saborosos de mel.


Eduardo Sofiati

Detalhes do estilo provençal Cores: Suaves, predomínio do branco-desgastado, tons pastel, verde-água, rosa, azul e cru Tecidos e papéis de parede: Em tonalidades amenas com florais e listrados, com cenas campestres tipo toile de jouy, tecidos jackard e gobelain Cortinas e almofadas: Clássicas, com detalhes em passamanarias (acessórios para cortinas e almofadas em tecido) como cordões, franjas, pingentes e detalhes bordados. Ponteiras entalhadas em forma de pinhas, flores ou conchas Tapetes: Clássicos europeus, com florais ou arabescos, tipo aubussons, desgastados Móveis: Em estilo Luís 15 e Luís 16, pintura desgastada, formas sinuosas, pés cabriolet ou misulados e tampos fresados Detalhes decorativos: Uso de lambri, arabescos entalhados, conchas, volutas e torneados, além de molduras de parede (boiseries) Luminárias: Lustres e arandelas com cúpulas em tecido em ferro batido ou com pintura desgastada Louças: Na cor branca desgastado, tipo faiança Peças decorativas: Cachepots, gravuras, baús, pratos, espelhos, abajures e candelabros *Nem todos os detalhes acima relacionados fazem parte do repertório de estilo provençal original. Muitos foram sendo incorporados com o passar do tempo e adaptados pelos usuários no Brasil.

Fotos Estande da Kleiner Schein na feira ABUP SP

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Estande da Kleiner Schein na feira ABUP SP

[ móveis ]

A inspiração Um dos pontos fortes dos projetos do Bugstudium Creative Design na criação de peças e produtos e design de interiores é a dedicação à pesquisa e o desenvolvimento de conceitos para cada projeto específico ou cliente. Esta forma de trabalho contribui para que os projetos fiquem alinhados com os objetivos do cliente. Sandra conta que para a criação de

peças no estilo provençal um fator fundamental é a pesquisa aprofundada em livros, revistas especializadas, sites, viagens e filmes que envolvem estes formatos característicos, a história e costumes de época. Além da pesquisa, o domínio das proporções e de medidas de ergonomia, a prática de desenho de for-

mas sinuosas e sensibilidade para estabelecer concordância de curvas são fatores que conferem às peças originalidade, leveza e elegância. O Bugstudium Creative Design desenvolve projetos de design de interiores residenciais e comerciais para lojas, escritórios, clínicas, restaurantes, pousadas e produtos para produção industrial. Daniel Zimmermann

Divulgação

Mais informações Bugstudium Creative Design Designer Sandra Bugmann bugstudium.blogspot.com (47) 3340-3507 Alguns móveis que aparecem na reportagem são da Casa Vestida. Rua Joinville, 2-66, loja 4, Vila Nova, Blumenau-SC Outro clássico provençal são os tapetes Aubusson

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[ condomínios ]

Condomínio preservará o patrimônio natural, além de oferecer atracadouro e áreas de espaços para o golfe

natureza

Preservando os prazeres e a

Um projeto audacioso pretende unir preservação do patrimônio natural e gestão ambiental com conforto e requinte aos moradores. O Reserva Camboriú Yacht & Golf já está em fase de execução pelo Grupo Thá, e como produto é uma aposta de aproximar novamente as pessoas e a natureza. São 551 mil m² de extensão composto por 171 lotes de localização privilegiada com grande proximidade de 28

Balneário Camboriú. São cerca de cinco minutos de carro ou duas milhas náuticas, já que o condomínio terá 33 lotes com vaga náutica em atracadouro exclusivo, que terão acesso facilitado ao mar pelo Rio Camboriú. Além disso, a passagem fluvial ficará quase que exclusiva aos moradores, pois a estrutura de uma ponte da rodovia BR-101 inibe passagens de embarcações altas. Um verdadeiro refúgio tão próximo a tudo.


Imagens divulgação

Sempre com uma opção de lazer Outra exclusividade, que já está no nome do empreendimento, é o campo de golfe projetado entre as matas e com áreas de paisagismo, lagos e bunkers. “Quem encara o esporte como um verdadeiro desafio pode transformá-lo em diversão e praticar no jardim de casa. O campo de golfe possui seis buracos e é denominado como “executive course”, alternando com buracos par três e quatro, no qual o jogador faz o percurso em um tempo mais rápido. Ao mesmo tempo é um campo na medida para iniciantes, além de contar com alguns buracos bastante desafiadores para golfistas mais experientes”, explica a arquiteta Scheila Michaelsen, gerente regional da Thá em Santa Catarina.

Momentos de diversão poderão ser desfrutados no Espaço Esportivo Atlântico

Com adaptações em concordância com o ecossistema, o local terá irrigação com água dos lagos. O controle de pragas será executado com produtos biológicos, prevenindo riscos de contaminação de solo e águas. Além do golfe, momentos de convívio e diversão poderão ser desfrutados no Espaço Esportivo Atlântico, onde estão projetadas quadra de tênis, piscinas externas adulta e infantil e outra coberta e aquecida. O salão de festas também portará espaço gourmet, churrasqueiras e salão de jogos. Espaço fitness, saunas e área de descanso também estarão à disposição dos moradores. Os lotes dispostos entre as quatro ruas batizadas como Alamedas Corupá, Arvoredo, Jurerê e Peri, variam entre 643 a 1.208 m² de área privativa. Ainda há três lotes conhecidos como multiuso para futuros empreendimentos. 29


[ condomínios ]

A natureza agradece O Reserva Camboriú prevê o contato direto dos moradores com a natureza. Para tanto, a manutenção de várias frentes serão executadas para a preservação. Entre elas estão o tratamento de esgoto particular do condomínio, limpeza de óleo das embarcações, além de programas sociais e ambientais em que se destaca o programa de neutralização de gás carbônico, realizando o plantio inicial de 17 mil árvores nativas, das quais 3,5 mil já foram ao solo.

O condomínio prevê contato direto com a natureza

Imagens divulgação

Mas estes cuidados começam desde o início da construção, como é praxe da Thá em todas as obras. “Em todos os nossos empreendimentos promovemos a gestão de resíduos sólidos da construção. No próprio canteiro de obras, os materiais são separados em lixeiras ecológicas”, explica Scheila.

Vantagem No sistema pague-para-ter (pay-per-use), a administradora do condomínio ofertará diversos serviços aos moradores. São opções como arrumação, limpeza (até mesmo das piscinas), arejamento, pequenos reparos e consertos, manutenção de jardins, além da assessoria esportiva e de lazer, e nos serviços do spa.

Mais informações Reserva Camboriu Yatch & Golf Rua Coronel Benjamin Vieira, número 635. Camboriú - Santa Catarina www.tha.com.br

Dois dos diferenciais do empreendimento são o campo de golfe e o atracadouro

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47.3322.1999

. 47.3326.0536

E-mail: projetados@artenobre.net Endereรงo: Rua 7 de setembro 1069, sl.3 - Centro, Blumenau-SC.


[ interiores ]

Fotos divulgação

Disposição dos móveis remete à vista privilegiada da orla de Balneário Camboriú

Conforto e visual

privilegiado

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Decoração de apartamento no Litoral foi pensada para a contemplação


Para atender aos requisitos, como a sofisticação exigida pela cliente, buscando peças com toque único, a arquiteta Bárbara Hausmann Dalri, em conjunto com a decoradora Marisa dos Santos, precisou correr contra o tempo para entregar o projeto de decoração e móveis a tempo de ser aproveitado ainda na temporada de Verão 2011/2012. O apartamento de 220m², em Balneário Camboriú, adquirido no final de setembro do ano passado, foi totalmente decorado pela dupla, que começou a trabalhar em outubro de 2011 e entregou o apartamento em janeiro de 2012. Uma das exigências da cliente, no que diz respeito ao aspecto visual e contemplativo, foi fazer com que tudo na sala de estar, como, por exemplo, uma mesa redonda

com as cadeiras, ficassem voltados para o mar. A vista do alto do 27º andar cria uma perspectiva única entre céu e mar. Na sala de estar, com capacidade para acomodar confortavelmente os convidados, a vista é proporcionada pelo grande painel arredondado feito pelas janelas de vidro. Então, a única modificação mais significativa realizada no apartamento foi a mudança de local da lareira e o espaço onde seria o quarto da empregada, que foi transformado em um quarto de solteiro. Bárbara destaca que o apartamento segue os padrões de sofisticação da cliente que gosta muito do colorido e de espelhos. “Ela gosta muito da decoração vibrante, com cores fortes”. Cadeiras alaranjadas, poltronas em lilás, a predominân-

cia do vermelho na suíte máster, veludo italiano no sofá da sala em cor cinza, puxando para o prata compõem algumas das cores existentes no local. Toda a decoração, desde a iluminação aos móveis das três suítes, banheiros, cozinha, lavanderia, sala de jantar, estar e churrasqueira, teve carta branca da cliente após a aprovação do projeto. O gosto por espelhos fica evidente nas portas de todos os armários dos quartos. Na suíte máster, o MDF brilhoso também predomina, junto com uma parte da parede onde existe um espelho bisotado. Outro detalhe que chama a atenção é a localização da TV em uma das salas. O aparelho só aparece quando está ligado, pois fica oculto por um vidro escuro.

Fotos divulgação

Cada ambiente ganhou uma identidade própria sem separar-se do todo

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Todos os cantos O projeto de decoração buscou aproveitar ao máximo os espaços. O corredor, por exemplo, teve um canto da parede transformado. Na suíte máster, para utilizar melhor o espaço do banheiro, o chuveiro foi colocado no mesmo local onde fica a banheira, podendo, assim, torná-la mais espaçosa, como uma jacuzzi. O uso de uma bancada com gavetas e espaço para duas poltronas criou um móvel onde pode ser colocado o laptop e usado como escritório. O computador portátil também pode ser usado na cama da filha do casal. Um aparador com rodinhas foi construído aos pés da cama, podendo ser puxado quando for preciso usá-lo. A proposta de toda a decoração do apartamento, que ocupa um andar inteiro do prédio, além de iluminação, móveis de MDF brilhoso, espelhos e cores, foi proporcionar aos proprietários e aos convidados para a residência de Verão, conforto para desfrutar a ótima vista da orla de Balneário Camboriú. Missão cumprida.

Mais informações Modellare Arquitetura Rua João Pessoa, 1726, Bairro Velha, Blumenau-SC (47) 3035-7371 www.modellarearquitetura.com.br

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O uso de uma bancada com gavetas e duas poltronas fez com que o corredor pudesse virar escritório

Fotos divulgação

[ interiores ]



[ projeto comercial ]

Fotos Daniel Zimmermann

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A casa

do mafioso

A idealização de um hobby fez com que Stefano Lucchesi convencesse a prima Natacha a apostar na ideia de um novo pub em Blumenau. Pouco tempo depois, em julho de 2011, os então sócios começaram a receber amigos e clientes no Don Lucchesi Pub.

Pub mostra um resgate histórico da família

Profissional em design de produtos, Stefano promoveu na decoração uma mistura inglesa, americana e italiana, dando aspectos a uma residência, com objetos antigos por todos os lados.

O local, que leva o sobrenome dos primos, caiu no gosto do público e tem sido a preferência para curtir o rock de bandas locais na noite, ou mesmo para aquele happy hour no final de tarde.

“São porta-retratos originais da nossa família, além dos livros, relógios, pratos de porcelana, quadros, máquina de escrever, placas de automóveis, troféus e até aparelhos de ski, entre outros apetrechos que nós procuramos e ganhamos de frequentadores”.

Mas, além da música, o estilo também chama atenção. Localizado no porão de uma casa da família, o pub tem ares mafiosos. Isso porque Stefano e Natacha aproveitaram o sobrenome, o mesmo de uma das cinco famílias mais poderosas da máfia italiana que se estabeleceu em Nova Iorque.

Cada item promoveu destaques interessantes entre as paredes com tijolos crus sem reboco. Eles foram todos descascados para dar mais originalidade ao ambiente. O piso, antes de terra batida, foi aprofundado e recebeu porcelanato com impressão digital amadeirada. 37


[ projeto comercial ]

De tudo um pouco O teto tem a madeira do assoalho superior como cobertura. A iluminação predominante é indireta, com lâmpadas LED e alguns plafons, além de uma luminária resgatada por Stefano, com a ajuda da mãe, que recosturou toda a estrutura. O colorido dos vitrais também é perceptível com a luz que vem da rua. Eles foram fabricados para encaixar nas antigas janelas resgatadas de casas demolidas. Em uma das paredes, o que chama atenção é uma antiga banheira da família, que virou uma poltrona com visual excêntrico. Bem próximo dela, uma sandália feminina vermelha com salto alto avisa: ali é o toalete feminino, preparado para elas, do jeito que precisam, com direito a uma imagem de Marilyn Monroe.

Atuais, as cubas sobrepostas à base do lavador possuem mais de 60 anos, relocadas de antigos casarões. Já no espaço masculino, a robustez é um diferencial. O lavador e o lixeiro foram produzidos com barris de chope. O espelho é preso com cinturões de couro e os ladrilhos brancos remetem ao estilo de decoração dos anos 1950. Em um dos espaços, uma das mesas é a reutilização de um conjunto de oito peças de madeira que antes eram usadas como assoalho. Esta e as demais mesas em madeira dão suporte para comportar até 120 pessoas. Os aparadores dispostos em alguns pontos do pub também são bastante utilizados pelos frequentadores. O

próprio balcão do bar, que antes já expôs as mais belas joias, óculos e relógios à sociedade blumenauense, na Ótica Husadel e na Lucchesi Joalheiros, hoje compõe perfeitamente o ambiente do pub. “Estamos sempre adaptando o local com novos objetos que ganhamos, mas sempre mantendo o nosso estilo. O mais bacana é fazer algo para si, como Natacha e eu estamos fazendo, por isso acho que a cada dia fica mais bonito”

Mais informações Don Lucchesi Pub Rua Almirante Tamandaré, 1220, Blumenau De quinta a sábado.

Fotos Daniel Zimmermann

A rusticidade está en todas as partes, do banheiro às áreas de atendimento

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[ urbanismo ] Na Recoleta, em Buenos Aires, está um dos cemitérios mais visitados do mundo, onde o respeito aos mortos se mistura com lazer e história

Cemitério, praça ou

museus?

Fotos Sidnei dos Santos

O Cemitério da Recoleta é o mais antigo e aristocrático de Buenos Aires, a capital argentina. Em quase seis hectares, estão sepultados heróis da independência do País, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga. Os sepulcros e mausoléus foram obras, em muitos casos, de importantes arquitetos. Mais de 70 mausoléus fo40

ram declarados como Monumentos Históricos Nacionais. Está localizado em terras concedidas por Juan de Garay a Rodrigo Ortiz de Zárate, que fazia parte da expedição colonizadora de Garay. Antes do cemitério, foi instalado um convento de freis recoletos. Em 1822, depois da expulsão dos monges – como consequência da Reforma-Geral da Ordem

Eclesiástica –, o horto do convento foi transformado em cemitério. O traçado é do engenheiro francês Próspero Catelin, mas foi remodelado durante a gestão de Torcuato de Alvear como prefeito, em 1881, que encomendou o trabalho ao arquiteto Juan Antonio Buschiazzo, responsável pelo conceito mantido até hoje. O escultor italiano Giulio Monteverde é autor do Cristo na capela do cemitério.


Se para a maioria de nós, brasileiros, a possibilidade de um passeio no cemitério está restrita à celebração do Dia de Finados, em novembro, na capital argentina esta é uma cena comum. No Cemitério da Ricoleta, no bairro de mesmo nome e um dos mais aristocráticos de Buenos Aires, é possível ver jovens conversando, pessoas lendo ou mesmo acessando a internet. E isso não tem nada de mórbido. Trata-se de uma mistura de culto aos mortos, praça e museu em um só lugar. Os caixões chamam a atenção, pois, em vez de enterrados, como em quase todos os cemitérios, ficam sobre a terra, empilhados uns sobre os outros, dentro de ostentosos mausoléus. Vidros e vitrais permitem que eles possam ser vistos pelos visitantes. Por essas características e pelas personalidades lá sepultadas, o Cemitério da Recoleta é destino obrigatório para quem está de passeio por Buenos Aires.

do presidente Juan Domingo Perón teve papel importante na política do País, ficando conhecida como a “Mão dos Probres” pelas atividades na área social. Evita morreu aos 33 anos, vítima de câncer uterino. Embalsamado, o corpo ficou exposto à visitação pública até que, durante o golpe de Estado que derrubou Perón, em 1955, foi roubado e enterrado em Milão, na Itália. Só em 1971, foi exumado e entregue ao ex-presidente Perón, exilado em Madri, na Espanha. Ele voltou à Argentina em 1973 e foi reeleito, tendo a terceira mulher, Isabelita Perón, como vice. Após a morte do general, em

1974, Isabelita Perón trouxe o corpo de Evita para a Argentina, onde foi levado para o mausoléu da família Duarte, no Cemitério da Recoleta. O preparo para receber visitas no Cemitério da Ricoleta é tanto que, assim como obras de arte nos museus, as tumbas mais procuradas podem ser localizadas por um grande mapa na porta ou por panfletos distribuídos durante as disputadas visitas guiadas. Em frente às tumbas mais importantes, formam-se filas. Não é raro que uma dessas visitas se misture a cortejos e que as pessoas abandonem a excursão para acompanhar um sepultamento.

Inaugurado em 1822, ele é o primeiro cemitério público da cidade, com 54 hectares. Com arquitetura múltipla de estilos, que variam de acordo com o gosto da família ou a moda da época em que os mausoléus foram construídos, o cemitério abriga desde cúpulas árabes até pedras cunhadas com passagens de batalhas do País para contar um pouco da história do morto. No da Recoleta estão enterrados importantes presidentes, como Carlos Pelegrini e toda a família do general San Martín, libertador da Argentina. Mas o que desperta maior curiosidade, principalmente dos turistas, é o sepulcro de María Eva Duarte de Perón, a Evita, querida personagem nacional. A jovem e segunda esposa

Fotos Sidnei dos Santos

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[ urbanismo ]

Nossa Senhora de Pilar Ao lado da entrada do Cemitério da Recoleta está a igreja mais antiga de Buenos Aires, conservando a arquitetura barroca/jesuítica. A obra foi concluída em 1725, pelos frades recoletos da ordem franciscana, vindos da Espanha. Em 1731, foi colocado o sino de Santo Antonio de Padua no campanário e, em 12 de outubro de 1732, foi inaugurada a igreja, quando foi terminada a torre de 30 metros. Em 1779, um átrio foi incluído na fachada para a criação de um altar de relíquias e um batistério. Em 1936, o Papa Pio 11 a eleva a Basílica e, em 21 de maio de 1942, é declarada Monumento Histórico Nacional. A Basílica de Nossa Senhora do Pilar fica em frente à Plaza Intendente Alvear (Plaza Francia), onde milhares de pessoas se reúnem aos finais de semana para ver a feira de artesanatos e visitar o Cemintério da Recoleta.

Fotos Sidnei dos Santos

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[ interiores ]

Onde o simples

O designer de interiores Edson Duarte mostra um apartamento com a cara do Brasil

diz mais

Fugindo de temáticas básicas ou da decoração que normalmente é utilizada em residências convencionais, o designer Edson Duarte é mais que um profissional da decoração. Talvez a citação mais aproximada para ele seja ‘artista da criação’. Com 20 anos de experiência em design de interiores, 18 deles como gerente da loja Imi Tessuto, no Recife, empresa conceituada na área de móveis clássicos e contemporâneos de qualidade. Imerso nos quadros, na música e nas outras expressões de arte que compõem o apartamento onde reside e usa como atelier de criação, ele encontra o refúgio necessário para desenvolver a criatividade e busca na simplicidade o algo mais. Um dos diferenciais perceDivulgação

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bidos no designer é de não transitar somente pelo universo dos projetos de decoração, mas também por outras vertentes, como o desenho de produtos e a composição de vitrines de lojas, todos envolvendo o universo da pesquisa e criação. No momento, dedica-se à criação de uma coleção de bolsas.

Natural do Rio Grande do Sul e morador de Blumenau há cinco anos, constituiu sociedade com Gregório Marques na empresa Arte Assinada. Para proporcionar o bem-estar dos clientes que procuram as soluções na criatividade dos sócios, Edson está sempre muito antenado e busca as referências em locais que têm tradição em design, como Itália, ou em países que oferecem inúmeras possibilidades criativas, como o

Japão, além de pesquisar a cidade mais populosa dos Emirados Árabes: Dubai. “A minha função é materializar o sonho de consumo de cada um”, ressalta. Por conhecer a realidade intelectual da arte em países da Europa, onde morou, como Alemanha e França, ele pesquisa tendências fora do País. Essa fonte de informações internacionais resulta em muita segurança quando os projetos são apresentados aos clientes. Embora o Brasil não esteja na rota de apreciação cultural de muitos brasileiros, que acreditam que o melhor sempre está no Exterior, a arte do País é bem vista por estrangeiros que aqui encontram um ótimo lugar para morar ou passar as férias.



[ interiores ]

O local foi destinado para a família relaxar no Brasil e concebido como uma espécie de galeria para a exposição de obras de arte, expressão artística muito apreciada pelo empresário. Para compor todo o espaço de 900 m², o cliente só disse uma frase ao designer: “Quando eu entrar no apartamento, gostaria de me sentir no Brasil”. Partindo desse princípio, Edson, que sempre busca obter o máximo de informações possíveis sobre a vida e costumes do cliente, começou a montar o projeto com muita brasilidade. Todo o apartamento foi decorado com produtos ecologicamente corretos, como a mesa de jantar e cadeiras em fibras naturais e produtos de altíssima qualidade, como linho puro e seda. Nos banheiros, mármore italiano de carrara branco, peças compradas na Companhia das Índias e tapetes persas. O resultado foi uma moradia onde o mínimo é a garantia de melhor qualidade. Uma das características que Edson imprimi em todos os projetos decorativos de residências é colocar sempre dois chuveiros no banheiro e o box que segue até o teto. O trabalho do designer foi além da decoração, atendendo a um dos objetivos do empresário, compor o apartamento com obras de arte brasileira. A busca foi por artistas com grande identidade nacional que expressam isso através da pintura. Entre as obras que compõem o apartamento, que por vezes são enfileiradas em uma parede inteira, ganham destaque os artista Antonello L’abbate, nascido na Itália, mas que aos 10 anos viajou ao Brasil e, depois de voltar novamente ao país de origem, passou por Nova Iorque e, em 1972, retornou ao Brasil para expor e dar aulas. E nada melhor 46

Fotos Divulgação

Florianópolis é um desses destinos para um empresário português que tem apartamento na Avenida Beira Mar Norte. O objetivo do cliente foi ter um ambiente de fácil limpeza e manutenção, que é usado, em média, quatro meses por ano.

que um ótimo representante para retratar a cultura indígena do País nas telas. O quadro escolhido e que ganhou destaque na parede da sala de jantar foi de Élon Brasil, que aos cinco anos já mostrava características fortes voltadas ao desenho e pintura. Assim o designer, junto com o sócio, constrói o trabalho que já está expandido de Blumenau para locais como Rio de Janeiro, Curitiba e para marcas famosas, como a Zara. Tudo baseado em referências de vida do próprio designer e no entendimento da proposta que o cliente deseja, mesmo que o conceito parta de uma única frase.

O quadro de Élon Brasil, que retrata a cultura indígena, ganhou destaque na sala de jantar

Edson Duarte busca o algo a mais na simplicidade



[ reforma ]

Uma casa para

malhar

Construção residencial passou por adaptações para receber academia

Fotos Daniel Zimmermann

Depois de pesquisar vários imóveis de Blumenau, o empresário Jaison Trentini e demais sócios conseguiram achar uma casa para utilizar como sede do novo projeto, lançado em outubro de 2011. A P5 Training, que tem atraído os adeptos da malhação e agarrado aqueles usuários que ainda estão criando o hábito dos exercícios físicos, tem estilo e conceito diferenciado. Estruturalmente, possui grandes vantagens para o negócio e para os clientes. 48

O Grupo Forma Urbana Arquitetura foi responsável por todos os estudos e pela execução do projeto. Assim que foi verificada a possibilidade de integração de espaços, eliminação de paredes que pudessem ser demolidas e a análise da posição dos pilares, a antiga residência passou por uma revolução.

ginástica e o tráfego de pessoas. “Para que a luz natural fosse utilizada em grande parte do horário de funcionamento da P5, os ambientes foram integrados, ou separados por panos de vidro. O mesmo acontece entre áreas internas e externas, que ganharam muitas paredes transparentes”, destaca Trentini.

Além da reforma estrutural, com ampliação de alguns espaços, foram necessárias adaptações elétricas e hidráulicas para que os ambientes comportassem equipamentos de

Aberta de domingo a domingo, a academia ganhou muitas funcionalidades. Além de todo ambiente climatizado, as luzes possuem sensores de presença ou controle-remoto.


Tudo foi pensado para facilitar a economia de energia, que também tem como facilitador a cor branca predominante nas paredes de concreto. No térreo e no primeiro pavimento, optou-se pelo uso de piso laminado de madeira. Assim, os espaços ficaram mais convidativos e aconchegantes. Na área lateral da casa, onde antes era apenas um espaço sem utilidade, foi construído um deck em madeira. Neste local, a cobertura é translúcida. Charme a parte, o deque possui algumas plantas e ficou livre de aparelhos muito grandes, propício para exercícios como abdominais ou levantamento de pequenos pesos. Neste espaço, há uma parede na cor vermelho-vinho, reproduzida também na área destinada a exercícios aeróbicos, musculação, personal trainer e equipe de corrida; e no

segundo piso, onde são realizadas aulas de pilates, boxe, treinamento funcional, RPM, Pump, Jump, fisioterapia e outros serviços, como de nutricionista, drenagem linfática e avaliações físicas. O vermelho uniu-se ao piso laminado, deixando os espaços mais aconchegantes e quebrando o aspecto frio do branco e da robustez dos equipamentos de musculação. Nos banheiros e vestiários, as cores escuras predominaram nas paredes e o porcelanato, diferenciando-se das divisórias brancas dos chuveiros e sanitários. O que difere o lado masculino do feminino, na entrada dos vestiários, é a adesivação conceitual de um homem e uma mulher, com o corpo em forma e aspecto bastante sadios.

Mais informações P5 Training Rua João Pessoa, 953, Velha, Blumenau (47) 3209.4056 Forma Urbana Grupo Arquitetura Rua Leopoldo Wilheim, 290, Velha, Blumenau (47) 3328.0411 49


[ banheiros ]

Espelho,

Arquiteto lança espelho com acesso à internet e mais uma gama de funções – serve até de personal trainner

espelho meu...

Divulgação

É verdade que banheiro não é um dos lugares da casa que mais associamos com tecnologia. Contudo, nessa época em que todos estão conectados a maior parte do tempo, a tecnologia da informação chega também nesses espaços e nos faz lembrar daquela rainha de contos de fadas que fala com o espelho. É isso mesmo. O Cybertecture Mirror é descrito pelo fabricante como uma janela refletiva com aspectos digitais. O espelho conectado à internet é capaz de refletir a imagem junto com a previsão do tempo, notícias, mensagens, redes sociais, programas de televisão, informações sobre as condições de saúde do usuário e servir, até mesmo, de personal trainner. O espelho é composto por uma tela de LCD de 32 polegadas, com um espelho resistente a neblina, de 37 polegadas, e funciona com um sistema operacional baseado no Linux. O Cybertecture Mirror se conecta com a internet através da rede Wi-Fi ou por cabo de rede. Além de conectar o usuário com a internet, o espelho tem um sensor wireless na parte lateral capaz de calcular e mostrar informações sobre a saúde do usuário, como porcentagem de gordura, massa muscular, massa óssea e peso. Os usuários ainda podem interagir com o aparelho através de um aplicativo gratuito instalado no smartphone ou por um controle de mão que acompanha o produto. O espelho também permite que sejam cadastradas 20 senhas diferentes para proteger os arquivos. O Cybertecture Mirror, produzido pela empresa Cybertecture, do arquiteto James Law, está disponível nas cores preta e branca e custa de US$ 3.600 à US$ 7.700, dependendo da configuração do produto. Pode ser adquirido diretamente no site da empresa (www. cybertecturemirror.com).

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Rua Joinville, 729 - Vila Nova - Blumenau - SC - Fone: 47 3323-2111 - www.berlimambientes.com.br


[ decoração ]

Sempre compondo

Gesso é garantia de ambientes bem-executados em tempo recorde de montagem e produção

as tendências Daniel Zimmermann

Os resgates históricos chegam ao uso do gesso na Síria e na Turquia, no ano de 8 mil antes de Cristo. O mineral se tornou conhecido no mesmo período da cal e da terracota, mas, com um toque sofisticado, está até hoje presente nos projetos arquitetônicos. De lá para cá, sofreu processos químicos e industriais responsáveis pelo melhoramento da aplicação e da conservação. Tão atual, incrementa com sofisticação os ambientes ou é aplicado na regularização de imperfeições da construção bruta. A grande coqueluche é o casamento do gesso com projetos luminotécnicos. As possibilidades são inúmeras e permitem aos profissionais as criações mais inusitadas. A versatilidade de manuseio tem feito com que o material deixe de ser aplicado em detalhes, para ganhar o papel de protagonista nas decorações. De quebra, leva vantagens como o condicionamento e isolamento térmico e acústico, além da resistência ao fogo. A elegância e o conforto do gesso são notados tanto em ambientes residenciais, quanto comerciais e corporativos, nos formatos de colunas, rodapés, molduras, sancas, barrados e no rebaixamento de teto e no acabamento de paredes. A aplicação pode ser direta na parede de tijolos, dando adeus às etapas como chapisco, reboco, massas fina e corrida. Janelas e portas ganham destaque com acabamentos em gesso. A pintura também fica facilitada. Por possuir granulometria mais fina, o gesso é melhor aplicável podendo extinguir o uso de massa PVA. Sem falar que, naturalmente, é quase sempre branco, ou tem tons claros, que facilita a uniformização mais rápida.

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Ivan Schulze Daniel Zimmermann

Rapidez e praticidade A aplicação do gesso ocorre em uma única etapa. Julia Spengler, empresária do ramo, explica que a diminuição de perdas é significativa se comparada ao uso do reboco, que requer muitos insumos. “Ao utilizar o gesso, haverá redução destas perdas, já que a utilização é feita em porções menores, por causa do tempo de secagem, o que obriga o profissional a ficar antenado na quantidade de material para cada aplicação”. Outro detalhe citado por ela é a organização na obra, pois diminuirá a necessidade de espaços para guardar materiais. O tempo gasto também é menor. “Os investimentos também são reduzidos. O pacote de gesso tem um valor menor que o do cimento, podendo ser três vezes mais barato. Isso, sem contabilizar demais custos, como outros insumos de acabamento para o reboco”, diz Julia.

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[ decoração] Kakau Santos

Gesso em casa Há algumas dicas para a utilização de gesso que podem deixar os ambientes ainda mais bonitos. 1 - Molduras de gesso mais retas em tamanhos médios combinam muito com ambientes pequenos, conferindo-lhes um aspecto de amplitude. 2 - Os projetos com molduras mais largas deixam espaços maiores com mais aconchego. 3 - Quando o pé direito é baixo, o interessante é manter molduras de gesso para iluminação indireta. 4 - Nos vãos, embaixo das escadas, as paredes de gesso com nichos decorativos podem ser uma solução para o uso daqueles espaços. 5 - A impermeabilização dos locais onde será aplicado o gesso é bastante importante, pois evita o surgimento posterior de manchas causadas pela umidade. 6 - As placas Drywall são mais práticas para paredes que não são base da estrutura construtiva. A facilidade de modulação também é maior.

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O Drywall Conhecido como placa de gesso ou acartonado, o Drywall tem transformado muitos ambientes. Combinadas com estruturas galvanizadas, as modulações se tornam mais resistentes. Durante a construção dos ambientes, ou posteriormente, em uma reforma, o produto é bastante eficiente para criação de paredes divisórias, painéis, forros, rebaixamento de teto e até móveis. Ecologicamente correto, a única contra-indicação é para locais excessivamente úmidos e sem ventilação. É preciso, também, cuidado com a sustentação de objetos muito pesados, como livros muito volumosos em nichos e grandes lustres no teto.

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[ revestimentos ]

passado

Uma volta ao

Azulejos decorativos voltam a ganhar espaço em projeto de interiores com inspiração no passado e ousadia contemporânea Fotos Divulgação

Decorar a casa é muito mais do que colocar móveis e organizar tudo da forma a ficar mais agradável e confortável para o bem-estar de quem mora ou frequenta o lugar. São inúmeras as opções para dar um tom mais alegre à parede. Entre elas, a volta ao passado tem resultado em excelentes opções de azulejos decorativos. Primeiramente, eles foram usados na Mesopotâmia. Depois, Portugal também adotou a prática de decorar com azulejos, o que, até hoje, é mantido e apreciado em terras lusitanas. Por influência dos colonizadores portugueses, a cultura dos azulejos decorativos veio parar no Brasil. 56

Por aqui, a utilização sempre foi encontrada em maior parte na Bahia, Pernambuco e Maranhão. Eram mais usados em sacristias de igrejas e palácios dos séculos 17 e 18. A partir do Século 19, os azulejos passaram a ser usados como revestimento na parte externa de residências nobres, mas, um século depois, foi rejeitado e caiu em desuso.

década de 1930, para prestar assessoria aos arquitetos que estavam construindo o Ministério da Educação e Saúde. Além das contribuições nas formas arquitetônicas, referiu-se às possibilidades que poderiam ser trabalhadas com os azulejos decorativos que, no projeto do Ministério, finalizado em 1943, receberam desenhos de Cândido Portinari.

Com o estilo neocolonial, os azulejos foram retomados como forma de decoração. O arquiteto suíço Le Corbusier, figura importante da arquitetura moderna, contribuiu com ideias para vários projetos em diversos países. No Brasil, visitou o Rio de Janeiro, na

A evolução e o conhecimento de aplicação de azulejos como decoração, quando se trata de residências, já não fica restrito a banheiros e cozinhas e, sim, se espalha para outros cômodos, como a sala, ou mesmo para revestir os móveis.


“A maior venda de azulejos decorativos está concentrada no Sudeste. Fizemos alguns trabalhos fora do País e temos um representante no Chile”, ressalta a designer gráfico e empresária Carine Canavesi, responsável pela Pavão Revestimentos. O primeiro azulejo fabricado pela empresa foi o Ondas PB e, dos 45 azulejos decorados à disposição na empresa, o modelo Ondas ainda predomina. As peças que exploram cores, grafismos, desenhos geométricos e uma infinidade de outras inspirações que surgem a cada nova coleção, proporcionam uma forma de pensar os azulejos além do revestimento. As peças de 15,4 x 15,4cm são fabricadas somente para a decoração. Uma das coleções que chama muito a atenção pelas cores e os traços é o Nanquim, vermelho e azul. Todas as referências no trabalho de desenho dessas peças remetem à cultura de países que têm tradição e muita expressão através das cores. “Com certeza, eles fazem referência à cultura do Marrocos e da Índia, mas não necessariamente das pashiminas”, explica Carine. Na empresa, que fica em São Paulo, podem ser comprados kits especiais em patchwork, formados por conjuntos com 50 azulejos personalizados pela designer.

A Nanquim vermelho e azul tem inspiração nas cores e gravuras de países como Índia e Marrocos. Numa busca das coisas belas do passado, os azulejos decorativos permitem composições das mais variadas, como o mosaico acima, ou o revestimento de móveis , como a mesa da foto na página ao lado

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[ artesanato ]

Tô te esperando

na janela

Difícil definir a origem, mas o fato é que as “bonecas namoradeiras” estão na moda. Elas podem ser de diferentes nacionalidades, mas sempre possuem apenas cabeça, ombros, braços e busto. Um dos braços fica apoiado em uma superfície plana e o outro leva a mão ao rosto, em sinal de espera. Lembra uma mulher que espera na janela o galã que irá cortejá-la, daí o nome de “namoradeira”. No Brasil, elas estão sendo produzidas em grande escala em Minas Fotos Divulgação

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Gerais, por exemplo. São confeccionadas em madeira, barro ou gesso, pintadas com cores alegres. São usadas para ornar peitoris de janelas e sacadas de varandas. Nas cidades coloniais brasileiras era comum a moça ficar na janela para ver o moço passar, a dona de casa, da labuta do lar, exausta, relaxava apoiada na janela, o menino e a menina, para não ouvirem conversas alheias, eram mandados para a janela.

“Bonecas namoradeiras” trazem um pouco da história colonial para os dias de hoje

Hoje, embora as janelas, com raras exceções, não sirvam mais a tais propósitos, a tradição se mantém viva nas bonecas, que se tornaram peças de artesanato cada vez mais charmosas, bem pintadinhas, loiras ou morenas.



[ sustentabilidade ]

De sucata a loja

de grife Velhos contêineres ganham vida nova e passam a abrigar empreendimentos comerciais e até hotéis

Jovem e ousado, o motorista americano Malcom McLean foi bastante visionário quando produziu, em 1937, as primeiras caixas de aço, onde pudessem ser armazenadas e transportadas as cargas de algodão no porto de Nova Iorque. A ideia, que se tornaria essencial no mundo globalizado, só tomou grandes dimensões com o fim da Segunda Guerra Mundial, atravessando o oceano pela primeira vez, até chegar à Europa, em 1966. O produto, conhecido hoje como container, ou contentor, no bom português, foi expandido a um sistema intermodal, ganhando, além do transporte marítimo, o fluvial, rodoviário e ferroviário.

Por dentro, a decoração da loja faz esquecer que trata-se de um contêiner

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Mas foi aqui, no Sul do Brasil, que a ideia de McLean ganhou uma releitura, dessa vez, para ser usada como vetor da mensagem “Salvem o planeta” – como um agente na guerra contra o uso de recursos naturais indiscriminadamente. O idea-


Fotos Daniel Zimmermann

lista é André Krai. Em 2008, o comunicólogo formado e empresário da área têxtil percebeu que poderia transformar velhos contêineres em lojas conceituais. “Queria montar uma rede de lojas em todo o Brasil com minha marca, mais os custos de locação e ponto deixaram o meu sonho de lado por um tempo. Quando descobri que os contêineres com mais de 20 anos de uso eram jogados fora ou destinados à reciclagem, tive a ideia de usar estas estruturas para fazer as lojas”, conta. As três primeiras montagens foram em Xangri-lá e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e na Praia dos Ingleses, em Santa Catarina. Cada uma delas foi montada de forma diferente – com um, dois e três contêineres – para definir qual melhor se adaptaria. O visual moderno e arrojado ele conseguiu. O objetivo sustentável e ecologicamente correto também.

Não demorou muito para as unidades da Container Ecology Store despertarem curiosidade e interesse. Hoje, as lojas estão perto de 100 unidades, entre as próprias e no sistema franchising, criando a maior rede de lojas mul-

“Quando descobri que os contêineres com mais de 20 anos de uso eram jogados fora ou destinados à reciclagem, tive a ideia de usar estas estruturas para fazer as lojas” André Krai timarca em contêineres no mundo. Projetos estão sendo estudados nos Estados Unidos e, logo, deverá ocorrer a inauguração de uma unidade em Barcelona, na Espanha.

Todas seguem padrões. Além de utilizar contêineres com mais de 20 anos, a edificação das lojas possui outros materiais reciclados. Exemplo são as araras fabricadas a partir de corrimão de ônibus. Decks produzidos a partir da casca de arroz e tambores de óleo que se transformam em pufes. Material de madeira é reutilizado, como chapas de compensado nos acabamentos das prateleiras, balcões e forração interna. Em Santa Catarina, já são seis unidades. Além da Praia dos Ingleses, em Florianópolis, Joinville, Itajaí, Jaraguá do Sul, Chapecó e Blumenau ganharam lojas que seguem os padrões das as outras pelo Brasil. O projeto-padrão da Container Ecology Store prevê o uso de três contêineres. Dois como base, no térreo, e o terceiro suspenso sobre um deles. As bases servem como área de loja. O terceiro é usado, em parte, como estoque e o restante como continuação da vitrine. 61


Fotos Daniel Zimmermann

[ sustentabilidade ]

Montagem Para montar uma loja desse porte estrutural, basta uma semana. Depois de adquirir os contêineres, que precisam ser reformados, começa a aplicação dos elementos internos. Enquanto isso, no terreno que será fixado, são feitas as adaptações. Normalmente, os locais escolhidos são espaços dentro de estacionamentos, anexos a postos de combustíveis ou locais não-classificados antes como pontos comerciais. O investimento varia entre R$ 100 mil e R$ 200 mil e a promessa de retorno é certa. Fazendo uma análise geral, uma loja construída de forma convencional, nos mesmos parâmetros, teria o custo dobrado. Há ainda projetos diferenciados, conforme interesse do franqueado, disposição da área de implantação e necessidades. A ideia, que é patenteada, motivou outras linhas de segmento. Isso faz com que a empresa de André Krai trabalhe com a engenharia sustentável, realizando projetos diferenciados. Já estão incluídas aí uma loja de celulares, agência de publicidade, bares, cafés, showroons, temakeria e outros dois projetos em parceria com a Coca-Cola. De propriedade de Krai, o Hotel Container Express é outro projeto ousado. São hotéis que prometem revolucionar o setor. Podendo ter até 120 quartos, oferecendo acomodações de baixo custo, porém, com alto conforto. “De construção rápida e valor baixo, os hotéis estão em fase de preparação para abertura neste ano, em Recife e São Paulo. Ainda estamos no final de projetos e execução, mas a ideia é ter o mesmo sucesso das lojas”, afirma o empresário. Qualquer pessoa pode ter um projeto da Container. A equipe técnica composta de arquitetos, engenheiros, decoradores e demais especialistas criam várias propostas. Em Blumenau, a franquia foi inaugurada em outubro de 2011, no número 213 da Rua Antonio da Veiga, trabalhando com as marcas Abercrombie & Fitch, Hollister, Coca-Cola Clothing, Lacoste e Triton. Para quem gosta de estilo, a loja não foge em nada a uma boutique dos grandes shoppings. Mais informações no www.lojacontainer.com.br. 62




[ construção ] Empreendimentos ganham destaque em uma das principais avenidas da área central de Balneário Camboriú

Mais padrão à valorizada

Avenida Brasil Imagem divulgação

A Avenida Brasil, um dos ícones da badalada Balneário Camboriú, vai receber mais dois empreendimentos que valorizam ainda mais o prestigiado endereço. A Ciaplan Planejamento e Construções acaba de realizar o pré-lançamento dos edifícios Sommer Platz e Boulevard Brasil. Modernos e imponentes, os empreendimentos contam com alto padrão de acabamento e diversificados espaços de lazer. Da mesma forma, itens que colaboram com a sustentabilidade ambiental não foram esquecidos. O Sommer Platz fica situado na quadra do mar, na esquina com a Rua 701 e faz jus ao nome – do alemão, lugar ou espaço de Verão. Com localização privilegiada, o edifício terá incidência direta do sol em praticamente todas as faces. Serão 20 pavimentos, com duas unidades por andar. Os apartamentos variam de 280 a 300 m² de área total e contam com três suítes, lavabo, banheiro de serviço e dependência de empregada e três vagas de garagem. Com um visual elegante e contemporâneo, o Sommer Platz conta também com salão de festas, playground, brinquedoteca, cinema, academia, sala de jogos e piscinas adulto e infantil aquecidas.

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[ construção ]

Imagem divulgação

Pura imponência O Boulevard Brasil está na esquina com a Rua 101. O empreendimento de 30 pavimentos contará com um apartamento por andar. As unidades possuem 280 m² de área total, três suítes, lavabo e banheiro de serviço. Cada apartamento conta com três vagas de garagem, com a opção de uma quarta vaga. Entre os itens de lazer e conforto estão estrutura pronta para ar-condicionado split, salão de festas, brinquedoteca, playground, sala de jogos, academia, cinema e piscinas adulto e infantil aquecidas.

Segurança e sustentabilidade Tanto o Sommer Platz quanto o Boulevard Brasil contam com completo sistema de segurança e monitoramento de circuito interno 24 horas. O acesso ao interior dos prédios está obrigatoriamente vinculado às portarias e as portas contam com sistema magnético que dificulta as tentativas de arrombamento. O compromisso ambiental também está presente nos detalhes das obras. Os edifícios foram planejados visando a máxima utilização da luminosidade natural. As águas da chuva serão captadas e reaproveitadas para a limpeza e manutenção dos condomínios. Além disso, todas as torneiras das áreas comuns dos empreendimentos terão acionamento automático, racionalizando o uso da água. Cada unidade contará também com hidrômetro próprio, auxiliando no controle e economia. A entrega dos dois edifícios está prevista para dezembro de 2014. 66

Boulevar Brasil se impõe pelos 30 pavimentos na esquina da Brasil com a Rua 101



[ paisagismo ]

A arte de

criar vida

Pequenos jardins levam a natureza para dentro de condomĂ­nios e apartamentos

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O projeto paisagístico precisa respeitar o estilo, a estrutura e tamanho de cada ambiente

Fotos divulgação

A criação ou reforma de um jardim exige dedicação e paciência. Criar um espaço que atenda a todas as expectativas é um processo longo, que vai desde o plantio e cuidado com as plantas, até a disposição e planejamento geral do ambiente. A arte de decorar jardins passou por transformações no Século 20, quando ainda era considerada uma simples ornamentação do ambiente. Hoje, o paisagismo pode ser considerado a arquitetura da paisagem, sendo definido como a arte e técnica de planejar, gerir e preservar espaços livres. “Defino a profissão como arte, prazer, técnica e muita, muita vivência”, destaca a paisagista Ana Holzer. As técnicas do paisagismo são aplicadas com o objetivo de melhorar não só a parte estética, mas também a funcional, de segurança e de garantir o conforto e a privacidade dos ambientes trabalhados. O papel principal do paisagista é construir um espaço ao ar livre que não seja apenas bonito de se ver, mas que também seja de fácil manutenção e corresponda às neces-

sidades dos moradores. Uma dica importante para quem quer mergulhar no mundo da decoração de jardins é avaliar bem o espaço disponível e onde podem ser feitos aprimoramentos. É importante embelezar a paisagem respeitando o estilo, o tamanho e a estrutura do ambiente, por exemplo. Para isso, além do formato natural do terreno e do design de plantação, outros fatores, como fontes, lagos, iluminações, esculturas e utensílios de jardinagem devem ser levados em conta. O paisagismo tem como finalidade realçar o espaço. As plantas e demais objetos devem ser equilibrados uns com os outros de forma a criar um ambiente agradável. “Existem grupos de plantas que dão muito certo em quase todos os lugares. Vivemos em um clima muito favorável, quase tudo dá”, destaca Ana. “Fatores botânicos, fisiológicos e ambientais devem ser levados em conta. Observar e fazer uma manutenção adequada nas plantas também é fundamental”, explica.

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[ paisagismo ]

Paisagismo em condomínios Hoje, paisagismo virou sinônimo de qualidade de vida. É através de um estudo paisagístico que se conseguem ambientes mais agradáveis e espaços são transformados e se tornam lugares de convivência. Nos condomínios não é diferente. Os jardins podem dar mais vida a esses espaços, tornando-os mais aconchegantes.

Outro diferencial é que nos condomínios residem várias famílias. São vários estilos de vida e opiniões que devem ser levados em conta. “Em residências, trabalhamos diretamente com um ou dois ‘donos’, o foco é mais específico. Em condomínios, isso é coletivo, são vários ‘donos’. Por isso, precisa-se ter flexibilidade, mas sem abrir mão da técnica e da estética”, explica a paisagista. Hoje, as varandas e terraços em edifícios também se tornaram importantes extensões dos apartamentos. Buscando sempre maior qualidade de vida, os moradores passaram a

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Montar jardins em varandas exige um estudo atento de fatores, como a insolação, a ação dos ventos, facilidade de manutenção, visibilidade, solo e, claro, a escolha das plantas que serão utilizadas. “A insolação deve ser de forma indireta. Também é importante escolher bem os tipos de vasos e cachepôs. Eles precisam ter boa drenagem, com cuidado para não manchar os pisos”, recomenda Ana.

Vários materiais podem ser empregados nessa decoração. Desde cascas de árvores e troncos, até pedras e bancos. Os acessórios são diversos e devem sempre priorizar a praticidade. “Aproveitar esses espaços na verticalidade também resulta em beleza, com pérgolas, treliças e vasos na parede. Aparadores e vários outros objetos de decoração podem e devem compor estss salas-jardins”, ressalta Ana. Começar um jardim exige muito planejamento e cuidado, inclusive com a época do ano. O indicado, de acordo com a paisagista, é que o jardim seja iniciado nos meses de março ou abril, no início do Outono. Já para quem possui um jardim, essa também é a época indicada para preparar o espaço para a chegada do Inverno. “Mais ou menos no mês de junho, devem ser feitas podas e adubações, pois o Inverno segura a energia latente das plantas”, explica Ana. Divulgação

Apesar de a ideia ser basicamente a mesma, existem diferenças importantes entre a elaboração de jardins residenciais e de condomínios. A principal delas é que, nas residências, trabalha-se sobre o terreno natural; já os condomínios são, geralmente, projetados sobre lajes, o que exige cuidados especiais. Além desse fator, também é necessário cuidado na hora de escolher as plantas que vão fazer parte do ambiente, principalmente em relação ao porte, às raízes e à insolação, diferente em condomínios e espaços abertos. Devido a todos esses detalhes, é importante a presença de um profissional qualificado.

cultivar jardins nesses pequenos espaços que, além de trazer mais beleza ao ambiente, valorizam ainda mais o imóvel. “Varandas e terraços são temas interessantes e que estão muito na moda atualmente. Constrói-se um viver para fora e isso é bom e moderno. São espaços de transição, nem dentro e nem fora do apartamento, por isso, a atenção precisa ser pesada, pois muitas plantas, móveis, tecidos e objetos farão parte desse intermédio”, explica Ana.


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[ jardinagem ]

Divulgação

A beleza da

A planta é uma das mais utilizadas na composição de jardins com estilo tropical

orquídea-bambu A Arundina bambusifolia, popularmente conhecida como orquídea-bambu, é considerada, por muitos, uma das espécies mais bonitas para jardim. Como o próprio nome diz, essa espécie une a beleza das flores de orquídea ao formato vertical, com um caule delicado, que pode chegar a até dois metros de altura. As flores apresentam tonalidade lilás-rosada, mas também podem ser encontradas na cor branca. Já as folhas são finas e estreitas, semelhantes as do bambu, e possuem um comprimento que pode variar de 72

10 a 20 centímetros. Proveniente da Ásia Tropical, região que abrange desde a Índia, Cingapura e Nepal até Indonésia e Ilhas do Pacífico, países de clima tropical e equatorial, a espécie floresce mais intensamente durante Primavera e Verão. A Arundina é a preferida de muitos paisagistas. “A planta se encaixa perfeitamente no estilo de jardins tropicais e contemporâneos”, destaca Jeane Jorge, responsável pela Gardênia Paisagismo. Entre as várias aplicações, a orquí-

dea-bambu pode ser utilizada como bordadura, renques, ou, até mesmo, em vasos e jardineiras, tanto sozinha como composta com outras plantas. Devido ao volume da folhagem e à beleza das flores, também é muito utilizada para fazer barreiras visuais não muito densas em muros, janelas e paredes. As formas de cultivo também são características marcantes que distinguem a orquídea-bambu das outras espécies da família Orchidaceae. Com flor delicada, a planta é extremamente resistente.


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[ jardinagem ]

Por ser de clima tropical, ela necessita de solo úmido, de preferência, rico em matéria orgânica, e pode ser cultivada à meia-sombra ou a sol pleno. “O recomendado é que a planta seja regada periodicamente, de modo que a terra esteja sempre úmida. Mas deve-se cuidar para não encharcar o solo durante as regas”, ressalta Jeane.

frequente, inclusive para plantas em vasos, o que estimula o desenvolvimento e a floração. “A adubação pode ser com matéria orgânica, como o húmus de minhoca, turfa vegetal, adubo animal e eventual reforço de adubação química”, explica Jeane.

não controlada, pode fazer com que a planta definhe e morra. O controle adequado da luz e da umidade do solo favorece o não-aparecimento de doenças e pragas. Para manter o jardim sempre bonito e saudável, é indicada a adubação

Divulgação

Se for plantada em vasos ou jardineiras, a mistura recomendada é de uma parte de terra comum de jardim, uma parte de terra vegetal e duas partes de composto orgânico. Uma dica importante é que ela deve receber algumas horas de sol todos os dias. “A pouca luminosidade faz com que os bulbos cresçam finos e fracos e não consigam se manter eretos. Com o tempo, ficam com aspecto mais amarelado, além de não florirem”, explica Jeane. Outro problema comum em locais mais sombreados é a ação de fungos, pulgão e cochonilhas que, se

Sidnei dos Santos

Multiplicação As formas mais comuns de multiplicação da orquídea-bambu são através da divisão das touceiras ou por estacas-ponteiro, que são obtidas das brotações laterais das hastes. “A orquídea-bambu costuma soltar brotos logo após a floração. Eles devem ser removidos quando atingirem 15 centímetros. Depois, precisam ser plantados em vasos ou saquinhos plásticos com terra bastante fértil até o enraizamento e, a seguir, transplantados para um canteiro definitivo”, explica Jeane. No caso de divisão da touceira da planta, o indicado é preservar três ou mais ramos em cada muda nova.

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[ museus ]

Fotos Daniel Zimmermann

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Parada essencial para os amantes do “pão líquido”, museu é o local mais visitado por turistas em Blumenau

Cerveja tem

memória

Blumenau, conhecida também como a Europa brasileira, mantém, até hoje, os traços e a cultura trazidos pelos colonizadores alemães, tanto no trabalho, quanto na vida social, na arquitetura ou na gastronomia. Outro importante costume que também veio com os antepassados europeus é a fabricação de cervejas. Na antiga Blumenau, mais de 20 cervejarias artesanais eram responsáveis pelo abastecimento da região. Hoje, existem cerca de 10 microcervejarias na região, entre as quais estão Borck, Schornstein, Heimat, Bierland, Wunder Bier, Das Bier, Zehn Bier, Eisenbahn. A cerveja faz parte da cultura blumenauense e nada melhor do que um museu para registrar e, principalmente, conservar a história dessa paixão. Inaugurado em setembro de 1996, o Museu da Cerveja é a forma de manter viva a tradição blumenauense. O espaço foi construído pela cervejaria Brahma, em parceria com a extin-

ta Cervejaria Continental e, desde 2000, a Secretaria Municipal de Turismo de Blumenau toma conta do interessante acervo do museu. “Ele faz parte da história de Blumenau. O local dele só poderia ser aqui, junto ao Biergarten, considerado o coração da cidade”, destaca Maria Luiza Moser, curadora do museu desde a fundação. Quem fizer uma visita ao museu, único no Brasil, além de admirar a praça onde ele está instalado, também vai aprender sobre a história da cerveja na região. No local, estão expostos equipamentos utilizados na fabricação de cervejas, fotografias, objetos, documentos e textos históricos. “Aqui, os blumenauenses e visitantes vêem o passo a passo do processo de fabricação. Conhecem os equipamentos e também os produtos utilizados”, explica Maria Luiza. Entre os equipamentos de produção, os mais antigos são os que pertenceram à Cervejaria Feldmann, fundada

pelo alemão Heinrich Feldmann, em 1898. As peças são ainda mais antigas do que a data de fundação da cervejaria: a enchedora de garrafas é de 1890, e o arrolhador data de 1892. Há de tudo, desde moinhos de malte manuais, tinas de fermentação aberta, velhos barris de madeira e até uma espécie de geladeira chamada Kühlschrank, ou armário frio. Ela é do tempo em que não havia eletricidade e as garrafas eram geladas com uso de gelo seco. No espaço, também estão expostas chopeiras, quadros mostrando a fabricação da cerveja, cartazes de antigas Oktoberfest, canecos das primeiras edições da festa, entre vários outros objetos. Os visitantes ainda são convidados a assistir a um vídeo, de aproximadamente sete minutos, que mostra a história da cerveja, como ela era produzida, os métodos de fabricação atuais e as principais cervejarias artesanais da região. 77


[ museus ]

O Museu da Cerveja é considerado a primeira parada de quem visita Blumenau. Nele, os turistas podem se informar sobre outros lugares para visitação, através de mapas, folhetos sobre cervejarias, festas tradicionais e roteiros naturais. “Além de mostrar o processo artesanal das cervejas, o museu também divulga o roteiro das cervejarias artesanais da região e outros lugares que merecem ser visitados”, destaca a curadora. Durante os primeiros meses do ano, considerados de alta temporada, o museu recebe entre 600 e 800 pessoas todos os dias. “Em todos os meses, o número de visitantes nunca é menor que 2,5 mil pessoas. Na alta temporada, esse número triplica”, ressalta Maria Luiza. Só em 2011, quase 50 mil visitantes passaram pelo museu. Para entrar no Museu da Cerveja não é cobrada nenhuma taxa e isso ajuda a torná-lo o lugar mais visitado por turistas em Blumenau. A curadora ressalta que, devido a esse número alto de visitantes, o espaço precisa de melhorias na estrutura: pintura nova, reforma do telhado e do piso e, principalmente, uma rampa de acesso para deficientes físicos. “O local precisa de uma revitalização, de um apoio, um carinho especial por parte das autoridades. Afinal, é aqui que a cidade começou”, ressalta Maria Luiza.

Museu da Cerveja Visitação: Segunda à sexta-feira, das 9h às 18h Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h Rua XV de Novembro, Praça Hercílio Luz, Blumenau – SC – anexo ao Biergarten (47) 3326-6791

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Daniel Zimmermann

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[ gastronomia ]

Roteiro de delícias Blumenau não se limita às tradicionais festas de outubro. Em janeiro, eventos como a Sommerfest atrem turistas que estão no Litoral para a cidade. Aproveitando esse clima, 19 restaurantes se uniram para divulgar o potencial do setor para visitantes e blumenauenses. O Festival Gastronômico é um saboroso roteiro, reunindo as variedades gastronômicas do Estado em uma única cidade. A segunda edição do evento ocorreu de 3 a 31 de janeiro e cada restaurante participan-

Fotos Divulgação

Confit de marreco do Senac Bistrô

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te (ver tabela), elaborou um prato diferenciado do cardápio original, possibilitando, assim, a exploração do sabor de diversos países: do tradicional marreco alemão ao kibe cru da culinária árabe. O Festival Gastronômico é uma realização do Blumenau e Vale Europeu Convention & Visitors Bureau (BVECVB) e do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Blumenau. Além de saborear diversos pratos, quem aproveitou o evento pode participar de oficinas

Festival Gastronômico de Blumenau mostra a diversidade da cozinha local

de culinária gratuitas, realizadas no Parque Vila Germânica, com os professores de gastronomia da Furb, Uniasselvi e Senac Bistrô Restaurante-Escola. Durante a oficina, os chefs apresentaram pratos como saladas de Verão e risoto de mignon com gorgonzola e morangos. Um guia gastronômico com as informações, como histórico e receitas, fica disponível durante o evento nos restaurantes. Confira duas receitas que fizeram parte do festival em 2012


Confit de marreco INGREDIENTES • 1 unidade de coxa e sobrecoxa de marreco • 300g de gordura de porco • 100g de sal de cura* • 2 ramos de tomilho • 200g de batata inglesa • 50g de bacon • 50g de alho com casca • ½ cebola • 30g de manteiga • 30g açúcar mascavo • 50ml de polpa de suco de tangerina • 30ml de água • 6 folhas de hortelã • sal e pimenta SAL DE CURA • 50g de sal grosso • 30g de açúcar mascavo • 10g de pimenta-do-reino em grão • 10g zimbro MODO DE PREPARO Envolva a coxa e sobrecoxa com sal de cura, cubra com o plástico filme e deixe por três horas (fora de refrigeração para fazer o processo de cura). Coloque a gordura em uma panela em que a coxa fique submersa. Cozinhe a sobrecoxa submersa nessa gordura por três horas, em fogo baixo, pois não pode haver “fervura”. Asse os alhos por 20 minutos em forno à 180°C. Lave e cozinhe as batatas com casca, descasque-as ainda quentes e passe por uma peneira para que fique em consistência de purê. Corte o bacon em tiras e frite. Retire o bacon e reserve a gordura na panela, acrescente o alho já assado e picado, depois a batata já passada pela peneira. Corte as cebolas em tiras finas, refogue na manteiga, acrescente o açúcar mascavo, sal e pimenta-do-reino. Deixe a cebola cozinhar nessa mistura por 10 minutos. Reserve. Dissolva a polpa de tangerina com 30ml de água, leve ao fogo até que reduza pela metade, acrescente as folhas de hortelã picadas, e verifique o sal e a pimenta. FINALIZAÇÃO Retire o marreco da gordura, asse à 180°C por sete minutos. Coloque as gotas de molho de pimenta no prato, a porção de purê, sobre ela o confit de marreco, as cebolas carameladas cobrindo a ponta do osso, e distribua por cima do confit.

Restaurantes e pratos Alemão Batata Choperia – Marreco Alemão Baggio Pizzeria e Focacceria – Focaccia Vicchio Cervejaria Bier Vila – Marreco Bier Vila Brimos Culinária Árabe – Sugestão da Casa Cafehaus Glória – Waffle com sorvete de creme e calda de frutas vermelhas Pizzeria Don Peppone – Pizza Mareverde Restaurante Due Sapori – Moqueca de Tilápia Expresso Blumenau – Schweinshaxe Ristorante Funiculi Funiculà Maccheroni

Timballo

di

Io Restaurante – Panceta à Pururuca Moinho do Vale Restaurante – Camarão à La Ruan Mortadella Ristorante e Pizzeria – Pizza Buerguer Navajo Grill – Balotine de Filé à Navajo Grill Ristorante Nonna Conceta – Macarrão Pappardelle com frutos do mar Pancho Dog & Chopp – Pancho Supreme Pastine Veloce – Penne ao pesto com camarão e trufas do mar Senac Bistrô – Confit de Marreco Tartufo La Cocina Italiana – Carne Alla Parmegiana Terrace Restaurante – Medalhão de Bacalhau com Crocante de Dendê 81


[ gastronomia ]

Macarrão Pappardelle com frutos do mar INGREDIENTES

Modo de preparo

• 400g de macarrão tipo pappardelle

Coloque os mariscos em uma tigela com água fria por 15 minutos. Repita a operação trocando a água, caso você identifique a presença de areia no fundo da tigela. Coloque uma panela com bastante água para ferver, com uma colher de sopa rasa de sal. Ela será usada para preparo do macarrão. Corte a pescada em cubos pequenos e então os coloque junto do misto de frutos do mar, numa tigela. Esprema um limão e acrescente sal. Misture bem e reserve. Em uma frigideira em fogo médio, coloque uma colher de óleo de dendê e deixe aquecer. Despeje os frutos do mar e refogue-os até que fiquem ligeiramente dourados. Os mariscos devem abrir durante o cozimento. Reserve. Corte o alho em pedaços pequenos (é bom amassá-los com um garfo também). Pique a cebola, a cebolinha e a salsinha em partes bem pequenas.

• 3 colheres de sopa de óleo de oliva extra virgem (aproximadamente 100ml) • ½ colher de chá de pimenta preta • 1 tomate inteiro • 200g de misto de frutos do mar (camarão médio, lula, mariscos e mexilhões inteiros) • 100g de pescada • 1 limão • 1 colher de sopa de manteiga (aproximadamente 60g) • 1 colher de sopa de óleo de dendê • 2 dentes de alho • 1 cebola média • 200ml de vinho branco seco • 1 colher de chá de molho de pimenta vermelha (a gosto) • 1 colher de sopa de salsinha fresca • 1 colher de sopa de cebolinha fresca • 2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

Divulgação

Em uma frigideira sob fogo médio, coloque duas colheres de sopa de óleo de oliva extra virgem para aquecer. Antes que o óleo ferva acrescente o alho e a cebola, então refogue até que fiquem dourados. Acrescente a pimenta vermelha e os tomates e refogue tudo por mais três ou quatro minutos, até que o tomate perca um pouco de água. Coloque o misto de frutos do mar, a salsinha e a cebolinha, com uma colher de manteiga. Por fim, coloque a pimenta preta e o vinho branco. Tampe a frigideira e deixe-a ferver entre cinco e sete minutos. Coloque o macarrão pappardelle na água fervente. Retire o macarrão 30 segundos depois da fervura espumar para que fique al dente. Escorra o macarrão e despeje-o diretamente na frigideira com o restante dos ingredientes. Refogue tudo por mais dois ou três minutos, para que o molho engrosse e ganhe consistência. Sirva o preparo em um prato fundo, salpique salsa fresca e queijo parmesão ralado sobre a massa. Harmoniza perfeitamente bem com vinho branco seco chileno Chardonnay Vineyard Selection da vinícola Terranoble, ou então uma cerveja tipo Ale, como a Eisenbahn Strong Golden. Os apreciadores de tintos podem saboreá-lo com o espanhol Garnacha Crianza, da vinícola Roqueta.

Fonte receitas: www.gastronomiablumenau.com.br

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[ vinhos ] Banco de Imagens

Depois do Porto, o Vinho Verde é a bebida da terra de Camões mais apreciada no mundo O vinho pode ser consumido em todas as estações, mas, é claro, existem aqueles que se adaptam melhor em cada época. Para o Verão tropical, uma das melhores escolhas é o Vinho Verde. A Denominação de Origem Controlada (DOC) se refere aos vinhos produzidos no Noroeste português, oficialmente dividida em nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cavado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa. Em geral, essas regiões possuem temperatura média anual amena e são regiões de colinas, algumas bastante montanhosas. São mais de 30 variedades de uva autorizadas para a produção dos vinhos. Existem os Vinhos Verdes tintos, rosados e brancos. O estilo é marcado pela alta acidez e graduação alcoólica considerada baixa, aromas frutados e fácil de beber. São indicados como aperitivo ou para harmonizar com refeições leves, como saladas ou frutos do mar. Entre a variedade de uvas, a principal é a Alvarinho. Em 2008, a Região dos Vinhos Verdes festejou o centenário da demarcação desses vinhos, que possuem características únicas.

Paixão do Noroeste

português

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Um dos produtores mais talentosos da região, Anselmo Mendes, foi eleito o Produtor do Ano em 2010 pela tradicional e principal revista portuguesa do setor, a Revista de Vinhos. Ele é de família de produtores de vinho nascido na região de Monção. A produção de Anselmo não se limita à Alvarinho. Castas como a Loureiro e a Trajadura, por longo período subestimadas pela maioria dos produtores da região, também são transformadas em bons vinho nas mãos do enólogo e produtor. Os pesquisadores datam de mais de 4 mil anos a história do cultivo da uva, porém, a localização das primeiras produções de vinho é incerta. A cultura da uva era empreendida na Grécia, nas ilhas que estavam sob o domínio do Rei Baco, e levadas ao Mediterrâneo.


Em Portugal, os vinhos também foram apresentados pelos gregos que plantaram as primeiras vinhas na Península Ibérica. Importantes passos foram dados para que o vinho português alcançasse o reconhecimento que tem atualmente. No Século 15, enquanto o Rei Dom Afonso Henriques estava no poder, foi iniciada uma política de exportação. Em 1756, o Marquês de Pombal criou a primeira região de vinhos demarcada do mundo, o Douro, onde se faz o vinho português mais famoso no mundo, o Vinho do Porto. Igualmente aclamado por enófilos e enólogos como o Vinho do Porto, os Vinhos Verdes estão presentes na mesa de muitos países devido ao grande número de exportações. Até o final de setembro de 2011, esses vinhos representavam 27 milhões de euros em volume de negócios, com 15 milhões de garrafas saindo de Portugal. Nos últimos 10 anos, os Estados Unidos se tornaram os maiores consumidores dos vinhos da região portuguesa. Em franco crescimento está a França, que no ano passado adquiriu 3,7 bilhões de euros em Vinho Verde, um milhão a mais do que em 2010. Práticas para popularizar ainda mais a bebida

aconteceram em outubro do ano passado, quando a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) promoveu degustações em Monção e Porto. O evento foi dirigido a importadores e jornalistas brasileiros. Ações desse tipo visam fortalecer ainda mais os vinhos portugueses no Brasil, país que já é o quinto mercado importador de Vinhos Verdes. Em 2010, foi responsável pela compra de 1,2 milhão de garrafas. Todas as características desses vinhos de origem demarcada têm como ótimos acompanhantes para harmonização os frutos do mar. Independente da escolha de variedades desses pratos, entre peixes, camarão ou moluscos, José Carlos Grando, personal winer da Companhia do Vinho, indica três rótulos que harmonizam muito bem, inclusive com carnes brancas. O Rolan Alvarinho Colheita Selecionada 2009, de cor amarelo-limão com reflexos esverdeados e aromas intensos de flores, notas cítricas e uma lembrança a flor de laranjeira. Na boca, é untuoso, denso, amplo, equilibrado e complexo, com um final potente e de grande persistência. Abaixo mais duas indicações: O Alvarinho Soalheiro 2010 (a uva foi considerada o melhor Alvarinho de Portugal pela imprensa especializada) é proveniente da sub-região de Monção, que produz os melhores vinhos verdes. Delicioso, cheio de charme e frescor, é mais encorpado e complexo do que os outros vinhos verdes. Vai bem com peixes e carnes brancas.

O Portal do Fidalgo 2010 tem aspecto límpido, cor citrina e aroma complexo e elegante, muito mineral, com notas citrinas à mistura com flores e frutas tropicais. No sabor, é rico e fresco, mineral, encorpado, persistente e final longo com tipicidade marcante da casta Alvarinho. Deve ser bebido entre 10-12 ºC. Pode ser bebido jovem, mas tem grande potencial de envelhecimento em garrafa. Grando sugere harmonizar com peixes e mariscos, acompanhando bem alguns pratos de carne. Também é ótimo como aperitivo. O sommelier Igor Maia, da Decanter, diz que os Vinhos Verdes são excelentes companheiros da mesa pelo fator de serem mais leves e cítricos. Ideais para a presença de bolinhos de bacalhau, carpaccio de linguado, ceviche, queijos de cabra frescos ou com espaguete com vôngoles abertos no azeite, com alho e salsinha fresca. A indicação feita pelo sommelier é um Alvarinho Muros Antigos da sub-região de Monção (2007), que foi produzido e engarrafado por Anselmo Mendes. Segundo Maia, para esse vinho é possível ir mais adiante em pratos com maior intensidade e expressão de sabores, como bacalhau com natas e batatas, ravióli recheado com lagostins ao creme trufado ou com tentáculos de polvo salpicados com páprica e ervas frescas, simplesmente grelhado na brasa. “Desfrute um Vinho Verde nesse Verão e descubra porque eles são tão apaixonantes. Saúde!”, completa o sommelier.

Divulgação

Anselmo Mendes foi o produtor do ano em 2010. Seus vinhos vão além da tradicional Alvarinho

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[ evento ] Marcelo Martins

Festival consolida a cerveja

O 4º Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau, que acontece em março, terá campeonatos internacionais

blumenauense

Consolidado no calendário de eventos do País, o Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau tem a quarta edição marcada para os dias 21, 22, 23 e 24 de março. A escolha pelo primeiro semestre é para que o evento abra o ano cervejeiro no Brasil. Nesta edição, o festival vai sediar o Campeonato Sul Americano de Cervejas e trará uma mostra do campeonato mundial. O evento de caráter internacional reforça o festival blumenauense como destaque nacional na área de cervejarias, fazendo também com que o espaço físico da feira aumente. Este ano, serão dois pavilhões do Parque Vila Germânica, sendo um deles para estrutura de apoio. “A novidade será um concurso internacional da cerveja, o South Beer Cup, que representa a internacionali86

zação da cerveja em Blumenau”, diz o presidente da Vila Germânica, Norberto Mette. Outro evento que acontecerá paralelamente ao festival será a primeira mostra competitiva do Beer Film Festival, que vai trazer à cidade filmes comerciais e documentários sobre cerveja de todo o mundo. Mette informa que, este ano, o evento deve contar com uma praça de alimentação e haverá reformulação quanto às atrações musicais. “Vamos avaliar a questão musical, pois a grande estrela da festa é a cerveja”, reforça. O número de estandes deve crescer de 80 para 100, incluindo seis pontos de alimentação. O presidente da Vila Germânica ressalta que o festival está em franco processo de crescimento e, a partir deste ano, vai

se transformar em festival internacional, abrindo espaço para a produção latino-americana. O festival O Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau proporciona a divulgação de produtos num contato direto entre empresas e consumidores. Na 3ª edição, que aconteceu em novembro do ano passado, o evento contou com a participação de 34 cervejarias, 28 cervejeiros caseiros, 450 tipos de cerveja, cinco importadoras e cinco empresas de insumos e souvenires.

Mais informações 4º Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau Data: 21, 22, 23 e 24 de março Local: Parque Vila Germânica


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Conforme o número de cervejarias artesanais aumenta no Brasil, principalmente no Sul e Sudeste, a exigência dos consumidores segue a mesma linha. O número aproximado de microcervejarias no País é de 180 empresas que movimentam R$ 2 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Em Blumenau e região, o número de fábricas subiu de duas para 10 em menos de uma década. Há, pelo menos, cinco anos, essas cervejas estão conquistando espaço nos supermercados. Hoje, elas ocupam aproximadamente 30% das prateleiras, ficando no mesmo corredor das cervejas comerciais. A consolidação trouxe mais variedade de rótulos de 88

cervejas chamadas especiais, sejam nacionais ou importadas. Para driblar o preço elevado, devido, principalmente à alta carga tributária, muitos apreciadores foram além. Com o paladar cada vez mais afinado e com a paixão em alta, muitos degustadores começaram a produzir o próprio líquido maltado em casa. Em janeiro de 2009, dois irmãos decidiram fazer uma experiência como mestres cervejeiros. Carlo Giovanni e Fernando Lapolli fizeram, então, a primeira cerveja artesanal do grupo que mais tarde se chamaria Confraria do Rancho. Foram produzidos 30 litros do estilo Red Ale, uma cerveja de cor avermelhada e, relativamente,

A tradição iniciada em Blumenau nos anos de 1860 pelo imigrante alemão Heinrich Hosang, hoje é mantida por cervejarias artesanais e cervejeiros caseiros

fácil de beber. Originária da Irlanda, antigamente era chamada simplesmente de Irish Ale, isso por volta de 1710. Os irmãos Lapolli foram acompanhados por Pedro Assis Neto, amigo da família que, mais tarde, com a saída de Giovanni para se dedicar a atividades profissionais, passou a produzir cerveja junto com Fernando. Em setembro do mesmo ano, os amigos ousaram um pouco mais na receita e fizeram a primeira cerveja da dupla, uma Strong Golden Ale – encorpada, com sabor marcante e frutado e de coloração dourada. Pelo sabor forte, é indicada para harmonizar com carnes de porco e caça, ou queijos fortes, como gorgonzola.


Reuniões cervejeiras Hoje, o grupo não se reúne com a frequência que acontecia quando tudo começou. Alguns ainda tentam manter as reuniões pelo menos uma vez por semana, e isso acontece quando alguém se mobiliza e liga convidando para ir até o Rancho degustar e conversar sobre novas receitas da bebida. “O grupo tem quatro pessoas que fazem cerveja, mas é formado por, pelo menos, 10 participantes”, diz Neto. Um desses integrantes é o biersomelier da Cervejaria Bierland, Paulo Bettiol que, entre outros cursos, tem formação na Doemens/Senac, em São Paulo. A escola, com sede em Munique, é a pioneira na formação de mestres cervejeiros na Alemanha, fundada em 1895. Bettiol ainda não produziu nenhuma cerveja no grupo, mas participa com o conhecimento como profissional e apreciador. “A confraria virou um núcleo. É um local para debater e colocar os tipos de cerveja que cada um faz para degustar”, conta. Até agora, a preferida do bierso-

melier foi a Bunker Bier, nome da cerveja no estilo Indian Pale Ale, em que a dupla Neto e Lapolli usaram beterraba. Bettiol ressalta que esse público jovem que atualmente faz cerveja caseira é o responsável pela revolução no mercado, pois, através deles, a procura cresce e a percepção do consumidor melhora.

Com o paladar cada vez mais afinado e com a paixão em alta, muitos degustadores começaram a produzir o próprio líquido maltado em casa Entre todos os 30 estilos diferentes de cerveja que a Confraria do Rancho produziu até hoje, usando ingredientes como pimenta, banana, entre outros, Lapolli destaca uma do estilo Robust Porter. “Usamos 80% de cacau e ela ficou oito meses maturando. O resultado foi bem apreciado por todos”.

Para que aconteça de uma cerveja ficar tanto tempo assim no processo de fermentação, quando o normal é em torno de 20 a 25 dias, o grupo mantém uma média de 200 litros por mês armazenados em barris dentro de quatro frízeres com temperatura constante. Até agora, a cerveja com graduação alcoólica mais alta que o grupo produziu foi a Tiradentes. O nome não é uma referência ao inconfidente mineiro e, sim, à sensação anestésica que os 11% de teor alcoólico causam na boca de quem a bebe. Neto e Lapolli contam que não têm o objetivo de comercializar as cervejas produzidas na confraria; a intenção é adquirir o conhecimento que essa prática possibilita, experimentar novas receitas, além de, é lógico, degustar os mais variados estilos e sabores dessa bebida milenar. Nas últimas duas edições do Festival Brasileiro da Cerveja (2010 – 2011), o público pode conferir algumas das cervejas do Rancho.

Produzindo em casa O investimento inicial para quem quer se aventurar em casa como mestre-cervejeiro é cerca de R$ 700, segundo o biersomelier Paulo Bettiol. Mas, não basta dinheiro para ingredientes e equipamento, como panelas ou fogão de alta pressão. Fazer cerveja caseira necessita, acima de tudo, de tempo e dedicação.

São realizados encontros em diversas cidades, com palestras, cursos, concursos e degustações de cervejas

Fernando Lapolli em meio às panelas e demais equipamentos para a produção de cerveja artesanal

artesanais, possibilitando a troca de experiências entre cervejeiros caseiros de todo o Brasil. Os interessados em produzir cerveja seguindo a Reinheitsgebot, a Lei Alemã da Pureza, de 1516, podem acessar o link da associação (www.acervacatarinense.com.br) para mais informações. Daniel Zimmermann

Cada etapa deve ser acompanhada passo a passo e de perto por quem está desenvolvendo a bebida. O processo de fabricação é o mesmo usado em microcervejarias artesanais, porém, é todo manual e leva, em média, de oito a 12 horas até a fase final em que a cerveja é colocada no frízer para alcançar a temperatura ideal para beber.

ocorreu em maio de 2008, em Florianópolis. O objetivo da associação é resgatar a história, difundir a cultura e aprimorar a produção de cerveja artesanal.

Os cervejeiros caseiros País afora têm como suporte uma associação que está distribuída em diversos estados: a AcervA. Em Santa Catarina, a fundação da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina (AcervA-SC), 89


[ design AP ]

Criatividade da cozinha

ao quarto Bem misturado

Parafusadeira!? Bosch

A Bosch colocou no mercado europeu uma versão limitada da sua mini-parafusadeira sem fio Bosch IXO com um acessório, no mínimo, original: um saca-rolhas! A série especial e limitada tem grafismos criados pelos designers russos Aleksandra e Daria Gantseva, da SashaDasha Design, de Moscou. São três modelos: Languages, Wine Goblet e Vine Leaves. Melhor, além de remover a rolha, o IXO também serve para fixar e soltar porcas e parafusos, possui lâmpada para iluminar locais escuros e é alimentada por uma bateria de 3,6 volts com tecnologia de íons de lítio. O equipamento em si é bastante compacto e pesa apenas 300 gramas. Ele pode ser encontrado do site da Amazon da Inglaterra pela bagatela de 30 libras (R$ 86). A versão simples pode ser achada no site do Japão por 4.980 ienes (R$ 117).

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Nostalgia Electrics

Uma empresa norte-americana desenvolveu uma coqueteleira que torna ainda mais interessante o preparo de bebidas, como o dry matini do agente secreto 007. Ela cria um ciclone líquido dentro do cilindro enquanto mistura a bebida. Batizada de Cocktail Cyclone Portable Drink Mixer CSS-565, a invenção já está disponível para compra na loja virtual Amazon. É escolher os ingredientes, jogar dentro da coqueleteira, apertar o botão, assistir e depois degustar.


Inspiração sertaneja Marcelo Rosenbaum

Na cozinha Ceraflame

Tipicamente catarinense, mas conhecida no mundo todo, a Ceraflame esbanja sofisticação nos produtos, bastante elogiados pelos chefs de cozinha. Exemplo é a Tagine. Exótica e requintada, a panela da linha Terrine é surpreendente, seja nos tamanhos de 2900ml, 1800ml ou 300ml. Totalmente de cerâmica refratária, sendo a única no mundo testada a choques térmicos, assim como todas as linhas da empresa, a Tagine é uma releitura das sopeiras inglesas. A tampa é o que mais chama atenção, com formato cônico, permite que o vapor do cozimento condense e volte ao fundo da panela.

Sustentável Floresta Móbile

O Floresta Móbile é o programa do Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra) que une a criatividade, técnica e a emoção de brasileiros e italianos para transformar restos de florestas e sobras de madeira de cidades do Norte e Nordeste brasileiro em uma concepção de design inovador e sustentável. Entre os produtos, está a Cadeira Kioto, um símbolo do programa. Inspiração na feira (Armário).

O designer Marcelo Rosenbaum lançou linha de móveis inspirados na Feira de Caruaru, patrimônio cultural do Brasil no agreste pernambucano, considerada a maior feira livre do Planeta. A coleção possibilita personalizar cores e estampas (xilogravuras de J. Borges, ou uma das seis cores criadas para a coleção. Marca de Rosenbaum, a linha é claramente preocupada com a sustentabilidade e com o fator humano. As peças são feitas de pinus natural, 100% cultivado. Entre as peças da coleção Caruaru está o armário de 1,5m de altura, 45cm de profundidade e 90cm de comprimento, com xilogravura de J. Borges. Os móveis foram produzidos pela ArteFama e estão à venda na Micasa.

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[ clic AP ]

Fortaleza sem conflito Ratones guarda a Ilha de Santa Catarina Fotos D

ivulgaçã

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Mais informações Fortaleza de Santo Antônio de Ratones Visitação: De abril a novembro, diariamente, das 9h às 17h De dezembro a março, diariamente, das 9h às 18h. Ingresso: R$ 8,00 – R$ 4,00 para estudantes com identificação Ingresso duplo (Ratones e Anhatomirim): R$ 10,00 – R$ 5,00 para estudantes com identificação

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Localizada na Costa do Sambaqui, ao Nordeste da Ilha de Santa Catarina, a Ilha Ratones Grande tem como parceira a Ratones Pequeno. As duas diferenciam-se por 200 metros de extensão. Ambas estão localizadas bem próximas da foz do Rio Ratones de Florianópolis. A denominação das ilhas foi dada logo depois que desbravadores aportaram em Meiembipe, como era chamada a Capital pelos indígenas. O aspecto de dois ratos deitados sobre o mar da Baía de Ramos inspirou os desbravadores. Em Ratones Grande está a Fortaleza de Santo Antônio, construída há 271 anos, tendo servido como ponto estratégico do sistema de defesa da Barra Norte da Ilha de Santa Catarina. Nos anos de 1800, completavam a fortaleza duas baterias de canhões, armadas com 14 peças de artilharia, artesanal bélico que jamais chegou a ser usado em qualquer confronto. Mas bastou um século se passar para todo o local ficar em ruínas. Por ali permaneciam apenas pessoas afetadas por doenças contagiosas, mantidas em um lazareto. Nas décadas seguintes, a Marinha do Brasil utilizou o local como armazém de carvão. Somente em 1980 é que as lideranças públicas começaram a se preocupar com o local e uma defesa à preservação de Ratones foi criada. Tombada como patrimônio histórico e artístico desde 1938, a primeira restauração ocorreu somente entre 1990 e 1991. O local passou, então, a ser gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Características Com o formato de um ‘L’ e pouco mais de 800 metros quadrados construídos, os prédios tinham os quartéis oficiais e das tropas, a casa das palamentas, o armazém de pólvora, um paiol e o calabouço. Pouco alterado do original, o conjunto estrutural é feitio do engenheiro militar brigadeiro José Silva Paes, primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. As construções da fortaleza têm posição elevada – exceto do armazém, localizado em um espaço plano das terras – e são guardadas por encostas rochosas e voltadas ao mar. Destacam-se por serem feitas com rochas locais, denominadas riólitos. Há também presença de granito rosa em alguns detalhes. A alvenaria que está em alguns pontos foi rebocada e caiada. Destaque ainda para o aqueduto, que conduzia as águas pluviais e de uma fonte para abastecimento da guarda. Visitação Hoje, o local faz parte do Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e pode ser acessado por escunas que realizam passeios marítimos com saídas de Canasvieiras, Trapiche da Beira Mar, próximo da Ponte Hercílio Luz e também da Praia de Sambaqui. Na linha há atrações regulares e a exposição de fotos “Fortaleza de Santo Antônio” é bastante convidativa. Fixada no Quartel da Tropa, as imagens fazem uma retrospectiva da história da ilha. Há também uma trilha ecológica com a prática de educação ambiental, aproximando os visitantes dos aspectos marinhos locais e da Mata Atlântica. Painéis de energia solar postos na ilha também são bastante procurados por grupos com cunho educacional, assim como a criação de mexilhões. 93


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Cursose eventos 21ª Paralela Gift A 21ª edição da Paralela Gift – Feira de Design e Produtos Contemporâneos reúne novidades em design de acessórios, cerâmica, design têxtil, joalheria, luminárias, mobiliário, objetos de design, vestuário, entre outros. Realizada duas vezes ao ano, a Paralela seleciona os participantes por uma curadoria e a partir de critérios como a criação autoral, a utilização de novos materiais e a produção sustentável.

+ informações • Quando: de 24 a 28 de fevereiro • Onde: Prédio da Bienal, Parque do Ibirapuera, em São Paulo • Telefone: (11) 2924-2409 ou (11) 2924-2416 • Site: www.paralelagift.com.br

10ª Expo Revestir Considerada a Fashion Week da arquitetura e construção, a Expo Revestir antecipa, todos os anos, as novas tendências e soluções para o setor de acabamentos. Durante os quatro dias de evento, a Expo Revestir mostra as últimas tendências e lançamentos para arquitetos, designers de interiores, construtores, revendedores de material e compradores internacionais.

+ informações • Quando: de 6 a 09 de março • Onde: Transamérica Expo Center, em São Paulo • Telefone: (11) 3289-7555 • Site: www.exporevestir.com.br

Design e Decoração O Curso Sequencial de Complementação de Estudos em Decoração de Ambientes, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), tem o objetivo de coordenar e compor projetos de decoração que visam o conforto, a praticidade e a economia. As matrículas seguem até o dia 19 de março, e o investimento é de sete parcelas de R$ 342,00.

Foto em Pauta O Foto em Pauta é um festival de fotografia que oferece diversas atividades aos visitantes, como projeções de fotografias, palestras, debates e oficinas ministradas por vários profissionais da área. No evento, além de conhecer as obras de grandes fotógrafos, o público também tem a chance de conversar com os artistas e entender como os trabalhos foram realizados. 98

+ informações • Quando: de 26 de março a 31 de outubro • Onde: Universidade Regional de Blumenau (Furb) • Contato: (47) 3321-0422 ou (47) 3321-0486 / edecon@furb.br • Site: www.furb.br

+ informações • Quando: de 14 a 18 de março • Onde: Tiradentes, Minas Gerais • Telefone: (31) 9811-8891 • Site: www.fotoempauta.com.br




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