Ano 3 nº 27 JULHO 2009 R$ 8,90
Inovação e VISÃO DE MERCADO
Após fazer sucesso com um editor de textos, a Fácil Informática achou um novo filão no mercado de softwares para a área jurídica
Carlos José Pereira é um dos fundadores e até hoje comanda a empresa que lançou o famoso editor de textos na década de 1980
Qualificação: Programa Junior Achievement desenvolve o empreendedorismo
EDITORIAL
A redução do
IPI
Arte Rodrigo Reis
O governo federal anunciou, no final de junho, a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para vários segmentos, entre eles o setor automotivo, por um período de mais três meses. As medidas de estímulo à economia consideram, ainda, a renovação da desoneração fiscal praticada para os setores da construção civil e de bens duráveis da chamada linha branca, composta por geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupas. Entre as medidas anunciadas, há também a prorrogação, por mais 18 meses, da isenção de PIS e Cofins incidentes sobre a venda de trigo, farinha de trigo e pão francês. No Brasil, vimos surgir esta prática assim que a crise norte-americana se agravou, no final de 2008, e os reflexos já foram percebidos significativamente, em especial no volume de veículos novos comercializados neste período. Agora, alguns meses depois, estas louváveis iniciativas de prorrogação são anunciadas pelo Governo como uma forma de estímulo à produção no nosso país, mas, na verdade, têm um grande apelo popular e de consumo. Nós, do comércio, estamos satisfeitos e aplaudimos toda e qualquer ação que venha a beneficiar o consumidor. É importante salientar também que, comprovadamente, a arrecadação não teve queda significativa, comprovando que alguma sonegação deixou de existir. Nesta mesma linha, deveríamos aproveitar para incentivar outras iniciativas similares. Na saúde com os remédios, na educação com a tributação da produção específica para o ensino, nos transportes em todas as boas e novas alternativas de locomoção coletivas e no volume maior de cargas, entre muitas outras. Certamente assim, de certa maneira, vamos promover uma verdadeira reforma tributária, bem “ao nosso modo”. E o governo também estaria contribuindo, praticando a redução das diferenças sociais, distribuindo melhor a renda, crescendo em empregos qualificados e dando um grande empurrão no desenvolvimento social e econômico. Alexandre Ranieri Peters Presidente do Sindilojas 3
SUMÁRIO
Kakau Santos
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FERNANDO LENZI FALA SOBRE DESAFIOS DA ADMINISTRAÇÃO Doutor em Administração, Lenzi aborda, entre outras coisas, as relações entre público e privado
UMA HISTÓRIA DE SUCESSO E TRANSFORMAÇÃO
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LEI DAS PLACAS TRANSFORMA O CENÁRIO URBANO
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Empresas que não se adequarem à nova legislação serão multadas pelo departamento de fiscalização
A Fácil Informática produziu um dos melhores editores de texto e hoje faz softwares para a área jurídica
14 Junior Achievement ensina a empreender 16 Fenahabit deve gerar R$ 100 milhões 22 Nota Fiscal Eletrônica já é realidade 24 Núcleo trabalha em prol da Vila Itoupava 30 Prestação de contas com Ideli Salvatti
32 Artigo - Turistificando o Brasil 34 Acib é notícia 36 CDL é notícia 40 Sindilojas é notícia 42 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - michele@mundieditora.com.br EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Ana Paula Lauth e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional) EDITOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Schulze COORDENADOR COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 - eduardo.bellidio@mundieditora. com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br TIRAGEM 4.000 exemplares
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BLUMENAU CRESCE MESMO EM ÉPOCA DE CRISE MUNDIAL Dados divulgados pelo Sigad mostram o bom desempenho na geração de empregos e exportação
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Conselho Editorial Acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Solange Rejane Schröder e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau
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Mundi Editora: Sidnei dos Santos e Eduardo Bellidio
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Entrevista com o doutor em administração Fernando César Lenzi
Kakau Santos
Fernando César
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Fernando César Lenzi é doutor em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), mestre em Administração (Gestão Moderna de Negócios) pela Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Gerenciamento de Marketing pelo Instituto Nacional de Pós Graduação (INPG/Furb) e Administrador formado pela Furb. Secretário municipal de Administração de Blumenau desde 2005, ele também é professor das disciplinas Empreendedorismo, Marketing e Planejamento em cursos de graduação e de pósgraduação. Tem larga experiência profissional nas áreas pública e privada, exercendo cargos executivos e desenvolvendo trabalhos de consultoria e capacitação profissional no Brasil e no Exterior. Autor de livros e artigos na área de gestão de negócios, empreendedorismo e desenvolvimento profissional, Lenzi acaba de lançar o livro O Empreendedor de Visão, organizado em parceria com o professor Márcio Daniel Kiesel.
“Muito do que é óbvio para nós, é reconhecido por outros como diferencial” Revista Empresário: O senhor tem uma larga experiência em administração, seja na iniciativa pública ou privada. Quais são as principais diferenças encontradas nestes dois campos? Fernando César Lenzi: Nesses últimos quatro anos em que eu tenho atuado na administração pública, o que mais tem me chamado a atenção é que na iniciativa privada você faz tudo que pode dentro de uma realidade de mercado. Na pública você tem que fazer tudo o que pode dentro do que a lei rege do ponto de vista administrativo. Nem tudo o que se quer fazer pode ser feito, da forma que se gostaria, justamente porque existe uma lei que regulamenta isso. Na iniciativa privada também existem essas leis, mas o mercado é livre. Na administração pública, o mercado passa a ser a comunidade. O que mais me surpreendeu quando vim para a administração pública foi a organização interna dos procedimentos. Na iniciativa privada existe toda uma estrutura voltada para resultados, desempenho, valorização do profissional, que na área pública, muitas vezes, era esquecida. Temos conseguido ao longo desse período implantar uma gestão um pouco mais voltada para resultados, atendendo aos anseios da população e, por outro lado, reconhecendo cada uma dessas ações dos servidores também. A diversidade do trabalho na prefeitura, em especial, a administração pública da prefeitura tem algumas nuances diferentes da iniciativa privada, porque, se na iniciativa privada você cria foco para um determinado mercado, na pública você tem vários focos para atingir ao mesmo tempo. Do ponto de vista da saúde, educação, assistência social, obras, regulamentações, enfim, existem várias frentes. Então, o desafio é maior, pois exige uma concentração de esforços para cada uma dessas áreas, sempre dentro de uma gestão de pessoas, que aí eu aponto
como igual à iniciativa privada. Coisa que hoje a administração pública não tem como regra geral, nós temos conseguido inserir em Blumenau, com essa gestão de recursos humanos mais voltada para o resultado e valorização do profissional, que de certa forma tem refletido no melhor atendimento à população. RE: A burocracia ainda é um grande problema? Lenzi: Burocracia existe nas duas áreas. O que não pode acontecer é ir para o extremo, que aí se torna negativa. A burocracia nada mais é que a organização dos procedimentos. Na iniciativa privada também existe essa organização, que deve ser respeitada até por força de autoridades, regramentos e normatizações internas. Na área pública, isso já existe por si só. E, às vezes, na tentativa de controlar mais o processo, o excesso de burocracia acaba atrapalhando. O que nós temos feito é achar a equação ideal para a administração pública, buscando não exagerar, mas também não deixar totalmente livre, porque existe o cumprimento de uma legislação. Agora, dentro do que a legislação permite, a criatividade tem que aflorar em cada um dos servidores e pessoas que trabalham no meio. É preciso uma redução do excesso de burocracia para que tenhamos mais agilidade dentro do que a lei nos permite fazer. Em um procedimento de compras, por exemplo, a iniciativa privada tem toda a concepção voltada para a economia e qualidade, porém, o procedimento é rápido porque o dinheiro é privado; automaticamente, quem está comprando tem essa valorização do recurso. Na administração pública existe uma lei que regra todos os procedimentos de compra, até para que isso evite o desperdício do recurso público. Às vezes isso é um pouco exagerado, em função da forma de atuação, justamente com a preocupação do dinheiro público, mas que, de certa
forma, tem que ser respeitada porque está na legislação, para que haja economia e qualidade. A agilidade desse processo é diretamente proporcional ao que a lei nos permite fazer. RE: O que da iniciativa privada deve ser levado para a administração pública? Lenzi: Dentro do ponto de vista administrativo, o principal foco é a organização dos processos de forma menos burocrática e mais ágil, mas, principalmente, a gestão de pessoas. Sou um defensor dessa área de gestão de pessoas e penso que as que têm reconhecimento geram resultado melhor no trabalho. Isso sempre se demonstrou eficaz na iniciativa privada e temos trazido isso para a área pública e também tem se mostrado eficiente. Em 2007, começamos um trabalho na prefeitura de desenvolvimento de empreendedores internos e estamos com alguns trabalhos voltados para essa área que já se utiliza na iniciativa privada também. As empresas já estão reconhecendo nos seus quadros profissionais que atuam como empreendedores corporativos. E esses profissionais internos acabam desenvolvendo projetos diferenciados, trazendo resultados para a empresa, mas todos têm condição de ter esses espaços, desde que a empresa permita essa atuação. Na área pública, muitas vezes isso era achatado pelas estruturas. As pessoas tinham medo de arriscar, fazer algo diferente, porque não tinham espaço para isso. Nós precisamos desfazer o estereótipo de que na iniciativa privada tudo é bom, enquanto na pública tudo é ruim. Nem sempre. A iniciativa privada também tem muitas práticas que não são adequadas. Basta ver o índice de mortalidade das empresas: 60% fecham até o terceiro ano. É uma pesquisa de instituições que fazem esse levantamento periodicamente. Se este índice existe lá, significa que algumas práticas não são adequadas. 7
Entrevista com o doutor em administração Fernando César Lenzi
Kakau Santos
Lenzi destaca a importância de inovar RE: E é possível levar boas iniciativas das administrações públicas para o setor privado? Lenzi: Eu acredito que sim. Algumas práticas da gestão pública, justamente a concepção do social, são práticas muito importantes e interessantes; particularmente eu posso dizer que foi um aprendizado muito interessante. Na iniciativa privada existem algumas ações sociais, para o benefício da comunidade, mas não existem como algo cultural. A empresa não é culturalmente preparada para isso. Do ponto de vista social, além de gerar lucro para a minha empresa, o que eu posso fazer para melhorar a vida das pessoas da comunidade na qual estou inserido? Uma empresa privada existe para gerar lucro, mas, além disso, o que de fato pode fazer para melhorar a vida das pessoas? Acredito que a área pública nos traz esse aprendizado. RE: Em uma época de crise financeira generalizada, qual é o papel dos administradores? Lenzi: A reinvenção diária. A realidade de mercado nos força, do ponto de vista positivo, a pensar todos os dias e a agir diferente. O que é que eu tenho de 8
fazer diferente do que eu fiz ontem para gerar outro resultado? Porque o mercado está mais sensível. Hoje você consegue uma informação da qual você precisa clicando em um site de busca quando antigamente você levaria uma semana para conseguir a mesma informação. A tecnologia, de certa forma, vem trazendo uma agilidade maior no que diz respeito a pessoas querendo um produto, um serviço, que, por sua vez, exige das empresas a oferta. Se alguém quer, eu tenho que oferecer, para que a pessoa possa suprir sua necessidade. Esta velocidade é muito grande e a minha velocidade de raciocínio precisa ser maior. Quando falamos de inovação, não estamos falando apenas da melhoria contínua. Melhorar continuamente é importante para qualquer empresa. Inovar, porém, é estar sempre à frente dos outros em qualquer processo. Em que serei melhor do que os outros para que o mercado me reconheça melhor do que a eles? É um grande desafio. Por que o mercado prefere um produto em detrimento de outro? Há mais daquele produto em oferta, ou serviço, para que eu possa escolhê-lo. RE: O senhor trabalha na formação de novos administradores e também na capacitação profissional. Quais as principais deficiências e virtudes dos administradores brasileiros? Lenzi: O que precisa ser melhorado bastante nos administradores e empreendedores de uma forma geral é a questão do planejamento, a questão da visão do futuro. Somos ainda muito carentes em relação ao planejamento, porque é uma ação que demanda tempo e que dá muito trabalho. Entre as virtudes que temos, estão a criatividade, capacidade de adaptação, o perfil de inovação. E, muitas vezes, achamos que isso basta e dispensamos o planejamento. É preciso ser rápido, mas sem abrir mão de organização, planejamento e visão de futuro pessoal e profissionalmente. Se eu simplesmente sou rápido para fazer algo hoje, talvez o amanhã destrua o hoje. Eu só sei se um acontecimento é bom ou ruim, identificar uma oportunidade ou ameaça, se eu sei onde quero chegar. Um exemplo é a crise financeira que é problema para uns e benefício para outros. É como Luiz Marins diz: “enquanto uns choram, outros vendem lenço”. O aumento do dólar pode ser ruim para quem importa, mas é bom para quem exporta. Isso mostra que não dá para generalizar situações, o ciclo econômico vai continuar, não podemos
lutar contra ele, temos que trabalhar nele sabendo as tendências de cada um desses ciclos. Planejar não é criar burocracia, é se organizar para chegar onde se deseja. Estes são pontos que precisamos melhorar para que tenhamos resultados ainda mais promissores e sejamos mais competitivos. RE: Qual é o tipo de profissional de administração que o mercado busca hoje? Lenzi: Além das formações técnica, acadêmica, conceitual, seja para trabalhar em uma empresa ou ter o próprio negócio, a qualificação está acima de tudo. E isso não significa só a formação acadêmica, mas buscar um diferencial para se destacar na função que vai exercer. Uma regra serve para os dois casos, é ter iniciativa de partir na frente dos outros para fazer as coisas acontecerem e não esperar que elas aconteçam para depois tentar correr atrás. A empresa ou profissional diferenciado chama a atenção do mercado pelas ações que se destacam das demais. Se eu continuar igual aos outros, eu entro em um leilão e terei que concorrer por preço mesmo, ser o mais barato para poder ser comprado. Se eu tenho algo diferente para oferecer, logicamente vale um preço maior. RE: O senhor acaba de lançar um livro que aborda a visão empreendedora. Qual o objetivo desta obra? Lenzi: O livro é uma composição de materiais de 15 autores. O professor Márcio Daniel Kiesel e eu trabalhamos na organização para que pudéssemos trazer de forma clara e direta algumas técnicas de gestão empreendedoras que podem ser facilmente aplicadas no meio empresarial. Como eu posso melhorar a minha atuação a partir de algumas dicas que o livro traz. A grande prospecção da visão empreendedora está em como ver a empresa em longo prazo para que se possa aplicar algumas técnicas em curto e médio prazo e chegar aonde se deseja. Vai além do pensar apenas no presente, no dia-a-dia. O intuito é tornar a empresa mais inovadora e competitiva a partir dessas dicas. É bom lembrar que a empresa para ter sucesso não precisa ser grande, mas sólida. Tem que ser equacionada em termos daquilo que se tem de rentabilidade e retorno, tendo equilíbrio financeiro e de mercado. Muitas vezes o ponto de equilíbrio do crescimento da minha empresa não é pelo tamanho e sim pela rentabilidade que ela me traz.
RE: Quais os passos imprescindíveis para que um empreendimento nasça com boas possibilidades de sucesso? Lenzi: A grande preocupação é a preparação do empreendedor, para não arriscar simplesmente pela aventura. Além disso, ter uma visão de futuro para a empresa, independentemente do período, como essa empresa poderá atuar daqui cinco ou 10 anos, e que se possa, ao longo desse tempo, adaptar-se de acordo com a velocidade das mudanças. Se não se tem essa visão, não há como planejar. O prefácio do livro é escrito pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro Corrêa, e ele diz algo muito interessante: que a partir do momento que uma pessoa decide empreender, precisa saber quais são as regras do jogo e não entrar para burlar as regras. Não se pode começar pensando em sonegar, fazer coisas negativas nesse mercado. Pode ser que não tenhamos as melhores regras, mas, se eu decido por isso, não posso burlar as regras, é preciso respeitá-las, senão estou sendo antiético comigo, com o mercado e com todos os clientes.
A realidade do mercado nos força a pensar e a agir diferente diariamente RE: Blumenau sempre foi vista como uma cidade de forte empreendedorismo. Isso ainda é uma verdade? Lenzi: Um pouco por tradição, a região sempre leva essa bandeira e acaba se cobrando por isso, o que é um aspecto extremamente positivo. Aqui, nós temos o berço de muitas empresas e certamente continuaremos a ter. E hoje temos uma reconfiguração, do ponto de vista de negócios da cidade, que é a prestação de serviços. Acho que Blumenau cobra muito de si uma atuação sempre positiva e essa cobrança interna faz com que o melhor de nossos empreendimentos seja percebido lá fora. Muito do que é óbvio para nós em termos de atendimento, produto e serviço, é reconhecido em outros mercados como um diferencial, porque comparando com outros mercados, somos excelência em muitos quesitos. Talvez esse seja um estímulo que precise ser intensificado,
começar a desenvolver nas crianças, desde a educação básica, algumas características mais fortes de iniciativa, criatividade e inovação. Daqui a 15 ou 20 anos, teremos essa criança no mercado atuando com essa diferenciação. RE: O senhor tem planos para lançar mais um livro? Lenzi: Esta é uma obra minha que venho preparando ao longo dos últimos três anos e chama-se A nova geração de empreendedores. Este livro é voltado para a concepção da diferenciação, de que forma os profissionais e empreendedores precisam atuar para gerar resultados diferenciados. E fazer uma analogia disso com um plano de negócios. O livro vai trazer toda essa visão de provocação para a diferenciação, mas associada à elaboração de um plano de negócios. O livro deve ser lançado no segundo semestre deste ano.
Empreendedorismo
uma História de
sucesso e adaptação Gisele Scopel gisele@mundieditora.com.br
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Quando os primeiros microcomputadores apareceram no mercado, substituindo equipamentos grandes e caros, no final da década de 1980, surgiu também um novo perfil de empreendedores. Técnicos que deixavam seus empregos em grandes empresas e se lançavam na aventura de iniciarem seus próprios negócios na área de software. Nesse contexto e com espírito revolucionário, nasceu a Fácil Informática. Um dos fundadores, Carlos José Pereira (foto), então com 10 anos de experiência na Cetil, primeira empresa de informática de Santa Catarina, vislumbrou um mundo de possibilidades. Ao lado dele estava José Milton da Silva, que deixou a sociedade em novembro de 2001. A empresa foi responsável pela criação do primeiro editor de textos com características tipicamente brasileiras, o Fácil, que acabou dando nome à empresa. Custando a metade do preço do produto norte-americano, o software made in brazil trouxe novidades como mostrar os caracteres acentuados, separação silábica, além da simplicidade na utilização. Ele também obedecia aos comandos do editor norte-americano, o que foi uma grande estratégia, segundo Pereira. Hoje, as pequenas funções parecem algo simples, mas na época foram um avanço
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muito significativo no campo da informática e o programa foi considerado um dos quatro melhores editores de texto do mundo pelo jornalista John Dvorak da revista Byte americana, ao entregar o prêmio de melhor produto para o Fácil, na Fenasoft de 1993. O Fácil também foi citado em artigo nesta revista, com destaque para diferenciais em relação ao Word da Microsoft. A primeira versão do produto ainda utilizava o sistema DOS e em seguida passou para o ambiente Windows. A intenção era vender 100 cópias no primeiro ano, quando foi lançado, em 1987, mas, para a surpresa de todos, este número pulou para 500. Em 1991, 3,5 mil cópias eram comercializadas ao mês, chegando a um total de 110 mil cópias. “Até hoje, é o produto que mais vendeu cópias no Brasil”, ressalta o diretor da empresa. Citada em jornais e revistas brasileiras, em programas de TV latino-americanos e na revista Byte americana, a Fácil foi uma das empresas que projetou Blumenau na informática. Com a chegada do editor de textos da Microsoft ao Brasil, foi difícil continuar competindo e a última versão do programa de edição foi lançada em 1995. O impacto causou queda nas vendas, mas para quem vê oportunidade na crise, este foi o momento de inovar. Com cerca de 5 mil clientes advogados, a empresa voltou seus produtos para o mercado jurídico. O Espaider, sistema especializado em gestão jurídica, foi o primeiro produto totalmente Web para a área do direito no Brasil e atende às características e peculiaridades de cada cliente, o que deu liderança à empresa. No início, os departamentos jurídicos das grandes empresas eram o foco das vendas. Atualmente, a Fácil tem entre os clientes alguns dos maiores escritórios de advocacia do Brasil, como o Veirano, com 800 advogados, e a Martinelli, maior escritório do Sul do Brasil, de Joinville. Entre os clientes que mantém departamentos jurídicos estão empresas como Avon, Natura, O Boticário, Fiat, TAM, IBM, Pfizer, Itautec,
Necessidade de atualização Segundo o diretor da empresa, a velocidade da informação tem levado os profissionais do direito a investir em atualização tecnológica e em novas ferramentas de gestão. “As buscas demoradas em extensos calhamaços foram substituídas pelas consultas e despachos online”, observa Pereira. Através do sistema, o advogado pode administrar processos, agendas, e-mails, além de uma série de mecanismos que facilitam a vida dos usuários. Por acreditar que um dos pilares do crescimento está na inovação, a empresa voltou a crescer e a investir em alta tecnologia. Como resultado, nos últimos cinco anos, a Fácil Informática registrou um crescimento médio em seu faturamento de 35% ao ano. Com clientes em todo o território brasileiro, incluindo multinacionais, a Fácil tem hoje quatro sedes. Em Blumenau ficam a matriz, onde está o setor de desenvolvimento e atendimento de apoio; uma filial, atendendo projetos e comercial, e o Datacenter. A quarta filial fica em São Paulo.
Kakau Santos
Na matriz, em Blumenau, está o setor de desenvolvimento e atendimento
Uma das estratégias que deu mobilidade aos clientes da empresa, além da segurança e tranquilidade, foi a criação de um Datacenter próprio. Para utilizar os servidores remotos disponibilizados pela Fácil, o cliente precisa apenas de internet banda larga e o navegador instalado no equipamento. Desta forma, é possível acessar os serviços 24 horas por dia, sete dias por semana. Foi observando a mudança no perfil do mercado, que a Fácil investiu em uma estrutura segura, projetada e mantida dentro dos padrões internacionais de operacionalização e segurança. Outra vantagem de utilizar um servidor remoto, segundo Pereira, é a de que os clientes podem investir na própria área de atuação, terceirizando questões ligadas à infraestrutura. O cliente não se preocupa mais com atualização de equipamentos servidores, sistemas operacionais, atualização do próprio sistema e pode comprar os serviços como compra água e energia. Quem utiliza mais paga mais.
EMPREENDEDORISMO
Kakau Santos
Polo de tecnologia Carlos José Pereira também foi um dos fundadores do Blumenau Polo Tecnológico de Informática (Blusoft), instituição que presidiu por seis anos. Criado em 1992 para planejar, implementar e gerenciar atividades associativistas das empresas de software de Blumenau, o Blusoft teve papel importante no apoio às empresas de informática que estavam surgindo na região. Pereira aponta que, na época, com a crise do setor têxtil, a cidade descobriu uma nova vocação. Blumenau chegou a ter a maior concentração de empresas de informática por habitante, chegando a índices encontrados apenas nos Estados Unidos. “Blumenau tinha mais empresas de software do que padarias”, a frase que Pereira repetiu várias vezes se refere ao fato de que para cada 1,5 mil habitantes havia uma padaria, enquanto a cada 900 habitantes existia uma empresa de software.
Perfil Razão Social: Fácil Informática Ltda. Fundação: Janeiro de 1987 Fundadores: Carlos José Pereira e José Milton da Silva Ramo de atividade: Desenvolvimento de softwares Número de sedes: 4 Colaboradores diretos: 85
O datacenter armazena as informações dos clientes e permite acesso rápido e seguro 12
Formação
Jovens e
empreendedores Kakau Santos
Estudantes do Colégio Sagrada Família e os produtos confeccionados pela miniempresa no programa Junior Achievement Criada em 1919, a Junior Achievement é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão inspirar jovens a empreender através de exemplos e valores éticos, seja na vida ou na carreira. É a maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios, envolvendo 9,3 milhões de jovens por ano em 120 países. A Junior Achievement desperta nos alunos do ensino fundamental e médio, de instituições públicas e particulares, o espírito empreendedor, estimula o desenvolvimento pessoal e proporciona uma visão realista de como funciona a economia. Através de programas educacionais, possibilita aos estudantes o 14
conhecimento e a vivência de situações relacionadas à carreira profissional e à livre iniciativa. Desde 1997, quando iniciou as atividades em Santa Catarina, a organização promove a participação de empresários, voluntários, pais, diretores, professores e alunos, tendo beneficiado com os programas mais de 115 mil jovens catarinenses. A Junior Achievement está presente em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. Em Santa Catarina, atua nos municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu, Gaspar, Blumenau, Timbó, Joinville, Içara, Criciúma, Lages, Joaçaba e Chapecó. A entidade é mantida e administrada por empresas privadas que apoiam com recursos financeiros e com executivos
voluntários que possam transferir experiências, implantar e acompanhar os programas nas escolas. Atualmente, os programas da organização iniciam no quinto ano do ensino fundamental e vão até o segundo ano do ensino médio. Para cada série, a entidade trabalha com uma metodologia com temas ligados ao empreendedorismo. Os programas da Junior Achievement acontecem em escolas públicas e particulares, tanto em horários curriculares como extracurriculares. O diferencial da entidade está em quem desenvolve os programas com os jovens, que são voluntários corporativos, com experiência na livre iniciativa, treinados na metodologia da organização.
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Em Blumenau O projeto iniciou em Blumenau em 1999. Hoje, as empresas Dudalina, Tecnoblu e Cia. Hering mantêm a ação na cidade, envolvendo cerca de 1,5 mil jovens ao ano. A organização tem cinco miniempresas ocorrendo na cidade, nas escolas Pedro II, Adolpho Konder, Professor Heriberto Muller, Colégio Sagrada Família e Senai. No programa, os jovens do segundo ano do ensino médio administram uma empresa dentro da escola. Decidem desde o produto, a diretoria, pagam salários, impostos e encargos, vivenciam o dia-a-dia de uma empresa.
Opinião de quem participa “Participar da miniempresa foi simplesmente maravilhoso. Conheci muitas pessoas e cresci intelectualmente ouvindo os conselhos dos Advisers e conversando com as diretoras. Conheci uma empresa por outro ângulo, além dos balcões e do público.” Ana Luiza de Amorim, aluna do Colégio Sagrada Família “Participar do projeto foi uma experiência cansativa, porém, gratificante. Tive noção de como realmente é complicado administrar uma empresa. Aprendi muito em todas as áreas: Produção, Marketing, RH e Finanças. Uma experiência que vou levar para toda minha vida.” Ana Paula Adriano, aluna da EEB Adolpho Konder “Eu, como voluntária, nunca pensei que seria tão gratificante trabalhar junto com essa garotada. Aprendemos com eles, é uma troca de conhecimento e a cada passo eles nos surpreendem”. Mirian De Luca Serpa Caetano, voluntária da Cia. Hering
Alunos aprendem a produzir e a administrar diferentes setores da empresa
Programa Série
Tema
Ensino fundamental 5ª
Nosso Planeta Nossa Casa
6ª
Introdução ao Mundo dos Negócios
7ª
Nosso Mundo
8ª
Economia Pessoal
9ª
As Vantagens de Permanecer na Escola
Ensino médio 1ª
Liderança Comunitária, Vamos Falar de Ética, Bancos em Ação
2ª
Miniempresa e Atitude Pelo Planeta 15
Eventos
Fenahabit deve gerar R$ 100 milhões
em negócios Divulgaçaõ
Organização calcula que 42 mil pessoas visitaram os 210 expositores da Fenahabit 2009
Em cinco dias, a Feira Nacional das Tecnologias da Construção e Habitação (Fenahabit 2009) teve um público de mais de 42 mil visitantes, ultrapassando a previsão dos organizadores. Participaram da feira, que ocorreu no Parque Vila Germânica, 210 expositores nacionais e um italiano. A Fenahabit recebeu mais de 8 mil visitantes de outros Estados e a organização estima que o evento gere mais de R$100 milhões em negócios em Santa Catarina até o final de 2009. Entre as grandes empresas regionais presentes no evento, que apresentaram lançamentos em produtos e serviços, estiveram Fischer, Max Mohr, Kapazi, Movimox, Belgo Mineira, Entalharte , Karlux, Flexfer, Mathecris, Tomellim, Paninox, Telweck, Te16
brasul e Vibramak, que receberam o público técnico e da construção. Enquanto os estandes do Crea, Confea, Mutuam, IAB, Aeamvi e Credicrea recepcionaram milhares de engenheiros e arquitetos de todo o País. Mais de 70 empresas participantes já assinaram o contrato garantindo a participação na Fenahabit 2010, que irá ocorrer no mês de junho. Destaques Um dos destaques da Fenahabit 2009 foi o Feirão Nacional da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal, que recebeu mais de 10% do público. No local, foram prestadas informações a respeito de planos e condições para financiamento de imóveis. Em torno do Feirão da Casa Pró-
pria estavam instalados mais de 30 empresas incorporadoras, construtoras e imobiliárias que ofereciam ofertas de imóveis. De acordo com a organização do evento, um dos estandes mais visitados foi a Casa da Reconstrução da Companhia de Habitação Popular (Cohab), que apresentava o modelo de residência oferecida aos atingidos pela tragédia ocorrida na região em novembro de 2008. Outra atração, o Espaço Casa, reuniu empresas e profissionais de decoração que apresentaram uma série de opções para deixar a casa bonita e funcional. A maior atração da feira, no entanto, foram os banhos ao vivo protagonizados por modelos, ação de uma empresa de chuveiros para apresentar seus produtos. Cada edição do banho atraia mais de mil espectadores em frente ao estande.
Estatística
Mesmo na crise,
Blumenau cresce Kakau Santos
Através de pesquisas apresentadas recentemente pelo Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão (Sigad) pode-se constatar que a economia de Blumenau cresceu. Os empregos tiveram taxa positiva bem maior do que a população e o total dos salários pagos cresceu acima da inflação no período 2000/2008.
Nazareno Schmoeller apresentou os dados do levantamento sócio-econômico
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O professor de economia da Universidade Regional de Blumenau (Furb), pesquisador do (Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) e coordenador do Sigad, Nazareno Schmoeller, observa que, desde 2000, o número de empregos e a massa salarial, que é o total dos salários pagos, cresceram acima da população. Os empregos cresceram mais nas empresas de menor porte, no período de 1995 a 2007. Com a injeção do FGTS na economia local, em decorrência da catástrofe ocorrida em novembro do ano passado, o cenário econômico de Blumenau melhorou ainda mais. “Segundo a Caixa Econômica Federal, foram pagos R$ 400 milhões na liberação do FGTS só para Blumenau, isso representou praticamente três folhas – R$ 120 milhões mensais – adicionais de salário. O dinheiro que entrou na economia de Blumenau teve um efeito multiplicador para o crescimento; assim, em 2009, Blumenau não sentirá tanto a recessão como o Brasil”, avalia. Schmoeller lembra que a economia da cidade ainda depende do setor têxtil, que, produzindo bens de consumo não duráveis, não sofreu tanto com a crise internacional. Também houve a desvalorização do Real, que permitiu que o setor pudesse exportar.
Produto Interno Bruto Blumenau perdeu posição no Estado quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) e ocupa hoje o 4º lugar. Segundo o pesquisador do Sigad, mesmo que a economia local tenha crescido, a de outros municípios cresceu ainda mais proporcionalmente no período de 2002/2006, de quando são os dados tabulados. “Blumenau, até 2003, ainda estava em primeiro lugar. A partir de 2004, 2005 e 2006 já perdemos esta posição para Itajaí. Pode ser que nos anos de 2007 e 2008 estes índices tenham se modificado, porque o ritmo de crescimento de Itajaí já é menor, mas ainda não temos estes dados para afirmar com certeza”. Itajaí é beneficiada por ser uma cidade
portuária; ter diversas empresas de outros municípios com entrepostos que fazem a parte final de produção para ter menores custos de impostos sobre o frete; e por ser um centro atacadista. Além da duplicação da BR-101, que facilita a instalação das empresas na região. “Se Blumenau já tivesse, há dois ou três anos, uma via de acesso duplicada para o Litoral, é obvio que nosso crescimento teria sido maior”, afirma. Schmoeller defende a realização de parcerias público/privadas para Blumenau melhorar a estrutura e ocupar uma melhor posição no PIB Estadual. Em compensação, no período 2002/2006, Blumenau ganhou uma posição
no PIB nacional e ocupa hoje o 55º lugar. Já Itajaí subiu três posições, assim como Joinville, que é o 29º do Brasil. Na indústria, Blumenau é o 54º PIB Industrial do País, sendo Joinville o 17º. Schmoeller afirma que o índice de exportação e importação de Blumenau cresceu bastante a partir de 2003, sendo o ritmo de aumento das importações um pouco maior, principalmente nos dois últimos anos. “Se pegarmos a balança comercial têxtil, podemos perceber que as importações foram maiores e isso se deve principalmente às confecções”, diz. Os destinos para os quais a cidade mais exporta são Estados Unidos, Argentina e Alemanha.
O que é o Sigad?
coleta de dados
Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão é um banco de dados e informações elaborado em parceria das seguintes instituições: Universidade Regional de Blumenau (Furb), Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Associação das Micro e Pequenas Empresas de Blumenau (Ampe), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Intersindical Patronal de Blumenau e Região, Governo do Município de Blumenau e Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex).
Os dados são coletados através de pesquisas realizadas em bases públicas disponibilizadas pelos órgãos públicos em diversos sistemas, que podem ser tabulados pela internet, através de códigos de atividades. O banco de dados e outras informações sobre Blumenau pode ser acessado no site www.furb.br/sigad.
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INFORME COMERCIAL
WK Sistemas chega aos 25 anos como referência em inovação tecnológica
R
eferência histórica no cenário tecnológico brasileiro. Sinônimo de inovação, qualidade e responsabilidade social. Assim é a WK Sistemas, uma das mais tradicionais e vitoriosas produtoras brasileiras de software. A WK é uma empresa 100% blumenauense. É uma empresa que cultiva valores, sempre focada em princípios como ética nos negócios, valorização do ser humano e respeito ao meio ambiente. Fundada por Werner Keske em 1984, a WK Sistemas está completando 25 anos como líder em softwares gerenciais, principalmente nas áreas de contabilidade e finanças. Werner Keske, diretor presidente da empresa, destaca a importância das pessoas para a história da WK Sistemas. “Para enfrentar e vencer desafios durante a nossa história, contamos com um grande diferencial: as pessoas. Foram as pessoas que fizeram a WK chegar aos 25 anos. No desenvolvimento, são as pessoas que garantem o lançamento de novos produtos e sua permanente atualização com qualidade tecnológica avançada. Na administração, são as pessoas que mantêm a empresa em perfeito funcionamento, uma tarefa diária que envolve esforço, dedicação e capacidade gerencial”, assinala.
passam por processos constantes de atualização”, diz o diretor de marketing Estanislau Mário Balzan. “Toda a rede está qualificada para prestar suporte, treinamento, implantação, levantamento de necessidades e desenvolvimento de soluções específicas”, complementa. O carro-chefe da WK Sistemas é o ERP Radar Empresarial, um conjunto de soluções que compreende sistemas para empresas de pequeno, médio e grande portes, envolvendo comércio, indústria, prestadoras de serviços, empresas contábeis e empresas ligadas ao ramo da saúde. “Os sistemas do ERP Radar Empresarial adaptam-se facilmente às características e necessidades de cada empresa, processando, armazenando e gerenciando uma grande variedade de informações”, destaca Balzan.
Werner Keske, fundador e presidente da WK: as pessoas são o grande diferencial da empresa
Canais de todo o país estiveram em Blumenau para a Convenção Nacional de Canais WK 2009
A WK Sistemas conta com mais de 75 mil cópias comercializadas. Para oferecer um atendimento personalizado aos seus clientes, conta com a parceria de mais de 100 canais em todo o Brasil. “A rede de distribuição possui profissionais certificados, que
Rua Almirante Barroso, 730 Vila Nova • Blumenau Santa Catarina
DDG Vendas: 0800 47-3888 (47) 3221-8888
Receita
A evolução da
nota fiscal Kakau Santos
Contabilidade, Banco Central (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Juntas Comerciais e o próprio contribuinte – pessoas jurídicas que geram a informação. Na avaliação do diretor, está acontecendo a desmaterialização do papel, apesar de ainda haver um documento que acompanha a mercadoria durante o transporte – Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). A partir da criação e autorização da nota, todos os órgãos envolvidos na transação de compra e venda têm acesso a ela através do sistema eletrônico. “Tudo é padronizado e disponível nas fronteiras por onde a mercadoria irá transitar e o cliente recebe o arquivo eletrônico e não precisa dar entrada manualmente no sistema, como acontece hoje”, cita Victorino. EFD e ECD
A partir de 1º de setembro de 2009, mais 53 segmentos econômicos passam a fazer parte do rol de empresas obrigadas a utilizar a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), em Santa Catarina e no Brasil. Segundo o diretor de Tecnologia e Negócios da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Carlos Roberto Victorino, esta é uma mudança radical. “Hoje, existe um padrão legal de envio de informações, mas não um padrão de arquivos e de informações, pois cada órgão solicita de uma forma e conforme a sua necessidade. Com a informatização, todos esses arquivos terão um mesmo formato em termos de estrutura e 22
qualquer sistema autorizado poderá ler a mesma informação” explica o diretor. A NF-e faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído em 22 de janeiro de 2007 e está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. A novidade promete ser um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. Victorino destaca que o projeto não foi repentino e foi construído a muitas mãos. A padronização permite que as informações sejam úteis para vários órgãos como: Receita Federal, Secretaria de Fazenda dos Estados, Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), Superintendência de Seguros Privados (Susep), Conselho Federal de
A prefeitura da Capital paulista já está totalmente informatizada há mais de dois anos. O diretor de Tecnologia e Negócios da Fenacon destaca que a implantação se refere apenas à compra e venda de mercadorias e são poucas as prefeituras que estão utilizando na parte de serviços (NFS-e), isto porque este é um segmento que ainda não está totalmente estruturado. Em Santa Catarina, a partir de janeiro de 2010, todas as empresas, salvo as inseridas no Simples Nacional, devem estar adequadas para a utilização da Escrituração Fiscal Digital (EFD), que corresponde aos livros de entrada, saída e apuração do ICMS, IPI e inventário. Já a Escrituração Contábil Digital (ECD) de todas as empresas tributadas pelo Lucro Real e as com faturamento anual acima de 30 milhões e sujeitas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado estão obrigadas a entregar, até 30 de junho de 2010, toda movimentação contábil referente a 2009. “Cabe ressaltar que a utilização do sistema Sped é opcional para qualquer empresa”, informa Victorino.
Bom para todos Kakau Santos
Para Victoniro, a novidade vai eliminar uma série de situações como a concorrência desleal e empresas que não emitem a nota, além de gerar a integração dos fiscos, compartilhamento das informações contábeis e fiscais em formato padrão nas três esferas do governo, racionalizando e uniformizando as obrigações acessórias. “Isso é bom para os estados, para a nação e para a sociedade”, aponta. A Receita Federal é responsável pela administração do sistema com o auxílio de representantes em cada Estado e no Distrito Federal. Os sistemas de faturamento, estoques, contas a receber e a pagar, o ERP de cada empresa é que deve gerar o arquivo eletrônico com as informações no padrão do Sped. Tudo isso com níveis de segurança que abrangem o cliente, a Secretaria da Fazenda, Receita Federal e Repositório Nacional do Sped, onde a transmissão dos dados é com criptografia assimétrica de 1024 bits, algo praticamente impossível de ser quebrado. O diretor ainda alerta que o processo de fiscalização continua o mesmo, o que significa que ninguém pode entrar no sistema e vasculhar as informações de uma empresa sem que seja iniciado o processo de fiscalização. Ele só saiu do papel e tornou-se eletrônico, logo,
Segundo Victorino, a NF-e vai eliminar distorções, como a concorrência desleal se a fiscalização quiser uma informação dentro do ambiente Sped, será preciso iniciar o processo de fiscalização, fazer a solicitação e notificar a empresa. “Dimi-
nui a utilização do papel e torna o processo mais rápido, mas os procedimentos legais, até por questões jurídicas, devem ser mantidos”, afirma Victorino.
Obrigatoriedade e adesão voluntária Desde que começou a operar este sistema de emissão, em dezembro de 2007, a Secretaria da Fazenda de Santa Catarina (Sefaz/SC) já emitiu mais de 10 milhões de notas fiscais eletrônicas autorizadas. Segundo o Auditor Fiscal da Sefaz/SC e Gestor da NF-e, Marcilino Figueiredo, são 1.632 estabelecimentos catarinenses que utilizam a NF-e, que em maio deste ano emitiram aproximadamente 1,8 milhões de documentos, um crescimento de 100% em relação ao mês de dezembro de 2008. O aumento se refere principalmente à obrigatoriedade de novos segmentos aderirem ao sistema desde abril passado. Outro fator que chama a atenção é a adesão voluntária de um número expressivo de empresas ao sistema de emissão ele-
trônico, muitas antecipando a próxima obrigatoriedade de setembro de 2009. Figueiredo relata que a Sefaz/Sc tem recebido cerca de 30 pedidos para credenciamento por dia. De acordo com Figueiredo, a dinâmica de implantação está evoluindo com bastante desenvoltura. Para que haja comunicação entre o contribuinte e a Secretaria da Fazenda de cada estado, as empresas necessitam de um aplicativo que pode ser adquirido de quatro formas: gratuitamente através da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que tem o link sempre atualizado para todo o Brasil; desenvolver o próprio aplicativo; ou comprar o produto pronto de uma empresa de software credenciada junto ao Estado.
O software gratuito pode ser adaptado para qualquer empresa em todos os estados brasileiros. Porém, é indicado para pequenos emissores de notas, até 50 por dia. O sistema ainda permite que as empresas integrem aplicativos, importem arquivos, cadastro de produtos, podendo passar a emitir até 150 notas por dia. A orientação do gestor da NF-e em Santa Catarina é que as empresas maiores utilizem um sistema próprio de faturamento. Hoje, são 525 empresas emitindo NF-e através desse aplicativo, o que representa cerca de 25% das empresas credenciadas. O número de NF-e por elas emitidas é de 620 mil, cerca de 5% das NF-e autorizadas por Santa Catarina. 23
Núcleos Setoriais
Para o desenvolvimento
da Vila itoupava Gilberto Viegas
Schwanke (E) e Laffin são fundadores do Núcleo Setorial da Vila Itoupava Criado em outubro de 2004, o Núcleo Setorial Vila Itoupava é integrado por um grupo de empresas de diversos ramos de atividades que lutam pela valorização da região. Conforme o coordenador do núcleo, Atilano Laffin, devido à distância do Distrito da Vila Itoupava ao Centro de Blumenau, foi necessário se organizar para obter os benefícios que a comunidade necessita. “Reunimos-nos para discutir as necessidades do distrito e levá-las ao Poder Público”, declara. Além disso, o núcleo serve de suporte para o intendente da Vila Itoupava. O vice-coordenador do núcleo, Jurandir Mário Schwanke, aponta ser preciso eleger as prioridades ouvindo a comunidade e trabalhar em sintonia com o intendente. Para dar prosseguimento aos trabalhos do núcleo, diz Laffin, foi preciso aguardar a nomeação do novo intendente do Distrito da Vila Itoupava, o que ocorreu há 60 dias. “Agora serão dadas as devidas direções novamente”, afirma. Entre as principais reivindicações que o núcleo encaminhou, estão uma ambulância 24
para o Hospital Misericórdia da Vila Itoupava; uma unidade do Samu instalada na Itoupava Central, por ser local estratégico para atender toda região. No setor de segurança pública, a maior conquista foi a instalação de quatro câmeras nos principais acessos ao distrito e a implantação da Sub-Delegacia de Polícia Civil na Vila Itoupava. Outro ponto de forte atuação do núcleo foi no sentido de estruturar a região para receber o turismo. O primeiro passo foi a instalação do Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Desde o ano passado, a Casa São José, que hoje funciona como centro de retiros espirituais para Igreja Católica, disponibilizou 90 leitos para hospedar turistas quando a rede hoteleira do centro da cidade estiver lotada. “A Casa São José seria um ponto de apoio para a rede hoteleira. Hoje, a Vila Itoupava é o reduto mais alemão de todo Vale do Itajaí, tem tradições, gastronomia, festas de Clubes de Caça e Tiro para mostrar e sabemos que sem hotel não há turismo”, afirma Laffin. Schwanke enumera outras ações, como a realização, com o apoio da Acib, de um evento cultural no aniversário da Sociedade Esportiva Recreativa Serrinha e ações beneficentes, como o apoio e doações a uma equipe de caratê formada por jovens carentes da região. A luta para ampliar o orçamento do distrito para realização de obras através de mais retorno dos impostos municipais também vem sendo travada. Autoridades estiveram presentes nas reuniões mensais do grupo, entre elas o prefeito João Paulo Kleinübing, Paulo França, Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional; Caleb Zaniz, na época presidente do Seterb; Carlos Olimpio Menestrina, comandante do Corpo de Bombeiros; César Luiz Dalri, comandante da Polícia Militar; Jean Jackson Kuhlmann, na época vereador; Jens Juergen Mantau, vereador, e integrantes da Polícia Rodoviária Estadual. “O Núcleo sempre obteve resposta de todos os setores com os quais se relacionou”, afirma Laffin. Laffin e Schwanke fundaram o núcleo e depois de dois mandatos consecutivos na coordenação e vice-coordenação, respectivamente, serão substituídos. “Nossas atividades profissionais não permitem mais que
nos dediquemos tanto ao núcleo quanto desejamos”, explica Laffin. Eles afirmam que darão suporte aos novos gestores. Segundo Laffin, dentro das prioridades elencadas pelo núcleo houve solução ou, ao menos, encaminhamento. “Acredito que o trabalho do próximo coordenador será se reunir com a comunidade, fazer uma reciclagem do que já foi feito e seguir com novas prioridades”. De acordo com ambos, o apoio da Acib foi fundamental para a atuação do núcleo. “Os comerciantes e empresários da Vila agradecem a disponibilidade sempre apresentada pela Acib”, finaliza Laffin.
Participantes Amatex Ind. e Com. de Importação e Exportação Blusites Informática Cartório Gaya Deschamps Etik Art. Ind. Com. de Etiquetas Ltda. Haco Hospital Misericórdia Ind. Com. Rep. Reeltex Laboratório Itoupava Nilton Klabunde Serviços Contábeis Óptica Alexandre Viacredi Comércio e Ind. Arthur Zimdars Intendência Distrital da Vila Itoupava
Lei das Placas
Uma imagem
limpa para a cidade Kakau Santos
Loja na Rua XV de Novembro com fachada adequada à Lei Complementar 657 Desde que entrou em vigor, em 13 de novembro de 2007, a Lei Complementar 657, que regulamenta a publicidade em letreiros e painéis publicitários em Blumenau, tem gerado polêmica entre os comerciantes da cidade. Apesar da reclamação de alguns, o diretor de Fiscalização de Obras e Posturas, Raoni Gonçalves de Paulo, ressalta que as empresas tiveram o prazo de 18 meses para se adequar à nova legislação e que este não é mais o momento de aceitar queixas. Segundo Gonçalves, a fiscalização passou a atuar em 20 de maio deste ano. O foco inicial foi a região central, abrangendo as ruas XV de Novembro, 7 de Setembro, São Paulo, avenidas Beira-Rio e Martin Luther, incluindo todas as transversais. Neste período, 493 estabelecimentos foram notificados. Letreiros, alguns outdoors, front lights e cartazes publicitários foram autuados nessas regiões. O diretor destaca que das empresas que foram autuadas, cerca de 50% já regularizaram a situação, as de26
mais, ou estão aguardando uma resposta da prefeitura para fazer o novo projeto, ou serão multadas. A lei complementar define que a publicidade tem que ser proporcional a um quarto do comprimento da fachada, que define a metragem quadrada a ser utilizada. “Pode até ser mais de uma placa, desde que o somatório fique dentro do espaço determinado”, orienta Gonçalves. A maioria das autuações é referente a letreiros, que são as placas de publicidade e identificação na fachada dos comércios. Os painéis publicitários, aqueles instalados fora dos estabelecimentos das empresas, como outdoors e cartazes aparecem em menor número, de acordo com Gonçalves. Ele alerta que a fiscalização deve continuar. “A partir de agora, na continuação dos nossos trabalhos, vamos multar quem não obedecer à lei e em contato com a Procuradoria do Município ver qual a medida a ser tomada” reitera o diretor, enfatizando que a prefeitura tem poder para remover as placas irregulares. Os trabalhos também serão estendidos aos corredores de serviço, como as ruas Amazonas, General
Osório, João Pessoa, Francisco Vahldieck, Estanislau Schaette, Itajaí, das Missões e 2 de Setembro, onde está a maior concentração de placas publicitárias, outdoors e comércio. Resistência “Independentemente do tamanho da empresa, o tratamento será igual para todas”, é o que garante o diretor de Fiscalização de Obras e Posturas da prefeitura de Blumenau. Segundo ele, há certa resistência das grandes redes comerciais em se adaptar, mas nenhuma terá tratamento diferenciado. Um bom exemplo é o McDonalds da Rua 7 de Setembro, que removeu parte do letreiro irregular. Gonçalves lamenta que a velocidade da fiscalização não é a ideal devido à grande demanda. “O número de lojas e placas é muito grande e os fiscais têm outras atividades no dia-a-dia”, lembra. Ao todo, são 12 fiscais, que, além da fiscalização das placas, são responsáveis por toda a demanda de serviço como controle de construções, posturas e obras.
Lei das Placas
A partir da notificação oficial, a empresa ainda tem o prazo de 10 dias para retirar ou regularizar a placa de identificação ou publicidade. Após esse período, a empresa está passível de multa que varia de R$ 1.778,22 a R$ 2.963,70. O diretor de Fiscalização de Obras e Posturas, Raoni Gonçalves de Paulo, salienta que o prazo para recorrer da multa é de 10 dias após a notificação e o caso será analisado administrativamente, avaliando se há fundamento no questionamento do reclamante, podendo ser deferido ou não. O pagamento da multa também tem o prazo de 10 dias, caso contrário, a empresa será inscrita em dívida ativa, ou seja, será cobrado judicialmente. O procedimento para regularização das placas é a remoção ou ainda a adequação, mas, de qualquer forma, a empresa necessita de uma autorização da prefeitura. A Secretaria de Planejamento, através da Diretoria de Análises e Projetos, analisa e libera a instalação dos letreiros, outdoors, placas publicitárias e, assim como o Setor de Fiscalização, está à disposição para sanar dúvidas. A lei também pode ser consultada através do site da prefeitura de Blumenau (www.blumenau.sc.gov.br), no link das leis municipais, opção Lei Complementar 657/2007.
Kakau Santos
Prazos e multas
Raoni Gonçalves de Paulo: tratamento igual para todos
Kakau Santos
Empresas de Mídia Exterior
Vilson Voigt: a disciplina é fundamental
Atentas às mudanças da lei, as empresas que participam do Núcleo de Mídia Exterior da Acib acompanham a formação dessa lei desde o início, inclusive participando de todos os debates dos conselhos de planejamento e meio ambiente, que também opinaram sobre a matéria. Segundo o coordenador do núcleo, Vilson Voigt, as empresas envolvidas acreditam que a lei é salutar. Porém, é fundamental que haja disciplina e, principalmente, cobrança na aplicação da lei. “De outra forma, teremos um grupo de empresas estabelecidas cumprindo uma norma e um universo de pessoas físicas que trabalham de forma irregular, até mesmo empresários que entendem que podem colocar placas fora do estabelecimento onde bem quiserem”, alerta Voigt. De acordo com o coordenador do núcleo, as empresas de mídia exterior, que trabalham com a locação de equi-
pamentos para publicidade, já aplicam as novas regras desde novembro de 2007. Por outro lado, as demais começaram a se preocupar com a lei somente agora, com a ação efetiva da fiscalização. Para ele, a medida deve trazer apenas benefícios. “O descontentamento dos comerciantes é inevitável, mas entendo que onde todos querem se destacar, ninguém se destaca. Quem sai prejudicada é a imagem da cidade. Se todos se adequarem à lei, todos vão lucrar”. Cerca de 80% das empresas nucleadas já estão de acordo com a lei e aproximadamente 20% das placas foram retirados, relata o coordenador. “Pensamos que o melhor seria não deixar chegar em um estágio de saturação, como em São Paulo, e buscar algo bom para todos, tanto para as empresas que operam, anunciantes e para a sociedade que não é agredida com a poluição visual”, conclui Voigt.
Prestação de contas
“Sou pré-candidata do PT ao
governo do Estado” Divulgação
Deputada estadual em duas legislaturas e atualmente exercendo o mandato de senadora, sempre pelo PT, Ideli Salvatti ratifica sua condição de pré-candidata do partido ao governo do Estado em 2010. Nesta entrevista ela também destaca a parceria que mantém com entidades empresariais em projetos de infraestrutura e a atuação em Brasília para agilizar a liberação de recursos para obras nos municípios catarinenses. Formada em Física e com longa atuação no magistério, Ideli escolheu como suas plataformas políticas o trabalho em prol da educação e do desenvolvimento sócio-econômico. Revista Empresário: Faça um perfil da sua vida pública: Ideli Salvatti: Comecei minha militância política quando ainda era estudante, em São Paulo, participando de atividades ligadas à Igreja. Depois de ter me formado em Física pela Universidade Federal do Paraná, nos anos 1970, vim morar em Joinville, onde também trabalhei com Comunidades Eclesiais de Base e associações de moradores. Durante toda minha carreira como professora, em Santa Catarina, atuei junto às entidades representantes dos professores: na antiga Associação dos Licenciados em Santa Catarina (Alisc), para a qual fui eleita presidente em 1987; e depois no Sindicato dos Trabalhares na Educação (Sinte/SC), para o qual fui eleita presidente em 1989 e reeleita em 1992. Por isso, e também porque sou mulher e mãe de dois filhos, tenho um carinho e um compromisso muito grandes com a educação – esta área sempre ocupou bastante do meu tempo e do meu trabalho como parlamentar, nas duas vezes em que fui deputada estadual e depois como senadora. E claro que esses anos todos de trabalho político têm sido extremamente reconhecidos. Tenho muito orgulho de ter recebido os títulos de cidadã blumenauense e cidadã catarinense, que são um reconhecimento ao trabalho realizado. RE: Que balanço a senhora faz do mandato no Senado? Ideli: Um balanço muito positivo, porque conseguimos apresentar projetos e realizar ações que considero fundamentais para ajudar nosso Estado a continuar se desenvolvendo, com melhores oportunidades de trabalho e renda para os catarinenses. Santa Catarina é um Estado muito rico, com um setor produtivo extremamente diversificado e um povo trabalhador e, por isso mesmo, acredito que os serviços públicos prestados pelo Estado à população poderiam funcionar melhor. É nisto que temos procurado contribuir através de várias ações do meu mandato como senadora. RE: Quais ações merecem ser destacadas? Ideli: Eu destaco a expansão da educação profissional e tecnológi-
ca em Santa Catarina, área para a qual eu destinei R$ 39,2 milhões em emendas parlamentares entre 2005 e 2007. Esses recursos foram decisivos para a criação das novas escolas da rede técnica federal e investimentos nas que já existiam, que hoje são campi 30
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e oferecem cursos técnicos de nível médio, mas já começam a oferecer também cursos de nível superior. É algo fundamental aos jovens e adultos que precisam de formação para ter melhores oportunidades de trabalho e de renda e também para o setor produtivo, que precisa de trabalhadores qualificados. Um segundo conjunto de ações que tenho feito desde que assumi como senadora, em 2003, é o trabalho para ajudar a agilizar os recursos federais e obras de infraestrutura que o nosso Estado precisa e que esperava há muitos anos: a modernização dos portos, as melhorias nas rodovias federais, inclusive a duplicação da BR-101 e o avanço do processo para a duplicação da BR-470. Tenho uma boa parceria com os empresários e assim temos avançado em obras importantes, inclusive para o Vale, como as BRs 280 e 282, o projeto das ferrovias, a construção do Trevo da Mafisa e da Ponte do Vale. Destas parcerias também conseguimos investimentos para o esporte,
como a construção da pista de atletismo, equipamentos para ginástica artística e recursos para o Centro Nacional de Handebol do Sesi, em Blumenau. Tenho ainda uma boa parceria com os setores da construção civil, têxtil e cerâmico, que geraram incentivos importantes por parte do governo federal, com efeitos positivos para a economia e a geração de emprego. E, para terminar, destaco o trabalho realizado em Brasília para agilizar medidas destinadas à reconstrução dos municípios catarinenses atingidos pelas enchentes de 2008, entre elas a liberação do FGTS, que já foi pago integralmente a todos os moradores afetados, e os novos créditos e prazos para as empresas atingidas. RE: Que ações/projetos a senhora pretende apresentar/implementar até o final deste mandato? Ideli: Pretendo dar continuidade às ações
que tenho realizado nestas duas áreas que acabei de mencionar (educação e infraestrutura), pois são as áreas que escolhemos
Educação e infraestrutura são áreas que escolhi como prioritárias como senadora como prioritárias desde que assumi como senadora. Já avançamos bastante, mas tem ainda muito trabalho pela frente. RE: Quais são os seus planos na política? Ideli: Sou pré-candidata do PT ao gover-
no do Estado e estamos buscando diálogo com diversos partidos e setores da sociedade que queiram participar da construção de um projeto para Santa Catarina, baseado no desenvolvimento sustentável com distribuição de renda e geração de empregos.
ARTIGO
Turistificando o
Brasil Em qualquer cidadezinha americana, um turista eventual encontrará uma pletora de atrações turísticas a sua disposição. Ele chega e depara com cartazes os mais ridículos possíveis, como: “Aqui George Washington dormiu por uma noite”, “Abraham Lincoln cuspiu neste chão”, “Foi aqui que Judas perdeu as botas” e assim por diante. Mas, por mais ridícula que seja, cada cidadezinha tem umas sete ou oito atrações turísticas bem documentadas em um panfleto disponível em toda pousada e todo hotel. Já visitei museus de caixa de fósforos e selos comemorativos. Já vi como se fazem queijos franceses, relógios suíços e como se plantam tulipas holandesas. A variedade das coisas que pessoas comuns colecionam ou pro-
o
lgaçã
Divu
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duzem é infinita e talvez mais interessante do que as pirotecnias da Universal Studios. Com recursos naturais, sol 320 dias por ano, um povo super-hospitaleiro, praias maravilhosas, restaurantes de primeira, o Brasil deveria ter de 10% a 15% do seu PIB comandado pelo turismo. O primeiro passo, portanto, para que possamos aumentar a indústria do turismo, é “turistificar” nossas cidades. Das 5 mil cidades brasileiras, somente 1,3 mil se cadastraram na Embratur como cidades potenciais para o turismo. Talvez tenham esquecido que toda cidade tem sua história, sua capacidade de criar um museu ou uma atração turística - nem precisa ser uma beleza natural. Quem não caminharia léguas por causa do melhor chope do Brasil? Se sua cidade não tem uma linda cachoeira do tipo Véu da Noiva ou uma vista espetacular, não significa que ela esteja excluída do roteiro turístico. Nova York é a prova concreta dessa afirmação. Nosso erro tem sido colocar sempre a carroça na frente dos bois. Por vários anos, o governo financiou caríssimos hotéis, a juros subsidiados, que depois de prontos ficaram vazios porque as cidades não se “turistificaram”, não atraindo os turistas. Esquecemos de criar museus, de colocar placas de sinalização em espanhol e inglês - muitos de nossos museus não têm sequer cartazes de explicação em português, muito menos no idioma de nossos turistas - e de criar panfletos turísticos de qualidade internacional. Se você é prefeito de uma cidade, digite o nome da sua cidade.com na internet e veja o que aparece em termos de atrações turísticas. A net divulga tudo
para todo o mundo. São raras as cidades que possuem, pelo menos, o próprio site. Não vamos atrair turistas se continuarmos agindo assim. Nem turistas brasileiros, quanto mais do resto do mundo. “Turistificar” uma cidade não é complicado, contanto que isso seja feito por pessoas especializadas, que consigam escapar das pressões políticas da cidade e se concentrem nos desejos de um turista. Nossos economistas ficaram quatro anos pedindo mais câmbio. Agora estão explicando por que as exportações não cresceram tanto quanto prometeram que cresceriam. Na realidade, esqueceram o que nossos administradores vêm dizendo há muito tempo. Exportar não é só uma questão de câmbio. Exportar depende de canais de distribuição próprios, que não temos, qualidade e constância de fornecimento, entregas just in time a 10 mil quilômetros de distância. Sem falar de marca mundial, construída por anos de propaganda, como o famoso personagem Juan Valdez, que faz a propaganda do café colombiano. Foi-se o tempo em que uma nação poderia crescer por sua agricultura e indústria. Cinquenta por cento do PIB brasileiro já é dominado pelo setor de serviços. Como se exporta turismo? Por meio do turismo receptivo, que faz parte hoje em dia de toda nação bem-sucedida do mundo. Parece que nos concentramos no turismo expulsivo, com o objetivo de levar todo brasileiro para a Disney, para desespero de Armínio Fraga, que tem de fechar as contas. Nossa balança comercial poderá ficar positiva como queriam os economistas, mas a conta de serviços vai continuar por muito tempo negativa. Podemos colocar o câmbio a R$ 2, R$ 3 ou R$ 4 que não atrairemos turistas se primeiro não “turistificarmos” o Brasil. Stephen Kanitz Mestre em Administração de empresas, consultor e conferencista
INFORME COMERCIAL
Além da alta tecnologia nos tratamentos estéticos dentários, a Clínica oferece um moderno laboratório. Com o trabalho em conjunto da clínica e do laboratório, os profissionais têm a possibilidade de estudar cada caso, identificando o melhor tratamento para cada paciente. Devido aos investimentos em tecnologia e conhecimento, através de cursos e congressos internacionais, a clínica se tornou uma referência em tratamentos estéticos orais em Santa Catarina.
Tratamentos
Dr. Joel e Dra. Cátia no laboratório da clínica em Blumenau
Atuando há 30 anos na área de odontologia, Dr. Joel é especialista em reabilitação oral e estética, atendendo em sua clínica com tratamentos de reconstituição dental, contorno cosmético, laminados cerâmicos, clareamento, restaurações, tratamentos profiláticos, reposicionamento de dentes fora de posição e outros tratamentos para garantir um sorriso bonito, natural e atraente. As correções de tamanho, cor e forma são analisadas e podem ser feitas através de facetas e coroas de porcelana. “Primeiramente, faço uma avaliação para escolher o tratamento e o material adequados, já que em muitos casos ocorre uma verdadeira plástica sem bisturi”, explica o especialista, um dos pioneiros em imagem intraoral. Além do monitoramento do tratamento, a clínica oferece radiografia digital, anestesia computadorizada e diagnóstico por laser. Tudo para garantir um sorriso perfeito.
Aperfeiçoamento constante Em busca de inovações tecnológicas e de aperfeiçoamento profissional, o Dr. Joel Mauri dos Santos participou recentemente de um curso internacional de estética oral em Genebra, na Suíça, onde garantiu apoio científico para os tratamentos oferecidos na Clínica e Laboratório Dr. Joel, que é especializada em reabilitação oral e estética. O PhD Didier Dietsch ministrou um curso específico, trabalhando apenas os seis dentes superiores, os que mais aparecem no momento de sorrir. “O curso evidenciou detalhadamente a reconstrução de cada um destes dentes para garantir a naturalidade na aparência”, explica o especialista que é membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. Além do curso em Genebra, que ofereceu aulas teóricas e práticas , o Dr. Joel Mauri dos Santos e a Engenheira Cátia Tomaselli dos Santos participaram também do International Dental Show, na Alemanha, um dos maiores eventos mundiais de exposição e comercializaçãodeprodutosvoltadosàodontologia,que reuniu 1,8 mil expositores de 57 países atraindo 106 mil visitantes. Dentre as novidades apresentadas neste congresso, a Clínica e Laboratório Dr. Joel adquiriu um aparelho que auxilia na identificação eletrônica da cor exata dos dentes, o Easyshare.
Dr. Joel no laboratório de Genebra, durante aperfeiçoamento internacional
ACIB É NOTÍCIA
orçamento regionalizado
Legislativo jovem em pauta Cristiane Soethe
O presidente da Acib manifestou a opinião da entidade
Os jovens vereadores da Câmara Municipal de Blumenau Napoleão Bernardes (PSDB), Fábio Fiedler (DEM) e Marcelo Schrubbe (DEM) puderam falar sobre suas carreiras e projetos para uma platéia formada por jovens empreendedores e estudantes da FAE, no dia 22 de junho. “O Poder Legislativo e o empreendedorismo jovem em Blumenau” foi tema do encontro promovido pela Acib Jovem com o apoio da FAE. Os vereadores também tiveram a oportunidade de interagir com o público, respondendo a perguntas sobre desenvolvimento econômico, recuperação de Blumenau, combate à pirataria, entre outros assuntos.
Tecnologia alemã mais perto
No dia 26 de junho, o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, e o diretor-executivo, Charles Schwanke, participaram da audiência pública do Orçamento Regionalizado, na Furb. A reunião contou com a presença de deputados, secretários e lideranças das cinco cidades que compõem a SDR de Blumenau. As três prioridades incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentárias pela regional foram: manter o convênio para média e alta complexidade em hospitais de Blumenau, a execução de uma alternativa paralela à Rodovia Guilherme Jensen (SC-474) e a revitalização do roteiro rural Blumenau/Pomerode pela Vila Itoupava.
Representantes da Fachhochschule Stralsund, universidade do norte da Alemanha, visitaram a Acib para falar sobre uma proposta de intercâmbio com universidades e profissionais da região. Os professores Thomas Luschtinetz e Hans-Friedrich Bauch estão firmando convênio com a Furb para que acadêmicos daqui possam estudar por até um semestre na universidade alemã. As principais áreas de interesse são telecomunicações, engenharia da computação e energias regenerativas. A Fachhochschule Stralsund possui diversos projetos relacionados à energia elétrica, eólica, solar, hidrelétrica e bionergia e faz parcerias com diferentes países da América Latina.
Projeto Reforma Solidária Divulgação
inscrições para o Prêmio MPE Brasil
Membros do núcleo com a família que terá casa reformada O Núcleo de Decoração da Acib divulgou o vencedor do concurso Reforma Solidária. A moradora do Bairro Fortaleza Maria Aparecida Naumann recebeu a notícia com a visita de integrantes do Núcleo, no dia 29 de junho. Para a seleção, foram obedecidos critérios como: a estrutura não podia estar comprometida; a documentação do imóvel deveria estar em dia e a renda familiar não poderia ultrapassar cinco salários mínimos. A reforma deve ser entregue até 30 de setembro. 34
Estão abertas as inscrições para o Prêmio MPE Brasil 2009 – Prêmio de Competitividade para as Micro e Pequenas Empresas, antigo Prêmio Talentos Empreendedores. Criado para promover e destacar iniciativas e atividades de micro e pequenas empresas relacionadas à aplicação de métodos de gestão inovadores, o prêmio é um incentivo para a busca da melhoria contínua da gestão dos negócios. As empresas interessadas em participar podem se inscrever gratuitamente pelo endereço eletrônico www.premiompe.sebrae.com.br ou preenchendo a ficha de inscrição nas Agências do Sebrae/SC em todo o Estado até o dia 17 de agosto. Em Santa Catarina, o prêmio é uma parceria entre o Sebrae, Gerdau e RBS. Mais informações pela Central de Relacionamento Sebrae, no telefone 0800 570 0800.
Agenda ACIB Encontro de Cipa’s Palestra com o procurador do Trabalho Eder Sivers e apresentação de cases de Cipa’s (Baumgarten, Sulfabril, Construtora Speranzini e Sousa Cruz) Quando: dia 15 de julho Horário: 8h Local: Auditório do Bloco J da Furb Apoio: Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib Inscrições: eventos@acib.net, ou fone (47) 3326-1230, com Aline Investimento: gratuito para nucleados, R$ 5,00 associados e R$ 10,00 não associados.
A Associação Empresarial de Blumenau enviou correspondência aos 16 deputados federais e três senadores de Santa Catarina manifestando-se contrária à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) aprovada pelo Senado Federal, elevando de 51,9 mil para 59,3 mil o número de vereadores em todo o Brasil. “Ainda que se diga o contrário, a Associação Empresarial considera que haverá elevação de gastos, pois existirão contratações de mais assessores e funcionários, fora as despesas com ampliação das instalações das câmaras. Enquanto o setor produtivo tenta enxugar seus custos e busca a eficiência, veem-se medidas como esta que não trazem benefício algum à sociedade em geral”, justificou o documento, assinado pelo presidente Ronaldo Baumgarten Junior. A PEC foi aprovada pelo Senado e encaminhada para votação na Câmara Federal.
CME declara seus compromissos até 2011 A Câmara da Mulher Empresária da Acib promoveu uma solenidade para marcar o início da nova gestão, no dia 29, na Câmara Municipal de Blumenau. A coordenadora da CME, Lúcia Helena Victorino, em um discurso emocionado, falou sobre a importância dos sonhos, do acreditar e realizar. Lúcia lembrou o lema da nova gestão da CME – “Unidade na Diversidade” – e declarou que a cerimônia foi um chamado para o compromisso e a responsabilidade de cada integrante da Câmara. Entre as prioridades da gestão 2009/2011 estão ações de responsabilidade social, projetos de capacitação, realização de missões empresariais, balcões de negócios e atuação junto a órgãos governamentais e não governamentais. Gilberto Viegas
4º Ciclo de Palestras do Núcleo de Consultoria e Treinamento Palestra: Governança Corporativa Ministrante: Marcio Kaiser, coordenador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa Quando: 14 de Julho Local: Sede da ACIB Horário: 19h Inscrições: nucleos1@acib.net ou telefone (47) 3326-1230, com Alexandra Investimento: gratuito para associados Acib, R$ 5,00 para não associados
Acib é contrária ao aumento do número de vereadores
Novos associados Gustavo Siqueira Ações de Comunicação Fone: 47 3326-3750 www.gustavosiqueira.com.br Go-To-Idee Fone: 47 9991-1229 www-go-to-idee.com.br Sanner Importadora e Distribuidora de Pneus Fone: 47 3232-0102 Colégio Energia Fone: 47 3322-0033 www.energiablu.com.br Soft Design Informática Fone: 47 3326-2412 www.softdesign.com.br Fundamento Investimento Fone: 47 3222-2999 Wire Info Fone: 47 3232-7863
Solenidade aconteceu na Câmara de Vereadores
Câmara da Mulher Empresária Coordenadora: Lúcia Helena Victorino Secretária: Marilene Lourenço Vice-Secretária: Anna Beatriz Cautela Gouvêa Assessoria de Marketing: Daniela Zimmermann Schmitt, Claudete Mafra Wanderck, Marlene Felix Schlindwein, Solange Schröder Assessoria de Eventos e Missões: Eliete Panini, Leone Gardolin, Maria Ignêz Keske, Zalfa Benites
Assessoria de Desenvolvimento de Projetos: Ângela Figueiredo, Cristina Marques, Lilian Schneider Borges, Tânia Maria da Silva Assessoria de Relações Públicas: Haida Siegle, Hanna Duebbers, Rosângela Machado Balzan, Vivian Persuhn Conselho Consultivo: Vivian Persuhn, Solange R. Schröder, Daniela Zimmermann Schmitt, Rosângela Machado Balzan
Jornal Correio Comunitário Fone: 47 3378-3509
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CDL É NOTÍCIA
Programação
Blumenau sedia Seminário Estadual do SPC Blumenau sediará nos dias 17 e 18 de julho o 45º Seminário Estadual do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC/SC). O evento, realizado em parceria entre a CDL e a FCDL/SC, tem como objetivo a atualização, informação e troca de ideias entre os participantes e já se tornou uma tradição no movimento lojista. Palestrantes especializados e o espaço aberto para esclarecimento de dúvidas são características deste encontro. Por deter o maior e mais completo banco de dados, indispensáveis na análise e concessão de crédito, aliado a uma rede nacional, o SPC precisa estar constantemente se atualizando, oferecendo tecnologia de ponta, qualidade permanente e capacitada equipe. Junto ao seminário é realizado o Simpósio Jurídico, que oferece condições de atualização em temas como legislação, consumidor, inovações e tendências. O evento será realizado no Teatro Carlos Gomes.
Dia 17 de julho – Sexta-feira Manhã: 12º Simpósio Jurídico Estadual 14h: Recepção/Credenciamento 15h30: Abertura 15h45: Cheques e as suas implicações em nosso Banco de Dados - Rodrigo Titericz, assessor jurídico da FCDL/SC 20h: Coquetel e Abertura Solene do 45º Seminário SPC/SC Dia 18 de julho – Sábado 8h: Recepção/credenciamento 8h30min: Palestra Cadastro Positivo - Sérgio Alexandre Medeiros, presidente da FCDL/SC 9h15min: Lançamento do Sistema Financeiro CDLs (Safe) - Aldo Jacques – diretor-presidente da Tecnologia Aplicada a Negócios (TAN) 10h30min: Certificação Programa de Integração e Desenvolvimento de Gestores de CDL (PIDG) - gerências da FCDL/SC 11h: Apresentação do Projeto Sistema VoIP da FCDL/SC - Paulo Del Grande, diretor-presidente da Del Grande Informática 13h15min: Oficinas 1º- Planilha de produtos e serviços, 2º- Novos produtos e novas tecnologias, 3º- dados estatísticos, 4º- Concorrentes. 14h45min: Apresentação/conclusão dos trabalhos das oficinas 16h: Palestra motivacional - Artur Ximenes 18h: Encerramento 45º Seminário do SPC/SC
50ª Convenção Nacional do Comércio Lojista Entre os dias 20 e 23 de setembro, Vitória (ES) vai se transformar na capital nacional do comércio lojista, reunindo empresários de todo o Brasil. A Convenção Nacional do Comércio Lojista é promovido anualmente pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A 50ª edição conta com a organização local da CDL Vitória e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo. O tema da convenção será “Vitória do Varejo”.
As palestras e debates envolvem temas que vão do cotidiano do lojista a questões macro e institucionais. Além do seminário central, que será realizado no período da tarde, haverá também uma programação durante a manhã, com três atrações: o Encontro Nacional da CDL Jovem, uma Feira de Negócios e o Encontro da Mulher Empreendedora. Mais informações pelo telefone (27) 33450921 ou no site www.cndl.org.br/50convencao.
Novos associados são recebidos na Casa do Comércio
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Divulgação
A CDL de Blumenau realizou, no dia 23 de junho, mais um encontro na Casa do Comércio para recepcionar novos associados. O evento tem como principal objetivo apresentar a entidade de forma completa às empresas que estão aderindo ao quadro associativo da CDL, além de promover uma integração entre a equipe da entidade, a diretoria e convidados. A CDL quer, com este tipo de iniciativa, promover uma maior aproximação do empresário com a entidade e o movimento lojista, fazendo com que os associados participem ativamente das ações, contribuindo sempre com sugestões e críticas.
Sócios conheceram as instalações da CDL de Blumenau
CDL É NOTÍCIA
CEV lança novos cursos em agosto O Centro Educacional Varejista (CEV) lança, em agosto, novos cursos em sua grade: Fluxo de Caixa e Promoção e Propaganda no Varejo. O objetivo desta iniciativa é manter a programação sempre atualizada e atrativa aos lojistas, sendo que o CEV também procura buscar, junto aos empresários, sugestões de temas para que os treinamentos realizados supram as necessidades do varejo de Blumenau. O curso de Fluxo de Caixa acontece nos dias 5, 6 e 7 e neste treinamento os participantes terão a oportunidade de aprender as técnicas de acompanhamento, interpretação e projeção do fluxo de caixa e de preparação do planejamento financeiro. Também serão estudados casos em que os participantes poderão simular a aplicação prática das técnicas discutidas em classe. O curso de Promoção e Propaganda no Varejo será realizado nos dias 24, 27 e 28 e apresentará aos participantes os principais conceitos e ferramentas de promoção de vendas e propaganda de forma prática, para sua utilização no dia-a-dia do varejo. Os dois treinamentos têm carga horária de nove horas. Mais informações podem ser obtidas no CEV pelo telefone (47) 32215724 ou email cev@cdl-sc.org.br.
Novos associados Posto Salto do Norte Posto Cidade Nova Imobiliária Casemblu Blufusos Jaffer Ind. e Com. Bady Modas Ecohome Center Beno Imóveis Araranguá Vídeo Adeflex Morena Clara GC Contabilidade Deni Modas Sildriolli Romeu Georg - Filial Blucâmbio Master Vídeo Power Games American Vídeo Supermercado Fortaleza Susan Modas 610 Brasil Star Luck Jeans Mordent Sport Shoes Tecnotag NFC Machine José E. Morastoni Adv. Reliza
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Treinamento Vivencial para líderes lojistas A CDL e o Centro Educacional Varejista (CEV), em parceria com a Magos Consultoria, promovem no dia 19 de julho um Treinamento Vivencial voltado às lideranças, gerentes e supervisores do varejo de Blumenau. O treinamento propõe atividades cooperativas desafiadoras, criativas e envolventes, realizadas ao ar livre e que fogem do convencional, como rapel, escalada, arvorismo, entre outras. Uma proposta para integrar equipes, humanizar as relações, aumentar a motivação e criar uma cultura de resultados. O treinamento acontece durante um dia inteiro de domingo em um sítio em Indaial, sendo que o transporte e a alimentação estão inclusos no pacote. As vagas são limitadas e quem tiver interesse pode entrar em contato diretamente com o CEV pelo telefone (47) 3221-5724 ou e-mail cev@cdl-sc.org.br.
Calendário CEV Agosto Aperfeiçoamento em Vendas Dias 3, 4, 5, 6, 10, 11, 12, 13, 14 e 18 Desenvolvimento de novas competências para uma eficaz atuação do consultor em vendas, recuperando clientes inativos, corrigindo vícios e deficiências técnico-comportamentais; desenvolvendo o seu potencial para vender mais e melhor. Análise de Crédito Dias 17, 19, 24 e 26 Preparar o participante para realizar com segurança vendas no crediário e aceite de cheques, mediante uso de técnicas e ferramentas disponíveis no mercado. Oratória e Comunicação Persuasiva Dias 10, 11, 12, 13 e 14 Como vender ideias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal. Atendimento e Recepção a Clientes Dias 25, 27 e 28 Orienta o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional de sua loja com a clientela, além de dispor de informações de como atender os clientes, caracterizando-os em 12 tipos. Fluxo de Caixa Dias 5, 6 e 7 Técnicas de acompanhamento, interpretação e projeção do fluxo de caixa e de preparação do planejamento financeiro. Serão estudados casos em que os participantes poderão simular a aplicação prática das técnicas discutidas em classe. Promoção e Propaganda no Varejo Dias 24, 27 e 28 Apresenta os principais conceitos e ferramentas de promoção de vendas e propaganda de forma prática, para sua utilização no dia-a-dia do varejo. Local: Casa do Comércio – Alameda Rio Branco, 165, Centro Horário: 19h às 22h
SINDILOJAS é notícia
Divulgação
Comércio criou 2,4 milhões de vagas em 4 anos
Dados divulgados pelo IBGE mostram que o comércio é responsável por 8,4 milhões de postos de trabalho no País O setor de comércio aumentou em 2,4 milhões o número de pessoas ocupadas entre 2003 e 2007, passando de 6 milhões de trabalhadores para 8,4 milhões no período, segundo a Pesquisa Anual de Comércio 2007, divulgada pelo IBGE. O segmento de hiper e supermercados foi o que mais gerou empregos (256,8 mil vagas) no período, seguido do comércio varejista de material de construção, com aumento de 212,6 mil postos. A pesquisa revela também que, em termos regionais, São Paulo absorveu a maior parcela do pessoal ocupado no setor em todo o País, tanto em 2003 (29,4%) como em 2007 (30,3%), enquanto Roraima e Tocantins responderam pelo menor porcentual (0,1%). De acordo com
o levantamento, em 2007 existiam 1,69 milhão de estabelecimentos do setor no País, pertencentes a 1,6 milhão de empresas comerciais que, juntas, geraram R$ 1,3 trilhão de receita operacional líquida. A pesquisa conclui que as empresas de menor porte, com até 19 pessoas ocupadas, concentraram a maior parte da massa salarial, do pessoal ocupado, dos estabelecimentos e do número de empresas. De acordo com o IBGE, a Pesquisa Anual de Comércio 2007 tem como objetivo descrever as características estruturais básicas do comércio no País e suas transformações no tempo em três grandes divisões: comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos automotores, peças e motocicletas.
Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010 Os sindicatos do comércio atacadista, varejista e de farmácias estão em fase de negociações com os sindicatos dos empregados a fim de elaborar a Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010, com respectivas datas-bases em julho, agosto e setembro. A primeira etapa do processo de negociação é a
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análise da Pauta de Reivindicações elaborada pelos sindicatos dos trabalhadores, para que posteriormente as negociações sejam iniciadas. Os dirigentes dos sindicatos estão trabalhando para que o resultado seja favorável e satisfatório para todas as partes.
Sistema de gestão sindical Dentro do planejamento estratégico comercial que está sendo desenvolvido pelo Sindilojas com metas definidas para 2009 e 2010, um novo sistema de gestão sindical está sendo estudado. Na verificação feita em visitas a outros sindicatos do País com grande representatividade, a entidade de Blumenau conheceu o sistema da empresa Micromust do Brasil, especializada em softwares para entidades. Na apresentação, realizada em Blumenau no dia 9 de junho, Ana Cristina Cavalcante, diretora de marketing da empresa, mostrou o material em detalhes à diretoria da entidade, que pode comprovar a eficiência e agilidade dos controles de funcionamento do sindicato. Prestar um serviço de qualidade e primar pelo bom atendimento às necessidades dos associados é um dos critérios considerados fundamentais para o desenvolvimento do Sindilojas, promovendo um crescimento em número de sócios e um incremento na prestação de serviços.
Coluna Jurídica PONTO INVARIÁVEL
DOENÇAS CONTAGIOSAS
Não é incomum encontrar empresas que se utilizam do sistema denominado “britânico” para marcação manual do ponto de seus colaboradores. Vale registrar que esta prática, em que os registros de ponto são invariáveis (anotado sempre o mesmo horário de entrada e saída), foi considerada inválida como meio de prova pelo Judiciário Trabalhista. Diante deste entendimento, no caso de reclamação trabalhista, a presunção é de que a jornada de trabalho correta é aquela apontada pelo trabalhador. Daí, como não é fácil provar o contrário, as empresas que adotam este sistema de marcação de ponto vêm amargando pesados e onerosos revezes no Judiciário Trabalhista, decorrentes de reclamações em que são reivindicadas horas extras. (Fonte:TST – Súmula n. 338).
Aguarda pauta para ser votado pelo plenário do Congresso Nacional o Projeto de Lei 145/06, de autoria da Senadora Roseana Sarney, que garante o salário e impede a dispensa sem justa causa dos empregados portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), da Hepatite C e outras doenças contagiosas de natureza grave. A garantia ao salário e à proteção contra a despedida arbitrária somente cessará quando o empregado portador de doença contagiosa grave for beneficiado pela concessão da aposentadoria previdenciária definitiva.
Sigad apresenta levantamento sócio-econômico de blumenau Ivan Shulze
A Universidade Regional de Blumenau (Furb), em parceria com a prefeitura municipal e entidades empresariais da cidade, lançou, em junho, os dados atualizados sobre o cenário sócioeconômico de Blumenau. O Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão (Sigad) engloba os principais dados sobre a demografia, infraestrutura urbana (saúde e educação), indicadores sociais, emprego, renda, produto interno bruto, finanças públicas e turismo, entre outros. Os dados foram apresentados e discutidos entre as lideranças empresariais da cidade que acreditam ser de grande utilidade esta ferramenta e assunto relevante na informação e na identificação dos pontos fortes e fracos da economia do Município. Para o segmento empresarial, os dados divulgados pelo Sigad refletem a realidade da vida da comunidade blumenauense, daí a importância de se incentivar este tipo de iniciativa. O estudo começou em 2006 e o desafio consiste em criar uma base de informações dinâmica, atualizada, consistente e de qualidade para orientar as decisões de investimentos, bem como servir de referência de pesquisa para qualquer interessado em estudar a estrutura social, política e econômica do Município. Os dados completos podem ser acessados no site www. furb.br/sigad.
Mesmo com a crise econômica mundial, cidade tem bons números 41
MEMÓRIA
Feddersen,
Presidente por 17 anos
Em 1885, abriu sua própria loja, na Itoupava Seca, passando em seguida a agregar a ela diversas atividades industriais. Fabricou artigos de latoaria, caixas, arame farpado e cigarrilhas. Processava arroz, farinha e madeira e industrializava ainda manteiga e banha, tendo como diferencial embalagens mais requintadas, como latas rotuladas e pintadas. Feddersen também fabricava produtos para os colonos, como moendas de ferro para a fabricação de açúcar, tachos de cobre para o cozimento da garapa e alambiques para a obtenção de cachaça. Ele importava centrífugas de leite, máquinas de cortar forragens, arados, grades e toda a sorte de utensílios agrícolas. O empreendedor também desenvolvia atividades creditícias e instalou filiais em diversos pontos da cidade, chegando a 16 unidades. O sucesso empresarial o levou à política, elegendo-o deputado estadual em sete legislaturas. Foi Feddersen que conseguiu negociar um acordo entre o governo e a Companhia Hanseática de Colonização de Hamburgo para que esta financiasse a construção de uma estrada de ferro entre Blumenau e o Alto Vale, onde a companhia tinha negócios de assentamento de colonos alemães. A linha pretendia estender-se até Curitibanos e Lages. Feddersen colaborou ainda com a vida social de Blumenau, financiando grande parte da construção da sede da sociedade Teutônia (atual Ipiranga), em 1893. Patrocinou ainda iniciativas na área de educação, sendo sócio das comunidades escolares Hertel’s Schule, Altona e Nova Escola Alemã. O empresário foi um dos sócios fundadores da Usina Elétrica Salto e da Associação Comercial de Blumenau (hoje Acib). Foi eleito presidente da entidade em 1925, assumindo o cargo no ano seguinte. Reelegeu-se seguidas vezes, permanecendo à frente da associação até 1942. Durante suas gestões, a entidade aumentou o número de sócios de 30 empresas para mais de 300, passando a admitir também profissionais liberais em seus quadros. Fez crescer o prestígio e o alcance da associação, tornando-a referência no Estado. Em reconhecimento ao seu trabalho, recebeu, em 1941, o título de presidente honorário da Acib. Pedro Christiano Feddersen morreu em 22 de junho de 1947. A comunidade de Blumenau ergueu em homenagem a ele, no centenário da cidade, um monumento na praça que tem seu nome, na Itoupava Seca. 42 38
Arquivo Histórico / Divulgação
Pedro Christiano Feddersen nasceu em Tondern, Dinamarca, em 1857. Chegou a Blumenau aos 22 anos, em 1879. Dedicou-se inicialmente à agricultura, mas um ano após a sua chegada passou a trabalhar no comércio, montando seu próprio negócio. Uma grande enchente o prejudicou e ele decidiu ir para São Paulo. Retornou a Blumenau alguns anos após, sendo nomeado dirigente de uma das filiais do comércio de Gustav Salinger na Itoupava Seca.
O Coronel Feddersen com sua esposa Else Guthe