Ano 3 nº 29 SETEMBRO 2009 R$ 8,90
Primeiro emprego Projeto Formare prepara jovens para ingressar no mercado Legislação Líderes empresariais contestam proposta do mínimo regional
muito Além dos muros Em processo de fusão com uma grande seguradora binacional, a blumenauense ADDMakler é exemplo de planejamento e de empresa que ousou ir mais longe
Fundador da empresa de seguros, Hans Dieter Didjurgeit está à frente do processo de fusão
empreendedorismo: produtos Blufix são reconhecidos em todo o País
EDITORIAL
Política Em favor
de interesses pessoais Banco de imagens
Dois temas importantes têm ganhado espaço no rol de discussões da Associação Empresarial de Blumenau. Ambos afetarão a vida dos empresários e, principalmente, dos consumidores. Um deles é o Projeto de Lei Complementar 30/09, que cria o salário mínimo regional, aprovado na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Todas as 145 associações empresariais do Estado, assim como a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), representando cerca de 24 mil empresas, se engajaram contra o projeto. Uma grande discussão está sendo travada com os deputados estaduais, a fim de que se retire essa proposta da pauta de votação, uma vez que seus efeitos representarão um entrave ao desenvolvimento econômico do Estado. A proposta também estabelece que o reajuste dos salários dos trabalhadores será determinado pelo Executivo estadual com participação patronal e laboral. Os empresários são a favor de bons salários, mas consideram que os reajustes devem ser realizados por meio de negociação entre empregados e empregadores. Uma iniciativa que viria a favorecer os trabalhadores é a redução dos impostos pagos ao Governo sobre os salários dos colaboradores. A Acib acredita que as distorções provocadas por um salário mínimo regional resultarão em aumento de custos, prejudicando especialmente as micro e pequenas empresas, estimulando ainda mais a informalidade e trazendo dificuldades para a criação de novos postos de trabalho. Outra proposta que tem sido discutida pela Acib, dessa vez em âmbito federal, é a PEC que tramita no Congresso Nacional reduzindo a jornada de trabalho de 44 para 40 horas. Além de reduzir a jornada de trabalho, a PEC aumenta de 50% para 75% o valor a ser acrescido na remuneração das horas extras. Essa é mais uma maneira do Congresso Nacional utilizar de forma politiqueira seu poder para prejudicar quem gera os empregos no País. Engana-se quem pensa que a mudança irá promover a criação de mais empregos. Pelo contrário, o empresário terá seu custo onerado e, consequentemente, esse custo terá de ser absorvido pelo consumidor. Perdem todos os que fazem parte da cadeia produtiva: os donos das indústrias, os trabalhadores e os consumidores finais. A fim de evitar que a proposta seja aprovada, a Acib solicitou o apoio da bancada catarinense no Senado e na Câmara Federal, argumentando contra essa ideia, que visa desestabilizar o mercado. Novamente, as pequenas e médias empresas serão as mais atingidas. Esperamos que nossa luta atinja o resultado esperado e que os geradores de renda e de empregos neste País não sejam mais penalizados com projetos politiqueiros e que beneficiam apenas aqueles que se utilizam da boa fé do povo para promover a si próprio e aos seus interesses particulares. Ronaldo Baumgarten Junior Presidente da Acib
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SUMÁRIO
Gilberto Viegas
Kakau Santos Gilberto Viegas
Sociedade deve participar da fiscalização das contas públicas Caio Alexandre Wolff (foto), da Advocacia-Geral da União, fala sobre transparência nos governos
08 ADDMakler passa por processo de fusão com seguradora binacional
O que as empresas devem fazer para prevenir a gripe A
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Especialistas falam sobre as medidas de prevenção dentro e fora das empresas
Empresa fundada por Hans Dieter Didjurgeit (foto) tem entre os clientes gigantes como a Petrobras
22 Lideranças criticam salário mínimo regional 24 A força de Blumenau aos 159 anos 27 Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional 28 Blufix dá exemplo de empreendedorismo 34 Prestação de contas com Décio Lima
36 Artigo: Recursos para inovar 38 Acib é notícia 42 CDL é notícia 44 Sindilojas é notícia 46 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - michele@mundieditora.com.br EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Ana Paula Lauth e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional) EDITOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Gilberto Viegas COORDENADOR COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br TIRAGEM 4.000 exemplares
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Divulgação
JOVENS MAIS PREPARADOS Projeto Formare, implantado em Blumenau pela Coteminas, capacita jovens carentes para o ingresso no mercado de trabalho
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Conselho Editorial Acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Solange Rejane Schröder e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau
Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net
Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br
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Mundi Editora: Sidnei dos Santos e Eduardo Bellidio
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Entrevista com Caio Alexandre Wolff, da Advocacia-Geral da União
Caio Alexandre
Wolff
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Kakau Santos
Caio Alexandre Wolff é graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como advogado de categoria especial da Advocacia-Geral da União (AGU) e é professor de Direito Administrativo na Universidade Regional de Blumenau (Furb). Responde desde 2004 pela chefia da Procuradoria Seccional da União em Blumenau, já integrou o Conselho Superior da AGU no período 2002/2003 e atuou nas Procuradorias da União de São Paulo e Florianópolis. É membro titular eleito do Conselho Fiscal da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni) para o biênio 2009-2010. Foi procurador do Estado de Santa Catarina no período 1998/2000 e tem experiência docente nas áreas de Direito Constitucional e Administrativo.
“Quanto mais transparência, mais difícil fazer conchavos”
Revista Empresário: O que é a Advocacia-Geral da União? Caio Alexandre Wolff: A Advocacia-Geral da União tem duas funções principais. Ela faz a representação judicial da União, que é o contencioso. Quando alguém entra na Justiça contra o governo federal ou algum órgão do governo, nós somos a equipe de advogados que vai fazer a defesa. Além do contencioso, tanto quando alguém processa a União, quanto quando a União vai processar um particular. Por exemplo, quando alguém deixa de pagar impostos, a União entra com um processo na Justiça, ou mesmo quando ela quer fazer uma rodovia, uma estrada e precisa tirar aqueles particulares dali com um processo judicial. A segunda função é chamada de consultoria, que é basicamente o que um escritório de advocacia faz: ele aconselha, tem um papel preventivo, que é analisar os contratos, os atos e legislações propostas pelo governo e dar o encaminhamento jurídico mais adequado. RE: Como a AGU está estruturada? Wolff: Aqui na região de Blumenau nós temos dois órgãos da AGU e mais um órgão vinculado. Temos a Procuradoria Seccional da União em Blumenau, da qual eu sou o chefe com uma equipe de advogados, chamados advogados da União, que tratam só das questões não tributárias, medicamentos, processos contra os bingos, desapropriações de estradas, ações dos servidores públicos federais contra a União, questões das terras de marinhas – questão muito forte em Blumenau – e questões ambientais. Essa equipe trata de todas essas questões, exceto tributo. Para as questões tributárias, cobrança de impostos, tanto a União cobrando como os contribuintes contra a União, nós temos uma equipe específica, que são os procuradores da Fazenda Nacional. Então há duas carreiras, que têm concursos e vencimentos iguais, porém divididas por matérias. Temos ainda um terceiro órgão vinculado que nós chamamos de administração indireta às autarquias e fundações, como o INSS e o Dnit.
Entrevista com Caio Alexandre Wolff, da Advocacia-Geral da União
RE: Como a AGU age em um caso de desvio de verbas ou superfaturamento, por exemplo? Wolff: A AGU faz parte de uma rede de controle de órgãos. Nós somos o braço do governo que vai à Justiça. Por exemplo, quando a gente quer fazer uma cautelar para bloqueio de bens, o governo não pode fazer sozinho. A Receita Federal não pode congelar os apartamentos, então é necessário que a AGU vá ao Judiciário e consiga as liminares ou, quando alguém tenta impedir que seja fiscalizado e entra na Justiça para impedir que descubram que ele tinha um bem 10
escondido no nome de um laranja, nós atuamos. Essa atuação é em parceria com a Polícia Federal. Nós temos a Controladoria Geral da União, que são os auditores e contadores que vão analisar. A cada semestre, o governo federal sorteia vários municípios e vai lá fiscalizar. Quando esse trabalho é feito, é remetido para nós, que entramos no segundo momento e atuamos com as ações judiciais que estão relacionadas às atividades de fiscalização e defendendo os órgãos fiscalizadores quando eles são questionados na Justiça.
ção tem que estar disponível e temos estabilidade econômica. Um exemplo disso, uma entidade municipal compra papel A4 por R$ 45, uma escola estadual compra a R$ 80 e um outro órgão federal compra a R$ 200. Algo está errado. O cidadão tem o direito de saber tudo e todas as informações devem ser públicas na internet. O dinheiro público tem que ser fiscalizado pela população. A luz do sol é o melhor desinfetante para acabar com a podridão. Quanto mais transparência a gente der, mais difícil fica para as pessoas fazerem conchavos.
RE: Como as entidades empresariais, sindicatos e sociedade civil organizada podem auxiliar a AGU neste trabalho? Wolff: A AGU está também empenhada na transparência, mas acho que essa questão é muito maior do que a própria AGU. Até por isso, é importante estabelecer parcerias entre a sociedade organizada, o Estado e o empresariado. Os advogados no âmbito da OAB têm procurado as entidades empresariais, os órgãos estatais e os clubes de serviços para fazer uma mobilização pela transparência do Estado. O mundo mudou, a era da internet chegou. Antigamente, não era possível planejar nem fiscalizar nada, porque eram milhões de cruzeiros, no mês seguinte eram outros milhões e não havia condições de o cidadão comum entender as contas públicas. Hoje, temos internet, toda informa-
RE: Há uma parceria da AGU com a Associação Empresarial de Florianópolis (Acif) no sentido de incrementar esta fiscalização. Como é esta parceria? Ela pode ser implantada também em Blumenau com a Acib? Wolff: Em Florianópolis, vários órgãos federais já estão trabalhando em conjunto com a Acif para fundar o Observatório Social. Primeiro foi em Maringá (PR), que já tem alguns anos de atuação e é o nosso exemplo. Florianópolis largou na frente, mas com a ajuda da Acib, Receita Federal, AGU, Acif e os Rotarys, queremos fundar algo semelhante aqui. Não precisa ser uma nova ONG ou uma nova estrutura, mas o fato é que as entidades existentes precisam se organizar para cobrar mais transparência. RE: Toda a estrutura da AGU está voltada a defender os interesses da Kakau Santos
RE: Quais são as diferenças no trabalho da Advocacia Geral e do Ministério Público? Wolff: No Ministério Público, os procuradores têm independência absoluta, o que é a grande fortaleza deles. O importante numa democracia como a brasileira é termos órgãos com independência em relação ao Poder Executivo. Não é preciso dizer que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário têm mazelas e distorções muito sérias, como podemos constatar nos noticiários. O Ministério Público pode processar o Executivo e o Legislativo sem que haja nenhum controle direto. Ele tem que ter essa independência, senão, como poder fiscalizar os cargos mais altos se não tiver independência total? Mas, às vezes, a falta de coordenação acaba atrapalhando o trabalho desses colegas. O procurador que estava aqui diz que o prefeito tem que responder por crime. Ele sai de férias e quem o substitui diz que não precisa. Então, essa liberdade causa alguma dificuldade. Já a AGU tem liberdade de atuação, tem que atuar conforme o direito, mas ela é mais coordenada. Nós somos responsáveis por pacificar o entendimento jurídico do governo a respeito de determinada matéria. Um pequeno exemplo: uma multa da polícia rodoviária federal. Uma pessoa é contra porque a foto do radar ela entende que não vale porque fere o direito, que ela teria que ser parada. Ela entra com um processo contra o governo para anular a multa. E outra pessoa está na mesma situação e as duas têm resultados diferentes de julgamento. Isso fere o direito à isonomia do cidadão, pois a constituição fala que todos são iguais perante a lei.
Wolff defende a atuação da sociedade organizada na fiscalização das contas públicas
União. Quais as principais demandas aqui na região de Blumenau? Wolff: Nós estamos tendo uma epidemia de ação de medicamentos. Hoje há uma judicialização da área de saúde, seja para tratamentos, medicamentos não aprovados no Brasil, o próprio programa de Aids do governo federal – que é tido como um dos melhores do mundo em termos de quantidade de medicamentos que são fornecidos pelo Estado. Por exemplo: existe um remédio novo em um outro país; o governo federal defende que só depois de analisado pelo Ministério da Saúde e Anvisa e todos os testes feitos pelo laboratório e se comprovar que não há efeitos colaterais, que ele seja fornecido aos pacientes. Por outro lado, é compreensível que as pessoas que estão lutando pela vida não tenham limites. Mas são remédios importados e caríssimos. Se o Estado fornecer um medicamento de R$ 200 mil para um paciente do SUS, ele vai deixar de fornecer outros medicamentos para os demais pacientes. Não
A mata ciliar do Itajaí-Açu ganhou uma importância muito maior com o evento trágico de novembro e há um consenso de que essa mata tem que ser preservada tem mágica, o orçamento é limitado. Essa é também uma reflexão sobre qual o papel do Estado. Ele deve fornecer o mínimo, a saúde básica, para o máximo de pessoas; ou o máximo, a saúde total, todo e qualquer recurso para poucas? Nós temos defendido nos processos que esse modelo de Saúde não existe nem na Noruega. É impossível o estado atender todas as necessidades da população. É natural que a pessoa lute, mas nós contraargumentamos que a questão não pode ser vista sob a forma individual. O Estado tem a obrigação de olhar como um todo. São ações que levam para o lado emocional, os juizes, às
vezes, dão liminares, nós recorremos e temos que tratar a questão como saúde pública. Também temos muitas ações de servidores públicos contra a União, discutindo salários. Muitas ações de responsabilidade civil, dano moral, indenização. Ainda há um assunto crescente que trata da questão ambiental. Blumenau é banhada pelo Rio Itajaí-Açu e tem a discussão sobre as terras de Marinha. A chamada barranca do rio ou a mata ciliar do ItajaíAçu ganhou uma importância muito maior agora com o evento trágico de novembro e há um consenso do Estado e da sociedade de que essa mata ciliar tem que ser preservada.
CAPA
O diferencial da
ADDMakler Gilberto Viegas
Didjurgeit está à frente do processo de fusão e depois se dedicará à construção civil 12
Gisele Scopel gisele@mundieditora.com.br Criada em 1987, a ADDmakler nasceu com a filosofia inovadora de não ser uma simples vendedora de seguros – como normalmente as corretoras são conhecidas – mas uma empresa especializada na compra desse produto. Os fundadores, Ari Leandro Gonçalves, vice-presidente comercial, e Hans Dieter Didjurgeit, presidente, acumulavam a experiência da Hering Corretora (Herco), a corretora cativa da Cia. Hering, onde desenvolveram a parte técnica de seguros e o trabalho de gerenciamento de riscos. Uma corretora faz o intermédio entre o que o cliente precisa e as opções disponíveis no mercado. “O nosso cliente quer saber do corretor qual o melhor produto, melhor preço, melhor serviço. Para isso, o profissional busca alternativas no mercado, desenha o seguro para o cliente e busca a melhor opção dentro do risco que o segurado está correndo”, explica Didjurgeit. Seguir a filosofia de ser uma empresa especializada na compra de seguros fez com que a ADDmakler se tornasse a maior corretora de capital nacional no Brasil em 20 anos de existência. Em 1999, a Cia. Hering se desfez de alguns negócios e a Herco, na qual os sócios fundadores trabalharam até 1987, foi colocada à venda. Concorrendo com outras grandes corretoras do Brasil, a ADDmakler venceu e incorporou a Herco que já tinha desenvolvido a atividade de gerenciamento de riscos, o que foi fundamental para cumprir a filosofia da empresa. A aquisição representou um grande crescimento, pois a ADDmakler dobrou de tamanho. A Herco tornou-se o braço especializado da ADDmakler na análise de riscos, controle de perdas e implantação de programa de gerenciamento de risco. Na sequência, foi criada a ADD Avaliações, que faz avaliações patrimoniais, principalmente para garantias financeiras e para o seguro.
Área de risco Hoje, a Herco tem 20 engenheiros de várias áreas que trabalham na empresa e o maior cliente é a Petrobras. “Nós somos a única empresa brasileira que fornece aplicativos na área de riscos para a Petrobras”, conta o presidente. Segundo ele, grande parte do trabalho da Herco atualmente é para a estatal, mas também há o foco para os clientes da ADDmakler. Durante a organização, a empresa também participou de um programa junto à Fundação Dom Cabral, chamado Parcerias para Excelência (Paex). Para Didjurgeit, essa união significa ter acesso
a grandes metodologias e a consultores de altíssimo nível em uma empresa média ou pequena. “Uma empresa que não tem meta e planejamento não sobrevive”, afirma o empresário. Manter a estratégia de compradora de seguros abriu muitas portas para a ADDmakler. O portfólio de clientes da empresa mostra que ela está à altura daquelas que estão no topo do mercado. Weg, Perdigão, Companhia Siderúrgica Nacional, Cia. Hering, que para Didjurgeit foi a grande escola, estão entre os clientes. E tanto a ADDmakler quanto a Herco foram constituídas para aten-
der a um mercado de alta exigência. O objetivo dos empresários era tornar a empresa grande para competir em nível mundial e atender à demanda das multinacionais. A organização estava se internacionalizando, o que requeria investimentos. A ADDmakler vinha crescendo em torno de 20% ano, nos últimos 10 anos, e em sua trajetória comprou três corretoras: a Herco e duas do Rio Grande do Sul – Terra Nossa e Ágata. Segundo Didjurgeit, esse quadro gerou a oportunidade de projetar o futuro da empresa: “ou ela cresce ou será vendida”.
CAPA
Gilberto Viegas
A empresa continuará em Blumenau e receberá novos investimentos
Além dos muros Com a evolução, a ADDmakler tornou-se uma empresa assediada pelo mercado e, no final de janeiro de 2009, foi adquirida pela binacional MDS SGPS (dos grupos Sonae e Suzano), através da Corretora Lazam. Com a compra, a MDS SGPS é a 15ª maior corretora do mundo, presente em 27 países. Para o presidente da ADDmakler, a empresa cresceu porque olhou para além dos morros que cercam a cidade. Quando foi instalado o primeiro escritório fora de Blumenau, em Jaraguá do Sul, a viagem parecia muito longa, mas a expansão não parou mais. A lição que Didjurgeit tenta passar para os pequenos empresários é que devem olhar o mundo, procurar o que há de melhor e ter planejamento. “Quando resolvemos abrir a empresa, fizemos uma prospecção, planejamos quantas e quais empresas queríamos conquistar e quanto isso poderia representar para nós. Talvez 20% ou 30% aconteceu, mas nem isso aconteceria se não houvesse planejamento”, destaca, lembrando que na busca pelos clientes muitas estratégias precisaram ser mudadas no caminho. Todo o processo de venda, que durou um ano, foi acompanhado por uma asses-
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Empresário fica na ADDMakler até concluir o processo de fusão soria de um escritório de advocacia e de um consultor com experiência em fusões e aquisições. Houve duas condições para que a venda se concretizasse: a primeira era que fosse uma transição gradual, respeitando a cultura e os valores da empresa que estava sendo adquirida e dos funcionários dela. A segunda condição era preço, que o presidente não revela em respeito aos demais associados. O prazo da fusão é de três anos, começou em fevereiro de 2009 e acontecerá de forma gradual. Didjurgeit também é o presidente do comitê responsável pelo processo de fusão. O empresário ressalta que a tendência é aproveitar o que cada uma das empresas adquiridas tem de melhor. Toda a tecnologia dos sistemas da ADDmakler foi adotada pelo grupo por ser a melhor e,
no gerenciamento de risco, a Herco, que possui o melhor programa do mercado, foi o grande diferencial no interesse e na valoração da aquisição da ADDmakler pelo grupo MDS SGPS. Algumas mudanças já estão acontecendo, como a centralização do caixa e os trabalhos na área comercial. Quando a venda da ADDmakler foi anunciada, muitos empresários questionaram a atitude, mas para Didjurgeit, assim como aconteceu com outras empresas, isso não significa uma perda para Blumenau. “Ela continuará aqui, receberá novos investimentos e, além disso, esse processo faz parte do ciclo do empresário”, aponta Didjurgeit que, após encerrar o processo de fusão, deverá se dedicar ao ramo da construção civil. Os investimentos já foram iniciados.
Responsabilidade social
Projeto investe no
futuro dos jovens Divulgação Divulgação
Ana Paula Lauth anapaula@mundieditora.com.br O Projeto Formare, da Fundação Iochpe, oferece cursos de educação e capacitação profissional em empresas que disponibilizam instalações, tempo e o talento dos colaboradores que atuam como educadores voluntários. O objetivo é melhorar as condições socioeconômicas de jovens, que são preparados para o primeiro emprego, e valorizar cidadania, educação e ética. A única empresa de Santa Catarina a desenvolver o projeto é a Coteminas de Blumenau. Desde 2001, a empresa é parceira da Fundação Iochpe e, recentemente, formou a sétima turma. Atualmente, a empresa conta com 52 educadores voluntários e já formou 140 jovens. 16
A Coteminas seleciona anualmente 20 jovens – 10 meninos e 10 meninas – entre famílias de baixa renda. Os jovens devem ter de 14 a 18 anos e ter cursado até a 7ª série do ensino fundamental. A assistente da diretoria e coordenadora do Projeto Formare na Coteminas, Maria Salete Anton, conta que no processo de seleção deste ano mais de 200 jovens se inscreveram. “A primeira triagem é feita a partir de uma prova de Português e Matemática. Os 60 melhores passam por uma dinâmica e 40 são escolhidos. Então, é feita uma visita à residência de cada um deles, onde verificamos estrutura familiar e condições de moradia para termos certeza na escolha”. São proporcionadas 920 horas/aula durante 10 meses. A grade curricular é composta por aulas teóricas e práticas sobre tecnologia de fiação, tecelagem, costura e beneficiamento, mecânica e elétrica. São ministradas também aulas de
Informática, Inglês, Português, Matemática, Organização Comercial e Industrial, Educação Física e Artesanato. “Eles têm uma formação diferenciada, voltada para a melhoria de vida. Como exemplo, a disciplina de Matemática é ministrada para solução de problemas encontrados no dia a dia, bem como a de Língua Portuguesa, voltada para melhorar e corrigir vícios de linguagem. Isso ajuda muito nos estudos da escola regular que eles frequentam. O curso incentiva e ajuda a família a aprender junto”, explica a coordenadora. As aulas, de segunda a sexta-feira, iniciam em abril e terminam em dezembro. Nas sextas-feiras, os jovens estagiam nos diversos setores da empresa, aplicando o que aprendem no curso. Os 20 alunos recebem da empresa uma bolsa de meio salário mínimo, vale-transporte, três refeições gratuitas, uniforme, material escolar, atendimento médico e odontológico.
Kakau Santos
Mercado de trabalho Segundo o diretor da Coteminas de Blumenau, Sérgio Luís Pires (foto), a empresa acredita que “a educação é o caminho para fazer a verdadeira inclusão social”. Ele cita a frase do educador Paulo Freire que diz: “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. E destaca: “É através da oportunidade oferecida pelo Formare que os jovens podem buscar encaminhamento para melhorar as condições de vida”. Os alunos do Formare são diplomados pelo Ministério da Educação. Segundo Maria Salete, há uma absorção imediata dos jovens pelo mercado de trabalho. A procura pelo primeiro emprego é orientada através do projeto que ensina noções de currículo e apresentação para entrevista. A empresa realiza um monitoramento do formado ainda por três anos para prestar auxílio quando necessário. Além disso, realiza uma pesquisa para observar o que mudou no ambiente familiar daquele jovem.
Pires declara que para inseri-los no mercado de trabalho também é usada a rede de fornecedores da Coteminas. “Algumas empresas ligam para saber quando será formada a próxima turma para contratá-los. Se outras empresas pudessem dar oportunidade para esses jovens iniciarem a carreira profissional, com certeza teríamos menos pessoas com dificuldades financeiras na cidade”, afirma o diretor. Ele salienta a necessidade de ter mais empresas parceiras para direcionar o jovem depois de formado. “Eles saem daqui com vontade de trabalhar e com outra visão da vida, só precisam de uma oportunidade”. A empresa que desenvolve o projeto também pode contratá-los, mas esta não é a regra geral. “Todos teriam condições de trabalhar na Coteminas”, diz Maria Salete. Nestes sete anos em que participa do Formare, a empresa contratou 60% dos formados no projeto. Eles integram tanto a área administrativa, quanto técnica. “O desempenho deles surpreende em áreas como vendas, administração de pessoal ou técnica”, diz Pires.
Sobre o projeto O Formare está presente em 55 cidades de 10 estados. Qualquer empresa interessada pode desenvolver o projeto através de uma franquia da Fundação Iochpe. Basta entrar em contato com a fundação que prestará toda assistência necessária para implantação do programa. Informações no site www.formare.org.br.
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Responsabilidade social
Kakau Santos
Maria Salete, coordenadora do projeto na Coteminas, com a turma que acaba de ser diplomada pelo Ministério da Educação
Coteminas focada na Responsabilidade Social
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Os alunos estagiam em vários setores da empresa para conhecer todo o fluxo de uma indústria têxtil. Assim, podem optar por uma carreira e têm a chance de iniciá-la na Coteminas. “Alguns estagiários já trabalham inclusive na administração da empresa. Nossa intenção é que o aluno procure estudar cada vez mais, porque é mérito. E a ho-
menagem é uma honra a esse mérito”, declara Maria Salete. A empresa desenvolve os projetos Formare e Aluno Nota 10 há oito anos e a formatura é realizada em conjunto. Participam da cerimônia pais, professores e autoridades. Este ano, o patrono da turma foi o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior. Divulgação
Além do Formare, a Coteminas desenvolve outros 16 projetos de Responsabilidade Social, entre eles, o projeto Aluno Nota 10, que também é voltado para a educação. Trata-se do Prêmio Estímulo ao Estudo, criado pela Coteminas em parceria com quatro escolas de ensino médio do município: Escola Básica Pedro 2º, Escola Básica Governador Celso Ramos, Escola Básica Padre José Maurício e Escola Básica Santos Dumont, todas próximas à empresa. No projeto Aluno Nota 10, os conselhos de professores escolhem os três melhores alunos de cada escola. Além das notas, são considerados disciplina, assiduidade e comportamento. “Cabe à Coteminas, anualmente, fazer uma cerimônia para homenagear esses 12 alunos, premiando e concedendo um convite para estágio de três meses, tanto na área administrativa como na técnica. Os melhores são convidados a integrar o quadro de empregados”, explica a assistente da diretoria Maria Salete Anton. A Coteminas tem ex-alunos dessas escolas ocupando cargos de supervisão. “Acreditamos que, se são alunos de destaque nas escolas hoje, podem ser excelentes profissionais amanhã”, afirma o diretor Sérgio Luís Pires.
Ronaldo Baumgarten Junior foi paraninfo dos formandos 2009 do projeto Formare
Legislação
Entidades são contra
o mínimo regional Aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o projeto de lei do Executivo estadual que prevê a criação do salário mínimo regional para o Estado desagrada a classe empresarial. A lei cria quatro categorias de piso salarial com valores que variam de R$ 587 a R$ 679, de acordo com a área de atuação do profissio-
Impossível bancar “O que no primeiro momento pode ser um bom projeto, na verdade não é, pois o mesmo pode se reverter contra o trabalhador. Como o contexto é estadual, em muitas regiões estes pisos são completamente inviáveis. As empresas não terão condições de bancá-los, o que ocasionará desemprego ou o aumento da informalidade. Estes deveriam ser os focos de combate do governo. As micro e pequenas empresas terão muitas dificuldades para bancar estes pisos, inclusive levando a um possível encerramento das atividades. Acredito que o papel do governo é estimular e propiciar condições ideais para a geração de empregos e não o contrário. Impor um piso salarial estadual é o mesmo que atrapalhar a atividade empresarial. Estamos vivendo uma crise mundial, as empresas têm que estar a todo o momento revendo seus custos para continuarem competitivas. Uma medida como esta só vem prejudicar. As empresas já não aguentam mais o excesso de regulamentações e imposições por parte dos governos, a começar pela carga excessiva de impostos.” Paulo Lopes
vice-presidente da CDL de Blumenau 22
nal. Atualmente, o salário mínimo nacional é de R$ 465. As modificações salariais valem somente para categorias de trabalhadores que não possuem uma definição salarial em lei federal, convenção ou acordo coletivo e podem interferir na remuneração de aproximadamente 400 mil trabalhado-
res catarinenses. Quatro estados contam com salário mínimo regional: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo análise dos líderes empresariais, se aprovada, a lei afetará principalmente as micro e pequenas empresas, tornando-as menos competitivas e, em alguns casos, inviáveis.
Interferência indevida “A interferência política na definição do salário mínimo regional pode prejudicar a livre negociação entre empresas e trabalhadores. Desde a ditadura militar, as partes conquistaram o poder de se ajustarem de acordo com seus interesses. O intermédio político vai afetar a relação entre patrão e funcionário. A lei também fere os sindicatos, pois é onde as mudanças são exigidas e os trabalhadores são representados. Definir o valor de acordo com o Estado é um absurdo. Toda categoria tem uma particularidade e cada região apresenta atividade, produção e realidade diferentes. Não é possível igualar isso. Para aumentar o salário, é preciso aumentar a produção e melhorar a economia.” Jorge Luiz Strehl
presidente da Sinduscon de Blumenau
Projeto inoportuno “O salário mínimo regional é um projeto inoportuno. Impor esse valor para as categorias sem piso salarial definido afetaria diretamente a micro e pequena empresa que repassaria esse aumento para os produtos e, consequentemente, a própria sociedade pagaria por essa decisão. A área de prestação de serviços seria a mais afetada, porque 90% dos seus recursos vêm da folha de pagamento.” Carlos Tavares D’Amaral
vice-presidente da Acib
Blumenau
159 anos
de desenvolvimento
De acordo com o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, o setor de prestação de serviços merece destaque. “As prestadoras de serviço cresceram tanto que hoje representam praticamente a metade do que a indústria injeta na economia do Município”, afirma. A cidade também tem potencial em outros setores da indústria, como alimentação, cristais, etiquetas, metalúrgico, construção civil, metalmecânico e elétrica. Hoje, Blumenau conta com cerca de 3 mil indústrias, mais de 8 mil estabelecimentos comerciais e mais de 10 mil prestadoras de serviços. Outro mercado em expansão é o de desenvolvimento de softwares e sistemas de informática. Através da Blusoft, as empresas recebem auxílio para qualificar e consolidar seus serviços no mercado. Atualmente, 77 empresas estão ligadas à organização. A mão de obra especializada também ajudou o Município a tornar-se referência nacional no setor de tecnologia da informação. Outro nicho de mercado em que a cidade se especializou e vem crescendo, é o das cervejarias artesanais, setor que está diretamente ligado ao turismo. São três cervejarias artesanais na cidade: Eisenbahn, Bierland e Wunderbier. 24
Stefanie Herz
Mesmo ainda tendo na indústria têxtil um dos grandes destaques, Blumenau tem hoje uma economia bem diversificada. Com 159 anos, completados no dia 2 dese mês, o Município destaca-se pela força produtiva de suas empresas e empreendedora. As principais atividades econômicas são indústria, comércio, prestação de serviços e turismo, tanto cultural, como de negócios. A área têxtil é responsável por 28,5% da riqueza gerada pelo setor industrial, que responde por 57% do PIB de Blumenau.
Quem procura por progresso, tecnologia, cultura e alegria, encontra um mundo melhor pra viver. Parab茅ns a todos que fazem a sua hist贸ria aqui.
Blumenau, 159 anos.
Blumenau
Segundo maior polo têxtil Fotos: Arquivo / Mundi Editora
A economia de Blumenau está bastante voltada ao setor têxtil. A área de confecção é responsável por 28,5% da riqueza gerada pelo setor industrial. A região possui cerca de 4 mil empresas têxteis e 70 mil trabalhadores e é aqui que estão as marcas mais lembradas do Brasil em cama, mesa e banho. O Município concentra 15,49% da produção nacional do setor, ficando como segundo maior polo têxtil do Brasil. As maiores especialidades dos produtos têxteis no Estado são cama, mesa, banho e malharia. O município tem representatividade de 50% da produção destes segmentos em Santa Catarina. Grandes empresas têm sede na cidade, como a Cia. Hering, Karsten, Teka, Cremer, Artex (Coteminas) e Sul Fabril. Todas reconhecidas internacionalmente pela qualidade dos materiais e inovação nos produtos.
Comércio reage após a tragédia Em novembro de 2008, Blumenau sofreu com as fortes chuvas. Morros desmoronaram, casas foram inundadas e os rios tomaram muitas regiões da cidade. Estabelecimentos comerciais tiveram as mercadorias parcialmente destruídas, sendo que alguns perderam 100% do estoque. Outros, além de mercadorias, perderam também o prédio em que a empresa funcionava. Funcionários também tiveram casas destruídas e grande parte dos bens perdidos. De acordo com o presidente da CDL, Marcelino Campos, 70% do comércio varejista foi atingido e cerca de 10% dos lojistas tiveram a estrutura dos estabelecimentos danificada. Isso fez com que esses comerciantes fechassem os empreendimentos, mas Campos acredita que a enchente foi somente um impulso para que fechassem seus negócios. “Muitos já estavam desestimulados e usaram esse pretexto para parar”, afirma. Durante novembro e dezembro, os consumidores gastam mais, devido às festividades de final de ano. Pouco antes do Natal, os devedores costumam fazer a regularização do nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), justamente para fazer as compras de final de ano. Porém, em Blume26
nau não foi bem assim, em 2008. O esperado não aconteceu nos dois últimos meses do ano, mas sim nos primeiros meses de 2009. Campos acredita que essa mudança se deu devido à liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cerca de R$ 500 milhões foram repassados aos trabalhadores blumenauenses, o que ajudou a movimentar a economia e contribuir para a recuperação do comércio local. “Tivemos resultado parecido com o que ocorre no final do ano, porém, o volume foi maior do que a média”, diz o presidente da CDL. O número de reabilitações de crédito foi exorbitante no início do ano. Enquanto em janeiro de 2008 foram registrados 1.754 casos, em 2009, 4.307 pessoas regularizaram os débitos no comércio blumenauense. “Enquanto todo mundo falava em recessão, em diminuição do poder de compra, de venda, eu sabia que a injeção dos recursos do FGTS representaria cinco vezes mais volume de dinheiro injetado pelo 13° salário”, contata Campos. Isso fez com que o poder de compra do blumenauense fosse mantido e foi decisivo para a recuperação do comércio após a tragédia de novembro de 2008.
Núcleos setoriais
Saúde e Segurança em Pauta A troca de experiências e a solução de problemas na segurança e na saúde do trabalhador são discutidas pelas empresas nos encontros do Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib. Desde 2005, o grupo discute ações para promover a saúde do colaborador e evitar acidentes de trabalho. À frente da coordenação do Núcleo está André Ricardo de Mello, que é técnico de Segurança do Trabalho, professor de Técnicas de Construção Civil do Senai e usa sua experiência para orientar empresas que querem garantir a qualidade de vida dos funcionários. Para Mello, as orientações transmitidas nas reuniões são importantes porque atualizam os responsáveis sobre legislação do trabalho, equipamentos de proteção e saúde ocupacional. O coordenador ressalta que o Núcleo promove eventos para auxiliar as Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) a desenvolverem ações nas empresas. Além de organizar palestras e debates e de informar sobre oficinas e cursos promovidos por parceiros. “Em julho, o núcleo promoveu o Encontro de Cipas, que superou as expectativas. Empresas de Florianópolis, Criciúma e de outras cidades do Estado compareceram ao encontro. Houve muita troca de experiência”, diz Mello. Para os próximos meses, estão agen-
dadas palestras sobre ergonomia e doenças infecto-contagiosas. E, em comemoração ao Dia do Profissional de Segurança, em 27 de Novembro, um jantar está sendo organizado para homenagear profissionais pelo tempo de dedicação à área. Além da segurança Desde o primeiro ano de atuação do Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional, a Acib vem atraindo empresas que melhorar a saúde e a segurança dos colaboradores. O coordenador explica que toda função exige cuidado. Até quem fica no escritório na maior parte do dia está sujeito a problemas na coluna, tendinite, lesão por esforço repetitivo, entre outros males. Com uma média de três palestras por semana, Mello conta que em suas visitas procura informar os trabalhadores sobre assuntos que vão além da segurança no trabalho. Nos canteiros de obras, por exemplo, o coordenador fala sobre DST, higiene no trabalho e novidades na tecnologia para diminuir o esforço físico. Os frutos de tanta atenção voltada para o bem-estar do funcionário já podem ser colhidos. Segundo Mello, o índice de acidentes de trabalho em Blumenau é baixo. Para o coordenador, trabalhador seguro é trabalhador saudável. “É preciso garantir que o funcionário volte para casa com saúde no final do dia”, finaliza.
Integrantes Baumgarten Gráfica Blu-Chama Extintores CEDAMB - Medicina do Trabalho Cremer Furb Cia. Hering Hospital do Pulmão Karsten Gilberto Viegas
Lancaster Beneficiamentos Têxteis Luminárias Blumenau Moore Brasil Riffel Segura Segurança Privada Sinduscon Sulfabril Teka Unisesmt WK Sistemas
André de Mello coordena o Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional 27
Case empresarial
Sucesso no Ricardo Silva / PhotusPress
mercado de peças especiais
A Arno Bernardes Indústria & Comércio Ltda. foi fundada em 20 de abril de 1955. A empresa iniciou as atividades na residência da família Bernardes, na Rua Paraíba. Com a expansão dos negócios, em 1963, mudou-se para um endereço na Rua Almirante Barroso, onde permaneceu até 1996. Em 1985, a Blufix Indústria de Elementos de Fixação Ltda., voltada para o segmento de construção civil, foi incorporada ao grupo e, no ano seguinte, o parque fabril e a área administrativa da empresa foram unificados na sede da Blufix, no Distrito Industrial de Blumenau, com uma área construída de 3,7 mil metros quadrados em um terreno de 20,4 mil metros quadrados. Em 2003, a empresa mudou a razão social, pas28
sando a denominar-se Blufix Indústria e Comércio Ltda., firmando-se como importante fornecedora de peças especiais no mercado nacional. Diretora presidente da empresa, Brigitte Bernardes, assumiu os negócios após o falecimento do marido, Arno, em 1978. Ela recorda que mesmo sem conhecimento empreendedor na época, buscou aprender e se aperfeiçoar. Os filhos também a auxiliaram. Dos quatro filhos, dois trabalham com ela na Blufix: o diretor industrial e comercial Arno Bernardes Filho e a diretora financeira Adelina Maria Bernardes. E os netos de Brigitte já começam a assumir cargos na empresa. No início, o empreendimento fabricava arruelas de pressão. No decorrer dos anos, transformou-se em uma empresa
moderna, fornecendo peças conformadas a frio e parafusos especiais para indústrias dos mais diversos ramos de atividades. A marca Arber Parafusos existe desde a fundação. A empresa produz parafusos e peças especiais para vários segmentos de mercado, entre eles para a indústria automotiva, de motocicletas, de bicicletas, peças de reposição, para o setor agrícola, rodoviário, linha branca, setor moveleiro e construção civil. “Ao perceber que a concorrência na linha standard estava grande, decidimos expandir”, afirma a empresária. Entre as maiores dificuldades do mercado, Brigitte aponta a importação da China, os encargos e tributos e a política econômica. A crise mundial também afeta o mercado industrial, principalmente quanto à exportação. “Mas procuramos outros nichos para preencher este vazio”, argumenta.
A empresa está presente em todo o País através de representantes comerciais. Entre os clientes da Blufix aparecem Resil Minas, Labortex e Bosch Freios. Por prezar o atendimento, a empresa realiza treinamentos constantes com a equipe. “Somos comprometidos em atender com excelência as mais rígidas normas de qualidade”, declara Brigitte. A Blufix é certificada ISO 9001 pela DNV, e está em fase de implantação da ISO TS 16949 – certificações adotadas em âmbito mundial para garantir a qualidade dos melhores produtos do mercado. Segundo Brigitte, a política seguida desde o início pela empresa, que visa, através da melhoria contínua, atender com qualidade os clientes, tem funcionado. “Possuímos uma marca extremamente respeitada e conhecida no Brasil inteiro”, afirma a empresária.
Ricardo Silva / PhotusPress
Marca respeitada em todo o País
Perfil Razão Social: Blufix Indústria e Comércio Ltda. Data de fundação: 20 de Abril de 1955 Fundador: Arno Bernardes Ramo de atividade: Indústria Metalúrgica Área construída: 3,7 mil metros quadrados Colaboradores diretos: 106 Colaboradores indiretos: 70
Saúde
Os cuidados
com a gripe A Gilberto Viegas
Michele Wilke michele@mundieditora.com.br A pandemia da gripe transmitida pelo vírus H1N1 levou muitas empresas blumenauenses a reforçarem as medidas de higiene e de prevenção, já que a transmissão da influenza A é semelhante a das outras gripes comuns. O médico infectologista Amaury Mielle Filho, presidente da Associação Catarinense de Estudo e Controle de Infecção Hospitalar e médico-diretor do Laboratório Genolab, explica que o vírus H1N1 se instala principalmente nas vias aéreas superiores de quem foi contaminado. O especialista destaca que não há como diferenciar as gripes sem que seja realizado um exame através da secreção respiratória. Ambas apresentam os mesmos sintomas, como tosse - seca ou com expectoração -, febre acima de 38 graus e dificuldade respiratória. A intensidade dessa falta de ar é que vai identificar a gravidade de cada caso. Outros sintomas podem surgir, mas não são obrigatórios, como dor de garganta, náuseas, vômitos, dores abdominais, musculares e articulares. O que pode fazer a diferença é quando os três sintomas se manifestam juntos. “Havendo tosse, desconforto respiratório e febre deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde ou o pronto-atendimento para ser avaliado por um médico. O certo seria a empresa afastar o funcionário do local de trabalho por uma semana, período em que se transmite o vírus. Como não é possível fazer o exame do H1N1 em todas as pessoas, deve-se considerar uma provável contaminação”, explica o infectologista. O contato pode ser de forma direta, em que as gotículas são expelidas através da tosse, espirro e até mesmo da fala e podem atingir diretamente a mucosa de uma pessoa que esteja a uma distância de até um metro. A transmissão também pode ocorrer de maneira indireta, quando há contato com objetos que tenham sido manipulados por uma pessoa infectada ou que tenham sido atingidos por gotículas expelidas pela tosse ou espirros. Apesar de existir uma barreira contra o vírus, se ele não é eliminado, a pessoa contaminada está suscetível a desenvolver o processo infeccioso, que pode começar de 24 horas após a infecção até quatro dias após, o que caracteriza o período de incubação do vírus. “Se a doença não se desenvolveu depois de quatro dias do contato com uma pessoa contaminada, dificilmente houve a transmissão do vírus”, afirma o especialista. Já o período de transmissão começa um dia antes de o paciente apresentar os primeiros sintomas e vai até sete dias depois dos primeiros sintomas no adulto.
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Saúde
Higiene é a melhor prevenção
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Fotos Kakau Santos
Para evitar a contaminação, as medidas mais importantes são as de higiene. Quem tossir ou espirrar deve colocar um anteparo, que pode ser um lenço descartável, para jogar fora em seguida; ou mesmo a mão, mas lembrando sempre de lavar em seguida. Lavar as mãos antes e depois de comer, após usar o banheiro, antes de coçar o olho, nariz ou boca. Em casos suspeitos ou confirmados da doença, o doente deve ficar a menos de um metro de distância da outra pessoa e usar uma barreira física, como a máscara. A higienização das mãos pode ser feita com água e sabão ou com um produto alcoólico com concentração acima de 70%, que inativa o vírus. “Muitas empresas estão disponibilizando o álcool gel para higienizar as mãos de funcionários e visitantes. Utilizamos este produto para higienizar as mãos nos hospitais e ele funciona muito bem, mas água e sabão têm o mesmo efeito”, garante Mielle Filho. Ele lembra que esta gripe está reforçando um hábito de higiene que as pessoas deveriam ter sempre, no dia a dia. Quanto às viagens para as regiões de maior disseminação, o médico lembra que a gripe causada pelo H1N1 já está globalizada. “As orientações são as mesmas do dia a dia, em qualquer lugar que se vá. Temos que lembrar que a doença já é uma realidade dentro e fora do Brasil, já que é uma epidemia globalizada que apresentou casos até mesmo na nossa cidade”. Por isso, a orientação é que as pessoas mantenham os hábitos de higiene durante as viagens e se mantenham atentas em caso de apresentar os sintomas específicos. Para o epidemiologista Ernani Tiaraju de Santa Helena, ainda é cedo para perceber o que vai acontecer. “Essa gripe ainda vai acometer muitas pessoas no Hemisfério Norte quando o Inverno chegar e nós vamos ver como será o comportamento e, então, poder dizer algo mais seguro”. Segundo ele, os países acima da linha do Equador teriam que vacinar a população entre setembro e outubro, mas a expectativa para que a vacina fique pronta é somente em 2010. Ainda haverá muitos casos, cerca de 20% a 30% da população ainda serão afetados pela nova gripe, o que no Brasil significa 45 milhões de pessoas.
O epidemiologista Ernani Tiaraju de Santa Helena e o infectologista Mielle Filho
Como se prevenir da gripe A Ao tossir ou espirrar, coloque um anteparo – que pode ser um lenço descartável para jogar fora em seguida – ou mesmo a mão, mas lave-a em seguida Lave as mãos antes e depois de comer, de usar o banheiro, antes de coçar os olhos, o nariz ou a boca Evite colocar objetos na boca, pois podem estar contaminados Em casos suspeitos ou confirmados da doença, o doente deve ficar a mais de um metro de distância de outras pessoas e usar uma barreira física, como a máscara cirúrgica
A higienização das mãos pode ser feita com água e sabão e qualquer preparado alcoólico com concentração acima de 70%, que inativa o vírus. Porém, sempre que a mão estiver suja ou que tenha sido usada como barreira para o espirro ou tosse, é indispensável lavar com água corrente e sabão Não feche a torneira com as mãos molhadas após lavá-las. O ideal é usar o próprio papel toalha usado para enxugar a mão para fechar a torneira Em instituições de saúde, o melhor é que as torneiras funcionem com acionamento automático por cotovelo, pé ou sensores. Locais de grande concentração de pessoas já usam esses sistemas, como shoppings e supermercados
Prestação de contas
“A atividade pública só tem sentido se
for para servir” Divulgação
Exercendo seu primeiro mandato como deputado federal, Décio Lima (PT) diz que sua missão é representar bem o Estado e a região junto ao governo federal. Ex-vereador e ex-prefeito de Blumenau, Lima iniciou sua vida política nos movimentos estudantis e é um dos fundadores do PT, partido ao qual está filiado há 30 anos. Segundo o deputado, seu papel na Câmara é participar e apoiar o governo federal e ser um representante dos anseios de Blumenau e região na busca de recursos para o desenvolvimento econômico e social. Revista Empresário: Faça um breve perfil da sua vida pública: Décio Lima: Minha vida nunca se dissociou da política; nasci nela, alentando no 34
coração o sonho de um País fraterno, igualitário e com liberdade ao alcance de todos. Sou oriundo da juventude indignada e revoltada contra a ditadura militar. Ingressei nos movimentos sociais que clamavam pelas liberdades democráticas e pelo fim daquele regime. Aos 13 anos, tive a primeira experiência ao disputar e ganhar a eleição do Grêmio Estudantil. Logo depois fui eleito presidente do Grêmio Secundarista e na universidade dos Diretórios Acadêmicos das Faculdades de Filosofia e de Direito, além de presidente da União Catarinense dos Estudantes. Lutamos pelas Diretas Já e pela Anistia e ajudamos a fundar nacionalmente o PT no fim da década de 1970 e início da década de 1980. Exerci os mandatos de vereador (1993 a 1995), prefeito de Blumenau (1997 a 2000 e 2001 a 2004) e estou em meu primeiro mandato como deputado federal. Sempre tive minhas atividades umbilicalmente ligadas aos movimentos sociais. Sou um defensor da democracia.
RE: Que balanço a senhor faz do mandato na Câmara dos Deputados? Lima: É impossível avaliar nosso mandado sem levar em conta o momento singular e histórico que vive o País. Participo ativamente de inúmeras agendas que tenho como vice-líder da segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, para que juntos possamos achar soluções para um País que precisa superar enormes e profundas adversidades. Adversidades essas que se acumularam ao longo da existência do Brasil, mas que pela primeira vez encontraram, com o governo do presidente Lula, um caminho para realizar o sonho de milhões de pessoas. Portanto, como sou deputado dessa legislatura, meu mandato tem sido instrumento das decisões da República e contribuinte desse processo. E qual é este Brasil de hoje? É o Brasil soberano que não sofre mais ingerência internacional através do FMI; o Brasil com suas contas em dia, o Brasil com a economia estável, sem inflação, sem riscos para os
investidores, sem medo de planos mirabolantes; o Brasil que caminha indiscutivelmente para o desenvolvimento e crescimento sustentável; o Brasil que busca resgatar o tempo perdido e cria o maior Programa de Infraestrutura já concebido, que é o PAC. Não poderia deixar de registrar de forma particular as ações decorrentes dos diversos convênios realizados pelos municípios para obter e assegurar os recursos para o saneamento básico, da inclusão da duplicação da BR-470 no PAC e do Porto de Itajaí e, de forma muito particular, nas ações imprescindíveis para a recuperação e reconstrução de Blumenau e de nossa região, face à destruição causada pelo lamentável evento climático ocorrido em novembro do ano passado, quando, na primeira hora do dia, nos encontrávamos, eu e Ana Paula (Lima), no gabinete do prefeito João Paulo Kleinübing, fazendo contato direto com o presidente Lula e garantindo não só os recursos, mas ações imprescindíveis para salvar as vidas e reconstruir nossas cidades.
RE: Quais ações do mandato atual merecem ser destacadas? Lima: Poderia ainda destacar minha atuação no Plenário da Câmara dos Deputados, onde já me pronunciei por 199 vezes, em defesa de nossa região e Estado, e pelos princípios pelos quais procuro me orientar. Conforme se pode verificar nos anais da Câmara, apresentei, entre emendas à Constituição, projetos de leis e outros (requerimentos, emendas de plenário, emenda a matérias que tramitam em comissões) 68 preposições, fora os 23 projetos que fui relator nas comissões de diversas matérias com diversos teores. Além de estar entre os primeiros mais assíduos parlamentares na obrigação legislativa. RU: Que ações/projetos pretende apresentar/implementar até o final do mandato? Lima: Acho que a tarefa do dia a dia é da reconstrução, é a de ser protagonista junto ao governo federal, é um dever, uma obrigação. Garantir no PAC as demandas
de Blumenau e região não é tarefa menos importante, a disputa de recursos no Orçamento Federal é uma rotina indispensável, sob pena de nossa cidade e região ser preterida – a voz e presença neste campo se impõem pela realidade brasileira e republicana, pois a ausência de representação política de nossa região já nos levaram inúmeras vezes ao esquecimento. RE: Quais os planos na política? Lima: Sou do PT há 30 anos e um de seus fundadores nacionais. Para alguns, pode parecer demagogia o que vou dizer, mas a atividade pública só tem um sentido de ser se for para servir. Fui eleito vereador em 1992 porque o Movimento Sindical de Blumenau assim o quis e não porque eu queria ser vereador. Nem sonhava em ser prefeito de Blumenau, mas foram os Movimentos Sociais e Sindicais e, é claro, meu partido. Esta decisão nunca será minha ou de uma só pessoa, mas da vontade de todos, porque, quem se curva à democracia, tem que aceitar a decisão da maioria.
ARTIGO
Recursos para
Inovar Monetário Nacional (CMN). A Finep repassou integralmente a redução da TJLP de 0,25% às taxas de juros do Programa Inova Brasil e ampliou o escopo de atuação deste programa. As taxas de juros do Programa Inova Brasil obedecem à seguinte classificação: 1) Programas mobilizadores em áreas estratégicas (taxa de 4% a.a); 2) Programas para conciliar e expandir a liderança (taxa de 4,5% a.a.); 3) Programas para fortalecer a competitividade (taxa de 5% a.a) 4) Projetos de Pré-Investimento e de Engenharia Consultiva (taxa de 4% a.a.) – (novo) 5) Outros projetos inovadores: taxa de 8% a.a. (novo)
O atual cenário da economia mundial mostra que as empresas vão precisar ter mais do que disciplina e competência para atravessar a crise. Uma dose de ousadia será necessária para os que querem sobreviver. E a medida certa desta ousadia passa pela inovação. Inovar no sentido de implantar idéias novas, seja em produtos ou processos, que efetivamente tragam um ganho de competitividade para a empresa. Essa necessidade de inovação é constante, mas faz-se fundamental em épocas de crise, quando o consumidor passa a ser mais criterioso com seus gastos. Ganham as empresas que conseguirem satisfazer e até mesmo superar as necessidades deste consumidor cada dia mais exigente. A boa notícia para as empresas é que investir em inovação está mais acessível. O governo brasileiro tem incentivado a criação de linhas de fomento para quem está disposto a inovar. Recentemente, duas importantes instituições de fomento, o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), reduziram as taxas de juros de algumas linhas de financiamento com consonância com a redução da TJLP anunciada recentemente pelo Conselho 36
A Finep dispõe também do Programa Juro Zero, que é dedicado exclusivamente para as micro e pequenas empresas inovadoras, ou seja, empresas com faturamento de até R$ 10,5 milhões no último exercício. Santa Catarina é o Estado que lidera o ranking nacional de projetos aprovados neste programa. A participação do Estado, desde a criação do Programa Juro Zero é superior a 50% do total de aprovações. Dois exemplos de empresas do Vale que estão se beneficiando de linhas de financiamento são a Operacional Têxtil, que captou R$ 857 mil no Juro Zero, e a Senior Sistemas, que
A inovação nas empresas precisa ser entendida como vantagem competitiva e de sobrevivência
teve aprovado crédito de R$ 10 milhões no Prosoft, do BNDES. Há também os recursos de Subvenção Econômica, não-reembolsáveis (sem a necessidade de devolução integral), às empresas que têm seus projetos aprovados nos editais deste programa. Estes editais, em geral, possuem um alto grau de especificidade de áreas/segmentos de projeto. No edital de Subvenção Econômica divulgado pela Finep no final de 2008, houve 2.558 projetos postulantes a estes recursos, que concorrem a R$ 450 milhões de recursos não-reembolsáveis. As linhas de financiamento oferecidas pela Finep e BNDES para as empresas que buscam investir em inovação são bem atrativas. O Programa Juro Zero, por exemplo, permite à empresa parcelar o financiamento em 100 parcelas iguais, sem juros, havendo apenas a correção das parcelas pelo índice do IPCA. Já o BNDES efetuou um corte ainda mais expressivo nas taxas de juros das linhas de financiamento. No Programa Inovação Tecnológica, a taxa caiu de 4,5% para 3,5% ao ano fixo e no Programa Capital Inovador passou a ser de 4,5% ao ano fixo, no lugar da TJLP. Outra opção que tem crescido são os aportes de capital de fundos de venture capital e private equity. Segundo pesquisa da Latin America Venture Capital Association, o Brasil possui uma posição única nesse mercado e sua economia consolidada está atraindo investidores externos. De acordo com a entidade, o Brasil domina a região com o volume de investimento de US$ 2,4 bilhões em 2008. Enfim, há opções no mercado para as empresas que investem em inovação, derrubando mitos como “é caro investir” ou “o governo não apóia a inovação nas empresas”. A inovação nas empresas precisa ser entendida como uma estratégia empresarial, sendo questão de vantagem competitiva e de sobrevivência. Marcelo Ferrari Wolowski Diretor da BZPlan Consultoria e Administração de Recursos
ACIB É NOTÍCIA
Lideranças discutem aeroporto de Navegantes de desapropriação, de um total de quinze, que já se encontram no cartório de imóveis, totalmente indenizadas para que sejam efetuadas as transferências para o Município. Segundo a procuradora, o prazo é de três semanas para que a documentação retorne do cartório. Após essa fase, serão feitas as devidas averbações e em seguida será elaborado um projeto de lei para que a Câmara de Vereadores da cidade aprove a transferência das terras para a União. Durante o encontro, ficou acordado que os empresários irão agendar uma audiência com o governador do Estado, com o objetivo de fazer com que ele restabeleça o efetivo do Corpo de Bombeiros que presta serviços no aeroporto.
nf-e chega a 79 setores Em setembro empresas de 79 setores terão de emitir nota fiscal eletrônica (NF-e) nas transações com outras companhias. Essa é uma das etapas do Sped, que prevê a transferência de todos os documentos contábeis e fiscais para o meio eletrônico. E não são apenas as grandes ou médias empresas que serão afetadas por essas mudanças. As micro e pequenas também serão obrigadas a se adaptar, tendo em vista que a regra vale por segmento e não pelo faturamento. A lista completa dos setores que têm de emitir NF-e até este mês está disponível no site da Secretaria Estadual da Fazenda (http://nfe.sef. sc.gov.br). Segundo a diretora para Assuntos da Pequena e Micro Empresa da Acib, Solange Schröder, quem não obedecer às novas normas pode pagar multa de até R$ 5 mil por mês. “A multa é pela não entrega do Sped Contábil. Este, por enquanto, é só para empresas do Lucro Real. Em 2010, começa para as empresas do Lucro Presumido”, explica. A NF-e aumentará a capacidade do fisco de combater a sonegação. Isso porque a possibilidade de vigilância passa a ser online, permanente e em tempo real. Ao emitir uma nota eletrônica, o sistema varre os dados da rede. Se houver irregularidades na situação do comprador ou do vendedor, a emissão não é efetuada. E, sem nota fiscal, a mercadoria não circula – pelo menos não legalmente. 38
Divulgação
As discussões sobre o futuro do aeroporto de Navegantes foram retomadas no dia 13 de agosto, na sede da Associação Empresarial de Navegantes. Representantes da Infraero, da prefeitura local e lideranças empresariais da cidade e da região, incluindo o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, debateram diversos temas ligados ao terminal. O processo de desapropriação das terras para a construção de uma nova pista e um novo terminal de passageiros, a redução no efetivo do Corpo de Bombeiros do aeroporto, bem como a instalação do VOR foram os assuntos mais discutidos. De acordo com a procuradora adjunta da Prefeitura de Navegantes, Ana Paula Colzani, as últimas três escrituras pendentes da área
Ronaldo Baumgarten Junior participou do encontro
Abertas inscrições para o Prêmio Gustav Salinger Já estão abertas as inscrições para a oitava edição do Prêmio Gustav Salinger, uma iniciativa da Acib Jovem para comemorar o Dia Municipal e Estadual do Empreendedor e homenagear pessoas comprometidas com o empreendedorismo na cidade. O processo de seleção será feito através da indicação de empresas e jovens empresários empreendedores, cujo pioneirismo, inovação, visão e missão do negócio sejam relevantes à sociedade. O Prêmio Gustav Salinger será destinado a empresas dos segmentos de indústria, comércio, serviços e um jovem empreendedor. A intenção da Acib Jovem é apoiar e incentivar a geração de novos negócios nesses ramos, contribuindo para a geração de empregos e crescimento econômico do Vale do Itajaí. O evento também é uma forma de comemorar os 108 anos de fundação da Acib. A cerimônia de premiação será no dia 9 de novembro, no Teatro Carlos Gomes. Inscrições
A ficha de inscrição e a documentação solicitada devem ser enviadas à Acib até o dia 16 de outubro. Os documentos exigidos são: cópia do contrato social e da última alteração; indicação de três clientes e três fornecedores; último balanço financeiro assinado por contador registrado no CRC e fotocópia da carteira de identidade. A documentação será pré-analisada pela comissão organizadora, que poderá entrar em contato com os candidatos para esclarecimentos. Na segunda fase, os cases selecionados serão enviados para os membros da comissão avaliadora. O ganhador da categoria Jovem Empreendedor/Empresário será o candidato que obtiver a maior nota geral, respeitando-se o quesito idade (máximo de 35 anos). Mais informações sobre o prêmio e sobre como se inscrever podem ser obtidas na Acib, com a consultura Carla Borralho pelo telefone (47) 3326-1230 ou pelo e-mail nucleos3@acib.net.
Empresários recebem o vice-governador Lideranças empresariais aproveitaram a visita do vice-governador do Estado Leonel Pavan a Blumenau, no dia 21 de agosto, para recepcioná-lo com um almoço na Casa do Comércio. O presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de recompor a corporação do Corpo de Bombeiros do aeroporto de Navegantes, a fim de garantir a manutenção dos voos. Também solicitou a atenção do governo do Estado para a região de Blumenau. Leonel Pavan, que assumirá o
governo em 2010 durante a licença de Luiz Henrique da Silveira, garantiu que todos os convênios firmados neste ano serão cumpridos dentro da previsão orçamentária. “Vamos abrir as portas para discussões sobre saúde, segurança, entre outras necessidades da região. Faremos um governo de ouvidoria, vamos ouvir e tentar encontrar as soluções”, assegurou o vice-governador. Pavan disse já ter encomendado planos de segurança do Canadá e da França para estudar a viabilidade de implantar ações semelhantes em Santa Catarina.
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Região PODE TER penitenciária industrial
Comissão quer trazer exemplo de Joinville para a região de Blumenau O presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, em conjunto com presidentes da OAB de Blumenau, José Elvas de Aquino Neves, de Timbó, Renato Luiz Nicoletti, e de
Gaspar, Clara Margareth dos Reis, o vice-presidente da CDL, Paulo Lopes, e o secretário de Desenvolvimento Regional, Paulo França, visitou a Penitenciária Industrial de Joinville. A idéia da Comissão é trazer para Blumenau uma unidade nos mesmos moldes. A Penitenciária Industrial de Joinville abriga 366 apenados, dos quais 110 estão no regime semi-aberto. O diretor Richard Harrison explicou que foram criados mecanismos para diminuir a reincidência dos detentos, cujo índice atualmente é de 17%, contra a média nacional de 80%. Para tanto, foi criado um regime de co-gestão, no qual a iniciativa privada atua ao lado do Poder Público. O Estado possui um convênio com as empresas que fornecem trabalho aos presos dentro da unidade prisional. Só a padaria da penitenciária produz cerca de dois milhões de pães por mês. Além disso, existem lá dentro indústrias de parafusos, peças para ônibus e malharia. Ronaldo Baumgarten Junior voltou convencido de que é preciso difundir essa ideia entre a classe empresarial e criar uma cultura de aproveitamento da mão de obra dos detentos. “Temos que mostrar que é possível fazer isso com segurança e economia para o próprio empresário. Outro ponto importante é o aspecto social”, afirmou.
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INFORME COMERCIAL
Uma empresa à frente do seu tempo Electro Aço Altona S/A passou por muitas transformações, desde 1924, tornando-se uma das empresas mais modernas do País
“A Altona é reconhecida mundialmente pela qualidade dos produtos e serviços, traduzindo nosso modelo de gestão”. Cacidio Girardi, diretor-presidente
Fundada no início do século 20, inicialmente com o nome de Auerbach & Werner, atualmente a Electro Aço Altona S/A atende clientes em todo o Brasil e no Exterior. A história de sucesso iniciou em março de 1924 como uma pequena fundição e oficina de reparos mecânicos. Hoje, com aproximadamente 800 colaboradores, a Altona produz peças com peso unitário que varia de 10 quilos até 12 toneladas, dentro de um vasto programa de ligas. A tecnologia aliada à diversificação de processos garante uma capacidade instalada de 1,4 mil toneladas por mês de peças fundidas brutas, usinadas e acabadas. Ainda na década de 70, a Altona iniciou suas atividades de exportação em peças fundidas em aço para países como Estados Unidos e Alemanha. Hoje são mais de 25 países beneficiados com os produtos desenvolvidos pela empresa blumenauense. Entre os principais clientes está a Carterpillar, empresa líder mundial na fabricação de máquinas e equipamentos para construção e mineração. Devido à qualidade dos produtos e serviços prestados, no mês de agosto deste ano a Altona recebeu uma certificação concedida pela Caterpillar para os melhores fornecedores do mundo.
Exemplos de peças produzidas Destaque A Altona foi a terceira fundição de aço no mundo a receber esta certificação, sendo a primeira no Brasil. Dentre estes padrões de excelência conquistados pela empresa blumenauense, um outro segmento atendido pela Altona também merece destaque. A empresa é a única fundição brasileira a fornecer peças metálicas a área de geração de energia nuclear no Exterior, atendendo todas as exigências estabelecidas por este mercado, sendo o seu principal cliente neste segmento a empresa francesa Areva, também líder de mercado mundial. A Altona sempre esteve ligada diretamente e indiretamente a grandes projetos nacionais e internacionais, em destaque os de geração de energia, petróleo, mineração e automobilístico. Em todos esses anos de atuação, passou por muitas transformações, tornando-se uma das empresas mais modernas do País. Por isso, pode-se dizer que a Altona não trabalha apenas com aço, mas também com alta tecnologia. Os constantes investimentos em certificações, inovação, pesquisa e desenvolvimento, garantem a qualidade dos produtos, além da flexibilidade para o fornecimento de grandes e pequenos lotes dentro de um padrão de exigência mundial. Neste sentido é reconhecida mundialmente por diversas empresas líderes de seus segmentos no mundo, como Caterpillar, Volvo, Komatsu, Mercedes-Benz, Areva, Alstom, Andritz, Voith, Vale, Petrobras, Dresser, entre muitas outras. Ao longo dos anos a empresa blumenauense também investiu em diversos projetos de prevenção, para contribuir com o meio ambiente. A preocupação com a preservação e cuidado com a natureza levou a Altona a criar o sistema de gestão ambiental, seguindo a norma ISO 14001. Programas comportamentais com todos os colaboradores estendem-se para a comunidade sendo certificada SA-8000, a mais importante certificação mundial voltada para o colaborador e comunidade. Além disso, a empresa possui o Sistema de Gestão Integrado da Qualidade certificado na norma ISO 9001:2000 e ISO TS 16949 pelo Bureau Veritas Certification. Atualmente concentra esforços para conquista da OSHAS-18001, voltada à segurança e medicina no trabalho.
Válvula para usina de geração de energia nuclear
Válvula para equipamentos de extração de petróleo e gás
Turbina para geração de energia em hidroelétricas
Carcaça para bombeamento de lama em mineração
Estrutura para trator de esteira
CDL É NOTÍCIA
Uma comitiva de empresários brasileiros participou, de 31 de julho a 8 de agosto, de uma Viagem Técnica Internacional ao Varejo Americano, à cidade de Orlando, na Flórida. A missão teve como objetivo conhecer o mais avançado varejo do mundo, a fim de ampliar os conhecimentos para o desenvolvimento dos negócios. Os presidentes da CDL de Blumenau, Marcelino Campos, da CNDL, Roque Pellizzaro Jr. e da FCDL/SC, Sergio Alexandre Medeiros fizeram parte do grupo que esteve visitando importantes empresas e entidades norte-americanas em busca de informações sobre o mercado do varejo dos Estados Unidos. No roteiro dos empresários esteve o backstage da Disney World, a Whole Foods, a The Home Depot, o Prime Retail, o Sam´s Club, a Outdoor World, o Wal-Mart, a Ikea, entre muitos outros.
Divulgação
lojistas participam de viagem técnica
Grupo de lojistas que esteve na viagem técnica a Orlando
Comércio sorteará grandes prêmios no Natal O Natal é o melhor período de vendas para o comércio varejista e, em Blumenau, será marcado por grandes eventos e promoções. A CDL e o Sindilojas vão promover uma grande promoção com sorteio de prêmios. A campanha, que já está sendo comercializada junto aos lojistas, terá como tema o “Natal de Sorte em Blumenau” e sorteará, até janeiro, dois carros, duas motos tipo scooter, 150 vales-compra de R$ 100,00 cada, 75 vales de R$ 200,00 e 15 notebooks. Com início previsto para a semana seguinte ao término da Oktoberfest, o “Natal de Sorte em Blumenau” deve envolver todo o comércio da cidade, com destaque para os sorteios dos carros, nos dias 24 de dezembro e 1º de janeiro, e para as apurações diárias no mês de dezembro. Mais de 240 consumidores serão premiados. As entidades promotoras lembram que é muito importante a participação de todos os associados para que a campanha alcance o sucesso planejado. A Casa do Comércio receberá iluminação e decoração especiais e será palco para a chegada do Papai Noel, prevista para novembro. Os lojistas interessados em participar da promoção podem entrar em contato com o departamento comercial da CDL pelo telefone (47) 3221-5735.
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Recuperação da Casa Santa Ana Em 27 de agosto, a CDL de Blumenau e representantes da Comunidade Taiwanesa do Brasil fizeram a entrega oficial da obra de recuperação da Casa Santa Ana, um ancionato mantido por freiras católicas que sofreu grandes perdas com as chuvas de novembro de 2008. A Casa Santa Ana está instalada no Bairro Glória desde 1999 e tem capacidade para manter cerca de 90 internos. A casa é conduzida pela Congregação das Irmãs de Santa Elisabete e é considerada um dos mais importantes centros de convivência de idosos de Blumenau. Com a tragédia do final do ano passado, a estrutura do prédio sofreu grandes prejuízos com os desbarrancamentos, sendo que parte da construção ficou gravemente comprometida. A parceria solidária estabelecida entre a Comunidade Taiwanesa do Brasil e a CDL de Blumenau surgiu logo após a enchente, quando a entidade foi procurada pelos representantes da comunidade, sensibilizados com a situação do Município. Em 17 de fevereiro, foi assinado o convênio que previa a aplicação de recursos para a recuperação do prédio, fazendo com que a Casa Santa Ana pudesse voltar a trabalhar em plenas condições. As ações de assistência dos taiwaneses incluíram também a distribuição de 1,5 mil cestas básicas, ainda em 2008, e a entrega de 30 kits de fogão e refrigerador, 33 fogões e sete refrigeradores para atingidos. “Para nós, que somos blumenauenses e sentimos na pele todo o sofrimento pelo qual a cidade passou, é uma honra poder fazer parte desta ação que devolve à Casa Santa Ana a tranquilidade e o conforto que eles tanto precisam e merecem”, disse o presidente da CDL, Marcelino Campos.
Divulgação
City tour em Blumenau
Calendário CEV Cobrança por Telefone
Após o primiero city tur organizado pelo Núcleo de Turismo Receptivo da Acib, o Conselho Municipal de Turismo promoveu, em 12 de agosto, o city tour Veja Blumenau com outros olhos. A iniciativa teve como objetivo levar os conselheiros e convidados para conhecerem melhor a cidade e ter oportunidade de avaliar os atrativos de Blumenau. A programação do roteiro foi desenvolvida pelo Núcleo de Turismo Receptivo da Acib. O presidente Grupo foi recepcionado da CDL, Marcelino Campos, que tamna Casa do Comércio bém está no comando do Conselho Municipal de Turismo, recepcionou os convidados com um café da manhã na Casa do Comércio, considerada hoje um dos principais cartões-postais de Blumenau.
De 23 a 25/9 Apresenta procedimentos de cobrança por telefone e corrige erros habituais, para aumentar a arrecadação, dando um tom profissional à atividade de cobrança telefônica.
Aperfeiçoamento em Vendas
De 28 a 30/9, dia 1º, de 5 a 9 e dia 13/10 Desenvolvimento de novas competências para uma eficaz atuação do consultor em vendas, recuperando clientes inativos, corrigindo vícios e deficiências técnico-comportamentais; desenvolvendo o seu potencial para vender mais e melhor.
Análise de Crédito
Dias 5, 7, 13 e 15/10 Prepara o participante para realizar com segurança vendas a crediário e aceite de cheques, mediante uso de técnicas e ferramentas disponíveis no mercado.
Oratória e Comunicação Persuasiva
Dias 14, 16 e de 19 a 21/10 Como vender idéias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal.
Atendimento e Recepção a Clientes
Comércio recupera 76,18% das dívidas em julho Segundo dados divulgados pelo SPC/SC, a redução da inadimplência em julho animou o setor do comércio, que recuperou 76,18% das dívidas no período. A recuperação do crédito, constatada no balanço mensal do Serviço de Proteção ao Crédito ficou acima da média – geralmente entre 65% e 68% – e gerou um retorno de cerca de R$ 37 milhões ao varejo. A antecipação do 13º para uma parcela dos consumidores favoreceu o pagamento dos débitos, segundo Ivan Roberto Tauffer, vice-presidente de Serviços da Federação das CDLs do Estado e presidente do conselho do SPC. Ao contrário do que se previa, a crise econômica internacional ainda afeta o mercado catarinense e seus reflexos têm prejudicado o comércio. O vicepresidente de Serviços da FCDL/SC acredita que os rescaldos da crise devam se estender por mais alguns meses, no entanto, a retomada do crescimento ainda é esperada para este ano, por volta de outubro. O SPC catarinense conta com nova pesquisa referente ao volume de cheques sem fundo. De janeiro a julho, 3,87% dos cheques que passaram pelo sistema voltaram. Este percentual é menor do que o geral do Estado, 6,73% no primeiro semestre, segundo o Banco Central. A devolução de cheques, no Brasil, no mesmo período, atingiu 6,92%. (Fonte: FCDL Notícias)
De 19 a 21/10 Orienta o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional de sua loja, além de dispor de informações de como atender os clientes, caracterizando-os em doze tipos.
Gestão de pessoas e competências
Dias 22, 23 e 26/10
Matemática Financeira Aplicada a HP12C
De 27 a 29/10 Forma operadores da calculadora HP12C, bem como capacita os participantes a utilizarem os conceitos da Matemática Financeira aplicada à calculadora HP12C. Permite aos participantes desenvolverem suas habilidades de realizar operações financeiras.
Workshop Team Couching
Dia 23/10
Workshop Planejamento Empresarial para 2010
Dia 30/10
Sobre os cursos
Aulas das 19h às 22h, na Casa do Comércio Inclui: Certificado, apostila e cofee-break Informações e Inscrições (47) 3321-5715 / 3221-5724 / secretaria.cev@cdl-sc.org.br Desconto para associado CDL. Informações sobre condições especiais para grupos e in-company.
Novos associados Mit Service Mecânica
Sarapa Mat. Elétrico
Expresso Choperia
Supermercado Pão de Casa
Clinipop
Dellaris
Autorelli Pneus - Filial
GB Ind. de Gelo
Fruto da Imaginação
RS Design
Raphaella Booz
Plastex
Móveis Brasília - Filial
Rockfeller Language Center
Xikerrima Boutique
Uroclínica Blumenau
Secret Glam
Cantinho Kids
Aline Papelaria
South América Adm. Cartões
Mix Mercado
Bit Company
Supermercado Orsi
Orsevig Serviços Esp.
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SINDILOJAS é notícia
Entidades assinam acordo sobre a gripe A As entidades ligadas ao comércio de Blumenau e região – patronais e laborais – assinaram, em 13 de agosto, na Casa do Comércio, um acordo que contém recomendações e cuidados contra a gripe A. O texto recomenda, entre outros itens, um cuidado especial com as gestantes, que são consideradas grupo de risco para a doença. As entidades divulgam estas orientações como forma de recomendação às empresas, principalmente para evitar que o vírus H1N1 continue a se propagar e fazer vítimas.
As recomendações
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Devido à epidemia de gripe decorrente da propagação do vírus H1N1 (Influenza A), as entidades classistas laborais e patronais, sensibilizadas pela situação e em caráter excepcional, resolvem recomendar às empresas integrantes das categorias econômicas que tenham em seu quadro de pessoal empregadas gestantes a adoção das seguintes medidas preventivas: 1) Antecipação da licença gestante, mediante obtenção de atestado médico para aquelas que estejam próximas do termo do estado gestacional 2) Antecipação das férias para empregadas gestantes que estejam em estado inicial ou intermediário da gestação 3) Afastamento do trabalho enquanto perdurar a referida epidemia da gripe para aquelas que não se enquadrem nos itens acima, mantendo-se íntegra a percepção salarial, devendo a quantidade de horas/dias de afastamento ser objeto de futura compensação (reposição) após o retorno às atividades. As recomendações acima, além do caráter excepcional, são de caráter facultativo às partes (empresa e empregado) e, se acolhidas, deverão ser formalizadas através de termos individuais.
Líderes se reuniram para discutir a gripe A
Convenção Coletiva
Sindilojas busca novos parceiros
O Sindilojas fechou, no final de agosto, com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau, a Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010. Foram renovadas as cláusulas econômicas e mantidas as demais cláusulas. Sobre a correção salarial, foi firmado que os salários dos integrantes da categoria profissional, independentemente das faixas salariais ou funções, serão corrigidos em agosto de 2009 em 5,7% sobre o valor do salário relativo ajulho de 2009. Quanto aos pisos salariais, a partir de 1º de agosto de 2009, ficou estabelecido que quanto menor a jornada, menor será o piso. Os valores para Blumenau são: R$ 548,00 nos primeiros 6 (seis) meses de trabalho e R$ 710,00 a partir do 7º mês. Mais informações sobre as demais cláusulas e texto completo da Convenção Coletiva estarão disponíveis no Sindilojas pelo telefone (47) 3221-5750 ou no site www.sindilojasblumenau.com.br.
O Sindilojas está reavaliando seus contratos e parceiros de convênios e benefícios para mais de 6 mil estabelecimentos do varejo de várias cidades do Vale do Itajaí. O objetivo é formar um cadastro ainda mais completo de serviços de interesse dos associados, fazendo com que os mesmos tenham reais vantagens sendo filiados ao sindicato. O Sindilojas é uma entidade classista patronal do comércio varejista da região de Blumenau que tem como finalidade defender os interesses das empresas do segmento que representa, principalmente no que se refere ao âmbito legal e de assistência do empresário e seus colaboradores. O sindicato exerce um papel fundamental junto à comunidade criando condições de desenvolvimento sócio-econômico juntamente com demais parceiros das entidades públicas e privadas. Hoje, o Sindilojas oferece aos seus associados serviços como assessoria de
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comunicação, jurídica, trabalhista e sindical, auxílio na contratação de estagiários, convênio com cooperativa de crédito, convênio odontológico e médico, laboratório médico, cursos de qualificação e aperfeiçoamento, além de medicina ocupacional e ambiental. Os interessados em firmar convênio com o sindicato podem entrar em contato pelo telefone (47) 3221-5750 ou pelo e-mail sindilojas@sindilojasblumenau. com.br.
Novos associados Sara Fogaça Decorações Ltda. Ideally Ind. Comércio Ltda. Eco Gestão Materiais de Construção Ltda. Marketing Actual S/A
Coluna Jurídica Horas extras
Doenças e acidentes
Mesmo tendo o inciso I, do Art. 5°, da Constituição Federal, igualado em direitos e obrigações homens e mulheres, permanece em plena vigência o art. 384 da CLT que fixa a obrigatoriedade de um descanso mínimo de 15 minutos para as mulheres antes de prestarem atividades em horas extras, em seguida a conclusão da jornada normal. Diante da previsão constitucional, não são poucos os jurisconsultos que se posicionam em favor da inconstitucionalidade desse artigo. Entretanto, o Tribunal Superior do Trabalho, em decisão relatada pelo ministro Ives Gandra Martins Filho, enfatizou que a “igualdade jurídica entre homens e mulheres não afasta a natural diferenciação fisiológica e psicológica dos sexos”. Segundo o ministro do TST, isto é tão verdadeiro que a Costituição “garantiu diferentes limites de idade para a aposentadoria – 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher”. Sendo assim, é prudente concluir que as mulheres, terminado o expediente normal, antes de iniciar o período de horas extras, devem descansar, pelo menos, 15 minutos, como acontece com os trabalhadores menores de 18 anos.
Preocupa a maneira como vêm proliferando na Justiça as decisões que condenam as empresas – independente de culpa – ao pagamento de vultosas indenizações por danos morais e materiais, em face de doenças ou acidentes surgidos no âmbito do trabalho. O alicerce em que se apóia essa parcela do Judiciário Trabalhista é o da teoria do risco ou da responsabilidade civil objetiva. Para quem defende a teoria, os empregadores serão sempre responsáveis pelas moléstias a que forem acometidos os seus colaboradores. No caso dos acidentes do trabalho, sequer levam em conta a possibilidade de o infortúnio ter ocorrido por culpa do empregado ou de ter ele cometido ato inseguro. É possível concluir que pouco ou nenhum valor é dado aos investimentos contínuos e milionários que muitas empresas fazem, com o intento de minimizar ou, até mesmo, eliminar os riscos de doenças profissionais ou de acidentes do trabalho. Isto, sem falar nos pesados encargos tributários que elas sistematicamente recolhem aos cofres públicos para custear o auxílio doença e acidentário; cada vez mais exacerbados.
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Encontro Nacional de Sindicatos Patronais
Representantes do Sindilojas participaram do encontro nacional
O Sindilojas participou, em 21 de agosto, em Natal (RN), da reunião preparatória para o 26ª Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio. O encontro acontece de 21 a 23 de abril de 2010, em Aracajú (SE) e reunirá os líderes dos sindicatos patronais do comércio de todo o País. O gerente executivo do Sindilojas de Blumenau, Márcio Salvador Rodrigues, faz parte da comissão organizadora do evento e participou da reunião em Natal, quando foram tratados, entre assuntos, da redução da jornada de trabalho e novas orientações sobre a fiscalização do trabalho. O tema foi amplamente debatido em função da nova estratégia que o Ministério do Trabalho adotará, principalmente n a Medicina Ocupacional. A remuneração da jornada aos domingos e feriados também foi discutida. 45
MEMÓRIA
O integralismo Arquivo Histórico / Divulgação
O líder integralista Plínio Salgado visitou Blumenau divulgando seus ideais e arrebanhando seguidores
O movimento integralista surgiu em 1932, após a publicação de um manifesto por seu criador, o paulista Plínio Salgado. O integralismo defendia posições nacional-socialistas e era contra o comunismo, sendo alvo imediato de simpatia a adesão de nazistas e facistas. Os valores máximos dos seguidores eram Deus, pátria e família. Os integralistas usavam um uniforme com camisa verde e se cumprimentavam levantando o braço direito (como no nazismo) e dizendo “anauê”. O movimento cresceu rápido e em 1934 já tinha 182 mil filiados no país. Santa 46 38
Catarina contava com 26 grupos. Em Blumenau um de seus defensores era José Ferreira da Silva, que fundou o jornal Alvorada em 1935, sob o lema “Deus, pátria e família” e saudando os leitores com o “anauê”. Plínio Salgado esteve em Blumenau em setembro de 1934, sendo recebido por milhares de correligionários que o seguiram num grande desfile pelas ruas centrais da cidade. No ano seguinte o município sediou o Congresso Integralista, reunindo militantes de vários estados brasileiros. Entre suas atividades, o integralismo criava núcleos nas cidades para resistir a uma possível revolução comunista. Rechaçava também os judeus e fazia boicotes a comerciantes que eram contrários à sua
causa. Um jornal paulista foi alvo de bombas atiradas por integralistas, após ter-se oposto ao movimento. Em 1936 começou a repressão aos integralistas. O delegado de Blumenau baixou uma determinação proibindo o uso de camisa verde e das insígnias com o sigma. Também foi vetada a propaganda do movimento e as reuniões só podiam ocorrer com autorização prévia da autoridade policial. Em 1937 Getúlio Vargas dá um golpe de estado e fecha os partidos. O integralismo chega ao seu fim. Tinha, àquela altura, conquistado 102 mil catarinenses. Possuía no Estado oito prefeitos (inclusive o de Blumenau, Alberto Stein) e 72 vereadores.
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