Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 38

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Ano 3 nº 38 JUNHO 2010 R$ 8,90

Fixxar, Hering e Dudalina aderem ao clima da Copa da África do Sul

paixão nacional Empresas de Blumenau aproveitam a Copa do Mundo para lançar produtos temáticos

Segurança privada Cuidados necessários para contratar uma empresa do setor

SINDICATOS: Intersindical Patronal passa a fazer parte da Revista Empresário




EDITORIAL

Um mês

de paixões Daniel Zimmermann

O comércio de Blumenau discute com a Prefeitura a implantação dos corredores exclusivos para ônibus Junho começa com importantes questões relacionadas ao comércio e a nossa comunidade. Enquanto enfrentamos mudanças significativas em nosso dia a dia, como as alterações no trânsito de Blumenau, o mundo segue o ritmo de duas paixões: Namorados e Copa do Mundo. A CDL Blumenau, sempre atenta às questões de interesse comum dos blumenauenses, faz a sua parte. Em reuniões sediadas na Casa do Comércio, apostamos na informação como a melhor maneira de contribuir para o desenvolvimento da cidade. Comerciantes e representantes da administração pública estiveram frente a frente para analisar e debater a criação de novas sistemáticas para o trânsito de ônibus em Blumenau. Foram colocados em pauta assuntos como vagas de estacionamento e os prejuízos que os estabelecimentos comerciais possam ter com a criação desses corredores de transporte coletivo. A CDL acredita que seu papel, como sempre, é o de sanar dúvidas e encontrar alternativas que favoreçam a todos. Enquanto debate-se o trânsito, nossos lojistas precisam treinar suas equipes e se preparar com verde e amarelo para mais uma edição do campeonato mundial de futebol. A Copa do Mundo surge como um pontapé em vendas relacionadas a este esporte, que faz o coração da Nação Brasileira bater em ritmo acelerado. Emoção que também estará presente nas vitrines e campanhas preparadas para o Dia dos Namorados. Por fim, reforçamos nosso esforço por uma população mais consciente de sua importância diante do pleito eleitoral. Em nossos encontros, debatemos a importância do voto útil e da escolha correta de nossos representantes em cargos públicos, em especial presidente, governador, senadores e deputados que entram em corrida eleitoral. Acreditamos que, se cada um fizer a sua parte, todos iremos comemorar um gol de placa.

Paulo Cesar Lopes Presidente da CDL 4



SUMÁRIO

Divulgação

Divulgação

COPA DO MUNDO DE FUTEBOL É OPÇÃO DE BONS NEGÓCIOS De Blumenau saem vários produtos sobre o Mundial, inclusive os escudos da CBF

Arquivo Mundi Editora

8 DISTRIBUIÇÃO DE BOLO CONTRA A CARGA TRIBUTÁRIA

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COMO CONTRATAR UMA EMPRESA DE SEGURANÇA

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Elas precisam ter autorização da Polícia Federal para operar e de profissionais qualificados na área

Entidades empresariais de Blumenau voltam a protestar contra o peso dos impostos na economia

12 Como adotar um quarto do HSI 16 Núcleo setorial congrega as empresas de Web 18 Procon estimula a pesquisa de preços 24 TVL completa 10 anos de informação 26 Entidades reivindicam aos candidatos 32 Escola da Construção traz qualidade ao setor

34 Drogas nas empresas 36 Artigo 38 Acib é notícia 40 CDL é notícia 32 Intersindical é notícia 44 Sindilojas é notícia 46 Memória EDITOR-EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA-ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Beatriz Alves Gaviolli, Jean Laurindo e Mariana Tordivelli; Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional) GERENTE DE ARTE E DESENVOLVIMENTO Rui Rodolfo Stüpp - rui@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Schulze EDITORA-CHEFE Danielle Fuchs - danielle@mundieditora.com.br GERENTE COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 GERENTE-GERAL COMERCIAL Denilson Mezadri - 47 3035.5500 denilson@mundieditora.com.br DIRETOR-EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br TIRAGEM 4.000 exemplares

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Ricardo Silva/PhotusPress/Especial Mundi Editora

comércio discute projetos com o executivo municipal A implantação de corredores exclusivos para ônibus e o acúmulo de lixo na Rua XV preocupam os comerciantes da região central

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Conselho Editorial Acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Carlos Tavares D’Amaral, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Solange Rejane Schröder e Rubens Olbrisch CDL: José Geraldo Pfau, Paulo Cesar Lopes, Jorge Luiz Caresia e Ana Paula Ruschel Intersindical: Leomir Minozzo e Emil Chartouni Neto

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau-SC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br

Rua XV de Novembro, 550 – sala 403 47 3037 4932

Sindilojas: Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt, Rui Felsky e Juliana Pfau Mundi Editora: Sidnei dos Santos e Danielle Fuchs

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Reportagem de Capa

No embalo

da bola Divulgação

Gisele Scopel gisele@mundieditora.com.br

A poucos dias da Copa do Mundo de Futebol, que inicia em 11 de junho na África do Sul, as empresas de todo o globo aproveitam o evento sazonal, que acontece a cada quatro anos, para incrementar as vendas. O forte apelo emocional, que comove nações inteiras, não passa despercebido por nenhum segmento de mercado. O estímulo é visto nos carros, moda, adereços aos milhares e até na culinária. Em Blumenau, a líder em etiquetas tecidas, Haco, é nada menos que a fornecedora oficial dos emblemas das camisas da Seleção Brasileira de futebol, desde a segunda metade dos anos 1960. Segundo dados da empresa, são fabricados aproximadamente 1,5 milhão de emblemas para a Seleção. A estimativa para 2010 é vender 3 milhões de etiquetas no período da Copa do Mundo de Futebol, o que caracteriza um aumento de 15% nas vendas. Para suprir a demanda de pedidos desta época, foram contratados 150 novos colaboradores. A Haco fornece produtos para mais de 30 países e detém 70% do mercado brasileiro de etiquetas. Além do Brasil, outras seleções têm os brasões produzidos na Haco. Estes são feitos na unidade fabril de Covilhã, em Portugal. Aproveitando a paixão nacional, a maior franquia de vestuário do Brasil também investe em uma diversidade de produtos que deixa os consumidores enlouquecidos. Este ano, a Cia. Hering aposta na Copa do Mundo para crescer ainda mais em vendas. As três marcas da empresa – Hering, dzarm. e PUC – apresentam coleções de roupas e acessórios especiais para o período. A empresa investiu em uma campanha publicitária especial, com o ex-capitão da Seleção Brasileira Cafu e a atriz Juliana Paes. Os cachês foram doados para o programa ‘O Câncer de Mama no Alvo da Moda’. A companhia espera um aumento de vendas superior a 200% em relação à Copa de 2006 e já tem planos para o caso de o Brasil conquistar o hexacampeonato. Uma campanha comemorativa está pronta para entrar nas 278 Hering Store espalhadas pelo País. O conteúdo da campanha, contudo, permanece em segredo. A Hering traz às lojas produtos que fazem a cabeça de quem quer entrar no clima de Copa do Mundo. Chaveiros, blusas de moleton femininas e masculinas, regatas e camisetas, bonés e pulseiras compõem a coleção. Além destes artigos, há também produtos que aproveitam as cores da bandeira do Brasil, mesmo sem estampas, ajudando a dar o colorido da torcida brasileira. 8


Com os pés na copa Na Fixxar, fabricante de sandálias de PVA expandido, a Copa do Mundo tem estimulado consideravelmente as vendas. Segundo a responsável pelo departamento de marketing da empresa, Márcia Moser, grandes magazines, como a Americanas.com, têm apostado no patriotismo brasileiro para aquecer as vendas. Mensalmente, a empresa comercializa diversos pedidos que correspondem à linha tradicional do catálogo, incluindo as linhas Turística, Tropical, Brasil, promocional e também Private Label, além das sandálias personalizadas. A empresa blumenauense está alinhavando negócios com empresas nos Estados Unidos e Europa, e, em breve, pretende exportar. Inicialmente, o volume não será tão grande, em contrapartida, o valor agregado é alto, pois é um produto diferenciado e não apresenta grandes restrições, como as impostas a grandes fabricantes. “Apostamos na nossa versatilidade”, diz Márcia. Ela revela que, recentemente, a segunda maior rede de eletrodomésticos do País fechou um pedido bastante expressivo. “A empresa estampou a logomarca em milhares de sandálias que foram distribuídas para clientes e parceiros em todo o País e até no Exterior”, afirma. Desde 1993 no mercado, a Fixxar possui vários produtos no portfólio, mas apenas as sandálias estão sendo personalizadas para a Copa do Mundo. Entre os itens do catálogo estão as etiquetadoras de preços: a empresa é a maior distribuidora das Américas, há mais de 15 anos. No ano passado, ela lançou no mercado as sandálias By Brasil, com a proposta de oferecer itens temáticos para as mais diversas ocasiões. “Em outubro passado, foram vendidas muitas sandálias personalizadas com imagens da Oktoberfest”, conta Márcia. Atualmente, a empresa tem capacidade de produzir até mil pares de sandálias por dia. A Fixxar não revela números, mas o incremento no faturamento com a comercialização de sandálias personalizadas para a Copa do Mundo tem sido significativo. A estimativa é que 2010 supere, com facilidade, os números do ano passado. “Sabemos que o brasileiro é bastante patriota e tem orgulho do País, especialmente quando o assunto é futebol. Nossa expectativa é de crescimento”, define Márcia.


Reportagem de Capa

Uniforme com grife Uma das principais exportadoras de camisas masculinas da América Latina não poderia perder essa fatia do mercado. A Dudalina também entrou no clima de Copa do Mundo e está produzindo um total de 25 mil peças alusivas ao grande momento do futebol mundial. Segundo a responsável pelo departamento de Marketing, Josiane Bitencourte, o momento é de oportunidades e é preciso aproveitá-las. A empresa está produzindo camisas, polos e t-shirts com foco na Copa do Mundo de Futebol de 2010. A Dudalina aposta na diversidade e nas opções dadas aos compradores. Segmentadas pelas marcas, as versões aparecem nas mais diferentes modelagens. A marca Dudalina traz a camisa do Brasil em algodão egípcio easy iron. Para a Base, foram criadas cinco polos, disponíveis nas versões Brasil, Alemanha, África, Itália e Inglaterra, e sete t-shirts – três modelos do Brasil, além das versões Alemanha, África, Itália e Inglaterra. A marca Individual apresenta a polo do Brasil e cinco camisas – Brasil, Alemanha, África, Itália e Inglaterra.

Um bom acompanhamento Se o futebol é paixão nacional, a cerveja é o combustível essencial para os batuques e gritos durante os jogos. Sabendo desse forte potencial, a Stuttgart Artigos Finos importou da cidade de Köln (Colônia), na Alemanha, mil unidades do barril temático, especial para a Copa do Mundo. O gerente de marketing da importadora, Frank Norman Hirt, explica que o barril tem uma prática torneira embutida e contém cinco litros de cerveja alemã kölsch original, um tipo especial de cerveja clara de alta fermentação com denominação de origem controlada que só pode ser fabricada na cidade de Colônia. Nesta edição limitada para a Copa do Mundo, o barril vem com design de tambor e acompanha duas baquetas para o torcedor fazer barulho durante os jogos. Apesar de o Inverno ser a época do ano em que as cervejas são menos procuradas, a empresa considera o momento propício para investir nesse produto específico para a Copa do Mundo, evento que ajuda a aumentar as vendas da bebida mesmo no frio. A venda desses produtos chega a representar cerca de 5% no faturamento da Stuttgart nesse período. As mil unidades importadas já estão reservadas para lojistas de todo o Brasil. O barril com cinco litros poderá ser comprado nas lojas por um preço médio de R$ 120,00.

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Comércio deve crescer 12% Ainda não existe um número oficial sobre a expectativa para as vendas durante a Copa do Mundo em Santa Catarina. Uma pesquisa sobre as intenções de compras dos catarinenses está sendo realizada pela Fecomércio, em várias regiões do Estado, e deve ser divulgada nos próximos dias. Segundo o Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, o crescimento nas vendas pode chegar a 12% em consequência do Mundial da África do Sul. De acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau, os números de Santa Catarina devem ser semelhantes. No País pentacampeão do mundo de futebol não é surpresa que a proximidade de uma Copa do Mundo seja encarada com entusiasmo pelos torcedores e comerciantes. A projeção é de vendas significativas, principalmente em setores como os de artigos esportivos, TVs e brindes. Uma mostra de quanto as vendas devem aumentar são os dados da Associação Nacional de Fabricantes de Televisores. No ano passado, foram vendidos nove milhões de televisores. Para este ano, a previsão é que sejam vendidos 12 milhões de unidades. O aumento de 30% deve-se quase unicamente à Copa do Mundo.


Responsabilidade social

como ajudar o

hospital santa isabel Daniel Zimmermann

Quartos da enfermaria do Hospital Santa Isabel podem ser adotados por pessoas ou empresas Solidariedade. Essa é a mola propulsora da Associação dos Amigos do Hospital Santa Isabel (Amabel). Fundada em 25 de novembro de 2004, a ONG conta com a ajuda da comunidade para se manter e promover melhorias na casa de saúde. A associação busca incentivar e coordenar ações voltadas para a saúde dos pacientes. De acordo com a secretária da ONG, Rita Gianesini, dentro desse contexto, as atividades praticadas visam a aumentar o respaldo do hospital diante da comunidade. “A Amabel foi criada para promover projetos em benefício dos pacientes que precisam do Santa Isabel. Além de contribuir para que a instituição tenha uma gestão autossustentável, consolidando-se como centro de excelência em saúde”, explica. 12

Pensando no bem-estar dos pacientes e na melhoria das instalações do Hospital Santa Isabel, a associação criou, em 2005, o projeto Adote um Quarto. Rita conta que, na época, a instituição centenária não tinha recursos próprios para as reformas necessárias. “Precisávamos investir, mas não tínhamos recursos. Foi então que surgiu o projeto Adote um Quarto”, conta. Através do projeto, foi possível viabilizar maior conforto e segurança para quem procura o hospital. A secretária da ONG explica que a falta de recursos impedia o crescimento da instituição. “Encontramos no projeto a solução para que a qualidade no atendimento e serviços prestados fosse mantida”, diz. Uma pessoa ou empresa pode adotar um quarto por tempo indeterminado. Rita enfatiza que, quando o quarto neces-

sita de reparos ou reformas, a ONG entra em contato com quem o adotou para viabilizar os recursos. “Este projeto só se torna viável com a colaboração da comunidade, através de doações de recursos financeiros e/ou materiais para que possamos realizar as reformas necessárias. Esta ação visa ao bem-estar dos pacientes de Blumenau e região”, conclui.

Adote um Quarto Interessados em adotar um quarto da casa de saúde devem contatar a Associação dos Amigos do Hospital Santa Isabel (Amabel). (47) 3321-1004 amabel@santaisabel.com.br.



Tributos

Entidades empresariais

cortam o Bolo Tributário Divulgação

Presidentes do Sindilojas, Marco Aurelio Hirt; da CDL, Paulo Cesar Lopes; do Sescon, Daniela Zimmermann Schmitt; da Intersindical, Leomir Minozzo; e da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, cortam o Bolo Tributário Entidades empresariais de Blumenau serviram à comunidade, em 25 de maio, um bolo de 15 metros e 300 quilos contendo impressos os nomes de todos os 85 tributos pagos pelo contribuinte brasileiro. Em pouco menos de duas horas, todas as 3 mil fatias do bolo foram distribuídas gratuitamente. A ação, que marcou o Dia do Contribuinte, foi uma maneira que as lideranças encontraram para protestar contra a alta carga tributária e a burocracia no Brasil. Durante o evento, que ocorreu no Centro da cidade, também houve exposição do impostômetro 14

(www.impostometro.com.br), aparelho que mede a quantidade de impostos já paga pelos brasileiros no ano. A Acib Jovem participou do evento com o “Varal do Imposto”, no qual foram exibidas amostras do quanto se paga de imposto em diversos itens como automóveis, alimentação e produtos de higiene. O objetivo da iniciativa foi mostrar à população o quanto a carga tributária é onerosa ao contribuinte, explica Leomir Minozzo, coordenador da Intersindical Patronal de Blumenau e região. “Estamos aqui para protestar, para falar da necessidade urgente de uma reforma tributária. Trabalhamos 148 dias por ano apenas para pagar imposto”, discursou o dirigen-

te. “Pagamos muito e o que volta? Muito pouco”, complementou, em seguida, a presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Blumenau (Sescon), Daniela Zimmermann Schmitt. Além dos sindicatos patronais, entidades empresariais apoiaram e prestigiaram a iniciativa. “Essa ação demonstra como é difícil a realidade não apenas dos contribuintes, mas também das empresas”, declarou o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Ronaldo Baumgarten Junior. “Como representantes das empresas, temos a obrigação de manifestar nosso descontentamento”, disse o presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas (Ampe), Amarildo Ramos.


Fotos divulgação

O bolo foi distribuído na Rua XV de Novembro O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Cesar Lopes, preferiu exemplificar como a alta carga tributária pesa no bolso do contribuinte. “Cerca de 45% do rendimento do contribuinte é destinado ao pagamento de imposto. Enquanto a média mundial de incidência de tributos em alimentos é de pouco mais de 6%, no Brasil esse índice chega a 22,5%”, comparou. “Pagamos impostos de primeiro mundo e temos retorno de terceiro”, acrescentou Marco Aurélio Hirt, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sindilojas).

Acib Jovem promoveu o Varal Tributário

Peso no bolso Percentual de impostos sobre o preço final de alguns produtos e serviços: Gasolina: 57,03% DVD: 51,59% Casa popular: 49,02% Conta de telefone: 47,87% CD: 47,25% Refrigerador: 47,06% Refrigerante: 47%

Conta de luz: 45,81% Água: 45,11% Automóvel: 43,63% Computador: 38% Medicamentos: 36% Trigo: 34,47% Leite: 33,63%


Núcleos setoriais

Para fortalecer

os serviços na internet

Gilberto Viegas / Especial Mundi Editora

Criado em 7 de abril de 2009, o Núcleo Web veio atender a um anseio das micro e pequenas empresas da área de tecnologia da região que atuam especificamente para a internet. Elas atuam em diversos tipos de serviço, como desenvolvimento de sistemas, sites, lojas virtuais, consultoria e planejamento de marketing virtual, provedor de internet, e-mails marketing, entre outros serviços necessários às empresas para que possam utilizar o mundo virtual da melhor maneira possível, com foco no crescimento e desenvolvimento da empresa.

Dulcimery coordena o Núcleo de Web da Acib

Integrantes FV Soluções Informare Ksys Modena Morphy Quick Soft Signativa Design Trade Mídia Vale da Web

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Para a coordenadora Dulcimery Benevides, a formação do núcleo veio em uma hora muito oportuna, exatamente quando as empresas estavam sofrendo pelo fato de serem pequenas e sem muitos recursos, mas com muita competência para atender o mercado e percebendo vários problemas para a atuação na região. Entre os empecilhos enfrentados estão a falta de mão de obra qualificada, já que as empresas maiores sempre absorvem estes profissionais com mais facilidade; disputa de mercado com as chamadas empresas de fundo de quintal; falta de conhecimento por parte do cliente em relação ao que é um trabalho de qualidade e com garantia no mundo da internet; carga tributária alta e falta de ética por parte de algumas empresas do ramo. A coordenadora considera que o núcleo fortalece todo o setor, formando um grupo de empresas que busca um ideal sob uma mesma ótica e ética, sendo parceiros e não concorrentes. O núcleo procura trabalhar as deficiências, buscar soluções para o crescimento e, principalmente, promover a qualidade dos serviços, visando ao desenvolvimento da região. “Temos conhecimento de que o mercado da região ainda não utiliza a internet em sua plenitude e que o percentual de empresas na internet por aqui é muito menor em relação a outros Estados e regiões”, diz Dulcimery. Com pouco mais de um ano desde a criação, o Núcleo Web ainda está engatinhando. Ainda assim, já mostrou o grande interesse em promover ações em prol das empresas do ramo. Em setembro de 2009, foi realizado o seminário sobre as Redes Sociais como ferramenta do marketing da empresa. O principal objetivo foi informar aos empresários da região o que está acontecendo no mundo. “A internet já é realidade e não podemos estar fora dela se quisermos ter um futuro promissor. O evento foi um sucesso”, afirma Dulcimery. Em 2010, o núcleo participa do programa Entra21, do Blusoft, priorizando o crescimento de mão de obra profissional. Em paralelo, está desenvolvendo um projeto para atender a área de turismo através de uma parceria com o Blumenau Convention & Visitors Bureau. A ideia é disponibilizar um portal com todas as atividades que promovam o desenvolvimento econômico da região. “Esse é um projeto conjunto das empresas, todas atuarão ativamente, mas ainda estamos na fase de elaborar o projeto”, afirma a coordenadora do Núcleo Web.



Serviços

Vigilantes do preço

estimulam pesquisa Ricardo Silva / PhotusPress / Especial

Equipe formada por donas de casa recebeu treinamento para percorrer os estabelecimentos comerciais e fazer pesquisas de preços Você já parou para pensar como faz as compras? Ir ao supermercado acaba entrando na rotina e muitas vezes não percebemos que é possível adotar medidas para economizar. Os consumidores de Blumenau contam, há três meses, com uma ajuda a mais na hora de fazer as compras de supermercado. Implantado pelo Procon em parceria com a Fundação Pró-Família, o Vigilantes do Preço reúne 14 donas de casa que têm a missão de pesquisar e informar sobre

os mais variados preços em supermercados e outros estabelecimentos comerciais de Blumenau. Segundo o gerente do Procon, advogado Ronaldo Ferreira, o programa tem como objetivo estimular o consumidor a pesquisar os preços antes de sair às compras. Para realizar essa tarefa, Ronaldo conta que buscou no mercado as melhores conhecedoras do assunto: as donas de casa. “Escolhemos as donas de casa por serem elas que fazem as compras do mês

e por já terem o hábito de pesquisar e pechinchar o melhor preço”, afirma. Segundo a coordenadora do projeto, Claudete Gras Kloppel, do Pró- Família, as mulheres escolhidas fazem parte do Clube de Mães da entidade e são elas que vão aos supermercados. Claudete afirma que muitas delas sonhavam em fazer parte de um projeto como este. “As senhoras ficaram muito felizes com a oportunidade de realizar um trabalho como este, que contribui com a sociedade de Blumenau”, conta a coordenadora.

Projeto é pioneiro em Santa Catarina Quando o projeto Vigilantes do Preço foi lançado, em fevereiro desse ano, o grupo fazia visitas quinzenalmente. A partir de junho, segundo o gerente do Procon, as pesquisas serão segmentadas. “A cada nova pesquisa, faremos de um produto específico. Por exemplo: quando for o dia da carne, vamos até o local, anotamos os preços e, em outra ocasião,

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voltaremos ao local para verificar a veracidade da promoção”, explica Ferreira. Segundo Claudete, antes de irem a campo todas as fiscais participam de cursos e palestras. “Temos esse cuidado, pois muitas pessoas abordam as donas de casa com reclamações e dúvidas. Elas precisam estar bem orientadas”, observa. O projeto, pioneiro em Santa Catarina,

busca facilitar o trabalho dos consumidores. Segundo dados do IBGE, o brasileiro gasta um terço do orçamento doméstico nas compras em supermercados. “Com os Vigilantes do Preço, podemos auxiliá-los nessa hora. Comparamos os valores de todos os estabelecimentos da cidade, facilitando, assim, a busca pelos melhores preços”, diz Claudete.


Ricardo Silva / PhotusPress / Especial

Ferreira ressalta que os consumidores devem prestar atenção na hora de ir ao supermercado para a disposição dos produtos nas prateleiras. O gerente assegura que, normalmente, os supérfluos e itens mais caros estão mais ao alcance das pessoas. “Antes de ir ao supermercado, elabore uma lista de tudo o que você vai precisar. Dessa forma, evitará gastos desnecessários. Além disso, nunca vá ao supermercado com fome, isso aumenta a tendência de comprar produtos desnecessários”, ensina. Os Vigilantes do Preço fazem as pesquisas munidos de crachás e planilhas, sempre acompanhados por um fiscal do Procon. A ideia, de acordo com Ferreira, é que o grupo voluntário, após o aprendizado, atue diretamente junto ao comércio local. “Esse trabalho oportuniza, acima de tudo, cidadania aos consumidores”, enfatiza. Além de facilitar a vida dos consumidores, o Vigilante do Preço pretende educar as pessoas para o consumo consciente. Ferreira reitera que, a partir de uma pesquisa de preço adequada, é possível economizar mais no final do mês e não apenas nas compras de supermercado. “Muitas vezes, as pessoas preferem comprar no próprio bairro para evitar o deslocamento, mas, se colocarem na ponta do lápis, verão o quanto podem diminuir as despesas domésticas pesquisando”, finaliza. As pesquisas realizadas com todos os produtos e preços estão disponibilizadas no site www.blumenau.sc.gov.br/procon. Ronaldo Ferreira, do Procon


Desenvolvimento

Comércio e prefeitura

discutem projetos Ricardo Silva/PhotusPress/Especial

A implantação do corredor exclusivo para ônibus em vias como a Beira-Rio está entre os projetos que preocupam os comerciantes Projetos desenvolvidos pela Prefeitura de Blumenau com o objetivo de aprimorar a infraestrutura do Município causam preocupação entre trabalhadores e representantes do comércio local. No afã de evitar que a categoria sofra com possíveis consequências das mudanças, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) já busca soluções em parceria com o Poder Público para atenuar os efeitos e contribuir com o andamento das propostas. Um dos pontos mais polêmicos é a implantação dos corredores exclusivos de ônibus nas principais vias do Centro. Na Rua São Paulo e na Avenida Martin Luther, a estimativa inicial mostrava que cerca de 20

300 vagas de estacionamento seriam extintas com a reformulação viária. Como as vagas restantes são ocupadas atualmente por usuários que permanecem durante todo o dia no local, comerciantes passaram a temer a queda nas vendas. Representantes do comércio, da Secretaria de Planejamento e da CDL se reuniram em busca de soluções para o assunto. A proposta apresentada para o Executivo foi a ampliação das áreas de estacionamento rotativo (Área Azul) para as transversais das duas ruas. A projeção inicial é de que sejam disponibilizadas aproximadamente 300 vagas com a nova estratégia, equilibrando a redução de espaços. O presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes, reconhece a importância da criação dos corredores exclusivos para ônibus

para a estrutura viária da cidade. Um dos exemplos citados pelo representante é a cidade de Joinville, onde a aprovação dos comerciantes aos corredores chega a 70%. “Além das vagas rotativas, acreditamos que a demanda de espaço vai acarretar a construção de estacionamentos particulares, que também podem resolver o problema”, diz Lopes. O secretário de Planejamento, Walfredo Balistieri, destaca que a discussão em torno de novas soluções que amenizem o impacto no comércio sempre acontece durante o desenvolvimento de um projeto amplo como o dos corredores. “Em qualquer novo modal proposto pelo Executivo, existe a análise do impacto e de medidas mitigadoras para reduzir ao máximo os efeitos negativos”, assegura.



Desenvolvimento

Festa de oportunidades Polêmica envolvendo os comerciantes do Centro de Blumenau, a organização do Encontro de Stammtisch, na Rua XV de Novembro, é outro tema que recebe atenção do líder da CDL. Apesar das críticas de lojistas, Lopes avalia que a situação deveria ser encarada como oportunidade de atender um público diferenciado. “Não é todo dia que temos 20 mil, 25 mil pessoas na principal rua da cidade”, observa. Para abraçar de vez a causa, o líder lojista destaca que as

lojas precisam entrar mais no clima da festa, que já faz parte do calendário de atrações da cidade. “É preciso desenvolver alguma promoção, alguma iniciativa para aproveitar a presença daquelas pessoas na rua”, afirma Lopes. O mais importante, de acordo com o presidente da CDL, é aproveitar a oportunidade de público que a reunião de amigos representa e tentar ampliar, também nesse dia, o volume de vendas.

Carga e descarga

Lixo acumulado na Rua XV de Novembro após as 18h Divulgação

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Ricardo Silva/PhotusPress/Especial Mundi Editora

A regulação sobre o horário de carga e descarga de produtos também é um anseio da entidade lojista. Atualmente, apenas a Rua XV de Novembro tem horário restritivo: entre 8h e 18h os trabalhos de carga e descarga de mercadorias são proibidos. A intenção da CDL é estender essa política para ruas como a Sete de Setembro e a Avenida BeiraRio, a fim de facilitar o tráfego e o acesso às lojas. “Precisamos também rever esses horários, porque algumas lojas já fecham às 20h e o limite para esses trabalhos continua o mesmo”, afirma o presidente da CDL. O secretário Balistieri revela que a solução para esse caso foi solicitada aos próprios representantes do comércio, que conhecem melhor as necessidades do setor. “O prefeito João Paulo (Kleinübing) pediu que eles pensassem numa solução que atendesse todas as solicitações, justamente porque existem muitas particularidades nesse setor. Estamos no aguardo dessas alternativas para buscar uma solução o mais rápido possível”, garante o secretário. Outro ponto de destaque é a coleta de lixo dos estabelecimentos comerciais. Segundo Lopes, a partir das 18h, a Rua XV de Novembro passa a receber sacos e mais sacos de resíduos diários das lojas. Para atenuar a questão, o prefeito João Paulo Kleinübing solicitou que os líderes do setor apresentassem uma solução para o caso. “Fomos buscar uma alternativa instalada em Caxias do Sul (RS), onde alguns conteineres são instalados nas transversais, ao alcance de todos os comerciantes”, conta o presidente da CDL. Em 1º de junho, representantes da CDL, do Sindilojas e do Executivo municipal voltaram a se reunir na Casa do Comércio para tratar das questões do lixo e da de limitação de horário para carga e descarga de mercadorias. Além dos presidentes das entidades do comércio, participaram o prefeito e o vice-prefeito, representantes do Samae, Seterb, Secretaria de Planejamento e o vereador Fábio Fiedler. Ficou acordada a elaboração de um projeto que será levado ao conhecimento dos lojistas para posterior aplicação.

Lixo acumulado na Rua XV de Novembro após as 18h



Comunicação

Ricardo Silva/PhotusPress/Especial Mundi Editora

Democracia

na telinha

Há 10 anos acontecia a primeira transmissão da sessão ordinária da Câmara Municipal pela TV Legislativa (TVL). Uma das pioneiras do País, a programação está no canal 19 na BTV e 16 na Net. “Quem não tiver TV a Cabo pode acompanhar o conteúdo da emissora pela internet”, avisa o presidente da Câmara, Jens Juergen Mantau. Segundo o produtor da TVL, Antonio Amaro de Souza, os trabalhos legis24

lativos no plenário são transmitidos na íntegra e ao vivo. Souza acrescenta que o objetivo é aproximar o telespectador dos fatos discutidos e das propostas aprovadas pelos vereadores. “Buscamos mais do que a mera reprodução das sessões ordinárias. Buscamos a simpatia e audiência do telespectador através de uma grade com programas jornalísticos e de entrevistas. Procuramos criar uma produção visual atrativa ao telespectador”, explica Souza.

Para Mantau, a TVL está afinada com os princípios dos veículos públicos de comunicação, como a cidadania, educação, cultura e informação. O presidente conta que a TVL não compete com outros canais, o que acaba abrindo espaço para a interação com a comunidade. Mantau garante que a emissora é livre para criar e que o conteúdo não passa por nenhum tipo de censura. “A TVL é uma multiplicadora de ideias. É instrumento do cidadão blumenauense”, completa o vereador.


No ar Grandes momentos marcaram a década de transmissão ininterrupta. Um deles, recordado por Souza, foi a cobertura durante as chuvas em 2008. Ao contrário da maioria das emissoras abertas, a TVL não saiu do ar e prestou grande serviço para os moradores de Blumenau. “O momento campeão de audiência e de participações foi durante a última eleição para prefeito e vereadores. Acompanhamos as campanhas e a apuração. Os telefones não paravam de tocar! Os eleitores assistiram em tempo real aquele momento democrático”, conta o produtor da TVL.

Surpresa Composta por 12 funcionários, a equipe da TVL garante mais de oito horas diárias de produção própria na grade de programação. Tanto para Souza quanto para Mantau, o melhor programa é o Nossa Gente, no qual personalidades de Blumenau compartilham memórias. Para comemorar os 10 anos de TVL, a equipe prepara 10 programas especiais que serão exibidos mensalmente. O conteúdo é surpresa, mas o presidente da Câmara adianta que os assuntos variam bastante e valorizam a cultura local.

Souza: cobertura da TVL na catástrofe de 2008 se destaca

Programação democrática TVL Notícias – O telejornal vai ao ar de segunda a sexta-feira e apresenta reportagens do cotidiano de Blumenau e o resumo dos principais assuntos debatidos pelo Legislativo. Nossa Gente – Um arquivo da memória blumenauense. Semanalmente, é entrevistada uma personalidade que marcou história na cidade. TVL Cultura – Programa de entrevista semanal que aborda as diversas manifestações culturais de Blumenau e região.

Para Mantau (acima), TVL é instrumento de cidadania e não há censura na programação

Fala Vereador – Também semanal, o programa é uma conversa detalhada com os parlamentares sobre projetos de lei, reuniões e decisões do Legislativo. TVL Comunidade – Programa de entrevistas com representantes de diversos segmentos. O objetivo é criar um elo entre o entrevistado e a população. Sessões Legislativas – Transmissão ao vivo das sessões ordinárias, solenes, itinerantes e mirins. Programas Especiais – Audiências públicas, palestras, concertos e outras apresentações artísticas. Trata-se de produções de resgate da história ou de interesse público. De Coração – Programa produzido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, em São Paulo. Aborda os principais temas relacionados à cardiologia.

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Plano de governo

Região leva propostas

aos candidatos Daniel Zimmermann

Duplicação da BR-470 está entre as reivindicações das entidades empresariais

Os candidatos ao governo de Santa Catarina receberão das entidades empresariais de Blumenau um documento contendo reivindicações que podem ser incluídas no pano de governo de cada um. O documento é assinado pelo presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, pelo presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes, e pelo coordenador da Intersindical Patronal, Leomir Minozzo. Os líderes empresariais esperam, com a ação, informar e sensibilizar os candidatos ao governo do Estado para os principais problemas e gargalos de Blumenau e região. As reivindicações incluem obras de infraestrutura e ações para melhorar a mobilidade urbana, a economia, educação, segurança pública, defesa civil e turismo. O documento é resultado de consulta realizada aos associados das entidades empresariais e foi encaminhado à Fiesc para constar do programa “Desenvolvimento SC”.

As reivindicações MOBILIDADE URBANA 1. Sistema de transporte coletivo urbano na cidade sobre trilhos, de preferência suspenso, independente do trânsito de veículos e livre de enchentes, ao menos até a cota 12,50 do leito do Rio Itajaí-Açú (90% das enchentes da cidade são abaixo desta metragem). Apenas como observação – se a RFFSA, há mais de um século, foi inteligente o suficiente para projetar pontes e viadutos acima da cota 12,50, porque hoje, com todas as novas tecnologias não se poderia fazê-lo? A base é a infraestrura de mobilidade. Não podemos mais levar horas para chegar aos municípios vizinhos a menos de 30 quilômetros de Blumenau, assim como nunca expandiremos a atividade industrial e a indústria do turismo de eventos sem rodovias de acesso e escoamento. TRIBUTOS/IMPOSTOS 1. ICMS: Políticas pelo menos igualitárias as que os demais estados da federação oferecem. Exemplo : 7% na alíquota de ICMS interna no Estado de São Paulo. INCENTIVOS 1. Incentivos para a criação de Centrais de Distribuição. 2. Incentivos para a importação de tecnologia para modernização das empresas em geral, mesmo quando da existência de similares nacionais.

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As reivindicações INFRAESTRUTURA 1.Duplicação da BR-470 e execução imediata das vias marginais nos trechos urbanos do Vale do Itajaí. 2.Implantação do Anel Perimetral da cidade de Blumenau: a.início imediato de estudos e projetos para a ligação Velha-Garcia, com túneis e viadutos, para evitar problemas ambientais. Para se ter uma idéia da importância desta ligação, prevista pelo governo Felix Theiss, há 35 anos, basta sair do Centro da cidade em direção ao morro da Cia. Hering em final de tarde e observar o grande congestionamento da Rua 7/ Alameda Rio Branco em direção ao Bairro Garcia. b.Ponte do Badenfurt, que liga a Rua Bahia com o trevo de acesso à Pomerode, que faz parte do Anel Perimetral. c.ligação Garcia-Vorstadt pelos fundos do Centro Esportivo do Sesi. d.ligação do Vorstadt (Sesi) com a Rua Samuel Morse. 3.Obra de prolongamento da Via Expressa até a Vila Itoupava (nova SC-474). 4.Conclusão dos acessos a Blumenau e região, construção de novas pontes ligando a BR-470 à SC-470. 5.Revitalização da SC-470 com a inclusão da Ponte e Anel Rodoviário de Gaspar, retirando o intenso tráfego do Centro de Gaspar. Melhorias no acesso entre Blumenau e Brusque. 6.Melhorias no Aeroporto Regional de Blumenau (Quero-Quero), para acesso a aviões de pequeno/médio porte. Alongamento da pista em mais 200 metros com o desvio da Rodovia Guilherme Jensen na altura da Rua Franz Volles e balizamento noturno. 7.Ampliação e revitalização do Aeroporto Internacional de Navegantes, com a construção de nova pista, novo terminal de passageiros com área alfandegada e instalação de instrumentos de aproximação tipo ILS. 8.Complexo Intermodal Catarinense na região de Araquari. 9.Maiores investimentos em ferrovias, rodovias, ciclovias, melhorias na logística do Estado. No tema ferrovias, defendemos a construção da Ferrovia da Integração que liga o Oeste com o Litoral de Santa Catarina, passando pelo Vale do Itajaí. EDUCAÇÃO 1.Ampliação dos cursos técnicos vinculados às vagas oferecidas pela indústria, comércio e prestadores de serviço de Santa Catarina. 2.Defesa da Universidade Federal do Vale do Itajaí a ser instalada em Blumenau. 3.Continuidade do apoio financeiro, via Fapesc, ao Programa Entra21, que capacita jovens de baixa renda em tecnologias da informação. O programa já capacitou mais de mil jovens com 80% de empregabilidade. SEGURANÇA PÚBLICA 1.Descentralização do Presídio Regional de Blumenau com a construção de três Unidades Prisionais Avançadas (UPAs) nas cidades de Timbó, Pomerode e Gaspar. 2.Ampliar o número do efetivo da Polícia Militar, Civil e Bombeiros na região, levando em conta índices per capita e de criminalidade. DEFESA CIVIL 1.Necessidade de recursos específicos para a prevenção de catástrofes (enchentes, deslizamentos etc.). TURISMO 1Criação de estímulos econômicos e fiscais para a revitalização da rede hoteleira de Blumenau, apoiando os hoteleiros locais e atração de novos investimentos. 2.Apoio para a construção de um centro de congressos no Parque Vila Germânica. Existe um bom espaço para feiras, mas não existe espaço para congressos.

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Segurança privada

Atenção na hora

de contratar Divulgação

Há tempos a insegurança não é um problema que se refere apenas aos grandes centros urbanos. Reflexo desse quadro é a procura crescente por empresas que prestam serviço de segurança privada para indústrias, comércio, residências, condomínios, eventos etc. De acordo com o coordenador do Núcleo de Segurança Privada, Asseio e Conservação da Acib e superintendente da Back, empresa que presta serviços nas áreas de segurança e vigilância, Maurélio Pinto, Santa Catarina tem registradas 75 empresas regulares. Porém, o que assusta é o número de empresas irregulares, três vezes maior. O medo, aliado a preços mais baixos, leva o consumidor a contratar empresas clandestinas, sem qualquer habilitação técnica e legal. Na verdade, elas representam uma série de outros riscos, como despreparo do vigilante, uso de arma sem procedência, além de não responder por qualquer dano. Ao aceitar uma empresa clandestina, o contratante também está assumindo o risco penal, por porte ilegal de arma; civil, se houver danos morais ou materiais; trabalhista e tributário, pois não há a certeza do pagamento correto das obrigações. A isso se dá o nome de responsabilidade subsidiária: quando a empresa terceirizada não assume os compromissos, é a contratante quem responde legalmente. Para atuar no setor de segurança privada, a empresa – armada ou desarmada – precisa ter competência técnica e habilitação legal comprovadas através de documentos emitidos pela Polícia Federal (PF), órgão que controla e fiscaliza o setor. Esses documentos devem ser renovados anualmente. As fiscalizações são realizadas para constatar in loco a legalidade das atividades praticadas e a PF publica no Diário Oficial o nome das empresas que foram credenciadas e as descredenciadas.

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O primeiro passo para contratar uma empresa prestadora de serviço de segurança privada Ê exigir a documentação atualizada emitida pela Polícia Federal, que Ê vålida por um ano. Se tudo estiver de acordo com a legislação, a empresa deve apresentar um plano de segurança com uma planilha de custos aberta, detalhando todos os custos do pacote, inclusive com equipamentos a serem instalados, identificar os diferenciais e benefícios e tambÊm a quantidade de vigilantes.

Daniel Zimmermann

O que ĂŠ exigido

Documentos necessårios Para estar apta a atuar, a empresa prestadora de serviços de segurança privada precisa ter os seguintes documentos em dia: Portaria e/ou Alvarå de Autorização de Funcionamento Alvarå de Revisão de Autorização de Funcionamento Certificado de Segurança (atesta que a empresa foi fiscalizada e estå em condiçþes tÊcnicas de prestar serviços) Quando o posto for armado, solicitar cópia dos registros das armas em nome da empresa de segurança privada Fonte: Polícia Federal

MaurĂŠlio Pinto: o nĂşmero de empresas clandestinas assusta

Happy Hour

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Segurança privada

Contratante é responsável por irregularidades De acordo com o delegado da Polícia Federal para a região do Vale do Itajaí, José Dinarte de Castro Silveira, a profissão de vigilante é regulamentada, por isso é preciso cursar uma Escola de Formação de Vigilantes autorizada pelo Departamento de Polícia Federal. Essa formação tem validade de dois anos e para continuar a exercer a profissão o vigilante deve realizar cursos de reciclagem em escolas autorizadas. A formação do profissional de segurança é realizada em escolas privadas especializadas em Formação de Vigilantes com autorização da PF para funcionar. A Polícia Federal não oferece cursos para vigilantes, porém tem como atribuição controlar e fiscalizar as empresas que oferecem os Cursos de Formação, Reciclagem e Extensão emTransporte de Valores, Escolta Armada, Segurança Pessoal e Extensão em Equipamentos Não-Letais. Silveira alerta que não existe vigilante autônomo. “Qualquer serviço que seja executado dessa maneira está em desacordo com

a legislação vigente”, afirma. Se uma pessoa ou uma empresa contrata um vigilante autônomo estará sujeita ao encerramento de uma atividade não-autorizada. Como trata-se de profissão regulamentada, não é permitido que pessoa não-apta a exerça. Da mesma forma, é proibida a prestação de serviços de segurança privada por policiais civis ou militares, mesmo que estejam de folga ou licença. Eles devem ater-se exclusivamente à Segurança Pública. Segundo o coordenador do Núcleo de Segurança Privada da Acib, Maurélio Pinto, a informação é a principal aliada para combater a clandestinidade. Frequentemente, o núcleo realiza palestras para empresários e expõe os riscos de se contratar uma empresa que não está registrada na Polícia Federal. Materiais de divulgação auxiliam nesse trabalho e, recentemente, o núcleo lançou uma cartilha com o objetivo de orientar de forma clara o melhor jeito de contratar uma empresa de segurança privada.

Núcleo de Segurança Privada distribui cartilha que ensina as empresas a contratarem corretamente os serviços

ODORIZZI 30 16



Construção Civil

O caminho

da qualificação Daniel Zimmermann

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Blumenau (Sinduscon), Amauri Alberto Buzzi, e o vice-presidente para Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) , Jorge Luiz Strehl, afirmam que muitos trabalhadores da construção civil migravam de áreas rurais para os grandes centros, sem nenhuma técnica ou conhecimento profissional. “Essas pessoas carregavam na bagagem apenas a força braçal e a vontade de trabalhar. Além disso, as condições apresentadas eram precárias, fazendo com que esse trabalhador procurasse novas oportunidades de emprego”, diz. O cenário, no entanto, já não é mais o mesmo. Os salários e as condições de trabalho melhoraram. As construtoras, de acordo com Strehl, tiveram que se adequar e seguir normas que antes não eram cumpridas. “O trabalhador ganhou estímulo. Hoje, as empresas são obrigadas a cumprir uma série de normas que regulamentam o trabalho no canteiro de obras, dando condições mais dignas e seguras ao trabalhador”, afirma o empresário e engenheiro civil.

Capacitação

Escola da Construção vai qualificar a mão de obra do setor na região de Blumenau 32

O aumento da produtividade na construção civil trouxe um fator que bate de frente com o despreparo da mão de obra: a modernização de técnicas construtivas. “Novos e modernos equipamentos de trabalho exigem técnica e conhecimento no manuseio. Em função disso, a capacitação se faz tão necessária”, diz o ex-presidente do Sinduscon. A capacitação é um dos maiores desafios para as construtoras. Prova disso é o reduzido número de escolas de capacitação no País. Até agora eram apenas duas: uma em Tatuapé e outra em Bauru, ambas em São Paulo. “Precisamos aumentar o número de profissionais qualificados”, afirma o construtor.


Encarando o desafio e o pioneirismo, o Sinduscon, em parceria com o Senai, implantou a Escola de Construção. “A construção civil enfrenta graves problemas de mão de obra. Muitos desses trabalhadores aprenderam com algum conhecido a prática desse trabalho e, na maioria das vezes, não têm a técnica. O que percebemos é que não faltam pessoas para trabalhar, mas, sim, habilitação”, diz o presidente do Sinduscon, Amauri Buzzi. Segundo ele, diante dessa lacuna, foi necessária a implantação da Escola de Construção Civil. “Precisamos investir na profissionalização da mão de obra. O aluno quando sair da escola rumo ao mercado de trabalho terá nas mãos a certificação e qualificação da profissão”, afirma. A Escola da Construção vai agregar conhecimento não apenas profissional, mas também para a vida pessoal dos trabalhadores. “Pretendemos melhorar a qualidade de vida, contribuindo para o aumento da autoestima das pessoas. Com a técnica adquirida no curso, ele utilizará menos força, fazendo aumentar a produtividade e qualidade do trabalho, assim como a garantia de durabilidade, porque o serviço foi bem feito”, diz Jorge Strehl. A Escola da Construção está sediada em uma área de 288 metros quadrados, que deverá ser aumentada ao longo do ano para 500 metros quadrados, dentro do terreno do Senai. “A parceria com o Senai consolida nosso projeto, pois é a melhor instituição que existe hoje no País para qualificar mão de obra industrial”, afirma Strehl. A escola foi inaugurada em 29 de abril. Os alunos têm aulas teóricas e práticas. Na teoria, ele irá aprender matemática básica, cidadania, assiduidade pessoal e normas de segurança. “A teoria com a prática fará com que esse trabalhador mude a postura no canteiro de obras; após o curso ele vai saber exatamente o que está fazendo. Nossa intenção é fazer com que a Escola seja um centro de aprendizado permanente”, aponta. Outro fator importante, segundo Strehl, é fazer com que o trabalhador da construção civil saia da informalidade. “Queremos inserir nesse novo contexto aquele trabalhador autodidata, que aprendeu tudo o que sabe sozinho. E assim, garantir a formalidade da profissão, trazendo os benefícios do seguro contra acidentes e da aposentadoria.”, acrescenta. Além do Senai, o projeto conta com outras parcerias: empresas associadas ao Sinduscon de Blumenau e fornecedoras da indústria da construção. “Os empresários da construção civil entenderam que é fundamental desenvolver a educação e qualificação da mão de obra”, afirma Strehl. Daniel Zimmermann

Técnicas mais modernas poderão ser aplicadas nas obras


entorpecentes

Assunto para ser tratado

também na empresa

O assunto é delicado e cabe à empresa enfrentá-lo com honestidade. “É preciso reconhecer a presença de usuários de drogas ilícitas, que tenham problemas com álcool ou fazem uso abusivo de medicamentos em seus quadros de funcionários e combater o problema”, afirma Klaus Rehfeldt, consultor para assuntos relacionados ao tema e autor de sete livros. Para Klaus, o dependente é, antes de tudo, um empregado competente, do contrário não estaria na empresa. Sendo assim, vale a pena preservá-lo. O escritor acrescenta que o custo do uso abusivo de drogas por parte do colaborador é enorme: se gasta muito com licença médica, acidentes de trabalho e danos materiais.

Terapia intensiva “O empregador que decide lutar contra o problema precisa, primeiro, se estruturar para executar um programa claramente definido e amplamente divulgado”, diz Klaus, lembrando que palestra preventiva pode ser apenas o começo de um organizado trabalho. O escritor sugere a formação de uma equipe de intervenção, formada por profissionais dos setores médico, de segurança e de recursos humanos. Dessa forma, o grupo pode atuar diretamente com o usuário e, se necessário, com a família dele. “Para evitar mal-estar com outros funcionários, os encontros acontecem fora do ambiente de trabalho” ressalta. Contudo, Klaus afirma que a empresa é local extremamente favorável para a reconstrução da autoestima, autoconfiança e amorpróprio do colaborador. Isso porque o funcionário precisa do emprego e sabe que não pode usar drogas durante aquele período. 34

Daniel Zimmermann

Um problema que geralmente está relacionado aos jovens começa a preocupar os empresários: o uso de substâncias químicas pelos colaboradores. Quando isso ocorre, a premissa de que os problemas pessoais devem ficar em casa deixa de existir.

Segundo Klaus Rehfeldt, é vantajoso investir na recuperação do colaborador

Números do problema De acordo com a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), 70% das pessoas que abusam do álcool e 63% das que utilizam outras drogas são empregadas ativas; Segundo a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), o custo social do abuso e uso indevido de drogas no Brasil foi de 6,2% do PIB, em 2002; Pesquisa desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela que usuários de drogas faltam ao trabalho três vezes mais por motivos de doenças; respondem por 50% do absenteísmo e aumentam em cinco vezes o risco de acidentes no trabalho.

Pool de apoio Aos estabelecimentos de médio e pequeno portes, o escritor sugere a atuação em conjunto com outras empresas, através do sindicato patronal ou associação geograficamente favorável. “É quando os grupos de apoio entram em ação. Compartilhar experiências com pessoas que já passaram pelas mesmas situações ajuda na recuperação”, afirma. Grande ou pequena, a corporação que decide trabalhar na prevenção e no combate às drogas deve inspirar confiança aos colabo-

radores e, se possível, identificar as causas do uso de drogas. Segundo Klaus, a relação de adolescentes com álcool ou substâncias ilícitas surge através da curiosidade, enquanto, em adultos pode ser resposta ao estresse. O escritor afirma que nem todos os usuários de drogas ou dependentes químicos são recuperáveis, porém defende que os casos bem-sucedidos compensam os esforços e justificam o investimento.


Arquivo Mundi Editora

Como um todo A Cruz Azul é uma organização internacional que recupera dependentes de drogas e trabalha na prevenção através de ações com jovens, grupos de encontro, grupos terapêuticos, centros de tratamento, casas de adaptação e reinserção social. O presidente da organização no Brasil, Rolf Harttmann, conta que a Cruz Azul é constituída por um corpo médico, por enfermeiros, pastores e centenas de voluntários e obreiros devidamente treinados. “Nós ajudamos os ajudadores. Nossa base é a fé cristã, no entanto, identificamos o indivíduo como um todo. Além da religiosidade, focamos nosso trabalho na psicologia e na fisiologia do dependente”, explica. No ambiente corporativo, Harttmann sugere que a administração vá ao encontro do funcionário, antes que este atinja o fundo do poço, uma vez que o dependente raramente pede ajuda. “Depois do tratamento, é importante que a pessoa continue participando dos grupos de apoio. A recaída faz parte do processo, mas quem permanece no programa tem 85% de chance de recuperação”, informa.

Harttmann: cabe à administração da empresa ajudar o dependente químico


ARTIGO

Desafios competitivos

da indústria brasileira têxtil e do vestuário

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Divulgação

Em 2008 e 2009, o BNDES apoiou um grande estudo sobre as perspectivas do investimento no Brasil. O estudo fez um amplo levantamento da competitividade da indústria brasileira e identificou as suas principais tendências do investimento. Um dos setores estudados, como não poderia deixar de ser, foi a indústria têxtil e do vestuário, que nos últimos anos vem enfrentando uma concorrência bastante acirrada, especialmente por conta do avanço dos países asiáticos como grandes produtores mundiais, com destaque para a China. A indústria brasileira, diante desse cenário, passou por um processo de profunda reestruturação, com diminuição absoluta do número de empresas, de postos de trabalho e da produção física, de modo que foram criados espaços vazios nas cadeias produtivas nacionais. Por outro lado, a reestruturação permitiu o fortalecimento da competitividade das empresas, por meio da modernização de seu parque produtivo, da criação de novos modelos e design e de avanços importantes nas formas de comercialização. Nesse contexto, é possível apresentar alguns resultados que foram encontrados no que se refere principalmente às principais tendências do investimento na indústria têxtil e do vestuário: • Diversificação do portfólio de produtos, com o intuito de atender às demandas e às novas tendências no mercado doméstico e como mecanismo para aumentar a inserção em mercados internacionais; as empresas têm investido no aumento do leque de produtos para nichos de mercado, por meio da combinação de novas fibras e da incorporação de novos atributos aos produtos, especialmente por meio da introdução de diferentes números de fios e novas misturas de cores e trabalhos artesanais. • Modernização de suas unidades produtivas, através da compra de novas máquinas e equipamentos e da adoção de novas técnicas de gestão da produção e da cadeia de suprimentos. • Aumento do volume dos investimen-

tos em atividades de pesquisas e desenvolvimento, como forma de lidar com as novas tendências em materiais e fios. • Intensificação dos gastos com a criação e consolidação de marcas próprias. Ainda na área comercial, foi verificado um estreitamento da relação com o mercado consumidor, através da criação de novos canais de comercialização e da modernização dos canais de varejo tradicional. De todo modo, um ponto importante será o aumento do volume de investimentos em novas tecnologias, uma vez que a indústria brasileira têxtil e do ves-

tuário tem investido, na média, volumes relativamente reduzidos em atividades estratégicas. Esse certamente é um gargalo importante da indústria, uma vez que o desenvolvimento de novas capacitações nas empresas vai depender fundamentalmente da elevação dos níveis de investimento nas áreas tecnológicas, inclusive com intensificação das interações com universidades e institutos de pesquisa. Renato Garcia Economista e professor da USP renato.garcia@poli.usp.br



ACIB É NOTÍCIA

Passageiros e ciclovias na Ferrovia da Integração

Agenda

Cristiane Soethe/Divulgação

Divulgação

Treinamento em Introdução às Práticas de Gestão Lean Quando: 9 de junho Horário: das 8h30min às 17h30min Promotor: Acib/Qualipró Soluções em Qualidade e Produtividade Local: Sede da Acib 5º Ciclo de Palestras - Segurança da Informação nas Empresas Modernas Quando: 17 de junho Horário: 19h30min Promoção: Núcleo de Consultoria da Acib Local: Sede da Acib

Representantes de entidades empresariais e Poder Público estiveram reunidos na Acib Uma audiência pública promovida pela Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC), com apoio da Acib, da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) e Intersindical Patronal de Blumenau, discutiu, em 24 de maio, a inclusão de transporte de passageiros e de bicicletas na Ferrovia da Integração, que será contemplada na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do Governo Federal. Além disso, a ABC reivindicou ciclovias laterais aos trilhos em toda a extensão da ferrovia e nos ramais de conexão aos centros urbanos. Também foram sugeridas na reunião a acessibilidade para deficientes físicos, a sinergia entre a duplicação da BR-470 e a ferrovia e a inclusão de traçado de uma nova rodovia paralela à BR-470. A reunião contou com a presença de representantes de diversas entidades empresariais da região, deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores, empresários e associações ligadas à mobilidade urbana. A informação da inclusão da ferrovia no PAC 2 foi confirmada pelo coordenador da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado estadual Pedro Uczai (PT-SC). De acordo com Uczai, cerca de R$ 85 milhões já estão assegurados somente para a realização do projeto executivo da obra entre Chapecó e Itajaí e do projeto de viabilidade entre Chapecó e Dionísio Cerqueira. “A ferrovia é o meio mais barato para transportar cargas de diferentes naturezas. É mais segura, porque diminui o roubo de cargas e também os prejuízos para o poder público com a destruição de estradas. As ferrovias mantêm as empresas na região e atraem novos investimentos”, analisou o deputado.

Treinamento: Matemática Financeira Aplicada a HP12C Quando: 19 de junho Horário: das 8h às 17h30min Promotor: Acib/Prosper Corretora Local: Sede da Acib Exposição da Pesquisa de Satisfação do Usuário de Saúde Privada em Blumenau, seguida de mesa redonda Quando: 21 de junho Horário: 19h30min Local: Sede da Acib Promoção: Núcleo de Saúde da Acib Palestra gratuita: Introdução ao Mercado de Capitais Brasileiro Quando: 22 de junho Horário: 19h Promotor: Acib/Prosper Corretora Local: Sede da Acib Palestra: Técnica de Vendas de Sucesso Quando: 30 de junho Horário: 19h Promotor: Acib/N. Marinho Local: Sede da Acib As inscrições para os eventos podem ser feitas pelo telefone (47) 3326-1230 ou e-mail eventos@acib.net.

Serviços Acib

Sobre a ferrovia A Ferrovia da Integração terá uma extensão de cerca de 700 quilômetros entre o Porto de Itajaí e a fronteira com a Argentina, o que permitirá a posterior integração de Santa Catarina ao porto de Antofagasta, no Chile, formando uma ferrovia bioceânica. Do total de R$ 1,59 trilhão de investimentos previstos no PAC 2, R$ 958,9 bilhões devem ser gastos de 2011 a 2014 e os R$ 631,6 restantes estão previstos para depois de 2014. Com R$ 46 bilhões a serem aplicados somente em investimentos ferroviários, o programa prevê a expansão da malha ferroviária brasileira dos atuais 29 mil quilômetros para 40 mil até 2020. 38

CERTIFICADO DE ORIGEM A Acib disponibiliza aos associados a Emissão de Certificado de Origem para as empresas exportadoras, por meio de convênio com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Informações com Aline, pelo e-mail eventos@acib.net ou telefone (47) 3326-1230.


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Senadora Ideli Salvatti recebe pleitos da Acib

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Deputado Claudio Vignatti, presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, e senadora Ideli Salvatti Em 21 de maio, a senadora Ideli Salvatti (PT) esteve na Acib, acompanhada dos colegas de sigla, deputados federais Cláudio Vignatti e Décio Lima, e deputada estadual Ana Paula Lima, para ouvir os pleitos dos empresários e receber propostas para a construção do seu plano de governo. Ideli recebeu do reitor da Furb, Eduardo Deschamps, um documento solicitando apoio para o acesso e manutenção dos estudantes na universidade, infraestrutura do Hospital Universitário, parque tecnológico da cidade e incubadora da Furb, apoio para o projeto Furb Federal e aos projetos culturais da universidade. Da Acib, a senadora levou um documento focado na infraestrutura, mobilidade regional e urbana. Além disso, foi solicitada atenção especial para as áreas de segurança pública, defesa civil, educação, turismo e incentivos econômicos. O documento entregue à senadora está disponível no www.acib.net. Ideli defendeu o fortalecimento de cada região do Estado de maneira diferenciada, mas não apenas na estrutura administrativa de governo, como ocorre atualmente. “Temos que distribuir os recursos proporcionalmente à população e à diversidade de cada região”, apontou. Após o encontro, representantes da Associação Empresarial acompanharam a comitiva do PT ao evento organizado pelo partido no Hotel Himmelblau, denominado “Movimento Fala Santa Catarina”.

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Interessados em estreitar relacionamentos e conhecer o funcionamento da Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera (HWK), na Alemanha, podem entrar em contato com a Fundação Empreender. Ela está organizando uma missão direcionada a dirigentes de entidades empresariais de todo o Estado. A viagem será de 11 a 18 de setembro. Informações e inscrições pelos telefones (47) 3461-3364 / (47) 9176-5919 ou sandro@fe.org.br.

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CDL É NOTÍCIA

Pace funciona em Blumenau

Fraudes: Prevenção e Golpes no Varejo Divulgação

O perito criminal Arnaldo Ferreira Santos foi o convidado da palestra realizada em 20 de maio, durante a Plenária da CDL Blumenau. Crescer com segurança no varejo, evitando golpes, foi o foco da abordagem de Santos, que tem amplo conhecimento do assunto. Além da citação de ações de criminosos, a palestra trouxe informação sobre maneiras de orientar o funcionário do comércio para que ele evite cair nas armadilhas. O especialista mostrou as várias formas de ação dos golpistas e ensinou formar e truques para evitar contratempos. O Teatro Carlos Gomes, local da realização da Plenária, lotou.

Programa de Qualidade Total O Centro Educacional Varejista (CEV), responsável pelo setor de treinamento e capacitação da CDL de Blumenau, lançou um inédito e completo programa de qualificação para o varejo. O Programa Qualidade Total no Comércio pretende dotar as empresas participantes de um selo que as identifica como referência no mercado, em treinamento e preparação continuada dos profissionais do comércio varejista. Equipes de atendimento e gestores são orientados em temas como a gestão e o atendimento em lojas, focando na busca da qualidade do serviço oferecido ao consumidor e potencializando os resultados econômicos do negócio. Novas turmas estão em formação. Qualquer empresa do comércio pode participar, independente do porte. Mais informações pelo telefone (47) 3221-5740 ou email secretaria.cev@cdl-sc.org.br.

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Convênio firmado recentemente entre a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) assegurou a abertura de mais um Posto de Atendimento e Conciliação Extrajudicial (Pace) em Blumenau. Segundo o assessor jurídico da CDL, Angelito Barbieri, a intenção do posto é reduzir o número de casos na Justiça e solucionar queixas em que o valor requerido não ultrapasse a 40 salários mínimos (R$ 20,4 mil). Podem ser encaminhadas questões de trânsito, inadimplência, despejo, seguros e diversas outras áreas do Direito Civil, sendo que não serão admitidas somente as causas trabalhistas, familiares e penais. Os serviços do Pace estão abertos a toda comunidade e a supervisão dos trabalhos é feita pela Coordenadoria Estadual dos Juizados Especiais, através do juiz Vitoraldo Bridi, além de contar com conciliadores especializados. O atendimento é na Alameda Rio Branco, 80 1º andar, das 8h às 18h. Há previsão de atendimento até as 20h, a partir do segundo semestre.

CDL orienta associados O e-commerce começa a fazer parte dos encontros de representantes da CDL Blumenau e lojistas da cidade. Através do projeto Loja Virtual, da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), empresários do comércio poderão expor seus produtos a internautas através da e-loja. A administração de todo o processo ficará por conta da FCDL, que disponibilizará uma equipe de ecommerce para coordenar o comércio virtual. As lojas integrantes deste portal de vendas eletrônicas são associadas às CDLs do Estado. A rede virtual é fruto da união dos associados das câmaras visando a melhor atender as necessidades do consumidor. A criação do site é resultado de pesquisas e sondagens realizadas com os associados das CDLs que objetivam, com este novo serviço, acompanhar a evolução do relacionamento com os consumidores e com o mercado.


Novos Associados

Comissão seleciona mão de obra para Natal Alles Blau Entidades de classe do Município, entre elas a CDL – que coordena a ação Natal Alles Blau Blumenau –, unem-se mais uma vez para resgatar a tradição natalina na cidade, algo que na década de 1970 era referência no turismo nacional. Além da decoração de casas, empresas e comércio, o Natal Alles Blau embeleza a cidade com música, atividades culturais, exposições artísticas e a presença do Papai Noel. Para a edição de 2010, a comissão do Natal Alles Blau Blumenau já está selecionando profissionais para compor a equipe de trabalhos. Os organizadores buscam eletricistas, artesãos, serralheiros e decoradores. Inicialmente, as inscrições seriam feitas até 30 de maio.

WTS Cobranças Supermercado Super Estrela Vivida Calhas RL Amoart Boutique Thomas Oficina Vu Áudio Lica Modas Pink Lou LDK Informática Karina Zattar

Calendário CEV Técnicas de Negociação Dias 8, 9 e 10 Instrumentaliza os participantes com técnicas de negociação e estratégias vencedoras que permitam a obtenção de melhores acordos.

Farmácia São Vicente Multibela Jóias Ver Viu Oficina Mecânica Órbita Meu Jeito

Administração do Tempo Dias 14, 15 e 16

Eletro Mecânica Bitencourte

Propicia capacidade de administrar o tempo de forma produtiva e eficaz. Discute as

Orlando Café

formas de avaliar o uso do tempo.

P e N Distribuidora de Baterias Solucionando Conflitos com Clientes Dias 21, 22 e 23 Desenvolve as competências para tratar circunstâncias incomuns, especificamente as relacionadas com o atendimento de clientes insatisfeitos. Desenvolvimento de Liderança Dias 23, 24 e 25

Materiais de Construção Pherton Lana Modas Imobiliária Itoupava Breitkopf Motos - Filiais

Visa a orientar para a satisfação das necessidades técnicas e humanas dos

Fittato

colaboradores, obtendo melhores resultados da equipe.

Regata Motos - Filiais

Atendimento e Recepção a Clientes Dias 28, 29 e 30 Orienta o profissional na qualidade total de um atendimento, na imagem pessoal e organizacional da loja com a clientela, além de passar informações de como atender os clientes. Sobre os cursos Aulas das 19h às 22h, na Casa do Comércio CDL Inclui: Certificado, apostila, estacionamento e cofee-break. Informações e Inscrições 47 3321 5715 - 3221 5724 secretaria.cev@cdl-sc.org.br Desconto garantido para associado CDL. Informe-se sobre condições especiais para grupos e in-company.

Smile - Matriz e Filiais Choupana Lingerie Adriana Comercial Karin Grace JJ Papelaria Vigimaster Sistemas de Segurança Amag Trading Wisblu Escolas de Idiomas Maluma Ind. e Com. Confecções Auto Mecânica Canto do Rio

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Intersindical é notícia

Associativismo para o desenvolvimento Fotos Arquivo Mundi

seus associados, prestar serviços de assessoria jurídica e formação profissional, além de diversos outros tipos de orientações e serviços ao empresário”, explica Minozzo. Muitas questões ligadas aos sindicatos patronais das mais diversas áreas têm pontos em comum. A Intersindical Patronal de Blumenau e Região foi criada com o objetivo de compartilhar informações entre eles, gerando subsídios para que todos possam otimizar suas atividades. “Essa troca de experiências tem se mostrado salutar. Além de unir a classe empresarial na busca de soluções para problemas comuns, a entidade promove a união entre os diversos setores, fortalecendo a atividade econômica”, destaca Minozzo.

Têxteis e confecções estão entre as maiores geradoras de empregos Instituição representativa dos sindicatos patronais, a Intersindical Patronal de Blumenau e Região é um órgão colegiado que busca a integração dos diversos setores produtivos através do intercâmbio de ideias e experiências. “Temos como missão atuar no alinhamento e fortalecimento das causas sindicais, da livre iniciativa, no assessoramento das entidades patronais e na defesa de causas de interesse comunitário, contribuindo para o crescimento econômico e social de nossa região”, destaca o coordenador Leomir Minozzo. Criada há mais de duas décadas, sob a coordenação de Renato Werner, então presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau (Simmmeb), a instituição conta com a participação de mais de 30 sindicatos patronais que representam os setores econômicos da indústria, comércio e serviços da região. A Intersindical Patronal de Blumenau e Região é uma instituição sem personalidade jurídica e primordialmente consultiva. Seus integrantes e gestores atuam de forma voluntária. “Trata-se de um fórum permanente de discussões, reuniões, estudos, assessoramento e disseminação de ideias relacionadas ao desempenho sindical nas relações de capital e trabalho, atuando es-

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sencialmente nas convenções e dissídios coletivos”, diz Minozzo. “Muitos temas ligados à atuação dos diversos sindicatos em áreas como legislação trabalhista, formação profissional, segurança do trabalhador e questões tributárias são analisados na busca de soluções que possam ser compartilhadas”, complementa.

Preocupação social e comunitária A Intersindical Patronal de Blumenau e Região não resume suas atividades apenas a questões de ordem legal. Seus integrantes desenvolvem ações relacionadas também ao interesse social e comunitário. “Representantes dos sindicatos empresariais ocupam assento em diversos conselhos, contribuindo com informações e sugestões importantes para o desenvolvimento regional”, destaca Minozzo.

Sindicalismo empresarial Quando se fala em sindicato, a maioria das pessoas relaciona o termo à organização dos trabalhadores. Mas os diversos segmentos empresariais também se organizam em torno de entidades representativas, que são instituídas a partir de determinações legais. Os sindicatos patronais são voltados a questões legais relacionadas a itens como dissídios coletivos, cumprimento da legislação trabalhista e outras formalidades jurídicas que precisam ser obedecidas pelas empresas dos setores representados. “Os sindicatos patronais precisam estar atentos a aspectos legais necessários para que as empresas a eles associadas possam atuar dentro dos preceitos legais. Nesse sentido, cada sindicato dispõe de estruturas necessárias para representar

Metalurgia também é destaque


importância

Ricardo Silva / PhotusPress / Arquivo Mundi

Redução da jornada de trabalho

“A Intersindical Patronal de Blumenau e Região é de suma importância, pois possibilita a discussão das relações de trabalho entre empregador e empregado”. Osmar Ricardo Labes, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga no Estado de Santa Catarina

“O grande mérito da Intersindical Patronal é congregar os interesses das entidades de uma maneira espontânea e não-formal”. Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex)

“A Intersindical Patronal atua com foco voltado ao desenvolvimento empresarial em conjunto com os trabalhadores”.

Leomir Minozzo coordena a Intersindical Patronal A Intersindical Patronal encaminhou um ofício aos deputados federais catarinenses criticando o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Em trâmite no Congresso Nacional, a medida conta com a aprovação quase unânime da população, principalmente por não prever a redução proporcional dos salários. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a proposta representaria um aumento de 1,99% no custo de produção das empresas, um índice considerado irrelevante diante dos benefícios que teriam os empregados. No entanto, esse “pequeno” reajuste corresponde à praticamente a metade da inflação acumulada em 2009, que foi de 4,11%. É consenso que a alta carga tributária inibe o desenvolvimento econômico. “O governo não irá perder em arrecadação caso o projeto seja aprovado, porque a conta será repassada à classe patronal”, critica o coordenador da Intersindical, Leomir Minozzo. Para o dirigente, a oneração já restringe a contratação de pessoal. A redução da jornada só iria dificultar ainda mais a situação. “No fim das contas, os próprios consumidores serão prejudicados, porque as empresas vão acabar repassando os custos para os preços dos produtos e serviços”, avalia.

Jorge Luiz Strehl, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção de Blumenau (Sinduscon)

“Além dos assuntos sindicais, a Intersindical Patronal volta suas ações também aos assuntos de interesse da comunidade”. Cid Erwin Lang, presidente do Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminados, Aglomerados de Chapas de Fibras de Madeira de Blumenau

“Não há dúvida que o fortalecimento dos sindicatos representa uma segurança para as empresas”. José Carlos Müller, presidente do Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de Blumenau

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SINDILOJAS é notícia

Coluna Jurídica

Sindicatos no ciclo do SEGS Divulgação

Acordo Coletivo Copa do Mundo 2010 O Sindilojas e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau firmaram Acordo Coletivo de Trabalho com vistas a possibilitar aos empregados assistirem as transmissões televisivas dos jogos da Seleção Brasileira de futebol na Copa do Mundo de 2010, que ocorrerá na África do Sul, estabelecendo critérios quanto à liberação e à compensação da jornada de trabalho, a seguir transcritos: CLÁUSULA PRIMEIRA – COPA DO MUNDO DE FUTEBOL Objetivando regulamentar e permitir aos empregados assistirem aos jogos televisionados em que a Seleção Brasileira venha a participar na Copa do Mundo de Futebol da África do Sul (2010), de modo a atender recíprocos interesses, as partes convenientes passam a estabelecer que as empresas poderão optar entre: 1) disponibilizar televisores em suas dependências durante a transmissão, retomando as atividades logo após o término dos jogos; ou 2) liberar os empregados em até uma hora antes do início das transmissões televisivas, em conformidade com a distância entre a empresa e a residência destes, na hipótese dos jogos ocorrerem próximos ao final do expediente comercial. CLÁUSULA SEGUNDA – COMPENSAÇÃO DE HORAS O tempo efetivamente disponibilizado pelas empresas com vistas a permitir aos empregados o direito de assistir aos jogos da Seleção Brasileira de Futebol, seja em suas próprias dependências, ou através de liberação para irem às suas residências, será objeto de compensação, na proporção de hora por hora. CLÁUSULA TERCEIRA - VIGÊNCIA A vigência do presente Acordo Coletivo terá início em 13 de junho de 2010 e vigorará durante o período em que a Seleção Brasileira de Futebol mantiver-se classificada no certame mundial. Desta forma, os Sindicatos Patronal e Laboral do Comércio, em respeito ao desejo dos brasileiros de prestigiar este sempre grandioso evento, fixaram os critérios acima consignados para que, da melhor forma possível, possam empresa e empregados aproveitar este importante momento.

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Representantes de sindicatos participaram do ciclo realizado em Florianópolis (SC)

Em 6 de maio, executivos de 33 sindicatos filiados à Fecomércio participaram do treinamento inicial do ciclo SEGS 2010. O encontro foi ministrado pelo assessor da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Rodrigo Timm Wespter, que expôs os objetivos e ações do Sistema de Gestão em Excelência Sindical (SEGS). Além de uma palestra motivadora e objetiva, os representantes executaram exercícios e, com isso, puderam sanar dúvidas e debater a gestão sindical. O Sistema tem o intuito de implantar um planejamento detalhado para melhorar a representatividade e o reconhecimento dos empresários do comércio. Segundo a Divisão de Planejamento da Fecomércio, responsável pelo ciclo SEGS 2010, o encontro foi produtivo. A colaboradora Analiza Sell participou do treinamento representando o Sindilojas de Blumenau.

Senac Varejo – nova visão sobre o comércio O Senac, em parceria com o Sindilojas, promove, a partir de 7 de junho, o evento ‘Senac Varejo’, voltado às empresas do comércio. Os workshops e palestras serão ministrados por profissionais reconhecidos nacionalmente e o pacote contempla três workshops exclusivos para gestores de empresas de varejo, sendo que cada empresa ganhará oito ingressos para as palestras, que são gratuitas, porém, fechadas. Dentro do tema ‘Repensando o Varejo’, o consultor Eugênio Foganholo apresenta, dia 7 de junho, o workshop ‘O seu negócio hoje, preparado para o amanhã’, das 14h às 17h; seguido da palestra ‘Por que não pensei nisso antes?’, das 20h às 21h30min. Mais informações na Faculdade Senac Blumenau, pelo telefone (47) 3035-9999, ou marketing.blu@sc.senac.br.


Bruno Breithaupt é eleito no Sistema Fecomércio

Bruno Breithaupt (D) foi eleito para a presidência do Sistema Fecomércio

A chapa única liderada pelo empresário Bruno Breithaupt foi eleita por unanimidade para dirigir o Sistema Fecomércio (Federação do Comércio, Sesc e Senac), para a gestão 2010-2014. A diretoria confirma a representatividade e a atuação da entidade em todo o Estado. A chapa é formada por vice-presidentes regionais (Grande Florianópolis, Sul, Planalto Serrano, Oeste, Norte e Planalto Norte e Vale do Itajaí) e setoriais (habitação, serviços, turismo, varejo, atacado, supermercados e comércio farmacêutico). Do Sindilojas Blumenau, fazem parte do grupo eleito o diretor Emílio Schramm, como vice-presidente de Turismo, o presidente Marco Aurélio Hirt, como suplente. Bruno Breithaupt é diretoradministrativo e financeiro do Comércio e Indústria Breithaupt S.A. e, na Federação do Comércio, consolidou parcerias, expandiu a atuação do Sesc, do Senac e da Fecomércio nos municípios por meio dos 61 sindicatos patronais filiados. Também intensificou a comunicação com a administração estadual, encaminhando pleitos e solicitações da categoria que representa, e debateu soluções junto ao Poder Público. Com este fim, foram instaladas as câmaras setoriais do Comércio de Material de Construção e de Turismo. A posse da nova diretoria está programada para 6 de agosto.

Conciliadores patronais reúnem-se na Casa do Comércio Os conciliadores que atuam na Concilia estiveram reunidos na Casa do Comércio, em 11 de maio. O objetivo do encontro foi promover uma integração entre os novos e atuais conciliadores, apresentando o trabalho desenvolvido aos que estão ingressando no grupo e, simultaneamente, oferecer oportunidade de reciclagem aos membros que já estão atuando. “Esta integração é muito importante para uniformizar o processo conciliatório, fazendo com que todos falem a mesma linguagem”, afirma a secretária-executiva da Concilia, Priscila Krieger. Na reunião, foram debatidos e apresentados temas como o papel social da conciliação, com história e estatísticas, bem como o funcionamento do processo em si, abordando, de maneira completa, as estratégias e técnicas de conciliação utilizadas. O conciliador é uma pessoa indicada pelos sindicatos que atua de forma voluntária, agindo como facilitador do acordo entre os envolvidos, criando um contexto propício ao entendimento, à aproximação de interesses. Sua missão é propiciar, estimular, escutar e guiar as partes para que encontrem uma solução satisfatória para os conflitos.

Novos associados Comercial Adri Ltda. Comaq Comércio de Máquinas Ltda. Dorilde Marcolina Jaques ME Ind. Comércio Lunatic Ltda. ME Rosy Mary Tribess ME Glint Moda Imagem e Design Ltda. ME Atol Aquários e Pet Shop Ltda. ME Look Óculos e Relógios Ltda. Sport Shoes Com. Mat. Esportivos Ltda. EPP Bella Prata Presentes EPP Higitotal Produtos Descartáveis Ltda 45


MEMÓRIA

Os reflexos locais

da política de desenvolvimento As empresas ligadas à Acib reelegeram o empresário Federico Carlos Allende como seu presidente, em 1951; mesmo ano em que a entidade foi declarada como órgão consultivo do governo municipal. Ao final de seu primeiro mandato, Allende fez um relato das principais realizações daquele período, listando como importantes ações a criação do Conselho Deliberativo e a instalação do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Blumenau.

Arquivo Histórico / Divulgação

Chegada do Senai trouxe qualificação para a mão de obra de Blumenau

O relatório alertava para um decréscimo nas exportações, mas ele não podia ser atribuído à ausência de mercados consumidores. Deveu-se à escassez de produção e insuficiência de transportes, além da crise econômica causada pela guerra. Durante o primeiro mandato de Allende, a Acib foi considerada pelo governador Aderbal Ramos da Silva como órgão de utilidade pública. Quanto ao número de sócios, cresceu de 178, em setembro de 1949, para 370, em maio de 1951. Em 1951, as indústrias têxteis de Blu-

menau fundaram a Associação Profissional da Indústria de Fiação e Tecelagem, escolhendo o empresário Ernesto Stodieck Júnior para presidí-la. Em seguida, a entidade passou a chamar-se Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau. A população do campo ainda era maior do que a urbana em Blumenau, mas a associação já se preocupava com o crescente êxodo rural. O boletim mensal da Acib de maio daquele ano alertava que os colonos estavam deixando o interior em busca de melhores condições de vida na cidade. O artigo chamava a atenção para a necessidade de fixar os agricultores em seus lugares de nascimento, “proporcionando, aí, o que procura lá fora: meios dignos de subsistência e prosperidade (...). Tendo os benefícios assegurados pela legislação trabalhista, ninguém há de sair do campo”. O aumento e a crescente complexidade do parque industrial blumenauense fizeram os empresários comemorarem a chegada da unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) à cidade. Em abril de 1953, foi anunciada a instalação de uma unidade de formação profissional, com capacidade para 480 alunos e vários cursos.

No início da década de 1950, a população rural ainda superava a urbana em Blumenau 46




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