Emp 82

Ano 9 nº 82 Fevereiro 2014 R$ 8,90

tradição regional Produtores de cristais, embutidos e queijo se mobilizam para obter selo de Identificação Geográfica e garantir a qualidade dos produtos tradicionais

Creches até 22h

Comissão reivindica a ampliação do horário de atendimento nos CEIs de Blumenau

associativismo Presidente da Facisc quer mais associações empresariais em Santa Catarina

sucesso na cabeça

Casa Peluqueria traz para a região conceito internacional em estética capilar

tecnologia

ASSOCIADA Núcleo Web da Acib, coordenado por Cioney Giovany Giovanella (foto), reúne empresas para discutir os rumos do setor. Na pauta estão, entre outros temas, mão de obra especializada e a divulgação dos produtos locais em todo o País

Blucredi, gestão financeira sem complicação.

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37 Agências no Vale do Itapocú, Vale do Itajaí e Litoral Catarinense.

editorial

2014: ano de transformações

N

ão é novidade para ninguém que o comércio brasileiro viveu dias difíceis em 2013. Vimos consumidores mais cautelosos diante de tantas notícias sobre a alta da inflação, dos juros e a revisão dos índices do crescimento do PIB. A expectativa para 2014 é de um ano marcante nos cenários político e econômico devido à realização da Copa do Mundo e das eleições. É certo que os eventos têm grande representatividade, mas são sazonais e nós, empresários, precisamos de estratégias para fortalecer os negócios durante todo o ano.

A estada de 50 varejistas catarinenses em Nova York para participar da 103ª Convenção Internacional do Varejo, o Retail’s Big Show, nos dá esperanças de reverter os índices do ano passado. Realizado anualmente, desde 1911, o Retail’s Big Show é considerado a maior feira para buscar atualizações e antecipar tendências. A imersão no dia a dia da capi8

Divulgação

tal mundial do consumo nos permite abrir os olhos para tamanhas possibilidades ainda não exploradas pelo varejo brasileiro.

O crescimento do comércio eletrônico e a importância de estar sempre à frente da concorrência são temas recorrentes nas discussões varejistas e que voltaram à cena este ano, assim como os desafios das políticas para o setor nos países emergentes, com destaque para Brasil e China. Internamente, conhecemos os problemas do nosso País e, este ano, com a eleição presidencial, temos a oportunidade de abrir novamente o debate para as transformações necessárias em áreas como infraestrutura, saúde, educação e segurança. Contudo, no exterior, somos vistos como um país de economia pulsante e com negócios em franca expansão. O nosso papel, como empresários, é saber valorizar essa imagem para construir negócios sólidos e de referência para o mundo.

Muito tem se falado sobre a importância de inovar para conquistar espaço no mercado, só que a inovação

nem sempre está atrelada a grandes mudanças tecnológicas. O comércio online e as mídias sociais têm se mostrado eficazes porque os consumidores estão cada vez mais engajados e atentos a negócios que proporcionem novas experiências e sensações, mas a inovação vai além do mundo virtual.

Os empresários precisam se reinventar e não há uma fórmula a seguir.

Cada negócio precisa ser remodelado de acordo com suas necessidades e necessidades dos clientes. Por isso, é fundamental estar por dentro de todas as novidades e saber encaixá-las no perfil do seu negócio para alcançar sucesso em todas as temporadas e não apenas durante grandes eventos e festividades. A grande lição que aprendemos, então, é que cada empresário deve manter, em primeiro lugar, o otimismo em relação aos seus negócios, independentemente das notícias sobre os concorrentes ou sobre o andamento da economia local.

Paulo Cesar Lopes Presidente da CDL Blumenau

Banco de Imagens

sumário #82

expediente EDITOR Sidnei dos Santos sidnei@mundieditora.com.br REPORTAGENS Daiani Caroline Coelho, Felipe Adam e Gabriela Queiroz

10 Coluna Mercado

As principais novidades que envolvem empresas de Blumenau

12 Entrevista

Com o presidente da Facisc, Ernesto João Reck

16 Produtos locais

Cristais, embutidos e queijo podem ter selo de Identificação Geográfica

REVISÃO Gabriela Queiroz

24

GERENTE DE ARTE E DESENVOLVIMENTO Lucas Gonçalves lucas@mundieditora.com.br DIAGRAMAÇÃO Pedro Paulo F. Schmitt

Núcleo Web fortalece o polo de tecnologia de Blumenau

CAPA / Foto: Fernanda Rodriguez

30 Acib é notícia 32 CDL é notícia 34 Intersindical é notícia 36 SINDILOJAS é notícia 38 Artigo

22 Creches

Comissão busca ampliar atendimento para que pais possam trabalhar

28 Fazendo a cabeça Casa Peluqueria vira referência em serviços de beleza na região

GERENTE COMERCIAL GERAL Cleomar Debarba - 47 3036.5659 DIRETOR-EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br SUGESTÃO DE PAUTA empresario@mundieditora.com.br Conselho Editorial Acib: Carlos Tavares D’Amaral, Charles Schwanke e Cristiane Soethe Zimmermann

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CDL: Paulo Cesar Lopes, José Geraldo Pfau, Carlos Jacques Dressler e Ana Paula Ruschel Intersindical: Richard Steinhausen, Leomir Minozzo e Emil Chartouni Neto SINDILOJAS: Emílio Rossmark Schramm, Márcio Rodrigues e Juliana Pfau Mundi Editora: Sidnei dos Santos

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Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 CEP: 89.035-401 Blumenau - SC 47 3035.5500

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EMPRESÁRIO

9

mercado Baumgarten compra gráfica no México Como parte da estratégia de internacionalização e expansão na América Latina, a Baumgarten Gráfica comprou a Etiquetas Rodak S.A. de C.V., indústria gráfica localizada na Cidade do México. A operação foi concluída em 1º de janeiro. “Com esta e futuras aquisições, nossa intenção é fortalecer a presença no mercado internacional e ampliar a parceira com os clientes e fornecedores locais e multinacionais”, afirma o presidente da empresa, Ronaldo Baumgarten Jr. Fundada em

1974, a Rodak conta com cerca de 70 funcionários e vem registrando crescimento constante.

Combina conhecimento, técnica e tecnologia de ponta com materiais de qualidade e é especializada na impressão de rótulos autoadesivos e termoencolhíveis de qualidade para indústrias de cosméticos, alimentos e bebidas, farmacêuticas e limpeza, entre outras. A Baumgarten incorporou totalmente a Rodak que, nos próximos meses, passará a se chamar Baumgarten México.

Sesc inaugura restaurante O Sesc inaugurou o Restaurante do Comerciário, em Blumenau, em 7 de janeiro, no térreo do Shopping Neumarkt. Idealizado para fornecer alimentação de qualidade aos comerciários e dependentes, o restaurante conta com cardápios balanceados, elaborados e supervisionados por nutricionistas, garantindo refeição nutritiva, segura e equilibrada.

O cardápio é composto por oito variedades de saladas, 10 tipos de 10

acompanhamentos, três opções de carnes e duas sobremesas. O estabelecimento abre de segunda a sábado, das 11h30min às 14h30min.

O quilo custa R$ 23 para o comerciários e dependentes; R$ 30,50 para empresários do comércio de bens, serviço e turismo e empresas conveniadas; e R$ 34 para o público em geral. Em breve será servido jantar de segunda a sábado e almoço aos domingos.

Acessibilidade no Nonna Conceta Fotos Divulgação

Agora, o Ristorante Nonna Conceta possui acessibilidade para cadeirantes e outros portadores de deficiência física. A instalação da plataforma de elevação atende às necessidades de locomoção, principalmente para cadeirantes.

A obra foi feita com o mínimo de impacto na antiga casa onde o restaurante está instalado e permite que os portadores de deficiências físicas acessem o local pelo mesmo hall que os demais clientes. “Adaptamos o elevador ao lado da escada da entrada principal. Nossas instalações contam, ainda, com toalete exclusivo e bancada de pia rebaixada para o conforto do cadeirante”, explica o sócio-proprietário, Ivan Daudt.

Há três anos, o Ristorante Nonna Conceta está na Rua Engenheiro Paul Werner, 936, Bairro Itoupava Seca.

Guia Fácil lança aplicativo mobile A Guia Fácil acaba de lançar um aplicativo mobile do site www. guiafacil.com para telefones e tablets com iOS e Android. Com o aplicativo é possível buscar informações, como números de telefones e endereços, gratuitamente no celular. O aplicativo permite a customização de acordo com perfil do usuário do dispositivo.

Ele pode favoritar o que

mais usa e facilitar a busca. A expectativa é de que nos primeiros três meses mais de 3 mil pessoas façam o download. A meta foi estipulada de acordo com o número de usuários que atualmente acessam o Guia Fácil pelo smartphone. O site www.guiafacil.com tem cerca de 530 mil acessos por mês e mais de um milhão de páginas navegadas. Cerca de 20% desses acessos são feitos por meio de smartphones e tablets.

As versões atendidas pelo aplicativo são a partir do Android 4.0 e iOS 6.0. Para acessar o aplicativo, é necessário estar conectado à internet.

Para baixar, é preciso acessar para Android o link: www.bit. ly/AppGuiaFácilAndroid2; e para Iphone e Ipad: www.bit. ly/AppGuiaFácilApple2.

Agenda Sommerfest 2014 Parque Vila Germânica 6 e 13 de fevereiro de 2014 Organização: Parque Vila Germânica Mais informações: (47) 33817700 Festival Blumenau Gastronômico Nos estabelecimentos participantes Até 16 de fevereiro Organização: restaurantes participantes Mais informações: Facebook /blumenaugastronomico Festival Brasileiro da Cerveja Setores 1 e 2 do Parque Vila Germânica De 12 a 15 de março de 2014 Organização: Parque Vila Germânica Informações: (47) 3381-7700 www.festivaldacerveja. com Osterdorf (Vila de Páscoa) Parque Vila Germânica De 23 de março a 20 de abril Organização: Parque Vila Germânica Informações: (47) 3381-7700

Riffel lança jaqueta para o Verão A nova Jaqueta Summer Top Masculina (R$ 599) da Riffel foi desenvolvida especialmente para os amantes da velocidade, garantindo o máximo de segurança para os motociclistas mais exigentes. Com alta resistência à abrasão, o modelo esportivo se destaca pelo tecido Mesh e conta com a proteção adicional de slides. Os ajustes de braço em velcro conferem maior proteção e isolamento contra chuva e vento.

A presença de uma membrana re-

movível produzida com a tecnologia Reissa – 100% impermeável e respirável – e do tecido Mesh em áreas que permitem a ventilação completa da jaqueta, proporciona conforto térmico e a sensação do vento circulando pelo corpo. A Riffel fornece peças para os principais fabricantes de motocicletas no Brasil e possui linhas de acessórios de segurança.

EMPRESÁRIO 11

Entrevista

“as propostas têm saído do papel” Ernesto João Reck Formado em Administração de Empresas e com MBA em Gestão Empresarial, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ernesto João Reck trabalhou no Bamerindus Seguros por oito anos, foi professor do curso de Logística na Uno Chapecó, ministrou as disciplinas de Gestão Empresarial e Técnicas de Vendas na Escola Nacional de Seguros (Funenseg), presidiu a Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste, de 2003 a 2005 e, hoje, preside a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), além de ser sócio da Reck Corretora de Seguros e membro do Conselho de Administração do Laticínio Villa Láctea. Reck falou à Revista Empresário sobre associativismo empresarial, o papel da Facisc enquanto representante da categoria na economia catarinense, bem como sobre as necessidades e os desafios à frente da federação, entre outros temas.

Revista Empresário: Como o senhor avalia o associativismo empresarial em Santa Catarina?

Ernesto João Reck: A Facisc é uma das federações líderes em capilaridade, com presença em 220 municípios e 145 associações filiadas. Também figuramos entre os três maiores índices associativistas do País, com 10% das empresas catarinenses ligadas ao sistema de forma voluntária, e temos o melhor indicador de eficácia financeira em relação às demais federações do Sistema CACB. Somos referência em soluções empresariais e no Programa Empreender, maior programa de apoio à competitividade empresarial e ao associativismo, com 22 anos de trabalhos ininterruptos.

Em 2013, tivemos 43 projetos apro12

vados numa chamada de projetos entre Sebrae e CACB, o que beneficia diretamente mais de 600 empresas e traz para o Estado mais de R$ 6 milhões em recursos para investimentos.

Com esses números, acredito que podemos avaliar o associativismo catarinense como muito bom. Mas temos a consciência de que podemos fazer muito para melhorar ainda mais.

RE: O que é o associativismo de resultado?

Reck: O associativismo proposto pela Facisc atua para alcançar resultados positivos para as empresas associadas e para o crescimento profissional de empresários e colaboradores, além de promover a autossustentabilidade das entidades filiadas. Isso só é

possível com a participação voluntária e efetiva dos empresários nos projetos e nas atividades das associações.

Associativismo de resultados é a ferramenta ideal para o desenvolvimento e a defesa dos interesses socioeconômicos e sustentáveis do Estado.

RE: A Facisc representa 145 associações empresariais e 30 mil empresas. Tem potencial para crescer mais? Qual é o caminho para isso?

Reck: Sim, temos potencial e o caminho é fortalecer as associações e as regionais da federação. Ampliando o número de núcleos empresariais e dando mais robustez aos já existentes, conseguiremos promover o crescimento empresarial. Por isso, uma das metas desta gestão é criar, pelo

Divulgação

menos, duas novas associações por região, totalizando 24 novas em 2015.

O associativismo catarinense está muito bom. Mas temos a consciência de que podemos fazer muito para melhorar ainda mais

RE: Quais são os principais benefícios para a empresa que se filia a uma associação empresarial?

Reck: Ao se associar, o empresário contribui para intensificar a representatividade na sociedade organizada e em entidades governamentais, fortalecendo os pleitos empresariais. Passa a ter acesso a novas oportunidades de negócios, além de fortalecer a rede de contatos, adquirir conhecimento e desenvolvimento técnico e de gestão, tornando-se mais competitivo. O sistema Facisc disponibiliza um portfólio exclusivo de soluções empresariais que permitem a melhoria do ambiente empresarial.

RE: Que percepção a sociedade tem do trabalho das ACIs? Reck: A sociedade é beneficiária da geração de valor proporcionada pelas associações. Para que as organizações existam faz-se necessário que sejam úteis para a sociedade na qual estão inseridas. Por essa razão, na atual gestão queremos que a sociedade perceba o quanto a federação e as entidades filiadas fazem a diferença para o desenvolvimento local.

RE: Quais são as principais bandeiras defendidas pela Facisc?

Reck: Ampliar a visibilidade da entidade, expandir a capilaridade com a criação de novas associações empresariais, desenvolver novos produtos e serviços e melhorar a comunicação EMPRESÁRIO 13

entrevista entre as filiadas. Também daremos continuidade às nossas tradicionais bandeiras, como a melhoria contínua da infraestrutura e da gestão do dinheiro público e a simplificação e a redução da carga tributária. A Facisc ainda defende a aproximação com a classe política, pois, mesmo que tenhamos divergências, precisamos nos unir para buscar o melhor para a sociedade.

RE: A Facisc mantém uma relação próxima com o Sebrae. Qual é a importância dessa parceria?

Reck: Ambas as entidades buscam a formação, o apoio e a defesa dos empresários. Por isso, essa parceria tem dado certo e servido como referência para outras regiões. Há o comprometimento das duas entidades, que fazem um belo trabalho e proporcionam resultados aos nossos empresários.

RE: Qual é a sua opinião sobre a participação de empresários na política, como filiados a partidos e candidatos a cargos eletivos?

Reck: Defendemos a aproximação das classes empresarial e política, pois queremos um Brasil melhor e os empresários precisam de mais participação. Temos ciência de que nossas estratégias não estão dando o resultado que deveriam e, por isso, devemos

Defendemos a aproximação das classes empresarial e política, pois queremos um Brasil melhor e precisamos de mais participação

nos mobilizar cada vez mais para encontrar uma saída que alcance os resultados almejados.

RE: Quais são as suas expectativas para as economias catarinense e brasileira neste ano?

Reck: Temos segmentos e regiões cujo crescimento é significativo, mas, no geral, está deixando a desejar.

Alguns entraves, como a alta carga tributária, ainda dificultam muito o

desenvolvimento econômico do País.

Para melhorar, destaco o trabalho da Secretaria Nacional da Micro e Pequena Empresa, que quer simplificar o Simples. No entanto, essa iniciativa precisa ser aprovada no Legislativo e necessitamos de agilidade. No Estado, a atual gestão da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc) vem dando um novo ritmo à entidade e confiamos no sucesso das iniciativas. Defendemos, também, a melhoria constante de nossa infraestrutura e, felizmente, as propostas têm saído do papel. A Secretaria de Estado de Infraestrutura conseguiu agilizar um grande número de projetos junto ao governo estadual, viabilizando recursos e emitindo ordens de serviços. São obras esperadas há tempos que, mesmo em um ritmo tímido, estão sendo executadas e nos dão a convicção de que, ainda este ano, teremos mais agilidade. Para novos investimentos e ampliações, temos encontrado dificuldade em entender e conseguir as liberações ambientais. Por isso, a Facisc elaborou um guia ambiental que auxilia os empresários. A Fatma vem implantando um projeto para facilitar a tomada de decisão de nossos empresários. Enfim, temos grandes oportunidades de sucesso, mas dependemos muito do retorno do setor público.

Blumenauenses na Facisc Diversos empresários de Blumenau fazem parte da diretoria da Facisc. O vice-presidente de Comércio Exterior é Ido José Steiner, representando a Acib. No Conselho Estadual da Mulher Empre-

14

sária, a vice-presidente para o Vale do Itajaí é Lilian Schneider Borges, da Câmara da Mulher Empresária (CME) da Acib, e entre as integrantes das comissões está Paula Angélica Decarle, coordena-

dora da CME. No Conselho Estadual do Jovem Empreendedor (Cejesc), Blumenau está representada por Ana Carolina Bilbao, como primeira secretária, integrante da Acib Jovem.

especial

Tradição que garante

a qualidade Produtores de cristais, embutidos, queijos e até do setor têxtil da região de Blumenau se organizam para obter selo de Indicação Geográfica. Setor de cristais é o mais adiantado

E

m todo o mundo, cidades ou regiões são famosas pela fabricação de determinados produtos. Assim, para garantir que sejam reconhecidos pela região em que são produzidos, foram criados os selos de Indicação Geográfica.

De modo geral, esse selo é dado a uma cidade ou região quando é comprovado que a qualidade e a tradição de certo produto podem ser atribuídas a sua origem. No Brasil, são poucas as localidades que possuem o selo de Indicação Geográfica (IG): 40 – sendo 33 nacionais e sete estrangeiras –, enquanto a França tem 800 e a Suíça, 1,2 mil, por exemplo.

A doutoranda em Direito Suelen Carls explica que a IG é como uma marca, um signo distintivo. “O selo é o formato visual pelo qual ela normalmente se materializa para se tornar perceptível ao consumidor. Quando um produto tem IG significa que ele tem ligação histórica e cultural com a região e, por isso, é diferenciado”.

A IG delimita a área de produção, restringindo-a aos produtores regionais – em geral, reunidos em entidades representativas – e mantém os padrões locais, impedindo que outras pessoas utilizem o nome da região em produtos ou serviços indevidamente.

Divulgação

Vale do Itajaí Aqui na região, alguns setores buscam esse selo. Entre eles, o que está em processo mais avançado de reconhecimento é o setor de cristais artesanais. A associação dos fabricantes dessa área – primeiro passo necessário para conseguir o selo – foi fundada em outubro de 2011 e tem como membros Cristalleria Strauss, Cristais Blumenau, Di Murano e Oxford. “Apesar de o dossiê a ser enviado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) não estar concluído, esse é o setor mais adiantado e que deve, muito provavelmente, receber o reconhecimento primeiro”, destaca Suelen.

Além dos cristais, outros dois produtos, especialidades tradicionais do Vale do Itajaí, já deram início ao processo para terem a IG. “Foram iniciados trabalhos com os embutidos, em especial a Linguiça Blumenau, e com o queijo Kochkäse. Também há uma possi-

bilidade para o setor têxtil, mas as discussões não avançaram”, afirma Suelen.

Luiz Antônio Bergamo, diretor da Olho Embutidos e Derivados – empresa de Pomerode que tem 60% do faturamento decorrente da produção de Linguiça Blumenau – enfatiza que é importante resguardar o nome do produto. “Hoje, empresas de outras regiões produzem o que chamam de Linguiça Blumenau, mas ela, muitas vezes, não é feita da mesma maneira ou tem a mesma qualidade da produzida em nossa região. As pessoas que querem produzi-la devem se adaptar à produção que temos aqui, aquela tradicional, que garante as características e a qualidade do produto”, salienta.

Esse também é um dos fatores que Karim Kader, gerente comercial da Ipom Embutidos, de Blumenau, ressalta. “Já encontrei em muitos lugares fora da região o que

eles chamam de Linguiça Blumenau. O problema é que não seguem o padrão e os processos de qualidade daquelas produzidas aqui na região.

Isso prejudica a imagem de Blumenau e dos produtores”, afirma.

Fernanda Rodriguez

Tipos de IG O reconhecimento da Indicação Geográfica pode ser feito de duas maneiras: através da indicação de procedência ou denominação de origem. Os produtores podem ter uma ou as duas formas de reconhecimento.

Indicação de procedência: refere-se ao nome do local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço.

Denominação de origem: refere-se ao nome do local que passou a designar produtos ou serviços, cujas qualidades ou características podem ser atribuídas à origem geográfica.

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial

EMPRESÁRIO 17

especial Como obter o reconhecimento O processo de reconhecimento envolve algumas etapas.

Primeiro, é necessária a sensibilização e organização do setor interessado. Em seguida, a criação de uma associação ou entidade representativa, que irá trabalhar na elaboração de um dossiê com os registros históricos, geográficos e regulamentares acerca da futura utilização da IG. Esses documentos são, então, encaminhados para a análise do Inpi, que irá conceder ou não o pedido da Indicação Geográfica.

Suelen Carls explica que, uma vez reconhecida a IG, os produtores estabelecidos na região geográfica delimitada no

dossiê histórico e geográfico deverão seguir normas contidas em um documento chamado Regulamento de Uso – também entregue ao Inpi junto aos demais documentos –, que traz regras estabelecidas pelos próprios produtores, indicando como de-

“O setor de cristais deve ser o primeiro a receber o reconhecimento” Suelen Carls

Cozinhar o queijo Um dos produtos que buscam a Indicação Geográfica é o queijo Kochkäse é outra iguaria tradicional que veio com os imigrantes que colonizaram a região. A receita, também passada de geração para geração, é produzida de forma artesanal até hoje. Além disso, não existem fábricas especializadas na produção. O Kochkäse é comercializado pelos colonos diretamente aos consumidores ou em feiras da região.

O queijo é produzido a partir do leite in natura e o nome Kochkäse pode ser traduzido como ‘cozinhar o queijo’. Ele foi desenvolvido como uma maneira de aproveitar o queijo branco envelhecido feito pelos agricultores. O tipo branco, que muitas vezes acabava azedando, era guardado até maturar e virar uma pasta, o ponto ideal para cozimento e produção do Kochkäse.

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Divulgação

terminado produto deverá ser feito. Uma vez cumpridos os requisitos, o produtor poderá fazer uso da IG. Com o uso da IG, entre outros aspectos, Suelen acredita ser possível alavancar o desenvolvimento da região, usando esses produtos, também, como atrativos turísticos. “Além disso, a Indicação Geográfica é fator de proteção ao consumidor e aos produtores na medida em que são tipificados como crimes condutas abusivas em relação ao produto com IG. Nesse sentido, a indicação reconhecida facilita a demanda contra os falsificadores”, destaca.

Divulgação

Símbolo regional Totalmente artesanal, a produção dos cristais de chumbo de forma manual é uma particularidade do Vale do Itajaí, sendo a única região do País a produzir cristais dessa maneira. Assim, o produto diferencia-se pela garantia da exclusividade da peça, fabricada da mesma maneira de quando se iniciou a produção de cristais, através de moldes e técnicas tradicionais de sopro.

Essas técnicas são originais de

milhares de anos atrás. Tão antigas que não existe uma data exata do início da produção de vidro e cristais. O que se sabe, por meio de registros históricos, é que os egípcios se dedicavam à produção de objetos artísticos e de vidro já em 1400 a.C.. A técnica aprimorou-se e, por volta de 1300 d.C., em Veneza, ocorreu a especialização na produção artística do vidro em cristais.

dos imigrantes Outro produto que busca o selo de Indicação Geográfica, a Linguiça Blumenau originou-se de uma receita trazida pelos imigrantes alemães que chegaram na região por volta de 1850. Durante todo esse tempo, a receita tradicional foi passada de geração para geração e, hoje, é produzida em escala maior graças às fábricas especializadas.

Com sabor suave de defumado

Além de não existir peças idênticas, esses cristais artesanais têm outras características que os diferenciam. Nada de emendas ou marcas de fôrmas. As peças são mais translúcidas e a textura é mais fina. Os moldes e o material – chumbo e areia – com que são produzidos também são cuidadosamente escolhidos. Tudo para garantir qualidade, simetria e beleza em cada peça.

Fernanda Rodriguez

e utilizada no preparo de várias receitas, a Linguiça Blumenau é composta por pernil e paleta suína e também uma pequena quantidade de toucinho. Fabricada artesanalmente, depois de embutida, ela passa por um descanso em um tipo de varal. Um dos segredos dessa linguiça está no processo de defumação, que deve ser a uma temperatura moderada e com fumaça leve.

EMPRESÁRIO 19

especial Exemplos de reconhecimento A Indicação Geográfica como meio de reconhecimento já está presente em muitos produtos consumidos ao redor do mundo. As bebidas estão entre alguns dos mais conhecidos. Champagne, cognac e vinhos Bordeaux são alguns exemplos que têm sua produção e nomes ligados diretamente à região de origem.

A designação ‘champagne’ é

usada somente para os vinhos espumantes produzidos na região de Champagne, no Nordeste da França, com determinadas uvas.

Outras regiões do mundo também possuem denominações controladas, como o Prosecco, espumante exclusivo da região de Vêneto, na Itália; e a Cava, um espumante produzido na Catalunha, Espanha.

Além dos espumantes, o

‘cognac’ segue a mesma linha de reconhecimento. Esse tipo de brandy – que em adaptação ao português recebe o nome de conhaque – tem indicação de procedência da região de Cognac, na França. Da mesma forma, os vinhos Bordeaux são produzidos somente na região de Aquitânia, que tem como capital a cidade de Bordeaux.

Cidades que têm IG No Brasil, 40 produtos têm o selo de Indicação Geográfica. Além das nacionais, mercadorias importadas recebem o reconhecimento, desde que, primeiro, o tenham conseguido no país de origem. A seguir, alguns produtos com o selo na região Sul:

Indicação Geográfica - Produto Norte Pioneiro do Paraná - Café verde em grão e industrializado torrado em grão e/ou moído

PR Vales da Uva Goethe – Vinho de Uva Goethe

SC

RS

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial

20

Altos Montes – Vinhos e espumantes Litoral Norte Gaúcho – Arroz Pampa Gaúcho da Campanha Meridional - Carne bovina e derivados Pelotas – Doces finos tradicionais e de confeitaria Pinto Bandeira – Vinhos tintos, brancos e espumantes Vale dos Sinos – Couro acabado Vale dos Vinhedos – Vinhos tintos, brancos e espumantes

trabalho

Comissão quer creches

até 22 h

Fernanda Rodriguez

Priscila Krieger integra a comissão que pede ampliação no atendimento das creches

Movimento ‘Todos na Creche’ visa oferecer melhores condições para quem, atualmente, é obrigado a abrir mão da atividade profissional para cuidar dos filhos

M

uitas pessoas precisam se afastar dos filhos e deixá-los com familiares, em creches distantes ou com babás porque precisam trabalhar.

22

Quando tais alternativas não são possíveis, pais e mães se veem obrigados a pedir demissão para garantir a segurança das crianças, porque o horário de funcionamento das creches ou Centros de Educação Infantil (CEIs) não se encaixa com o da atividade profissional. A constatação incomodou entidades patronais e laborais que, emcabeçadas pelo SINDIOJAS, formaram a comissão ‘Todos na Creche’ para cobrar uma solução do governo municipal.

Segundo a integrante da comis-

são Priscila Krieger, trata-se de uma reivindicação para que empresas com mais de 100 funcionários possam oferecer creches ou convênios com a rede pública de educação. Pesquisa realizada pela Fecomércio/SC fundamenta a necessidade: 53% das creches de Blumenau iniciam as atividades às 6h30min e 64% encerram o expediente às 18h30min. “O horário não atende os trabalhadores, os principais interessados, que têm de escolher entre o trabalho e a segurança dos filhos”, lamenta. A comissão pleiteia que as creches públicas atendam até 22h para dar conta da demanda das jornadas de trabalho dos cidadãos.

Visto que Blumenau importa mão de obra, a situação é considerada um fator agravante para o desenvolvimento econômico da cidade. A ‘Todos na Creche’, portanto, reivindica a adaptação do horário de funcionamento e a ampliação da quantidade de creches para atender as necessidades dos pais de modo similar ao sistema do transporte coletivo – horário diferenciado nos feriados e fins de semana.

“Ter creches é uma condição para o trabalho. A empresa fornece o vale transporte ao funcionário, que pega o ônibus e vai trabalhar. Ter onde deixar um filho em segurança é a mesma coisa. O Poder Público precisa entender isso”, afirma.

De acordo com Priscila, os trabalhadores atendem os anseios da população e esperam uma contrapartida.

Atualmente, a jornada de trabalho é ampliada aos sábados e domingos,

Início das atividades

projeto no senado

Final das atividades

enquanto que antigamente encerrava-se sexta-feira, mas os empregados ainda não têm onde deixar os filhos no período da atividade profissional. “O comércio atendeu uma demanda da cidade e o serviço público estacionou.

Resolver isso foi um compromisso de governo assumido pelo prefeito Napoleão Bernardes e vamos cobrar”.

A ‘Todos na Creche’ já deu o pontapé inicial a fim de viabilizar a mudança: um estudo jurídico foi solicitado com o intuito de analisar as alternativas disponíveis e viáveis, como uma parceria público-privada no Município ou a extensão do horário de

atendimento no fim da jornada.

Timbó e Pomerode são exemplos de êxito da parceria entre iniciativas pública e privada. “Lá, algumas creches funcionam até às 23h”, constata Priscila. O documento que formaliza a reivindicação foi analisado pela Procuradoria do Município e encaminhado ao prefeito Napoleão Bernardes para estudo. Caso Bernardes concorde com as reivindicações, a comissão pretende implantar projeto piloto em algumas creches – Blumenau conta com 77 CEIs. “Se conseguirmos implantar a proposta em sete creches, será um bom começo”, diz Priscila.

Berçários ou creches para crianças de até cinco anos podem ser obrigatórios em empresas com, no mínimo, 100 funcionários. A proposta consta em projeto de lei de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Conforme a matéria nº 236/11, a exigência pode ser suprida por meio de creches distritais mantidas diretamente ou mediante convênios com outras entidades públicas ou privadas, em regime comunitário ou a cargo do Sesi, Sesc ou entidades sindicais.

Embora empresas com responsabilidade social estejam implementando programas de creches, não se permite depender da boa vontade dos empregadores, conforme Priscila. “É preciso garantir que as crianças possam estar seguras e, para isso, os pais não precisem abrir mão de trabalhar, como tem acontecido, para cuidar dos filhos”, reitera.

Hoje, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) prevê que estabelecimentos com, no mínimo, 30 mulheres com mais de 16 anos precisam ter local apropriado “para guardar sob vigilância e assistência” os filhos de funcionárias no período de amamentação. O projeto de lei encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e aguarda relatório do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

EMPRESÁRIO 23

capa

Núcleo fortalece polo

tecnológico Empresas do Núcleo Web da Acib, destaque no Internúcleos 2013, atendem clientes de pequeno a grande porte com qualidade, preço acessível e eficiência comprovada

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iscutir a falta de mão de obra em tecnologia, a visibilidade para as empresas locais e identificar uma maneira de oferecer produtos e serviços em âmbitos estadual e nacional foram as propostas que resultaram na criação do Núcleo Web da Acib, em 2009. Com reuniões quinzenais, os integrantes mantém uma agenda de debates a fim de promover o segmento, bem como mostrar o potencial das empresas especializadas em sistemas digitais e tecnologia de modo geral.

Segundo o coordenador do núcleo, Cioney Giovany Giovanella, para fomentar o crescimento do segmento em Blumenau e região, o grupo promove treinamentos e parcerias cujo foco de trabalho é a formação de mão de obra especializada, pois a falta de profissionais é um fator que atua contra o desenvolvimento do setor.

Criação e gerenciamento de redes sociais, e-commerce, sites, sistemas de gestão, projetos customizados, posicionamento em redes de pesquisa – como o Google Adwords – são alguns dos serviços prestados e produtos comercializados pelas sete empresas que compõem o Núcleo Web. Conforme Giovanella, quando integram o núcleo, as empresas ganham mais repre24

sentatividade no segmento e têm melhores condições para atender a demanda do setor.

“Ao ampliarem a rede de relacionamentos e parcerias, as empresas consolidam-se e ganham força para demostrar o potencial corporativo, já que essa é a principal bandeira do associativismo”, ressalta.

Na visão do coordenador do núcleo, a capacitação de mão de obra não é um desafio restrito às instituições de ensino, sejam públicas ou privadas, mas, sim, das empresas, visto que seu desenvolvimento está direta e indiretamente relacionado a esse fator. “As faculdades não capacitam profissionais suficientes para atender o mercado. Dessa maneira, o núcleo atua como um aliado ao oferecer oportunidades de treinamento”.

Outro diferencial que o núcleo oferece é o suporte que as empresas recebem, especialmente as que dão o primeiro passo no mercado. Ao iniciar as atividades, os integrantes dispõem de orientações, parcerias, indicações e treinamentos técnicos e de gestão. “Fazer parte do núcleo setorial é a certeza de ser mais competitivo no setor”, afirma Giovanella.

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EMPRESĂ RIO 25

capa Internúcleos Eduardo Sofiati

O Núcleo Web foi destaque no Internúcleos 2013. O case apresentado consistiu um planejamento estratégico para direcionamento dos trabalhos do grupo para o futuro. “O associativismo, de fato, nos deu força e visibilidade. Nosso resultado deve-se a ele e à dedicação dos integrantes do núcleo”, reconhece o coordenador Cioney Giovany Giovanella.

Com visão e missão definidas, o próximo passo para este ano é cumprir os objetivos traçados. “O planejamento estratégico do núcleo foi uma inovação 26

nos núcleos setoriais da Acib e visa um trabalho de médio e longo prazos, de continuidade”.

Nesse sentido, o Núcleo Web implantou ações em redes sociais – como o Facebook – podcasts e pesquisa de mercado.

Na análise de Giovanella, o mercado blumenauense de tecnologia aponta um franco crescimento. “Pesquisas indicam que as empresas têm a necessidade de crescer e colocar seus produtos ou serviços no mercado, mas, para isso, é preciso aprimorar os sistemas, que contribuem no processo de gestão”, afirma.

Atualmente, muitas das empresas buscam qualidade, preço e tecnologia fora da cidade, quando Blumenau tem capacidade para oferecê-los. “Os nucleados podem fornecer tecnologia com qualidade, preço acessível e cumprir prazos. Temos acesso à tecnologia que nos permite desenvolver projetos tão bons quanto os de empresa de outros estados”, assegura o coordenador. Ao exemplo de outras regiões no Brasil e no mundo, a imagem de Blumenau se fortalece no setor. Hoje, cerca de 700 empresas integram o polo tecnológico local.

raio-x da tecnologia Empresas: 700 Empregos diretos e indiretos: 10 mil Faturamento anual: R$ 400 milhões Serviço de software: 90% das empresas (desenvolvimento, implantação e suporte) Produtos: Redes sociais, e-commerce, sites, sistemas de gestão, projetos customizados e posicionamento em redes de pesquisa Clientes: Indústrias, setor automotivo, agronegócios, setor moveleiro, lojas físicas ou virtuais, farmácias, redes hoteleiras, setor alimentício, vestuário, varejo e atacado, serviços, entre outros

Integrantes do Núcleo Web ZeroArts – Agência de Publicidade e Internet www.zeroarts.com.br Design Deforma www.deforma.com.br QualityPress www.qualitypress.com.br Ksys Soluções Web www.ksys.com.br Conceito Digital www.conceitodigital.net Guiase Negócios pela Internet www.blumenauguiase. com.br Megasul Informática www.megasul.com.br

serviços Fotos Fernanda Rodriguez

Na cabeça Enaltecer a beleza dos clientes é foco dos serviços prestados por José Miguel Estelrich, que comanda a Casa Peluqueria, empresa certificada pela Intercoiffure

A

finidade com a estética e a arte foi o ponto de partida para o empresário, cabeleireiro e maquiador José Miguel Estelrich dedicar-se exclusivamente à beleza e à 28

vaidade feminina e masculina e fazer do rosto e dos cabelos seus focos de trabalho. O resultado foi a fundação da Casa Peluqueria – salão, em espanhol –, em junho de 1999. Especializado em serviços para cabelos, o estabelecimento diferencia-se em Blumenau por

oferecer corte, penteado, coloração, maquiagem, tratamento, alisamento e produção de moda com o aval da Intercoiffure, a Associação Internacional de Mestres Cabeleireiros.

Segundo Estelrich, a empresa é fruto de pesquisa, cursos e estudos,

conhecimento captado em muitas viagens, especialmente para o exterior.

Em Mendonza, na Argentina, cidade natal do empresário, ele absorveu as primeiras noções relacionadas a corte, penteado e química. “Era só para eu ter uma ideia. Mas me surpreendi e decidi fazer outros cursos, gostei muito do que vivenciei e aprendi”, conta.

Em Barcelona e Paris, participou de capacitação referente ao look total, que aborda corte e cor.

Seguir carreira no Direito, um desejo do pai, não era a vontade de Estelrich, que seguiu as características da mãe, artista plástica. “Não concordava com as ideias do meu pai. Mas, tanto ele quanto minha mãe me deram liberdade escolha e me apoiaram, tanto que deram dinheiro pra eu me matricular num dos cursos”, recorda. Pautado pelo anseio de consolidar-se na área, Estelrich mudou-se para Blumenau.

Por três anos, trabalhou em alguns salões de beleza. Na fase de aprofundar o conhecimento, teve o primeiro contato com a arte de maquiar. “Fiquei encantado com a possibilidade de desenvolver minha criatividade para embelezar as mulheres. Enquanto o cabelo é a moldura do rosto, a maquiagem é o que está na tela”, metaforiza.

Com a experiência adquirida, sentiu-se seguro para ter o negócio próprio.

Dispor de habilidade para todas as situações é o que faz o trabalho do empresário ser diferente diariamente – caracterização teatral também está entre as competências do cabeleireiro, que se orgulha de estar à frente de um empreendimento certificado pela Intercoiffure. “Integrar a associação é a realização de um sonho. Quando comecei minha carreira, ainda um menino que morava no interior da Argentina, pensava ser algo impossível. De fato, a certificação da Intercoiffure dá muito status ao cabeleireiro”, afirma.

Quanto ao crescimento e reco-

nhecimento da Casa Peluqueria, é possível distinguir algumas fases marcantes, conforme o empreendedor. O primeiro endereço era pequeno, tinha um espelho e 40 metros quadrados; o segundo, quatro espelhos e 60 metros quadrados; o terceiro, uma casa, com oito espelhos e 150 metros quadrados; no quarto (e atual), são 400 metros quadrados. “Quanto aos espelhos? Já perdi as contas”, brinca.

A Casa Peluqueria funciona em uma edificação tombada pelo patrimônio histórico nacional. Dessa maneira, mantém as características originais da arquitetura e qualquer reforma precisa ser reversível. “Sou fascinado por história e essa casa é um marco da história blumenauense, além de ser uma referência”.

O espaço da noiva e a produção de cabelo e maquiagem para festas são os principais diferenciais. Os cabelos representam 80% da demanda dos cerca de 700 clientes atendidos por mês. Desses, 70% são mulheres, de cinco a 90 anos. “Minha inspiração é o contraste e a personalidade do cliente. Analiso estilo de vida, formato do rosto, tipo do cabelo. Prefiro a naturalidade, refletir a tonalidade do rosto, enaltecer a pele, as características da personalidade de cada um”, revela.

Perfil Razão social: OHM Beauty Ltda.

Fundador: José Miguel Estelrich e Patrícia Alende fundação: 21 de junho de 1999 Colaboradores: 13 serviços: corte, penteado, coloração, química, alisamento e tratamento de cabelo, maquiagem, manicure, pedicure e depilação Facebook: /casapeluqueria www.peluqueria. com.br (47) 3322-0048 EMPRESÁRIO 29

Acib é notícia Acib recebe homenagem do Corpo de Bombeiros Fotos Divulgação

Governo municipal e entidades empresariais foram homenageadas

Em 10 de janeiro, foi realizada a solenidade de Passagem de Comando do 3° Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) de Blumenau, no Parque Vila Germânica. Na presença do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar Santa Catarina, coronel BM Marcos de Oliveira, entre outras autoridades militares e civis, o major BM José Gamba Júnior assumiu o posto deixado pelo tenente-coronel BM Júlio César da Silva.

Na ocasião, a Acib foi homenageada com uma placa reconhecendo o apoio prestado à corporação. A entidade foi representada pelo diretor para Assuntos Comunitários, Renato Medeiros. Também receberam homenagens o prefeito Napoleão Bernardes (representado pelo vice-prefeito Jovino Cardoso); o presidente da Câmara de Vereadores Blumenau, Vanderlei de Oliveira; e o presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Blumenau, Paulo Cesar Lopes.

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Formado em Administração, com especialização em Prevenção Contra Incêndios, Major BM Gamba desempenhou, nos últimos 12 meses, a função de subcomandante do 3° BBM. Antes, ocupou funções de comando em Brusque, Balneário Camboriú, Gaspar e Itapema. O comandante substituído, tenente-toronel BM Júlio, que, desde 2011, comandava o 3° BBM, assumirá o comando do 6° Batalhão de Bombeiros Militar, sediado em Chapecó.

“As trocas de comando são importantes para que os comandantes se motivem, tenham novos desafios e ‘oxigenem’ a corporação”, avalia o comandante-geral, coronel BM Oliveira. Desde o início de sua gestão, há mais de um ano, planejava implementar as mudanças de comando. “Já mudamos no Litoral e, agora, seguiremos com as mudanças pelo interior do Estado”, adianta.

Falta de água preocupa Um ofício enviado pelo presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral, ao Samae de Blumenau manifesta a preocupação da entidade com relação às deficiências no abastecimento de água, especialmente pelas recentes intercorrências na maior estação de tratamento do Município.

“Causou-nos surpresa o fato do Samae não dispor de bomba reserva para a captação de água bruta, sendo obrigado a descontinuar o processo de tratamento por conta do envio da bomba danificada para conserto na cidade de Curitiba”, aponta o documento.

“Com todo o respeito, não se mostra razoável este procedimento. Tendo em mente que esta mesma bomba de captação de água bruta, em operação na Estação de Tratamento de Água (ETA) 2, é responsável por 76% do abastecimento de todo o Município, dever-se-ia contar com um sistema de backup, que permitisse o acionamento sempre que o sistema principal apresentasse alguma deficiência”, continua Amaral.

Diante disso, no propósito de colaborar, a entidade solicita ao Samae que implante, urgentemente, ações preventivas por meio da elaboração de um Plano de Contingência, evitando, assim, uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos à cidade.

Projeto desburocratiza o Simples A Acib enviou correspondência a todos os deputados e senadores que representam Santa Catarina solicitando agilidade no trâmite do Projeto de Lei n° 221/2012, que tramita na Câmara dos Deputados.

A proposta facilitará as rotinas das

micro e pequenas empresas, garantindo-lhes menos burocracia e mais eficiência.

O projeto de lei ainda libera a exigência, por parte dos entes públicos, de documentos que a própria administração já dispõe. O en-

quadramento no Simples não será mais por categorias profissionais, mas pelo faturamento. Além disso, haverá garantia de que pelo menos 25% das compras governamentais sejam feitas de micro e pequenas empresas.

Centro de Inovação

Blumenau receberá o Centro de Inovação, que será instalado junto ao Campus 2 da Furb

Em dezembro de 2013, representantes de 10 municípios catarinenses assinaram convênios para a implantação de Centros de Inovação. “São centros de referência em inovação e empreendedorismo, criados para contribuir com a formação de uma nova economia, com desenvolvimento sustentável”, declarou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sus-

tentável (SDS), Paulo Bornhausen.

O encontro foi realizado no auditório do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC), em Florianópolis.

A Acib foi representada pelo diretor executivo Charles Schwanke, o diretor administrativo e financeiro Manfredo Krieck e o diretor para Assuntos Tecnológicos, Markus Blumenschein. Schwanke

e Krieck também representaram o Instituto Gene Blumenau. O Centro de Inovação de Blumenau vai reunir empresas inovadoras e instituições que trabalham para promover a inovação nas empresas, como o Instituto Gene, a Furb e o Blusoft. Também deve servir de sede administrativa do Distrito de Inovação, a ser criado no Bairro Itoupava Seca.

EMPRESÁRIO 31

cdl é notícia Recicla CDL na Escola repete sucesso Fotos Divulgação

Daniel Wesley da Rosa e Aline Amanda Coelho (foto) já estão preparados para o novo ano letivo.

Os estudantes foram os ganhadores do Recicla CDL na Escola, que tem o objetivo de despertar a cidadania em crianças e adolescentes durante a produção de desenhos e redações sobre o meio ambiente.

O menino representou a Escola

Básica Municipal (EBM) Alberto Stein, na categoria desenho, que é voltada para os anos iniciais; e ela venceu na categoria redação pela EBM Anita Garibaldi.

Como o tema de 2013 era ‘Vamos mostrar nosso amor à natureza’, Daniel retratou a poluição, apontando a bicicleta como um meio de transporte alternativo e que não prejudica o meio ambiente. Aline expressou em palavras a importância dos cuidados com a natureza no texto ‘O milagre da vida’. Os dois foram premiados com uma mochila e materiais escolares.

Este foi o segundo ano do concurso idealizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojis-

tas de Santa Catarina (FCDL/SC) e que mobiliza quase 120 mil estudantes no Estado. Em Blumenau, o projeto é realizado pela CDL Blumenau em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Cerca de 20 escolas foram inscritas.

Para o gerente executivo da CDL Blumenau, Carlos Jacques Dressler, ações como essa são fundamentais para conscientizar a população. “Tudo que se aprende na escola é levado para casa. Temos certeza que as crianças irão compartilhar com os pais essas experiências, despertando a curiosidade e a vontade de cuidar melhor do nosso Planeta”. A programação do concurso para este ano deve ser divulgada em breve.

Corpo de Bombeiros homenageia CDL Blumenau

O 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Blumenau homenageou entidades e autoridades que deram suporte ao trabalho da corporação. A CDL Blumenau, 32

juntamente com Prefeitura, Câmara de Vereadores e Acib, foi uma das homenageadas durante a solenidade que apresentou o major José Gamba Júnior como o novo

comandante do batalhão blumenauense. Ele assume o lugar do tenente-coronel Júlio César da Silva, que vai para Chapecó.

O diretor financeiro da CDL Blumenau, Jurival da Veiga, representou a entidade e reconheceu o trabalho desenvolvido no Vale do Itajaí. “Eles realizam um trabalho fundamental e, mesmo atendendo toda a região, estão sempre disponíveis e prontos para ajudar no que for preciso. Temos certeza que a passagem de comando vem para fortalecer a corporação e torcemos para que a relação com o major Gamba seja tão boa quanto a que tínhamos com o tenente-coronel Júlio”, comenta. O 3º BBM é responsável por atender 13 municípios, além de Blumenau.

Instrutor com melhor desempenho é premiado O instrutor Jean Yuri Rausch teve 96,63% de aprovação e foi premiado pelo resultado obtido durante os treinamentos ministrados na CDL Blumenau. A tarefa de escolher um vencedor não foi fácil para a equipe da CDL Treinamentos. Com cursos lotados e sendo realizados em diversas edições, muitos instrutores receberam notas altas dos participantes. Para chegar ao resultado, foram utilizadas as fichas de avaliação preenchidas pelos alunos após cada curso. “Fizemos o cálculo com base na opinião dos participantes, gerando uma pontuação que foi dividida pelo número de alunos”, explica o coordenador da CDL Treinamentos, Marcos Eduardo Schwambach.

2013 foi de muitas novidades

para as necessidades de qualquer empresa. Para participar, é só ficar atento ao calendário de cursos disponibilizado no site www.cdlblumenau.com.br e na seção ‘CDL é notícia’ da Revista Empresário.

O instrutor

para o setor de cursos. No ano passado, o antigo Centro Educacional do Varejo adotou novas estratégias e se transformou em CDL Treinamentos. Antes, os cursos e as palestras focavam mais no ambiente lojista. Hoje, eles são responsáveis por ensinar técnicas específicas

Jean Yuri Rausch cursou Administração de Empresas na Furb e Marketing na Unisul. Participou de mais de 140 cursos de vendas, gestão e liderança, motivação e vários outros relacionados ao mundo corporativo. Atuou na Cetil Treinamentos, como gerente de vendas, e na Cetelbras Educacional, exercendo o cargo de diretor comercial. Atualmente, Rausch ministra cursos e presta assessoria nas áreas administrativa e comercial.

Calendário CDL treinamentos

FEVEREIRO Atendimento de Alta Performance 3a5 9 horas Instrutor: Alexandro Barroso Araújo O curso visa facilitar o atendimento, melhorando o desempenho dos colaboradores para a maior satisfação dos clientes e lucratividade do negócio.

Matemática Financeira com aplicação na HP12c 10 a 13 12 horas Instrutor: Micheli Zoldan Busca formar operadores da calculadora HP12c, capacitar os participantes a utilizarem os conceitos da Matemática Financeira aplicada

à calculadora HP12c e permitir aos participantes realizarem operações financeiras.

Técnicas e Práticas de Vendas 17 a 20 12 horas Instrutor: Márcio Magalhães Capacita profissionais da área comercial, por meio de técnicas aplicáveis e de fácil entendimento.

Conscientiza os participantes da necessidade de mudanças pós-capacitação para a conquista de melhores resultados em vendas. Ensina, por meio da prática, a viabilidade da aplicação das técnicas no dia a dia.

Liderança Transformadora 24 a 27 12 horas

Instrutor: Elton Soares Desenvolve nas lideranças a conscientização da produtividade profissional e as técnicas e comportamentos frente a pessoas e situações, bem como as habilidades práticas da liderança.

Sobre os cursos Aulas das 19h. as 22h., na Casa do Comércio CDL Inclui: Certificado, estacionamento, apostila e coffee-break.

Informações e inscrições (47) 3321 5747 / treinamentos2@ cdlblumenau.com.br – (47) 3221 5766 / treinamentos@cdlblumenau.com.br Desconto para associado CDL. Informe-se sobre condições especiais para grupos e in company.

EMPRESÁRIO 33

intersindical é notícia Setcesc comemora 53 anos de Carta Sindical Banco de Imagens

O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Setcesc) comemorou 53 anos de fundação em janeiro. Um evento na sede social do sindicato, reunindo associados e convidados, celebrou a data.

A Associação Profissional das Empresas de Transportes Rodoviários de Blumenau foi o embrião do Setcesc. Tudo começou numa assembleia geral realizada na noite de 25 de abril de 1956, tendo como local a sobreloja do número 991 da Rua XV de Novembro – onde hoje existe a galeria de lojas próxima à torre da Catedral de São Paulo Apóstolo, um dos principais cartões postais da cidade.

A comissão encarregada de formar a entidade contou com o apoio dos sindicatos patronais da cidade. O empresário Vilmar Luz foi incumbido de coordenar a primeira reunião. Com a aprovação dos estatutos, logo após a assembleia, Vilmar Luz se tornaria o primeiro 34

Daniel Zimmermann

Ministro de Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio, instituindo o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Blumenau.

Osmar Ricardo Labes, atual presidente, assumiu o sindicato pela primeira em 1990 e permaneceu até 1998. Retornou à presidência em 2001, com motivação para implantar uma nova fase no Setcesc.

O sindicato hoje

Presidente do Setcesc, Osmar Labes

presidente da entidade. Mandato que exerceu consecutivamente até 30 de março de 1961.

Durante esse período, transformou a Associação Profissional em Sindicato Patronal, recebendo a Carta Sindical datada de 20 de janeiro de 1961, sancionada pelo

O Setcesc representa a categoria econômica de aproximadamente 2 mil empresas de transportes de carga, em 65 municípios catarinenses. Defende o setor de logística e transporte rodoviário de carga em atividades como as negociações coletivas de trabalho, aproximação e a defesa de interesses do setor junto a órgãos governamentais; cursos de qualificação profissional, além de oferecer convênios e serviços com valores subsidiados.

Sintex apresenta a Turnê do Mercado Têxtil Atento ao potencial de negócios da região, o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex) promoveu, de 2 a 6 de fevereiro, a 1ª Turnê do Mercado Têxtil SC 2014 (TMT). O evento apresentou ao mercado varejista brasileiro um novo formato de negócios, com visitas in company a 10 das mais qualificadas fabricantes de moda casa, mesa, banho e têxteis para o lar de Blumenau, Brusque, Joinville e São Bento do Sul. “Este encontro entre o centro criador e produtor mostra a força e vitalidade do segmento, unindo cada vez mais os canais de distribuição e as forças produtoras”, destaca o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn.

Representantes de grandes lojas e redes comerciais visitaram empresas como Altenburg, Atlântica, Bella Janela, Bouton, Buettner, Buddemeyer, Hedrons, Karsten, Lepper e Teka.

Sindicato apoia Festival Blumenau Gastronômico O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau e Região (Sihorsb) incentiva e apoia a 5ª Edição do Festival Blumenau Gastronômico, visando a busca de atrativos para a cidade e a região. “A intenção é que este projeto, no próximo ano, tenha a participação de esta-

belecimentos de outras cidades de nossa base territorial. O festival, além de um forte atrativo turístico, é um resgate cultural das tradições de nosso povo”, destacou o presidente do sindicato, Richard Steinhausen. O festival segue até 16 de fevereiro, com a participação de 22 restaurantes.

Divulgação

Simmmeb abre calendário 2014 de cursos e eventos O Simmmeb tem agenda cheia em fevereiro. Dia 24, acontece o primeiro Jantar de Negócios do ano e nos dias 12, 19 e 26, os primeiros encontros dos Grupos de Discussão: Segurança e Ambiente do Trabalho, Recursos Humanos e Tecnologia da Informação, respectivamente.

Em 2013, 2.388 pessoas participaram dos eventos promovidos pelo Simmmeb. Os jantares reuniram 548 pessoas; as palestras da 2ª Semana da Indústria, 483. As reuniões de diretoria e assembleias tiveram 215

participações e 693 pessoas fizeram cursos, treinamentos e estiveram em outros eventos realizados pelo sindicato. Os Grupos de Discussão tiveram 449 participantes. “2013 foi bastante produtivo para o Simmmeb e, em 2014, esperamos ampliar o envolvimento dos associados”, destaca o presidente, Hans Bethe.

Novidade que já está circulando entre os associados é a agenda de cursos e eventos. Distribuída por e-mail, ela reúne as ações do sindicato e dos parceiros do Simmmeb.

EMPRESÁRIO 35

sindilojas é notícia Consumidor otimista e comerciante precavido A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina realizou uma pesquisa com consumidores e comerciantes dos principais municípios catarinenses para saber as perspectivas para 2014. Os resultados mostram que a melhor situação financeira das famílias deixou os consumidores confiantes de que a economia apresente um desempenho melhor, sendo que a perspectiva de consumo dos catarinenses é positiva, contribuindo para um início de ano mais animador para os comerciantes.

A sondagem foi feita no fim de 2013, com 2.711 consumidores e 588 empresários do comércio em Chapecó, Lages, Florianópolis, Criciúma, Joinville, Itajaí e Blumenau. Entre os consumidores, a maior parte dos entrevistados foi de mulheres (60,7%), com idade entre 26 e 35 anos (28,6%) e ensino médio completo (36,4%). A maioria trabalha com carteira assinada (49,8%) e tem renda entre R$ 1.418 a

R$ 3.763 (48,2%).

As expectativas de vendas mais elevadas não vão se refletir em investimentos do comércio. O mercado de trabalho aquecido e apertado, apesar de garantir a confiança dos consumidores, vem travando os investimentos.

A dificuldade de se encontrar mão de obra encarece e, na média, tira a qualidade do serviço oferecido, o que eleva os custos do trabalho para além do incremento de faturamento trazido pelo aumento das vendas e inibe novos investimentos.

Consumidores Situação financeira – melhor (48,5%) | igual (37,9%) Economia vai melhorar – 75,3% Metas pessoas – economizar (33,6%) | comprar imóvel (13,5%) | comprar automóvel (11,1%) | estudar (11,3%) | pagar dívidas (5,7%) | viajar (8,9%) | reformar a casa (8,0%) Comerciantes 2014 será um ano bom para as vendas – (52,7%) Não deve ampliar o quadro de funcionários – (64,12%) Não pretendem diversificar os negócios – (65,5%) Não vão investir em novas lojas ou ampliação – (57,4%)

Demandas para cursos do Pronatec Em parceria com o Senac, o SINDILOJAS Blumenau está levantando a demanda de cursos para ser atendida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para empresas do comércio de bens, serviços e turismo. O sindicato conta com colaboração dos associados para trazer à cidade os cursos do programa para qualificar funcionários do comércio.

Segundo a diretora da Faculdade de Tecnologia Senac Blumenau, Elita Grosch Maba, é importante que cada empresa

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avalie quais são as necessidades de qualificação e entre em contato com o SINDILOJAS para que a demanda seja formalizada.

“A realização de cursos do Pronatec especializados para a área do comércio possibilitará qualificação para empregados de diferentes ramos de atuação.

São várias possibilidades de cursos, mas precisamos saber quais são os necessários aos empresários locais. Por isso, é importante a participação de todos”, explica Elita.

Para formalização da demanda de cada estabelecimento,

SINDILOJAS e Senac estão solicitando alguns dados: nome da empresa, CNPJ, nome da pessoa de contato na empresa e telefone, nome do curso, município e UF da empresa e o número de vagas solicitadas.

Na nova fase, chamada de Pronatec Brasil Maior, o programa de qualificação está oferecendo cursos de acordo com a demanda regional. Lançado em 2011, o programa ampliou a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Em dois anos, 4,3 milhões passaram ou estão matriculados em algum cursos.

Folga de Carnaval pode ser em outro dia Apesar de ser uma das datas mais festejadas do calendário brasileiro, o Carnaval não é feriado. Mas a folga para grande parte dos empregados do País é uma tradição. Este ano, a terça-feira de Carnaval será em 4 de março.

O SINDILOJAS Blumenau e o Sindicato dos Empregados do Comércio têm por norma estabelecer uma cláusula sobre o assunto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A ideia é permitir maior planejamento e liberdade de atuação para os lojistas, assim como facilitar o acesso à informação e trazer maior conforto aos consumidores.

A Cláusula 37ª da Convenção Coletiva de Trabalho de 2013/2014 convencionou que a terça-feira de Carnaval será considerada folga, que pode ser antecipada para segunda-feira. A CCT também determina que as em-

presas arcarão com 50% das horas desse dia e os empregados com os outros 50% das horas.

Fica facultado às empresas o direito de trabalhar normalmente na segunda-feira, véspera de Carnaval, e na terça-feira. Mas, se assim desejarem, as empresas terão que conceder, a sua escolha, folga compensatória aos empregados em outro dia do ano, arcando integralmente com as horas, sem direito a compensar a parte dos empregados.

Ficou estabelecido que para o previsto na Cláusula de Carnaval os empregados não terão ajuda de custo. O assunto ainda não foi discutido pelo SINDILOJAS Blumenau e pela CDL, mas a tendência é que a sugestão aos empresários seja pelo fechamento dos estabelecimentos na segunda-feira, dia 3 de março.

Sindicato aposta na internet Em 2013, o SINDILOJAS apostou nas mídias sociais, no site e no Blog do Comércio para ampliar a comunicação com associados, empregados e consumidores. A estratégia facilitou a divulgação de ações no ano em que uma série de iniciativas marcou a passagem dos 50 anos. É fundamental que o empresário acesse o conteúdo digital do sindicato, curta a página no Facebook e, assim, tenha acesso a importantes informações. Em 2013, o Blog do Comércio (www.blogdocomercio.com.br) registou 2.884 visitantes únicos, com 16.977 páginas acessadas. O site do SINDILOJAS (www.sindilojasblumenau.com.br) teve 19.613 visitantes, com 26.351 páginas acessadas.

Em dezembro, o site registrou recorde de acessos desde que foi criado: 3.311 visitantes e 4.278 páginas visitadas. A maior procura foi relativa aos horários de funcionamento do comércio no Natal.

Concilia obtém recorde histórico A Câmara de Conciliação Trabalhista (Cincilia), mantida pelo SINDILOJAS Blumenau e pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau, fechou 2013 com números expressivos. Desde que iniciou os trabalhos, em 2000, a câmara jamais realizou tantas sessões como em 2013: 633. Entre as que resultaram em audiências conciliatórias, os dados também foram festejados. O ano registrou o recorde de 276.

60% das audiências resultaram em conciliação entre as partes, um percentual maior do que o registrado nas 4.047 audiências realizadas desde 2000 (58%).

“São números que expressam a dedicação e o empenho com que a Concilia cumpriu sua função em 2013 e nos deixam muito contentes. Também refletem o compromisso do SINDILOJAS e do Sindicato dos Empregados com o trabalho realizado pela câmara”, avalia a mediadora da Concilia Priscila Krieger.

O SINDILOJAS comemorou 50 anos de atividades em 2013 e entre as iniciativas para celebrar a data esteve a instalação da subsede da Concilia em Timbó. A nova unidade ampliou o trabalho para os demais municípios da área de atuação do sindicato – além de Blumenau e Timbó, atua em Indaial, Rodeio, Ascurra, Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Pomerode, Rio dos Cedros e Apiúna.

EMPRESÁRIO 37

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A empregabilidade e a formação acadêmica A palavra empregabilidade tem ocupado um lugar de destaque nas principais instituições de ensino superior no Brasil e já extrapolou os muros da escola, pois muito se tem falado sobre ela nas empresas e no governo como um todo. Vale a pena destacar que o fenômeno da empregabilidade é relativamente recente, pois temos enfrentado uma diminuição considerável dos empregos formais para os alunos que frequentam um curso superior e para os recém-graduados, aumentando, com isso, as taxas de desemprego e a geração de postos de trabalho informais. Vale a pena destacar, ainda, um fenômeno recente no Brasil: nas últimas décadas tem aumentado significativamente o número de alunos do ensino superior.

Esse aumento acabou gerando uma competição acirrada no mercado de trabalho.

Muitas empresas têm reclamado que ainda existe uma lacuna muito grande entre suas reais necessidades e as habilidades que os candidatos apresentam quando se pleiteiam as vagas disponibilizadas. Algumas instituições de ensino têm inserido nas suas grades curriculares conteúdos voltados para o desenvolvimento dessas habilidades apontadas pelo mercado, introduzindo algumas estratégias mais abrangentes em relação à empregabilidade 38

e algumas iniciativas que visam favorecer o desenvolvimento da empregabilidade dos alunos.

A FAE foi uma das pioneiras nesse sentido no Brasil quando, em 1999, criou o Núcleo de Empregabilidade e Empreendedorismo (NEP), visando dar suporte, em um primeiro momento, aos seus alunos e, em segundo lugar, para as empresas que necessitam de mão de obra especializada, com os diferenciais tão almejados pelo mercado de trabalho. Além disso, nas grades curriculares foram inseridas algumas disciplinas focadas diretamente nas questões da empregabilidade. O NEP tem trabalhado em conjunto com as coordenações de cursos da FAE no sentido de tentar preencher a lacuna existente entre as reais necessidades dos empregadores, buscando definir uma agenda de habilidades a serem desenvolvidas nos alunos.

Entendemos que a empregabilidade tem que estar diretamente associada à qualificação acadêmica e profissional dos alunos, além de ser embasada em atributos relacionados com a educação formal (aquela que não é de responsabilidade de uma instituição de ensino), com a capacidade de aprender e apreender do aluno, com a visão e missão empreendedora inerente a cada pessoa e de atitudes pessoais (principal-

Samir Bazzi Coordenador do Núcleo de Empregabilidade e Empreendedorismo da Faculdade FAE Blumenau

“Nas últimas décadas aumentou o número de alunos do ensino superior” mente versatilidade, autonomia e iniciativa). Todo esse conjunto é suficiente para capacitar um aluno a se destacar e permanecer ativo no mercado de trabalho, mantendo a sua empregabilidade em alta.

Porém, a formação acadêmica de uma pessoa não lhe garante um emprego, mas muitos a analisam como obrigatória. Entendo que essa relação seja um conjunto: a instituição de ensino tem que buscar capacitar os seus alunos; as empresas têm que estar dispostas a continuar a formação acadêmica dos alunos, compartilhando o conhecimento e o aprendizado com eles; e os alunos devem tentar demonstrar que possuem qualificações para o cargo pretendido e autoconfiança.

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