Líder Capital - Ed. 46

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Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pela ECT.

ANO 4 • Nº 46 • DEZEMBRO • 2011 • R$ 8,90

BATE-PAPO Na Capital, FHC recebe medalha do Mérito Anita Garibaldi e fala sobre política e economia

Crédito para

empreender Sob o comando de Luiz Carlos Floriani, Banco do Empreendedor planeja ampliar atuação no Estado em 2012



EDI T O R I A L

Bons ventos para 2012

Na edição nº 46 da Líder Capital, vamos falar sobre o projeto da quarta ponte, que promete desafogar o trânsito entre a Ilha e o Continente. O projeto, com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, deve ser concluído em duas etapas e visa a resolver o problema de trânsito das ligações atuais. Vamos abordar, também, na reportagem da seção Nossas Bandeiras, o apoio do BNDES em obras de infraestrutura a Santa Catarina. Segundo o presidente do BNDES, há uma diretriz muito firme apresentada pela presidente Dilma Rousseff de trabalhar para o desenvolvimento de um programa de longo prazo de forma a obter um substancial avanço na logística dos estados do Sul. Outro destaque é o crescimento do Banco do Empreendedor, criado para dar consultoria e oferecer empréstimos para micro e pequenas empresas e empreendedores informais da Grande Florianópolis. A meta do Banco para 2012 é ampliar os limites dos empréstimos e levar os serviços a outras regiões de Santa Catarina. O Programa de Reciclagem Tecnológica (ReciclaTec), resultado de uma parceria entre o Comitê para Democratização da Informática (CDI) e a ACIF, é voltado para a reciclagem de computadores e treinamento de pessoal. O programa está entrando em uma nova fase, vale a pena conferir. Para fechar o ano com chave de ouro e comemorar a marca de 3 mil associados, a Associação promoveu uma grande confraternização, dia 25 de novembro, sob o embalo da banda gaúcha Nenhum de Nós. Confira os melhores momentos da FestACIF, que aconteceu no Floripa Music Hall, na seção Acontece. Aproveitamos para agradecer pelo apoio dispensado no decorrer deste ano e para desejar Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos, com votos de grandes realizações pessoais e profissionais! Conselho Editorial 3


SUMÁRIO

12. Destaque O Banco do Empreendedor, criado para dar consultoria e oferecer empréstimos para micro e pequenas empresas e empreendedores informais da Grande Florianópolis, está se preparando para entrar em uma nova fase. A meta para 2012 é ampliar os limites dos empréstimos e levar os serviços a outras regiões de Santa Catarina, adianta o diretor superintendente Luiz Carlos Floriani

20. Bate-papo Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebe homenagem na Capital, onde fala sobre o governo Dilma e defende as reformas tributária e previdenciária

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Conselho do Leitor A Líder Capital criou o Conselho do Leitor. Caso você tenha críticas ou sugestões e queira participar, mande seu nome, idade, profissão e contatos para o e-mail comunicacao@acif.org.br. Sua participação é importante!

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06. A Metrópole O governo do Estado deu início a um projeto que promete desafogar o trânsito da Capital: a quarta ponte, que vai ligar a Ilha ao Continente

DIRETORIA EXECUTIVA REGIONAL LAGOA DA CONCEIÇÃO Diretor Geral: Gabriel Mazzolli Damiani DIRETORIA EXECUTIVA REGIONAL CANASVIEIRAS Diretor Geral: Milton Weber Filho DIRETORIA EXECUTIVA REGIONAL INGLESES Diretor Geral: Thiago Francisco Lewis DIRETORIA EXECUTIVA REGIONAL CONTINENTAL Diretor Geral: Maurício Justino DIRETORIA REGIONAL SUL Diretor Geral: Júlio Cesar Trindade Ferreira

Conselho editorial Doreni Caramori Júnior, Juliana Pamplona, Klaus Raupp, Jane Pilotto, Rodrigo Rossoni e Danielle Fuchs EDITORA-CHEFE: Danielle Fuchs - (47) 3036.5662 danielle@mundieditora.com.br EDITORA DE CONTEÚDO: Juliana Pamplona - Apoio: Daniella Leoni Dalle Cort comunicacao@acif.org.br / daniella@acif.org.br TEXTOS: Agência Mundi, Eduardo Kormives e All Press Comunicação - Apoio: Manoel Timóteo GERENTE DE ARTE E DESENVOLVIMENTO: Rui Rodolfo Stüpp rui@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA: Michele Monteiro

18. Pense Verde Programa ReciclaTec entra em nova fase com a meta de aumentar o material recebido e qualificar mais jovens

FOTOS: Michele Monteiro, Banco de Imagens e Divulgação PROJETO GRÁFICO: Ferver Comunicação ferver@fervercomunicacao.com.br GERENTE COMERCIAL: Eduardo Bellidio - (47) 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br DIRETOR EXECUTIVO: Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br IMPRESSÃO: Gráfica Natal (48) 3244.0058

10. Nossas Bandeiras / 22. Benchmarking 24. Tempo Livre / 26. Vitrine / 28. Acontece 30. Institucional / 34. Soluções Empresariais 36. Entre Sócios / 38. Artigo

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A MET R Ó P O L E

Mais uma ponte para a Capital Obra de R$ 1,1 bilhão deve ser concluída em duas etapas até 2016

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governo do Estado deu início a um projeto que promete desafogar o trânsito de Florianópolis: a quarta ponte a fazer a ligação entre Ilha e Continente. O projeto, com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, deverá ser concluído em duas etapas. A primeira em 2014 e a segunda até 2016. A nova ponte terá oito pistas, com 45 metros

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de largura e 1,6 quilômetro de comprimento, passarela para pedestres e ciclovias em toda a extensão da via, no mesmo nível da pista de carros. A extensão total do acesso, incluindo a ponte, é de 8,5 quilômetros e o projeto também prevê uma via expressa, de alta velocidade, com acesso à BR-101. O trânsito local será feito por vias marginais e o acesso do sistema viário à via expressa será

feito por viadutos. Toda a construção do sistema viário ficará sobre um aterro hidráulico de 2,7 milhões de metros quadrados, sendo 70% de área comum e 30% de área privada que poderão ser comercializada por empreendedores que financiarão a obra, em formato de Parceria Público-Privada (PPP). O modelo da ponte é convencional, de concreto, similar às outras duas hoje em operação.


Projeto foi apresentado pelo governador Raimundo Colombo

O projeto do padrão estaiado foi descartado diante da proximidade com a Ponte Hercílio Luz, que é patrimônio do Estado de Santa Catarina e não pode ter a vista prejudicada. Com a nova ponte, o governo pretende resolver o problema do trânsito das ligações atuais – pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles –, por onde passam hoje cerca de 180 mil veículos diariamente. Dentro de nove anos, o movimento rodoviário diário entre a Ilha e o Continente deve chegar a 315 mil veículos, segundo a Secretaria de Infraestrutura. Ainda de acordo com a secretaria, mais de 50% dos veículos que passam pela Pedro Ivo dirigem-se à Beira-Mar Norte. Com o novo corredor, esse tráfego sairia da zona central, prevê o governo. O sistema viário contará com uma via expressa, permitindo a ligação da BR-101 ao Norte até a Avenida Beira-mar Norte, além de uma via local integrando a via expressa aos bairros de São José e da região continental de Florianópolis. Segundo a apresentação feita pelo governo do Estado, toda a via contará com um programa de arborização urbana e paisagismo adequado, além de grandes metropolitanos com 80 hectares, bolsões de estacionamentos e áreas de lazer. A promessa é que a população tenha à

disposição pista de caminhada, área para prática de esportes, praças, marinas e concha acústica. O impacto ambiental é considerado pequeno pela equipe técnica do governo, visto que a área já é

Toda a construção do sistema viário ficará sobre um aterro hidráulico de 2,7 milhões de metros quadrados, sendo 70% de área comum e 30% de área privada que poderão ser comercializadas por empreendedores que financiarão a obra amplamente humanizada. Questões complexas, como as desapropriações, só devem ocorrer quando as obras chegarem até a BR-101. “Sem dúvida é um grande empreendimento

para a Grande Florianópolis, que fará crescer a região e trará oportunidade de emprego. Essa obra será um exemplo”, destacou o secretário da Infraestrutura, Valdir Cobalchini. O projeto da quarta ponte foi apresentado oficialmente pelo governador Raimundo Colombo e pelo vice Eduardo Pinho Moreira, no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, no dia 7 de novembro. No evento, Colombo autorizou a liberação do edital para contratação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea), do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), do Projeto Básico e do Plano de Negócios para a construção da nova ponte da Capital. “Essa questão de mobilidade urbana passou a ser um drama para todas as pessoas, em todas as cidades do Brasil. A nova ligação Ilha-Continente de Florianópolis é fundamental para o desenvolvimento econômico da região e, consequentemente, do Estado. Não podemos mais esperar”, defendeu Colombo. O evento de apresentação contou com a participação surpresa de Guga Kuerten, que fez questão de conferir de perto o novo projeto. “Será que essa obra vai resolver o problema do trânsito em Florianópolis? Primeiro a cidade deveria aprovar o seu Plano Diretor”, sugeriu. 7


A MET R Ó P O L E

Projeto da ponte seria mais uma obra de apoio ao desafogamento do trânsito na Capital

Empreendimento depende de várias etapas e setores O lançamento do edital de licitação do Projeto Básico da quarta ponte que ligará Ilha e Continente é apenas o primeiro passo de um longo processo. O edital é necessário para o governo estadual fazer o pedido de licença ambiental e das autorizações da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e Marinha. O processo de licença ambiental é considerado uma das etapas mais sensíveis por prever um grande aterro. O governo terá que encaminhar ao Ibama os dados do projeto de engenharia, com informações quanto à localização, tipo de tecnologia e características do local. A superintendência do Ibama em Santa Catarina enviará o documento a Brasília, para analisar se a competência para a licença ficará a cargo do órgão nacional ou estadual (Fatma). Também será preciso convencer 8

a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) a ceder a área de Marinha. Isso porque um terço do aterro seria a moeda de troca para a vencedora da licitação executar a obra. Com a licença ambiental e as autorizações, chegará a fase da licitação da Parceria Público-Privada (PPP). A concorrência para a construção da quarta ponte e do sistema viário será similar à de uma concessão de rodovias por empresas privadas. Só que, ao invés de cobrar pedágio, a vencedora da disputa é autorizada a comercializar parte do solo para empreendimentos, como contrapartida por construir a obra. Para criar o sistema viário entre a Avenida Beira-Mar Norte, passando pela Beira-Mar Continental em direção a Biguaçu, o Estado terá, ainda, que construir o maior aterro da Capital.

A concorrência para a construção da quarta ponte e do sistema viário será similar à de uma concessão de rodovias por empresas privadas. Só que, ao invés de cobrar pedágio, a vencedora da disputa é autorizada a comercializar parte do solo para empreendimentos



NO S S A S B A ND E IR A S

Indústria quer Sul mais competitivo Estados da região garantem apoio do BNDES em obras de infraestrutura

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epresentantes das indústrias de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná conseguiram o importante apoio do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, para o projeto Sul Competitivo. Participante de um evento em Florianópolis, no início de novembro, ele disse que a instituição federal tem interesse no projeto que prevê melhorias da infraestrutura logística da região. Durante seminário na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Coutinho convidou os autores do trabalho para irem ao BNDES quando o documento estiver concluído para apresentar as propostas. “Tão logo os estudos estejam prontos, temos enorme in10

teresse em receber a conclusão. Sabemos da relevância de melhorar a logística do Sul do País, especialmente em ferrovias e portos”, destacou Coutinho. Segundo o presidente do BNDES, há uma diretriz muito firme apresentada pela presidente Dilma Rousseff de trabalhar para o desenvolvimento de um programa de longo prazo de forma a obter um substancial avanço na logística nos estados do Sul. “E nós sabemos que isso é essencial para melhorar a competitividade e sustentar o impulso de desenvolvimento”, acrescentou. Técnicos da Macrologística, empresa de São Paulo que está elaborando o estudo, estão em campo fazendo o mapeamento das 19 principais cadeias produtivas a partir dos eixos de transportes que ligam a produção do Sul até o cliente final, tanto no Brasil quanto no Exterior.

Até o momento, já foram realizadas mais de 140 entrevistas pessoais dentro do projeto. “O que está acontecendo é uma inversão de papéis, com a iniciativa privada investindo no planejamento de infraestrutura de longo prazo”, avaliou Renato Pavan, sócio da Macrologística, que apresentou o trabalho em curso junto com o sócio Olivier Girard. Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, é preciso ter a perspectiva regional e não só pensar em soluções locais para os problemas de infraestrutura da Região Sul, que responde por 17% do PIB do País. “São muitos os problemas de infraestrutura, como é o caso das rodovias, ferrovias, aeroportos e portos. Mas, acreditamos que o projeto Sul Competitivo, realizado com apoio da CNI, apontará soluções possíveis de serem implementadas”, defendeu. O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, e o vice-presidente da Federação do Rio Grande do Sul (Fiergs), Humberto Busnello, também participaram do encontro com Coutinho em Florianópolis. “Estamos alinhados na busca de soluções para uma malha logística interligada”, afirmou Campagnolo. “As sinalizações ao mercado são importantes e o papel do BNDES, como maior banco de desenvolvimento, é fundamental no sentido de sinalizar aos empresários uma redução de custos”, acrescentou Busnello, defendendo uma “drástica queda nos gastos logísticos”. Durante o evento, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) assinou documento também apoiando o projeto Sul Competitivo. “O BRDE está totalmente integrado. Não só apoiando o projeto, mas também se habilitando para ser o principal banco financiador para os três estados do Sul”, afirmou o presidente do banco, Renato Vianna.


Bndes cobra mais projetos Apesar da preocupação do governo federal com as obras para a Copa do Mundo, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, diz que os estados que não sediarão os jogos do Mundial não serão esquecidos. “O repasse de recursos depende da qualidade das propostas”, defendeu Coutinho, em sua passagem por Florianópolis. Ele cobrou uma nova rodada de projetos, “bem realizados e eficientes”. Antes de palestrar para industriais no evento da Fiesc, Coutinho teve um encontro com uma equipe do governo catarinense. Segundo o presidente do BNDES, Santa Catarina irá se beneficiar de uma nova rodada de investimentos. Em todo o País, o desembolsado apenas para projetos de infraestrutura, entre 2006 e 2009, somou R$ 257 bilhões. Para 2012 a 2015, serão R$ 392 bilhões. Neste ano, especificamente, os repasses devem se manter estáveis. No País, o valor de todas as linhas liberadas pelo BNDES, incluindo para projetos de infraestrutura, deve fechar entre R$ 140 bilhões e R$ 145 bilhões, contra o total de R$ 143,7 bilhões desembolsados no ano passado. Neste montante de 2010 não estão inclusos os valores aplicados na operação de capitalização da Petrobras. Para Santa Catarina, a previsão é repetir neste ano o mesmo resultado de 2010, quando foram desembolsados R$ 8,7 bilhões para os projetos do Estado. No acumulado deste ano, até setembro, no entanto, o valor repassado para projetos catarinenses chega a R$ 6,2 bilhões, uma queda de 8,8% sobre os R$ 6,8 bilhões do mesmo período de 2010. Em coletiva para jornalistas em Florianópolis, Luciano Coutinho explicou que o governo decidiu ‘moderar’ o desempenho para incentivar os grupos privados a participarem mais dos financiamentos de longo prazo. Mas ele defendeu que o ciclo de investimentos deve ser mantido, apesar da preocupação de que um ritmo muito aquecido da economia possa gerar inflação. Para Coutinho, a participação dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que hoje é da ordem de 18%, deveria chegar a 24%. “Isso é possível desde que o setor privado tenha a capacidade de compartilhar com os bancos públicos a oferta de financiamentos de longo prazo”, declarou.

Para Coutinho, a participação dos investimentos no PIB deveria chegar a 24%

Os números do BNDES no País Desembolsos 2006.................................................................. R$ 52,3 bilhões 2007.................................................................. R$ 64,9 bilhões 2008.................................................................. R$ 92,2 bilhões 2009................................................................ R$ 137,4 bilhões 2010................................................................ R$ 143,7 bilhões 2011 *............................................................. R$ 132,2 bilhões Aprovações 2006.................................................................. R$ 74,3 bilhões 2007.................................................................. R$ 98,7 bilhões 2008................................................................ R$ 121,4 bilhões 2009................................................................ R$ 170,2 bilhões 2010................................................................ R$ 175,9 bilhões 2011 *............................................................. R$ 162,3 bilhões Participação regional 2008 Centro-Oeste....................................................................10,9% Norte..................................................................................5,4% Nordeste............................................................................8,4% Sul....................................................................................19,2% Sudeste............................................................................56,1% 2011 * Centro-Oeste.........................................................................9% Norte.....................................................................................9% Nordeste.............................................................................13% Sul.......................................................................................22% Sudeste...............................................................................47%

* Referente saldo acumulado em 12 meses até setembro

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D E S TA Q U E

O crescimento é para todos Com 12 anos de atuação, Banco do Empreendedor já emprestou R$ 68,3 milhões em 16 mil operações

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Banco do Empreendedor, criado para dar consultoria e oferecer empréstimos para micro e pequenas empresas e empreendedores informais da Grande Florianópolis, está se preparando para entrar em uma nova fase. A meta para 2012 é ampliar os limites dos empréstimos e levar os serviços a outras regiões de Santa Catarina. O diretor superintendente do Banco do Empreendedor, Luiz Carlos Floriani (foto), lembra que a organização foi criada diante das dificuldades que as micro e pequenas empresas e os empreendedores informais têm para acessar crédito no sistema financeiro tradicional. Para isso, foram buscados modelos de outros estados e até mesmo internacionais. Os aportes são feitos a partir da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc). “O Banco do Empreendedor toma emprestados do Badesc, do BNDES, da Caixa e de órgãos internacionais para reemprestar aos micro e pequenos empresários”, explica Floriani. Inicialmente, o trabalho era realizado totalmente por voluntários. “O Banco do Empreendedor ganhou mais força do que se podia imaginar. Os governos estadual e federal perceberam a importância do modelo e o planejamento inicial precisou ser revisto bem antes do esperado”, conta Floriani. O crescimento da demanda e a necessidade de garantir a transparência de todo o sistema levaram ao processo de profissionalização do Banco do Empreendedor. Para ter acesso ao crédito, o cliente deve desempenhar uma atividade econômica, mas não precisa ser formalizado. Vendedores ambulantes ou prestadores de serviços estão entre os clientes atendidos pelo Banco do Empreendedor. Adotando a metodologia presencial, a equipe do banco faz mais do que emprestar dinheiro. Oferece também uma consultoria para garantir a boa aplicação do investimento desejado. “Os agentes do banco visitam cada cliente no local de trabalho dele. A ideia é analisar a necessidade do crédito e a viabilidade do negócio, além da capacidade de pagamento. O objetivo do banco não é o lucro, mas o sucesso de aplicação do crédito. Para isso, é preciso verificar se o investimento desejado vai se refletir em maior demanda e vai ter o retorno 12


esperado para a empresa”, explica Floriani. A divulgação dos serviços do Banco do Empreendedor é feita por meio de parcerias com associações e entidades empresariais. A ACIF é uma dessas parceiras. A associação de Florianópolis conta com unidades do banco nas suas sedes regionais do Norte e do Sul da Ilha. Além da maior proximidade com os empresários daquelas regiões, a parceria garante condições diferenciadas de juros e custos menores para os associados da ACIF. Nos 12 anos de atuação, completados em outubro, o Banco do Empreendedor já emprestou R$ 68,3 milhões. Foram cerca de 16 mil operações realizadas, com valores de, no mínimo, R$ 200, e, no máximo, R$ 15 mil. O valor médio do empréstimo é de R$ 4.257,80 por cliente. Entre os públicos atendidos, destacam-se salões de beleza, sacoleiros e facções têxteis, além de profissionais autônomos como pintores, pedreiros, motoristas e diaristas. A participação das mulheres empresárias tem aumentado e, hoje, já responde por 45% dos clientes do Banco do Empreendedor. A inadimplência está controlada, fechando sempre abaixo de 4%, isso considerando atrasos a partir de um dia do vencimento da parcela. Floriani diz que, hoje, os empreendedores informais e as microempresas contam com uma boa oferta de crédito no mercado. As médias e grandes também estão bem atendidas pelo sistema forma, avalia. O novo hiato, identificado pelo superintendente do Banco do Empreendedor, está no atendimento das pequenas empresas que precisam de empréstimos com valores entre R$ 15 mil e R$ 50 mil. Floriani diz que está nos planos do banco aumentar suas linhas de crédito nos próximos anos visando ao atendimento de novas empresas. Para 2012, está confirmada a ampliação de empréstimos para o valor de até R$ 20 mil para novas linhas específicas. Outro sinal de expansão é a quebra das barreiras geográficas. Neste ano, o Banco do Empreendedor inaugurou a primeira agência fora da

Grande Florianópolis. A cidade de Brusque foi escolhida para sediar o serviço. Floriani anuncia que novas filiais para diferentes regiões do Estado estão sendo avaliadas pela

diretoria. Mas, por enquanto, ele prefere não divulgar candidatas a sede. Confirma apenas que a expansão geográfica também está, sim, nos planos do grupo.

“O Banco do Empreendedor ganhou mais força do que se podia imaginar. Os governos estadual e federal perceberam a importância do modelo e o planejamento inicial precisou ser revisto bem antes do esperado” Luiz Carlos Floriani, diretor superintendente do Banco do Empreendedor

Números do Banco do Empreendedor 3,3 mil clientes ativos R$ 11,9 milhões em carteira ativa 16 mil operações realizadas nos 12 anos R$ 68,3 milhões emprestados nos 12 anos Agências: Florianópolis (Estreito, ACIF Regional Norte e ACIF Regional Sul), Palhoça, São José, Biguaçu, Tijucas, São João Batista e Brusque Valor por empréstimo: de R$ 200,00 a R$ 15 mil Prazos de pagamento: de três a 12 meses para capital de giro e de três a 24 meses para capital fixo Mais informações: www.bancodoempreendedor.com.br

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D E S TA Q U E

Atualmente, a sede do banco funciona na Rua Fúlvio Aducci, no Estreito, em Florinaópolis

Pioneirismo e referência em Santa Catarina O Banco do Empreendedor foi criado em 1999, logo após a assinatura de convênio entre governo do Estado de Santa Catarina, Badesc, Sebrae, Fampesc e Aemflo, que estabelecia a criação do Programa Crédito de Confiança, hoje, programa de Microcrédito de Santa Catarina. Em outubro daquele ano, o Banco do Empreendedor nascia com a responsabilidade de servir de referência para as demais organizações que seriam criadas em outras regiões do Estado. A organização iniciou suas atividades com sede, inicialmente, na Rua Almirante Alvim, número 491, no centro de Florianópolis, e com a responsabilidade de atender a toda região que compõe a associação dos municípios da Grande Florianópolis. O Banco do Empreendedor foi constituído juridicamente como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). 14

O pioneirismo do Banco do Empreendedor dentro do Programa Crédito de Confiança é reconhecido pela importância para o estabelecimento de padrões de operacionalização e administração do modelo que estava sendo criado para operar o microcrédito em Santa Catarina. O esforço inicial contou com a participação de diversos parceiros, que disponibilizaram espaço físico, móveis, equipamentos e recursos a fundo perdido, como foi o caso da Prefeitura de Florianópolis, do Badesc e do Sebrae e de alguns voluntários que se dispuseram a dirigir a equipe operacional contratada, gerando, assim, as condições para o sucesso do projeto. Através de uma parceria com o Sebrae de Santa Catarina, foi disponibilizada uma unidade móvel para atendimento descentralizado diretamente aos empreendedores, nas várias cidades e bairros que compõem a região

de atendimento da organização. Alguns meses mais tarde, a sede foi transferida para novas instalações, localizada à Rua Fúlvio Aducci, número 710, bairro Estreito, onde opera até hoje. Sob o comando de Ubirajara Câmara, primeiro presidente, a organização deu os primeiros passos decisivos para a consolidação. Em 2000, Ubirajara transferiu o comando da administração para Marcílio Ávila, representante da Assinvest, que incentivou a disseminação do modelo e buscou novas parcerias. Em março de 2001, Luiz Carlos Floriani, representante da Fampesc, assumiu a presidência do Banco do Empreendedor, passando a investir na profissionalização dos serviços e na descentralização do atendimento, através da criação de postos avançados, redefinição da área e região de atendimento e criação de programas de metas para melhorar o desempenho da organização.


Gestão profissionalizada como diferencial O Banco do Empreendedor, que nos primeiros anos operava com uma equipe de poucos colaboradores, hoje, emprega diretamente 43 profissionais nas diferentes cidades onde atua. São gerentes, coordenadores, agentes de crédito e assessores, entre outros funcionários. O grupo é gerido por um processo definido no Estatuto Social, aprovado em assembleia-geral, assim estruturado: Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Diretoria e equipe operacional. O Conselho Deliberativo é constituído por sete entidades associadas escolhidas e eleitas em assembleia-geral especialmente convocada para tal, ou por aclamação, caso haja consenso para um mandato de dois anos. Compõem o Conselho de Administração seis entidades permanentes e cinco rotativas, que são escolhidas bianualmente pela assembleia-geral, que indicam um representante titular e um suplente. O Conselho Fiscal é composto de três entidades também escolhidas bianualmente pela assembleia-geral. A diretoria é definida pelo Conselho Deliberativo. Hoje, Luiz Carlos Floriani é o diretor-superintendente, Luiz Henrique da Veiga Faria é o gerente Admnistrativo/Financeiro e Wilson Vamerlati Dutra ocupa o posto de gerente de Operações. Floriani explica que a diretoria profissional é remunerada que o resultado financeiro do grupo tem que ser sempre reinvestido na organização. “O sucesso de um atendimento é redirecionado para garantir que outro cliente possa ser atendido”, diz o superintendente.

Floriani explica que resultados são reinvestidos

O Badesc disponibilizará R$ 70 milhões para as instituições de microcrédito habilitadas a cederem o empréstimo aos empreendedores individuais no Estado pelo programa Juro Zero

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D E S TA Q U E

O microcrédito que traz benefícios macro Criado em 1999, o programa de Microcrédito de Santa Catarina vem permitindo que empreendedores formais e informais de baixa renda tenham acesso a financiamentos para o desenvolvimento dos pequenos negócios. O atendimento aos tomadores é efetuado através da rede de microcrédito de Santa Catarina, que é constituída por 19 Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que atendem aos 293 municípios catarinenses. O Bando do Empreendedor é uma delas. A ideia é oferecer financiamentos de maneira rápida e sem burocracia para empreendedores formais e informais que necessitem de recursos financeiros para promover o crescimento das empresas. Esse programa é adotado, com sucesso, em mais de 40 países. O grande diferencial dessa modalidade de crédito é a metodologia que se baseia no relacionamento direto do agente de crédito com o microempreendedor no local de sua atividade, permitindo oferecer atendimento personalizado e feito por pessoas treinadas. Neste ano, o governo do Estado lançou também o programa Juro Zero para os microempreendedores individuais

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(MEIs) catarinenses. O programa abre uma linha de crédito especial de até R$ 3 mil sem juros para os tomadores que comprovarem o pagamento em dia, e oferece acompanhamento empresarial e de inovação aos participantes. Cada empresário pode realizar um empréstimo de cada vez, sendo que o segundo somente após quitar o pagamento total do primeiro. O valor pode ser parcelado em até oito vezes. Caso os sete primeiros pagamentos sejam feitos em dia, a última parcela será isenta, o que equivale aos juros da operação. Pela legislação atual, os MEIs têm receita bruta anual de até R$ 36 mil, devem ter apenas um estabelecimento e não ser sócio, administrador ou titular em outros empreendimentos. Só poderão participar os microempreendedores catarinenses já formalizados. Mais informações no site www.jurozero.sc.gov.br. O Badesc disponibilizará R$ 70 milhões para as instituições de microcrédito habilitadas a cederem o empréstimo aos empreendedores individuais no Estado pelo programa Juro Zero. “O empreendedorismo é muito forte em Santa Catarina e precisamos continuar estimulando e auxiliando os empresários para

alcançarmos os melhores resultados, ajudando quem realmente precisa”, afirma o governador Raimundo Colombo. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Paulo Bornhausen, o programa Juro Zero terá papel importante no desenvolvimento de Santa Catarina. “Mais que dinheiro, estamos abrindo uma nova perspectiva de vida para milhares de pintores de parede, costureiras, cabeleireiras, enfim, de microempreendedores que são essenciais para fazer a roda da economia girar”, avalia o secretário do Estado. O Juro Zero será a primeira ação do Programa Nova Economia@SC, um dos quatro pilares do Plano SC@2022. O programa é desenvolvido em parceria com o Badesc, o Sebrae de Santa Catarina e com a Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (Amcredi). O Banco do Empreendedor será um dos operadores do programa Juro Zero. O superintendente do banco, Luiz Carlos Floriani, lembra que a Grande Florianópolis concentra cerca de 20% dos microempreendedores individuais formalizados do Estado, o que potencializa a participação do Banco do Empreendedor no novo programa.



P ENS E V E R D E

ReciclaTec em fase de expansão Programa promove inserção social enquanto cuida do meio ambiente

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Programa de Reciclagem Tecnológica (ReciclaTec), voltado para a reciclagem de computadores e treinamento de pessoal, está entrando em uma nova fase. Foram firmados convênios com a Prefeitura da Capital e o Ministério Público de Santa Catarina com a meta de aumentar o material recebido e qualificar um maior número de jovens para o trabalho de montagem e manutenção de computadores. Criado em 2010, o programa consiste em um centro de coleta, triagem, reaproveitamento e reciclagem de equipamentos de informática que promove encaminhamento social e ambientalmente correto destes equipamentos descartados pela sociedade civil, empresas e órgãos públicos. O projeto é resultado de uma parceria entre o Comitê para Democratização da Informática (CDI) e a ACIF. O diretor do ReciclaTec, Thiago Freitas, destaca a recente parceria com o Ministério Público de Santa Catarina, 18

por meio do Fundo para a Reconstituição de Bens Lesados (FRBL). Com o convênio, o programa receberá uma verba para capacitar jovens que deixaram o sistema carcerário para realizarem trabalhos na área de manutenção de computadores. A previsão é iniciar a primeira turma no final deste ano, envolvendo cerca de 15 alunos. Além do treinamento técnico, as aulas contarão com a participação de psicólogos e pedagogos. Outra parceria recente foi firmada com a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), órgão da Prefeitura de Florianópolis. O objetivo é unir forças na coleta seletiva dos equipamentos de informática na cidade. A Comcap fará o recolhimento dos equipamentos que serão enviados ao depósito do ReciclaTec. Thiago lembra que não são apenas as empresas que podem doar os equipamentos que não serão mais utilizados. As pessoas que têm um computador parado em casa também devem se preocupar em dar um destino correto para o equipamento. Mesmo que seja apenas

um aparelho. “A sociedade está cada vez mais conectada e dependente dos aparelhos eletrônicos e isso nos gera muitos benefícios. Só que é preciso pensar no meio ambiente e em alternativas sustentáveis para essa constante renovação. Tudo pode ser reaproveitado”, afirma Thiago. O presidente do CDI-SC, Heitor Blum S. Thiago, diz que hoje são recebidas cerca de 50 toneladas de equipamentos por mês. Destas, em média, entre 10 e 12 toneladas de equipamentos são recuperadas. Todo o material que não é aproveitado para os laboratórios de informática é vendido para empresas de reciclagem. Heitor acredita que, na medida em que os novos convênios são firmados e o programa ganha mais divulgação, esse número poderá aumentar bastante, podendo até triplicar nos próximos seis meses. Com o crescimento, a atual equipe também deve ser ampliada. Hoje, são 12 pessoas envolvidas no programa, entre administradores, técnicos, psicólogas e pedagogas.


Uma década de CDI-SC O Comitê para Democratização da Informática em Santa Catarina (CDI-SC), responsável pelo ReciclaTec, completou uma década de atuação em setembro deste ano. A ONG que atua na inclusão digital de populações menos favorecidas na região da Grande Florianópolis começou a funcionar em 2001, com apoio da Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Santa Catarina (Sucesu-SC), que cedeu uma sala na sede em Florianópolis. A matriz CDI foi fundada em 1995, no Rio de Janeiro. Em 10 anos de atuação em Santa Catarina, a ONG já capacitou aproximadamente 8 mil jovens, crianças e adultos em informática e cidadania no Estado. “O CDI-SC tem orgulho dessa trajetória de atuação, de ter proporcionado a oportunidade a milhares de pessoas através das tecnologias da informação de, a partir dos novos conhecimentos adquiridos, exercerem sua cidadania com melhores condições de enfrentar o mercado de trabalho, participarem ativamente da sociedade do conhecimento e no convívio com uma geração informatizada”, afirma o presidente da regional catarinense da entidade, Heitor Blum S. Thiago. O CDI nacional surgiu a partir da iniciativa do empreendedor Rodrigo Baggio, em 1995, quando este

idealizou a campanha Informática para Todos, pioneira na América Latina, que arrecadou computadores para a população do Morro Dona Marta, em Botafogo, no Rio de Janeiro. O jovem professor se dedicou a ensinar a juventude daquela comunidade a manter esses equipamentos e, sobretudo, a extrair o melhor da tecnologia. Diante da necessidade de implantar na comunidade a cultura da informática, Rodrigo criou a CDI, a primeira a realizar ações de inclusão digital sustentável em benefício de populações menos favorecidas. Hoje, a ONG está presente em 13 países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Inglaterra, Jordânia, Espanha, México, Peru, Uruguai, Venezuela e Estados Unidos. Em Santa Catarina, além do ReciclaTec, o CDI promove outros projetos de incentivo à população de baixa renda, como o CDI Comunidade. São cerca de 30 espaços de ensino espalhados na Grande Florianópolis, onde acontecem aulas de informática básica e cidadania. Atualmente, a instituição tem na rede de atendimento nove espaços de internet comunitária denominados telecentros, mantidos em parceria com a Prefeitura de Florianópolis, que servem de apoio às pessoas que procuram um lugar para usar os computadores, impressoras e internet, com auxílio de monitores.

O programa Objetivo principal: Receber doações e descarte, de pessoas físicas e jurídicas, de equipamentos de informática: computadores, impressoras, monitores, celulares e todo e qualquer componente eletrônico (placas, cabos, modems etc.). Objetivos específicos: Reciclar e exercer o descarte ambientalmente correto dos resíduos tecnológicos. Há materiais que podem ser considerados tóxicos caso não sejam tratados de forma adequada, preservando, assim, o meio ambiente; Promover cursos de desmanche, reciclagem e manutenção de computadores para jovens que se encontram em condições de vulnerabilidade social; Promover a inclusão social, utilizando a tecnologia da informação como instrumento para a construção e exercício da cidadania em comunidades de baixa renda. Para participar Endereço: Rua José Maria da Luz, 263 Bairro José Mendes Florianópolis Telefone: (48) 3222-1304 E-mail: reciclatec@acif.org.br Mais informações: www.cliquefuturo.org.br 19


B AT E - PA P O

Os laços de FHC com o Estado

O sociólogo e ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, recebeu o maior símbolo de bravura catarinense. A medalha do Mérito Anita Garibaldi foi entregue pelo governador Raimundo Colombo, em outubro, em Florianópolis. A honraria é dada aos cidadãos que se destacam por serviços prestados ao Estado de Santa Catarina e ao Brasil. Para o governador Raimundo Colombo, Fernando Henrique merece esse reconhecimento por uma questão de justiça. “Seus oito anos de governo o consagraram na memória da nação e sua imagem cresce como referência. Como homem público e cidadão brasileiro, ele deu uma grande contribuição ao País. Não só no Plano Real ou no modelo da ação social que ele criou, mas, principalmente, pelo exemplo que a figura FHC representa para todos nós”, destacou 20

o governador. O ex-presidente recebeu, ainda, da Câmara Municipal de Florianópolis, o título de Cidadão Honorário. Nascido no Rio de Janeiro, em 1931, Fernando Henrique é visto desde o final dos anos 1960 como um dos mais influentes intelectuais latino-americanos na análise de temas como os processos de mudança social, desenvolvimento e dependência e democracia. Na visita a Florianópolis, ele lembrou que veio à Capital catarinense pela primeira vez, no final da década de 1950, para estudar a relação entre a escravidão e a economia da cidade, tema do seu mestrado. “Meus primeiros trabalhos como sociólogo se desenvolveram em Santa Catarina”, recordou o ex-presidente. Hoje, o sociólogo preside o Instituto Fernando Henrique Cardoso, que preserva e dá acesso ao seu arquivo pessoal, além

de promover o debate sobre democracia e desenvolvimento. FHC é, também, presidente de honra do diretório nacional do PSDB, co-presidente da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, desde 2008, e presidente da Comissão Independente sobre AIDS e o Direito. Ainda em Florianópolis, FHC participou do ciclo de palestras Grandes Nomes, promovido pela Câmara de Jovens Empresários da ACIF em parceria com a empresa Eyecomm Comunicação e Eventos. Ele palestrou sobre o tema “Para onde caminha o Brasil” e debateu os avanços e retrocessos do País nos últimos anos. Deu também entrevistas aos jornalistas Paulo Alceu, do Grupo RIC, e Roberto Azevedo, do Grupo RBS. Veja algumas das declarações do ex-presidente na passagem pelo Estado.


Santa Catarina “Meus primeiros trabalhos como sociólogo se desenvolveram em Santa Catarina. É um imenso orgulho para mim, hoje, retornar a este Estado, observar o quanto ele cresceu e saber que contribuí para esse desenvolvimento”.

Florianópolis “A Ilha de Santa Catarina, ainda hoje, é um paraíso. Mas, há 60 anos, 50 anos, esta ilha era paradisíaca mesmo. A Lagoa da Conceição, Canasvieiras, a Praia Brava, chegar lá era muito difícil. O centro da cidade. Eu fiquei emocionado agora, porque o Centro é o mesmo”.

Medalha Anita Garibaldi “Eu recebo esta homenagem generosa e que me deixa satisfeito. Ser condecorado com a Medalha Anita Garibaldi, pelo que ela simboliza, é muito gratificante. Só espero que este reconhecimento feito hoje possa ser lembrado por muito tempo”.

Presidência “A Presidência é muito exigente. Você tem de estar muito presente, tem de viajar. Quando lhe procuram, é sempre para levar problema. Um ministro vem lhe pedir alguma coisa, outro acha que foi prejudicado pelo colega. Oito anos são suficientes”.

União “Se foi possível fazer alguma coisa pelo Brasil, em determinado momento, não foi virtude pessoal minha. Se tive algum mérito foi de sentir que era chegada a hora de juntar todos e unificar forças para realizar mudanças que fizessem o País progredir. Quando se está em momento de crise é mais fácil abrir novos caminhos”.

Drogas “Não se está combatendo o foco correto. Está se combatendo só a repressão. Só na produção da droga e no contrabando, no tráfico, não no consumo. Não está havendo esforço para baixar o consumo. A droga, a gente tem a sensação que é um problema da Polícia. Não é da família. Não é das pessoas. Mas é. Hoje o consumo está chegando a quase todo mundo. É preciso mudar o foco. Fazer campanhas de prevenção. Dar tratamento aos dependentes. E não estigmatizar. Dizer: bom, você está fora do jogo porque você é drogado. Não, é preciso recuperar. E também tem que ver qual o uso que ele faz da droga. Porque o uso da maconha o tempo todo é um perigo. Ela produz efeitos psicológicos graves. Cria psicose. Uma vez ou outra, é como a cachaça, como o vinho. Se tomar toda hora é muito grave. Tem que regulamentar. São as famílias que têm que controlar. Não é a polícia só. Repressão tem que existir. É no contrabando que se dá o crime organizado, a violência. Tem que concertar os recursos do governo na repressão, no combate ao criminoso. E não botar na cadeia quem usa droga”.

Reformas no Congresso “Tem que arregaçar as mangas, mexer em coisas que estão esquecidas, como as reformas tributária e previdenciária. São reformas importantes para ajustar o Brasil aos desafios do mundo contemporâneo. Hoje, existe dificuldade porque os interesses estão acomodados. É muito difícil mudar o que está acomodado. Todo mundo fala que é bom o novo, mas ninguém gosta. Só gosta depois que o novo vira meio velho, já está vitorioso. Vamos ser francos, o presidente Lula preferiu não enfrentá-las. Ele estava em uma maré econômica positiva e preferiu navegar a enfrentar algo que mais adiante poderia ser um obstáculo”.

Oposição “Se a oposição acabar, acabou a democracia. Não creio que tenha acabado, mas, em certos momentos, a oposição fica um pouco desnorteada. Eu acho que o Brasil, como amadureceu muito, mudou muito, não dá para fazer oposição à moda antiga, xingando. Mas dá para fazer oposição convencendo e tendo coragem de levantar os problemas”.

Crise na Europa “Estão atrasando muito a resolução da crise. Eu acho que há muito tempo que a Grécia não pode pagar o que está devendo. Tem que fazer algum tipo de moratória. O nome é feio, mas estão chamando de reestruturação. É a mesma coisa. Se demorar muito a resolverem o problema, isso vai ter um choque enorme. Vai haver falta de liquidez. Talvez até de insolvência”.

Lula e Dilma “Quem tinha relação próxima comigo era o Lula. Desde 1974. Até hoje nós nos encontramos. Depois que eu deixei a Presidência, imaginei que ele fosse ter um comportamento comigo como o que a Dilma está tendo agora com ele. Tratar com respeito um ex-presidente. Mas não, passaram a me tratar como um inimigo. Uma bobagem. Um erro. Quando você já foi presidente não está mais com essa gana de querer disputar com o outro. O Lula passou a achar que fez tudo e eu não fiz nada. Bobagem. Eu fiz, ele fez, a Dilma vai fazer e o Brasil se constroi com o esforço de muitos de nós”.

“Tem que arregaçar as mangas, mexer em coisas que estão esquecidas, como as reformas tributária e previdenciária. São reformas importantes para ajustar o Brasil aos desafios do mundo contemporâneo. Hoje, existe dificuldade porque os interesses estão acomodados. É muito difícil mudar o que está acomodado.” 21


B E NCH M A R K I N G

Além de atrair, é preciso reter líderes Pesquisa aponta dificuldade das empresas em estruturar equipes, captar talentos e mantê-los

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“Existe uma consciência muito grande da importância dos líderes. Se antigamente esse título era apenas do diretor da empresa, hoje isso vai do diretor ao chefe de turno. É uma cadeia. No entanto, há pessoas que têm muita qualidade técnica, mas não têm qualidade para liderar” Eugenio Mussak, diretor de Pesquisa da ABRH-Nacional 22

m grandes e médias empresas, a formação de novas lideranças é um desafio que preocupa o comando executivo. Com a concorrência cada vez mais acirrada do mercado profissional, outro problema agrava a situação: a dificuldade em reter os talentos formandos. De acordo com a pesquisa “Sonhos e Pesadelos dos profissionais de RH”, realizada com 379 pessoas pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), em parceria com a Empreenda e a SPHINX Brasil, 63,6% dos participantes acreditam que as empresas não têm líderes suficientes para suprir as necessidades dos próximos três anos – fato que pode limitar o crescimento das empresas em um momento de expansão do País. “Existe uma consciência muito grande da importância dos líderes. Se antigamente esse título era apenas do diretor da empresa, hoje isso vai do diretor ao chefe de turno. É uma cadeia. No entanto, há pessoas que têm muita qualidade técnica, mas não têm qualidade para liderar”, explica Eugenio Mussak, diretor de Pesquisa da ABRH-Nacional. Atualmente, reconhece Mussak, a falta de profissionais qualificados é o que mais preocupa as empresas em todo o mundo. No entanto, para as companhias que estão com os quadros de funcionários preenchidos, é importante entender que a empresa é construída a partir de três pilares: capital, conhecimento e pessoas. “Diferentemente dos outros recursos, as pessoas não podem ser controladas, mas devem ser lideradas”, aponta Mussak. Para o consultor em Sistemas de Gestão, Raphael Bittencourt Lourenço, da Qualité RH, Santa Catarina está inserida nesse contexto da pesquisa da

ABRH-Nacional. Em parte, ele acredita que esse fato ocorra devido ao grande contingente de organizações catarinenses que têm administração familiar. “Sendo assim, muitos empresários não têm a preocupação na formação de líderes e sucessores. Na maioria das vezes, não por acharem desnecessários, mas, sim, por não entenderem a importância de delegar responsabilidades ou proporcionar capacitação a aqueles que estão recebendo essas atribuições, pois quando empreenderam ou assumiram o posto de um dos pais aprenderam com o dia a dia”, avalia. Outro problema detectado pela pesquisa da ABRH-Nacional é que 83,6% dos pesquisados acham que será mais difícil reter talentos em 2012 e 31% não sabem o que fazer para retê-los. Eugenio Mussak defende que o setor de RH deveria pensar “por que alguém teria vontade de trabalhar aqui?” e, com a resposta, seria fácil descobrir como reter esses talentos. Ele exemplifica que, basicamente, o profissional precisa ter reconhecimento, inclusive monetário; oportunidade de se desenvolver; e ter orgulho da empresa em que trabalha. Para Raphael, da Qualité RH, a manutenção das lideranças nas empresas passa por três situações: remuneração, reconhecimento e desafios. Ele explica que os dois primeiros pontos estão ligados às necessidades humanas previstas na chamada pirâmide de Maslow: segurança (remuneração) e status (reconhecimento). Já o terceiro ponto está ligado a possibilitar o desenvolvimento da capacidade de realização de cada um. “Com base nisso, as empresas devem montar programas de capacitação para os seus líderes, bem como desenvolver programas de identificação de desenvolvimento de novos líderes”, destaca.



TE M P O L I V R E

Tradição do churrasco gaúcho Empresário: Julio Cesar Trindade Ferreira – Empresa: Fort Group Administradora e Corretora de Seguros | Hobby: Churrasco

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hJulio Cesar Trindade Ferreira deixou o Rio Grande do Sul para morar em Santa Catarina quando tinha apenas 14 anos. Algumas tradições vieram junto com a família. Entre elas a do bom churrasco gaúcho. Hoje, aos 47 anos, o empresário, sócio da Fort Group Administradora e Corretora de Seguros e diretor da Regional Sul da ACIF, mantém a tradição aprendida com o pai. Praticamente todos os finais de semana ele comanda um churrasco para a família e os amigos em sua casa, em Florianópolis. Mudam as visitas, mas o cardápio é sempre o famoso churrasco. “Gosto de participar de tudo, da compra da carne até a hora de fazer o churrasco. Cada amigo leva alguma coisa, mas eu preparo”, diz o empresário. Nos encontros, ele compartilha com os visitantes outro hobby: a coleção de DVDs de shows musicais. As conversas seguem ao embalo de boa música e boa comida. A família de Ferreira incentiva e participa. A esposa Sônia, promotora de eventos, ajuda a organizar tudo. E os filhos, Emanoela, de 16 anos, e João Pedro, de nove anos, estão sempre presentes. “Eles também gostam de convidar os amigos”, conta o pai. Ferreira iniciou na área de seguros ainda na extinta Bamerindus. Como corretor, atua desde 1990. Na ACIF, foi um dos membros fundadores do Núcleo de Corretores de Seguros e atuou na diretoria da Regional Sul desde a criação. Para o empresário, o churrasco é também um momento importante de convívio com a família, a hora de recarregar as baterias para a rotina puxada. “Saio de casa todos os dias às 6h50min e chego por volta das 20h. É nos finais de semana que eu consigo fica com a minha família, é a hora de união e de descarregar o estresse do dia a dia”, explica Ferreira. Quando é preciso cancelar o tradicional churrasco, ele já sente que ficou faltando algo durante semana. 24

“É nos finais de semana que eu consigo fica com a minha família, é a hora de união e de descarregar o estresse do dia a dia”


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Fe st A C I F

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1 - Associados curtindo a FestACIF 2 - Presidente Doreni Caramori Júnior com a 2ª vice-presidente Sílvia Hoepcke da Silva 3 - Presidente da Facisc, Alaor Tissot, conselheiro da ACIF Fernando Demetri e o diretor da CACB Luiz Carlos Furtado Neves 4 - Coordenadora da Câmara da Mulher Empresária, Fátima Caponi, esposa do secretário Gean Loureiro, Cintia Serra de Queiroz, Juliana de Mello Ferreira e Juliana Caponi 5 - Decoração com requinte e bom gosto deram um charme a mais à festa 6 - Palavra do presidente do Conselho Superior da ACIF, Dilvo Tirloni 7 - Discurso de boas-vindas do presidente da ACIF 8 - Ganhador do Prêmio Conselho de Núcleos para Excelência, Adolfo Cabral Filho, da Magistrale Farmácia de Manipulação 9 - Empresário Alaor Tissot, recebendo o título de sócio-benemérito da ACIF

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10 - Diretor-adjunto de Soluções Regional Continental, Alexandre Osanai, presidente Doreni e o diretor-geral da Lagoa da Conceição, Gabriel Damiani 11 - Diretor de Assuntos Tributários, Klaus Raupp, e esposa 12 - Diretora de Integração, Maria Cecília Gondran, e esposo 13 - Banda Nenhum de Nós tocando Beatles 14 - Diretores da ACIF 15 - Leandro Kinczesk, representante da Casom (Núcleo que obteve a maior média entre os núcleos) 16 - Colaboradores e diretores da Associação no palco, comemorando a conquista de 3.000 associados 17 - Alaor Tissot agradecendo a homenagem 18 - Secretário Municipal de Governo de Florianópolis, Gean Loureiro, e esposa 19 - Diretor de Eventos, Sanderlúcio de Mira, com os integrantes da Banda Nenhum de Nós

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I NS TI T U C I O NA L

FestACIF 2011 agita a Capital

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erca de mil pessoas, entre associados, colaboradores e diretoria da ACIF, jornalistas e parceiros da Associação, prestigiaram a FestACIF, tradicional festa de final de ano promovida pela entidade. Inspirado nos velhos e bons tempos do Rock, o evento foi realizado no último dia 25 de novembro, no Floripa Music Hall, e teve a banda gaúcha Nenhum de Nós como atração especial da noite. O grupo embalou o público ao relembrar os maiores sucessos dos Beatles, no show ‘Nenhum de Nós Canta Beatles’. Durante o evento, o empresário Alaor Tissot recebeu o título de sócio benemérito da Associação. A distinção foi entregue pela destacada atuação de Tissot na entidade, na defesa dos interesses do empresariado e do desenvolvimento da Capital e também do Estado. Atual presidente da Facisc e membro do Conselho Superior da ACIF, Tissot foi três vezes presidente-executivo da Associação e também presidente do Conselho Superior. A Associação, que tem se destacado como uma das mais atuantes entidades da Capital, também comemorou o ano produtivo, marcado pela realização de ações reconhecidas pelos associados e pela comunidade. Para o presidente da ACIF, Doreni Caramori Júnior, “essa reunião de todos que integram a Associação, é uma oportunidade para celebrar as conquistas da entidade durante o ano, que trabalhou e continua trabalhando para o empresariado e também para toda a sociedade”, afirma. Entre as ações da ACIF em 2011, a participação direta da entidade na discussão de temas relevantes para a cidade e também para o País merece destaque. A Associação foi uma das poucas entidades de classe a elaborar projeto próprio de reforma política. As propostas para mudanças no sistema político-eleitoral brasileiro foram apresentadas a deputados e senadores em setembro, durante visita da diretoria a Brasília. Já em âmbito local, a ACIF realizou diversas reuniões com lideranças empresarias e Poder Público para debater questões importantes – turismo, comércio, transporte, meio ambiente, infraestrutura e segurança – para o desenvolvimento e melhora na qualidade de vida no município. O prefeito Dário Berger e o governador Raimundo Colombo estavam presentes. Institucionalmente, a entidade também deu continuidade a diferentes programas e projetos como a Semana do Empresário e Missão Empresarial, voltados à capacitação dos associados; o Reciclatec e ReÓleo, de educação ambiental; as premiações para as melhores produções jornalísticas e para as mulheres empreendedoras; o Banco de Talentos para cadastramento de vagas de emprego e currículos, entre outros; além de apoiar eventos para a comunidade como o Amigos em Ação e o Encanto de Natal. “O crescimento da ACIF, que chegou à marca de 3 mil associados, está diretamente ligado à representatividade que a entidade adquiriu com sua atuação na defesa dos interesses dos empresários e da cidade, e da proximidade com a comunidade”. Segundo ele, “a marca representa o desenvolvimento do associativismo entre o empresariado local, uma união essencial para grandes conquistas”, ressalta. 30

ACIF integra Amigos em Ação

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ois importantes programas da ACIF, o ReÓleo e o Banco de Talentos, estão na programação de um dos maiores projetos de cidadania e inclusão social de Florianópolis, o Amigos em Ação. Promovido pela Associação Amigos da Cidadania Catarinense (AACC), o projeto oferece serviços gratuitos de utilidade pública, saúde e educação para comunidades da Capital. Os bairros Centro, Monte Verde, Saco dos Limões e Cachoeira do Bom Jesus já receberam a visita do projeto, que realiza a última etapa em Coqueiros, no dia 17 de dezembro. Entidade parceira do projeto, a ACIF participa de todas as etapas. Segundo Adriana Loch, diretora de Treinamento da ACIF, a participação da entidade em iniciativas sociais como essa é uma forma de levar à população as ações da Associação, que não se restringem ao empresariado. “Temos programas que podem ser aproveitados por todos, como o Banco de Talentos e o ReÓleo, e mostram a preocupação da ACIF com a sociedade e com o meio ambiente”, ressalta. Quem participa do Amigos em Ação e visita o estande da Associação recebe informações sobre a importância da reciclagem do óleo de cozinha, e pode trocar um litro de óleo usado por uma embalagem de sabão em pasta. Também pode tentar uma nova colocação no mercado de trabalho, levando seu currículo para cadastro no serviço online criado pela ACIF. Os atendentes auxiliam no processo, já indicando as vagas disponíveis de acordo com o interesse do candidato. Além dos programas da ACIF, são oferecidos, sempre gratuitamente, outros serviços como emissão de documentos; assistência jurídica; inscrições para o casamento coletivo e para curso de cabeleireiro; serviços de saúde e de beleza; serviços de pet shop, atendimentos da Casan, IPUF, Sebrae, Sesc, CVV, INSS, Banco do Empreendedor, entre outros; recreação infantil e várias outras atividades. O projeto Amigos em Ação conta ainda com a parceria do programa Jornal do Almoço da RBS TV, Neolabor e Ondrepsb, e tem o apoio do Fundo Social, do Tribunal de Justiça do Estado Santa Catarina e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.



I NS TI T U C I O NA L

Inscrições abertas para Prêmio ACIF

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elo segundo ano consecutivo, a ACIF vai destacar as melhores matérias jornalísticas sobre negócios e associativismo em Florianópolis. As inscrições para a segunda edição do Prêmio ACIF de Jornalismo já estão abertas e, até o dia 6 de abril de 2012, jornalistas profissionais com registro poderão cadastrar reportagens no site www.acif.org.br/premio-acif-de-jornalismo. “Esta premiação é uma forma de valorizar e estimular a produção jornalística em assuntos de interesse direto da ACIF e de seus associados, e também de incentivar um olhar mais crítico à sociedade”, ressalta Doreni Caramori Júnior, presidente da Associação. O Prêmio ACIF de Jornalismo foi lançado no último dia 9 de novembro, em parceria com a Associação Catarinense de Imprensa, na última edição do ano do Pautas & Panelas, criado pela ACI para promover a integração entre os profissionais de comunicação. Durante o Pautas & Panelas, um jornalista prepara um prato para os convidados. Na edição de lançamento do prêmio, cinco chefs organizaram uma macarronada. O evento foi prestigiado por cerca diretores da entidade e por profissionais de comunicação do Estado. Nesta segunda edição do Prêmio ACIF, serão premiadas reportagens em seis diferentes categorias: Impresso, Rádio, Televisão e Web, Melhor Programa de Entrevistas (tevê e/ou rádio) e Mídia Regional (jornais que participam do Núcleo de Mídia Regional da entidade). Como na edição passada, haverá também um Prêmio Especial do Júri, para a melhor entre todas as reportagens inscritas. Os primeiros colocados em cada categoria ganharão tablets. Já o vencedor na categoria Prêmio Especial do Júri vai levar R$ 5 mil em dinheiro. Todos os ganhadores receberão ainda troféus e certificados, além de uma assinatura da Revista Líder Capital, produzida mensalmente pela ACIF. Para concorrer, os jornalistas devem acessar o site da entidade, realizar a inscrição e, conforme orientação, cadastrar as matérias. Os originais devem ser enviados pelos Correios ou entregues na sede da ACIF, até a data final para inscrições. As matérias em todas as categorias devem ter sido veiculadas no período entre 28 de novembro de 2011 a 6 de abril de 2012. O Prêmio ACIF de Jornalismo tem o apoio da Associação Catarinense de Imprensa, do Núcleo de Mídia Regional da ACIF, da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), da Associação dos Diários do Interior (ADI) e da Associação dos Jornais do Interior (Adjori).

Mais Encanto de Natal Mensagens de paz e amor estão emocionando moradores e visitantes que passam pelas ruas do centro histórico e por algumas comunidades de Florianópolis. Isso porque, desde o dia 8 de dezembro, a ACIF, em parceria com a Prefeitura, promove a segunda edição do projeto Encanto de Natal, que leva gratuitamente ao público apresentações de corais, show de luzes e decoração natalina especial. O evento integra a programação do Natal Encantado de Florianópolis, que também conta com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis. São esperadas mais de 60 mil pessoas para as apresentações. Até o dia 19 de dezembro, cerca de 300 vozes, de corais e grupos musicais, se apresentam em frente à Catedral Metropolitana e no Palácio Cruz e Sousa e nas localidades onde a entidade tem unidades regionais – Lagoa da Conceição, Canasvieiras, Ingleses, Continente e Sul da Ilha. A programação do Encanto de Natal também conta com apresentações especiais do coral de crianças do projeto Canta Floripa nas janelas do Palácio Cruz e Sousa, que recebeu iluminação especial. Nesse cenário, sob a regência do maestro Jackson Cardoso, as crianças e jovens interpretam canções tradicionais, de compositores da Ilha e em outros idiomas como inglês, espanhol e latim. Já nos bairros, que receberam arranjos e símbolos natalinos, estão sendo realizados festivais de corais. “É um presente que a ACIF dá para Florianópolis ao resgatar a participação popular em eventos no centro da cidade e trazer as famílias para comemorarem juntas esta data tão marcante”, diz o presidente da ACIF, Doreni Caramori Júnior.

Programação Encanto de Natal Centro 15/12, a partir das 19h Coral Anjos Luz de Portobelo; 16/12, a partir das 19h20min Coral Kerigma e Grupo Musical Esperança; 19/12, a partir das 19h20min Coral Cantaí ao Senhor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Coro Vozes do Divino, Associação Coral Italo-Brasileira, Coral Grandes Amigos, Coral da OAB/ SC e Coral Hélio Teixeira da Rosa (TCE/SC); Todas as noites - Projeto Canta Floripa. Regionais ACIF Lagoa da Conceição - Praça Bento Silvério; Sul da Ilha - Igreja São João Maria Vianney, Rio Tavares; Ingleses - Rua Dom João Becker, 185 (Restaurante A Casa); Canasvieiras - Av. das Nações; Continente - Praça Nossa Senhora de Fátima, Estreito.

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SOLUÇÕES EMPRESARIAIS

Um elo entre empregado e empregador Banco de Talentos da ACIF já possui 650 currículos e mais de 150 vagas de emprego

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uem está à procura de emprego sabe que não é tarefa fácil encontrar uma vaga disponível no mercado de trabalho. Por outro lado, os empregadores também têm dificuldade para encontrar candidatos que atendam às exigências. E foi para auxiliar tanto os que estão em busca de uma nova colocação, quanto empresários que precisam preencher as vagas disponíveis, que a ACIF criou o Banco de Talentos, uma ferramenta online gratuita que possibilita o cadastro de currículos e das oportunidades de emprego, além do monitoramento das vagas em aberto. Em funcionamento há cerca de três meses, o Banco de Talentos da ACIF já conta com 650 currículos profissionais e mais de 150 oportunidades de emprego cadastradas. Seu funcionamento é simples e seguro: os interessados nas vagas devem criar um perfil e registrar seus dados pessoais e profissionais – tanto o cadastro de currículos quanto a visualização das vagas disponíveis serão abertos para toda a comunidade. Já os empresários associados cadastrarão as oportunidades de emprego e terão acesso aos perfis cadastrados no Banco de Talentos

por meio de login e senha. Em busca de uma recepcionista, a empresa de engenharia e construção Etaplan utilizou o serviço do Banco de Talentos. “Ficamos impressionados com a quantidade de currículos disponíveis”, comenta a gerente Administrativo-Financeira da empresa, Bárbara Souza. Ela conta que encontrou vários profissionais que se encaixavam no perfil desejado. “Entramos em contato com os candidatos e, após uma seleção, contratamos nossa nova colaboradora”, explica a gerente. Segundo ela, “se precisarmos, usaremos novamente a ferramenta, que já nos foi muito útil”, afirma. De acordo com Adriana Loch (foto), diretora de Treinamento Empresarial da ACIF, “por meio do Banco de Talentos conseguimos unir a gestão de RH das empresas em um só lugar. Dessa forma, os empresários podem encontrar mais facilmente os perfis específicos para cada vaga”, ressalta. Além disso, segunda a diretora, “os candidatos também saem ganhando, já que contam um excelente catálogo de oportunidades, que detalha vaga por vaga”, destaca. O serviço, sempre atualizado, está disponível no site da entidade pelo link www.acif.org.br/banco-de-talentos.

Em funcionamento há cerca de três meses, o Banco de Talentos da ACIF já conta com 650 currículos profissionais e mais de 150 oportunidades de emprego cadastradas Mais informações: O funcionamento é simples: os interessados nas vagas devem criar um perfil e registrar seus dados pessoais e profissionais. Já os empresários associados cadastrarão as oportunidades de emprego e terão acesso aos perfis cadastrados no Banco de Talentos por meio de login e senha.

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E NTR E S Ó C I O S

Treino para superação Empresa Outbox prepara equipes para desafios profissionais

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ornar a equipe de colaboradores entrosada além dos limites da empresa. Esse é o objetivo dos treinamentos de capacitação oferecidos pela empresa Outbox. São diferentes programas de atividades, todos realizadas ao ar livre, que preparam pessoas e equipes para superar dificuldades e desafios empresariais. “A ideia é despertar comportamentos e características positivas como criatividade, organização, liderança e comunicação, que aparecem durante as atividades de rafting, caminhadas, canoagem e nas dinâmicas de grupo fora do escritório”, explica Thiago Sardá, que comanda a empresa ao lado de André Ricardo de Souza. São cinco tipos de programas – Coaching, Ludis, Management, Nature, e Top Management – cada um específico para o tipo de resultado que a empresa busca alcançar: descobrir talentos individuais, aguçar a criatividade, adaptar-se a mudanças, superar grandes desafios ou desenvolver estratégias. “É uma nova maneira de as empresas enfrentarem o competitivo mercado de trabalho dos dias de hoje”, destaca Sardá. Segundo o empresário, “vivenciar uma atividade de superação ao ar livre em equipe promove reflexão sobre a rotina empresarial e motiva no alcance dos objetivos”, diz. Correios, Caixa Econômica Federal, Imaginarium, C&A e Ultragaz são alguns dos clientes da Outbox, que atende a Grande Florianópolis e também o Vale do Itajaí.

Outbox Contato: contato@outboxtreinamento.com.br Na internet: www.outboxtreinamento.com.br Associados ACIF têm 10% de desconto

Saúde na dose certa Biofórmula Farmácia de Manipulação vende soluções

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Biofórmula Contato: (48) 3242-0403/3283-4928 ou bioformula@bioformulafarmacia.com.br Na internet: www.bioformulafarmacia.com.br Associados ACIF têm desconto

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farmácia de manipulação é hoje em dia muito mais que um estabelecimento comercial que vende remédios”, afirma Rodrigo Michels Rocha, um dos proprietários da Biofórmula Farmácia de Manipulação. Segundo ele, “é também um local onde se encontra diferentes soluções para melhoria da qualidade de vida, sempre de forma bem individualizada de acordo com a necessidade de cada pessoa”, explica. E uma prova de que os brasileiros gostam de produtos específicos e na dose certa, está no grande número de farmácias de manipulação do Brasil, que coloca o País como o maior mercado mundial nesse segmento, de acordo a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag). Para acompanhar o crescimento do setor e se destacar no competitivo mercado, a Biofórmula, que tem duas lojas em Palhoça, na Grande Florianópolis, tem investido em tecnologia de ponta. “Buscamos o que há de melhor e mais moderno em manipulações e contamos com uma equipe de profissionais farmacêuticos qualificados e especializados na recepção e elaboração das fórmulas”, ressalta Rocha. Além de manipular as receitas levadas pelos clientes, a Biofórmula também conta com uma linha própria de cosméticos para cuidados do rosto, corpo, cabelos, mãos e pés; florais; vitaminas e suplementos. Referência na região, a empresa já produziu cerca de 100 mil produtos e tem mais de 50 mil clientes cadastrados.


Mídias exteriores Ativa Multicanal investe em propostas inovadoras para SC

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riatividade não falta aos publicitários brasileiros. É só ‘zapear’ canais de televisão, navegar por sites na internet ou folhear páginas de revistas para encontrar as mais engenhosas propagandas dos mais variados produtos. Mas, além dessas tradicionais formas de atingir o consumidor, novas mídias também têm se destacado na hora de levar a mensagem da marca ao público: são as mídias exteriores ou out of home. Ocupando espaços inusitados como cabines telefônicas, relógios-termômetros, traseira de ônibus e laterais de metrôs ou em painéis eletrônicos digitais, as mídias exteriores estão presentes nas ruas, aeroportos, praias e shoppings da cidade, atingindo milhares de pessoas. Em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em São Paulo, a Ativa Multicanal - Rede Sul Brasileira de Comunicação Visual é uma das empresas responsáveis por produzir e colocar em funcionamento todas essas arrojadas peças publicitárias, além de outras mais tradicionais. “Com o know how de ser a maior empresa de mídia exterior do Sul do País, buscamos reproduzir, perfeitamente, a ideia e o conceito do projeto multicanal, seja em novos formatos ou nos conhecidos outdoors, que também ganharam novas versões”, destaca Hilton Barreto, gerente da filial catarinense em Florianópolis. A Ativa, que já ganhou diversos prêmios pela qualidade de seus produtos e serviços, como da Associação nacional das Empresas de Publicidade em Ônibus (Anepo) e da Associação Gaúcha das Empresas de Propaganda ao Ar Livre (Agepal), ainda oferece manutenção preventiva, diária, a todos os clientes.

Ativa Multicanal - RSBC Contato: (48) 3246-7587 Na internet: www.ativa.com.br

Alta competitividade Consultor mede índice de inteligência analítica

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o mercado econômico atual, em que pequenas inovações geram grandes diferenciais em relação aos ‘rivais’, um novo e importante método para alavancar a competitividade dos negócios vem sendo utilizado por empresas de todos os portes. São os conceitos e as práticas de Inteligência Analítica de Negócios ou Inteligência Competitiva (IC), que compreendem a análise e a transformação de diferentes dados, do ambiente e do mercado de atuação em que a empresa está inserida, em informações estratégicas para a tomada de decisões. “No Brasil, cerca de 20% das 500 maiores empresas têm uma área ou profissional dedicado a acompanhar, monitorar e apresentar relatórios de Inteligência Competitiva”, diz Leandro Marcucci, consultor na área de Desenvolvimento Humano, que oferece pro-

gramas de IC para organizações de médio e grande porte. Mas segundo ele, “o grande diferencial da metodologia de IC é o acompanhamento dos movimentos dos concorrentes, que permite antecipar futuras direções e tendências do mercado, em vez de meramente reagir a elas”, explica. O consultor atende a empresas de todo o País e tem programas de capacitação e treinamentos estruturados para diferentes segmentos empresariais. “Inclusive, os programas para geração e gestão de conhecimentos inteligentes podem ser aplicados em todas as áreas da organização, fazendo com que todos tomem decisões pautadas por estudos concretos e não só intuitivamente, apesar da intuição e do bom senso serem também fortes aliados”, ressalta Marcucci.

Leandro Marcucci Contato: (48) 9152-5447 ou leandro@marcucci.com.br Na internet: www.icdh.com.br Associados ACIF têm 50% de desconto em palestras, cursos e projetos específicos a combinar 37


ARTIGO

É Super, é Simples! José Paulo Dornelles Cairoli Presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)

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Brasil tem se notabilizado nos últimos anos por um crescimento econômico expressivo, culminando com a expansão do PIB de 7,6%, em 2010, a maior desde 1986, contribuindo para a inserção de milhões de brasileiros ao mercado de consumo. Isso tem permitido que o País se aproxime dos países desenvolvidos, já sendo a oitava economia do mundo. Além disso, o Brasil se tornou credor líquido do exterior, com as suas reservas internacionais superando o valor da sua dívida externa, lhe garantindo uma maior segurança para enfrentar crises internacionais. Se o passado recente tem sido positivo, o futuro pode nos levar a uma situação ainda melhor. A exploração do petróleo do pré-sal em águas profundas e os grandes eventos esportivos que o País será sede nos próximos anos (Copa do Mundo, em 2014 e os Jogos Olímpicos, em 2016) poderão reforçar ainda mais o nosso recente dinamismo econômico. Um aspecto crucial para assegurar a continuidade dos bons resultados econômicos do Brasil é o desempenho das empresas de pequeno porte do País. Nesse sentido, a Câmara dos Deputados deu mais um motivo para regozijo dos brasileiros, ao aprovar, por unanimidade, o Projeto de Lei Complementar 87/11, 38

do Executivo, que reajusta em 50% as tabelas de enquadramento das micro e pequenas empresas no Simples Nacional (ou Supersimples), um regime diferenciado de tributação no qual todos os tributos são pagos com uma alíquota única. Os novos limites elevaram a receita bruta anual máxima para as microempresas poderem optar pelo regime de R$ 240 mil para R$ 360 mil. As empresas de pequeno porte serão consideradas aquelas com receita acima de R$ 360 mil e até R$ 3,6 milhões. Para o microempreendedor individual (MEI), a receita máxima anual sobe de R$ 36 mil para R$ 60 mil. O reajuste vale a partir de 1º de janeiro de 2012. Além disso, quem está inadimplente poderá parcelar metade de sua dívida em até 60 meses, uma medida que beneficiará cerca de 500 mil empresas, que até o início do ano estavam em débito com o Fisco e correm o risco de exclusão. A CACB saúda as novas regras para o Supersimples, especialmente neste 5 de outubro, dia das micro e pequenas empresas, e espera que elas sejam ratificadas pelo Senado. O único problema associado a esta política seria a possível redução da arrecadação de tributos. Segundo o governo, os novos limites para o Simples Nacional levarão a uma renúncia fiscal da União da ordem de R$ 5,3 bilhões em 2012, de R$ 5,8 bilhões

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em 2013 e de R$ 6,4 bilhões em 2014. No entanto, embora esta medida implique, no curto prazo, redução de arrecadação, ela terá efeitos extremamente benéficos no médio e longo prazos, relacionados, principalmente, à criação de novos empregos e à redução da informalidade da economia brasileira, limitando e, até mesmo, eliminando o impacto inicial negativo sobre as contas públicas. Como se sabe, as micro e pequenas empresas brasileiras são as maiores geradoras de renda e emprego no País. Portanto, agora que já há sinais claros de desaquecimento da economia brasileira, como os números do PIB do 2º trimestre denotam, a manutenção de um mercado de trabalho aquecido irá depender, e muito, do desempenho das empresas de pequeno porte. Elas poderão servir, inclusive, como um elemento inibidor da propagação da nova crise internacional sobre a economia brasileira, permitindo que o processo de inclusão social brasileiro se mantenha nos próximos anos.

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