das associações empresariais do Vale do Itapocu Ano 3 | nº 15 Novembro e Dezembro de 2011 R$ 8,90
Inovação da construção civil Os proprietários da Antares Estruturas pré-fabricadas, Vilmar Emmendoerfer e a esposa Mara Lúcia, buscam estar sempre à frente, atendendo as exigências do mercado ENTREVISTA: Glauco Côrte fala da missão como presidente da Fiesc
TECNOLOGIA: Geraflex produz geradores movidos a etanol
editorial
O cooperativismo a serviço dos associados
O
cooperativismo é um sistema econômico que faz das cooperativas a base de todas as atividades de produção e distribuição de riquezas, tendo como objetivo principal difundir os ideais em que se baseia, no intuito de atingir o pleno desenvolvimento econômico e social. As cooperativas são sociedades de pessoas ou empresas que não visam a obtenção de resultados para seus associados. No entanto, tem como objetivo diminuir as despesas, fazendo com que ocorram sobras para os participantes, visto que, além de donos, eles também são clientes desta
empresa cooperativa, permitindo que os resultados alcançados possam ser econômicos, sociais, educacionais, agregadores de qualidade de vida, de renda, e outros, conforme os objetivos da mesma. Acima de tudo, as cooperativas são associações ao serviço dos associados. Em situações normais, as cooperativas deveriam apresentar sobras zeradas, pois sua existência decorre das operações com os associados. Este raciocínio decorre do fato das cooperativas serem empresas sem fins lucrativos, e as sobras positivas decorrem da realização de negócios com os associados com custos acima
dos necessários para a sobrevivência da empresa. Por fim, esta participação exige uma educação cooperativa, voltada para a conscientização política e social, para a transparência na gestão e para a organização do quadro social. Para isso, as associações empresariais estão oferecendo mais um benefício aos associados, através do incentivo na criação de cooperativas de créditos em nossas cidades, visando a redução de custos para os clientes. Rene Afonso Mahnke Presidente da ACIAC 3
sumário
14. Destaque Empresarial Há 31 anos no mercado de préfabricados, a Antares inovou e, hoje, busca estar sempre à frente, correspondendo às exigências de mercado. Atualmente, faz produtos a partir de concreto para estruturas prediais comerciais e residenciais, entre outros.
Conselho Editorial
Beatriz Zimmermann (ACIJS) Jean Carlo Chilomer (ACIAC) Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS) Rogério Souza Silva (ACIAG) Ronaldo Corrêa (CEJAS) Danielle Fuchs (Mundi Editora) Edição - Francielle de Oliveira francielle@mundieditora.com.br Textos - Iuri Kindler e entidades Fotos - Daniel Zimmermann e divulgação Foto de capa - Daniel Zimmermann Gerente de Arte e Desenvolvimento - Rui Rodolfo Stüpp Diagramação - Tiago de Jesus
24. Tecnologia A Geraflex disponibiliza no mercado produtos que contribuem com o meio ambiente, reduzindo a emissão de gases poluentes. Os geradores de energia produzidos pela empresa têm o etanol como combustível. 4
Circulação - circulação@mundieditora.com.br Sugestão de pauta - revistanegocios@mundieditora.com.br Tiragem - 3.000 exemplares Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIAG), e Schroeder (ACIAS).Informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Octaviano Lombardi, 100 – (47) 3275-7000.
18. Reportagem Especial Setores da economia sofrem com catástrofes climáticas. Além dos prejuízos imediatos, há dificuldades na logística, já que as rodovias são sempre afetadas.
expediente
Editora-chefe Danielle Fuchs- Fuchs Editorial Ltda ME danielle@mundieditora.com.br Gerente Comercial Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br Gerente Comercial Geral Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br Diretor Executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC - CEP. 89.035-401 Telefone: + 55 (47) 3035-5500 www.mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora
26. Soluções Empresariais Cooperativas têm atraído muitos empresários e a comunidade com opções de crédito com taxas e tributos mais baratos. Jaraguá do Sul e Guaramirim já possuem uma, agora, é a vez de Corupá. 5
canal aberto
tribuna
Ao 50 anos, WEG volta a crescer Presente nos cinco continentes do mundo, a WEG, que hoje conta com unidades de produção em seis diferentes países, comemora 50 anos de história, iniciada no Vale do Itapocu, com a fundação da Eletromotores Jaraguá. O diretor-presidente executivo Harry Schmelzer Júnior comemora os resultados atuais da multinacional criada por Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. “Muito orgulho temos do passado que sempre relembramos, mas com os pés firmes no presente, percebendo os novos horizontes que podem ser abertos a cada dia”, destacou, referenciando a recém inauguração da unidade de Linhares, no estado do Espírito Santo e, de outra, construída e já inaugurada na Índia, onde os investimentos chegaram a R$ 60 milhões. A volta do crescimento também foi citada pelo executivo. O drible à crise econômica de 2009 permitiu que a empresa não passasse dificuldades, segurando o avanço, mas sem quedas. “Somente deixamos de crescer no período, mas os investimentos não foram inibidos. O importante nestes momentos é a velocidade com que se tomam algumas ações”, ressaltou, afirmando que, já em 2010, o crescimento foi de 17%, correspondendo a 13%, se comparado a 2008. WEG em números As cinco décadas contabilizam uma produção que ultrapassa 150 milhões de motores, 1,1 mil geradores de grande porte e 130 milhões de litros de tintas. Mais de 24 mil funcionários estão distribuídos em 18 parques fabris que, juntos, deram à WEG o alcance de R$ 5,3 bilhões no faturamento bruto até hoje.
Agilidade no serviço e qualidade nos produtos. Estes sempre foram os propósitos da Rejoma, consolidada no mercado há 25 anos. Começamos 2011 em uma nova fase, com expansões, principalmente, da nova sede, que atenderá estruturalmente a demanda da empresa, focando a fabricação de engrenagens e peças especiais e acolhendo, de forma eficaz, os equipamentos sempre atualizados e nossa equipe de produção altamente qualificada” Sandro Luiz Depin Sócio-diretor da Rejoma
O diretor-presidente Harry Schmelzer Júnior falou do crescimento da empresa
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em alta X em baixa
“Luta” contra a alta carga tributária Os núcleos de jovens empreendedores das Associações Empresariais de Schroeder, Jaraguá do Sul, Guaramirim e Corupá comemoraram as movimentações realizadas com o Feirão do Imposto, no dia 17 de setembro. Em Guaramirim, a ação se concentrou na área externa da Câmara de Vereadores e Prefeitura. Além dos produtos rotulados com os índices de impostos, cerca de 200 participantes tiveram acesso ao sorteio de vale-compras de combustível e também de bicicleta. Em Jaraguá do Sul, mais uma vez a comunidade recebeu esclarecimentos do impacto da carga tributária sobre produtos e serviços. Dentro da programação, foi sorteado um carro zero quilômetro sem imposto. “Foram 1495 pessoas que participaram do sorteio. O número de inscritos superou 2010”, declara o coordenador do Feirão do Imposto em Jaraguá do Sul, Dionei Hiendlmayer. A sorteada que formalizou a compra do veículo foi Cristina Inês Wickert, moradora da cidade. Já em Schroeder, o Núcleo de Jovens Empreededores da Acias decidiu adiantar o Feirão do Imposto, acompanhando os dias da Expo Schroeder, que ocorreu entre 6 e 11 de setembro e recebeu 20 mil visitantes. Já Corupá teve ações em supermercados, materiais de construção e farmácias, com exposição de produtos com indicação da carga tributária. Houve também a venda de 3 mil litros de combustível sem impostos.
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Proteger e produzir: eis as questões No dia 18 de outubro, a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), afirmou que o novo Código Florestal deve ser aprovado até 22 de novembro pelo plenário do Senado. Otimista, ela acredita que a proposta está próxima de um consenso. Kátia defende que o novo texto não abre brechas para novos desmatamentos e que a redação está clara para evitar entraves posteriores com a Justiça. Enquanto não há um fim para a novela em Brasília, a população agrícola do Vale do Itapocu, assim como de todo o País, sofre com as indecisões. O especialista rural do escritório municipal da Epagri em Corupá, George Livramento, explica que muitos agricultores já estão se precavendo com mudanças e, para não terem problemas com a nova legislação, já iniciaram investimentos. “Receosos com as mudanças, os agricultores preferem investir antecipadamente com base nas possíveis modificações e com recursos próprios para não ter problemas mais à frente. São custos indiretos, procurando se enquadrar as normas, pagando técnicos e engenheiros para alinhar os trabalhos”, ressalta. Outro problema com a demora é a queda de investimentos. Máquinas deixam de ser compradas e alguns agricultores deixam de investir no plantio. Para o especialista, as idas e vindas do projeto devem se estender até março de 2012. “O Código Florestal depende muito de fiscalização, que é um ponto deficiente”.
Mais informações no www.epagri.sc.gov.br
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direitos & deveres
Dinheiro ou cartão? É abusiva a cobrança de preços diferentes para pagamentos em dinheiro e com cartão de crédito
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m posto de combustível do Rio Grande Sul foi proibido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de cobrar preços diferenciados para pagamentos em dinheiro e os previstos para pagamentos em cartão de crédito não parcelado, sob pena de multa diária de R$ 500,00. Por unanimidade, os ministros da Terceira Turma entenderam que o pagamento efetuado com cartão de crédito é à vista porque a obrigação do consumidor com o fornecedor cessa de imediato. O caso chegou ao Poder Judiciário em ação coletiva de consumo promovida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. O juízo de primeiro grau determinou apenas a equiparação dos preços para pagamento em dinheiro e cheque à vista. No julgamento da apelação, o tribunal gaúcho manteve o preço diferenciado para pagamentos com cartão de crédito por considerar que o comerciante só recebe o efetivo pagamento após 30 dias. O relator do recurso no STJ, ministro Massami Uyeda, destacou inicialmente que, como não há regulação legal sobre o tema, deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Para decidir, o relator analisou as relações jurídicas do contrato de cartão de 8
crédito. Há uma relação entre a instituição financeira que emite o cartão e o cliente, que paga uma taxa de administração. Há outra relação entre a instituição financeira e o comerciante, que transfere um percentual da venda em troca da total garantia de recebimento do crédito. Uyeda concluiu que o pagamento com cartão de crédito garante ao estabelecimento comercial o efetivo adimplemento e que a disponibilização dessa forma de pagamento é uma escolha do empresário, que agrega valor ao negó-
O pagamento com cartão de crédito é uma escolha do empresário, que agrega valor ao negócio, atraindo, inclusive, mais clientes cio, atraindo, inclusive, mais clientes. Trata-se, portanto, de estratégia comercial que em nada se refere ao preço de venda do produto final. “Imputar mais este custo ao consumidor equivaleria a atribuir a este a divisão dos gastos advin-
dos do próprio risco do negócio, de responsabilidade exclusiva do empresário”, afirmou o ministro no voto. A prática de preços diferenciados para pagamento em dinheiro e com cartão de crédito em única parcela foi considerada abusiva pelo relator. Isso porque o consumidor já paga à administradora uma taxa pela utilização do cartão de crédito. Atribuir-lhe ainda o custo pela disponibilização do pagamento, responsabilidade exclusiva do empresário, importa onerar o consumidor duplamente, o que não é razoável e destoa dos ditames legais, segundo o relator. O mesmo entendimento se aplica a negociações com cartões corporativos e os cartões destinados a crédito para desenvolvimento econômico, como é o caso do Construcard e do cartão BNDES. Sugere-se que as empresas fiquem atentas a esse entendimento do Superior Tribunal de Justiça para não viverem o dissabor de ter que indenizar por danos morais o cliente que reclamar no Judiciário. Havendo dúvidas, consulte o advogado de sua confiança. Jackson da Costa Bastos Advogado e sócio do escritório Bastos Advogados Associados e vice- presidente Jurídico Legislativo da Acijs
entrevista
“O primeiro dever de casa da Fiesc é a educação” Glauco José Côrte fala da missão como presidente da Fiesc Iuri Kindler iuri@mundieditora.com.br
A
os 68 anos, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, soma infinitas experiências como empresário e administrador. Natural de Timbó, no Vale do Itajaí, ele contribuiu de várias formas com Santa Catarina e a Federação Brasileira. Entre as principais atividades da carreira estão a vice-presidência do Grupo Portobello e direção da Portobello América, além de ser acionista-fundador da Implac Industrial de Plásticos, considerada uma das maiores indústrias de embalagens flexíveis da América Latina. A presença atual de Côrte está nos conselhos administrativos da Portobello, Multilog, Pedra Branca Investimentos Imobiliários e Santinvest. Entre 2005 e 2010, coordenou a gestão corporativa da Celesc, como presidente do conselho de Administração. Experiências não lhe faltam, assim como bagagem técnica. É bacharel em Direito pela UFSC e especialista em Direito Público com especialização em Administração, pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, além de Economia e Finanças Internacionais por instituições norte-americanas e da Suíça. Na Fiesc, já são 20 anos de história. Entre estes, se tornou o primeiro vice-presidente da instituição, permanecendo durante os dois mandatos do blumenauense Alcantaro Corrêa, a quem sucede a partir de agora. Ocupando o cargo de diretor da Confederação Nacional da Indústria 10
(CNI), onde também é membro do Conselho Superior Legislativo, Côrte, através da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), se torna re-
presentante dos interesses de 38 mil empresas do sistema, que inclui 135 sindicatos das indústrias e 670 mil trabalhadores.
Revista Negócios: O senhor foi eleito com 96,2% dos votos à presidência da Fiesc. O apoio declarado do antecessor Alcantaro Corrêa contribuiu para essa porcentagem? Glauco José Côrte: O apoio foi ciente de que não haveria interrupções nos programas em desenvolvimento e que a casa (Fiesc) continuaria normalmente com os trabalhos. Perante essa minha conduta, o apoio do presidente Alcantaro Corrêa foi declarado e ter o apoio do superior sempre é bom, pois foi seguido da maioria. RN: A presença do senhor no Movimento Brasil Eficiente é contínua. Como presidente da Fiesc, promoverá ações conjuntas beneficiando os objetivos do movimento? Côrte: Desde o início, a Fiesc se colocou ao lado deste movimento como forte apoiador. A iniciativa do grupo, que reúne todo o setor produtivo nacional, trabalhadores e a sociedade para uma reformulação fiscal e tributária é uma das frentes para tornar o País sustentável. É preciso, sim, que todos apoiem, principalmente porque os objetivos são claros e se demonstram tangíveis.
O objetivo é manter o setor industrial unido e sólido perante o momento crítico da economia e a competitividade internacional”
Côrte: Sempre que compartilhamos, as ideias fluem. Por isso, se debatermos as relevâncias do setor industrial, certamente teremos muito mais chances de assertividade nas decisões. Visando ao crescimento e ao desenvolvimento, as pessoas reunidas conquistam muito mais. O objetivo é manter o setor industrial unido e sólido perante o momento crítico da economia e a competitividade internacional.
RN: Durante a posse, o senhor falou sobre a gestão compartilhada. RN: Essa competitividade é o desafio An_Negocio_Seq_210x90.pdf 01/08/11 Quais são os benefícios1 desse tipo 11:52 de que o senhor assume. Como será essa batalha? gestão?
Côrte: A casa é composta pelo sistema IEL, Sesi e Senai. Já as diretrizes que temos é de que todas as iniciativas devem ter como foco a melhoria para competitividade. Por isso, usaremos todo o sistema para investimentos na educação. RN: Quais são as ações esperadas do governo Raimundo Colombo para otimizar a indústria catarinense e aumentar a competitividade no mercado internacional? Côrte: Há uma necessidade da melhoria do ambiente para os negócios. Esperamos por medidas que prestigiem e valorizem as indústrias já instaladas e em operação no Estado. Nós conseguimos, há cinco anos, segurar o aumento da carga tributária e retrocedemos esta ideia do Poder Executivo estadual. Mas é preciso diminuir estes tributos e a hora chegou. Há necessidade de redução e ainda clareza nas cobranças feitas. Junto da Secretaria do Estado da Fazenda, estamos demonstrando a necessidade de uma política de desenvolvimento industrial e algumas das nossas sugestões apresentadas hoje passam por análises. Mas falta uma reforma nacional, pois, atualmente, os estados sofrem individualmente no estabelecimento de investimentos industriais.
entrevista
RN: A conjuntura atual do mundo é de crise. Quais são as saídas para o Brasil? Côrte: Países da Europa sofrem com atuais decaídas e grandes potências estão inseguras. Mas isto é, sem dúvida, um prolongamento da crise que iniciou em 2008 e ficou evidente no ano seguinte. Aparentemente nos recuperamos muito rápido de algo grave, mas não ficamos totalmente saudáveis. Na época, a diminuição das taxas de juros serviu como saída para movimentar a economia, mas, hoje, estamos sofrendo com uma crise e não temos mais taxas de juros para baixar. Tivemos o grande poder de compra das novas classes que fizeram parte dos resultados de crescimento de 2010. Chegamos à casa de 7% de crescimento que, agora, não temos. No início de 2011, o governo acenou 5% de crescimento, mas não fecharemos em 4%. Lembrando do aspecto brasileiro passado, levamos 10 anos para sair de um estado de crise. Por isso, se olharmos para as origens e perspectivas da crise, temos que abraçar a melhoria pela competitividade. RN: A China é aliada ou inimiga? Cortê: É uma moeda de duas faces. De um lado, o produto chinês entra no Brasil com preços muito baixos arrebatando espaço da indústria local. Por outro lado, o campo fabril de lá pode servir de apoio e ajudar na fabricação dos produtos brasileiros. Estamos desiguais à China, pois lá o trabalho de industrialização e exportação é uma tática governamental. Os dirigentes do país estão ao lado das indústrias. Essa aliança beneficia expansão. Aqui a burocracia onera a produção e a infraestrutura é falha, contando ainda com a burocracia do governo que formam barreiras. RN: O governo brasileiro não tem apoiado o industrial como deveria? Côrte: Nossas condições de negócio não são favoráveis. Temos a maior carga tributária do mundo e a maior taxa real de juro do Planeta. O indus12
trial não precisa de tapas nas costas. Queremos soluções isonômicas para atuar e poder competir com os concorrentes. Por isso, a Fiesc, em conjunto com a CNI, está olhando e debatendo as estruturas. Precisamos da simplificação do sistema tributário e redução da carga, além de medidas do governo que estimulem investimentos. Nossos industriais reinvestem aqui, o que aqui ganham. Temos grandes potenciais no Estado. Mas do portão do parque fabril para fora, o ambiente econômico não é favorável. A carga tributária e mais o custo acessório para cumprir com as obrigações tributárias é muito pesado no Brasil. RN: O senhor passa, a partir de agora, a liderar reivindicações por melhor infraestrutura aérea, rodoviária, ferroviária e portuária junto ao Governo Federal. Qual é a prioridade? Côrte: Todos esses modais são essenciais, mas é primordial que tenhamos um sistema rodoviário mais estruturado. Falamos do fim da duplicação da BR-101, que estende-se por mais de uma década e as rodovias BR-280,
470 e 282 que, para cada região por onde passam, são responsáveis pelo escoamento de produção. Mas não podemos mais ficar apenas diagnosticando o que é evidente. Nossa missão é propor ao governo as medidas pertinentes e ter retorno esperado. Os aeroportos catarinenses também são precários. Além de problemas já existentes, faltam unidades regionais. Um investidor precisa, hoje, de condições de acesso fácil para chegar e sair das unidades das empresas que lidera. Em um dia precisa fazer várias visitas, porém, em Santa Catarina não disponibilizamos disso. Nosso roteiro aéreo é insuficiente. A estrutura ferroviária é fraca e o uso é mal feito aqui, como em todo o Brasil. A Fiesc apoia e está junto da Frente Parlamentar e das federações da indústria do Paraná e Rio Grande do Sul com o trabalho de atrair investidores que assumam estas deficiências. O escoamento de produção é crucial para a sobrevivência das nossas empresas, mas o atual custo de logística é um grande problema. RN: Perante o atual quadro do Bra-
sil no contexto mundial, quais são as ações pontuais da Fiesc para promover melhorias? Côrte: A CNI promoveu uma pesquisa que coloca o Brasil como uma dos piores federações no quesito de competitividade. Estas pesquisas são consistentes e nos perguntamos como trabalhar a concorrência com estes índices. Só não estamos em posição inferior, como decaímos nos últimos anos. Um dos deveres da casa é a educação. Queremos duplicar o número de matrículas dos sistemas de ensino para 172 mil no triênio e realizar fortes investimentos em pesquisa. Queremos também, por meio do Sesi e Senai, atender a demanda e procurar sanar a falta de mão de obra especializada. RN: Quais as ações voltadas para o Vale do Itapocu? Côrte: É a região foco para a ampliação do sistema. Por isso, temos bastante demanda para o ensino na região. Exemplo do compromisso é o atendimento a demandas verificadas. As oficinas para montagem de veículos elétricos na unidade de Schroeder é uma dessas. Estamos ao lado das frentes empresariais para forçar a duplicação da BR- 280, pois é justa a An_Negocio_Seq_210x90.pdf 01/08/11 11:52 aspiração desta região.2 Não somente
no cunho logístico das indústrias de lá, mas também nos prejuízos pessoais com vidas perdidas por causa dos problemas constatados .
O escoamento de produção é crucial para a sobrevivência das nossas empresas, mas o atual custo de logística é um grande problema”
RN: Várias autoridades e nomes públicos consideram Glauco José Côrte como um homem de ótimos relacionamentos, respeitado em todos os âmbitos e que tem por princípio manter as amizades. Estas são características que podem auxiliar no mandato como presidente da Fiesc?
Côrte: Espero que sim. É preciso manter com esforço o relacionamento com os poderes, seja nos âmbitos estaduais e federais, políticos ou privados. É preciso procurar sempre pontos de convergência para trabalhar juntos. De um modo geral, temos todos os mesmo propósitos. É preciso promoção do desenvolvimento de Santa Catarina para beneficiar as famílias que aqui vivem, avançando com a qualidade de vida. Se este perfil me ajudar, será ótimo. RN: O senhor é industrial e tem várias atribuições representativas do setor. Ao mesmo tempo é religioso e dedicado ao trabalho voluntário. O senhor recomenda o cunho social para todos? Côrte: Há muito tempo, minha mulher Sílvia está envolvida com o Educandário Santa Catarina. Eu, sempre que posso, também presto o meu trabalho voluntário por lá. São 470 crianças atendidas com atividades de educação infantil e extraclasse. Tenho isso como dever de cidadão e faço essa contrapartida com muita alegria. Penso que as pessoas que tem a vocação e condições para fazer o voluntariado devem ter um tempo para isso. São crianças e filhos de pessoas com renda insuficiente que precisam de apoio.
destaque empresarial
Proporcionando novos moldes de construção Antares celebra 31 anos no mercado de pré-fabricados Os proprietários Vilmar Emmendoerfer e a esposa Mara Lúcia
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Entre as décadas de 1970 e 1980, a região do Vale do Itapocu iniciou uma expansão industrial e urbana, se tornando palco de crescimento imobiliário, tanto de caráter residencial quanto comercial. Atentos à demanda, empresários visionários aproveitaram o cenário e emergiram empresas locais com foco na prestação de serviço para a construção civil. A Antares estruturas pré-fabricadas é, em especial, uma indústria com este perfil. Criada em 1980 e com fabricação inicial de postes, palanques, caixas de gordura, lajes para piso e forros concretados, expandiu o portifólio em menos de cinco anos para produção de galpões pré-moldados. Estrategicamente, passou a atender uma considerável demanda, fornecendo estruturas para empresas que viam na construção pré-moldada um formato mais acessível de expandir parques fabris ou aumentar depósitos e erguer prédios comerciais. A partir disso, a inovação fez parte da trajetória da Antares. Em 1987, lançaram as terças em concreto e, logo, passaram a contar com vigas tesouras de alturas constantes, proporcionando estética e flexibilidade às peças fabricadas. Painéis de fechamento com sistema exclusivo e junta seca, que garantem a impermeabilidade e vedação total das paredes das obras, também foram introduzidas à gama de produtos com diferencial de mercado. Atualmente, há produtos feitos a partir do concreto para diversas finalidades. São estruturas prediais comerciais e residenciais, pavilhões, painéis arquitetônicos, escadas, vigas de transição, calhas, lajes, currais, entre tantos outros itens desenvolvidos de acordo com a necessidade dos clientes. Esta grande variedade é tida pelo
diretor-presidente da Antares, Vilmar Emmendoerfer, como positiva para a empresa e clientes. “Oportunizamos o crescimento e a sustentabilidade da construção civil de forma ecologicamente correta. São processos construtivos que requerem alto conhecimento técnico, resultando na diminuição do desperdício de materiais”, destaca. Emmendoerfer avalia positivamente a dinâmica dos processos. Para ele, a Antares busca estar sempre à frente, correspondendo às exigências de mercado. Com isso, os sistemas pré-fabricados que a Antares disponibiliza otimizam os processos das obras e isso traz retorno de investimento mais rapidamente, se comparado com sistemas construtivos convencionais. Participando desde o início da progressão da empresa, Mara Lúcia Emmendoerfer é a atual diretora de obras e patrimônios e cita como compromisso de 31 anos o atendimento e satisfação dos clientes. “Nosso cotidiano tem base na materialização dos desejos que as pessoas possuem, por isso, precisamos de profissionalização e exatidão naquilo que fazemos”, ressalta. O parque fabril da Antares, situado desde 1996 em Guaramirim, corresponde a todos os quesitos necessários que enaltecem a qualidade dos produtos perante a NBR 9062, que estabelece normas técnicas necessárias e requisitos que devem ser An_Negocio_Seq_210x90.pdf seguidos por empresas 3do 01/08/11 ramo. 11:52
Os sistemas pre-fabricados otimizam os processos das obras
destaque empresarial
Profissionalização e sucessão É notável o carinho e zelo com que Vilmar Emmendoerfer preside a empresa, ladeado pela esposa Mara Lúcia. Mas com o passar dos anos, o casal, no centro dos negócios, ganhou reforços. As diretorias administrativa, industrial e comercial estão sob o comando da nova geração da família, contando ainda com a fidelidade de profissionais que atuam na empresa, como o engenheiro responsável e a gerente do departamento de pós-venda. Respectivamente, Maiara Lúcia Emmendoerfer, Diogo Emmendoerfer, Tiago Emmendoerfer, Alex Sandro Boligon e Cristiane Lopes Zomer Fillipe são responsáveis pelos setores, contribuindo com as formações universitárias específicas na profissionalização contínua da empresa. “Do conhecimento adquirido e experiências vividas por eles durante todo esse período, o trabalho de sucessão nas frentes de gestão da Antares vem ao encontro do comprometimento com os clientes e garantia de sucesso do negócio” avalia o presidente.
Processos construtivos requerem alto conhecimento técnico
A nova geração da família dá continuidade aos negócios, contribuindo com as formações universitárias específicas na profissionalização contínua da empresa 16
reportagem especial
Quando as chuvas se tornam um problema Setores da economia sofrem com catástrofes climáticas
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Vale do Itapocu tem forte poder econômico e expansão populacional. Ao mesmo tempo, o conjunto de cidades que está estabelecido neste território não tem preparação para uma expansão urbana coerente com as necessidades. Devido ao relevo local, o crescimento ataca áreas de grande vul-
nerabilidade ambiental. Encostas de morros e beiradas de rios e ribeirões são habitados mesmo propensos a deslizamentos e alagamentos. Como grande parte do Estado, as cidades de São João do Itaperiú, Schroeder, Massaranduba, Jaraguá do Sul, Corupá, Guaramirim e Barra Velha, pertencentes a essa região, também têm sentido o agravamento causado
pelas chuvas. Mas, muito além dos estragos imediatos, com o represamento das águas nas áreas baixas dos municípios, comprometendo partes importantes da infraestrutura e quedas de barreiras em estradas ou sobre áreas residenciais, a economia local sofre durante e após os eventos climáticos.
ções, são percebidas ainda as dificuldades na logística, já que as rodovias que cortam a região sempre são afetadas. O vice-presidente regional da Federação das Indústrias de Santa Ca-
tarina (Fiesc), Célio Bayer, confirma o recuo econômico nestes períodos. Ele afirma que no começo deste ano as chuvas trouxeram prejuízos de R$ 800 mil, valor que chegou a R$ 3 milhões em novembro de 2008.
Quedas de barreiras Com destaque na agricultura e na indústria, o Vale do Itapocu sente dificuldade cada vez que é atingido pelas chuvas. Além de prejuízo na produção que é perdida ou atrasada pela perda de máquinas e paralisa18
Os números relatados por Bayer são referentes às estruturas e produção, não contabilizados nestes as perdas de faturamento, logística e vendas. “É difícil afirmar o tempo que leva para uma empresa recompor a estrutura e reativar o parque fabril. Depende muito de como fica a situação posterior à cheia dos rios. Mas o que temos percebido, devido à experiência, é que a população empresarial tem se precavido”, ressalta. Bayer também destacou o trabalho realizado pela Defesa Civil, que está criando melhores soluções para a prevenção às catástrofes, principalmente com a informação que chega cada vez mais cedo, permitindo com que industriais se antecipem nas ações. A mesma opinião parte dos agricultores. As ações da Defesa Civil têm auxiliado o setor em alternativas para
diminuir problemas com as chuvas que afetam várias comunidades da região. As plantações e criadouros de animais são afetados e inibem as atividades até que as águas dos rios baixem para a recuperação de terrenos das plantações ou pastos. Por isso, é o setor com maiores prejuízos diretos. “Dependemos da terra para o beneficiamento dos produtos, sejam eles vindos do plantio ou criação animal. Com as catástrofes, acabam se perdendo estoques, plantações próximos dos períodos de colheita e animais prontos para o abate”, destaca o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Corupá, Rubens Hafemann.Ele aponta R$3 milhões em prejuízos, somente com as chuvas que ocorreram no início deste ano, incluindo perdas de produção e estruturas físicas e de apoio.
reportagem especial
Jaraguá do Sul entre as pioneiras São seis as cidades de Santa Catarina que receberam certificação da Organização das Nações Unidas (ONU). O reconhecimento é referente à pioneira adesão destes municípios a uma campanha mundial que apoia a construção de cidades mais seguras. A Estratégia Internacional para Redução de Desastres surgiu para a crescente urbanização dos territórios. A campanha proporcionou às cidades catarinenses as primeiras certificações do Brasil. O secretário da Defesa Civil de Jaraguá do Sul, Jair Alquini, considera que o certificado é uma amostra de que os trabalhos estão seguindo no caminho certo. Jaraguá do Sul tem destaque pelo mapeamento das tipologias dos processos e geração de mapas temáticos. São mais de 3 mil laudos fixados no banco de dados. No total, o grupo de trabalho tem 15 integrantes, contando com secretário municipal, duas diretorias, engenheiros e geólogos. Além da instalação meteorológica e criação de abrigos provisórios, o Programa Encosta Legal é realizado nas escolas, conscientizando a nova geração dos riscos. Existe ainda a elaboração de sete projetos de contenções e a criação de um grupo de trabalho em parceria com promotoria, que trata de aterros em áreas alagáveis. Um decreto municipal que proíbe a ligação de água e luz em áreas de risco e a criação do Fundo Municipal de Defesa Civil também são pautas. Porém, é preciso mais. O certificado emitido também traz um documento que torna as cidades comprometidas com a redução considerável das perdas ocasionadas por desastres climáticos. Para manter-se no projeto, as cidades precisam alcançar, até 2015, o atendimento de 10 itens elencados como prioritários. “Nosso plano de emergência foi baseado no plano de Portugal, o que tem sido eficiente. Tudo feito até agora está dentro dos itens elencados pela ONU”, declara Alquini. 20
Monitoramento sequencial Como abordado na edição 14 da Revista Negócios, Jaraguá do Sul também ganha com a prevenção. O sistema de monitoramento de parâmetros ambientais críticos é constituído de uma parceria entre o Centro Universitário Católico de Santa Catarina e a secretaria municipal. São sensores sem fio que fazem a coleta de dados, enviando informações aos bancos de dados a cada 15 minutos. Essa estratégia permite que o grupo de trabalho desenvolva modelos temáticos para definição de níveis de alerta conforme cada ponto.
Entenda a hidrografia da região Basta conhecer um pouco da hidrografia do Vale do Itapocu para entender o motivo pelo qual as cidades são constantemente atingidas por enxurradas e enchentes. O Rio Itapocu nasce das confluências dos rios Novo e Humboldt, em Corupá. Humboldt é abastecido pelos rios Natal e Vermelho, vindos dos municípios de São Bento do Sul e Campo Alegre, no Planalto Norte. Já o rio Novo tem como afluentes os rios Isabel, Mandioca e Ribeirão Correas. Rio Novo nasce também no Planalto Norte, em Rio Negrinho. Durante toda a extensão, o rio Itapocu recebe as águas de diversos outros rios e ribeirões com nascentes nas cidades das regiões. Em Jaraguá do Sul, os afluentes que nele desembocam são os Ribeirões Figueira, Vieiras, Águas Claras, Boa Vista, Chico de Paulo, Três Rios do Sul e do Norte, Cavalo e Grande do Norte, além do Rio Jaraguá. O Rio Cardoso de Araquari, Itaperiú, São João do Itaperiú, Piraí de Joinville, Ribeirão da Lagoa, rio Putanga de Massaranduba, Ribeirão Poço Grande de Guaramirim e Itapocuzinho de Schroeder também levam águas para o grande Rio Itapocu.
empreendedorismo A gerente da empresa Betina Borchardt e a proprietária Wally Hornburg
Produtos de alta performance Carrocerias HC Hornburg viajam por todo o Brasil
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região central de Jaraguá do Sul era ainda pouco populosa e sem muitas construções quando o terreno 1479, às margens da Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, foi comprado pelo casal Heinz e Wally
Hornburg. Com o desejo de erguer no local a sede da empresa, que anos antes começou a ser delineada, mal imaginavam que, dali, sairiam veículos dos mais diversos portes em direção aos quatro cantos do Brasil, equipados com as carrocerias frigoríficas de alta performance da HC Hornburg. Com padrão de qualidade preparado para atender os mercados mais exigentes, a HC Hornburg é, atualmente, uma das líderes nacionais de bases frigorificadas para veículos de serviço. São estruturas estudadas por uma equipe desenvolvedora de projetos que incluem elementos necessários para garantir durabilidade nas carrocerias e semi-reboques fabricados. Bases em aço com proteção anticorrosiva, assoalhos isolados e laminados com acabamentos em alumínio ou gel coat, com acessórios em aço inox e painéis de fibra de vidro ou poliuretano colados a vácuo formam o hall de matérias-primas de qualidade que enobrecem os produtos customizados a partir de sete modelos iniciais. Tecnologia aliada à produção artesanal sintetiza a excelência procurada pela cartela de clientes formada por grandes logísticas e pequenas empresas. Todas elas priorizam a qualidade de transporte das cargas que necessitam de refrigeração. Heinz está sempre presente nas áreas de produção. “A equipe do parque fabril é bastante comprometida com a qualidade do serviço. Cada qual, na sua seção, atua criteriosamente e avalia o serviço, pois tem o conhecimento do quanto a perfeição do trabalho é importante para a HC, e nós temos orgulho deste retorno”, ressalta. 22
Resultados significativos A HC Hornburg faz comemorações em dobro. Afinal, são 58 anos de fundação e 26 anos com especialização em carrocerias frigoríficas. Chegando a marca de 10 mil unidades estruturadas até hoje, é possível mensurar cerca de 260 unidades comercializadas a cada ano, com uma previsão de mil unidades entregues somente em 2011. “Certamente são ótimos índices de mercado para a HC. Dos 95 fabricantes do segmento no Brasil, estamos entre os 10 maiores. Fica nítido o reconhecimento dos clientes à qualidade da nossa marca”, afirma Betina Borchardt, que está à frente do gerenciamento da empresa desde 2000. A comercialização dos produtos é realizada no Brasil todo por meio de representantes ou contatos diretamente com a central em Jaraguá do Sul. Para a expedição das vendas, além da sede, outro ponto de atendimento, localizado no estado de São Paulo, dá suporte aos chassis que recebem as carrocerias frigoríficas da HC Hornburg, que circulam em 100% do território nacional.
Consolidação No início, a empresa atuava com produtos diferentes, mas que deram norte à história escrita hoje com as carrocerias frigoríficas. Em 1953, Heinz decidiu investir em um próprio negócio, fabricando artesanalmente carrocerias de madeira, cabines e complementos para camionetes. Nesta época, a produção em pequena escala era em Rio Cerro. “Sem tecnologia, tudo era muito diferente e o sonho rendeu muito trabalho. Mas soubemos aproveitar as oportunidades e ter pulso firme perante as dificuldades”, relata Wally. Passado os primeiros anos, surgiram os furgões de chapa de aço rebitados à mão e com elas a fabricação de carrocerias especiais para caminhões e camionetas. Mais tarde, a análise de mercado presente até hoje na administração, proporcionou orientações à diretoria da HC Hornburg, que optou pelo investimento em apenas um segmento de mercado. A aposta em bases frigorificadas deu certo.
O proprietário Heinz comemora 58 anos de fundação da HC Hornburg
Investimentos As comemorações de seis décadas em ativa expansão devem ser comemoradas com a inauguração da nova planta industrial que está em projeto. Buscando facilidade logística e acessibilidade aos clientes, a HC Hornburg deixará, em breve, o Centro de Jaraguá do Sul e passará a sediar os trabalhos em um novo parque fabril em Guaramirim. Atualmente, são 105 colaboradores entre setores de administração e produção. O casal Heinz e Wally e o filho Adelino, que descendem de agricultores, continuam abraçando as atividades da empresa e sentem orgulho de tudo que construíram.
tecnologia
Ações voltadas ao futuro Geraflex cria novos modelos de geradores
M
ovida a etanol. Assim é a Geraflex, que coloca no mercado produtos que cuidam do meio ambiente, reduzindo significativamente a emissão de gases poluentes. Os geradores de energia produzidos pela empresa têm o etanol como combustível. “Após dois anos de desenvolvimento do produto, criamos um motor apto a trabalhar com este tipo de combustível e a fabricação foi logo em seguida”, explica o diretor da empresa, Djony Tambosi. Para a produção dos geradores, a Geraflex criou a parceria com a Fiat Motores no desenvolvimento do sistema de injeção eletrônica especial para a finalidade, que é inserir o uso de um motor automotivo no circuito industrial. A Grameyer é outra parceira. A empresa de equipamentos eletrônicos participou no desenvolvimento do sistema de controle. Com o produto, a Geraflex tornou-se pioneira na tecnologia, aplicando etanol em motores flexfuel na geração de energia elétrica para
Formado em Ciências da Computação, Tambosi atua há anos na automação necessidades diárias de empresas. “Nosso trabalho se tornou necessário, pois estamos cada vez mais dependentes da energia elétrica e precisamos ter formas inteligentes e sustentáveis de geração”, destaca. Os geradores garantem energia para locais onde clientes não que-
rem, ou não podem comprometer as atividades com interrupção do fornecimento de energia elétrica. Isto compreende prédios comerciais, residenciais, indústrias de pequeno e médio porte, inibindo desconfortos ou prejuízos com pausas de fornecimento.
Os inovadores Atualmente, existem dois modelos de grupos geradores, ambos movidos a etanol, com potências de 60 kVA e 85 kVA. O primeiro grupo tem formato tradicional e mais compacto, com opcionais semelhantes aos dispo-
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níveis para equivalentes dieseis. O outro modelo ganhou um grupo gerador de 85 kVA e, com a engenharia empregada, ocupa menos de 1m² no chão. As medidas permitem que passe por uma porta padrão, permitindo a ins-
talação em ambientes menores, com pouco espaço. Já nos estudos e desenvolvimento da Geraflex estão produtos com maiores potências, que incluem o uso de gás natural como combustível.
Sustentabilidade Tambosi acredita que a empresa pode colaborar significativamente com o meio ambiente, através de produtos colaborativos. Além da diminuição de gases, com os combustíveis que utiliza nos geradores fabricados, a empresa erradicou o uso de papel nos processos internos. “Todo o funcionamento da empresa é feito através de sistemas específicos. Os únicos papéis que temos são documentos exigidos por lei”, comenta. A Geraflex possui quatro colaboradores diretos e empresas parceiras fabricam itens inseridos conforme as especificações solicitadas. A ideia é manter a equipe enxuta e focada em desenvolvimento de novas tecnologias. Porém, os próximos anos serão de expansão, pois a empresa vem conquistando maiores mercados e, consequentemente, aumentará a equipe.
soluções empresariais
Facilidades de crédito Cooperativas ganham evidência com produtos oferecidos
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cooperativismo é um movimento econômico que está cada vez mais evidente em diversos segmentos pelo mundo. É possível ver grupos de destaque nos setores de agropecuária, indústrias, comércio e prestação de serviços. Com vistas a atingir uma melhoria comunitária dentro do capitalismo, unindo voluntariamente pessoas e instituições, o sis-
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tema de cooperativismo também está em evidência quanto o tema é crédito. O Brasil está em 13º no ranking mundial no tema cooperativismo de crédito. Só a rede de atendimento destas instituições corresponde a 17% das agências bancárias no país. Se somados os volumes de ativos, o sistema cooperativo fica posicionado como nono colocado entre as maiores instituições finan-
ceiras do território nacional. Dados do Banco Central do Brasil (Bacen) já apontavam, no final de 2010, 1.020 cooperativas ligadas aos sistemas Sicoob, Sicredi, Unicred, Cecred e Confesol, que possuem cerca de 60% do total de ativos administrados por cooperativas de crédito no país. No geral, são 1.370 cooperativas em ativos totais que chegam à R$ 68,8 bilhões.
A Mahnke atua no ramo de produção de plantas ornamentais no mercado atacadista há mais de 25 anos.
Agência da SCRCred em Corupá será inaugurada em breve
Região Mais de 70% dos municípios catarinenses já possuem pontos de atendimento de cooperativas. A distinção entre instituições bancárias e cooperativas de crédito estão exatamente no objetivo. As cooperativas atendem aos donos, que são os próprios associados. Além dos serviços oferecidos como em um banco, as opções de crédito têm atraído muitos empresários e também a comunidade com produtos facilitadores com taxas e tributos mais baratos. A diferença para os bancos é que a cooperativa não visa lucros e as sobras ainda são divididas com os cooperados. Corupá é uma das cidades que terá, em breve, uma unidade da SCRCred com o apoio da Aciac, ligada ao Sistema Cecred, composta por outras 12 cooperativas. Daniel Buchmann, gerente responsável pela implantação, afirma que os empresários, as empresas e comunidade em geral ganham com a nova unidade. “Será apresentado uma diversidade de produtos para Corupá, assim como já são prestadas em cidades do Planalto Norte. Como cooperativa, é possível auxiliar o desenvolvimento econômico local com novas
possibilidades de crédito”, detalha. Em Guaramirim, a Crevisc, também filiada a Cecred, foi inaugurada em agosto de 2008 com 47 sócios-fundadores. Atualmente, são mais de 1.400 sócios e um crescimento de 31% no patrimônio líquido e 76% no total de ativos. “Permitimos ao pequeno e ao grande poupador o acesso as melhores modalidades de aplicações do mercado financeiro. São ideais para quem quer investir com segurança e ter uma rentabilidade superior as aplicações oferecidas no mercado financeiro”, destaca Gilberto Ronchi, diretor da Crevisc. Com as mesmas facilidades nos produtos e serviços, a Cejascred, filiada ao Sistema Sicoob, completou um ano no dia 1º de outubro em Jaraguá do Sul. A criação teve a participação de 88 sócios que aplicaram R$ 10 mil nas cotas e o presidente Gentil Marció. O desejo de projeção da unidade é chegar ao final de 2012 com mais de 2,5 mil sócios e um capital social maior que R$ 6 milhões. A Cejascred contou com o apoio da Acijs, Apevi, CDL de Jaraguá do Sul e sindicatos patronais.
Cooperativas SCRCred Cecred em Corupá: Avenida Getúlio Vargas, 667, sala 01 Crevisc Cecred em Guaramirim: Rua Gerônimo Corrêa, 200. Telefone (47) 3373-4543 Cejascred Sicoob em Jaraguá do Sul: Rua Henrique Piazera, 125, sala 02. Telefone (47) 3374-0070
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O www.mahnke.com.br mahnke@mahnke.com.br Corupá/SC
Seminário
Ampliando os horizontes Seni apresenta informações e destaca tendências do comércio exterior
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12º Seminário de Negócios Internacionais (Seni) é o maior evento na área de comércio exterior da Região Sul do Brasil. Isto permitiu que a edição de 2011, que ocorreu nos dias 20 e 21 de outubro, no Teatro Scar, em Jaraguá do Sul, contasse com ampliação de um para dois dias de programação. O objetivo do Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Joinville (Acij), que promove o Seni, é discutir políticas atuais, criar intercâmbio de ideias e também promoção de relacionamentos entre os profissionais da área. Um dos destaques deste ano foi o ex-embaixador do Brasil em Londres e Paris e atual presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Sérgio Silva, que falou sobre o crescimento dos países e a geração de mercados.
Ciclo de palestras No ciclo de palestras foram apresentados seis diferentes temas. Júlio Bin, Miguel Jorge, Daniela Khauaja, Frederico Araújo Turolla, Rabello de Castro e Sérgio Silva do Amaral destacaram diversos fatores de auxílio para as instituições brasileiras no mercado mundial. Eles abordaram negócios sustentáveis, competitividade, internacionalização das marcas e das empresas, competitividade, reformas tributárias e as novas fronteiras do comércio, respectivamente. O Seni contou com a participação de cerca de 600 pessoas. A ideia dos promotores é que o evento se torne itinerante, passando por outras regiões de Santa Catarina a cada ano. Definido como de alta relevância para os profissionais da área, o coordenador de Logística Internacional da WEG Jonathan Barros de Freitas, disse que o Seni trouxe enfoques atuais. “O Seni possibilitou não apenas a atualização dos participantes sobre alguns temas abordados, como também a formação de opinião durante as palestras e workshops, conduzidos por um time com sólido preparo e grande bagagem de experiências a transmitir”, destacou. 28
Seni reuniu cerca de 600 pessoas no Teatro Scar, em Jaraguá do Sul
Painel empresarial e workshops A desindustrialização foi o tema do espaço que proporcionou discussão e reflexão. Entre os líderes empresariais que falaram sobre o assunto em evidência no setor, estavam Carlos Tavares D’Amaral, diretor administrativo da Cia Hering; Marcelo Hack, superintendente do Perini Business Park; e Vicente Donini, presidente do Conselho de Administração da Marisol. Os três líderes falaram sobre a queda da industrialização. Donini citou a diferença de 40% para 16% na representação da indústria na economia dos anos 1970 até atualmente. Já Hack afirmou que a Região Norte de Santa Catarina sofre menos por ter um bom polo logístico, diferente de grandes centros que sentem inviabilidades. Neste ano, foram quatro temas abordados nos workshops: Incoterms 2010, soluções em crédito para negócios internacionais; promoção comercial de mercadorias brasileiras no exterior; e desembaraço aduaneiro de mercadorias sobre regime de vigilância sanitária de Santa Catarina.
institucional
Campanha Natal Premiado 2011 O Núcleo do Comércio da Aciac sorteará um carro e 56 kits de cozinha
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Núcleo do Comércio da Associação Empresarial de Corupá (Aciac) iniciou, no dia 1º de setembro, a campanha “Natal Premiado 2011”, que terá o sorteio de um Fiat Palio Fire Economy e 56 kits de cozinha. A cada R$ 30 em compras efetuadas nas lojas aderentes à campanha Natal Premiado 2011, o consumidor terá direito a um cupom. O objetivo principal da campanha é incentivar os clientes a efetuarem as compras no comércio de Corupá, fazendo com que o dinheiro circule na cidade.
Os prêmios distribuídos serão um Fiat Palio Fire Economy zero KM, modelo 1.0 Flex, quatro portas, cor vermelho, ano 2011 e modelo 2012, no valor de R$ 25.656,40 – as despesas com documentação (licenciamento, IPVA e emplacamento) serão de responsabilidade da promotora; e mais 56 kits de cozinha. O kit contém um liquidificador (Faet, modelo 222, potência 300W, no valor de R$ 40,98; uma batedeira (Cadence, modelo BAT270, potência 250W, no valor de R$ 56,50; uma sanduicheira (Cadence, modelo Mini Grill 214, potência 700W, no valor de R$ 36,90; e uma
cafeteira (Faet, modelo 821, potência 800W, no valor de R$ 41,98, totalizando o kit no valor de R$ 176,36. A premiação total da promoção corresponde ao valor de R$ 35.532,56, sendo que os prêmios não poderão ser convertidos em dinheiro. A premiação será exibida na sede da Aciac, para apreciação. Sendo ainda exibidos na forma de fotos meramente ilustrativas, em materiais de publicidade da campanha. O sorteio dos prêmios será no dia 23 de dezembro, às 21h. Os cupons deverão ser depositados no comércio onde a compra foi efetuada.
Corupá tem primeira cooperativa de crédito Em breve, Corupá contará com a agência da SCRCRED, firmando o compromisso com todos os cooperados e com a sociedade do município, visando a melhoria da qualidade de vida da comunidade, através do desenvolvimento econômico, social e cultural. A SCRCRED – Corupá disponibilizará todos os tipos de serviços bancários: Cartão de Crédito – Visa Internacional; Seguros (automóvel, vida, residencial, funcionários e empresarial); Talão de cheques; Internet Banking; Cobrança bancária; Conta integração com o Banco do Brasil; Recebíveis de cartões Visa e Mastercard; Linhas de crédito, entre outros serviços. A diferença para os bancos é que a cooperativa não visa lucros e as sobras ainda são divididas com os cooperados. A SCRCRED está localizada na Avenida Getúlio Vargas, 667, sala 01 (ao lado da Sula Modas). Venha você também fazer parte da nossa cooperativa!
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Natal do comércio de Guaramirim O grande prêmio da Campanha de Natal Compra Premiada 2011 será um novo Uno 0 km
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início da Campanha de Natal Compra Premiada 2011 do Comércio de Guaramirim movimentou o Sábado Aberto do mês de outubro. A campanha, uma ação da diretoria do Comércio da Aciag, começou no dia 8 de outubro nos 76 estabelecimentos comerciais aderentes a promoção. Entre as inovações da campanha deste ano estão as 76 câmeras digitais Samsung e duas televisões LCD 40”, que serão sorteadas juntamente com o grande prêmio, um novo Uno 0 Km 2P. Outra novidade agregada a promo-
ção, com o intuito de incentivar os colaboradores dos estabelecimentos comerciais a se empenharem nas vendas de final de ano, será a contemplação do vendedor, respectivo ao ganhador do carro, com um IPAD 2 16Gb. Neste ano, os investimentos da Campanha de Natal estão em torno de 100 mil reais. A divulgação da campanha está sendo feita através de spots em rádios, outdoors, carreatas, perfureids, jornais locais, adesivos de vitrines e folders. A campanha tem duração de 78 dias e o sorteio acontecerá no dia 24 de dezembro, às 14h, no Auditório da Aciag,
com evento aberto a comunidade e a Rádio 105.FM ao vivo. Os premiados serão comunicados na mesma data, sendo que os ganhadores das máquinas digitais retirarão os prêmios nos estabelecimentos comerciais, na qual permanecerão expostos durante toda a campanha. Para participar é fácil. Basta visitar umas das lojas aderentes que estão identificadas através de adesivos e folders, comprar os presentes de Natal e depositar os cupons na urna da mesma loja. O comércio de Guaramirim espera por você, com os melhores presentes de Natal!
Núcleo do Comércio O Núcleo do Comércio da Aciag foi fundado no dia 18 de outubro com aproximadamente 20 comerciantes. Na oportunidade, foi apresentada aos comerciantes presentes a metodologia do Empreender, da qual será trabalhada com os mesmos. Motivados com o novo desafio, os comerciantes já marcaram um próximo encontro, realizado no dia 31 de outubro, onde cada participante convidou mais um comerciante para participar da reunião. O responsável pelo primeiro encontro do Núcleo do Comércio foi Célio Bem Hur dos Santos, proprietário da Virtual Informática.
institucional
1º Seminário das Empresas de Contabilidade O Núcleo das Empresas de Contabilidade da Aciag promoveu, no dia 8 de novembro, o 1º Seminário do Núcleo das Empresas de Contabilidade “Sua Empresa na Nova Era Digital”, no auditório da Associação Empresarial de Guaramirim. Os convidados que apresentaram o seminário foram Adilson Cordeiro, vice-presidente do CRC/SC; Marcelo Ferreira Chaves Oliveira Lima, presidente do Seprosc; e Adolir Nunes da Silva, da New Vale Sistemas
e Membro do Niavi da Associação Empresarial de Rio do Sul. O mediador do evento foi o presidente da Aciag, Carlos Hugo Dequech. “O objetivo do seminário é informar os empresários das mudanças que estão ocorrendo na legislação quanto ao Sped Fiscal e ações que as empresas terão que providenciar para adaptar-se. Não depende somente dos profissionais de contabilidade, mas também das empresas, que necessitam de um sistema
de informática para dar suporte organizacional administrativo”, comenta a coordenadora do Núcleo das Empresas de Contabilidade, Graciela Nones Menegali. O seminário foi apoiado pela Aciag e realizado pelo Núcleo das Empresas de Contabilidade (JB Contabilidade, Orsi Contabilidade, Nones Menegali Contabilidade, Escritório Contábil Zimmermann, Guilherme Saibert Serviços Contábeis, Contabilidade Guaramirim e Tomelin & Tomaselli Contabilidade).
Os leitOres têm mais infOrmaçãO. Os anunciantes, nOvas OpOrtunidades.
Desde 2001, a Mundi Editora produz revistas, jornais, sites e informativos com alto padrão de qualidade gráfica e editorial para você, que é especial e gosta do que há de melhor no mercado em Santa Catarina. São publicações impressas e digitais, destacando pessoas, eventos e ações de lazer, comportamento, sociedade, turismo, saúde, cultura e opinião. O resultado deste trabalho é mais informação e novas oportunidades para todos. Bom para o leitor, bom também para o anunciante. *A editora de maior market share de Santa Catarina. Fonte: Levantamento do Instituto de Pesquisa MAPA.
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3035-5500
56º Encontro Empresarial em Jaraguá do Sul Hitendra Patel disse que a inovação deixa o mundo menor e amplia oportunidades de negócios
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ada vez mais o mundo é homogêneo e qualquer inovação pode ser aplicada em lugares diferentes, pois não há mais barreiras ou distâncias que impeçam um produto ou serviço de chegar rapidamente a todas as pessoas”. A
afirmação é do sul-africano Hitendra Patel, pesquisador na área de crescimento estratégico, inovação e tecnologia, ao falar para empresários de Jaraguá do Sul sobre o tema conectividade, base de estudo que apontou caminhos seguidos por companhias que cresceram graças ao desenvolvimento de soluções inovadoras. O tema da palestra “Connectivate”, acompanhada por um público de mais de 700 pessoas, no dia 15 de setembro, dá nome ao mais novo livro de Hitendra Patel, lançado em setembro nos Estados Unidos. O livro resume a história de 50 empresas que mudaram o mundo de maneiras novas e significativas, conectando máquinas, pessoas, empresas, governos e outras entidades e, assim, agregando novos valores aos negócios.
Partindo dos exemplos, Patel disse que trabalhar com fornecedores de novas maneiras, ter novos processos de produção, criar novas ofertas e experiências, encontrar novas formas e tempos de entrega e novos modelos de negócios são novos atributos de valor que podem ser aplicáveis a todas as empresas. “As inovações criam e ampliam a acessibilidade entre as pessoas, produtos e serviços. As inovações que surgem a partir das novas tecnologias, transcendem culturas e crenças, rompem barreiras, criam novos modelos de negócios e operações”, assinalou, dando como exemplo os potenciais que a internet abriu por meio das redes sociais e das ferramentas criadas com a comunicação virtual.
Caco Barcellos no 5º Encontro Regional de Jovens Empreendedores O Núcleo de Jovens Empreendedores Acijs-Apevi realiza, no dia 17 de novembro, o 5º Encontro Regional de Jovens Empreendedores (ERJE), no Centro Cultural da Sociedade Cultura Artística (SCAR) de Jaraguá do Sul. A grande atração fica por conta da presença do jornalista Caco Barcellos, com a palestra “Profissão Empreendedora”. No encontro, Caco irá contar ao público aspectos da trajetória pessoal e profissional e também revelar como surgiu o projeto Profissão Repórter, programa jornalístico que vai ao ar pela Rede Globo, produzido por uma equipe de jovens repórteres levados pelo experiente profissional à motivação e desafiados pela busca de uma carreira de sucesso. Caco também vai falar sobre valores, família, ética e moral. A palestra será ilustrada com audiovisuais de reportagens e por comparações com os desafios enfrentados diariamente pelos repórteres em busca de notícias, relacionando-os com os obstáculos a serem vencidos pelos empreendedores na busca por realização profissional. O jornalista vai destacar ainda a importância da formação intelectual e da atualização diária, independente da área de atuação. Informações podem ser obtidas pelo telefone (47) 3275-7012 ou pelo e-mail consultor4@acijs.com.br, com Valmir. 33
institucional
Apevi repassa terreno para implantação de Parque Tecnológico A Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi) repassou, em setembro, à administração municipal uma área de 10 mil metros quadrados destinada à implantação do Parque Tecnológico e de Inovação de Jaraguá do Sul e região (Tecnovali). O presidente da Apevi, Alessandro Truppel Machado, explicou que o terreno, localizado próximo ao campus da Católica de Santa Catarina em região destinada pelo município para abrigar indústrias e ambientes de incubação de novas empresas, havia sido doado à entidade na época em que a Apevi dava início ao projeto de uma incubadora tecnológica. Como a Apevi, ao lado de outras 16 entidades, passou a integrar o Tecnovali oficializado em 2010, a di-
retoria optou por ceder o local. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico Célio Bayer, a doação da área representa um gesto de grandeza da entidade empresarial. “Sem dúvida é uma iniciativa que fortalece o projeto de termos um centro de pesquisas e de desenvolvimento de novas empresas, ganhando com isso toda a região”, afirmou. Criado em outubro de 2010, o Tecnovali pretende ser um complexo industrial de base científico-tecnológica planejado para agregar, de maneira cooperativada, empresas cuja produção se baseie em pesquisa tecnológica desenvolvida nos centros de P&D vinculados ao empreendimento. “O objetivo é atuar como promotor da cultura da inovação, da competitividade, do aumento da capaci-
tação empresarial fundamentado na transferência de conhecimento e tecnologia”, assinalou, lembrando que um dos suportes do projeto até aqui tem sido o Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico (JaraguaTec), instalado no campus da Católica, que já possibilitou o surgimento de 16 empresas e, atualmente, conta com 19 projetos de desenvolvimento.
Lideranças assumem Conselho Estadual de Jovens Empreendedores O ex-coordenador do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) da Acijs-Apevi, Marcelo Noronha, foi eleito para a presidência do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (Cejesc), com mandato até 2013. A eleição aconteceu no dia 7 de outubro, durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em Florianópolis, quando também foram indicados Graziela Bordin, diretora de Eventos do NJE Acijs-Apevi (primeira secretária); Marcos Vieira, diretor de Ações Sociais e de Capacitação do NJE Acijs-Apevi (vice-presidente para a Região Norte); Guilherme Vogel, também ex-coordenador do NJE Acijs-Apevi (Diretor para Assuntos Estratégicos); e Tiago Coelho, coordenador do NJE Acijs-Apevi (Diretor Estadual do Feirão do Imposto). Marcelo Noronha explica que a prioridade da entidade será reativar os Núcleos de Jovens Empreendedores existentes no Estado, fomentando ainda mais as ações 34
de empreendedorismo. Outra meta será fazer com que todas as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs) do Cejesc tenham neutralização de carbono. Para os integrantes do NJE Acijs-Apevi, a representatividade junto ao Conselho Estadual é consequência da força do associativismo na região e do trabalho forte que vem sendo realizado na instituição, com ações efetivas junto à comunidade. Fundado em 1999, o NJE Acijs-Apevi tem o objetivo de promover capacitação e geração de negócios entre os associados. O grupo também é um caminho para fortalecer relacionamentos e ampliar a rede de contatos dos jovens empresários. Uma das iniciativas de sucesso é o Feirão do Imposto, com o objetivo de levar à comunidade esclarecimentos sobre o impacto da carga tributária sobre produtos e serviços. Em 2011, a programação teve como ponto alto o sorteio do direito de compra
de um carro comercializado sem impostos pela Fiat Javel. A sorteada foi Cristina Inês Wickert, de Jaraguá do Sul, que formalizou a compra com a revenda. Conforme Dionei Hiendlmayer, coordenador do Feirão do Imposto em Jaraguá do Sul, esse ano o número de inscritos para o sorteio superou o resultado obtido em 2010, totalizando 1.495 participantes. Para mobilizar a comunidade, o NJE realizou várias ações como a distribuição de materiais informativos sobre o ‘peso’ dos tributos sobre produtos e serviços, a venda de medicamentos, a incidência de impostos e o sorteio ao direito de compra de um automóvel Fiat Uno zero Km. Outra ação foi a coleta de assinaturas de apoio ao Movimento Brasil Eficiente (MBE), iniciativa que busca maior transparência e modernização da administração pública e a correta aplicação dos recursos originados da carga tributária.
O SICOOB é o maior sistema de Cooperativas de crédito no Brasil, são mais de 600 Cooperativas, em 21 estados e no Distrito Federal. O que representa mais de 2 milhões de associados. As vantagens de associar-se ao SICOOB são muitas, em qualquer lugar do Brasil que você encontrar o SICOOB, independente da agência, com seu cartão de débito (sem custo) é possível realizar saques, depósitos, sem pagar nada mais por isso. Aqui no SICOOB Credinorte, além das vantagens de baixa manutenção, juros baixos e excelentes aplicações, você também pode contar com o atendimento diferenciado, cada associado é atendido com igualdade. Credino você é associado, integraliza cotas na abertura da sua conta, e ao encerrá-la as recebe de volta. No SICOOB Credinorte, Outra grande vantagem, é que aqui o associado é quem recebe o lucro referente ao resultado da Cooperativa o qual é distribuído de acordo com a movimentação do associado. , criado por você, para você e está cada dia mais associado à você.
Evento realizado dia 23/08 com associados de pessoa jurídica
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Fim da gestão da atual diretoria da Acias O biênio 2009/2011 finaliza com grandes realizações que foram previstas no planejamento estratégico A Associação Empresarial de Schroeder (Acias) se prepara para a troca de diretoria. A gestão 2009/2011 finaliza em 31 de dezembro com grandes realizações que foram previstas no planejamento estratégico no início da gestão e atualizado conforme as necessidades. A assembleia geral foi realizada no dia 31 de outubro para aprovação das contas, apresentação das realizações da gestão e eleição da nova diretoria gestão 2012/2014. A presença dos associados foi de grande importância, pois valoriza o trabalho que a Acias vem fazendo, a classe empresarial e o associativismo.
O presidente da Acias, Leandro Bauer, na abertura da Expo Schroeder
Ações realizadas Ações em conjunto com as demais entidades da região na busca por melhorias: Melhoria na segurança pública, com a Polícia Civil e Militar; Duplicação da BR-280; Campanha para votar em candidatos da região nas eleições passadas; Ação junto ao órgão responsável do governo estadual para criação de uma agência da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) na região; Participação ativa nas reuniões da Fascisc e da SDR. Ações com os associados da Acias: Continuidade do trabalho com os núcleos setoriais: Núcleo do Comércio, Núcleo de Jovens Empreendedores e com o segmento de faccionistas; Apoio total ao evento de integração: Feijoada do Núcleo de Jovens, com parte da renda repassada aos Bombeiros Voluntários de Schroeder; Continuidade do Programa Acias de Capacitação (PAC) com a realização de vários treinamentos, com palestras e cursos de interesse dos associados; Participação ativa na Campanha Compra Feliz do Núcleo do Comércio da Acias; Realização em conjunto com o poder público municipal e APP’S da Schroeder Fest e Expo Schroeder, onde teve a participação de mais de 20 mil pessoas; Pagamento total do valor emprestado em 2007 para conclusão da sede própria; Acompanhamento e melhoramento do atendimento da comunicação de internet para os associados, bem como para toda a comunidade de Schroeder.
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Ação do Feirão do Imposto na Expo Schroeder O Núcleo de Jovens Empreendedores da Acias, coordenado pelo jovem empreendedor Odair Wolf, responsável pela ação do Feirão do Imposto, em conjunto com os demais integrantes, apresentaram para os visitantes da Expo Schroeder uma série de produtos e a carga tributária que estes possuem. Foram mais de 1,2 mil visitantes que assinaram a adesão ao Movimento Brasil Eficiente, inclusive administradores públicos e o presidente da Acias, Leandro Bauer.
Leandro Bauer assina a lista do Feirão do Imposto, do Núcleo de Jovens da Acias
ponto de vista
O processo e o comportamento empreendedor
O
empreendedorismo é uma área de estudos relativamente nova. A evolução tecnológica, mercadológica e de gestão resultou na evolução natural de sua definição e conceitos. Tem raízes importantes em disciplinas mais antigas e mais estabelecidas como Economia, Psicologia, Administração e Sociologia. Segundo Morris (1998), empreendedorismo é o processo pelo qual indivíduos ou grupos integram recursos e competências para explorar uma oportunidade, criando valor e alcançando resultados que incluem novos empreendimentos, produtos, serviços, processos, mercados e tecnologias. Acredito que a linha que separa as etapas deste processo seja bastante tênue e, por vezes, difícil de ser identificada. Independente do empreendimento que você deseja montar ou do novo produto/serviço que deseja oferecer ao mercado será necessário passar pelo processo empreendedor para encurtar o caminho do sucesso e minimizar riscos. Assim como o processo empreendedor está ligado ao negócio, o comportamento empreendedor está ligado à pessoa do empreendedor. Comportamento é o conjunto de reações e atitudes de um indivíduo ou grupo de indivíduos em face do meio social. Desta forma, atitude é a palavra que representa o comportamento. Para se ter atitude, uma série de características permeiam o comportamento empreendedor. Se empreendedorismo é um processo, comportamento empreendedor é uma postura que impulsiona o indivíduo e transforma contextos. Basicamente, a estratégia é uma perspectiva que está na mente do líder e baseada nas suas experiências e intuição. Contudo, pode ter um viés proveniente de suas limitações. Finalizando, fica o recado aos mais ingênuos: não há separação ou tensão entre teoria e prática, ao contrário, esses são os dois lados da mesma moeda. A teoria é escrita observando-se, por meio de pesquisas científicas, o que acontece na prática. Em todas as áreas existe a necessidade de conhecimento sistemático e maior entendimento para a divulgação e prática de ações bem-sucedidas. A teoria responde as perguntas “por que?” e “como?”. 38
Marco Antonio Murara Professor universitário e Analista técnico do Sebrae
Se empreendedorismo é um processo, comportamento empreendedor é uma postura que impulsiona o indivíduo e transforma contextos”