Revista Negócios - Ed. 13

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das associações empresariais do Vale do Itapocu Ano 3 | nº 13 Julho e Agosto de 2011 R$ 8,90

Da serragem aos cavacos EMPREENDEDORISMO: O sucesso da Confeitaria e Padaria Fachini

Ciro Rogerio Pavanello comanda a Transportadora Pavanello, líder na produção de biomassa para geração de energia em Santa Catarina

ENTREVISTA: As opiniões de Werner Voigt



editorial

Associativismo e responsabilidade

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á 31 anos, completados em maio, o Centro Empresarial de Jaraguá do Sul vem cumprindo importante papel como entidade que congrega o setor produtivo da cidade. Através do movimento associativista, as entidades que representam a indústria, o comércio e serviços se tornaram mais fortes, não somente na representação legal, como também na atuação comunitária. Esse é um modelo inteligente de gestão integrada que permite a maior representatividade, embora preserve a individualidade de cada segmento, ou seja, indústria, comércio e serviços têm suas articulações enquanto categorias econômicas, mas estão juntas em ações coletivas. Exemplos dessa sinergia são os esforços por maior representatividade política e por melhorias na infraestrutura da região, através de campanhas nas quais as entidades do CEJAS se unem às Associações Empresariais e a outros segmentos organizados nos municípios do Vale do Itapocu. Neste sentido, é muito importante fortalecer esse projeto que identifica, de modo muito claro, valores da classe empresarial

como o associativismo, o empreendedorismo e o voluntariado. Esses valores estão presentes desde a fundação da ACIJS, há mais de sete décadas, e, ao longo dos anos, se solidificaram com a organização dos Sindicatos Patronais, CDL e APEVI. Da organização de classes que deu origem ao movimento, essa atuação ampliou-se para muito além das questões que influenciam mais diretamente o meio empresarial, que passou a olhar para setores como saúde, educação e bem-estar da comunidade. É um direcionamento que tem encontrado respaldo junto aos associados, pois percebem que as entidades não estão ausentes das grandes discussões. Um exemplo claro é a mobilização que tomou conta da comunidade no debate sobre o projeto de ampliação do número de vereadores. Com a participação do CEJAS ao lado de outros segmentos, foi possível obter maior ressonância do anseio coletivo em busca de maior racionalidade e transparência da atividade política, visando a uma administração pública mais eficiente. Entretanto, as entidades somente se tornarão fortes com a participação e o en-

volvimento dos associados. Uma forma de conseguir isso é participando do dia a dia de cada uma delas nas reuniões e nos eventos que organizam. Um desses momentos é o encontro semanal na ACIJS, sempre às segundas-feiras. Essas reuniões são abertas a todos os empreendedores e à comunidade, não havendo nenhum pré-requisito que não seja a vontade de participar desse movimento de troca de ideias e de pensamentos sobre como podemos contribuir para termos um lugar cada vez melhor para as nossas famílias e um ambiente favorável para os nossos negócios. O sucesso de uma região depende da unidade de propósitos das lideranças e continuidade de projetos. Nossa região necessita melhorar o astral, necessita de mais otimismo, mais determinação na realização de nossos objetivos e, principalmente, aperfeiçoar a habilidade de trabalhar junto, potencializando o desenvolvimento sustentável, que é a nossa grande vocação. Durval Marcatto Presidente da ACIJS 3


sumário

18. Destaque Empresarial Transportadora Pavanello, de Ciro Rogerio Pavanello, é líder na produção e distribuição de biomassa para geração de energia em Santa Catarina. Serragem, resultante da fabricação de móveis, e cavacos de madeira alimentam caldeiras de indústrias de diversos segmentos.

Conselho Editorial

Beatriz Zimmermann (ACIJS) Jean Carlo Chilomer (ACIAC) Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS) Rogério Souza Silva (ACIAG) Ronaldo Corrêa (CEJAS) Danielle Fuchs (Mundi Editora) Edição - Francielle de Oliveira francielle@mundieditora.com.br Textos - Iuri Kindler, New Age Comunicação (Liliani Bento) e entidades Fotos - Ricardo Silva, Flávio Ueta e divulgação Foto de capa - Ricardo Silva (Photuspress) Gerente de Arte e Desenvolvimento - Rui Rodolfo Stüpp Diagramação - Tiago de Jesus e Fabiano Linares

27. Cultura Círculo Catarinense de Harpas busca ampliar número de interessados em tocar o instrumento. Em Jaraguá do Sul, proposta procura disseminar o ensino da harpa. 4

Circulação - circulação@mundieditora.com.br Sugestão de pauta - revistanegocios@mundieditora.com.br Tiragem - 3.000 exemplares Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIAG), e Schroeder (ACIAS).Informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Octaviano Lombardi, 100 – (47) 3275-7000.


14. Reportagem Especial O lixo produzido no dia a dia pode ser fonte de energia limpa. Projeto nesse sentido foi apresentado aos municípios da região. As prefeituras também podem ter diminuídas as despesas com a destinação final dos resíduos.

expediente

Gerente comercial Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br Editora-chefe Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br Diretor executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC - CEP. 89.035-401 Telefone: + 55 (47) 3035-5500 www.mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora

24. Empreendedorismo Desde 2007, o casal Maria Salete e Aparecido Moreira Silva comanda a Confeitaria e Padaria Fachini, que tornou-se referência nesse tipo de estabelecimento em Jaraguá do Sul. 5


canal aberto

tribuna

Líder americana lança espaço conceito em Jaraguá do Sul Com premiações internacionais obtidas por produtos que estão nos ares do mundo todo, a Sol Paragliders, que é líder americana na produção de parapentes e equipamentos de voo livre, inaugurou, em Jaraguá do Sul, a Sol Store. No ambiente estão expostos os mais variados produtos com o conceito flywear para atletas e simpatizantes. Além dos já conceituados produtos, uma linha de roupas e acessórios foi lançada com desenhos especialmente desenvolvidos por conhecidos designers. O espaço fica anexo ao parque fabril, onde também está aberto à visitação o Centro de Memória, que apresenta toda a trajetória da empresa. Para o fundador da empresa, Ary Carlos Pradi, o desafio da marca está em ser percebida como inspiradora do bem-estar e da convivência com a natureza, como também auxiliadora na superação dos limites de cada indivíduo. “As lojas Sol Store estão sendo abertas nos locais de prática do voo livre, oferecendo tudo que diz respeito ao voo livre com parapente, voo duplo, cursos e equipamentos técnicos, além da moda flywear”, ressalta. A linha flywear é distribuída através de lojas multimarcas que trabalham com marcas conceituadas no esporte casual e possuem clientes que se vestem com produtos inspirados nas atividades ao ar livre.

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Respeitadas todas as opiniões, ficou claro que a democracia venceu. Jaraguá do Sul deu um exemplo para a política nacional” Raphael Rocha Lopes Presidente da OAB Jaraguá do Sul


em alta X em baixa

Poder econômico A economia do Vale do Itapocu se manteve aquecida no primeiro semestre de 2011. O motivo da movimentação financeira, que promete continuar nos próximos meses na região, é a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os valores foram dispensados para a população atingida pelas chuvas de janeiro e março. Jaraguá do Sul teve o maior montante, totalizando pouco mais de R$100 milhões sacados. O gerente-geral da Caixa Econômica Federal, Donaldo Kobus, expôs que, entre 25 de fevereiro e 17 de junho, foram liberadas 75.651 contas. Já o gerente-geral da agência Caixa de Corupá, Júlio César Boico, afirma que o valor chegou a R$ 5 milhões para as 3,8 mil liberações realizadas. Em Guaramirim, a agência da Caixa atende também moradores de Schroeder e Massaranduba, totalizando R$ 28 milhões entre 20 mil moradores das três cidades. Conforme a gerente-geral da agência de Guaramirim, Brunilde Graser, esse valor é o calculado para as liberações feitas por causa das chuvas de janeiro, em um total de 1,74 mil contas.

Mais informações no www.caixa.gov.br

O novo capítulo da novela “duplicação da BR-280” Depois da última errata do processo de licitação para duplicação da BR-280 só ter sido publicada no final de maio com uma redução de R$ 56 milhões nos valores, comparados aos primeiros documentos publicados, todo o processo parou novamente com as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. A licitação para os 74,6 quilômetros de obras foi anulada perante denúncia de escolha antecipada do vencedor. Indícios estariam no valor de R$ 885,6 milhões para menos de 80 quilômetros comparados aos 211 de extensão da duplicação da BR116, no Rio Grande do Sul, por um valor de R$10 milhões a menos. O Estado é o segundo em verbas congeladas no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, reconhece o fato e afirmou que as licitações serão liberadas aos poucos. Apenas serão analisadas individualmente citando a BR-280 como uma das prioridades para Santa Catarina.

Envie sua opinião para revistanegocios@mundieditora.com.br

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direitos & deveres

Propostas para o Simples Nacional O projeto está em discussão, inclusive através de audiências públicas, porém, só entrará em vigor em 2012

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projeto de Lei Complementar 591/2010, que está em discussão no Congresso desde 2010, deveria ter sido votado em dezembro daquele ano, sendo tirado da pauta de votação com o argumento de que seria votado no primeiro semestre de 2011 e entraria em vigor ainda este ano. O projeto realmente está em discussão, inclusive através de audiências públicas, porém, não entrará em vigor em 2011 e transfere para 2012 o início nos aspectos mais importantes, por exemplo, a mudança do faturamento anual de R$ 2.400.000,00 para R$ 3.600.000,0, as tabelas com os percentuais para definição das alíquotas, as novas atividades que podem optar, entre outras situações. A não-aprovação em 2010 fez com que muitas empresas fossem excluídas desta sistemática para 2011, algumas pelo faturamento, outras por pendências de tributos e muitas que foram extremamente prejudicadas pelo fato de não ter sido eliminada a substituição tributária das empresas do Simples Nacional. Reconhecemos que o projeto vem corrigir distorções que têm prejudicado as empresas optantes ou que gostariam de optar pelo Simples Nacional, porém, entendemos que poderia avançar em outros aspectos. Vejamos itens que o projeto está alterando e o que poderia avançar: a) O projeto, através do artigo 2º, acrescenta na lei do Simples que os va8

lores expressos em moeda serão reajustados anualmente a partir de 2012, com base no INPC. Isso quer dizer, por exemplo, que o faturamento para optar pelo Simples, que hoje tem limite anual de R$ 2.400.000,00, será atualizado entre os valores que constam na lei. b) Altera o faturamento limite para que as empresas possam optar pelo Simples Nacional de R$ 2.400.000,00 para R$ 3.600.000,00. c) As empresas optantes não estarão sujeitas ao regime de Substituição Tributária ou ao regime de antecipação de imposto. Esta mudança é essencial para que estas empresas tenham novamente bene-

Reconhecemos que o projeto vem corrigir distorções que têm prejudicado as empresas, porém, poderia avançar em outros aspectos fício em permanecer no Simples Nacional. d) Nas aquisições em outros estados, não haverá o recolhimento do ICMS relativo à diferença entre a alíquota. e) Algumas atividades, como academias de dança, de atividade física, serviços de fisioterapia, entre outras, que pagavam o Simples através do Anexo V, que é uma

tabela com percentuais mais altos, estarão, a partir da mudança, recolhendo o Simples através do anexo III. f) Cria parcelamento especial para estas empresas em relação ao Simples em atraso. Atualmente, quando uma empresa está no Simples e tem pendências de tributos, é excluída desta sistemática se não pagar em 30 dias após ser notificada. g) Os empreendedores individuais que tinham a receita anual com o limite de R$ 36.000,00 passa para R$ 48.000,00. h) Percebe-se que o projeto corrige várias situações que estão prejudicando as empresas optantes pelo Simples Nacional, porém, poderia avançar ainda na questão do crédito de ICMS na totalidade para as empresas que compram das empresas do Simples Nacional. Esta situação faz com que muitas empresas não comprem das que estão no Simples por não gerar o crédito de ICMS. O que justifica esta transferência de crédito é o fato das empresas optantes pelo Simples pagarem no preço dos produtos que compram o ICMS e não se creditam deste valor. De qualquer forma, a sociedade espera que este projeto seja aprovado o quanto antes e que entre em vigor no segundo semestre de 2011.

Paulo Henrique Felicioni, Contador com mestrado em Ciências Contábeis e gerente da Gumz Contabilidade e Consultoria Empresarial

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Operando


entrevista

“O que está bom esse ano, no próximo tem que ser melhor” Um dos fundadores da WEG, Werner Ricardo Voigt, vê o Brasil como um País privilegiado

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paixonado por eletricidade, de visão inovadora e sempre atualizada, que valoriza o ser humano porque acreditar que todos são iguais. Assim é Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG, hoje empresa multinacional, fundada em 1961 em Jaraguá do Sul, com o nome de Eletromotores Jaraguá. Aos seis anos, o empresário já despertava o gosto pela eletricidade. Duas pessoas contribuíram de forma significativa para o início da vida pessoal e profissional de Werner. Primeiro o avô, um construtor e professor, que trazia da Alemanha livros e revistas técnicas, e Hermann Purnhagen, um eletricista e músico, que o orientou profissionalmente aos 14 anos e, nas horas de folga, ainda ensinou clarinete para ele. Após o período que passou no exército em Curitiba (PR), onde se especializou em radiotelegrafia e eletrônica, Werner trabalhou em uma concessionária de energia elétrica em Joinvile. Em 1953, o sonho de menino começa a virar realidade, quando abre uma pequena oficina no centro de Jaraguá do Sul, que prestava serviços gerais como montagem de rádios, orientação na instalação de rodas d’água e assistência aos veículos motorizados que circulavam na região, além de fabricar geradores de energia. Era o início do que é hoje uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo. Em entrevista exclusiva concedida pelo empresário à revista Negócios, ele expõe a opinião sobre o mercado econômico brasileiro, política e o que o motivou a querer ter a vida retratada no livro “O caminho de um apaixonado pela eletricidade”.

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Revista Negócios: Como está o momento econômico na região do Itapocu? Werner Ricardo Voigt: Para nós está equilibrado. Parece que está um pouco mais alto, mas pelo jeito está igual ao ano passado. Não podemos reclamar que está muito ruim, mas também não está ótimo. Eu vejo pelo faturamento de R$ 5 bilhões que tivemos em 2010. Pretendemos faturar esse ano a mesma quantia. Assim, o lucro está dentro do normal como em 2010. Porém, o aumento não foi de como estávamos acostumados, às vezes de até 10% por ano. RN: Qual a decisão com uma situação de estabilidade como essa? Voigt: Nós investimos sempre porque nosso lucro está bom e não podemos reclamar. Se continuar como está, continuaremos investindo normalmente. Compramos outra empresa, equipamentos e sempre estamos melhorando. Não podemos estacionar de jeito nenhum. Temos praticamente 10 empresas no Brasil e 10 no exterior. Uma empresa fica em Jaraguá do Sul, duas em Guaramirim, uma em Blumenau, e assim por diante. A WEG tem produtos muito diversificados e há anos já não é mais só aquele motorzinho. Nós temos geração de energia e até uma fábrica de turbinas hidráulicas em Joaçaba e automação. Em Blumenau, temos os transformadores que levam a energia para jogar na rede, que é usada por todo o Brasil. RN: Que tipo de investimentos que a região precisa para crescer? Voigt: A região está equilibrada em todos os sentidos. Desde a indústria têxtil até a de alimentos. Para mim, todo tipo de indústria da região está bem. Somente nossa empresa em Jaraguá do Sul emprega um pouco mais de 15 mil funcionários.

RN: Qual a diferença das empresas de décadas atrás para as de hoje? Voigt: Nós tivemos um concorrente rico quando começamos, mas ele não inovou e sempre achava que a vida toda poderia trabalhar assim e ele caiu fora, foi superado, não existe mais. Mas não se pode fazer isso. O que hoje está bom, no ano que vem tem que ser melhor. Não podemos pensar em aumentar o preço, pois este tem que estacionar ou reduzir, esse é o objetivo, e assim funciona o mundo. Se aumentar o preço, alguém vai fornecer mais ba-

“Sempre sou otimista. Vou torcer para que tudo dê certo no governo da Dilma”

Livro conta a trajetória e mostra as ideias de um dos fundadores da WEG

rato. Se alguém pensa que não precisa fazer inovação não vai existir por muito tempo, porque sempre tem que melhorar em tudo. Por exemplo, ninguém compra um automóvel da mesma marca e mesmo tipo depois de andar cinco anos se não tiver bastante melhoria. E ele só quer pagar o que foi pago cinco anos atrás. É assim com tudo. Eu dou o exemplo de automóvel porque todo mundo tem. Ninguém quer que dentro de um ano comece a aparecer bolhas e ferrugem no carro. Assim, em tudo tem que ter melhorias.

RN: A região carece de representatividade política? Voigt: Os políticos como sempre não são industriais, eles não são honestos e isso se vê todo o dia. Não sei porque não são como tem que ser. Eles sempre dão um jeito, principalmente no dinheiro que desviam. Nós precisaríamos ter, porém já tivemos, até três políticos da região, mas quando tem eleição vem tantos de fora que no fim não entra ninguém, isso é muito ruim. E mesmo nas prefeituras, nós sempre temos muito a desejar. Mas isso começa lá de cima, lá do alto escalão. Até agora a presidente tem feito esforço para realmente fazer um trabalho correto, mas daqui a pouco os que estão junto começam a fazer desvios. 11


entrevista

RN: Quais são os países mais receptivos aos produtos da região? Voigt: Não tenho como dizer, pois exportamos para 100 países. A Europa foi sempre mais na linha. Lá, eles são um pouco mais honestos. Mas, de vez em quando, também aparece alguma coisa, como exemplo o Berlusconi, na Itália. Eles também têm muita malandragem. Já na América do Sul, como em todo o lugar, tem os altos e baixos. Mas, na média, estamos relativamente bem. A meu ver, a Europa é um pouco mais equilibrada do que o resto do mundo. Temos um representante com escritório em quase todos os países que negociamos, mas fábricas nós não temos nesses países. Na Europa, nós só temos uma fábrica em Portugal, mas nos outros países só representantes, como na Alemanha, que temos 100 pessoas trabalhando. A Europa é bastante livre entre os países e não tem muitos impostos, assim não tem tanta burocracia como aqui. RN: Para o senhor, o que é responsabilidade social? Voigt: Sempre tomamos a dianteira nessa área social porque já temos 20 anos de INSS próprio. Temos o do governo e o nosso próprio. Sempre tomamos a dianteira em segurança em qualidade, ISO 9001, entre outros. Cada empregado recebe, no dia em que se aposenta, praticamente a aposentadoria integral do ordenado que ganhava. Nós precisamos tratar bem e todos têm a seguridade privilegiada. Quando vou às fábricas, não interessa se é diretor, engenheiro chefe ou varredor, eu falo com todos, pois para mim todos são iguais. São todos postos que são necessários. RN: Como o senhor avalia o momento econômico e político brasileiro? Voigt: Eu vejo que o Brasil é um País privilegiado, com o clima e a terra. Eu comparo sempre com o Japão, assim nós estamos realmente muito bem. Temos muita terra e ninguém passa fome se cuidar um pouco. Tem outros países que se não recebem 50% de alimentação de outros países, eles morrem de fome. Aqui no Brasil isso não tem jeito de acontecer. Todos os países mais avançados têm energia atômica e aqui só temos uma pequena quantidade. Mas nós ainda temos muita coisa a fazer com a energia hidráulica, mas mesmo assim não precisamos da atômica. Estamos agora atacando um pouco com a energia de vento, a eólica, mas temos muito da hidráulica a fazer, e sem dúvida é a melhor de todas, porque a eólica depende de vento, quando não tem vento não tem energia e, água não, água você acumula o tempo que quiser, até meses, e solta na hora que precisa. Em Santa Catarina, temos uma usina de carvão e em Angra dos Reis (RJ), a atômica, mas o resto é tudo hidráulica. 12


Hoje, exportamos para 100 países, e acho que a Europa é mais equilibrada do que o resto do mundo”

RN: Qual a diferença do País de quando a empresa foi fundada para hoje? Voigt: Se fala tanto mal do regime militar, mas nós não sentimos nada de errado, então não podemos reclamar de nada. Quem naquela época trabalhava, produzia e não sentia problema nenhum. Eu vejo tanta gente falando que era muito ruim, mas eu não senti nada. Antes tinha muito mais segurança em casa e na rua do que hoje. RN: Que medidas que o Governo Federal dever tomar para facilitar o desenvolvimento econômico? Voigt: Sou otimista. Vou torcer para que tudo dê certo no governo da Dilma. Estou sentindo muita força, mas sempre vem os velhos caciques que fazem ela ainda tomar um rumo que não é correto e que, a gente sente, não seria o rumo que tomaria se estivesse realmente livre. Mas, nem por isso, eu torço contra, faço tudo a favor. Não tem uma coisa especial a fazer, porque o negócio é a globalização. Não é mais como há 50 anos, quando o Brasil era sozinho. Então, se alguém no mundo não vai bem, prejudica os outros. Na Europa, tem países que recebem ajuda muito grande, como a Grécia. Eles, às vezes, têm o presidente por muitos anos e o povo fica revoltado. No Brasil, não podemos reclamar nesse sentido. Temos pequenos problemas, mas, no fim, sempre dá certo. O governo só deveria ser um pouco mais transparente. RN: O setor empresarial precisa estar sempre em busca de melhorias? Voigt: Todo aquele que quer ter uma empresa de produtos de alta tecnologia se não for conhecedor disso, tem que se especializar. Nós temos contatos principalmente na Europa e, se tem alguma novidade que precisamos, procuramos

comprar e ter aqui no outro dia. Isso é muito importante para sempre estar informado de lançamentos em tecnologia. Como eu sempre digo, todo ano tem que ser melhorado. O que está bom esse ano, no próximo tem que ser melhor, mas não mais caro, tem que baratear, e isso sempre é possível. Precisa muito esforço, mas é possível. É tudo assim, e quem não pensa assim desaparece. Em outra época, com aqueles motores pequenos, precisávamos de pelo menos uma hora para bobinar, agora fazemos em dez segundos. RN: Sobre o livro “O caminho de um apaixonado pela eletricidade”. Como foi ter um livro contando a história de sua vida? Voigt: Eu sempre achava que deveria escrever a verdade sobre a Weg, com tudo o que conheço dentro da fábrica. Assim, eu fiz esse livro para contar desde minha infância, os meus antepassados e até hoje. Tudo foi escrito corretamente, não tem nada que não seja pura verdade. Pouca gente sabia dessas coisas, então ficou bem esclarecido. Eu verifiquei como eram os meus antepassados da Alemanha e mandei uma pessoa lá para pesquisar tudo. Mas eu quis fazer esse livro diferente, porque todo mundo que faz um livro chama um especialista, mas eu chamei um rapaz simples aqui de Jaraguá e disse: “Senta aqui e liga o gravador e escreve o que estou dizendo”. Depois, a cada dois dias ele me mostrava o que tinha escrito. Não queria nada enfeitado, somente a verdade. Quem conhece e conheceu a minha vida não pode dizer que não era assim. Acho que todos gostaram do livro. Uma maneira bem simples de contar a história da minha vida e isso que está no livro ninguém consegue contestar.


reportagem especial Usinas como essa usam lixo para a geração de energia

Transformação limpa Lixo pode virar energia no Vale do Itapocu

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ntegrantes do Poder Executivo, Legislativo e instituições de todas as cidades do Vale do Itapocu estiveram reunidos, no início de maio, em Jaraguá do Sul, para participar de uma discussão promovida pela associação dos municípios da região, a Amvali. O tema trouxe à discussão um assunto que preocupa toda a população: o lixo. Representando a Redsol Energy, o diretor da empresa para o continente americano, Valmir Roberto Silva, apresentou o projeto de transformação de lixo em energia limpa, que mantém o armazenamento, seleção e processamento em um só lugar. Assim, um único município da região disponibilizaria o terreno para instalação da usina, recebendo resíduos das cidades próximas. A exemplo de projetos que já existem na Europa e Ásia, Silva afirma que este tipo de empreendimento é autossustentável, evitando emissão de gases poluentes, hoje, soltos na atmosfera pelos aterros comuns. Todo o gás me14

tano resultante do processamento do lixo orgânico movimentaria as turbinas gerando energia. Na prática, as cidades manteriam a responsabilidade de coleta, eximindo-se da responsabilidade de destinação que, hoje, gera alto custo. Guaramirim foi cogitada como a ci-

As cidades manteriam a responsabilidade de coleta do lixo, mas não mais da destinação dade com melhor situação geográfica para receber o empreendimento em um local de 80 mil metros quadrados, já oferecidos pelo prefeito da cidade e também presidente da Amvali, Nilson Bylaart. A empresa espanhola se comprometeu em enviar carta-proposta para a Amvali, responsável por apresentá-la

às prefeituras da região. Estas, por vez, deverão dar parecer positivo ou não ao estudo que pretende ser feito. Com uma equipe formada por técnicos brasileiros e europeus, a Redsol Energy fará estudos na região por dois meses para a análise de dados precisos para apresentar um projeto sucinto. A região, assim como todo o restante do Estado, possui lixo classificado como de alta qualidade para o processamento e geração de energia. Se aprovada, a construção da usina poderá ter um custo de 100 milhões de dólares para a empresa privada, que também será responsável pela venda de energia produzida. Preocupadas com as questões ambientais, as associações empresariais de Corupá (ACIAC), Jaraguá do Sul (ACIJS), Guaramirim (ACIAG) e Schroeder (ACIAS) e o Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, que representam os executivos da indústria e comércio da região, participam dos debates e reuniões para avaliar os projetos.


Conscientização Conscientização e ações estimuladoras de colaboração da população também podem possibilitar, futuramente, a reversão do ônus financeiro nos municípios de Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Schroeder. Esses municípios pagam, juntos, um montante que chega a ultrapassar R$ 10 milhões anuais de gastos com o lixo, conforme estimativas anunciadas em 2009. O principal fator do gasto financeiro é o transporte executado até o aterro sanitário, localizado em Mafra, no planalto Norte, a 120 quilômetros do Vale do Itapocu. O ano de 2014 é o prazo estabelecido pela política nacional de resíduos sólidos urbanos, aprovado em agosto de 2010, para que as cidades coloquem em prática projetos sustentáveis para solucionar o problema com o lixo não reciclável. Mas, além do problema de destinação do lixo, é preciso revisar o modo como a população dispensa aquilo que não usa mais ou resíduos providos diariamente. Apesar de muita conscientização, há uma precariedade na conduta das pessoas. Ainda observa-se lixo orgânico misturado ao reciclado em ambientes naturais, utilizados como depósitos, degradando fauna e flora e trazendo riscos de contaminação de plantações e criações. Sem contar as inúmeras cenas de desrespeito diário que é possível assistir, como no caso de pequenos objetos jogados na rua.

É preciso conscientizar para o descarte correto do lixo


reportagem especial

Conscientização a partir da escola Em Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Schroeder são realizados projetos pedagógicos que procuram iniciar a conscientização de crianças para atingir os adultos das famílias. Muitas vezes, a participação ativa das crianças permite o recolhimento seletivo de lixo para atividades escolares e gincanas. Com isso, é plantado o hábito da seleção dos resíduos. A orientação de alunos ocorre nas 17 escolas municipais de Guaramirim, comenta Gisela Klotz, que é supervisora de ensino fundamental da Secretaria de Educação. A pedagoga também afirma que há projetos isolados nas escolas que contam com o apoio da empresa que atua no recolhimento de lixo da cidade. O secretário municipal Arildo Ko-

nell, responsável pela pasta da educação em Schroeder, também apresenta projetos da cidade. Na unidade de ensino Frida Hein Krause, cerca de 150 crianças do jardim ao quinto ano participam da conscientização. Com os pais, eles fazem a entrega do lixo reciclado na escola que, posteriormente, é passado por uma triagem e destinado corretamente. Nas demais escolas também há projetos pontuais. Na Escola Municipal Anna Töwe Nagel, de Jaraguá do Sul, existe um projeto de incentivo à reciclagem, elogiado pelo Ministério da Educação. A diretora de ensino fundamental do município, Sirley Schappo, conta que, cada 15 dias, as crianças têm a oportunidade de trocar o lixo por figurinhas de astronomia. O projeto tem parce-

ria de estudantes da Licenciatura em Ciências da Natureza do Instituto Federal de Santa Catarina. Jeferson Maciel Breganholi, Gilson Würz e Marcos Lewerenz criaram o álbum didático de figurinhas com o título Astronomia, com 100 figuras auto-adesivas para colecionar. Além deste projeto, existem gincanas que mobilizam cerca de 840 crianças do pré a nona série. Com os títulos “Preservar e Amar” e “Reciclar e Preservar”, os projetos de orientação em Corupá atingem cerca de 900 alunos ao ano, aponta Sirlene Maria Morais, coordenadora de educação ambiental da Secretaria de Educação. As ações, em parceria da secretaria de agricultura, estimulam o desenvolvimento de uma nova cultura quanto ao lixo.

Meio ambiente saudável Com início em 2010, a campanha Recicla CDL, promovida pela entidade de Jaraguá do Sul com a parceria da Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama), chegou a uma arrecadação de mais de 40 mil quilos de materiais que foram entregues pela população. A ação é um apoio para o processo natural de conscientização da população que aumenta a cada dia. Isso resulta em benefícios para o meio ambiente e para as próprias pessoas, já que os itens alvos da campanha (CPUs, monitores, mouses, teclados, impressoras, placas eletrônicas, processadores, periféricos em geral, nobreakes, estabilizadores de energia, telefones e baterias de celulares) estão tendo um destino final correto. 16

Conscientização sobre o lixo começa na escola e tem intenção de sensibilizar também os adultos



destaque empresarial

Expansão e resultados positivos Transportadora Pavanello é líder na produção de biomassa para geração de energia em Santa Catarina

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atural de Jaraguá do Sul, Ciro Rogerio Pavanello iniciou no ramo dos transportes em 1989, com a parceria do pai, Alido Pavanello. Desde o início, a principal área de atuação foi o transporte de maravalha, das indústrias moveleiras do Norte do Estado para as empresas têxteis do Vale do Itapocu. O material conhecido também como serragem, inutilizado pelas indústrias de móveis no final do beneficiamento da madeira, sempre serviu como combustível para caldeiras de produção de indústrias, a exemplo a área têxtil e alimentícia. Ao longo dos 10 primeiros anos, o crescimento da Transportadora Pavanello teve a participação ativa do proprietário. “Comecei como motorista do primeiro caminhão que foi adquirido pelo meu pai e mesmo quando assumi a administração da empresa sozinho, continuei transportando. Eram muitas viagens por semana para São Bento do Sul, fonte de matéria-prima, onde fica o polo moveleiro do Norte, com retorno e distribuição nas cidades do Vale do Itapocu, onde estão meus clientes. Só deixei de ser motorista quando tive a certeza que era a hora de apenas administrar”, lembra Ciro. Em 2000, com a sede administrativa já fixada em Schroeder, novos desafios foram encarados pelo empresário. Neste ano, a Transportadora Pavanello inaugurou uma base em São Bento do Sul, 18

Ciro Rogerio Pavanello está no ramo desde 1989 onde também foi instalado um picador de madeira, o primeiro do Estado, adquirido para ampliar a capacidade produtiva da empresa. O picador permitiu a própria produção de um novo material, o cavaco de

madeira, que passou a ser gerado com árvores de reflorestamento. A nova estratégia permitiu ampliar a gama de clientes, atendendo, além do setor têxtil e alimentício, empresas produtoras de MDF no Paraná.


Responsabilidade social e sustentabilidade Os resíduos produzidos pelas empresas do segmento moveleiro da região eram depositados em aterros. A partir do momento que a coleta passou a ser feita pela Pavanello houve uma melhora na questão ambiental, pois, além de inibir o despejo do material na natureza, as empresas fornecedoras passaram a ter uma nova fonte de renda. Outro fator é a parceria no campo, já que a coleta realizada em reflorestamentos criou oportunidades de trabalho e aproveitamento de resíduos abandonados, evitando cortes irregulares dentro da flora. “Os resíduos de madeira lançados no meio ambiente geram mais gás carbônico ao se decompor do que sendo queimados em caldeiras”, comenta. A empresa é líder em produção do cavaco de madeira, gerando energia por meio de biomassa em Santa Catarina. Da sede administrativa em Schroeder, onde Ciro mantém todos os certificados necessários que comprovam as origens da madeira de reflorestamento que beneficia, também são analisados instantaneamente os dados de toda a produção, gerados por software específico. Tal tecnologia permite verificar a leitura volumétrica do material por cada carga processada.

Empresa coleta e comercializa serragem de madeira


destaque empresarial

Sem parar Ciro se orgulha da atual estrutura da empresa, que atende 15 clientes fixos. São 27 funcionários entre os setores administrativo, produtivo e equipe de motoristas, além da geração de mais 100 vagas de trabalho geradas indiretamente. No total, 30% do produto industrializado ainda vem do setor moveleiro. Já a grande produção gerada é de reflorestamento e áreas de manejo florestal que abrangem todo o planalto Norte catarinense e são processadas no próprio picador com capacidade diária de 1600 m³. O transporte de produtos têxteis também continua contabilizado de forma positiva pelo empresário. A tecnologia está presente na história da empresa. “Sempre busquei por inovações e tecnologia para diminuir custos, manter qualidade do produto e satisfazer as necessidades dos clientes” afirma Ciro. A Transportadora Pavanello foi a primeira do segmento em adquirir caminhões com sistema roll on/roll off, que mantém a base de carga no local de carregamento da madeira, enquanto o caminhão pode executar outras viagens sem ficar parado, proporcionando praticidade e segurança do transporte. O pioneirismo também foi conquistado por ser a primeira empresa de Santa Catarina em utilizar caminhões com o sistema de assoalho móvel, inibindo a preocupação com altura para o despejo do produto e proporcionando maior facilidade na hora da entrega de 108 m³ por carga.

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Tecnologia e Inovação “Sempre busquei por inovações e tecnologia para diminuir custos, manter qualidade do produto e satisfazer as necessidades dos clientes” Ciro Rogerio Pavanello



sustentabilidade

Os fundadores da empresa Avelino Rudnick, Rolf Bayerl, Valdir Rudnick e Vilson Rudnick

Abastecendo com segurança A Dibrape Distribuidora de Petróleo tem planos de expansão e aumento no número de postos

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m 1994, em Guaramirim, a Dibrape Distribuidora de Petróleo iniciou as atividades com foco na qualidade e no crescimento sustentável. O negócio prosperou e, depois de Guaramirim, foram abertas filiais em Criciúma e Araucária (PR). Hoje, atua também na região Sudoeste do Paraná e em Santa Catarina na comercialização de combustíveis claros, além de fornecer para todo o Brasil óleo de xisto oriundo da SIX, unidade da Petrobras em São Matheus do Sul, no Paraná. A Dibrape possui sede própria em Guaramirim, ao lado do terminal da Transpetro. Em Araucária, armazena os produtos na base da Pontuax. No 22

transporte dos produtos, opera com 55 caminhões de propriedade da Rudipel Rudnick Petróleo, empresa do mesmo grupo. A distribuidora tem planos de expansão com a ampliação das instalações em Guaramirim, além do aumento no número de postos bandeirados. A Dibrape possui 20 postos bandeirados e fornece combustíveis com certa regularidade para outros 30 postos bandeira branca. A meta de crescimento de 5% acima do mercado, projetada pelos proprietários, considera o esforço em manter um estreito relacionamento com os clientes e investir continuamente em ações de melhoria.

Através de assessores comerciais, pesquisas de satisfação com os clientes e assistência técnica preventiva, a Dibrape preocupa-se em identificar necessidades e novas oportunidades. Em 2010, o reconhecimento em boas práticas de gestão resultou na certificação ISO 9001, ISO 14001 e a OHSAS 18001 para a unidade de Guaramirim. As filiais da Dibrape e Rudipel de Araucária estão passando pelo mesmo processo de implantação do Sistema Integrado (SGI). A Dibrape e Rudipel Rudnick Petróleo estão entre as 15 entidades que participam do Plano de Emergências de Transporte de Cargas e Produtos Perigosos da Serra Dona Francisca.


A simulação de acidentes acontece para treinar as equipes de salvamento e atuar na proteção à flora, fauna e aos mananciais. O treinamento mais recente, em maio, ocorreu na Rodovia do Arroz e foi realizado um simulado com

produtos perigosos. De acordo com o coordenador de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Dibrape, Maurício Costa, esses simulados têm por objetivo instituir mecanismos para ações conjuntas, em situações de emergência, envol-

vendo o manuseio e movimentação de produtos perigosos. Além de organizar o trabalho prático com equipes multidisciplinares em operações complexas, facilitando dessa forma a compreensão das deliberações particulares a cada órgão.

Responsabilidade social

Segundo Maurício Costa, simulados treinam colaboradores para agir em situações de emergência nos postos da Dibrape

A Dibrape Distribuidora Brasileira de Petróleo, pertencente ao grupo Rudnick, com mais de 40 anos de atividades no ramo de distribuição e revenda de combustíveis, tem em seu nome sinônimo de tradição. Fundada por Avelino Rudnick, Valdir M. Rudnick, Vilson M. Rudnick e Rolf Bayerl, a empresa se destaca nos locais onde atua, devido ao bom relacionamento com os clientes, fornecedores, colaboradores e comunidades vizinhas. Tanto que, recentemente, a empresa contribuiu para a pavimentação da Rua Marcionilo dos Santos, próxima a Dibrape, em Guaramirim, o que melhorou a qualidade de vida dos moradores do local. De acordo com Maurício, a empresa também dá preferência pela contratação de mão de obra local. “Só são contratados profissionais de fora da comunidade se não houver disponibilidade no bairro”, explica. A preocupação com o social fez com que a Dibrape adotasse o Projeto Pescar. A primeira turma no curso “Iniciação Profissional em Operações para o Comércio” se formou em abril. E, em maio, já teve início a segunda turma. Os estudantes tiveram oportunidade, durante o curso, de realizar visitas técnicas em distribuidoras, postos da rede e comércio em geral. O curso foi possível através de uma parceria com a Prefeitura de Guaramirim, que cedeu o orientador, e com a Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Corticeira, que emprestou uma sala para as aulas. Todos os custos para a execução do projeto, como alimentação, viagens de estudo, uniformes, material didático e entre outros ficaram por conta da Dibrape. “Este é um dos projetos sociais da empresa que tem como meta empregar, prioritariamente, mão de obra local”, conta Costa. 23


empreendedorismo

Mãos na massa A qualidade dos produtos faz da Confeitaria e Padaria Fachini uma das mais frequentadas

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Maria Salete abriu a empresa há cinco anos com o esposo Aparecido Moreira Silva 24

uem pensa que padaria é o local onde apenas se compra pão está muito enganado. Desde 2007 esse conceito foi alterado, quando o casal, Maria Salete e Aparecido Moreira Silva, resolveu que iria dar um presente para Jaraguá do Sul: a Confeitaria e Padaria Fachini. Faz quase cinco anos que, mesmo sem entender do negócio na época, o casal tem se dedicado, aprendido e apresentado aos consumidores não só pães deliciosos, como tortas, bolos e petiscos que fazem muitos jaraguaenses se deslocarem de outros bairros até a Vila Lenzi atrás dos produtos Fachini. A qualidade dos produtos faz da Fachini uma das padarias mais frequentadas não só na Vila Lenzi como no Bairro Czerniewicz, onde foi montada uma filial. Maria Salete lembra que quando montaram a padaria havia só dois estabelecimentos do mesmo segmento no bairro. “No começo, quando abrimos as portas, a concorrência até colocou o quilo do pão a R$ 1,99, preço bem inferior ao nosso. Não mexemos no nosso preço e, mesmo assim, vendíamos muito bem devido a qualidade do produto ofertado”, lembra. Silva conta que desde que abriram a padaria foram feitos muitos investimentos e trabalhado entre 12 e 14 horas por dia. “No início, nós dois começávamos a trabalhar 3h e só parava depois das 20h. Ainda acordamos cedo, mas começamos lá pelas 6h”, diz. Dos seis filhos, cinco são adultos, sendo que quatro deles trabalharam no empreendimento familiar, mas não quiseram dar continuidade. “A vida na padaria é bastante sacrificada. Eles procuraram outros caminhos”, diz Maria Salete. O sonho teve início com o trabalho do casal e mais quatro funcionários.


Atualmente, são 14 funcionários, o casal e mais um sócio, José Moreira, irmão de Silva, trabalhando todos os dias com dedicação para dar conta das encomendas. No início, cinco sacos de 25 quilos de farinha para fazer pão francês duravam uma semana. Hoje, são 56 sacos de farinha, de mesmo peso, por semana. Isso, sem contar as dezenas de bolos, tortas e tipos de pães, biscoitos, entre outros petiscos de encher a boca de água. Esses quatro anos de vida da Confeitaria Fachini têm sido de investimentos pesados em maquinário e processos para tornar o serviço melhor e atender com mais rapidez os clientes. Silva conta que eles ainda estão pagando por maquinário. O último investimento chegou perto de R$ 70 mil. “É um investimento alto, mas necessário para nos tornarmos referência neste segmento”, explica o empreendedor. Tanta dedicação fez com que o negócio prosperasse e o casal, empreendedor nato, aceitasse um novo desafio. No ano passado, eles compraram 50% da Indústria de Doces Bom Gustare, que produz diversos tipos de biscoitos artesanais. Além de atender a própria Confeitaria Fachini, os biscoitos são vendidos em outros estabelecimentos comerciais. Juntos, os três empreendimentos somam 30 funcionários.

Cuidado na produção é garantia de qualidade dos produtos


empreendedorismo

Determinação A ideia de ter o próprio negócio era um desejo de longa data, na época, da assistente de vendas, Maria Salete. O marido era gestor de negócios do ramo de tecnologia. O emprego era bom, porém, como se ausentava muito de casa por conta das viagens a trabalho, não estava satisfeito. Mas, ainda não tinham uma ideia do que desejavam fazer. Enquanto não chegava o momento de se tornarem empreendedores, eles moraram em São Paulo e Joinville até voltarem para Jaraguá do Sul. Foi quando Silva resolveu mudar de vida e fez um acordo na empresa. Paralelamente a isso, Maria Salete fez o Empretec, programa desenvolvido pela Universidade norte-americana de Harvard aplicado por consultores do Sebrae e oferecido pela Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi), e encomendou uma pesquisa de mercado. “Queria trabalhar com algo no

Maria Salete, Aparecido Moreira Silva Fachini (D) e o irmão dele: sucesso em família 26

ramo de alimentação. Só não tinha, ainda, certeza de que o bairro comportava mais uma padaria”, lembra. Até que um dia, passando pelo prédio onde hoje funciona a confeitaria, na Vila Lenzi, percebeu que estava sendo limpo, depois de anos fechado, local onde outrora havia sido uma padaria. Por curiosidade, resolveu entrar, pegar o contato do proprietário e daí para fechar o negócio foi tudo muito rápido. Em dois dias já estavam arrumando o ambiente para abrir as portas. Parte dos móveis e maquinário foi comprada para dar início ao negócio. “Nós nem tínhamos ainda um padeiro e um confeiteiro. Mas tínhamos certeza do que queríamos fazer. Por isso, fechamos o negócio e depois fomos atrás desses profissionais”, recorda Silva. Quarenta dias depois de fechado o negócio, o casal começou a trabalhar cheio de disposição e pouca experiência.

Assim que começaram o empreendimento, eles passaram a frequentar cursos de aperfeiçoamento para colocar as ideias em prática. “Teve noites que nem dormimos de tanta coisa que tínhamos para fazer, para aprender e por em prática”, contam. Com seis meses de portas abertas a empresa já estava totalmente diferenciada e com um mix amplo de produtos. O casal lembra que aprendeu na prática, observando o que os clientes desejavam. Além disso, todos os dias enfrentavam um novo desafio: na cozinha, no atendimento, na gestão e nas finanças. “Resolvíamos os problemas que surgiam e aprendíamos com isso. É desgastante, mas também muito satisfatório ver que a tua ideia está dando certo. O segredo para isso se resume a três coisas: paixão pelo trabalho, coragem e ousadia”, explica Maria Salete.


Cultura

No compasso da música Projeto brasileiro inédito aproxima jovens das harpas

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magnitude das harpas proporciona para a musicalidade erudita ainda mais beleza e ternura. É um dos instrumentos musicais mais antigos do mundo, que passou a ser conhecido em todos os continentes em meados do século oito, vindo do Norte da África. Mas o instrumento de 46 cordas e com o formato triangular, na maioria dos exemplares, perdeu espaço nas últimas décadas. O principal fator é o alto valor de uma unidade, que pode custar, em média, 35 mil dólares. “O acesso fi-

cou proibitivo para muitos jovens, pois estudantes não têm condições de comprar uma harpa”, comenta Alex Klein, maestro-oboísta e diretor artístico do Instituto Festival de Música de Santa Catarina (Femusc). É de Klein que surgiu a idealização do Círculo Catarinense de Harpas, um projeto inédito no Brasil para difundir o ensino do instrumento no Estado e País. Ousada, a iniciativa busca ampliar o número de pessoas que queiram se dedicar ao instrumento, que é de difícil acesso. Por isso, no final de maio, a Femusc lançou em Jaraguá do Sul a

proposta para disseminação do ensino de harpa. O instituto, que possui um acervo de 17 harpas junto do grupo de instrumentos utilizados em aulas e apresentações, passará a ceder os equipamentos para outras cidades com o intuito de formar uma nova gama de instrumentistas. Dividido em duas etapas, o projeto cederá os instrumentos, em primeiro momento, para municípios próximos de Jaraguá do Sul, como Blumenau, sendo a cidade-sede do Femusc, Timbó e Pomerode. 27


Cultura

Apresentações O comodato terá o período de um ano, garantindo o ensino de 40 jovens. As aulas serão ministradas por Carolina Ribeiro, que é musicista formada em harpa pela Universidade Federal de Minas Gerais. Tão logo, outras nove harpas serão cedidas, por meio de um edital de comodato, com a mesma proposta, para cidades de outras regiões do País. “O nosso País precisa muito de ideias inteligentes e humildes, que façam mais valer a eficiência do que o ganho extremo de um lado ou de outro. Esse projeto oferece uma abertura magnífica para o uso com maior potencial destas harpas”, declara o maestro. Além da intenção didática, a proposta quer organizar concertos, sarais e apresentações em um calendário para que o projeto consolide um formato orquestral, evidenciando o trabalho dos novos aprendizes e criando oportunidades de trabalho aos novos profissionais que serão formados. O projeto é mais um passo de consolidação da instituição e também de contar com mais participantes. “Acreditamos que a parceria com a cessão de harpas aos municípios próximos e de outros pontos do País criará maior interesse dos estudantes catarinenses e de demais estados a entrarem no Femusc”, afirma o presidente do instituto, Paulo César Chiodini. Para ele, a expectativa é a melhor possível quanto ao nível do festival, que já começou a ser planejado para 2012. Visão social O acervo da Sociedade Cultura Artística (Scar) de Jaraguá do Sul, parceira do Femusc, é a instituição que possui as 17 harpas que serão utilizadas no projeto. A Scar conseguiu a obtenção das mesmas com o empresário Wander Weege, que realizou a doação destes instrumentos em 2008, formando no município catarinense o maior polo de harpas do País. 28

Alex Klein, maestro-oboísta e diretor artístico do Femusc


Edital de Comodato As escolas e instituições que prestam o ensino musical podem participar do Edital de Comodato de Harpas nos sites www.femusc.com.br ou www.scar.art.br. Informações adicionais nos telefones (47) 3373-8652 e (47) 3275-2477.


institucional

Aberto Núcleo de Jovens Empreendedores em Corupá Atividades foram iniciadas em 28 de junho com a realização de palestra motivacional

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o dia 28 de junho, foi dado início aos trabalhos do Núcleo de Jovens Empreendedores na ACIAC, apadrinhado pelo Núcleo de Jovens Empreendedores da ACIJS, que veio em peso mostrar a força da união dos jovens. O evento teve Guido Jackson Bretzke como palestrante sensibilizador. Para Guido, “participar do meio associativista é obter resultados que sozinhos não alcançaríamos, porque o coletivo tem força e quem sai ganhando com isso é o empresário”. Guido ainda reforçou que participar de um núcleo traz retornos importantíssimos, como uma ampla rede de contatos, aprendizado com as experiências dos demais através da troca de informações, elaboração de proje30

tos, como o Feirão do Imposto, que nasceu dentro do Núcleo de Jovens Empreendedores da ACIJ - Joinville -, com o intuito de mostrar para o consumidor a carga tributária embutida nos produtos, entre outros. Na ocasião, estavam presentes 55 jovens, número que motiva o diretor de Jovens Empresários e coordenador do Núcleo, Cristiano Felipe Hack, a dar continuidade ao projeto. Cristiano tem como princípios a serem trabalhados pelo núcleo a participação ativa dentro do grupo, o fortalecimento do associativismo desde cedo e o desenvolvimento pessoal e profissional de cada indivíduo. Para isso, conta com a participação de todos na elaboração do planejamento estratégico do núcleo, na qual se estabelecem as diretrizes a

serem seguidas, as metas almejadas, tais como prospecta através de experiências já vividas em núcleo (Cristiano já foi presidente da ACOMAC) e pela troca de informações com o Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (CEJESC) a rodada de negócios, o feirão do imposto, visitas de relacionamento nas empresas dos integrantes, capacitação, projetos de responsabilidade social e na área de turismo, métodos de gestão, entre outros. O Núcleo de Jovens Empreendedores tem por objetivo preparar os jovens para serem gestores capacitados, desenvolver pessoas com alto nível crítico, proporcionar desenvolvimento local e regional em termos sociais e culturais, além de preparar lideranças.


2ª Codornada Devido ao sucesso do ano passado, a ACIAC promove, no dia 27 de agosto, a 2ª Codornada, com a apresentação da Orquestra Viola e Cantoria Paraná, que traz um novo repertório. A 2ª Codornada dá início às 19h30min, no Seminário de Corupá. O valor do ingresso por pessoa é R$ 30,00, e todos serão vendidos antecipadamente.

Agenda ACIAC Julho Dia 5-Reunião do Núcleo de Jovens Empreendedores, às 19h Dias 6 e 27-Reunião do Núcleo do Meio Ambiente, às 8h Dia 9 - Sábado Especial, das 8h às 16h Dias 12 e 26 -Reunião do Núcleo do Comércio, às 8h De 18 a 23 –Empretec, das 8h às 18h, no Seminário de Corupá Dia 26 -Reunião Mensal com os Associados, às19h30min. Agosto Dia 6 -Sábado Especial, das 8h às 16h Dias 9 e 23 -Reunião do Núcleo do Comércio, às 8h Dia 17 -Reunião do Núcleo de Meio Ambiente, às 8h Dia 27 -2ª Codornada, às 19h30min, no Seminário de Corupá Dia 30 -Reunião Mensal com os Associados, às 19h30min Setembro Dia 1 -Lançamento da Campanha Natal Premiado 2011 Dia 14 -Reunião do Núcleo do Meio Ambiente, às 8h Dias 13 e 27 -Reunião do Núcleo do Comércio, às 8h Dia 27 -Reunião Mensal com os Associados, às 19h30min

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institucional

31 anos fortalecendo o associativismo

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A união das entidades em um único espaço trouxe vantagens como a otimização de recursos e maior economia financeira

Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS) comemorou 31 anos de fundação no dia 25 de maio, mas quem ganhou presentes foram os associados das entidades que formam o condomínio. Foram inauguradas diversas melhorias no prédio que abriga a ACIJS, APEVI, CDL e Sindicatos Patronais que beneficiam os usuários, como a ampliação do espaço físico nas áreas administrativas e de treinamento, um novo Data Center e melhorias nos banheiros, entre outros investimentos que totalizam cerca de R$ 390 mil em obras. A data foi lembrada durante uma das plenárias semanais da ACIJS com a presença de ex-presidentes e diretorias das entidades que formam o CEJAS. O presi-

dente Durval Marcatto Junior destacou a importância do Centro Empresarial lembrando que muitas conquistas obtidas para a comunidade foi fruto do trabalho integrado das entidades. Além disso, a união das entidades em um único espaço físico, modelo criado por Jaraguá do Sul, traz vantagens como a otimização de recursos e maior economia financeira. O CEJAS foi fundado em 1980 pelos empresários que na época presidiam as entidades ligadas ao setor produtivo: Durval Marcatto, Henrique Reis Bergan, Rodolfo Hufenussler, Waldir Octávio Rubini, Luiz Antônio Grubba, Eggon João da Silva e Bruno Breithaupt. Hoje fazem parte, além das fundadoras, os sindicatos patronais das Indústrias de Alimentação; da Construção Civil e do Mobiliário; das Metalúrgicas, Mecânicas

e de Material Elétrico; do Vestuário e do Comércio Varejista. Inicialmente, funcionou em uma sala alugada na rua Marechal Deodoro, depois em um prédio na avenida Getúlio Vargas (atual Câmara de Vereadores) até ter a sede própria inaugurada em 10 de outubro de 2001. O prédio conta com uma área construída de cerca de 3 mil metros quadrados, em dois pavimentos, amplo estacionamento, com ambientes para reuniões de negócios, treinamentos, seminários e eventos empresariais em geral. Próximo a hotéis e restaurantes, e ao lado do Centro Cultural da Sociedade Cultura Artística (SCAR), integra um complexo climatizado e com infraestrutura de equipamentos multimídia, acesso a rede wireless, sonorização e recursos de apoio.

ACIJS recebe premiação estadual por gestão no associativismo A Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS) recebeu, no dia 1º de julho, a premiação do Programa FACISC de Excelência na Gestão, durante comemoração dos 40 anos da entidade, que integra o movimento associativista de Santa Catarina. O projeto é coordenado pelo Movimento Catarinense para a Excelência com o objetivo de estimular a melhoria da gestão das organizações que representam o setor produtivo no Estado. O evento foi prestigiado por 400 convidados, entre empresários e autoridades políticas. O presidente da FACISC, Alaor Tissot, enalteceu o trabalho dos ex-presidentes, dos parceiros, das associações empresariais e empresários que se dedicaram ao longo desses anos pela entidade. “Estar com 40 anos significa que ainda somos muito jovens e temos 32

um caminho grande a trilhar. Que os próximos 40 anos sejam tão promissores quanto os que passaram”, ressalta Tissot. Além da ACIJS, a entidade também reconheceu e destacou o trabalho de outras associações empresariais que participaram do Programa FACISC de Excelência na Gestão de ACIs. Em julho de

2010, a FACISC e o Movimento Catarinense para a Excelência (MCE) se uniram para implantar o programa. O objetivo era disseminar os conceitos do modelo de excelência da gestão nas associações empresariais do Estado, por meio de diagnósticos e capacitações e avaliar a aplicação deste modelo.

Premiação foi entregue em 1º de julho


Senai amplia instalações em Jaraguá do Sul “O crescimento econômico e a percepção das pessoas de que precisam se qualificar para poder disputar as melhores oportunidades de trabalho exige que instituições como o Senai realizem investimentos contínuos na ampliação e modernização de suas escolas”. Essa foi a avaliação feita pelo presidente do Sistema Fiesc, Alcantaro Corrêa, na solenidade de inauguração das ampliações da unidade de Jaraguá do Sul, no dia 13 de junho. Foram entregues mais 2,4 mil metros quadrados de áreas que abrigam 14 salas de aula e uma biblioteca, cantina, além da modernização e ampliação dos laboratórios de química e solda, e do estacionamento. A readequação dos espaços físicos permitirá à unidade contar com um mini auditório, ampliar o espaço para o laboratório de Serviços Técnicos e Tecnológicos, melhorar o hall de entrada dos alunos e a recepção e centralizar os laboratórios de informática. O projeto foi concebido seguindo conceitos atuais de sustentabilidade, prevendo o máximo aproveitamento da água da chuva e da luz natural. O diretor regional do Senai, Sérgio Roberto Arruda, salientou que a entidade

Inauguração do Senai realiza investimentos focados em três vertentes. “Ampliamos e modernizamos as unidades, abrindo novas possibilidades de treinamento e oferecendo mais conforto aos estudantes, buscamos continuamente manter equipamentos atualizados tecnologicamente e mantemos permanentes programas de desenvolvimento dos colaboradores para que eles se mantenham atualizados em relação às tecnologias e às tendências pedagógicas”, destaca.

O Senai de Jaraguá do Sul realiza em torno de 10 mil matrículas por ano, em cursos presenciais e a distância, nas áreas metalmecânica, eletroeletrônica, automação industrial, têxtil e vestuário, química, gestão e informática. São cursos de aprendizagem, técnico, ensino médio, superior de tecnologia e qualificação. A unidade possui extensões em Pomerode e Schroeder e um ponto de atendimento em Guaramirim.

APEVI inicia vendas da EXPO 2012 A Expo - Feira de Negócios do Vale do Itapocu, programada para o período de 13 a 17 de junho de 2012 já está com os estandes à venda. Realizada pela APEVI desde 1995, de dois em dois anos, a feira multissetorial repete sucesso a cada edição. Antes do lançamento, 52% dos estandes estão assegurados para expositores que já participam do evento. A coordenadora Irléia Reiter Marotte informa que o objetivo da Expo 2012 é reunir 111 estandes em uma área de exposição de 3.247,30 metros quadrados na Arena Jaraguá. Do total de espaços, 105 são de tamanhos variados na parte interna e seis externos com 250 metros

quadrados cada. Quem faz a aquisição no lançamento tem vantagens no preço e no prazo de pagamento, além da escolha dos melhores espaços. O evento vai reunir três ambientes: área de exposição interna e externa, Espaço Casa para a apresentação de produtos e serviços voltados para o lar, e Espaço Recreação destinado ao lazer e entretenimento infantil. Além disso, haverá workshops durante a feira para atrair público de negócios ao local, entre outras novidades que estão sendo definidas. A comissão organizadora trabalha em melhorias na infraestrutura no local da feira, com uma cobertura com lona

no corredor de acesso à entrada da Arena para proporcionar maior conforto. A expectativa da edição 2012 é superar em 20% os resultados da feira anterior, que registrou mais de R$ 10 milhões de negócios em 2010 e atraiu um público de 34 mil visitantes. “A Expo já conquistou o reconhecimento da classe empresarial e do público como a maior feira multissetorial da nossa região e vem ganhando destaque em todo o Estado”, ressalta Irléia. Informações ou compra de estandes pelo telefone (47) 3275-7011 ou e-mail ccoexpo@apevi. com.br. Informações também no site www.expo2012.com.br.

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institucional

Planejamento estratégico 2011/2013 Cada diretoria elaborou ações focadas nos diversos segmentos, permeando todos os associados à entidade

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diretoria da ACIAG elaborou durante os meses de abril e maio, o Planejamento estratégico ACIAG gestão 2011/2013. Com uma dinâmica diferente, cada vice-presidente e diretoria elaboraram seu planejamento, a fim de executar ações focadas nos diversos segmentos, permeando todos os associados à entidade. Planejadas as ações, foi realizada uma reunião com todos os diretores para apresentação de cada plano de ação, objetivando a troca

de ideias e o debate das propostas. As ações foram fundamentadas nas diretrizes estratégicas. Representatividade: promover a representatividade da ACIAG e parceiros; Associativismo: fortalecer os empresários e as empresas, fomentando e alavancando o desenvolvimento econômico e social; e Sustentabilidade: buscar a excelência na gestão da entidade. Assim, o Planejamento estratégico visa prioritariamente agir harmonicamente com a missão, visão e negócio. Constituído por 103 projetos, divididos entre Institucional, Indústria,

Comércio e SCPC, Prestação de Serviços, ME e EPP, Agricultura, Jurídico, Núcleos Setoriais, Comunicação, Treinamento, Turismo, Patrimônio e Financeiro, os projetos estão sintetizados em ações de interesse, não só da classe empresarial, mas também a comunidade. Investimentos no canal de comunicação e atividades relacionadas diretamente aos associados estão planejados, buscando continuamente a inserção e promovendo o desenvolvimento e a integração entre os empresários através do associativismo.

33 anos dedicados ao desenvolvimento da classe empresarial No dia 5 de julho, a ACIAG celebrou 33 anos de atividades e empenho assíduo em prol do desenvolvimento da classe empresarial, bem como da comunidade guaramirense. Para festejar a data, foi realizada palestra gratuita sobre Associativismo, com Cristiane Hufenussler, que agrega ampla experiência associativista e empresarial. Palestra sobre associativismo marcou a data

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Feirão da Caixa O Núcleo das Imobiliárias e Corretores de Imóveis de Guaramirim participou do 7º Feirão da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal, entre os dias 27 e 29 de maio, na Arena Jaraguá. Segundo

os participantes, “O Feirão da Caixa facilitou a divulgação de nossos produtos próprios porque uniu várias imobiliárias e construtoras em um local. O Feirão deu a oportunidade de realizar o sonho da maioria dos bra-

sileiros, a casa própria”. A oportunidade de adquirir imóveis, com ajuda da Caixa Econômica Federal e financiamentos mais acessíveis, atraiu famílias de toda a região para se livrar do aluguel.

Estande do Núcleo das Imobiliárias Corretoras de Imóveis foi um dos mais movimentados durante o Feirão da Caixa

Imobiliárias e corretoras puderam conhecer os trabalhos desenvolvidos pelo núcleo de Guaramirim 35


institucional

Vem aí a ExpoSchroeder A feira, que acontece entre os dias 6 e 11 de setembro, impulsionará a economia da cidade, trazendo oportunidades para ampliar negócios

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m setembro, Schroeder terá o maior evento multissetorial que impulsionará a economia da cidade, trazendo oportunidades para ampliar negócios e participação de mercado. A 1ª edição da ExpoSchroeder, que acontece entre os dias 6 e 11 de setembro, foi lançada no dia 15 de junho na sede da Associação Empresarial de Schroeder (ACIAS) e é especialmente preparada para a geração de negócios entre empresas de Schroeder e região, agricultores e população em geral. A ExpoSchroeder foi apresentada pelo coordenador da feira e diretor de Negócios da ACIAS, Hervé Sandmann Souza, que também faz parte do Núcleo Jovem Empreendedor da ACIAS. Ele disse que a ideia é realizar a festa a cada dois anos para ser uma tradição na cidade. “Sentíamos que Schroeder tinha a necessidade de criar um even-

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to novo desse porte e com uma marca”, destaca. O presidente da ACIAS, Leandro Bauer, disse que, devido ao crescimento da cidade, Schroeder necessita de eventos dessa grandeza. Para ele, a feira apresenta soluções para o mercado da cidade e região, fortalece a marca e o relacionamento com os clientes. A ExpoSchroeder é uma realização da ACIAS em parceria com a Prefeitura Municipal e a Associação de Pais e Professores do Município (APPs). Leandro explica que a Prefeitura irá realizar, no mesmo período da festa, a Schroederfest, que é um evento do Município com desfile do feriado do dia 7 de setembro, entre outros. Já a APPs será responsável pela praça de alimentação, no Parque de Eventos. “É o início da cultura de feiras e evento empresarial para a cidade”, destaca o presidente. O Parque de Eventos de Schroeder,

próximo ao Ginásio de Esportes Alfredo Pasold, onde será a feira, terá toda a infraestrutura para receber as 20 mil pessoas esperadas nos seis dias de evento, com estandes, shows, praça de alimentação, diversão, lazer e estacionamento. Estão previstos estandes internos, além dos externos, com a finalidade de exposição e venda de veículos, tratores, caminhões, máquinas, implementos agrícolas e outros. A Associação Empresarial de Schroeder parabeniza todos os associados e agradece a participação de cada um que busca o desenvolvimento da empresa e da comunidade como um todo. Os estandes já estão sendo comercializados pela ACIAS. São 44 estandes internos de 3x3 metros, três internos de 6x3 metros e oito externos de 10x10 metros. Mais informações pelo telefone (47) 3374-1445 ou pelo site www.exposchroeder.com.br.


Feijoada da integração No dia 18 de junho, o Núcleo de Jovens Empreendedores da ACIAS realizou a 3ª edição do evento de integração da entidade, na qual o prato principal foi uma deliciosa feijoada. O evento, que reuniu mais de 450 pessoas, contou com o apoio de empresas associadas, sendo que parte dos recursos será repassado para os bombeiros voluntários de Schroeder. A diretoria da ACIAS apoia este tipo de iniciativa porque, além da integração, os participantes do Núcleo de Jovens desenvolvem habilidades como: planejamento, trabalho em equipe, liderança e comando, relacionamentos através de diálogos, oportunizando ainda a visibilidade e geração de negócios entre os participantes.

Feijoada foi o prato no evento de integração dos Jovens Empreendedores

16 anos de muito trabalho e sucesso No dia 3 de julho de 2011, a ACIAS completou 16 anos de muito trabalho e sucesso, sempre cumprindo a missão de gerar desenvolvimento. Durante todo este período, a entidade vem atuando de forma a atender as necessidades dos associados, seja na busca de melhorias de infraestrutura para ampliação dos empreendimentos já existente ou oportunizando a instalação

de novas empresas. A ACIAS também oferece treinamentos tanto para o empresário como para a equipe, na qual o leque de soluções empresarias, em parceria com a FACISC e com empresas locais, facilita a vida dos associados, com planos de saúde, cartões Util Card, serviço de proteção e análise de crédito, medicina do trabalho, entre outros serviços.

A cada ano que passa, os núcleos setoriais geram mais desenvolvimento, oportunizando muitos negócios. A atual diretoria, presidida pelo empresário Leandro Bauer, está ativa e direcionada para o planejamento estratégico em busca da aproximação e integração com as ACEs da região, unindo força nos pleitos regionais junto ao poder público e as questões de interesse dos empresários.

ACIAS comemorou 16 anos em prol do desenvolvimento econômico de Schroeder 37


ponto de vista

Gestão pública de qualidade: ISO 9001 para prefeituras municipais

E

specialistas convocados pelo Comitê Brasileiro da Qualidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT/CB-25- estiveram reunidos no dia 6 de maio, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para integrar o Grupo de Trabalho que vai elaborar a ISO 9001 para prefeituras municipais. Na ocasião, foram eleitos o presidente e secretário do grupo dentre os 21 participantes presentes, e firmados os meses de agosto e novembro para novas reuniões presenciais em locais a serem definidos. A partir disso, iniciam os trabalhos à distância, na qual cada integrante tem a incumbência de disseminar em seu estado a minuta da norma para coletar sugestões. Essa disseminação irá acontecer para as próprias prefeituras, Federação de Associações de Municípios, Instituições de Ensino Superior, Associações Empresariais, principalmente aos Núcleos da Qualidade/Gestão, voluntários da Rede Nacional da Gestão e Rede Nacional de Gestão Pública pelos Núcleos e Programas Estaduais, entre outros. Todos os interessados podem participar com sugestões sobre a minuta do projeto disponível através do link http://www.abntcb25. com.br/normaiwa4.pdf e enviando seus comentários para o e-mail cb25@abntcb25.com.br até o dia 15 de agosto. A proposta é finalizar esta construção conjunta até novembro para submeter à aprovação e para que, no próximo ano de eleições municipais, seja apresentado aos candidatos esse mecanismo que vai auxiliar na melhoria da gestão municipal. É preciso sustentar o discurso do “Choque de Gestão” em algo fundamentado e, utilizar uma norma reconhecida internacionalmente vai dar credibilidade a todo esse processo. Vale ressaltar que a norma irá apresentar inclusive diversos anexos que servirão de modelo como: Processos típicos da administração municipal; Sistema de auto-avaliação da Gestão Municipal; Modelo de ata de reunião de análise crítica de desempenho; Modelo de procedimento com fluxograma; Exemplo de Carta de Serviços do Cidadão; Modelo de questionário de Avaliação da Satisfação do Cidadão; e Exemplo de Indicadores de desempenho. Como sub-gerente de Projetos Especiais da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo, venho representar a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, integrando também o Grupo de Trabalho para elaboração da norma. As prefeituras já podem aproveitar este material e realizar a auto-avaliação até para aprenderem a utilizar a metodologia e sugerir melhorias.

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Deise Cristina Wischral Especialista em Gestão para Excelência e Voluntária da Rede Nacional de Gestão Pública

“A proposta é finalizar esta construção conjunta até novembro para submeter à aprovação e para que no próximo ano de eleições municipais seja apresentado aos candidatos esse mecanismo que vai auxiliar na melhoria da gestão municipal”




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