Hall
editorial
O futuro é hoje
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alar do potencial econômico da região que abriga uma das cinco principais economias do Estado, onde o IDH e a renda per capita estão entre as 30 maiores do País, é déjà vu. A Negócios, publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu, volta a circular com o compromisso de debater e apontar soluções para o desenvolvimento da região, pois o futuro é hoje. Fruto de uma parceria feita com a Mundi Editora, de Blumenau, a nova revista servirá como um fórum de discussões sobre as necessidades da microrregião, formado pelo empresariado e pela sociedade organizada. Trajetórias, conquistas e ideais das principais lideranças de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba, Schroeder e Corupá serão destaque nas páginas da Negócios. Dentro dessa perspectiva, a edição número um aborda aquele que pode
ser o divisor de águas entre um passado de desvalorização e o futuro com reconhecimento: o aumento da representatividade política. Com nova direção em três e recondução de diretores em outras duas, as cinco entidades que compõem o setor produtivo do Vale do Itapocu (ACIJS, ACIAG, ACIAM, ACIAS e ACIAC) reafirmam, em 2009, as bandeiras de lutar pelo associativismo e pelos projetos da região, como a duplicação da BR-280, que mais parece lenda. Para avançar, contudo, o empresariado entende que precisa de força política, pois de nada adianta ser conhecida como capital do empreendedorismo sem apoio e verba dos governos, especialmente agora, com os estragos causados pela catástrofe de novembro, que causaram prejuízo de R$ 300 milhões à região. Mas para provar que apesar das dificuldades a região é um exemplo de pu-
jança e superação – características peculiares a cidades de origem europeia –, a capa deste exemplar é estampada pelo empresário Paulo César Chiodini, da rede de postos Mime. Uma das empresas mais sólidas de Jaraguá do Sul, com atuação em todo o Vale do Itapocu e várias cidades de Santa Catarina, a rede Mime planeja expandir os negócios para o Sul do Brasil. Confira também nesta edição uma entrevista com o presidente reeleito da ACIJS e CEJAS, o empresário Guido Jackson Bretzke, outro exemplo de perseverança e boa gestão. Com circulação bimensal e direcionada aos cinco municípios que compõem a Amvali, a nova revista Negócios promete muito para as próximas edições. Boa leitura! Conselho Editorial
sumário
10. Reportagem Especial Depois de vários prazos não-cumpridos, Dnit anuncia que edital para duplicação da BR-280 será publicado ainda em 2009, mas obras começam apenas em 2010. Sucessão de datas e promessas desencontradas preocupa entidades empresariais do Vale do Itapocu.
14. Destaque Empresarial
16. Responsabilidade Socioambiental
O know how da família levou Paulo César Chiodini a desenvolver, ao lado dos irmãos, um negócio que promete tomar conta do Sul do País: a rede Mime.
Responsabilidade socioambiental é parte do cotidiano da Lunelli Têxtil. Há 7 anos, a empresa desenvolve o programa Preservar é Amar, que envolve estudantes da rede pública.
22. Entrevista Guido Bretzke reassume ACIJS e Cejas com foco no associativismo e determinado a atuar sobre várias frentes. Preocupado com a falta de organização política do Vale do Itapocu, o empresário fala em um novo modelo de desenvolvimento para a região e defende um trabalho coletivo que vá além dos interesses do setor produtivo.
28. Força política Falta de representatividade política prejudica articulação e reduz fatia do Vale do Itapocu no bolo de recursos federais.
34. Institucional A defesa de projetos que atendam aos interesses da região é uma das bandeiras que as cinco entidades que congregam o setor produtivo do Vale do Itapocu reafirmam em 2009.
Conselho Editorial
Beatriz Zimmermann (ACIJS) Jean Carlo Chilomer (ACIAC) Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS) Rogério Souza Silva (ACIAG) Ronaldo Corrêa (CEJAS) Danielle Fuchs (Mundi Editora)
Gerente comercial Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br Editora-chefe Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br
Edição Danielle Fuchs (SC 01233 JP) danielle@mundieditora.com.br
Diretor executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br
Textos Texto Livre Serviços de Imprensa textolivre@gmail.com
Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Bairro Vila Nova - Blumenau/SC Telefone: (47) 3035-5500 CEP. 89.035-401 www.mundieditora.com.br
Fotos Ronaldo Corrêa, Piero Ragazzi, Flávio Ueta e divulgação Foto de capa Flávio Ueta Editor de arte Guilherme Faust Moreira guilherme@mundieditora.com.br Projeto gráfico Ferver Comunicação ferver@ferver.com.br
Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIG), Massaranbuba (ACIAM) e Schroeder (ACIAS). Mais informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Jorge Czerniewicz, 100 – (47) 3371-8190. TIRAGEM 3.000 exemplares
direitos & deveres
Os dois lados da prorrogação da Licença Maternidade Uma breve análise sobre o Programa Empresa Cidadã – Lei nº 11.770, de 09 de Setembro de 2008
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Tribuna
inda que seja indiscutível o mérito na ampliação da licença maternidade, em função do reflexo positivo no desenvolvimento físico e mental das crianças, sua aplicação precisa ser melhor avaliada. Vejamos, pois, alguns pontos desta lei: A prorrogação em mais 60 dias da licença maternidade será garantida a empregada da ‘pessoa jurídica’ que aderir ao Programa Empresa Cidadã, desde que a ‘empregada’ a requeira até o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente após a fruição da licença maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do Artigo
7 da Constituição (garantida também a empregada que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção). A pessoa jurídica tributada com base no lucro real, ‘poderá’ deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da empregada paga nos 60 (sessenta) dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a sua dedução como despesa operacional. O Poder Executivo estimará o montante da renúncia fiscal decorrente do disposto nesta lei e incluirá no orçamento da União. Esta lei produzirá efeitos a partir do primeiro dia do exercício subsequente
Fonte: Durval Marcatto Jr. Presidente da Câmara de Relações do Trabalho - Fiesc
Um pequeno pedaço da Suíça em Jaraguá do Sul De olhos na tradição germânica, que preserva o costume de presentear amigos com chocolate em datas especiais, a Nugali Chocolates, de Pomerode, elegeu Jaraguá do Sul para abrir uma filial
àquele em que for implementado o montante da renúncia no Orçamento da União. Considera-se que a Lei não trata o tema de forma adequada pois é complexo na sua aplicação (troca INSS por IRPF nos últimos dois meses), onerando o custo do trabalho. Ao impor os custos diretos nas empresas, a Lei não caminha em direção a uma maior isonomia da mulher no mercado de trabalho. Isto ocorreria caso o ônus desta política pública recaísse apenas sobre o Estado.
da chocolateria. Uma das únicas marcas do Brasil a fabricar seu próprio chocolate, a Nugali trabalha com blend selecionado de cacaus e somente com a mais pura manteiga de cacau, como fazem
os mais tradicionais chocolatiers belgas e suíços. Aberta uma semana antes da Páscoa, a unidade já comemora os resultados da data. A loja fica na Rua Reinoldo Rau, 340 – loja 3.
canal aberto
É um bom negócio? A já esperada crise dos Estados Unidos chegou, refletindo direta ou indiretamente em toda economia mundial, especialmente em países como a China. Diante desse cenário, é negócio continuar investindo na Ásia? Há
pouco menos de cinco anos, a WEG abria a quinta unidade no Exterior justamente na China. Foi um bom negócio, tendo em vista que apesar da crise o país projeta crescer 10% em 2009? “Era necessário termos uma fá-
Abrir um negócio, desenvolver um produto e não divulgá-lo, não fazer publicidade, é a mesma coisa que dar uma piscada a uma linda mulher, numa sala com a luz apagada” Jordi Castan, empresário do setor de paisagismo, em treinamento realizado com entidades associativistas de Blida, na Argélia
brica lá. É o nosso pé na Ásia”, disse, à época, Décio da Silva, então presidente da empresa. Por aqui, a crise foi sentida, mas a WEG estima crescimento de 15% em 2009, segundo o atual presidente, Harry Schmelzer.
O lançamento da agenda é mais um marco na aproximação e no trabalho conjunto do setor produtivo com o Poder Legislativo”
São os empresários que pagam a conta, através dos impostos, e dão emprego. Eles têm que ser mais ouvidos”
Em alta x Em baixa
Deputado Jorginho Mello, presidente da Alesc, após receber a Agenda Legislativa da Indústria para 2009, de autoria da Fiesc
Em alta A solidariedade do povo e do empresariado do Vale do Itapocu. Com prejuízo calculado em R$ 300 milhões na região devido à catástrofe de novembro, cidadãos e empresários se mobilizaram para ajudar famílias e funcionários atingidos pelas chuvas que castigaram a região, chegando a atingir mais de 8 mil casas.
Alcantaro Corrêa, presidente da Fiesc, ao entregar a Agenda Legislativa da Indústria para 2009
Em baixa As pontes de acesso a Jaraguá do Sul, que prejudicam o escoamento da produção. Discutida desde 2008, a construção de uma terceira ponte ligando Schroeder e Jaraguá, sobre o Rio Itapocuzinho, ainda não está garantida no Orçamento 2009 da União. O projeto de transformar a Ponte Trindade, de madeira, por uma estrutura de cimento, também ainda está no papel. O mesmo ocorre com a Ponte do Portal (foto), de acesso a Guaramirim.
reportagem especial
BR-280, uma duplicação de promessas Lideranças da região cobram respostas, mas mesmo com nova data projeto ainda está longe de se tornar realidade
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lançamento do edital de licitação das obras para a duplicação da BR-280, que deveria ser uma etapa meramente formal de um projeto aguardado há pelo menos duas décadas, assume importância fundamental para que a comunidade da região Nordeste do Estado confie plenamente na execução. As sucessivas mudanças de datas para tornar público o edital deixaram dúvidas e, mais do que isso, o sentimento de que a região não está tendo a importância econômica devidamente reconhecida. A mais recente alteração nos planos do governo federal de dar encaminhamento ao assunto foi anunciada pelo diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Santa Catarina (Dnit), João José dos Santos, ao ‘informar’, que o edital será apresentado à comunidade ainda em 2009. Segundo ele, as obras na rodovia devem começar no início de 2010, com a conclusão prevista para 2011. João José deu a informação durante encontro organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joinville. “Estamos finalizando o projeto, realizando estudos detalhados da região, além da questão do impacto ambiental, para que até maio possamos realizar a contratação destas obras, que serão iniciadas no começo de 2010”, assegurou a prefeitos, vereadores e lideranças empresariais dos municípios da região. Outra garantia de que a obra está com seus dias contados para começar veio de declaração da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, embora 10
Nova previsão do Dnit é começar a obra em 2010 e encerrar no ano 2011 com data diferente da anunciada pelo diretor do Dnit no Estado. “A previsão de conclusão está mantida. As obras de duplicação da BR-280 entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul sofreram atrasos que não foram inicialmente previstos”, disse a ministra. A principal dificuldade apontada é a negociação com nove comunidades indígenas cujas
terras estão na área de influência da rodovia. “Entre as demandas dessas comunidades está a solicitação para alteração no traçado da rodovia, que pode ocasionar mudanças no projeto executivo. Após a solução destas questões e obtenção da licença prévia será possível realizar a licitação da obra. A previsão atual de início da obra é dezembro de 2009”.
Demora e sucessivas mudanças no cronograma preocupam lideranças Os impasses que surgiram no desenvolvimento do projeto, que ocasionou a alteração várias vezes de datas anunciadas pelo Dnit, trouxeram inquietação entre as lideranças da região. No final do ano, durante visita a Jaraguá do Sul, onde participou de encontros na Câmara de Vereadores e no Centro Empresarial, o diretor regional do Dnit, João José dos Santos, ouviu muitas queixas. O empresário Edgard Maluta, na época ainda ocupando a presidência da Associação Empresarial de Guaramirim (ACIAG), criticou o que definiu como “falta de clareza” na divulgação de prazos. O aumento no fluxo de veículos no trecho a ser duplicado faz aumentar a pressão na comunidade. Transitam no local, diariamente, cerca de 15 mil veículos, volume que cresce com a entrada em circulação de cerca de 5 mil novos veículos por ano somente em Jaraguá do Sul. “Não podemos mais aceitar isso. Sentimo-nos enganados diante de tan-
tas mudanças nas datas”, reclamou o empresário, para quem a comunidade está impotente. O presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), Guido Bretzke, concorda que as sucessivas alterações no cronograma trazem preocupação. “É o descumprimento de uma promessa que deixa toda a classe empresarial da região indignada”, assinala. Guido lembra que já passaram pela ACIJS ministros, senadores, deputados e técnicos que sempre prometem a obra, mas que ela demora cada vez mais para ser concretizada. Por outro lado, os empresários lembram que o município vem dando sua contrapartida na geração de riquezas. Em fevereiro, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário divulgou que o município já havia arrecadado em impostos estaduais e federais o equivalente a R$ 45,7 milhões. Ainda no encontro realizado no final do ano, o representante do governo afirmava que a situação é decorren-
te de uma obra de grande magnitude. Ele garante, contudo, que a obra não sofrerá por falta de recursos. “Deixo claro que os recursos estão assegurados através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que existe a vontade política do governo federal. Entendo o descontentamento, estamos justamente mostrando o quanto é difícil executar uma obra desta grandeza”, justificou-se. Conforme o Dnit, o trecho previsto na primeira fase da duplicação envolve uma extensão de 71,2 quilômetros entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul (na localidade de Nereu Ramos, no acesso ao município de Corupá). A obra inclui o contorno de 23 quilômetros entre Guaramirim e Jaraguá do Sul para o desvio do tráfego pesado, além de melhorias na chamada Ponte do Portal e no entroncamento com a Rodovia do Arroz (que liga Guaramirim e região a Joinville em direção a BR-101). O custo estimado é de R$ 120 milhões.
João José, diretor regional do Dnit, esteve no Cejas explicando os atrasos e ouvindo a posição do empresariado 11
reportagem especial
Calendário não-cumprido
A duplicação da rodovia BR-280 é uma aspiração da comunidade do Vale do Itapocu que já dura ao menos 20 anos, mas a reivindicação vem se acentuando na última década. Acompanhe a cronologia e as algumas das datas prometidas para que a obra saia do papel: Julho de 2004 Plenária da ACIJS-APEVI traz a Jaraguá do Sul representantes do Consórcio Iguatemi/Sotepa que garantem a entrega do projeto de duplicação até o final de 2005, com promessa de início das obras para o ano seguinte Janeiro de 2007 A obra de duplicação é incluída no PAC, o que faz a comunidade acreditar que o projeto também seria acelerado. O Dnit prometeria a licitação para acontecer até maio, com início das obras em outubro Maio de 2008 Ao participar de reunião com empresários em Joinville, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anuncia para outubro de 2008 o lançamento do edital e início das obras em janeiro de 2009 Julho de 2008 A ACIJS e demais entidades da região decidem cobrar do Dnit a fixação de um cronograma, recebendo a garantia de anúncio do edital de licitação para outubro; início das obras em janeiro de 2009; e conclusão no segundo semestre de 2009 Outubro de 2008 O Dnit anuncia para o final de novembro a nova data para o lançamento do edital e garante que no primeiro trimestre de 2009 as obras teriam início Novembro de 2008 Alegando necessidade de ajustes no processo para a liberação da licença ambiental, Dnit transfere para março de 2009 o anúncio da licitação da duplicação Janeiro de 2009 Mais uma alteração no cronograma, com a informação de que o edital seria lançado em abril e início das obras em setembro de 2009 Março de 2009 Atrasos na definição do EIA/RIMA provocam novo adiamento e edital de licitação é prometido para junho e início das obras em outubro de 2009
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Obras que a região quer
A duplicação da BR-280 envolve várias outras obras e melhorias complementares. Confira as necessidades apontadas pela região: Construção de viaduto no entroncamento da BR-280 com a Rodovia do Arroz (via que faz a ligação com a BR-101 por Joinville em direção a Curitiba) Rotatória no acesso à localidade de Guamiranga Viaduto no trevo de acesso a Massaranduba Passarela ou túnel nas proximidades da empresa Mannes Estofados (Vila Progresso) Mureta para divisão da pista e rotatória nas proximidades da Fameg
destaque empresarial
Criatividade leva rede Mime a crescer Ambiente competitivo desafia empresa do segmento de combustíveis a ousar com responsabilidade
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uando tinha 10 anos, Paulo César Chiodini circulava com desenvoltura entre as bombas de combustível do posto que o pai recém havia adquirido, ajudando os irmãos nas tarefas, lavando carros e realizando pequenos serviços. Hoje, aos 41 anos, o empresário Paulo César Chiodini continua no posto, ou melhor, nos postos mantidos pela empresa, formada por três unidades de negócio: a rede de postos Mime, Mime Distribuidora e a Agricopel. Ao lado dele, os irmãos permanecem integrados nos negócios, dividindo tarefas na administração de uma das empresas mais sólidas de Jaraguá do Sul, com atuação em todo o Vale do Itapocu, várias cidades de Santa Catarina e disposta a ampliar a expansão no Paraná. As metas mais ousadas 14
incluem chegar ao Rio Grande do Sul, mas tudo no seu tempo. “Meu pai, em toda a sua simplicidade de pequeno comerciante, sempre demonstrou muita visão de futuro, estimulando os filhos para o empreendedorismo com responsabilidade social”, conta. O empresário entendeu as lições do pai de que o trabalho deve ser valorizado como uma forma de estimular o crescimento e a geração de oportunidades. Após pouco mais de três décadas, a empresa ainda preserva o lado familiar, muito embora seja clara a percepção de que o profissionalismo deve imperar. “Somos quatro irmãos, todos com as suas atribuições definidas para uma gestão focada em resultados, da mesma maneira como o negócio começou”. Na primeira unidade, na rua Walter Marquardt, onde hoje a empresa também concentra a
administração, Paulo deu os primeiros e definitivos passos na atividade, assinando a carteira de trabalho aos 14 anos. A convivência com as rotinas diárias do primeiro e único emprego deu ao empresário a experiência que, hoje, ele aplica na atividade executiva como diretor administrativo e comercial. A gestão com os irmãos – João, Angelo, Alberto e Miriam, cujo apelido ‘Mime’ dá nome à empresa – ocorre de maneira serena, como salienta o empresário. A diretoria conta com o apoio de um comitê formado pelos quatro irmãos, representantes dos funcionários e de um consultor. “Temos a consciência de que é preciso acima de tudo transparência, competência e foco no negócio. A ascensão dos familiares deve ocorrer pela capacidade, pois isso fortalece o empreendimento. Não dá para pensar em cargo só pelo sobrenome”.
Temos a consciência de que é preciso acima de tudo transparência, competência e foco no negócio. A ascensão dos familiares deve ocorrer pela capacidade, pois isso fortalece o empreendimento. Não dá para pensar em cargo só pelo sobrenome
Expansão através da diversificação A compreensão dos valores deixados pelo pai levou a rede Mime a expandir as atividades a partir da década de 90. Os irmãos sabiam que apenas a venda fracionada de combustíveis limitaria o negócio, e que era preciso crescer e diversificar. Além da atuação no varejo, a empresa passou a buscar nichos que antes estavam concentrados nas mãos de multinacionais do setor, como o fornecimento de combustível a indústrias, a empresas de transportes e à agricultura. Optando pelo crescimento e pela verticalização, a empresa rapidamente expandiu os braços para outras regiões, além de Jaraguá do Sul. A estratégia incluiu a definição de novas áreas de negócios: além do incremento da venda a varejo, com a implantação de serviços diferenciados como lojas de conveniência e na personalização do atendimento ao consumidor nas lojas com bandeira própria; a criação da Mime Distribuidora para fornecimento de combustíveis a uma rede de postos parceiros sem bandeira, e a Agricopel, para atender o fornecimento de volumes maiores a clientes em vários setores. Na área de abastecimento, o negócio da família concentra 97 postos com a bandeira Mime, sendo 8 operados pela companhia com marca própria e outros 11 também operados pela empresa, porém com outras bandeiras, e os demais operados por terceiros. “Nosso projeto é fortalecer
Raio-X Gestão: Paulo César Chiodini, diretor administrativo e comercial, e os irmãos João, Angelo, Alberto e Miriam a marca Mime, atuando com uma identidade única na bandeira e atuar regionalmente”, explica o empresário. A meta é completar a estruturação em Santa Catarina, ampliar a presença e no Paraná e, posteriormente, buscar oportunidades no Rio Grande do Sul. Para isso, a empresa inaugurou duas bases operacionais, em Irani, no Oeste de Santa Catarina, e em Içara, atendendo a região Sul do Estado. O objetivo é atender com mais rapidez a região Sul e iniciar o caminho para o Rio Grande do Sul, com suprimento via Araucária (PR) ou Canoas (RS).
Unidades de negócios: Rede de postos Mime, Mime Distribuidora e Agricopel Tamanho: na área de abastecimento são 97 postos com a bandeira Mime, sendo 8 operados pela companhia e outros 11 também operados pela empresa, porém com outras bandeiras. Os demais operados por terceiros Atuação: Vale do Itapocu e várias cidades de Santa Catarina Planos de expansão: Paraná e Rio Grande do Sul
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destaque empresarial
Inovação garante sustentabilidade Embora o mercado de combustíveis seja muito pulverizado, a Mime vem comemorando bom desempenho nos últimos anos. Conforme Paulo Chiodini, em 2008 a empresa obteve um crescimento de 20%, repetindo o resultado de 2007, “Nossa média nos últimos 5 anos foi esta, que está dentro do que foi planejado”, garante. Para dar sequência ao plano de expansão, a meta é continuar investindo na abertura de novos postos para a venda de combustíveis, ativar plenamente as duas bases para melhorar a logística de distribuição, e a expansão do fornecimento de gás natural em instalações nos postos em regiões atendidas pelo sistema de gasoduto ou pelo transporte via caminhões, onde não chega a malha de gasoduto. Neste segmento de negócio, a Mime foi pioneira em Santa Catarina. “Estamos desbravando um mercado muito promissor, pois o gás natural já comprovou que é um combustível que proporciona melhor resultado, com mais economia e ecologicamente correto”. Com este sistema, a Mime leva o gás a cidades como São Francisco do Sul, Lages, Itapema, Santo Amaro da Imperatriz, Orleães, Timbó e Chapecó, entre outras. Em 2009, a empresa quer abastecer outras regiões em Santa Catarina e no Paraná onde a malha de dutos ainda não chegou. Outra meta é investir também na área de conveniências nos postos. Neste segmento, inclusive, a Mime conquistou no ano passado premiação internacional, obtendo a primeira colocação em concurso que avaliou os melhores projetos de lojas de conveniência no mundo inteiro. “Com isso, podemos também oferecer para os nossos parceiros melhores resultados. Damos completa assessoria, seja na questão da instalação, marketing, layout da loja, merchandising, com o objetivo de agregar maior valor à 16
Projeto da rede Mime prevê a valorização da marca, diz Paulo Chiodini marca e possibilitar ao próprio cliente se profissionalizar e ter uma receita a mais”. De olho na visibilidade da marca, a Mime inicia experiência de instalar uma loja de conveniências no Hospital e Maternidade São José, em Jaraguá do Sul. “Ao mesmo tempo em que oferecemos às pessoas que visitam o hospital um local onde se sinta bem, com confortos e serviços de qualidade, fixamos nossa marca no momento em que for procurar um posto”, acredita Chiodini. Conforme o empresário, os diferenciais ajudam a empresa a se posicionar em um mercado muito competitivo. Além de concorrer com bandeiras fortes, muitas delas com conceito internacional, o setor convive com empresas que não respeitam o
mercado e praticam sonegação, adulteram produtos e geram desconfiança do cliente. “Isto nos exige muita criatividade todos os dias, investimentos no atendimento, em relacionamento com o cliente”. Quanto à crise que atingiu o mercado norteamericano e trouxe reflexos também no Brasil, o empresário acredita que toda situação traz ensinamentos. “Por atuarmos em um segmento muito dinâmico, fazemos o exercício diário de reduzir custos, buscar a fidelização dos clientes, porque acreditamos que essa estratégia ajuda muito”, raciocina Chiodini. Mesmo assim, ele reconhece que a adversidade na economia traz reflexos imediatos como a redução do consumo em alguns setores, a restrição no crédito.
responsabilidade socioambiental
Quando amor se traduz em proteção Programa Preservar é Amar, da Lunelli Têxtil, dissemina há 7 anos nas escolas das redes estadual e municipal de Corupá a importância do meio ambiente para manter a sustentabilidade do Planeta
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elhor do que dar o peixe é ensinar a pescar. Levada por essa inspiração oriental, a Lunelli Têxtil, de Corupá, exercita há 7 anos o ideal da responsabilidade social. Desde então, a empresa mantém o programa Preservar é Amar, que envolve estudantes da rede pública de ensino do município. Neste período, a empresa vem reafirmando o objetivo do projeto de contribuir para a educação ambiental e, mais do que isso, conscientizar as novas gerações de que cuidar do ambiente agora é certeza de um mundo melhor daqui para a frente. O programa não tem como pretensão redescobrir a roda. Ao contrário, parte de princípios básicos: conhecer para preservar. A ideia é que a cada ano um tema diferenciado, sempre relativo ao meio ambiente, estimule os alunos de oitava série das escolas estaduais e do município a refletir sobre o assunto e a buscar alternativas de sustentabilidade. Com o apoio de um grupo mentor formado por representantes da empresa, das secretarias de Educação e do Meio Ambiente de Corupá e por especialistas, os estudantes trabalham propostas durante alguns meses e ao término do período 18
apresentam soluções. Em 2002, a empresa produziu um gibi sobre o meio ambiente, orientando sobre o que é poluição, cuidados com os recursos naturais, e os estudantes participarem de um concurso de redação e, a partir daí, a cada ano evoluindo com propostas mais ousadas. Com duas unidades, uma em Corupá e outra em Jaraguá do Sul, a empresa produz cerca de 800 toneladas/mês de malha em rolo, abastecendo confecções em todo o território nacional. O foco no mercado interno faz com que a empresa também tenha bem clara a importância do fortalecimento das suas relações com a comunidade onde está instalada. Hoje, a Lunelli é uma das mais importantes empregadoras da região, concentrando um quadro de 620 trabalhadores. Embora jovem, fundada em 1º de julho de 1991 e, portanto, prestes a comemorar a maioridade, a empresa leva ao pé da letra os ensinamentos trazidos pela família Lunelli quando da chegada ao Brasil, no Século 19. Dentre eles, o de respeito aos recursos naturais como garantia de preservação da vida, valor que está presente desde o cuidado com as áreas verdes nas unidades, ao tratamento de efluentes, no
controle e destinação adequada dos resíduos do processo de fabricação. “A empresa sempre entendeu que cuidar do ambiente onde está instalada deveria ser um compromisso permanente, a partir da sua origem, gerando por consequência benefícios à comunidade. A melhor opção para tornar essa atitude algo concreto foi trabalhar com as crianças, porque elas formam uma consciência que acaba chegando aos pais e à comunidade”, assinala a supervisora de Recursos Humanos da Lunelli Têxtil, Adenilda Sievers. “É muito gratificante ver os resultados de um trabalho que investe na formação de pessoas responsáveis, que exercitam a cidadania através de pequenas atitudes”, completa Adenilda, pedagoga por formação e há 7 anos na empresa. Ela viu o programa nascer e, desde então, coordena as ações de relacionamento da empresa com o tema. Neste período, diz ter percebido um grande envolvimento da comunidade, mas sente-se particularmente gratificada com a aceitação dos colegas. Uma pesquisa interna apurou que o grau de satisfação dos empregados com os projetos ambientais mantidos pela empresa chega a 80% de satisfação.
Cidadania extensiva à família e comunidade Renata Rocha Amaral, analista de recursos humanos, que atua diretamente com o programa, também destaca o apoio dos colaboradores, atuando como monitores nas visitas que as crianças realizam na empresa. Ela entende que um dos méritos da iniciativa é chegar às famílias das crianças. Para atingir este objetivo, as escolas recebem todas as informações sobre o projeto, e os alunos visitam a Lunelli para conhecer o processo de fabricação da empresa com relação à questão ambiental. “Isto faz com que a proposta se identifique com os anseios da comunidade, pois a cada dia as pessoas estão mais esclarecidas sobre a questão am-
biental e passam a ficar atentas com o que acontece ao seu redor. A gente percebe um crescimento na qualidade dos trabalhos. Em 2008, tivemos um resultado muito positivo, as mães e outras mulheres na comunidade costuraram bolsas ecológicas, motivando o comércio de Corupá a substituir as sacolas plásticas. O projeto está em análise pela Câmara de Vereadores para se tornar lei”, conta com orgulho. Entrando no oitavo ano, na opinião de Renata o programa vem alcançando a cada edição um novo estágio. Em 2008, no entanto, o projeto alcançou uma dimensão maior, com os alunos desenvolvendo iniciativas mais concretas, como a coleta seletiva, na orga-
nização de formas de reciclagem de materiais e da água, no cuidado com o solo, entre outras formas de preservação dos recursos naturais. Personagem adotado como símbolo do ideal de seus descendentes, o ‘nono’ (avô, em italiano) Lunelli iria sentir orgulho da semente que plantou e, hoje, germina em solo fértil. Um sentimento que está presente no manual de integração que cada novo colaborador recebe ao ser contratado pela Lunelli: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha” (Confúcio). Em outras palavras, da consciência e esforço individual, surge a conquista de todos. A natureza agradece!
Reconhecimento
Como um dos resultados dos trabalhos realizados no âmbito da gestão ambiental, a Lunelli Têxtil vem conquistando sucessivas premiações. Algumas das premiações obtidas, em 2008, como reconhecimento do mercado: Prêmio Fritz Müller (Categoria Educação Ambiental) Prêmio CNI/FIESC (Categoria Desenvolvimento Sustentável) Prêmio Expressão (Categoria Excelência em Gestão) Prêmio Expressão de Ecologia (Categoria Gestão Ambiental)
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pelo vale
Uma Comissão Intermunicipal de Reconstrução criada com o apoio da Amvali ajudou as vítimas da tragédia
Vale do Itapocu unido pela reconstrução Com prejuízo estimado em R$ 300 milhões e 8,2 mil casas danificadas ou derrubadas, Vale do Itapocu dá exemplo de solidariedade, mas espera resposta governamental para reconstruir região
O
s dois últimos meses de 2008 ficarão na memória da população de Santa Catarina como uma triste lembrança que merece ser esquecida. O que não pode cair no esquecimento é a solidariedade que mobilizou vários segmentos em favor daqueles que foram atingidos pelas chuvas que registraram grandes perdas ao Estado em novembro e dezembro. O período mais intenso de chuvas trouxe alagamentos e deslizamentos que deixaram vítimas fatais e a perda de patrimônios. No Vale do Itapocu, os maiores danos atingiram Jaraguá do Sul. Mas os estragos deixados pelo fenômeno climático também foram visíveis em outras cidades, comprometendo o escoamento da produção. A Secretaria de Desenvolvimento Regional estima prejuízos de cerca de R$ 150 milhões à movimentação econômica nos cin20
co municípios da região. Somente em Jaraguá do Sul, as perdas somaram R$ 97 milhões. Em Guaramirim, segundo município mais atingido no Vale, a chuva causou um déficit de R$ 27.055.659 para a economia. Na área habitacional, o saldo também é preocupante. Em todo o Vale foram 8,2 mil casas danificadas ou destruídas. Só em Jaraguá do Sul, o número de residências atingidas ultrapassa os 7 mil, o que representa prejuízos de cerca de R$ 110 milhões. Para fazer frente ao problema, a comunidade se organizou em torno da Comissão Intermunicipal de Reconstrução criada em parceria com Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), Projaraguá (Fórum Permanente de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul, Cejas (Centro Empresarial de Jaraguá do Sul), CPL (Centro Integrado dos Profissionais Liberais) e
Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional (SDR). Conforme a AMVALI, considerando os prejuízos causados na infraestrutura e habitação, o montante chega a R$ 300 milhões. Além da ajuda imediata às vítimas da tragédia, a iniciativa teve o objetivo de viabilizar junto ao governo federal recursos para reconstruir as cidades do Vale do Itapocu castigadas pela pior enchente da história de Santa Catarina. Os números da tragédia integram relatório entregues ao Governo do Estado e ao Fórum Parlamentar Catarinense com o objetivo de assegurar os recursos. “Queremos que parte dos recursos para a reconstrução do Estado venha para esta região, que foi também duramente castigada”, disse o presidente do Cejas, Guido Bretzke.
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entrevista
Para se desenvolverem, as empresas precisam contar com uma condição favorável para a comunidade”
‘Se nós não temos voz, como vamos reivindicar?’ Empresário Guido Jackson Bretzke, presidente reeleito da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS) e do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), permanece no comando até o ano 2010
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o comando da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS) até fevereiro de 2010, Guido Jackson Bretzke assume o segundo mandato pronto a atuar sobre várias frentes sempre com foco no associativismo. O empresário de 39 anos, que preside a Bretzke Alimentos desde 22
maio de 2001, é conhecido pelo perfil arrojado e agregador. Além de ter transformado uma empresa em concordata em uma gigante do ramo alimentício, o administrador de empresas imprime uma imagem ainda mais forte à ACIJS, que é o epicentro empresarial de uma região economicamente pujante. Na liderança de uma entidade que
une mais de 1 mil empresas, Bretzke fala à Revista Negócios sobre os projetos dos próximos dois anos. Com a mesma determinação com que conduziu a entidade até então, o empresário defende o trabalho coletivo, um novo modelo de desenvolvimento para a região e atuação além dos interesses do setor produtivo. Confira a entrevista.
Revista Negócios – Quais são as prioridades da gestão 2009-2010? Guido Bretzke – A nossa gestão não tem uma bandeira específica, a característica da ACIJS tem sido de atuar coletivamente. Nós preservamos as mesmas bandeiras das gestões anteriores, buscando respostas às necessidades da região em questões que preocupam mais, como infraestrutura, neste caso falando de rodovias ou dos sistemas de telefonia e transmissão de dados, por exemplo. Mas faremos as cobranças de maneira geral, pensando sempre no interesse dos associados e da comunidade. RN – Como se dará essa atuação, isolada ou envolvendo outros setores? GB – A ACIJS nunca pautou suas ações apenas pelo interesse do setor produtivo. Muitas questões que levantamos em plenária de maneira geral independem da entidade, mas ao mesmo tempo estão ligadas ao que chamamos bom ambiente de negócios. Isso significa dizer que as empresas, para se desenvolverem, precisam contar com uma condição favorável para a comunidade, pois os trabalhadores vivem aqui e se tiverem uma cidade com boa qualidade de vida isto vai refletir na sua atividade profissional. Além disso, as posições que a entidade vier a adotar acabam influenciando numa tomada de decisão pelo Poder Público, principalmente. RN – Como se dá a atuação da diretoria? GB – Uma característica marcante que fazemos questão de implementar é o envolvimento dos vice-presidentes. Cada vice é responsável por uma pasta e em torno dela há os projetos nos quais estão envolvidos. Isto permite que a diretoria se sinta comprometida com o objetivo maior da entidade, e ao mesmo tempo permite que cada vice-presidente se sinta envolvido com as suas ações específicas. O resultado tem sido extraordinário, graças ao engajamento da nossa equipe. RN – Esta forma de atuação traz que tipo de resultados?
Nos custa entender como Jaraguá do Sul, por sua força econômica, pelo forte envolvimento do empresariado com a comunidade, não tem expressividade política” GB – O principal deles é de mostrar ao associado que a entidade atua em várias frentes, e não apenas no que seria sua função primordial de contribuir para que as empresas possam buscar a melhoria da gestão. Tivemos muitos avanços na questão dos treinamentos, nas atividades internas, na gestão dos recursos que são colocados à disposição dos associados. Mas a ação externa dá uma visibilidade que se acentua mais, sem dúvida. Há ações fortes em projetos como o das creches, na melhoria da comunicação, no apoio aos hospitais, entre outras necessidades que beneficiam a coletividade. Ainda que muita coisa não tenha se realizado, marcamos presença junto aos governos municipal, estadual e federal, para o encaminhamento das soluções.
reverter esse quadro, vamos procurar fortalecer a representatividade política, ouvindo os candidatos e no trabalho de conscientização para que a população vote corretamente. Mas não basta apenas a entidade querer, é preciso que as pessoas se motivem. Votando em candidatos comprometidos com a região, independente da cidade de onde estas pessoas vieram, pois é aqui que elas trabalham e formam suas famílias. Também é preciso que os candidatos e os partidos se desapeguem das suas vaidades, dos seus interesses pessoais. Nós não podemos interferir na vontade das pessoas, nas decisões dos partidos, mas vamos tentar conscientizá-los. RN – Até que ponto não ter deputados e senadores eleitos pela região compromete o desenvolvimento da região? GB – Se nós não temos voz, como vamos reivindicar? Os recursos estão em Florianópolis, estão em Brasília, onde são tomadas as decisões. Se nós tivéssemos representatividade, obras como a duplicação da BR-280 já estariam concluídas ou adiantadas. Não digo que nós vamos conseguir sempre tudo facilmente, mas hoje sentimos essa carência que não condiz com a grandeza da nossa região. Costumo dizer que as cadeiras estão lá, na Câmara de Vereadores, na Assembléia Legislativa, no Senado, se os bons, as pessoas sérias e comprometidas não ocuparem esses espaços, sempre haverá condição daqueles menos comprometidos tomarem este lugar.
RN – Um tema recorrente é o da falta de representatividade política... GB – Nos custa entender como Jaraguá do Sul, por sua força econômica, pelo forte envolvimento do empresariado com a comunidade, não tem expressividade política. Queremos 23
entrevista
RN – O senhor também tem enfatizado a necessidade de Jaraguá do Sul repensar o seu modelo de desenvolvimento. GB – Esta é uma questão crucial, especialmente depois das tragédias que tivemos no final do ano. Lamentavelmente passamos por momentos de muita tristeza, muito disto causado pela falta de cuidado com a ocupação do solo, com a urbanização das áreas. É isto que estamos propondo, uma discussão que envolva todos os segmentos, como o Projaraguá, que tem um papel importante como orientador deste planejamento, ajudando a Prefeitura. Isto passa por muitas questões. RN - Incluindo a questão do meio ambiente? GB – Sem dúvida. Hoje nós estamos pagando caro porque não contamos com um sistema de tratamento e destinação do lixo. Então envolve muitos pontos, na preservação da Bacia Hidrográfica, na definição de loteamen-
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tos, na construção de edifícios, na mobilidade urbana. Enfim, cuidando da cidade que queremos para as novas gerações. O que implica em saber o que queremos em termos de crescimento. RN – Um projeto que ganha muito espaço é o de Núcleos Setoriais? GB – Entendo que os Núcleos Setoriais são formadores de novas lideranças. Na própria diretoria temos exemplos de pessoas que passaram pelos núcleos, em diretorias anteriores esta também foi uma coisa positiva. Se incentivarmos essas pessoas, empreendedoras, a participar cada vez mais, a entidade continuará com este ciclo positivo de valorizar os empreendedores da nossa comunidade. RN – O senhor preside o CEJAS, que traz uma integração maior das entidades. Certo? GB – Historicamente, Jaraguá do Sul tem essa característica de contar com pessoas que colocam os interesses da
comunidade em primeiro plano. Neste sentido, o CEJAS é uma ideia do verdadeiro associativismo, pois as entidades de classe atuam em uma única direção. Evidentemente, elas têm as suas questões específicas porque afinal representam um determinado segmento. Mas nas questões maiores, que tratam coletivamente, elas se integram no Centro Empresarial.
Hoje nós estamos pagando caro porque não contamos com um sistema de tratamento do lixo
indústria em foco
Fiesc lança agenda industrial para 2009 A Fiesc entregou em meados de abril, ao presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Jorginho Mello, a Agenda Legislativa da Indústria 2009. O documento, a ser entregue também para todos os deputados estaduais catarinenses, contém uma análise e o posicionamento da Fiesc sobre 26 projetos de lei selecionados em tramitação na Alesc que podem ter impactos sobre as indústrias do Estado. De acordo com o primeiro vice-presidente e presidente da Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da Fiesc, Glauco José Côrte, a Agenda é importante porque firma a posição da federação e da indústria catarinense sobre projetos e questões importantes em discussão na Alesc.
Setor têxtil reunido em Blumenau Indústrias têxteis do Brasil e da América Latina se reúnem em Blumenau, de 12 a 15 de maio, para a 10ª edição da Texfair do Brasil – Feira Internacional da Indústria Têxtil. O evento, que apresenta os lançamentos da Primavera-Verão/2010, é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex) e ocorre no Parque Vila Germânica. Em nove anos, a feira teve a visitação de aproximadamente 185 mil pessoas, reunindo a cada edição uma média de 200 expositores e 400 marcas. Os têxteis do Vale do Itapocu estarão presentes no evento que mostra o melhor em produtos de cama, mesa, banho, vestuário, malharia e decoração.
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CPMF não faz falta O fim do chamado imposto do cheque (CPMF) não deixou saudades. Em janeiro, quando se completou um ano da suspensão da cobrança, a carga tributária brasileira apresentou um novo recorde. A arrecadação em 2008 foi equivalente a 35,49% do Produto Interno Bruto (PIB), 0,70 ponto percentual acima dos 34,79% atingidos no período de 2007. Mesmo sem a CPMF, no entanto, a carga tributária continua alta no País, ultrapassando, em 2008, a casa do R$ 1 trilhão, que representa uma mordida de 7% maior em relação à de 2007.
SC perde com as exportações Santa Catarina movimentou no ano passado US$ 17,8 bilhões em operações de comércio exterior. Do montante, US$ 9,9 bilhões foram exportados e US$ 7,9 bilhões, importados. Em relação a 2007, o número representa cerca de 30% de crescimento em negócios internacionais no estado. O cruzamento de dados foi realizado em fevereiro pelo portal Noticenter com dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Itajaí continua sendo a cidade com maior movimentação: US$ 6,2 bilhões. A hegemonia do município no setor garante os maiores números do Estado em importação (US$ 3,2 bilhões) e exportação (US$ 2,9 bilhões). De 2007 para 2008, a movimentação internacional de Itajaí cresceu mais de 40%. O segundo lugar no ranking do comércio exterior em Santa Catarina continua sendo de Joinville, com US$ 2,4 bilhões em movimentação. A cidade exportou US$ 1,7 bilhão e importou US$ 754 milhões em 2008. Em terceiro, Jaraguá do Sul (com o montante total de US$ 1 bilhão) e em quarto Blumenau, com US$ 909 milhões.
Ajuda providencial O aumento de 10 dias no prazo de pagamento dos impostos federais anunciado no final do ano pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ajudará empresas brasileiras a superar a falta de liquidez e a escassez de crédito provocada pela crise financeira internacional. “A medida terá impacto positivo, principalmente para as pequenas e médias empresas”, avalia o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Ele destacou, no entanto, que o governo deveria estender o prazo de recolhimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social para o último dia do mês. Isso porque, ao adiar do dia 20 para o dia 25 do mês, o prazo de recolhimento das duas contribuições aumentou em apenas cinco dias e não dez, como ocorreu com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto de Renda na fonte e as contribuições à Previdência Social.
Estados são mais vorazes Se o fim da CPMF trouxe alívio, o mesmo não se pode dizer dos tributos estaduais. Um estudo do consultor em finanças públicas Amir Khairos, feito com base em dados da Receita Federal, mostra que os Estados foram ainda mais vorazes que o governo federal e se tornaram os principais vilões do aumento da carga tributária. Para o aumento de 0,70 ponto percentual na carga, os Estados contribuíram com 0,42 ponto, enquanto a União respondeu por 0,25 e os municípios por apenas 0,04. De janeiro a outubro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte de arrecadação dos governos estaduais e maior tributo do país, cresceu 13,4% acima da inflação medida pelo IPCA, superando o crescimento ocorrido no conjunto das receitas da União (10,3%). Segundo Khair, isso se deve basicamente à substituição tributária que tem sido adotada cada vez mais pelos Estados e cujos resultados deverão ser intensificados em 2009.
NÚMEROS - R$ 1 trilhão é quanto os brasileiros pagaram em impostos em 2008 - 7% é quanto cresceu a arrecadação com impostos em 2008, em comparação com 2007 - 13,4% é quanto aumentou a arrecadação de ICMS acima da inflação oficial - R$ 3,2 bilhões foi o total pago pelas empresas referente à CPMF residual em 2008 - R$ 81 bilhões é a receita extra, o dobro da que seria obtida com a CPMF
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institucional
Parceria pela saúde Responsabilidade social das empresas de Jaraguá do Sul está transformando os dois principais centros hospitalares do município em referência
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mbora o direito à saúde seja assegurado pela Constituição Federal, que define como obrigação do estado atender a população por meio da atenção hospitalar e ambulatorial, em Jaraguá do Sul os empresários perceberam que não dá para esperar. Prova disso é o apoio financeiro dado por empresas da região, articuladas pelas associações empresariais a hospitais, do mesmo modo que a iniciativa privada ajuda em áreas como educação e cultura, consideradas essenciais para um bom ambiente de negócios. “Temos clareza das limitações do Poder Público. Por isso, acabamos nos antecipando e, muitas vezes, tomamos a iniciativa de fazer o que caberia ao Estado”, diz o presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), Guido Jackson Bretzke. “Mas nem por isso deixamos de estar sempre cobrando que o Poder Público faça o que lhe cabe”. A responsabilidade social das empresas de Jaraguá do Sul está transformando os dois principais centros hospitalares do município em referência. O assunto é tratado como diretriz no planejamento estratégico da entidade empresarial. “Como não há em Jaraguá do Sul hospitais públicos, coube às empresas contribuírem para que as duas unidades filantrópicas de saúde tivessem condições de atender 28
Hospital São José caminha para se tornar referência no tratamento de câncer
a população local”, comenta Bretzke, referindo-se aos hospitais São José – que vem recebendo várias melhorias e caminha para se tornar um centro de excelência em tratamento contra o câncer – e ao Hospital Jaraguá – também buscando se tornar referência em doenças cardíacas – e iniciando um ousado projeto de ampliação. Participação na gestão O envolvimento da ACIJS com a estrutura hospitalar começou em 2003, com a assinatura de um convênio com a Congregação das Irmãs da Divina Providência, instituição religiosa até então mantenedora do Hospital e Maternidade São José. Na época, ficou estabelecido que a Associação Empresarial buscaria formas de apoiar o saneamento financeiro e implementar melhorias na unidade de saúde somente se estas providências fossem acompanhadas por um forte choque de gestão. Assim, formou-se um Conselho Administrativo, presidido pelo ex-presidente da ACIJS, Paulo Luiz Mattos, e um Conselho de Construção, liderado pelo empresário Vicente Donini, também ex-presidente da entidade. Desde então, um plano de ação foi estabelecido com metas claras para os cinco anos seguintes. Mais de R$ 20 milhões já foram investidos,
com a participação do Poder Público (Governo do Estado, Câmara de Vereadores e Prefeitura de Jaraguá do Sul) investindo R$ 6,5 milhões e a iniciativa privada mais de R$ 15,3 milhões. Neste período, o hospital ganhou novas UTI, centro cirúrgico, maternidade e Pronto Socorro, além de um Centro de Oncologia e de áreas para internação, banco de sangue e outras instalações. “Com o Centro de Oncologia, a comunidade passa a contar com uma referência de atendimento, evitando deslocamentos a outras regiões”, diz Paulo Mattos. Existe ainda a necessidade de investir mais R$ 10,2 milhões em 2009 e 2010, com melhorias na Ala Santo Antonio – dedicada aos pacientes do SUS –, e a construção da segunda UTI com 10 leitos. Seguindo o mesmo caminho, o Hospital e Maternidade Jaraguá também vem colocando em prática um ambicioso projeto de ampliação da unidade, que passará dos atuais 4,4 mil metros quadrados para 10.805,74 metros quadrados e na sua modernização completa, focada principalmente na construção de uma unidade cardiovascular. O investimento totaliza R$ 12,2 milhões somente nas obras físicas, alcançando R$ 20,2 milhões com a inclusão de equipamentos, área de estacionamento e em obras complementares.
Estrutura diferenciada para atender a toda comunidade Presidente do Conselho Deliberativo, o ex-presidente da ACIJS Rodolfo Francisco Hufenüssler ressalta novos serviços que o hospital mantido pela Comunidade Evangélica Luterana passará a dispor, como uma moderna unidade cardiovascular dotada de hemodinâmica, centro cirúrgico, UTI coronariana, 80 leitos, entre outros ambientes e recursos. Conforme o diretor administrativo Hilário Dalmann, a estrutura permitirá atender não apenas aos pacientes de Jaraguá do Sul e do Vale do Itapocu, mas também do Planalto Norte, como Canoinhas e Mafra. São 600 mil habitantes nestas três regiões, aonde os índices de mortes por fatores cardiovasculares chega a 24,28% segundo pesquisa realizada nas Secretarias Regionais. Para viabilizar a obra, parcerias estão sendo buscadas. O governo do Estado garantiu participação com R$ 4 milhões, sendo que R$ 1 milhão já liberado e mais R$ 1 milhão dentro de 30 dias. Além de recursos públicos, o plano já contou com a participação da Brasil Telecom na divulgação da campanha, que prevê a captação junto a empresas e por meio de contribuições, via carnês, da comunidade. Municípios da região apoiam iniciativa Em Guaramirim, a Associação Empresarial também vem apoiando a modernização do Hospital Santo Antonio, único hospital do município. Além de repassar ajuda financeira, a ACIAG vem estimulando a classe empresarial a participar do projeto que prevê investimentos de R$ 834 mil. Em Massaranduba, o empenho é para dar condições plenas ao hospital que atende a região. Em Corupá e Schroeder, cidades que não contam com hospitais, as associações também se mostram favoráveis aos investimentos no sistema de saúde de Jaraguá do Sul.
institucional
Entidades & Negócios Força associativista Se no cenário político o Vale do Itapocu deixa a desejar, na representação empresarial a região vai bem. Além de ocupar uma vice-presidência e uma das diretorias da Fiesc, e quatro vice-presidências da Facisc, mais duas entidades passaram a ser conduzidas por lideranças da região. O ex-presidente da APEVI, Márcio Manoel da Silveira, foi empossado na presidência da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Fampesc), e Bruno Breithaupt ocupa o cargo no Sistema Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio). Ex-presidente da ACIJS, Bruno Breithoupt reiterou que irá ampliar parcerias com o Poder Público municipal nas cidades catarinenses, como forma de participar ativamente do desenvolvimento do Estado, realizando junto ao empresariado e aos
Exportações em baixa
administradores públicos, iniciativas que garantam a educação, qualidade de vida, emprego e renda.
Projeto Microbacias
Representantes do Banco Mundial conheceram de perto o Projeto Microbacias 2, que estabelece uma série de ações na região. A missão foi recepcionada pelo secretário executivo estadual do projeto, 30
Athos de Almeida Lopes, e pelo gerente regional da Epagri, Onévio Zabot, e pela Secretaria de Desenvolvimento Regional. A equipe formada por visitantes da Austrália, Espanha e Itália conheceu de perto o trabalho realizado pelo Núcleo de Secagem da Fibra da Bananeira. A iniciativa busca fomentar a venda da fibra da bananeira e agregar valor ao produto. Uma das ideias é investir em treinamentos, capacitação e buscar apoio técnico de designers para estudar a aplicabilidade da matéria-prima. “O mercado europeu tem interesse no produto, pois valoriza os pequenos produtores e os produtos ecologicamente corretos”, disse a australiana Anna Roumani, especialista em desenvolvimento rural.
As vendas das empresas catarinenses ao exterior sofreram queda de 21,86% no período de janeiro a março, na comparação com o mesmo período de 2008. Segundo levantamento da Fiesc com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os embarques ficaram em US$ 1,41 bilhão no primeiro trimestre. As importações também se reduziram na mesma comparação, porém apenas 6,03%, para US$ 1,66 bilhão. Com isso, a balança comercial catarinense registrou déficit de US$ 256,96 milhões nos três primeiros meses do ano, o primeiro saldo negativo no período desde 1989, último dado disponível no sistema do MDIC.
Cidadania e Segurança em pesquisa Desde o final de 2008, o Centro Universitário de Jaraguá do Sul (Unerj) e o Fórum Permanente de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul (Projaraguá) realizam a pesquisa ‘Cidadania e Segurança’. Com duração de 12 meses, o trabalho tem como objetivo conhecer como a população do município percebe as questões relacionadas à segurança pública e como avalia o atendimento oferecido pelas diversas instituições que prestam serviços nesta área.
institucional
Produtos & Serviços Muky cria espaço especial para a garotada
A Bretzke Alimentos, empresa de Jaraguá do Sul que fabrica o achocolatado Muky, investe na web. O site muky.com.br ganhou uma cara nova, visando a ampliar o relacionamento com o consumidor. Interatividade e a conectividade são pontos fortes para a exploração no site, que conta com atualizações de várias áreas, como: curiosidades, atualidades, informações sobre o Brasil, jornal colaborativo, além de um espaço recheado de diversão com jogos inteligentes.
Consultoria em Recursos Humanos O Centro de Desenvolvimento de Habilidades (CEDEHA), com atuação na região do Vale do Itapocu na prestação de serviços em seleção de profissionais, lançou a Consultoria para Seleção de Operacionais. Trata-se de um novo serviço com o objetivo de auxiliar as empresas na escolha dos melhores candidatos para exercer cargos operacionais. O processo envolve entrevista, aplicação de testes e apresentação dos resultados dos candidatos para a empresa, tudo acompanhado por psicólogo. Dessa forma são obtidas informações sobre a capacidade de aprendizagem, a rapidez e qualidade no trabalho, bem como aspectos pessoais e comportamentais fundamentais, de acordo com as necessidades do cargo e da empresa. Informações pelos telefones 3370-8940 e 9107-2747, ou no site www. cedeha.com.br.
Brinde da Paládio Simara
Meta disponibiliza escrituração eletrônica O Grupo Meta esta colocando à disposição do mercado o Sped - Sistema Público de Escrituração Digital, que engloba a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), o Sped Contábil e o Sped Fiscal, que serão as formas como as empresas irão disponibilizar informações digitalmente para o fisco. O Sped Contábil é uma mudança na forma de apresentação ao fisco das informações contábeis onde serão entregues, entre outros, o Livro Diário, Razão, de Apuração de Inventário em arquivo digital para a Receita Federal. O Sped Fiscal é um meio de entrega das informações digitais para o fisco da apuração de impostos do ICMS e IPI, informações de entradas e saídas de mercadorias e registro de inventário. Conforme a empresa, a iniciativa é válida, pois irá reduzir a carga de obrigações acessórias, redução de recursos, otimizando as informações. Informações pelo site www.grupometa.com. 32
A agência OWP Comunicação, em parceria com a estilista Nadieska Reiser (Rosa Line) desenvolveu uma flanela de óculos especial para comemorar os 20 anos da Ótica e Joalheria Paládio Simara. O brinde personalizado traz uma estampa alusiva às duas décadas de história da empresa, com sede em Jaraguá do Sul. A campanha tem o mote “Duas décadas de moda. Duas décadas de brilho.”, com o intuito de reforçar que as jóias, relógios e óculos da Paládio Simara possibilitam que seus clientes fiquem sempre na moda.
institucional
Entidades comprometidas com a região Sob nova direção na ACIAG, ACIAC e ACIAM e com diretorias reconduzidas na ACIJS e na ACIAS, entidades da Amvali elegem o associativismo como mecanismo para fortalecer setor produtivo
Hermann Suesenbach assumiu a liderança da ACIAC
Eluisa Hertel Maiochi é primeira mulher na ACIAG
Guido Jackson Bretzke reassumiu a ACIJS e o CEJAS
Schroeder manteve a diretoria para o próximo ano
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fortalecimento do associativismo e a defesa de projetos que atendam aos interesses da região são bandeiras que as cinco entidades que congregam o setor produtivo do Vale do Itapocu reafirmam em 2009. O objetivo é atuar em uma única direção, ainda que respeitando os interesses de cada entidade. Schroeder e Jaraguá do Sul não tiveram mudança na presidência, enquanto em Corupá, Guaramirim e Massaranduba houve mudanças. O compromisso de atuarem integrados na região da Amvali foi enfatizado nas posses de Mauri da Silva (Massaranduba), Guido Jackson Bretzke (Jaraguá do Sul), Heloísa Hertel Maiochi (Guaramirim) e Hermann Sue34
senbach (Corupá), assim como pelo presidente da Associação Empresarial de Schroeder, Ismário Bauer. Reeleito para mais um período (2009-2010), o empresário Guido Bretzke diz que a entidade tem entre os principais desafios motivar as pessoas a participar do associativismo. “Precisamos fazer com que cada vez mais empresários participem da entidade, pois assim conseguimos impor nossos anseios e aumentar a nossa força”, assinala Guido. A questão política ganha ênfase para a ACIJS, ao lado da duplicação da BR-280. Em Guaramirim, a mudança de diretoria colocou em evidência a participação feminina: de 33 cargos, 12 serão ocupados por empresárias. A presidente Eluisa Hertel Maiochi é a primeira mulher a ocu-
par o cargo no município. Ela também destaca como prioridades a ação em parceria com os demais municípios visando a assegurar maior peso político para a região. “Precisamos caminhar nessa direção para que nossos pleitos sejam atendidos com rapidez. O trabalho das associações é fundamental para o desenvolvimento sustentável dos municípios”. O presidente eleito da Associação Empresarial de Corupá (ACIAC), Hermann Suesenbach, que também ocupa a vice-presidência regional Norte da Facisc, afirma que caminhar em sintonia é o mais adequado para as entidades da microrregião. “Somente com uma articulação, com interesses comuns, podemos obter respostas apositivas os nossos pleitos.
Câmara reconhece pequenas empresas Sessão especial no Legislativo ressalta união de mais de 1 mil associados à Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi), entidade que congrega associados da região
“C
onstruir amigos e preservá-los é nosso maior empreendimento”, destacou o empresário Custódio Vieira da Costa ao receber, no dia 31 de março, homenagem da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, em sessão especial dedicada à Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi). O ex-presidente Custódio Vieira da Costa foi destacado por conduzir a Apevi de março de 2007 a março de 2009. Ele assumiu a presidência de 27 de março de 2007 a 12 de fevereiro de 2008, na vaga deixada pelo ex-presidente Márcio Manoel da Silveira, que se licenciou para
ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município. Em 27 de março de 2008, tomou posse efetivamente como presidente, cargo que entregou no dia 19 de março ao empresário Edson Roberto Schmidt. A sessão especial em alusão ao Dia Municipal da Micro e Pequena Empresa faz parte do calendário oficial do município desde a aprovação da Lei nº 4215, de março de 2006, proposta pelo ex-vereador Dieter Janssen, que sugeriu a data como forma de reconhecer o trabalho das cerca de 1 mil empresas associadas à Apevi. Além disso, o dia 29 de março marca a fundação e registro da primeira associação do gênero do
Brasil, então chamada de Acimpevi. A Apevi é entidade parceira da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), no Centro Empresarial (CEJAS), na missão de fomentar a autossustentação, a união e o fortalecimento das micro e pequenas empresas, pela promoção da melhoria da gestão. Foi fundada em 10 de setembro de 1985, tendo João Steinbacher, o Pedro Steinbacher, como primeiro presidente (1985 a 1986). Surgiu da iniciativa de empresários do ramo metal-mecânico e elétrico que, ao realizarem uma feira específica em Jaraguá do Sul, observaram a necessidade das pequenas empresas se unirem em torno de uma associação.
cidades
Bancada catarinense define projetos Propostas para o Estado de Santa Catarina foram definidas em reuniões nas regiões, ainda sob a liderança da senadora Ideli Salvatti (PT), então coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense
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e depender do esforço da bancada federal, Santa Catarina pode ser beneficiada com recursos que podem fazer frente a algumas das principais reivindicações do Estado. Após uma série de reuniões para definir as prioridades por região, os parlamentares definiram os projetos que foram incluídos como emendas ao Orçamento da União para 2009. Com base nas propostas, o valor total das emendas chega a R$ 650 milhões apresentadas pelos deputados e senadores que representam o Estado, além de outros R$ 150 milhões incluídos pelo relator-geral do orçamento, senador Delcídio Amaral, para ajudar na recuperação das áreas atingidas pelas chuvas que ocorreram nos últimos meses do ano passado. As propostas foram definidas durante reuniões em várias regiões, ainda sob a liderança da senadora Ideli Salvatti (PT), então coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, recentemente substituída na função pelo deputado federal Gervásio Silva (PSDB). Apesar de estar presente no Orçamento da União, porém, a aprovação das emendas não garante a liberação para Santa Catarina, o que exige a atuação e cobrança dos setores organizados da sociedade. Mauro Bramorski, vice-presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) para assuntos de mico e pequenas empresas, entende que a falta de representatividade da região traz dificuldades na articulação. Ele acompanhou as discussões das emendas, na época como presidente da ACIAM, e como dirigente da Facisc, e lamenta a ausência de maior organização política do Vale do Itapocu. “Está bem claro que poderíamos buscar mais recursos se politicamente estivéssemos mais organizados”, pondera. Alessandro 36
Confira as emendas aprovadas pela bancada - Adequação de Trecho Rodoviário Oeste/Florianópolis/BR-282 - Adequação de Trecho Rodoviário na BR-470 - Segunda Etapa da Interligação do Aeroporto de Florianópolis - Construção da Ponte Itajaí/ Navegantes - Implantação da Universidade Federal da Mesorregião do Mercosul/Chapecó - Contorno do Anel Viário de Gaspar - Contenção de Cheias na Região da Foz do Rio Itajaí-Açú - Apoio a Implantação de Infraestrutura Aquícola e Pesqueira Vargas, secretário-executivo da Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), acompanhou uma das reuniões, em Joinville, apresentando os pleitos da região. “Consideramos a reunião produtiva, acreditamos que as propostas defendidas serão contempladas”, disse. “Tivemos a presença de praticamente todos os parlamentares catarinenses e acordamos 12 emendas, fomos para o voto em apenas três. Acredito que a decisão do destino dos
- Construção e Adequação de Trecho Rodoviário Timbé do Sul/São José dos Ausentes/BR-285 - Apoio à Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense) - Ações de infraestrutura urbana em Joinville - Adequação de Trecho Rodoviário Jaraguá do Sul/Porto União/BR-280 - Infraestrutura urbana de São José - Saneamento Básico na Grande Florianópolis - Reforma e Ampliação do Aeroporto de Chapecó
recursos para Santa Catarina foi feita de forma democrática e transparente”, disse Ideli. Ao todo a bancada catarinense tem direito a 18 emendas, mas três são escolhidas pelos senadores. Ela destaca que nas reuniões regionais foram listadas todas as sugestões destacadas pelos setores organizados da sociedade. “Por esta razão, muitas emendas escolhidas estão dentro das expectativas da população de cada região catarinense,” explicou.
acontece
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05, 06, 12 e 13 - 18 h30min às 22h30m in Curso avançado de Desenvolvimento de Líderes
MAIO • 05/05 Reunião de Diretoria 19h30min • 07/05 Núcleo de RH 15h30min • 19/05 Reunião de Diretoria 18h30min
• 21/05 Núcleo de RH 15h30min • 12/05 Núcleo do Comércio 19h30min • 26/05 Núcleo do Comércio 19h30min
JUNHO • 02/06 Reunião de Diretoria 18h30min • 04/06 Núcleo de RH 15h30min • 16/06 Reunião de Diretoria 18h30min • 18/06 Núcleo de RH
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06 e 07 - 18h30m in às 22h30min Curso Produtos de Investimento 19, 20 e 21 - 18h3 0min às 22h30min Curso Neurolinguís tica na Prática 20, 21 e 22 - 18h3 0min às 22h30min Curso Plano de Mark eting para a Micro ea Pequena Empresa 25, 26, 27 e 28 - 18 h30min às 22h30min Curso de Formação de Auditores Internos de Sistema de Gestão da Qualidade
• 23/06 Núcleo do Comércio 19h30min • 30/06 Reunião de Diretoria 18h30min
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ACIAG 13 de maio / 10 de junho 13h30min Consultoria BRDE Local:ACIAG 9 de maio / 6 de junho 8h30min - sem fechar para almoço Sábado Aberto Local:Comércio de Guaramirim 4 de maio 20h Palestra Teatro Seu Chico & Cia - “A incrível arte de vencer” Local:Auditório ACIAG Cursos Cadastro Crédito e Cobrança - maio de 2009 Planejamento Estratégico na Prática - maio de 2009 Negociação Eficaz - Junho de 2009 Neurolinguistica em Vendas - Junho de 2009 Grande Palestra em comemoração aos 31 anos da ACIAG - Julho de 2009
C tratégico da ACIA Planejamento Es Data: a definir pá presarial de Coru Local: Centro Em Horário: 19h a Indústria o de Venda para eç Pr de ão aç rm Curso de Fo Data: 18 a 21 pá presarial de Coru Local: Centro Em in 0m 22h3 Horário: 19h às C e SEBRAE Realização: ACIA r e Empresária” iliar Mãe, Mulhe nc Co o om “C Palestra Data: a definir pá presarial de Coru Local: Centro Em in 0m Horário: 19h3 JUNHO nal Palestra Motivacio ir fin de Data: a in Horário: 19h30m esarial de Corupá pr Em ro nt Local: Ce C e SEBRAE IA AC o: çã za ali Re ança de Crédito e Cobr Curso de Análise Data: 15 a 18 pá presarial de Coru Local: Centro Em in 0m h3 22 Horário: 19h às C e SEBRAE Realização: ACIA
ponto de vista
Inovação, desafio permanente
A
inovação é o caminho a ser trilhado pelas empresas que querem desenvolver soluções criativas que a levem a ganhar espaço no mercado, buscando diferenciação, pós-venda convincente, avanços significativos em produtos e processos produtivos. Trata-se de um processo que vai além do lançamento ou criação de novos produtos, envolve mais que projetistas e engenheiros e pode ocorrer a cada minuto. Para falar em inovação, é preciso ter uma equipe que contemple a diversidade cultural, racial, de talentos e de ideias existentes. Cada um tra40
zendo um pouco de sua vivência para contribuir nesse processo. Mas a quem cabe essa visão da multiplicidade de competências? A você, líder e empreendedor. É a liderança que deve captar sonhos, abordar de frente as pessoas e buscar nelas o que há de melhor para deslanchar o processo da inovação. Vencida esta etapa, o líder deve identificar as mudanças necessárias para que as ideias inovadoras possam fluir. Será exigida muita transpiração, mas as pessoas têm que sentir esse processo como uma forma prazerosa de desenvolver seu trabalho. Isso só acontece quando há um diagnóstico preciso dos rumos que a empresa espera tomar e por onde vai caminhar. A partir daí, a inovação deve estar alinhada à estratégia da empresa e impregnada na mentalidade do negócio. É preciso vencer resistências, especialmente as internas, para que o processo de inovação avance. Mostrar a todos que o foco é o cliente. Há uma necessária mudança de comportamento, que só virá se após a mudança da consciência, a forma de pensar. Inovar significa conhecer as necessidades do cliente, observá-lo atentamente e saber ler os seus sinais. Produtos e processos inovadores surgiram da antecipação de necessidades do mercado que romperam com muito do que já existia anteriormente. Não se trata apenas de aperfeiçoar o que já existe, mas de criar algo realmente novo. A partir desta provocação, cabe a cada líder refletir se vale a pena correr riscos e cometer erros, lembrando que sem erros não se inova. As melhores empresas do mundo passaram por isso e conquistaram o sucesso. O próximo pode ser o seu negócio.
Maria Aparecida Pereira Gonçalves Diretora da Stagio Propriedade Intelectual e Inovitae
É preciso vencer resistências, especialmente as internas, para que o processo de inovação avance. Mostrar a todos que o foco é o cliente”