Revista Negócios - Ed. 03

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Ano 1 | nº 3 Setembro e outubro de 2009

das associações empresariais do Vale do Itapocu

R$ 8,90

Natureza divertida À frente da Krenke Brinquedos Pedagógicos, Nelson Krehnke ganha o País aliando alegria e sustentabilidade

Gestão: Néki agrega valor para combater concorrência e crise

Reportagem Especial: Região dribla falta de espaço para boom imobiliário



editorial

Diversidade e inovação

U

m dos polos econômicos do Estado, Jaraguá do Sul se destaca – entre outras coisas – pela diversificação. Ao lado dos setores têxtil, metal mecânico e alimentício, ganha força na região a área de tecnologia e inovação. O sucesso de alguns projetos locais levou à idealização do Parque Tecnológico, recém-lançado em Jaraguá do Sul.

Mas nem só de grandes empreendimentos é formado o Vale do Itapocu. Exemplos como o da Krenke Brinquedos Pedagógicos, de Guaramirim, e da Néki Confecções, de Schroeder, fortalecem a economia regional e do Estado. Garantir um crescimento sustentável com todo este desenvolvimento não é tarefa fácil. Confira na terceira edição da revista Negócios como a região está driblando a falta de espaço

e infraestrutura para comportar e impulsionar cases de sucesso como os de Nelson Krehnke e Neocir Dal-Ri. Confira também os planos de Hermann Suesenbach, presidente da Associação Empresarial de Corupá (ACIAC), para chegar à Assembleia Legislativa. Boa leitura a todos! Conselho Editorial


sumário

08. Brinquedo da natureza Parques da Krenke Brinquedos Pedagógicos, de Guaramirim, destacam-se em todo Brasil pela matéria-prima ecologicamente correta adotada como diferencial pelo empresário Nelson Krehnke.

16. Tecnologia em alta

18. Qualidade como diferencial

Criação do Parque Tecnológico e de Inovação de Jaraguá do Sul impulsiona ainda mais o setor que já é destaque na região do Vale do Itapocu e será fomentado por programas federais.

Néki Confecções, de Schroeder, agrega valor ao produto para driblar a concorrência dos chineses, a crise internacional e, com isso, ter um diferencial para fidelizar o cliente.


12. Reportagem Especial Pesquisa mostra que até 2011 Jaraguá do Sul e região terão mais de 2 mil novos apartamentos, o que exige planejamento. Com falta de espaço para crescer, o Vale do Itapocu busca alternativas para garantir um desenvolvimento habitacional sustentável, que permita que todos tenham infraestrutura compatível com a importância da região.

22. Entrevista Hermann Suesenbach, presidente da Associação Empresarial de Corupá, faz balanço da gestão e fala dos planos para a Assembleia

34. Institucional Entidades do Vale do Itapocu já lançaram campanhas de Natal em toda a região, prevendo a distribuição de vários prêmios com vistas a fomentar as vendas nas lojas credenciadas

E-mail para sugestão de reportagens revistanegocios@mundieditora.com.br Coordenador comercial Eduardo Bellídio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br

Conselho Editorial Beatriz Zimmermann (ACIJS) Jean Carlo Chilomer (ACIAC) Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS) Rogério Souza Silva (ACIAG) Ronaldo Corrêa (CEJAS) Danielle Fuchs (Mundi Editora) Edição Danielle Fuchs (SC 01233 JP) danielle@mundieditora.com.br Textos Texto Livre Serviços de Imprensa textolivre@gmail.com Fotos Ronaldo Corrêa, Flávio Ueta e divulgação Foto de capa Flávio Ueta Editor de arte Guilherme Faust Moreira guilherme@mundieditora.com.br

Editora-chefe Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br Diretor executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Bairro Vila Nova - Blumenau/SC Telefone: (47) 3035-5500 CEP. 89.035-401 www.mundieditora.com.br Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIG), Massaranbuba (ACIAM) e Schroeder (ACIAS). Mais informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Jorge Czerniewicz, 100 – (47) 3371-8190. TIRAGEM 3.000 exemplares


direitos & deveres

O voo da Águia Real Parceria entre Receita Federal, ITA e Unicamp cria sistema rigoroso de controle aduaneiro no País

O

Projeto Harpia, da Receita Federal, tem tudo para revolucionar positivamente o comércio exterior brasileiro. Curiosamente, a Harpia ou Águia Real é uma espécie tipicamente brasileira e está entre as maiores aves de rapina do mundo. Aparentemente, a escolha deste animal para nome do projeto não se deve apenas ao fato de falarmos de algo nativo do País, mas, principalmente, de uma analogia muito importante, pois não é à toa que a Harpia se destaca por sua profundidade de visão, chegando a ser oito vezes maior que a de um ser humano, e, desta forma, possuir a capacidade de capturar presas de grande porte. Recados da Receita Federal à parte, não podemos deixar de lado o fato de que trata-se de um projeto extremamente arrojado, em que todo o controle aduaneiro passará a ser efetuado por meio de Análise de Riscos e de Inteligência Artificial Aplicada. Com renomados par

ceiros como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade de Campinas (Unicamp) e Fundação para Desenvolvimento da Unicamp, um meticuloso estudo com relação aos erros cometidos em Declarações de Importações, erros nas classificações fiscais dos produtos, avaliação das redes neurais dos contribuintes e do experimento de diversas tecnologias aplicadas à seleção aduaneira na importação foi efetuado, e, com isso, um poderoso banco de dados estará à disposição da Receita para que se possa efetuar as análises de risco (aplicação de modelos de inteligência computacional para a otimização do processo de seleção fiscal e sistematização do fluxo de conhecimento), sem contar o fato de que, com isso, será muito mais transparente a relação entre a Receita e o contribuinte, por meio da uniformização de procedimentos em ambiente informatizado e via web, em que todo o histórico da operação passa a estar disponível por meio de um dossiê eletrônico. Com a entrada deste projeto no ar, espera-se um grande impacto nas operações de comércio exterior em nosso País, uma vez que com a adoção deste modelo todo o processo será muito mais seguro tendo em vista o fato de que será utilizada a inteligência computacional na detecção de infrações, os documentos que por hora encontram-se em papéis serão substituídos por arquivos eletrônicos assinados digitalmente e arquivados pela Receita, entre outras evoluções. Outro ponto de grande destaque é a transparência em todo processo, e além dos pontos já citados ainda merece destaque a padronização dos procedimentos aplicados, inclusive para efeito de intimação

“Trata-se de um projeto arrojado, em que todo o controle aduaneiro passará a ser efetuado por meio de Análises de Riscos e de Inteligência Artificial Aplicada” e fixação de exigências, sem contar no controle automático dos prazos previstos para a conclusão dos procedimentos fiscais. Agora, sem dúvida nenhuma, o grande benefício para todos com a implantação deste projeto será a agilidade que o processo como um todo ganhará, uma vez que este possibilitará uma ampla revisão da alocação de mão de obra fiscal, com deslocamento destas para outras atividades essenciais, maior redução dos níveis de seleção de operações, informatização dos procedimentos aduaneiros, como por exemplo, a concessão de regimes e o reconhecimento de benefícios fiscais, a migração de todo o fluxo de documentos para a web, etc. Ainda é cedo para visualizarmos todo o projeto e, consequentemente, os ganhos com ele, mas é certo que estamos em um processo evolutivo sem volta. Que venha a Águia Real, e por meio de suas poderosas asas nos leve a alçar voos cada vez maiores e a alcançarmos sempre novos horizontes em busca da perfeição. Fonte: Carlos Olla, gerente de negócios, formado em Sistemas de Informação, certificado pelo MCSE em Windows Server – Microsoft e especialista em soluções completas para comércio exterior Contato: www.bysoft.com.br


canal aberto

tribuna

frase

Hotéis se unem em nome da lei e da segurança dos menores Preocupados com a segurança e com o cumprimento da legislação, hotéis de Jaraguá do Sul e região estão se adequando às exigências para a hospedagem de menores. Empresas ligadas ao Núcleo de Hospitalidade de Jaraguá do Sul normatizaram os procedimentos em relação aos hóspedes, passando a aceitar reservas somente com a apresentação de documento de identidade. Conforme o coordenador do Núcleo de Hospitalidade ACIJS-APEVI, Celso Roberto Berri (foto), a medida se aplica especialmente aos menores de idade, que mesmo acompanhados dos responsáveis devem apresentar a carteira de identidade. “Todos os hotéis da cidade cumprem essa norma, que também é repassada aos hóspedes”, disse. Quando da hospedagem de menores desacompanhados, eles deverão ter uma autorização prévia da família ou de um responsável legal. Para melhor orientar os clientes, empresas do setor já afixaram placas nas recepções dos hotéis com a normatização. Conforme Berri, a hospedagem de menores vem se tornando um problema que deve ser enfrentado por todos aqueles que exploram os meios de hospedagem. Ele lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que “é dever de toda a sociedade prevenir a ocorrência de violação dos direitos da criança e do adolescente”.

As situações de calamidade não dizem respeito apenas às pessoas atingidas. Há reflexos na indústria, no comércio, com os problemas de infraestrutura que dificultam a circulação de produtos e o deslocamento das pessoas. Há sérios prejuízos para a economia, além da situação dramática de quem perdeu seus bens “ Major Márcio Luiz Alves, diretor estadual de Defesa Civil, em conversa com empresários na ACIJS, pedindo envolvimento da sociedade organizada para que SC evite desastres climáticos

em alta X em baixa Bom exemplo Os vereadores de Jaraguá do Sul estão de parabéns. A Câmara de Vereadores definiu 58 emendas ao Plano Plurianual do Município para os próximos quatro anos. Elas tratam de projetos que contemplam ações nos bairros e foram tiradas de reuniões do PPA Participativo, uma iniciativa inédita do Brasil que permitiu aos moradores apresentar propostas agora incorporadas ao projeto da Prefeitura. Durante as audiências, mais de 3 mil sugestões foram apresentadas pela comunidade.

(In)segurança pública A falta de policiais nas ruas, delegados e de investigadores está preocupando o Vale do Itapocu. A população da região aumentou e o efetivo tem diminuído a cada ano. Levantamento mostra que em 2002 havia um efetivo de 189 policiais militares, contra um quadro atual de 171 com possibilidades de redução diante de licenças-prêmio e aposentadorias que vão se acumulando. Documento encaminhado ao Estado pede mais 50 policiais na região, além da volta da Bike Patrulha e a Operação Presença.


destaque empresarial

Diversão levada a sério Krenke Brinquedos Pedagógicos, de Guaramirim, conquista o mercado nacional de playgrounds com produtos que divertem as crianças e preservam o futuro do Planeta

“N

ós trabalhamos sério para as pessoas se divertirem”. A afirmação feita em tom despretensioso pelo empresário Nelson Krehnke, de Guaramirim, dá uma ideia da dedicação da empresa que há 22 anos produz equipamentos que estão instalados em praças públicas, clubes e empresas em todo o território nacional. A história da Krenke Brinquedos Pedagógicos teve início em Jaraguá do Sul, quando Nelson e a esposa Dorly se dedicavam à revenda de brinquedos e jogos educativos para escolas e creches, fabricados em outras regiões do País. Há 11 anos, a empresa mudou o foco e deixou de representar os jogos educativos, partindo para a fabricação de parques completos destinados a espaços públicos, áreas recreativas de empresas e até mesmo residências. Sem muito capital, mas apostando em

um nicho novo de mercado, Nelson instalou-se em Guaramirim, em espaço próprio com 23 mil metros quadrados, sendo 3 mil m2 de área construída. Como na “Fantástica fábrica de chocolates”, um pequeno e dedicado grupo de 22 funcionários trabalha para criar produtos que proporcionam alegria principalmente a crianças (e em muitos casos adultos) que têm nos parques seus momentos de lazer. São escorregadores, balanços, tobogãs e outros itens fabricados em madeira que formam os conjuntos de playgrounds que seguem em carretas para outras regiões. Hoje, a Krenke representa para o casal a concretização de um sonho pessoal feito de sonhos e muita determinação. De origem simples, Nelson lembra a infância e adolescência ao lado dos pais no bairro Garibaldi, em Jaraguá do Sul, onde até os 19 anos ajudava a família que praticamente vivia da agricultura de subsistência.

Mais tarde, foi trabalhar em uma fábrica de carrocerias de ônibus até se casar e se mudar com a esposa para Curitiba, onde recebeu convite para revender kits de jogos educativos e playgrounds. De volta a Jaraguá, Nelson e Dorly decidiram apostar no negócio. A esposa ainda se revezava trabalhando em uma empresa do setor alimentício, como dona de casa e na venda dos brinquedos com o marido.

Raio-x Empresa: Krenke Brinquedos Pedagógicos Cidade: Guaramirim Produção até hoje: 900 parques Empregos gerados: 22 Área construída da fábrica: 3 mil m2


Sob medida para clientes exigentes Foram 11 anos no negócio de jogos para salas de aulas e na venda de parques fabricados em São Paulo, até Nelson decidir pelo seu próprio negócio. “Nós vimos que havia espaço no segmento de playgrounds e resolvemos investir na fabricação de parques aqui mesmo”, recorda Nelson. Do começo, ainda tímido, com apenas um empregado e fabricando poucas peças, em 1996 a empresa recebeu de uma empresa de São Bento do Sul e de uma escola de Jaraguá pedidos para fabricar playgrounds completos. Dali por diante, Nelson não parou mais, passando a se dedicar totalmente ao projeto e à fabricação em série. A revenda de brinquedos foi totalmente deixada para trás e em vez de revender o casal decidiu apostar na fabricação própria dos parques infantis. Atualmente, a empresa monta 40 parques em Araçatuba, no interior de São Paulo, e 41 na cidade pernambucana de Olinda. Para levar os parques, Nelson conta com quatro veículos próprias e quatro equipes de montagem que instala as peças de acordo com os projetos desenhados ao gosto dos clientes. Os conjuntos são vendidos em módulos que podem variar de acordo com o tamanho e tipos de peças desejados, com torres, escorregadores, tobogãs, carrossel, etc. Aperfeiçoando o que vê nas viagens que faz pelo Brasil ou desenhando novos tipos de brinquedos ele mesmo, Nelson busca sempre algo diferente para oferecer aos interessados. Hoje, ele estima que a empresa já construiu e instalou mais de 900 parques em todo o Brasil. Nos últimos anos, diz o empresário, as vendas vêm aumentando. Há uma curiosidade no segmento de parques: em anos eleitorais, a pro-

Nelson e Dorly Krehnke

cura pelos equipamentos se acentua. “Os municípios estão investindo bastante em espaços de lazer voltados para a comunidade. Com isso, a demanda sempre cresce nos anos que antecedem as eleições porque as prefeituras querem deixar as praças bonitas”. O empresário prefere não falar em números, mas aposta que os negócios continuarão evoluindo positivamente, com crescimento de até 50% em relação aos últimos anos. Nelson Krehnke diz que o maior problema do segmento é a concorrência desleal. Nem todos os fabricantes, diz, seguem as

orientações de segurança determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Esse é um negócio no qual é preciso ter comprometimento com a sociedade, não somente com a venda, mas com o bem-estar e lazer das crianças, das famílias que buscam essa opção de lazer. Hoje, há poucos espaços públicos onde as pessoas podem levar seus filhos, então é necessário muita responsabilidade para que essa prática seja estimulada e não continue esquecida por falta de cuidado com a segurança”.

Nelson e sua equipe


destaque empresarial

Futuro da empresa familiar em discussão Para o empresário Nelson Krehnke, as perspectivas para o futuro do negócio são positivas. Os quatro filhos do casal ainda não estão na fase de assumir funções na empresa, mas ele acredita que num prazo de 10 anos o momento da profissionalização chegará. “O importante é perceber se os filhos desejam seguir em frente com a empresa e se essa vontade é verdadeira, sem comprometer os seus próprios projetos de vida. Se a decisão for outra, nós pensamos que o negócio não pode ser inviabilizado, daí buscaremos outras alternativas”, destaca o empreendedor.

Crise é oportunidade de crescimento Em relação ao mercado, Nelson Krehnke diz que a empresa sentiu os efeitos da crise econômica, mas o desempenho não chegou a ser afetado. O empresário prefere o otimismo a reclamar. “É claro que sempre há efeitos não desejados. Mas, pessoalmente, acredito que essas situações nos ensinam a repensar o negócio, a fazer ajustes, buscar diferenciais para fidelizar o cliente. São oportunidades de melhoria e quem está atento ao que o mercado quer fica em vantagem”, observa com a experiência de quem só teve a chance de chegar ao segundo grau.

Material reciclado assegura diferencial Uma das preocupações da Krehnke Brinquedos Pedagógicos é com a sustentabilidade. Nesse sentido, além de somente utilizar madeira reflorestada, comprada de fornecedores certificados pelos órgãos ambientais, Nelson busca materiais alternativos. A mais recente

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novidade que a empresa incorporou na fabricação de seus produtos é o que ele chama de ‘madeira plastificada’. Polietileno de alta densidade proveniente de material reciclado, no formato de barras semelhantes aos troncos da madeira natural. A empresa é pioneira na

utilização do produto, desenvolvido por um de seus parceiros, e vem empregando em algumas linhas de parques. “O resultado tem sido muito bom, pois assegura não só maior durabilidade, mas principalmente a menor utilização de recursos naturais”, completa.


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reportagem especial

Vale dribla falta de espaço para crecer Com previsão de ter mais de 2 mil novos apartamentos até 2011 somente em Jaraguá do Sul, Vale do Itapocu se planeja para garantir sustentabilidade aos novos investimentos da região

U

ma pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção de Jaraguá do Sul no final do ano passado revelou para os empresários do setor algo que eles já percebiam, mas não conseguiam mensurar: o setor tem experimentan12

do, nos últimos anos, um crescimento acentuado que pode ser medido em números. Até 2011, a cidade receberá na planta imobiliária mais de 2 mil novos apartamentos. O montante pode ser ainda maior e chegar a pelo menos 20% mais se os municípios da região

forem incluídos. Embora a conta possa ainda incluir a construção de casas de um ou, no máximo, dois pavimentos, é para o alto que se deve olhar. A tendência de edificações verticais vem se acentuando devido às características da região.


Criatividade é a palavra-chave do futuro Presidente do Sinduscon, o engenheiro Paulo Rubens Obenaus lembra que a falta de áreas disponíveis para os novos empreendimentos dita a convergência em direção aos edifícios altos. Os números não são precisos, mas há indicadores de que Jaraguá concentra 37% do território para a expansão imobiliária. “Além dessa questão da limitação de espaço, é uma condição natural que os edifícios prevaleçam”, observa. Com uma das melhores rendas per capita do Estado e com bons indicadores de qualidade de vida, Jaraguá e, por extensão, o Vale, vem atraindo novos investidores. Somente no sindicato o quadro de associados soma 58 empresas. Segundo

Obenaus, esse número não é real. “Isso preocupa, pois nem todas as empresas estão comprometidas com os objetivos do segmento organizado, respeitando o meio ambiente e oferecendo segurança”. O empresário comenta que a limitação de áreas em uma região cercada por uma cadeia de montanhas e cortada por rios exige criatividade. Uma das discussões necessárias, aponta ele, diz respeito ao atual gabarito do município, que limita os edifícios a 12 pavimentos. Há uma proposta de passar para 20 pavimentos. Membro do Comcidade, Obenaus lembra que empresas já estão buscando alternativas em outras regiões para ampliar as linhas de produção.

Precisamos de várias definições, pois sem elas as cidades não têm mais para onde crescer e se desenvolver de modo ordenado Paulo Rubens Obenaus, presidente do Sinduscon

Novos empreendimentos buscam diferenciais Um dos sinais do novo momento da indústria da construção é o Villenueve Residence, empreendimento localizado em região privilegiada da cidade, com duas torres de 12 pavimentos, área útil de 271,14m2, dois apartamentos por andar, quatro suítes e quatro vagas de garagem. O foco do projeto, que passa a ser o edifício mais alto de Jaraguá, é a sustentabilidade. Diretor da Proma, construtora responsável pela obra, Paulo Rubens Obenaus destaca a preocupação com aspectos como a preservação da iluminação natural e economia de água, ventilação, aquecimento solar, recursos de automação e área verde. Uma das novidades é a possibilidade do

proprietário ter uma solução customizada do apartamento, ou seja, aponta para a construtora o que deseja de diferenciais e a empresa providencia. “O Villeneuve busca oferecer um conceito de moradia com excelência compatível com o padrão da nossa região, o que não significa luxo extremo, mas conforto e qualidade que propiciem aos moradores diferenciais”, resume o empresário. Entre outros investimentos, a Proma aplica, hoje, algo em torno de R$ 60 milhões em projetos no município e em outras cidades onde atua. Alessandro Truppel Machado, diretor da Hexagonal, também percebe o aquecimento do mercado.

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reportagem especial

Depois da catástrofe, repensar o amanhã Ainda está na memória da comunidade da região o estrago deixado pelas chuvas do final de 2008, que provocaram enchente e muito transtorno, prejuízos e mortes. A gravidade da situação fez com que um dos primeiros atos da prefeita Cecília Konnel, quando empossada, fosse a criação da Secretaria Extraordinária de Reconstrução. Desde então, o secretário Info Röbl mantém o mesmo discurso que fez quando se apresentou aos empresários: é preciso, segundo ele, repensar Jaraguá do Sul. Ingo lembra que as chuvas deixaram pelo menos 7,5 mil famílias atingidas como consequência de alagamentos e deslizamentos de terras. Ações emergenciais foram tomadas, de acordo com Ingo, mas há muito a fazer. A principal diz respeito a ações preventivas e corretivas que impeçam a ocorrência de novos danos às propriedades, de forma planejada. “É um serviço essencialmente técnico, de engenharia, eu acredito nessa solução, mas vai necessitar de muito investimento”, comentou. Conforme Ingo, é preciso que a cidade como um todo defina para onde quer ir. Jaraguá do Sul tem apenas 30% do seu território em área plana. A limitação geográfica obriga a procura de elevações para construir. “Temos de ampliar a fiscalização, agir firme, sem política e sem demagogia, impedindo construções irregulares e em áreas de risco”, disse.

Jaraguá do Sul receberá Conferência das Cidades Instalado em fevereiro de 2008, o Conselho Municipal da Cidade (Comcidade) é responsável pelo acompanhamento e controle social da política municipal de desenvolvimento urbano, integrante do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano. A criação do órgão é uma exigência para o cumprimento do Estatuto da Cidade, que trata de questões necessárias ao planejamento dos municípios brasileiros em relação a questões como a ocupação do solo, urbanização, impacto ambiental e infraestrutura em geral. Jaraguá do Sul formou seu Conselho antes mesmo de municípios considerados referência em urbanismo, como é o caso de Curitiba, e conseguiu mobilizar vários setores da comunidade, que hoje ocupam 66% das cadeiras do órgão. Junto com o ProJaraguá – Fórum Permanente de Desenvolvimento, atua forte nas discussões sobre o futuro da cidade. O Comcidade se prepara para a Conferência das Cidades, que ocorre a cada três anos, e que em 2010 será realizada em Jaraguá. 14



tecnologia

Região terá Parque Tecnológico Perfil inovador de produtoras de tecnologia da região ganha notoriedade e garante inclusão de várias empresas em projeto de fomento à pesquisa na área

O

perfil de inovação que destaca as empresas do Vale do Itapocu tem tudo para ganhar ainda mais impulso com a criação do Parque Tecnológico de Jaraguá do Sul. As bases do empreendimento foram lançadas no dia 3 de setembro, durante ato que reuniu representantes de ensino, Prefeitura e associações empresariais. O ponto de partida foi a formação de quatro grupos de trabalho que agora atuarão no sentido de viabilizar o projeto. O secretário de Indústria e Comércio, Célio Bayer, entretanto, ressalta que o Parque Tecnológico e de Inovação tem a pretensão de mudar o que está dando certo. “O projeto visa a agregar valor econômico, algo já existente na região, buscando incorporar novos conceitos que possam ser empregados nas indústrias”. Ele entende que não seria sensato mudar a forma como as empresas já pensam o setor de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico, algumas delas referências mundiais. “O que buscamos é estimular para que novas empresas surjam na região como produtoras de tecnologia, ou como fornecedoras para as empresas já instaladas. Com isso, gerando emprego e renda, evitando que elas busquem tecnologia fora da nossa região, que é reconhecida pela criatividade empresarial”. O anúncio da criação do Parque Tecnológico coincidiu com o anúncio das empresas selecionadas por duas iniciativas de fomento à pesquisa. O Programa Sinapse da Inovação – Operação SC 2009, promovido pela Fapesc e Finep, selecionou sete ideias de Jaraguá do Sul entre 16

Projetos selecionados Automatização e gerenciamento de as 60 contempladas para receber R$ 50 mil cada para viabilizar os projetos que foram escolhidos via online pelo público e avaliados por uma banca de especialistas, cinco delas abrigadas no Núcleo de Desenvolvimento JaraguaTec. Também o Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), iniciativa que visa a estimular novos negócios no País, divulgou os projetos selecionados para receber recursos e suporte ao desenvolvimento dos empreendimentos com base tecnológica. Das iniciativas selecionadas em SC, quatro são de empresas instaladas junto ao JaraguaTec. Conforme o diretorexecutivo da JaraguaTec, Victor Danich, a iniciativa prevê investimentos de R$ 249 milhões em 2.015 empresas em todo o Brasil com até dois anos de vida. Em SC, serão disponibilizados R$ 28,8 milhões para 240 empresas que receberão até R$ 120 mil não-reembolsáveis no primeiro ano.

aviário (Luiz Fernando Henckmaier) Composto polimérico com fibra da bananeira (Luiz Antônio Alves) Controle biotecnológico de pragas em aviários (Leônidas Nora) Identificador de energia em painéis industriais (Edson Nestor Ruthes) Registrador remoto com oito canais de medição (Lucas Bittencourt de Oliveira) Sistemas de testes automáticos em estatores bobinados (Fábio Nicolas Schmidt) Sistema MCSA em fio ZigBee (Carlos E. Viana)


Programa ajuda na estruturação de planos de negócios na região A meta do Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime) é ajudar na estruturação de planos de negócio e no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Em quatro anos, a estimativa da Finep é investir R$ 1,3 bilhão em 5 mil empresas. Luiz Antonio Alves, diretor da Banana Poly, diz que o recurso obtido com os programas vai dar mais fôlego à empresa no desenvolvimento de um componente importante para a indústria plástica, o polímero. A Banana Poly pesquisa a inclusão da fibra de bananeira no composto de polímeros usado no processo de fabricação, subs-

tituindo uma parte do PVC fornecido pela indústria petroquímica. “Estamos na fase de testes e notamos uma melhora significativa na propriedade do material, sem falar no benefício para o meio ambiente, uma vez que se trata de material feito à base de um processo orgânico”, diz o engenheiro. Ele lembra um estudo da Epagri informando que a cada safra de banana são descartados mais de 9 milhões de pés. “Depois da colheita, esse material fica inerte no solo. Com o aproveitamento pela indústria, podemos ter uma nova perspectiva de renda para a região”.

O que buscamos é estimular para que novas empresas surjam como produtoras de tecnologia” Célio Bayer, secretário de Indústria e Comércio


empreendedorismo & gestão

Néki investe na marca e se fortalece Confecção de Schroeder aposta nos públicos A e B e na valorização do produto para driblar a crise econômica do País e o mercado informal, que gera uma concorrência desleal

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nstalada em Schroeder, a Néki Confecções é um dos orgulhos do município não apenas pelo posicionamento que vem conquistando no mercado, mas especialmente porque associou à marca um conceito de qualidade que é percebido pela própria comunidade. Sem fazer barulho com publicidade agressiva, investindo certo para atingir o cliente, e dando atenção à gestão de benefícios para o público interno, a empresa colhe os resultados de um planejamento que vem sendo cumprido à risca nos três últimos anos. Quando muitos fabricantes reclamavam da concorrência dos produtos chineses, a companhia optou pelo redirecionamento, buscando agregar maior valor a sua linha de produtos e, com isso, alcançar um diferencial e com ele a fideli18

dade do cliente. “A abertura do mercado trouxe muitos problemas para os fabricantes que vinham fazendo o tradicional nas linhas populares e se acomodaram com a venda fácil durante muito tempo, sem uma concorrência forte. Nós optamos por repensar o negócio, buscando um novo espaço em segmentos onde a Néki não atuava, nas faixas A e B de consumidores, nas quais temos uma fidelização maior que deve ser mantida e ampliada com o pleno aquecimento do mercado”, garante Neocir Dal-Ri, fundador e principal diretor da empresa. É claro que a empresa também convive com turbulências, até porque no setor de confecção há uma pulverização de fabricantes que fazem da informalidade um meio de se manter no mercado. A questão tributária

também traz dores de cabeça, considerando que os impostos sobre matéria-prima e folha de salário pesam nas planilhas se for comparado com muitos concorrentes que passam longe das obrigações. Entretanto, como no negócio ‘moda’ a qualidade e a exclusividade de peças colocadas à disposição do consumidor ditam as regras, quem não se limita a produzir em escala um mesmo item tem mais chance de sucesso. “Apostamos muito na valorização da marca como uma forma de levar qualidade no que fabricamos. O resultado financeiro vai ser consequência dessa atitude”, raciocina Neocir. A estratégia parece estar dando certa, pois a Néki vem crescendo uma média de 6% ao ano, dentro do previsto, apostando no relacionamento direto com os seus canais de venda.


Empresa planeja mais lojas próprias A Néki foi fundada em 1984 em Jaraguá do Sul, onde ficou durante quase 10 anos até transferir-se para Schroeder. A mudança permitiu que a empresa se preparasse para um período de crescimento no segmento de tecidos planos na chamada indústria da modinha. Durante 10 anos, a empresa atuou somente com confecções infantis e infantojuvenis até lançar, em 1995, a sua primeira coleção feminina voltada ao consumidor adulto. Hoje, são 3 etiquetas Néki, direcionadas aos públicos adulto, infanto, infantil, feminino e masculino. Para assegurar a qualidade em todo o processo, a empresa mantém áreas próprias de corte, costura, acabamento e expedição, pesquisa e desenvolvimento de produtos, e setores terceirizados como estamparia, lavanderia e bordados. Com um quadro de 376 funcionários, a empresa produz 3 mil peças por dia, atendendo somente o mercado nacional através de 55 representantes e olhan-

do cada vez mais para a venda com lojas próprias. “Em um mercado tão grande quanto o do Brasil, não podemos abrir mão do representante, que coloca 85% de toda a produção diretamente nas lojas multimarcas. Mas é uma tendência que as empresas contem com lojas próprias”, diz Neocir. Por isso, há 3 anos a Néki também iniciou um projeto de ter suas lojas, que recebem os 15% restantes da produção. Hoje, são duas lojas em Jaraguá do Sul, outras em Guaramirim, Massaranduba e Schroeder. A meta é ampliar o número de unidades, mas, inicialmente, buscando um raio de 100 quilômetros da fábrica para depois se pensar em outras regiões. Mas tudo está sendo feito de maneira planejada. A perspectiva é de um crescimento, no próximo ano, acompanhando o próprio mercado. Hoje, a empresa opera com 80% da capacidade de produção na única fábrica, ocupando 30% de uma área de 38 mil metros quadrados.

Em um mercado tão grande quanto o Brasil , não podemos abrir mão do representante, que coloca 85% de toda a produção diretamente nas lojas multimarcas Neocir Dal-Ri, diretor e fundador

Antes de qualquer coisa, a lição de casa Para o diretor Neocir Dal-Ri, embora a Néki seja uma empresa familiar é preciso ter o profissionalismo como eixo central. Trabalham com o fundador na empresa a esposa – cujo apelido deu nome à companhia – um dos filhos do casal e a nora. “Uma empresa existe para dar resultado. Já estamos trabalhando a sucessão e isso está bem encaminhado com a presença do filho na área financeira, mas não se pode inviabilizar o negócio se não houver interesse e disposição de continuidade”, assinala Dal-Ri. Outro aspecto é a gestão social. Para o empresário, primeiro é necessário cuidar do ambiente interno. Por isso, a

Néki mantém ações voltadas ao bemestar, conforto, saúde e segurança, com programas de orientação para a qualidade de vida dos empregados. “Penso que primeiro precisamos ter na empresa pessoas que se sintam bem, que gostem do que fazem. Voltamos todo o nosso esforço primeiro nesta direção, sem demagogia para depois agirmos externamente.” Dirigente sindical, Neocir Dal-Ri é o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Jaraguá do Sul e região, congregando mais de 400 fabricantes dos cinco municípios do Vale do Itapocu. O setor é o maior empregador, com cerca de 22 mil trabalhadores, e a

principal base da economia da região. Entretanto, ele diz que o nível de emprego poderia ser ainda maior se houvesse mais segurança ao empreendedor. “Não se trata de protecionismo, mas de vantagem competitiva. O governo deveria fazer algo, e já está atrasado, para segurar a importação de produtos que chegam ao mercado sem nenhuma qualidade”, indica, lembrando que no setor calçadista foi anunciada a sobretaxação aos similares fabricados na China. “É preciso olhar um pouco mais para a nossa economia interna. Nos últimos anos estamos vendo o desemprego aumentar”. 19


De Mãos Dadas Com O Meio Ambiente

A

Momento Engenharia Ambiental dispõe de Representantes de Vendas para atender aos clientes no Estado de Santa Catarina e outras áreas. O Escritório de Administração está localizado junto ao Aterro Industrial e Sanitário de Blumenau, e tem a missão de bem atender os clientes e informá-los de todos os procedimentos. O cliente dispõe de área própria no site da empresa, e, com acesso seguro obtém pela internet, diretamente, o seu Certificado de Destinação de Resíduos, instrumento importante de comprovação perante os órgãos ambientais. Obtém também no site www.momentoambiental.com.br cópia da licença ambiental da empresa e outros

dados e documentos importantes a respeito da empresa que dá o destino correto aos seus resíduos. A empresa conta ainda com Programa de Visitação atendendo a estudantes, professores, membros de clubes de serviço, industriais, autoridades das mais variadas áreas, e para todos os cidadãos interessados em conhecer as atividades da empresa, bastando para tanto formular a solicitação de visita no site da empresa. A equipe da Momento Engenharia Ambiental está capacitada, treinada e motivada, de modo a atender clientes, visitantes e outras pessoas interessadas em conhecer mais sobre o Aterro Industrial e Sanitário de Blumenau (AISB).

RECEPÇÃO DE RESÍDUOS Os resíduos que ingressam no AISB passam por análise prévia para detectar sua classe e avaliar qual o tipo de tratamento e destino a ser dado. Ao chegarem na Recepção de Resíduos, os mesmos são pesados, conferidos e enviados para o local de descarga, de acordo com o tipo e a classe do resíduo. O veículo transportador, antes de sair do empreendimento, acessa o Limpa Rodas para evitar a contaminação das vias por possível arraste de resíduos.

ETE A empresa conta com Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, especialmente projetada para tratar os efluentes gerados no AISB, desde o efluente do Limpa Rodas, esgoto sanitário, e principalmente os efluentes gerados na disposição dos resíduos. Os efluentes são tratados por processo físicoquímico e biológico, de modo a retornarem limpos ao meio ambiente. Pontos de Monitoramento no entorno do AISB são verificados periodicamente e garantem o total controle das águas superficiais e subterrâneas da região.


informe comercial

TRATAMENTO DOS RESÍDUOS São tratados separadamente resíduos de Classe I e de Classe II, sendo que desta última, alguns são dispostos diretamente na célula de aterramento. Os resíduos pastosos, de Classe II recebem tratamento por solidificação em usina específica (USL). A solidificação consiste num processo de homogeneização, adição de aglomerantes e estabilização. Os resíduos pastosos de Classe I, também recebem tratamento por solidificação, porém em bateladas e em Célula de Tratamento provido de Sistema de Exaustão e Lavação de Gases. Os resíduos Classe I que não podem ser processados desta forma são prensados ou encapsulados, dependendo de suas características. Recebem tratamento por encapsulamento resíduos como pilhas e baterias, reagentes químicos específicos e outros cujos processos anteriores não garantam sua segurança. Estes resíduos são encapsulados em concreto e posteriormente transportados para acondicionamento na célula pré-determinada no controle do tratamento. São prensados os resíduos sólidos contaminados com óleos, graxas, tintas ou produtos químicos. Para este processo é utilizada prensa enfardadeira específica para resíduos industriais, Classe II-A e II-B e resíduo industrial Classe I, com sistema de carga automática dos resíduos por esteira metálica de alimentação. A Prensa executa também, automaticamente, a amarração dos fardos.

DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS No Aterro Classe II são dispostos os resíduos processados na Usina de Solidificação de Lodo (USL) e outros resíduos direcionados pela Recepção que não necessitam do tratamento por solidificação. Os resíduos são acomodados no setor, conforme suas características. No Aterro Classe I são dispostos os resíduos processados na Célula de Tratamento de Resíduos Classe I, os resíduos prensados e os resíduos encapsulados.

Tratamento de Resíduos pelo Processo de Incineração A Momento Engenharia Ambiental Ltda oferece tratamento térmico por incineração para resíduos de serviço de saúde, o qual consiste num processo de oxidação à alta temperatura que destrói ou reduz o volume dos resíduos submetidos a este processo. O tratamento térmico de Resíduos de Saúde por Incineração é a solução mais apropriada do ponto de vista da saúde e ecológico, pois realmente evita a contaminação e a poluição do meio ambiente que podem ser causados pela disposição em valas sépticas. Empresas que possuem ambulatórios médicos, laboratórios clínicos certificados, hospitais e clínicas certificados são os clientes que a Momento Engenharia Ambiental Ltda pode atender de forma segura e econômica. É a solução ideal para as organizações certificadas pela ISO 14001, e para todos aqueles comprometidos com a preservação do meio ambiente.

Rua Paulo Litzemberger, 1400 | Distrito Vila Itoupava | Caixa Postal 3011 | Cep 89095-220 | Blumenau | SC | Fone: (47) 3378 1414 | Fax: (47) 3378 1475 ambiental@momentoambiental.com.br | www.momentoambiental.com.br


entrevista

“Nossa região merece mais” Hermann Suesenbach, que em breve deixa ACIAC e a vice-presidência da Facisc, vê a falta de infraestrutrura como ameaça ao desenvolvimento da região do Vale do Itapocu

N

ão é mais segredo na região que o advogado Hermann Suesenbach, presidente da Associação Empresarial de Corupá (ACIAC), almeja buscar uma das cadeiras da Assembleia Legislativa nas próximas eleições. Quem conhece esse senhor de fala tranquila, mas incisiva, sabe o que representaria para o Vale do Itapocu um parlamentar comprometido com os interesses da região e plenamente 22

identificado com o associativismo. Para aqueles que não simpatizam com a ideia de ter um nome ligado às entidades do setor produtivo com a atividade político-partidária, vale lembrar que Hermann não é necessariamente um marinheiro de primeira viagem. Afinal, durante 23 anos, ele cumpriu função pública como vereador do Município. Ligado à ACIAC desde 1992, e presidente em último mandato, em novembro deixa a vice-pre-

sidência regional da Facisc e passa a integrar o Conselho Fiscal da entidade como tesoureiro da Fundação Empreender. Nesta entrevista à Negócios, Hermann fala dos avanços da entidade e dos anseios diante de projetos que poderiam ter avançado. Não esconde uma certa frustração diante do que considera falta de maior atenção dos governos com as necessidades de infraestrutura que, no seu entendimento, podem travar o desenvolvimento.


REVISTA NEGÓCIOS – O senhor é advogado e um dos presidentes de entidade com mais experiência no associativismo. O que representou iniciar esse projeto? HERMANN SUESENBACH – Desde o início das minhas atividades profissionais, sempre tive em mente que atuando de maneira organizada e com a união das entidades representativas pode-se conseguir muito mais em termos de atenção ao desenvolvimento de uma comunidade. Logo que me associei, procurei atuar nesta direção, tanto na entidade como na Fundação Empreender, que estava começando o trabalho de formação dos Núcleos Setoriais. Essa experiência, trazida da Alemanha pelo ex-presidente da Facisc [Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina] José Henrique Loyola, trouxe um estímulo muito importante para o associativismo e fomento ao empreendedorismo do Estado. A partir daí, tive o privilégio de exercer várias funções na associação, assumindo pela primeira vez a presidência em 1998, mandato que concluímos com a decisão de construir e inaugurar a sede própria da entidade.

guimos construir e inaugurar durante o mandato RN – O senhor encerra o seu mandato em março. O que pode destacar no período? HS – Além das metas que nós havíamos traçado, que incluem como um dos pontos principais o aumento de associados, acrescentaria ainda o trabalho de fortalecimento do Núcleo do Comércio e do Núcleo de Jovens Empreendedores, e a criação do Núcleo do Meio Ambiente. Essa é uma preocupação da nossa entidade porque o meio ambiente está diretamente ligado com a qualidade de vida do município e com a economia através do turismo. As campanhas natalinas, com o sorteio de prêmios e a de decoração, através do Núcleo do Comércio, que envolve outros segmentos, buscando o envolvimento da comunidade. Outro trabalho foi o recadastramento dos associados, que permitiu saber quantas mulheres e também jovens empresários participam dos negócios.

RN – A sede própria foi um grande desafio?

RN – O senhor tem atuado muito regionalmente, não só como vicepresidente regional Norte da Facisc, mas na própria presidência da ACIAC, certo?

HS – De fato, foi um projeto no qual tivemos um esforço muito grande, que se tornou realidade graças à participação de muitas pessoas. Havia a necessidade de oferecer um ambiente para os empresários compartilharem as suas necessidades de qualificação da gestão e na sua articulação com os demais municípios da região. Foi muito importante o apoio do Conselho Deliberativo da entidade e o apoio de muitas empresas, inclusive de Jaraguá do Sul e de Joinville, graças ao relacionamento que já tínhamos através da Fundação Empreender. Conse-

HS – Isso realmente é muito importante. Hoje, os problemas de um município afetam outros, principalmente em uma região como a nossa, onde os recursos estratégicos são comuns. Regionalmente, por exemplo, com exceção de Jaraguá do Sul que avançou um pouco mais nessa área, nós temos um problema comum aos demais municípios: esgoto sanitário. No caso de Corupá, a situação é ainda mais grave, pois o município é a base da bacia hidrográfica da região. Nós entendemos que regionalmente deveríamos buscar recursos de fundo

Hoje, os problemas de um município afetam os outros, principalmente em uma região como a nossa, na qual os recursos estratégicos são comuns. Regionalmente, por exemplo, com exceção de Jaraguá do Sul, que avançou um pouco mais nessa área, nós temos um problemas comum aos demais municípios: esgoto sanitário

perdido, pois a maioria dos municípios não tem capacidade de endividamento, para o projeto do esgoto sanitário. Reputo esse como um dos grandes problemas da região. Outra situação que preocupa especialmente Corupá, Schroeder e Jaraguá do Sul é a proliferação do maruim [inseto que habita regiões úmidas e de mata densa, que provoca irritação nas pessoas], que se hospeda principalmente nos troncos das bananeiras depois do corte da fruta, no adubo animal e nas beiras de córregos, o que traz muitos problemas para o desenvolvimento do turismo. Uma cidade de forte vocação turística como Corupá precisa de uma solução para o problema. 23


entrevista

Nossa região concentra muitas belezas naturais que podem ser trabalhadas em conjunto, como a Rota das Cachoeiras e o Seminário Sagrado Coração de Jesus, que já recebe muitos eventos e pode se tornar um local para o turismo de negócios

RN – Como resolver um problema como este? HS – A questão é que o predador natural do maruim foi extinto pelo uso de agrotóxicos nas próprias lavouras, com isso, a população do inseto cresce e assume níveis impossíveis de controle pelo manejo natural. A cada safra são milhões de cepas de bananeiras que ficam no solo apodrecendo. Além da limpeza dos rios, uma alternativa de controlar o problema seria utilizar esse material pelas empresas que processam a fibra da bananeira no artesanato, móveis e outras aplicações, inclusive oferecendo uma renda alternativa aos produtores. A Epagri [empresa estatal de pesquisa e assessoramento aos agricultores] vem desenvolvendo as possibilidades de utilização do resíduo, mas ainda não há empresas de porte que absorvam um volume tão grande desta matéria-prima. Além disso, a Amvali [Associação dos Municípios do Vale do Itapocu] também desenvolve um projeto com o mesmo objetivo de controle da praga. 24


RN – Há outras questões que precisam ser pensadas regionalmente, como a duplicação da BR-280 e os investimentos em energia elétrica?

sociados. Pela primeira vez, temos a procura de empresas que desejam participar da entidade, o que reflete o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelas diretorias.

HS – Em relação à rodovia, estamos realmente muito preocupados, pois no caso de Corupá a duplicação virá apenas até o primeiro trevo de acesso. É claro que nós somos plenamente favoráveis ao projeto, mas se considerarmos que estamos em um ponto de integração do Planalto com a Região Norte, continuaremos com uma situação ruim de Jaraguá até a Serra. Como há uma ligação em Porto União com outras rodovias federais, é certo que haverá um volume ainda maior de caminhões de transporte de madeira e grãos em direção aos portos. Sem a duplicação, nossa região vai conviver com um fluxo muito intenso, o que nos preocupa.

RN – Esse trabalho também reforça a integração regional?

RN – O turismo também tem um potencial de desenvolvimento? HS – Certamente, pois nossa região concentra muitas belezas naturais que podem ser trabalhadas conjuntamente, como a Rota das Cachoeiras e o Seminário Sagrado Coração de Jesus, que já recebe eventos e pode se tornar um local para o desenvolvimento do turismo de negócios. RN – O que representa para o senhor participar do associativismo? HS – Eu sempre tive um apoio muito grande de todos os segmentos porque penso que o associativismo tem essa capacidade de reunir interesses em torno de objetivos comuns. Quando buscamos ampliar o número de associados, a meta que era para alcançar até o término do mandato, em março, já foi ultrapassado, e devemos chegar a cerca de 160 as-

HS – De fato, há uma afinidade muito grande com os demais municípios, e o caminho é esse mesmo para que as soluções apareçam. Quando sugerimos o nome do presidente Guido Bretzke para ocupar a função que cumpri durante quatro anos na vice-presidência regional da Facisc, tivemos essa preocupação, pois entendemos que as associações devem ser parceiras, embora tenham a sua atuação de maneira independente, porém sem vinculação partidária. RN – Mas o senhor teve seguidos mandatos como vereador. HS – Eu iniciei na vida pública em 1982, quando me candidatei pela primeira vez e encerrei essa trajetória como vereador no ano passado. Durante esses 26 anos, conciliamos a atividade parlamentar com o trabalho na entidade e soubemos separar as coisas e nos licenciamos da função, pois o trabalho da associação tem objetivos específicos. Se esse trabalho for vinculado, há dificuldade de conseguir o apoio de todos, o que é ruim para o associativismo. RN – Uma preocupação também é com a renovação, com o apoio para os jovens participarem das associações? HS – Nós temos incentivado muito os jovens para que participem da associação porque essa renovação é muito importante. Aliar a energia dos que estão chegando com a experiência daqueles que estão há mais tem-

po nas entidades é ótimo. O jovem precisa ser valorizado, precisa dar oportunidade e apoiar as suas ideias na associação. RN – Uma discussão na região é quanto ao crescimento dos municípios, em função das questões ambientais e de infraestrutura. Em Corupá há essa preocupação? HS – Corupá pode crescer, mas é necessário que se resolva principalmente os problemas de infraestrutura, de tratamento do esgoto, ampliação do fornecimento de água e da energia elétrica, que é caótica. Hoje, nós somos servidos por um rabicho que vem de Jaraguá, e sem investimentos em alimentadores continuaremos com sérios riscos de não termos energia suficiente para o aumento do consumo. Nós defendemos que haja uma transposição da energia vinda do alimentador que hoje vem pela rodovia antiga e vai até a empresa Lunelli, que ele seja prolongado até o centro da cidade com a rede que vem pela BR-280 e com a energia que vem do linhão de Blumenau e com a estação do bairro Chico de Paula, de Jaraguá, ainda não foi ativada. Há promessas, mas até o momento isso não aconteceu.

Hoje, nós somos servidos por um rabicho que vem de Jaraguá do Sul, e sem alimentadores continuaremos com sérios riscos de não termos energia suficiente para o aumento do consumo

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entrevista

O trabalho como parlamentar é muito importante para a região, do mesmo modo que a atuação no associativismo, mas sem vínculo partidário. Por esta razão, assim como nas outras vezes em que assumi cargo político, estou me licenciando da entidade

RN – O que faz com que esses projetos estacionem? HS – Falta de investimentos, de tratar a região com a atenção que ela merece pela sua importância. RN – O senhor acha que a Celesc não está priorizando a região? HS – Na minha opinião, não. A Celesc, durante muito tempo, esteve voltada para a Região Sul do Estado, até porque os seus dirigentes são daquela região. Havia uma expectativa de que essa situação se alterasse com a posse da nova diretoria, com a presença do presidente Sérgio Alves, até porque ele foi presidente da Associação Empresarial de Joinville e conhece as necessidades da região.

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só a Corupá, mas à toda a região. Jaraguá já mereceria melhor atenção, com uma regional da empresa, mas hoje somos dependentes e sem autonomia em termos de orçamento e de investimentos. Nós temos um crescimento acima da média no Estado, em termos de demanda de energia, e investimentos aquém do que merecemos. É um parâmetro perverso que nos deixa diante de uma situação preocupante, já que podemos ter um caos no sistema diante da capacidade instalada das nossas empresas, sem falar dos futuros planos de expansão e da chegada de novos investimentos. Nós vamos perder esses investimentos, principalmente em Corupá e Schroeder, por falta de distribuição eficiente.

RN – Isso causa uma frustração?

RN – Como o município conviveu com a crise econômica?

HS – Eu me sinto, na verdade, magoado com o tratamento dado não

HS – Corupá sentiu os efeitos como outras regiões, principalmente aque-

las empresas que exportam. Mas a cidade tem muita diversificação, embora predomine o setor industrial com 68% de participação na atividade econômica. O comércio está bem, mas como a bananicultura tem sido afetada com as chuvas e ventos, pode haver reflexos. RN – O senhor está optando por retomar a atuação política. O objetivo é buscar mais representatividade para a região? HS – Por essa razão, estou encerrando o meu mandato na ACIAC como presidente, porque não é compatível com os interesses da entidade. O trabalho parlamentar é muito importante para a região, do mesmo modo que a atuação no associativismo, mas sem vínculo partidário. Por essa razão, assim como nas outras vezes em que assumi cargo político, estou me licenciando da entidade.



pelo vale

Audiência pública discute BR-280

O Ibama realizou duas audiências públicas, em São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, para discutir as questões ambientais relacionadas à obra de duplicação da BR-280. Cumprido mais um capítulo da burocracia, o órgão tem 60 dias para dar licença prévia para o Dnit começar o processo de licitação da rodovia. Conforme o superintendente do Dnit em Santa Catarina, João José dos Santos, a expectativa é que em 2010 os serviços possam ter início ao mesmo tempo nos dois lotes: de São Francisco até a BR-101, e da rodovia federal até Jaraguá. Pelo traçado apresentado na plenária, no trecho até Jaraguá a rodovia vai seguir seu trajeto atual da BR-101 até as imediações da empresa WEG Química. A partir daí, o novo trajeto vai desviar para o Norte, passando pelo bairro Caixa D’Água, em Guaramirim, em direção ao bairro Schroeder 1, em Schroeder, e os bairros Vieiras e João Pessoa, em Jaraguá. Nesse ponto, a estrada passará por um túnel no morro Vieiras, com um quilômetro de extensão, que vai desembocar nos bairros Três Rios do Sul e Três Rios do Norte, por onde a estrada segue até o bairro Nereu Ramos e volta a encontrar seu trajeto atual. A obra vai contar com 36 viadutos nos 37,2 quilômetros de extensão, além do túnel e outras benfeitorias.

Bananicultura sofre com vendaval A região ainda se ressente dos efeitos das chuvas do final do ano passado, mas nem por isso ganha trégua da natureza. Um forte vendaval aumentou as dores de cabeça da população com prejuízos da ordem de R$ 9 milhões, sendo R$ 3,6 milhões nas plantações de bananas. O vendaval derrubou 450 mil pés de banana, o que representa 15% de aproximadamente três milhões de bananeiras cultivadas somente em Jaraguá do Sul, mas a perda foi muito maior se considerar a produção regional. O desastre pode afetar seriamente o desempenho agrícola de todo o Litoral Norte do Estado, que produz 70% do total estadual e praticamente responde por toda a exportação da fruta. Conforme a Epagri, Santa Catarina produz 660 mil toneladas de bananas cultivadas em 31 mil hectares.

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Schroeder pede telefonia melhor O serviço de telecomunicações tem tirado o sono dos empresários de Schroeder. Para buscar melhorias no acesso à internet por banda larga, a ACIAS convidou Gonzalo Charlier Pereira, executivo de Relações Institucionais da operadora Oi (sucessora da Brasil Telecom), para um encontro em que foram apresentadas as reivindicações de ampliação do sistema no município. O prefeito Felipe Voigt e o presidente da ACIAS, Ismário Bauer, comentaram que a falta de melhorias no serviço tem gerado muitas reclamações que comprometem o desenvolvimento econômico do município. “Nosso futuro está ameaçado porque muitas empresas podem migrar para outras regiões em função da dificuldade de acesso ao meio eletrônico”, observou Voigt. O presidente da ACIAS disse que a determinação de emissão de nota fiscal eletrônica é um dos pontos preocupantes. Atualmente, o município conta com cerca de 3,2 mil linhas telefônicas e pouco mais de 900 portas de ADSL, que atendem ao bairro Schroeder I e à região central, quantidade insuficiente para atender a demanda prevista. O pedido é de ampliação da oferta de serviço na área industrial, nos bairros Schroeder I, Braço do Sul, Rancho Bom e Duas Mamas, além da parte sul do centro. Outro pedido é quanto à manutenção do convênio entre a Oi, Anatel e Prefeitura para instalação dos acessos à banda larga em todas as escolas das redes municipal e estadual. Gonzalo Pereira prometeu levar o pleito à diretoria da companhia, mas adiantou que alguns investimentos já estão sendo feitos no bairro Amizade e outros estão previstos para 2010 na área central.



empresariado em foco

Alteração tributária ajuda a quitar dívidas A alteração da legislação tributária, por meio da Lei 11.941/2009, pode ser uma boa alternativa para quem deseja ficar em dia com o Fisco. Quem garante é o contador Paulo Henrique Felicioni, lembrando que uma das novidades é o parcelamento de débitos tributários federais em até 180 meses, com redução de multa e juros. São os débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e os débitos para com a Procuradoria Geral da Fazenda Federal, inclusive os saldos remanescentes dos débitos consolidados de programas anteriores de parcelamento como Refis, Paes e Paex. De acordo com Felicioni, o parcelamento aplica-se aos créditos constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa da União, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizado, inclusive os que foram indevidamente aproveitados na apuração do IPI. Poderá ser paga à vista ou parcelada a dívida vencida até 30 de novembro de 2008, de Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas, consolidadas por sujeito passivo, com exigibilidade suspensa ou não, inscrita ou não em dívida ativas, considerados isoladamente, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada ou que tenha sido objeto de parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda que cancelados por falta de pagamento. Felicioni advertiu que a legislação dá como prazo final de opção pelo pagamento da dívida à vista ou parcelada a data de 30 de novembro de 2009. O inadimplente poderá ganhar até 100% de isenção da multa e até 45% dos juros.

Grupa apoia proprietário rural O cumprimento da exigência da reserva legal de 20% às propriedades rurais, prevista no Código Florestal, com prazo até 11 de dezembro, está merecendo a atenção da ACIJS. O tema levantado pelo vice-presidente para Assuntos do Meio Ambiente, Benyamin Parham Fard, diz respeito à área necessária para a manutenção do equilíbrio ecológico das regiões do entorno e dos recursos naturais existentes. Conforme Benyamin, a reserva legal é permanente e deve ser averbada no Cartório de Registro de Imóveis. A lei não é nova, tem pelo menos duas décadas. Todos os proprietários de imóveis rurais são alcançados por ela. O assunto já foi discutido junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaraguá do Sul com a SDR e o Ministério Público, como também no Conselho de Desenvolvimento Regional. Um fórum de discussão envolvendo MP, SDR, ACIJS, Prefeitura, Amvali, Sindicato e demais entidades foi formado para discutir a forma de apoiar o proprietário rural para que cumpra a lei até dezembro. 30

Programa discute destino de resíduos Iniciativa da Lunelli Têxtil e Prefeitura de Corupá, por meio da Secretaria de Educação e Cultura e da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, o Projeto Preservar é Amar foi lançado no dia 1º de outubro, no auditório da empresa. O tema deste ano aborda o gerenciamento de resíduos, com o slogan “Reciclar é preservar, somos fruto da natureza em que vivemos”, e envolve 215 alunos de escolas do município. Nesta edição, os participantes devem desenvolver um case municipal de gerenciamento de resíduos e elaborar um projeto visando a propor soluções para dar destino final ao lixo de Corupá, que teve seu aterro fechado em abril e desde então envia o seu lixo para Mafra. São 140 toneladas mensais, o que gera custo de R$ 16 mil todos os meses. O desafio para os estudantes é elaborar propostas que possam ser implantadas pela administração municipal em 2010.

ProJaraguá cria um Observatório Social O ProJaraguá – Fórum Permanente de Desenvolvimento, oficializou no dia 1º de outubro a criação do Observatório Social, um organismo que pretende acompanhar e controlar os gastos públicos municipais, promover a educação e a cidadania fiscal, valorizando a correta destinação dos tributos. Iniciativas como essa estão presentes em mais de 30 cidades brasileiras, integradas por meio da Rede Nacional da Cidadania Fiscal. Conforme Anselmo Ramos, presidente do ProJaraguá, o Observatório é um movimento social do terceiro setor, formado por voluntários.



indústria em foco

Fampesc propõe Prodec de estímulo a microempresas A Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc) está propondo a criação de um Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) específico para o segmento. A ideia foi proposta pelo ex-presidente da Apevi e atual presidente da Fampesc, Márcio Manoel da Silveira, que salienta a importância de criar um programa com as características específicas do setor. “As micro e pequenas necessitam de um programa que seja menos burocrático, com fácil acesso a todos. Além disso, é importante oferecer juros menores e prazos maiores”, reforça o presidente. A iniciativa da federação vem de encontro às atividades que estão sendo desenvolvidas para que se possa oferecer um ambiente favorável de negócios ao setor. “O segmento é diferenciado e não consegue se enquadrar em programas que são desenvolvidos para empresas de porte maior, pois as características são diferentes”, reforça.

Caixa Econômica anuncia recursos A Caixa Econômica Federal informou no dia 5 de outubro que disponibilizará mais R$ 20 bilhões em linhas de crédito para as micro e pequenas empresas. O anúncio foi feito no Dia da Micro e Pequena Empresa e os recursos poderão ser utilizados em linhas de capital de giro e antecipação de receitas até o final de dezembro deste ano. Conforme a Caixa, no acumulado deste ano, até o mês de agosto foram liberados R$ 18,24 bilhões em crédito para as micro e pequenas empresas, o que representa um crescimento de 16,85% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa do banco público é de chegar aos R$ 38,24 bilhões em crédito até o fim de dezembro, ou seja, 56% a mais que em 2008. “Com estes recursos, temos a certeza de que o micro e o pequeno empresário retomarão a atividade econômica de forma consistente e sustentável”, disse o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Carlos Brito. O banco informou que também oferta um serviço de consultoria financeira para os micros e pequenos empresários. O objetivo, segundo a instituição, é auxiliá-los na identificação de suas necessidades e poder, deste modo, indicar os produtos “mais adequados”, de acordo com a realidade de cada um. 32

Congresso Estadual em novembro, no Centrosul Santa Catarina se prepara para eventos simultâneos na área empresarial. De 4 a 6 de novembro, no Centrosul, em Florianópolis, acontece o Congresso Empresarial da Facisc, que compreende o 13º Encontro Estadual do Empreender, 15º Encontro Estadual da Mulher Empresária, 9º Encontro Catarinense do Jovem Empreendedor e a Explofloripa – Feira de Produtos e serviços para Empresas. O evento contará com lideranças políticas e empresariais que irão discutir os caminhos para o crescimento das empresas catarinenses, com ênfase no empreendedorismo e no associativismo. Serão abordados temas específicos do setor empresarial e a previsão da organização é reunir mil empresários. Mais informações podem ser obtidas no site www. congressoempresarial.com.br.



institucional

Natal de prêmios no Vale Associações empresariais da região promovem campanhas e distribuem presentes dos mais variados preços em dezembro para clientes que comprarem nas lojas participantes

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Em Schroeder, são vários prêmios incluindo um Palio 0 Km

Em Jaraguá, campanha lançada por Passold encerra em 30/12

Em Corupá, a promoção se estende até o dia 23 de dezembro

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s municípios da região estão se preparando para ter um Natal de ótimas vendas em 2009. Automóveis, televisores e vale-compras são alguns dos prêmios oferecidos por Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá e Schroeder para motivar a ida às lojas. Em Jaraguá do Sul, o tema da campanha é “Sonho de Natal”, que tem largada no dia 7 de novembro e se estende até 24 de dezembro, oferecendo 57 prêmios. A cada R$ 40,00 em compras nas lojas participantes, o cliente receberá um cupom para concorrer no dia 30 de dezembro, às 17h, no Centro Empresarial, a 1 automóvel Siena, 1 automóvel Celta, 5 TVs LCD 32 polegadas e mais 50 vale-compras no valor individual de R$ 300,00 para consumir nas lojas integrantes da promoção. O presidente da CDL, Wanderlei Passold, disse que a entidade se preparou para oferecer um final de ano especial para os clientes das lojas associadas à entidade. “Compra Premiada” é o mote que a Associação Empresarial de Guaramirim (ACIAG) escolheu para incentivar as compras de fim de ano, que vai oferecer 70 prêmios, sendo 67 bicicletas que serão sorteadas aos clientes das lojas participantes, juntamente com 1 Palio 0 km e 1 TV LCD 32 polegadas, além de um notebook que será sorteado para um vendedor dia 24 de dezembro, às 13h30min, na sede da entidade. A campanha começou no dia 10 de outubro, estendendo-se até a véspera do Natal. A cada R$ 50,00 em compras, o cliente recebe um cupom para concorrer primeiramente a 1 bicicleta na loja em que comprou e no encerramento a dois prêmios maiores. Em Corupá, a promoção começou no dia 3 de setembro e continua até 23 de dezembro, quando encerra no Seminário Sagrado Coração de Jesus com o sorteio de 1 Palio, 1 notebook, 1 TV LCD 32 polegadas, máquina de lavar roupas e forno microondas. Participam da ação 50 lojas do município, ligadas à Associação Empresarial. Schroeder também está otimista com o sucesso da campanha de Natal, prevendo aquecimento das vendas com o sorteio de 1 Palio, 1 televisor LCD de 32’, notebook, microondas e bicicleta. Mas lá o sorteio será após as festas, dia 16 de janeiro de 2010. Participam da promoção liderada pelo Núcleo do Comércio da ACIAS 42 empresas, que estão distribuindo cupons a cada R$ 30,00 em compras.



institucional

Guaramirim conclui estudo sobre os recursos hídricos Por iniciativa do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Guaramirim (Codec), da Câmara Técnica de Agricultura e Agro Negócios e da Agência de Desenvolvimento Local (ADL) de Guaramirim, foi editada a cartilha ‘Vamos falar de vida?’, que traz uma completa radiografia dos recursos hídricos disponíveis na microbacia do rio Ponta Comprida, que abrange regiões importantes do município. O documento oferece subsídios para se conhecer com detalhes a região e as características hidrográficas, possibilitando o desenvolvimento de projetos que assegurem aos moradores melhorias na qualidade de vida a partir do cuidado com os recursos naturais. O projeto contou com o apoio do Governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento Regional, Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e do Fundo Estadual de Recursos Hidrícos, além da Fundação Empreender, Associação Empresarial e Prefeitura.

Eluísa Hertel Maiochi, presidente da ACIAG, mostra a cartilha recém-lançada

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Centro Empresarial de Jaraguá do Sul cria Cooperativa de Crédito

Gentil Marció revela que a iniciativa vem sendo articulada desde 2006

O Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), condomínio formado pelas principais entidades de representação da economia do município, recebeu autorização do Banco Central para o funcionamento da sua própria Cooperativa de Crédito. Com o parecer do BC, o passo seguinte do projeto é a definição do estatuto e a constituição da diretoria e conselho fiscal da CejasCred, denominação do empreendimento, que deverá iniciar operação no primeiro trimestre de 2010. Conforme explica Gentil Marció, vice-presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), que coordena o projeto, a iniciativa vem sendo articulada desde 2006. Além da ACIJS, o projeto de criação da CejasCred conta com a participação da Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e os Sindicatos Patronais. A CejasCred atuará no sistema de cooperativa de livre admissão de associados e irá operar em todas as modalidades oferecidas pelo serviço financeiro convencional, utilizando a bandeira do Sistema de Crédito de Cooperativa do Brasil, de Santa Catarina (Sicoob/SC). A Cooperativa oferecerá todos os serviços de uma instituição de crédito, como operações em conta corrente, poupança, aplicações, empréstimos, financiamentos e os demais serviços de um banco. “Será como uma instituição financeira tradicional, com talões de cheques e cartões de crédito, com a diferença de que as taxas pelos serviços e os juros bancários serão bem menores e ao final do exercício parte do lucro terá destinação social, sendo repassado a entidades que atuam em várias áreas, e os dividendos distribuídos entre os sócios”, assinala Gentil Marció. O vice-presidente da ACIJS observa que uma cooperativa nos moldes da CejasCred traz inúmeros benefícios não só ao empreendedor, mas à comunidade em geral. Além da maior flexibilização do atendimento e da redução sensível dos custos com tarifas e serviços, que habitualmente são praticados pelo sistema financeiro, há um ganho também com a movimentação de recursos na comunidade.



ponto de vista

Equilíbrio para empreender

O

s desafios do empreendedor da atualidade são cada vez maiores e requerem de quem empreende uma capacitação cada vez maior para vencer as lutas do mundo globalizado. É um tema amplo, sem dúvida, mas prefiro abordálo no sentido de empreender na vida como um todo, para que desse grande empreendimento resulte um bom empreendedor também nos negócios, nos estudos, etc. Criada em 1930 pelo pensador e humanista Carlos Bernardo González Pecotche, a Logosofia é uma ciência que oferece uma nova forma de pensar e sentir a vida, e é com base no que tenho aprendido como investigador dessa ciência que tenho encaminhado minha vida empreendedora. Todos nós vivemos a vida profissional, a vida de empreendedor, de pai, de esposo, de filho, de amigo, de lazer, espiritual, entre outras tantas. Cada uma dessas vidas requer dedicar tempo e atenção. Se eu valorizar em demasia uma delas, corro o risco de cair no desequilíbrio e isso sempre gera consequências negativas. Ao me dispor a realizar o Processo de Evolução Consciente preconizado pela ciência logosófica, tenho aprendido a dar um valor principalíssimo ao esforço por internarme no conhecimento de mim mesmo, na extirpação de minhas deficiências psicológicas, no cultivo e criação de virtudes e aptidões, no aprimoramento de meu mecanismo mental, e na revisão e aquisição de conceitos mais amplos sobre a vida e sua verdadeira finalidade. Saber pensar é para a Logosofia a chave com a qual o homem poderá desvendar muitos mistérios da vida humana. Com ela também

se tornará dono da própria vida e criará para si um novo e elevado destino. Não é isso que o empreendedor deve ser, dono de sua mente e vida? Não busca o melhor para si e para os que estão envolvidos em seus projetos? Quais têm sido as causas de fracassos do homem em seus empreendimentos? Estão fora ou dentro de si? Ao expandir seus recursos internos, sua capacidade mental, suas qualidades, sua capacidade de sentir, ao dominar seus impulsos não estará favorecendo amplamente suas chances de obter resultados positivos em seus empreendimentos? Como dono do próprio negócio, considero-me um empreendedor principalmente por ter aprendido a lutar diante das adversidades, por saber desenvolver não só o negócio em si, mas por ter buscado o equilíbrio para conduzir a vida nos distintos aspectos em que ela se configura. Os estudos para aquisição de conhecimentos essenciais para a vida, para a condução feliz de todos os aspectos que a conformam, têm dado mais equilíbrio a minha vida. Por exemplo: a vida familiar também se apresenta hoje cheia de desafios e lutas onde o uso de minha inteligência e sabedoria torna-se fundamental para a criação de um destino familiar melhor. É ali onde recarrego as energias, experimento muitas alegrias que me completam como homem e ser humano consciente de meus deveres perante os olhos do Criador do Universo. Ali encontro as energias e os estímulos que emprego depois em minha vida profissional, social, etc. Assim, tenho concluído que para ser um bom empreendedor, devo aprender a empreender em tudo o que constitui minha vida. Mas empreender orientado por uma visão altruísta e elevada da vida, das necessidades e das relações humanas. Alfredo Frasson Engenheiro agrônomo, empresário associado à ACIAG e estudante de Logosofia

Saber pensar é para a Logosofia a chave com a qual o homem poderá desvendar muitos mistérios da vida humana. Com ela também se tornará dono da própria vida

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