das associações empresariais do Vale do Itapocu Ano 2 | nº 6 Abril e maio de 2010 R$ 8,90
A marca da eficiência Leistung, fabricante de ventiladores pulmonares eletrônicos, vira referência sob a batuta de Marcelo Fernández
Tecnologia: Sulpack Embalagens investe no mercado biodegradável
Entrevista: Casildo Maldaner fala das ações do BRDE pelo Vale
editorial
É hora de crescer
N
osso município está vivendo um grande momento de crescimento, com novas empresas se instalando e também com a ampliação das já existentes. Com isso, temos que perceber que, cada vez mais, o setor de comércio e serviços se desenvolve. Quando uma indústria se instala no município, todos ganham, seja o Poder Público, com maior arrecadação de impostos, seja o comércio, que acaba vendendo mais em virtude de novos empregos gerados com este novo empreendimento. Muitas vezes, novos investimentos se tornam viáveis por conversas com as entidades empresariais, que fazem o papel de fomentar a instalação e ampliação de empresas. Muitos querem saber qual o papel de uma entidade empresarial, principalmente os associados nos perguntam. Bem, temos o objetivo bem claro: defender os interesses da classe empresarial. Temos também os serviços oferecidos, como: o Util Card, Serasa, marcas e patentes, e outros, mas acredito que o principal foco de uma entidade seja a união em torno de um melhor ambiente de negócios. Precisamos estar unidos para que possamos solicitar melhor infraestrutura para a cidade. Quando falamos em infraestrutura, não falamos apenas em rodovias. Claro que precisamos de melhores rodovias para podermos distribuir a nossa produção e a circulação de veículos sem maiores problemas, pois o trânsito está cada vez tomando mais tempo de deslocamento entre nossa região, mas falamos também em energia elétrica, pois o crescimento de nosso Município demanda maior capacidade de distribuição de energia. Porém, a empresa responsável pela energia, que no nosso caso é a Celesc, não está atendendo nossas solicitações. Realizamos um
estudo de consumo futuro, colocando para eles que não podemos esperar que tenhamos a carga toda tomada e depois aguardar um investimento para ampliação, que pode demorar muito tempo para acontecer. Cobramos também melhor atendimento e uma solução para as constantes quedas de energia que estão acontecendo. Também temos a questão da telefonia e internet, cujos investimentos deveriam ser feitos conforme a necessidade, porém, isto não está acontecendo. Realizamos um levantamento de quantas portas de ADSL já temos e qual seria nossa necessidade, levamos ao conhecimento do representante, em Florianópolis, mas nossa resposta foi que, de momento, não há previsão de investimentos. Na questão da segurança pública, estamos crescendo e o efetivo policial está diminuindo. Qual é a solução que os órgão responsáveis estão tomando quanto a isto? Cada vez mais assaltos a comércios, indústrias e a casas de pessoas comuns estão acontecendo e nenhuma providência está sendo tomada. Estaremos sempre cobrando os assuntos acima mencionados, mas fica um sentimento de muitas vezes pedirmos soluções para assuntos que de-
veriam ser melhores executados, seja pelo Poder Público ou por uma empresa privada, sendo que quem irá receber os lucros destas solicitações são os que menos estão preocupados em solucionar os problemas. Precisamos cobrar a melhor distribuição de recursos estaduais e federais para nossa região. Nossa arrecadação está entre as primeiras do Estado, mas a contrapartida de investimento não está sendo desta forma. Leandro Bauer, presidente da
Associação Empresarial de Schroeder (ACIAS)
sumário
08. Referência na área hospitalar Tecnologia de ponta da Leistung, de Jaraguá do Sul, torna a fabricante de ventiladores pulmonares eletrônicos uma referência no mercado de produtos para o sistema hospitalar. Marcelo Fernández, um dos sócios da empresa, conta os planos da indústria para o futuro.
22. Potência do Vale faz 70 anos
26. A indústria da natureza
Menegotti Indústrias Metalúrgicas, com sede em Schroeder, completa 70 anos com extensa programação e lançamento de livro que conta a trajetória do complexo industrial catarinense.
A Sulpack Embalagens, de Guaramirim, adotou o uso de resina oxi-biodegradável, matéria-prima ecológica que reduz o tempo de degradação de sacolas e embalagens.
11. Mais representatividade O desafio da região é fazer com que os municípios tenham voz no parlamento, seja no plano estadual ou federal, com representantes na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
16. Entrevista Casildo Maldaner fala dos planos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), instituição financeira pública com atuação nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul - podendo financiar projetos em São Paulo e Mato Grosso do Sul - que tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social.
30. A posse das ACIs do Vale Empossados nos meses de março e abril, presidentes das Associação Empresariais do Vale do Itapocu defendem o desenvolvimento sustentável e a representatividade regional.
Conselho Editorial
Beatriz Zimmermann (ACIJS) Jean Carlo Chilomer (ACIAC) Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS) Rogério Souza Silva (ACIAG) Ronaldo Corrêa (CEJAS) Danielle Fuchs (Mundi Editora)
Gerente comercial Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br Gerente-geral Comercial Denilson Mezadri denilson@mundieditora.com.br Editora-chefe Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br
Edição Danielle Fuchs (SC 01233 JP) danielle@mundieditora.com.br Textos Texto Livre Serviços de Imprensa Fotos Ronaldo Corrêa, Flávio Ueta,
Diretor executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br
Alexandre Eggert e divulgação
Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC - CEP. 89.035-401 Tel.: (47) 3035-5500 - www.mundieditora.com.br
Foto de capa Manipulação sobre a imagem de Alexandre Eggert Gerente de Arte e Desenvolvimento Rui Rodolfo Stüpp rui@mundieditora.com.br Diagramação Tiago de Jesus
Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIAG), e Schroeder (ACIAS). Mais informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Octaviano Lombardi, 100 – (47) 3275-7000. TIRAGEM 3.000 exemplares
direitos & deveres
DDA bancário Fique por dentro das vantagens e desvantagens do novo serviço
A
famosa TI (Tecnologia da Informação), amplamente divulgada por empresas e instituições financeiras, vem trazendo sempre novidades ao nosso cotidiano. As instituições financeiras estão na dianteira desta fase, e os investimentos são necessários para suportar o movimento de expansão do sistema financeiro e para a melhoria de gestão de risco de crédito, sempre com o intuito de elevar eficiência e rentabilidade. No início da década de 1990, começou-se com a inserção do código de barras nos boletos de cobrança. Isso permitiu que a compensação fosse realizada de forma eletrônica, sem o trânsito do documento físico pela compensação. Mas o cliente continuou recebendo em casa ou na empresa os boletos em papel que substituem duplicatas, notas promissórias, letras de câmbio, recibos ou cheques. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) inovou no dia 19 de outubro com o início das operações do Débito Direto Autorizado (DDA) - serviço eletrônico de apresentação de boletos, que facilita o controle de contas a pagar. O sistema não possui similares no mundo e, por isso, tem despertado o interesse do setor bancário de outros países. Já no primeiro dia de funcionamento mais de 1 milhão de correntistas se cadastraram no serviço de Débito Direto Autorizado (DDA). Isso é fruto dos grandes investimentos na área de tecnologia da informação dos bancos brasileiros que atingiram R$ 16,195 bilhões em 2008. Do total, R$ 6,4 bilhões foram aplicados em in
vestimentos tecnológicos. O montante representa 40% dos recursos de TI. Outro número que impressiona é a marca de 32,5 milhões de contas de internet banking, em 2008, um volume de transações de aproximadamente 14 bilhões registradas nos 12 meses. Na prática, funciona assim: o devedor deve se cadastrar como sacado eletrônico em um ou mais bancos de seu relacionamento. O cliente solicita o seu cadastramento em cada banco
Mais de 1 milhão de correntistas operarm com DDA no primeiro dia de funcionamento
escolhido. O cadastramento no DDA não significa que as suas contas serão pagas automaticamente. Para que o pagamento seja realizado é necessário que você acesse um dos canais de relacionamento do banco, verifique se há boletos a serem pagos e autorize ou agende o pagamento dos respectivos boletos. Na hipótese de o cliente deixar de ser sacado eletrônico, deve solicitar o cancelamento em todos os bancos nos quais se cadastrou. Dentre as vantagens, destacamos a rapidez em receber o boleto antes do vencimento, segurança no pagamento, baixa possibilidade de fraudes e cobranças indevidas e a redução
da emissão de papel e impactos ambientais. Como desvantagem, existe a possibilidade do serviço ser cobrado ou fazer parte de pacotes de serviços tarifados. O consumidor deve ficar atento às datas de vencimento de seus boletos a fim de evitar constrangimentos e custos adicionais com juros e multas. Também o fato de imprimir o comprovante em casa pode significar um custo a mais ao cliente e ainda podemos dizer que este sistema é mais atraente para clientes que acessam suas contas via internet. Com relação ao custo, é preciso ficar atento. Os bancos afirmam que o débito automático não é tarifado. Segundo a Febraban, a maior parte dos bancos não cobrará tarifa dos correntistas que optarem por esse pagamento, mas é possível que o serviço tenha um custo para as empresas geradoras do boleto. De acordo com o Banco Central, não há regras específicas para o DDA, que segue a regulamentação geral das tarifas. Os bancos estão livres para fixar preços, desde que os valores sejam informados claramente ao consumidor. Para finalizar, a TI será utilizada cada vez mais pela maioria da população, independente de classes sociais ou condições financeiras. As pessoas buscam facilidades, ganho de tempo e praticidade em transações financeiras.
Gilberto Ronchi Presidente da Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Guaramirim (Crevisc); Sócio e Contador da Guaramirim Organização Contábil SS Ltda.; vice-presidente de Prestação de Serviços da ACIAG. Contatos: pelo número (47) 3373-0060 ou escritorioguaramirim@netuno.com.br
canal aberto
tribuna
frase
‘Executivo de Valor’ é da WEG Harry Schmelzer Jr, diretor-presidente da WEG, venceu pela segunda vez consecutiva o prêmio ‘Executivo de Valor’ organizado pelo jornal Valor Econômico, no segmento Máquinas e Equipamentos Industriais. Em abril, a empresa recebeu o prêmio que acontece pelo 10º ano e leva em consideração resultados, identificação de oportunidades de inovação e crescimento, além da reputação do profissional no mercado e sua capacidade de adaptação a setores e empresas. Esta é a segunda vez que Harry conquista o prêmio e a sétima que a WEG vence em 10 anos, as outras cinco foram conquistadas por Décio da Silva. “Receber esse prêmio e fazer parte dessa elite de executivos é uma responsabilidade. Estou aqui representando mais de 20 mil colaboradores, sem falar nos milhares de acionistas, clientes, fornecedores e a população das cidades onde temos fábricas”. Em abril, a WEG comemorou outra conquista. A empresa passou a figurar na lista das marcas mais valiosas do Brasil, ranking realizado pelo quinto ano consecutivo pela Brand Finance, em parceria com a revista The Brander/ IAM. A lista é liderada pelo Banco Bradesco e conta com nomes fortes do mercado nacional, nos mais diversos ramos de atuação. Assim como a WEG, entraram neste ano para o ranking das mais valiosas as marcas Cargill, Pepsico, Visa, Odebrecht, ArcelorMittal, Localiza, Banrisul e Microsoft. As marcas foram avaliadas por pesquisa quantitativa de mercado em nível nacional com 6.221 pessoas e base nos indicadores produtos e serviços, preço, marketing e comunicação, governança corporativa e responsabilidade socioambiental, pós-venda e canal de distribuição.
O objetivo primordial é melhorar a gestão pública, atuando como uma ferramenta de fiscalização do uso correto do dinheiro público” Roni Enara Rodrigues, diretora executiva do Observatório Social do Brasil, falando a empresários de Jaraguá do Sul e incentivando a criação do Observatório Social no Município
em alta X em baixa Há empregos... A economia na região do Vale do Itapocu vai bem, mantendo o desempenho de 2009 mesmo com quedas ocasionadas como reflexo da crise norte-americana. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos Regional Jaraguá do Sul junto ao Sine, agências de Recursos Humanos e empresas em geral, revela que há cerca de 3,5 mil vagas em aberto. Os setores com mais oferta são o de metalmecânica, vestuário e varejo. Como 2010 aparenta ser promissor, a expectativa é de que surjam ainda mais vagas.
...mas faltam moradias O presidente da ABRH, Luciano de Liz Barbosa (foto ao lado), diz que o grande problema é que as empresas encontram gargalo na hora de contratar. Ou falta gente qualificada ou não têm moradia suficiente para pessoas de fora. A Prefeitura busca alternativas, como o programa federal “Minha casa, minha vida”, que já entregou 144 casas e pretende construir outras 228 em 2010. Mas ainda tem outro impasse: encontrar locais para realocar famílias que perderam seus imóveis com as chuvas que vêm castigando a região.
destaque empresarial
Sotaque de fora, qualidade brasileira Fabricante de ventiladores pulmonares eletrônicos vira referência no mercado hospitalar
Marcelo Fernández aposta no crescimento do mercado interno
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undada há 10 anos em Córdoba, Argentina, a Leistung, que no idioma germânico quer dizer eficiência, não poderia ter encontrado solo mais fértil para se instalar em terras brasileiras quando decidiu investir em busca de novos mercados no Cone Sul. Fabricante de ventiladores pulmonares eletrônicos, a empresa se tornou referência no mercado de produtos para o sistema hospitalar graças à tecnologia de ponta que emprega nas duas plantas. Localizada na região de Nereu Ramos, no interior de Jaraguá do Sul, a empresa produz uma média de 70 máquinas por mês para atendimento pediátrico e adulto, principalmente para hospitais públicos em
praticamente todo o território nacional. Voltados a áreas como Unidades de tratamento Intensivo (UTIs), Emergências e Serviços de Anestesiologia, são equipamentos indispensáveis à sobrevivência de pacientes de traumas, o que exige da empresa pesquisa constante por novas tecnologias. Marcelo Fernández, um dos sócios da Leistung, conta que o mercado interno oferece muitas oportunidades de crescimento. “Hoje, 90% dos aparelhos que fabricamos na unidade de Jaraguá vão para hospitais públicos. O governo tem investido bastante na área da saúde hospitalar, o que vem incrementando as vendas”, garante. Isto porque muitos hospitais ainda contam com aparelhos com mais de 40 anos de uso e a manutenção aca-
ba saindo mais cara do que a compra de novos equipamentos. Mesmo sem revelar números de faturamento, segundo ele o desempenho vem crescendo, em média, 150% nos últimos anos. Para atender a essa demanda, a empresa conta com uma equipe que cuida exclusivamente de licitações públicas e investe na qualificação dos 40 funcionários na fábrica de Nereu Ramos, entre profissionais que buscam a atualização de softwares e de consultores entre fisioterapeutas e médicos. “O objetivo é sempre buscar melhores resultados no suporte ao trabalho médico, o que nos tem garantido um nicho muito bom de mercado graças à confiança que alcançamos junto à classe médica”.
Meta é ampliar em dois anos Em Jaraguá do Sul, a Leistung ocupa 1,1 mil metros quadrados de uma área total de mais de 10 mil m². A meta para os próximos dois anos é ampliar a planta em mais 500 m². A região é considerada pelo empresário como muito propícia aos objetivos da empresa, pois oferece tranquilidade e uma localização privilegiada para o escoamento da produção via rodovias, portos e aeroportos. Dois nós, entretanto, preocupam Marcelo: a falta de maior qualificação da mão de obra e os problemas de telecomunicação, principalmente no acesso à internet. Como a empresa precisa ter agilidade no acompanhamento de licitações públicas por todo o território nacional, para resolver o problema de transmissão de dados a Leistung está investindo em um sistema de acesso à internet por satélite. “São as nossas únicas preocupações. De resto, essa região é magnífica, as pessoas são dedicadas ao trabalho e a comunidade é muito atuante”. Fernández ressalta o compromisso das entidades empresariais na busca de melhor qualidade de vida, algo que ele diz ser um diferencial em relação a outras regiões. “É muito bom ver que os empresários aqui não se preocupam apenas com os seus negócios”, observa. Um aspecto que chama a atenção na gestão da Leistung é o fato de que as duas unidades operam de maneira independente. Na Argentina, são 60 trabalhadores e uma produção em torno de 100 máquinas, voltada principalmente para o mercado doméstico e países do Mercosul, enquanto a planta de Jaraguá, além de atender o Brasil, pode buscar negócios em outras regiões onde já está presente ou busca ampliar participação, como México e Colômbia. “Nós estimamos que há condições de crescer o dobro do que já alcançamos nos últimos anos”, diz Marcelo, o que significa algo próximo a 300% de aumento.
Nós estimamos que há condições de crescer o dobro do que já alcançamos nos últimos anos” Marcelo Fernández, sócio da Leistung
destaque empresarial
O que a Leistung produz Ventiladores pulmonares para uso em crianças e adultos em traumas médicos, de uso intra e extrahospitalares, resgate aeromédico ou pronto atendimento Ventiladores pulmonares de painel e portátil para oxigenoterapia para uso em ambulâncias e prontos socorros, indicados para tratamento de pacientes em estado de emergência Ventiladores pulmonares microprocessados para uso em pacientes adultos, pediátricos e no neonatal para acompanhamento do fluxo inspiratório, frequência, pressão e complacência dinâmica LOCALIZAÇÃO Rua João Ropelatto, 202, em Jaraguá do Sul (47)3371-2741 sac@leistungbrasil.com www.leistungbrasil.com
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reportagem especial
Eleições: menos pode ser mais Entidades empresariais do Vale do Itapocu lançam campanha para estimular eleitor ao voto
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á uma máxima popular que ensina: contra fatos não há argumentos. Fundamentadas nesta sabedoria, as entidades empresariais da região do Vale do Itapocu tentam reverter um quadro preocupante que se repete a cada novo período eleitoral. O desafio é fazer com que os municípios tenham voz no parlamento, seja nos planos estadual ou federal, com representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Hoje, a região resigna-se com mandatos temporários, possíveis graças ao jogo político, que coloca suplentes nas tribunas, sem que consigam atuar de maneira efetiva como representantes eleitos para mandato em tempo integral. Para tentar mudar essa situação, desde o começo de abril, uma campanha de divulgação está sendo colocada em prática. Liderada pelo Centro Empresarial de Jaraguá do Sul e com o envolvimento das Associações Empresariais de Corupá, Guaramirim, Massaranduba e Schroeder, além da própria ACIJS, e de organizações sociais que apoiam a iniciativa. Com dois motes – “O seu voto faz acontecer” e “Inteligente é votar” – a ação quer estimular os moradores dos municípios a regularizarem a condição eleitoral e a transferirem os domicílios eleitorais. Conforme Kátia Kolbach, diretora da agência KWB Comunicação, as peças sugerem a importância da transferência dos títulos e buscam motivar os jovens de 16 a 18 anos, cujo voto é facultativo, a fazerem o documento e participarem da eleição. O empresário e ex-presidente da ACIJS, Guido Bretzke, que coordena a campanha, pontua que ao incentivar a transferência de títulos e estimular o eleitor ao
Empresário e ex-presidente da ACIJS, Guido Bretzke, é o coordenador da campanha voto, as entidades desejam contribuir para que os votos sejam conferidos a candidatos da região, aumentando, assim, as chances de se eleger deputados estaduais e federais identificados com a comunidade. “Nós temos uma redução proporcional de eleitores. A região cresceu, mas o colégio eleitoral não.Temos pelo menos 5 mil eleitores que não estão no colégio eleitoral da região. Então, precisamos alterar esse quadro”, defende. Para Bretzke, as entidades estão fazendo a parte que lhes compete, mas “precisa haver a conscientização dos partidos para que lancem candidatos em condição de termos eleitos na região”. Esta, por sinal, será a condição para que as Associações Empresariais e entidades parceiras se engajem, a partir de 5 de julho, na campanha do voto útil nos candidatos da região. Bretzke lembra que, em 1994, a região lançou três candidatos a deputado estadual e um a federal, elegendo todos. Na eleição seguinte, foram cinco a deputado
estadual e apenas um eleito. Em 2002, quatro candidatos e um eleito. No ano 2006, foram nove nomes lançados à Assembleia e todos ficaram fora. “Queremos que o número de candidatos seja compatível com o número de eleitores da região”, explicou. Na última eleição (2006), 114 candidatos obtiveram votos em Jaraguá, fora os da região. Foram desperdiçados 20.968 votos a deputado federal e 19.043 votos a deputado estadual, resultado de 22% de perdas entre abstenções, nulos e brancos.
Raio-X Nº de eleitores no Vale Jaraguá do Sul: 96.360 Corupá: 10.352 Guaramirim: 22.107 Massaranduba: 11.074 Schroeder: 9.929
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reportagem especial
Apoio é fundamental para sucesso da campanha Para a campanha, além de 72 mil flyers e centenas de cartazes, o apoio da mídia é tido como fundamental. “No caso de Jaraguá, hoje estamos com pouco mais de 98 mil eleitores e pela população que temos, podemos chegar a 103 mil. Para isso, o apoio das empresas, da Igreja, comunidade e demais entidades é essencial”, comenta, acrescentando que o sucesso da campanha depende do grau de comprometimento e de responsabilidade de cada um pela sua cidade e região. “Temos tudo nas mãos, basta que façamos
bem e façamos certo. Se os partidos compreenderem a importância de lançarem um número de candidatos compatível com o colégio eleitoral, será feita uma nova etapa da campanha para incentivar o eleitor a votar em candidatos da região. Nesse sentido, é importante que as pessoas que escolheram nossa região para viver optem por candidatos que poderão trabalhar, se eleitos, pela região. Já perdemos muitas oportunidades porque não temos voz na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional”, concluiu.
Eleições 2006 Abstenções, nulos e brancos Dados da eleição de 2006 mostram que os municípios da região, em média, desperdiçam 22% dos votos com abstenção, sendo: - 12% de pessoas que não vão votar; - 10% de pessoas que votam em branco ou nulo.
Sem contrapartida do governo, faltam obras
Paulo Márcio da Cruz aponta BR-280 como prova do desrespeito com a região 12
Na opinião do professor doutor Paulo Márcio da Cruz, da Univali, uma região que não tem representação política não “incomoda” os níveis de decisão no momento de definição de recursos para obras necessárias ao seu desenvolvimento. Convidado pela Associação Empresarial de Guaramirim para falar sobre o assunto, Paulo Cruz deu um exemplo prático da dicotomia entre a riqueza do Vale do Itapocu e o retorno em termos de investimentos. Segundo ele, um exemplo da falta de representação política é a demora na duplicação da BR-280, assunto que vem sendo discutido há duas décadas. O custo aproximado da obra, ressalta Cruz, é de cerca de R$ 180 milhões, segundo os órgãos do próprio governo, contra uma arrecadação de ICMS de R$ 1,692 bilhão e de R$ 51,9 milhões de IPI em 2008, conforme dados da Federação Catarinense de Municípios (Fecam). O professor afirma que o momento é adequado para mobilizar a comunidade regional. “Não faz sentido uma região com a importância de Jaraguá do Sul e municípios próximos com
essa participação na riqueza e renda do Estado e do País não ter uma representação”. Paulo Cruz entende que o sistema político desfavorece a região, mas, como o voto distrital não é adotado no Brasil, o Vale precisa se mobilizar para, informalmente, convencer os eleitores a regionalizar os votos. “Há possibilidade de votos para cinco deputados estaduais e dois federais, em tese, dependendo da legenda”. Uma das questões prioritárias, indica, é a escolha dos candidatos. “O quociente eleitoral é a baliza de como vai se dar a eleição”, explica, assinalando que a estratégia das entidades está correta visando a influenciar na decisão dos partidos. “Há muita pretensão e isto atrapalha, inviabiliza o objetivo maior da região. Alguém vai ter de abrir mão”. Paulo Cruz entende que com dois candidatos para a Câmara Federal e quatro candidatos para a Assembleia Legistativa haveria chances de eleição.
Número de eleitos pela região 1994 – 4 1998 – 2 2002 – 2 2006 – 0
reportagem especial
Número de candidatos x eleitos – Câmara Federal 1994 1 candidato 1 eleito: Paulo Bauer (deputado federal) 1998 1 candidato 1 eleito: Vicente Caropreso (deputado federal) 2002 3 candidatos: Vicente Caropreso, Marcos Scarpato e Paulo Bauer 1 eleito: Paulo Bauer (deputado federal) 2006 3 candidatos: Ronaldo Raulino, Paulo Bauer e Sebastião Camargo Nenhum eleito Número de candidatos x eleitos – Assembleia Legislativa 1994 3 candidatos: Udo Wagner, Geraldo Werninghaus e Ivo Konell Todos eleitos 1998 5 candidatos: Udo Wagner, Ivo Konell, Dionei Walter da Silva, Durval Vasel, Luiz Melro Somente Ivo Konell eleito 2002 4 candidatos: Dionei Walter da Silva, Moacir Bertoldi, Maristela Menel, Lio Tirone Somente Dionei Walter da Silva eleito 2006 9 candidatos: Dionei Walter da Silva, Dieter Janssen, Cacá Pavanello, Carlos Chiodini, Ivo Petras Konell, Ewaldo Pupo Junckes, Ruy Lessmann, Paulo Odebrecht e Bernadete Hillbrecht Nenhum eleito
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Para Victor Danich, campanha das entidades chega em momento oportuno
Transformação começa pela conscietização Para o sociólogo Victor Danich, professor da Unerj, a proposta lançada pelas entidades empresariais acontece em momento oportuno. Ele entende que o trabalho de conscientização para exercitar a cidadania plena não está apenas direcionado para que os eleitores votem em partidos ou candidatos preferidos, mas para transformar estas motivações em resultados concretos para os interesses da comunidade e da região. “Ao possuir representatividade política, a região se beneficia perante as esferas de decisão do governo, principalmente porque a figura de um político eleito por unanimidade mostra a força da maturidade política da comunidade”. Danich, entretanto, sugere que a conscientização política seja um projeto permanente. “Essa motivação deve fazer parte da agenda dos centros educacionais, incentivando os estudantes a participarem de atividades políticas não-partidárias, de modo a incentivar o exercício da cidadania, por meio de discussões em torno da construção de novos modos de inserção social para realizar atividades importantes para a democracia”, assinala. “Uma região sem representantes não incomoda”, completa Paulo Cruz, lembrando que a mobilização das entidades é legítima por representar o setor produtivo, responsável pela geração de riquezas para a região.
entrevista
‘Política não afeta atuação do BRDE’ Casildo Maldaner fala dos planos à frente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
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riado em 1961, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é uma instituição financeira pública, com atuação nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, podendo financiar projetos em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social através do apoio técnico, institucional e creditício de longo prazo. Ao longo de sua histó16
ria, o BRDE financiou aproximadamente US$ 17,8 bilhões, induzindo investimentos de US$ 37 bilhões, distribuídos entre mais de 80 mil projetos. Somente em 2009, foram financiados mais de R$ 2,24 bilhões, em 6,3 mil contratos. Está presente em mais de 80% de todos os municípios do Sul do Brasil. Os controladores da instituição são os governos de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Cada Estado indica dois representantes para com-
por a diretoria – ao todo, um colegiado de seis integrantes, sendo a presidência rotativa entre os estados controladores. Representando Santa Catarina, compõem a diretoria o ex-governador e ex-senador Casildo Maldaner e o ex-deputado federal e ex-prefeito de Blumenau, Renato de Mello Vianna. Ambos já ocuparam a presidência do banco. Casildo Maldaner falou sobre a atuação do Banco e dos planos da instituição para a Negócios.
Revista Negócios - Qual o balanço que o senhor faz da atuação do BRDE no geral e em Santa Catarina em 2009? Casildo Maldaner - O ano que passou foi um ano de dificuldades e também de superação. Nosso Estado enfrentou as dificuldades da crise financeira internacional que, ainda que em menor escala, afetou a economia brasileira. Ainda por cima, enfrentamos as consequências das enchentes e deslizamentos ocorridos no final de 2008. Mesmos com essas dificuldades, tivemos uma reação muito forte da economia e o BRDE orgulha-se de ter participado ativamente desse processo, alcançando a marca de R$ 2,24 bilhões em operações contratadas na Região Sul. RN - Quais foram as principais ações e resultados? CM - Em meio à crise financeira, a
maioria dos bancos comerciais fechou as “torneiras” do crédito, deixando os setores produtivos à deriva. Foi neste momento que nós nos posicionamos e cumprimos nossa missão de fomentar a economia da Região Sul. Ao invés de restringirmos, abrimos nossas portas e alcançamos valores recordes de financiamentos, com crescimento real superior a 40% em relação ao ano anterior. RN - Que linhas de financiamento e qual o volume de recursos aportados e setores beneficiados em Santa Catarina? CM - O BRDE trabalha com todas as linhas de crédito oferecidas pelo BNDES, de quem é repassadora de recursos. Atendemos todos os setores produtivos, como comércio, serviços, infraestrutura, agricultura e indústria, para empresas de todos os portes, cooperativas, além de pequenos produtores rurais. Nosso
Estado recebeu cerca de R$ 550 milhões em contratações em 2009. No entanto, há um dado importante: tivemos muitas reestruturações de dívidas, de empresas que tinham seus financiamentos e com as enchentes ficaram prejudicadas. Como nosso interesse é preservar as empresas e a geração de emprego e renda, tivemos mais de R$ 183 milhões em reestruturação de dívidas, viabilizando a operacionalidade e saúde dessas empresas. Esta é nossa função social e a cumprimos com grande satisfação.
Nossa principal diretriz é financiar projetos viáveis e que contribuam com a geração de emprego e renda”
entrevista
O BRDE tem longa tradição de parceria com as empresas e entidades do Vale do Itapocu, onde concentramos clientes de grande, médio e pequeno portes”
CM - O BRDE tem longa tradição de parceria com as empresas e entidades do Vale do Itapocu, onde concentramos clientes de grande, médio e pequeno portes. Além disso, temos uma profícua parceria com as Associações Empresariais, concretizada em um convênio de colaboração mútua, e quinzenalmente nosso técnico está na ACIJS, dando atendimento ao empresariado de Jaraguá do Sul e região.
RN - Quais as metas para 2010? CM - Continuar trabalhando forte e apoiando todos os setores produtivos de nossa economia. Acreditamos que teremos um ano também de grande aceleração na nossa economia. RN - Especificamente em Santa Catarina, qual é o principal projeto do BRDE? CM - É muito difícil citar um único projeto. O BRDE está presente em todas as regiões de Santa Catarina, tem projetos importantes na indústria, na agricultura, no comércio, nos serviços. Financiamos pequenas centrais hidrelétricas, grandes indústrias, o desenvolvimento da atividade de cooperativas, hospitais, universidades, enfim, a gama é extremamente variada. Nossa principal diretriz é financiar projetos viáveis e que contribuam com a geração de emprego e renda. RN - Na região do Norte/Nordeste (especialmente Vale do Itapocu) como tem sido a atuação do BRDE como parceiro das empresas e das entidades empresariais? 18
RN - Anos eleitorais interferem na atuação do Banco, há suspensão de programas? CM - De maneira alguma. O BRDE é um instrumento financeiro dos governos estaduais para consecução de políticas públicas de investimento e crescimento. Atua de forma isenta, respeitando todos os regramentos do Banco Central e do Sistema Financeiro Nacional. Não há qualquer risco de interrupção de linhas de crédito ou de que qualquer outro fator atrapalhe o processo normal de análise e concessão de crédito. RN - Como é a atuação do BRDE em relação às empresas exportadoras, há programas específicos voltados ao mercado externo? CM - Com a queda da cotação do dólar, as empresas exportadoras têm enfrentado grandes dificuldades. O BRDE possui linhas de crédito específicas para empresas exportadoras. RN - Quais são as metas para às micro e pequenas empresas, o que o Banco oferece a este segmento? CM - Podemos afirmar que cerca de um terço de todas as nossas operações são feitas com micro, pequenas e médias empresas. Temos linhas de crédito especialmente criadas para empresas deste porte, bem como condições de financiamento diferenciadas.
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Área de serviço Medidores de água individuais Preparação para split 2 garagens por apartamento Box individual para depósito
I N C O R P O R A Ç Ã O
V E N D A S
120e 128 privativos
E X C L U S I V A S
47 3275 9500 w w w. s e c u l u s . n e t
empreendedorismo & gestão
Menegotti chega aos 70 com planos Empresa catarinense inaugura nova fundição em Schroeder e lança livro histórico
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Gestora corporativa de RH, Marines Conti aponta crescimento médio anual de 40% na Menmaq
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m dos pioneiros do processo de industrialização no Vale do Itapocu, Erwino Menegotti certamente não imaginava que o empreendimento que construiu completaria 70 anos com a mesma energia com a qual ele deu início ao pequeno negócio em Jaraguá do Sul. Em 2010, a Menegotti reverencia uma trajetória de sucesso que tornou a empresa líder na fabricação de produtos para a indústria da construção e de avanços nos processos de fundição. A história da Menegotti ganha impulso a partir de 2003 com a divisão dos negócios e a formação de unidades independentes controladas por Márcio e Mércia Menegotti Schunke, netos do fundador. Márcio assumiria o comando da Menegotti Máquinas e Equipamentos e Mércia o controle da Menegotti Indústrias Metalúrgicas, tendo na superintendência o marido, Eduardo Ferreira Horn. Conforme a gestora corporativa de Recursos Humanos, Marines Conti, a mudança acabaria sendo estratégica para o futuro da companhia. A Menegotti Indústrias Metalúrgicas possui duas unidades de negócios, sendo a Menmaq – Menegotti Máquinas para construção, instalada em Jaraguá do Sul, e a Menfund – Menegotti Soluções em Fundidos, localizada em Schroeder. A Menmaq é líder no mercado nacional na linha de betoneiras, produzindo cerca de 200 unidades/dia destinadas ao mercado interno e a outros 39 países da Américas do Sul e África, com exportações que começaram em 1974. Embora o foco do negócio seja de produtos para a construção civil, a empresa não fabrica apenas betoneiras, e, sim, uma linha completa que inclui máquinas para cortar pisos e para alisamento de superfícies, compactadores, rolos de compactação, ferramentas e equipamentos industriais, entre outros itens desenvolvidos com tecnologias de ponta. “A unidade vem mantendo um crescimento no faturamento da ordem de 40% ao ano, com exceção em 2009, que teve uma drástica retração do mercado externo”, diz Marines.
Com duas unidades industriais, Menegotti estima chegar a produção de 1,5 mil toneladas/mês com a nova fundição
Diversificação para agregar valor A Menfund fornece peças em ferro fundido – nodular e cinzento – e agrega valor oferecendo também serviços de usinagem, pintura, tratamento térmico e montagem de componentes para diversos segmentos. Mesmo não fabricando produtos próprios e trabalhando de acordo com as demandas dos clientes, e fornecendo peças em ferro fundido e de usinados para a unidade Menmaq, a unidade está voltada para o mercado com mais de 90% do faturamento. A projeção da unidade que será inaugurada oficialmente no dia 27 de maio é ampliar a participação no mercado com novos clientes na carteira e até exportar. “O objetivo é aproveitar a tecnologia disponível. A empresa tem investido maciçamente na capacidade de produção saindo de 2,5 mil toneladas ano de ferro fundido em 2004 para 25 mil toneladas ano em 2010”, assinala Marines. Somente na planta nova que será inaugurada no dia 25 de maio foram investidos mais de R$ 40 milhões. Mas o fornecimento de energia traz preocupações. “Temos know how, temos merca-
do e temos capacidade instalada com as melhores tecnologias em fundição que poucas fundições dispõem no Brasil, mas sem a oferta adequada de energia teremos de buscar alternativas”. Segundo a executiva, a perda do incentivo para operar em horário de ponta que aconteceu no ano passado prejudicou empresas que utilizavam esse benefício concedido pelas concessionárias de energia. Isto porque há uma redução da competitividade em função do custo para operar plenamente. “Nosso maior desafio está em equacionar a morosidade do processo de ampliação da capacidade de abastecimento de energia ao município de Schroeder e a necessidade de atender a um mercado que quer comprar os produtos fundidos Menegotti”, reforça Marines. Ela diz que a empresa tem planos para instalar em Schroeder um complexo industrial, mas a incerteza em relação insumo compromete o planejamento estratégico. “Precisamos de ações e da ênfase do Poder Público em resolver esse problema. Há mais de três anos estamos
planejando a ampliação da nossa capacidade, fizemos a nossa parte. Com oferta de energia elétrica teremos condições de avançar das 900 toneladas/ mês para 1,5 mil toneladas/mês com a nova fundição”.
Nosso maior desafio está em equacionar a morosidade do processo de ampliação da capacidade de abastecimento de energia ao município de Schroeder e a necessidade de atender a um mercado que quer comprar os produtos fundidos Menegotti Marines Conti gestora corporativa de Recursos Humanos
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empreendedorismo & gestão
Eduardo Ferreira Horn: exemplo de idealismo e visão de futuro
Equipe ainda segue o caminho traçado por Eduardo Horn, já falecido
Como a Menegotti vai comemorar os seus 70 anos
Dia 22 de maio Festa para os colaboradores com baile do chope ao som da banda In Natura Dia 25 de maio Lançamento de livro comemorativo aos 70 anos da empresa, uma compilação feita pela área de RH com organização da historiadora Cristina Baumgarten Dia 27 de maio Fórum de clientes em Schroeder na unidade Menfund e inauguração da Fundição II; Convenção de clientes da unidade Menmaq, no Clube Atlético Baependi
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A história da Menegotti tem na figura de Eduardo Ferreira Horn um personagem marcante a quem é atribuído mérito de lançar as bases de muito que a empresa vem conquistando com o planejamento estratégico. Falecido em 2008, o engenheiro respondia até então pela superintendência do grupo. Além da função executiva, Eduardo teve marcante atuação em diversos setores da comunidade, com destaque para a presidência da Associação Empresarial. Marines Conti atribui a Eduardo a capacidade de enxergar o futuro e com dinamismo projetar caminhos que agora vão se consolidando. “Do mesmo modo que Erwino Menegotti deu início ao empreendimento, Eduardo vislumbrou com o mesmo entusiasmo do fundador os passos para que a empresa assumisse o planejamento estratégico e se modernizasse para se tornar líder de mercado. Acima de tudo foi um líder motivador que inspirou a todos aqueles que o conheceram”.
Profissionalização na prática Embora de capital acionário familiar, desde 2003 a Menegotti adota um modelo de administração profissionalizado. A estrutura da empresa é formada por um conselho de administração onde participam os acionistas e dois executivos externos. Jeferson Rogério Fernandes dos Santos, responde pela Superintendência Corporativa do Grupo Menegotti, apoiado por Ricardo Querino Santana (Controller Corporativo) e por gestores responsáveis pelas unidades voltados a mercado e operações: Menfund: Operações – Geraldo Junkes e Mercado – Ayrton Mosimann; Menmaq: Operações – Adevilson Bezerra Batista e Mercado – Moacir Tassinari. A unidade Corporativa apóia e faz o papel da controladoria junto às unidades operacionais com atuação nas áreas: finanças, pessoas, contábeis e TI.
inovação
Tecnologia pelo meio ambiente Suplack, de Guaramirim, avança com embalagens de aditivo oxi-biodegradável
Para o diretor Douglas Bogo, mercado vai exigir cada vez mais o uso de material oxi-biodegradável
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e olho no mercado sempre aquecido de sacolas promocionais, a Sulpack Embalagens, de Guaramirim, vem se posicionando também pelo avanço tecnológico em seus processos de fabricação. Um dos diferenciais competitivos da empresa é o uso de uma matéria-prima que reduz o tempo de degradação de sacolas e embalagens plásticas. Trata-se do processo denominado de oxi-biodegradável, conseguido através da aplicação do aditivo D2W à composição original das sacolas e embalagens plásticas. A tecnologia de patente inglesa elimina totalmente os resíduos dos produtos e vem se constituindo em alternativa ecologicamente correta, agregando mais qualidade ao produto final. 26
“Nossa linha de produtos é fabricada totalmente com matérias-primas recicláveis, mas o oxi-bio significa uma revolução e a tendência é de que a demanda por itens que utilizam essa tecnologia aumente consideravelmente”, assegura Douglas Bogo, diretor da Sulpack. Fundada em agosto de 2004, a empresa surgiu quando o empresário e seus sócios decidiram mudar o conceito de produtos para o segmento. O resultado tem sido um crescimento médio de 20% ao ano e a conquista de mercados por todo o Brasil em sacolas personalizadas de polietileno. Os produtos da marca Sulpack estão em lojas de grifes famosas em sacolas promocionais ou em linhas exclusivas desenvolvidas pela equipe de criação e de arte-final da empresa, que tem
unidade de fabricação às margens da SC-413, no bairro Beira Rio, em Guaramirim. Douglas aposta no crescimento das vendas da linha oxi-bio em função da maior conscientização dos consumidores. “O mercado dita esse crescimento e as empresas que oferecem soluções que ajudem a diminuir o impacto ao meio ambiente serão mais competitivas. Estamos preparados para ampliar a nossa capacidade produtiva na medida que o mercado necessitar”. O executivo garante que o processo de decomposição do material usado na produção de sacolas e embalagens, que normalmente leva décadas, se reduz a prazos bem menores, em torno de 24 meses em alguns casos. Em exposição direta ao sol, a decomposição é ainda mais rápida.
Processo reduz em 100 anos tempo de decomposição Os especialistas apontam que a iniciativa da aplicação da tecnologia oxi-biodegradável representa uma redução no tempo de degradação do material em cerca de 100 anos, proporcionando a diminuição da quantidade de lixo que fica depositada no ambiente. Embora tenha aparência física semelhante ao plástico comum, o oxibiodegradável recebe em sua composição um aditivo que faz com que o plástico seja reintegrado totalmente ao meio ambiente no período de seis meses a dois anos, dependendo da forma de armazenamento e utilização. Atualmente, mais de 150 empresas brasileiras utilizam o plástico
oxi-biodegradável, um número ainda pequeno se comparado à utilização do plástico comum. Por ano, são produzidas 210 mil toneladas de plástico filme (das sacolas comuns), o que representa 9,7% de todo o lixo no País. Como 90% das sacolas plásticas vão para o lixo, conforme estatísticas divulgadas pela Revista Ciência do Ambiente On Line, o material acaba gerando problemas adicionais como entupimento de bueiros, dificuldade no escoamento da água da chuva e enchentes. Quando são levados para lixões e aterros sanitários, formam uma camada impermeável que prejudica o processo de biodegradação da matéria orgânica.
Mais de 150 empresas utilizam plástico oxi-biodegradável nas embalagens
empresariado em foco
Cresce oferta de crédito, cai endividamento A oferta de crédito nos meses de março e abril foi maior para o consumidor catarinense. E, embora a condição de crédito favorável tenha íntima relação com o endividamento, a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) mostra que houve uma queda de 11,4% no índice de endividamento dos catarinenses em abril. O número de famílias endividadas ou inadimplentes, que em março registrou 25%, também diminuiu, chegando a 20% no mês de abril. Outro dado significativo levantado na pesquisa da Confederação Nacional
Micro e pequenas empresas querem ministério próprio A Confederação Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Comicro) promoverá mobilizações no País pela criação de um ministério para o segmento. Conforme o presidente da entidade, José Tarcísio da Silva, a ideia é reivindicar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva crie o ministério antes de sair do governo. Para garantir a permanência da proposta, ele pretende também sensibilizar candidatos a cargos políticos em geral e buscar esse comprometimento de todos os candidatos a presidente nas próximas eleições. “O ideal é que o presidente Lula crie o ministério, já que ele reconhece essa necessidade”, disse José Tarcísio. Ele se refere à fala do presidente no dia 14 de abril, na 17ª Semana de Capacitação do Sistema Sebrae. Nela, Lula disse não ser possível que um só ministério possa tratar, simultaneamente, dos temas relativos às grandes corporações e aos micro e pequenos empreendimentos.
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do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é o crescimento no número de famílias que ficarão inadimplentes em Santa Catarina, passando de 10% para 13% em abril. Segundo o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, das famílias entrevistadas que recebem acima de 10 salários mínimos, 75% estão endividadas e 8% estão inadimplentes. “A abertura do crédito no mercado é um facilitador do endividamento. Então, apesar do elevado nível de segurança dessas famílias em relação ao emprego, 12% têm contas em atraso”, explica Breithaupt.
Facisc instala Câmara Tributária A Facisc instituiu a Câmara Tributária. O objetivo é que ela concentre as discussões tributárias encaminhadas à Federação como moções e projetos de lei que venham a repercutir no empresariado. Através de um estudo detalhado, realizado por representantes jurídicos de cada Associação Empresarial do Estado, será elaborado um parecer técnico que será submetido à análise do presidente da Facisc. Com isso, ele terá condições de decidir se determinada bandeira será ou não assumida pela Federação. A instalação ocorreu na Reunião do Comitê Jurídico Facisc, em São José. Com a presença do presidente Alaor Tissot e dos assessores jurídicos das associações empresariais. O diretor jurídico da Facisc, Jonny Zulauf, foi designado como presidente da Câmara; o assessor jurídico da Federação, Murilo Gouvêa dos Reis, será o secretário; e a assessora tributária, Vanessa Casarotto, será secretária-adjunta. Na estreia da Câmara Tributária foi ministrada palestra sobre o Tribunal Administrativo Fiscal, com o presidente do Tribunal Administrativo Tributário de Santa Catarina, João Carlos Von Hohendorff, e o procurador do Estado de SC, João Batista Búrigo. A próxima reunião do Comitê Jurídico será dia 18 de junho, na ACIJS.
GESTÃO DE
PROJETOS FFM - Fundação Fritz Müller
PESSOAS E ORGANIZAÇÕES MUITO A FRENTE A Fundação Fritz Müller em parceria com a EUAX apresentam cinco cursos voltados para a capacitação de gerentes, líderes e coordenadores de projetos e profissionais que desejam aperfeiçoar conhecimentos e habilidades para o gerenciamento de seus trabalhos. Os cursos propõem a otimização na utilização dos recursos gerando projetos eficazes e de resultado. Conheça os cursos oferecidos:
Fundamentos de Gestão de Projetos Preparatório para Certificação PMP Gestão Ágil de Projetos com SCRUM Práticas Avançadas de Requisitos em Projetos de Software Gestão de Processos de Negócio Informações sobre estes cursos entrar em contato pelo fone (47) 3340.0566 ou pelo e-mail cursos@ffmblu.com.br
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quadroplus
CURSOS
Institucional
Com a mesma bandeira Empossados em março e abril, presidentes das Associações Empresariais do Vale do Itapocu defendem o desenvolvimento sustentável e uma maior representatividade regional
Marcatto defende a sinergia
Leandro Bauer, assumiu a Associação de Schroeder (ACIAS), e Durval Marcatto, a associação de Jaraguá do Sul (ACIJS) Empresários, políticos e lideranças comunitárias que acompanharam as posses de Leandro Bauer (Schroeder), Durval Marcatto Junior (Jaraguá do Sul), Eluísa Hertel Maiochi (Guamirim) e Rene Afonso Mahnke (Corupá) perceberam uma singularidade no tom dos discursos. Quem acompanha o trabalho das entidades, contudo, não viu coincidência, mas, sim, afinidade nos pronunciamentos, pois cada vez mais a classe empresarial está unida em torno das mesmas bandeiras. Leandro Bauer, presidente da ACIAS (Schroeder), destaca que o esforço pela unidade regional faz sentido na medida em que os municípios não podem pensar em desenvolvimento de maneira isolada. “Temos a mesmas necessidades de infraestrutura, principalmente em relação a condições para a entrada de matériaprima e escoamento da produção nas nossas rodovias, e com os serviços de telefonia. Precisamos somar forças para buscar essas melhorias”, aponta Leandro, que sucedeu o pai, Ismário. “Pessoalmente, fiquei feliz porque Leandro é uma jovem liderança que vai dar sequência ao trabalho”, destacou o ex-presidente. A nova gestão da ACIAS promete ainda investir em projetos que visam à participação de mais associados na entidade, na organização das atividades internas para maior incremento da estrutura do prédio inaugurado há pouco, em projetos de capacitação e com os Núcleos Setoriais, que congregam empresários de um mesmo segmento. Também é meta estar mais próximo do Poder Público para o acompanhamento de projetos na comunidade e na promoção de negócios por meio de eventos como a Expofeira, que Schroeder pretende lançar em 2010. 30
A continuidade da sinergia regional sensibiliza o presidente eleito Durval Marcatto, que assumiu a presidência da ACIJS (Jaraguá do Sul) ancorado em experiências como a atuação no movimento sindical patronal, na vicepresidência da Fiesc e na Câmara de Relações Trabalhistas da mesma entidade. Lembra que a ACIJS tem como uma de suas tradições a continuidade de projetos iniciados nas gestões anteriores, ação balizada em duas vertentes: a representação do setor econômico e o desenvolvimento dos associados. “Para que a economia possa crescer é preciso que as empresas convivam com um ambiente de negócios favorável. Isso para as empresas está claro, mas se não tivermos solução para as questões de infraestrutura, por exemplo, o bom desempenho das empresas acaba comprometido”, raciocina.
Fomento ao associativismo
Em Corupá, Rene Afonso Mahnke assume pela primeira vez a ACIAC, destacando como maior prioridade a integração do setor produtivo com o sistema associativo. Produtor de plantas ornamentais, Mahnke acredita que a entidade não pode atuar isoladamente e, sim, buscando a colaboração com as demais associações. O município, que tem o ecoturismo como uma vertente, vem crescendo na indústria, comércio, agricultura e prestação de serviços.
Eluísa H. Maiochi reforça necessidade de desenvolvimento sustentável
Em Guaramirim, a presidente reeleita, Eluísa Hertel Maiochi, estabelece como uma das metas o trabalho junto com a Prefeitura e Câmara Municipal para a construção no município de um espaço para a realização de eventos e valorização da cultura.
Ao lado da continuidade de trabalhos para a valorização dos associados e da entidade, com treinamentos e na otimização dos recursos, a empresária também aponta a articulação regional como necessária para o desenvolvimento sustentado do Vale. Iniciativas como a campanha de estimulo ao eleitor recentemente lançada pelo Centro Empresarial de Jaraguá do Sul e as demais questões que mobilizam a classe empresarial são consideradas essenciais para este objetivo, segundo Eluísa. Na área de desenvolvimento econômico, a ACIAG busca incremento do comércio por meio de parceria com a UNERJ, aplicando um plano de ação para tornar o segmento mais
odorizzi
atrativo e projetar, entre outras ações, uma campanha natalina. Outras medidas de modernização da entidade incluem o portal eletrônico que já foi ativado, voltado a estreitar a relação com os associados e demais públicos no fomentando de negócios. Na comunidade, a continuação do apoio ao Conselho de Desenvolvimento Econômico de Guaramirim (Codec) e aos projetos que desenvolve nas áreas de saúde, planejamento urbanístico do município, e de preservação dos recursos hídricos são outras questões que envolverão a entidade. Eluísa também enfatiza da força da classe empresarial quanto à representatividade política do município, em época de eleição.
institucional
BR-280: paciência no limite Cansados de esperar, empresários pensam em alternativas para fazer o governo cumprir a palavra
“Ninguém é obrigado a cumprir nada, mas quando se promete isso se torna uma obrigação”. A irritação de Guido Jackson Bretzke, ex-presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul e vice-presidente Regional Norte da Facisc, expõe o ânimo da região com a demora no cumprimento de uma promessa que vem se arrastando ao longo dos últimos anos de duplicação da BR-280. A mais nova tentativa da comunidade empresarial na busca de solução para o impasse é a organização de um comitê formado por lideranças da região. “Insistir e tentar sensibilizar o governo para que cumpra o que foi prometido é uma das únicas alternativas que nos resta”, diz Guido. Um dos primeiros passos da ação é tentar entender melhor em que situação efetivamente se encontra a obra, para isto estuda-se a contratação de técnicos para buscarem todas as informações sobre o projeto, a obra, estágio real em que se encontra e onde está travada e as possibilidades de acontecer. O grupo também pretende ouvir lideranças com trânsito em Brasília e que possam repassar informações sobre o trâmite do processo nos meandros políticos. “Após entendermos em que situação o projeto se encontra a ideia é mobilizar todos os associados”, sugere o empresário. Não se descarta nem mesmo o envio coletivo de cartas para literalmente “encher as caixas de correspondência” do Ministério 32
dos Transportes ou da Presidência da República. “É uma forma de demonstrar o tamanho da nossa insatisfação”. Para dar ainda mais força ao desagravo, outras ações são pensadas, como um abaixo-assinado com pelo menos meio milhão de assinaturas e a participação da classe trabalhadora reivindicando com o mesmo objetivo. Junto com Guido Bretzke, fazem parte do grupo representantes da ACIAG, ACISFS (São Francisco do Sul), ACIAS, ACIAC, ACIJ/Fundação Empreender, e da ACIAA. Em meio ao descontentamento com a demora na obra, no começo de abril a região recebeu mais uma ducha frita na intenção de ver o projeto sair do papel. O governo federal anunciou o pacote de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas a BR280 ficou fora. “Não acredito que esta obra saia do papel em curto espaço de tempo. Entendo que há má vontade do governo, pois não é prioridade e nem há sobra de dinheiro, que vem sendo gasto em outros projetos em lugares que rendem mais votos do que em SC. Existem obras mais complexas que acabam saindo mais rapidamente do papel”. Guido entende que a maneira como o assunto vem sendo abordado pelo governo demonstra que a duplicação está muito longe de ser viabilizada. “A verdade é que estão nos enrolando, vendendo a dificuldade do projeto e nós, passivamente, aceitando”.
Situação O principal argumento dos órgãos do governo para a liberação do edital de duplicação da BR-280 é quanto à entrega de documentação complementar do DNIT ao Ibama Promessa antiga Promessas de lançamento de edital para a duplicação da BR-280 se arrastam há quase10 anos. A primeira promessa foi feita em 2000
pelo vale
Líderes da região assumem federações Ex-presidente da ACIJS, o empresário Bruno Breithaupt foi reconduzido em chapa única e empossado em agosto no comando da Fecomércio SC. Entre as metas do presidente para o novo mandato de quatro anos está a ampliação do número de câmaras setoriais e a continuidade dos investimentos sociais voltados principalmente aos comerciários como o SESC. Outra intenção é fortalecer a representatividade do varejo diante de temas ligados à conjuntura econômica. Outra meta é fortalecer as parcerias junto ao Poder Público municipal nas cidades de SC, como forma de participar ativamente do desenvolvimento do Estado. Na Fampesc, quem assumiu foi Márcio Manoel da Silveira, ex-presidente da APEVI. Silveira havia sido eleito em dezembro para a vice-presidência institucional da entidade, mas devido a pedido de licença do presidente Cloir Dassoler, no início de março, passou a responder pela Presidência até o final de 2009. Em março, Dassoler solicitou a saída em definitivo e Márcio foi empossado na Presidência. Uma das principais metas da entidade para 2010 é implementar o Programa de Núcleos Setoriais.
Parque Tecnológico avança A implantação do Parque Tecnológico constitui-se em uma das seis prioridades da Secretaria da Indústria e Comércio em 2010. O secretário Célio Bayer diz que o município busca atrair empresas com tecnologia limpa para se instalar no empreendimento. “Temos um vasto campo para crescer neste segmento e também para desenvolver inovação e tecnologia”, disse ao secretário. O município já tem a incubadora JaraguaTec, que é um centro de inovação e pesquisa tecnológica gerido pela Apevi, Acijs, Senai, Sebrae, Prefeitura e Unerj. É uma incubadora de empresas que tem como finalidade a formação de um ambiente que possa estimular e proteger o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves. Desde sua instalação, em 2005, nove empresas já foram graduadas, ou seja, cumpriram o período de incubação e transformaram os resultados de pesquisas em produtos e serviços. Atualmente, existem 15 empresas incubadas. 34
ACIAC promove curso de Cipa A Associação Empresarial de Corupá (ACIAC), em parceria com o Senai e Jaraguá do Sul, promoveu um curso de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Realizado de 12 a 16 de abril, no Centro Empresarial de Corupá, o evento contou com a participação das empresas: Domus Indústria e Comércio de Móveis, Móveis Jae Indústria e Comércio, TGM Máquinas e Equipamentos.
Feijoada da Integração Reunir associados e comunidade em torno de uma feijoada é a maneira que o Núcleo de Jovens Empresários da ACIAS encontrou para divulgar suas atividades. O evento ocorreu dia 15 de maio, no Salão da Igreja da Paz. Além dos ingredientes da feijoada tradicional, quem prestigiou o evento acompanhou uma programação que incluiu música ao vivo, sorteio de brindes e aqueles que apreciam esportes radicais tiveram uma parede para escalada. Conforme Francisco Schiochet, executivo da ACIAS, a iniciativa dos integrantes do Núcleo de Jovens Empresários também visa a apoiar o projeto Bombeiros Mirins da corporação de Schroeder. Criado em 2009, o Núcleo vem realizando eventos de capacitação e se estruturando em torno de projetos de valorização do associativismo com responsabilidade social.
soluções empresariais
Facilidade na gestão de benefícios Util Card, administrado pela Facisc, se espalha pela região do Vale do Itapocu
André Gaidzinski: cartão é agilidade O Cartão de Gestão de Benefícios Util Card é uma das principais soluções empresariais à disposição das entidades empresariais. Administrado pela Facisc, ele tem o objetivo de informatizar o que já acontece nas empresas: a antecipação de salários por meio de vales, integrando benefícios, facilidades e convênios em um só cartão. Utilizado em 60 cidades catarinenses, o cartão também estimula o consumo no comércio local. Em março deste ano, o faturamento do cartão passou de R$ 60 milhões, com 106 mil cartões em circulação no Estado. “O objetivo desta ferramenta é facilitar a administração de convênios pelas empresas, transformando o que era um trabalho numa facilidade total”, garante o coordenador comercial da Facisc, Sérgio Acy Kollet. A cidade-piloto do projeto foi Chapecó. O cartão foi implantado nas empresas do município em 2004. Para o vice-presidente de Soluções Empresariais da Facisc, André Gaidzinski, o Util Card traz muita agilidade para as empresas no tratamento com recursos humanos e ao mesmo tempo a satisfação dos colaboradores. “Um dos benefícios reais é a redução no tempo de processamento da folha de pagamento de três dias para cinco minutos,
porque elimina a burocracia”, exemplifica. Um dos diferenciais importantes do Util Card é sentido pelo comerciante que adere ao sistema. Nos estabelecimentos como farmácias, supermercados, postos de combustíveis e outros, que aceitam pagamentos em cartões, a operação é taxada pelas administradoras do serviço. No caso do Util Card, as taxas são menores e as empresas que oferecem o benefício aos funcionários não têm qualquer despesa. Nos municípios do Vale, o Util Card já está consagrado. A ACIAG oferece o benefício a seus associados desde 2006 e, desde então, a rede credenciada ao cartão vem aumentando. O movimento mensal do cartão gira em torno de R$ 113 mil, com 2.234 cartões ativos em 38 empresas conveniadas. O secretário-executivo Rogério de Souza diz que, para a ACIAG, o cartão Util Card é uma excelente solução. Ele destaca a fidelização que o cartão proporciona junto às empresas participantes, além de contribuir com a economia do município. Para incrementar o uso do benefício, as cinco cidades do Vale do Itapocu se reúnem mensalmente para promover um funcionamento cada vez melhor do cartão. Motivada pelo sucesso do Util Card, em 2008, a ACIAG implantou outras duas modalidades do cartão: Alimentação e Refeição na Prefeitura e no Hospital Municipal. Atualmente, os dois cartões movimentam mensalmente R$ 151 mil (alimentação) e R$ 12 mil (refeição). A Associação Empresarial de Jaraguá do Sul oferece o benefício desde 2005. Em 2010, a entidade contabiliza 192 empresas conveniadas, 355 credenciadas e conta 25.812 cartões ativos. O desempenho em 2009 foi de R$ 9.472.368,66, que nos três primeiros meses deste ano soma R$ 2.762.816,68. Adriana Zabel Debatin, gerente administrativa e de sistema de gestão, destaca
como atributos dos cartões de benefícios as facilidades que oferecem na relação entre funcionário das empresas e o comércio. É o caso da Sol Sports, garante Arnaldo Altini Junior, coordenador de RH. “Estamos muito satisfeitos com o sistema e acreditamos que esta parceria só tem a somar com os benefícios que oferecemos aos nossos colaboradores”, resume. A empresa é parceira da ACIJS desde Fevereiro de 2007, e atualmente beneficia 112 colaboradores.
Satisfação geral O cartão Util Card também agrada proprietários de estabelecimentos conveniados como Ivo Magnagnagno, da Farmácia Magna. Com duas unidades, no bairro Água Verde e próximo ao Hospital São José, ele diz que esta foi uma das melhores iniciativas da ACIJS. “Não tem coisa melhor do que você permitir ao funcionário que ele compre aonde quiser porque assim pode aproveitar uma promoção sem estar preso a convênios fixos. E para o comerciante é uma certeza de que vai receber”, assinala. Desde que se associou, assim que a ACIJS passou a oferecer o benefício, ele viu diminuir o número de inadimplentes.
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acontece
ACIJS Curso Desenvolvimento do Profissional de Compras Data: 07 a 22/05
ACIAC Pesquisa para definição da agenda de cursos do ano 2010 Data: maio Sábado Especial Data: 08/05 e 12/06, das 8 às 16h (horário especial no comércio) Núcleo do Comércio Data: 11 e 25/05, 15 e 29/06, às 8h Núcleo do Meio Ambiente Data: 12 e 26/05, 09 e 23/06, às 16h Curso de Técnicas de Vendas Data: 24,26,27,28 e 31/05 Reunião Plenária para os Associados Data: 25/05 e 29/06
Encontro de Ideias e 4º Fórum de Responsabilidade Social Data: 11/05 Núcleo de Farmácias de Manipulação - Teatro Seu Chico Data: 18/05 Curso Técnicas de Recrutamento e Seleção Data: 18 a 20/05 Curso Boas Práticas de Manipulação e Segurança Alimentar Data: 18 a 27/05 Núcleo de Jovens Empreendedores - Debate Regional Data: 27/05 Palestra sobre BSC - Balanced ScoreCard Data: 27/05 Curso Análise Técnica de Ações Data: 06 a 10/06
ACIAG Reunião de Di retoria e Plenár ias Data: Todas as se gundas-feiras, 18 h45min Curso “Lidere sua Equipe de Trabalho” Data: 10 a 13/5 Promoção Sába do Aberto Data: 08/05, 05 /06, 10/07 Local: Comércio de Guaramirim Consultoria BR DE Data: 12/05, 09 /06, 14/07
Curso Comunicação Eficaz com Programação Neurolinguística Data: 08 e 09/06 Curso Programa de Seleção e Qualificação de Fornecedores Data: 22 e 23/06 Curso Gerenciando Conflitos com Inteligência Data: 22 e 24/06 Palestra sobre Mortalidade das Empresas Data: 30/06
Curso “Marketin g para Pequen a e Média Empresa” Data: Junho
ACIAS
Curso “Rotinas de Departamen to Pessoal” Data: Julho
Reunião de Diretoria e Plenárias Data: 03, 17 e 31/05; 14 e 28/06 Núcleo de Jovens Empreendedores Data: 04, 15/05 e 15/06 Núcleo do Comércio Data: 11 e 25/05; 08 e 22/06
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ponto de vista
A hora das reformas Acreditamos que as soluções para os grandes problemas do País passam pela qualificação da gestão pública”
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creditamos verdadeiramente que as soluções para os grandes problemas do País passam por uma qualificação da gestão pública. É a variável com maior potencial de contribuição para se reduzir o Custo Brasil e, consequentemente, aumentar a competitividade das empresas. Não só, mas também prefeitos e governadores, na grande maioria, não priorizam a administração por resultados que possam efetivamente ser revertidos em mais investimentos e em melhores serviços à sociedade. Por isso, estamos liderando alguns projetos que visam a, essencialmente, 38
contribuir para a melhor gestão no setor público, com vistas à redução da despesa e melhoria do gasto, como forma de possibilitar a tão desejada reforma tributária. Com o prêmio “Municípios que Fazem Render Mais”, queremos identificar e reconhecer os municípios que fazem o melhor uso possível dos recursos públicos. Nesta avaliação, quatro aspectos são fundamentais: sustentabilidade das ações, transparência da gestão pública; abertura à participação dos cidadãos nas decisões governamentais e contribuição da administração ao desenvolvimento local. A ACIJ promoverá este prêmio
com o suporte técnico da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliará os municípios participantes com o apoio institucional e logístico de entidades empresariais do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Aqui, no caso, a nossa Facisc (Federação das Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina). O Prêmio pretende valorizar e estimular a eficiência da gestão das prefeituras, contribuindo, desta forma, com o desenvolvimento e a competitividade do País. Queremos que os bons exemplos inspirem os demais. Acreditamos, assim, estar dando um importante passo para, mais adiante, levar à maioria dos municípios brasileiros mostras de como é possível resolver os problemas que nos afligem no dia-a-dia, com os recursos hoje existentes. Mostrar como fazer mais, com menos.
Carlos Rodolfo Schneider, Presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij)
Errata O artigo publicado nesta seção, na edição 5, era do sr. Carlos Schneider, e não do sr. Durval Marcatto Jr., conforme a publicação foi assinada.