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Jul/Ago 2009
NOSSO HOSPITAL É TODO PARA VOCÊ
Conselheiros, diretores, gerentes e colaboradores na frente do Hospital da Unimed. que será entregue para a comunidade no dia 11 de julho
ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.
CONSELHO EDITORIAL Dr. Odilon Luiz Ascoli Dr. Jauro Soares Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo Aldeman de Oliveira Dr. Marco Antônio Bramorski Dr. Fernando Cesar Sanches Dr. Ricardo Beduschi Luiz Mund
EDITOR EXECUTIVO
04 ALÔ VOCÊ O canal de comunicação do leitor 06 EM FOCO Unimed Vida capacita professores 08 PÁGINAS VERDES com Oscar Schmidt 11 NOSSA GENTE com Carlos Hermann 20 ODONTOLOGIA Tecnologia permite implante dentário sem corte 26 MEDICAMENTOS As barreiras do fracionamento 28 OUVIDORIA Unimed quer ouvir seus clientes 30 ARTIGO Os deslizamentos de terra podem ser previstos? 32 ANESTESIOLOGIA A importância da avaliação pré-operatória
Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) sidnei@mundieditora.com.br
Banco de imagens
Gilberto Viegas
EDITORA
Banco de imagens
Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC)
EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC)
REPÓRTER Ana Paula Lauth e Kakau Santos (fotografia)
COORDENADOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira
FOTO DE CAPA Gilberto Viegas Tratamento de imagem: T.AG
DIRETOR COMERCIAL Cleomar Debarba - 47 3035.5500 comercial@mundieditora.com.br
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Unimed Blumenau inaugura hospital próprio em Timbó
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A importância do prénatal para a saúde da mamãe e do bebê
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Depressão atinge mais as mulheres que os homens
DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br
UNIMED BLUMENAU Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570
CONSELHO ADMINISTRATIVO Dr. Jauro Soares Dr. Josemar Batista de Oliveira Dr. José Carlos Arenhart Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo Aldeman de Oliveira Dr. Dubes Sonego Dr. Fernando César Sanches Dr. Jacy Bruns Dra. Maura Milano Cucco Dr. Odilon Luiz Ascoli Dr. Ricardo Beduschi
Editorial
Hospital Unimed, uma conquista de todos O dia 11 de julho, data em que o Hospital da Unimed Blumenau – Unidade de Timbó será inaugurado, marca uma dupla conquista: da comunidade da região do Médio Vale do Itajaí e da Cooperativa de 681 médicos ativos e 400 funcionários. Os benefícios para a região são evidentes. A partir de agora, todo o polo econômico passa a contar com um moderno hospital totalmente adequado ao que melhor existe na saúde do País, com atendimento adulto e infantil 24 horas e uma unidade de emergência. Além disto, terá à disposição o melhor corpo clínico e técnico do Vale, a mais avançada tecnologia, três salas cirúrgicas, 31 leitos para internação, laboratório de Análises Clínicas e serviço de Diagnóstico por Imagem com a chancela de qualidade da marca Unimed, em uma estrutura de 4 mil metros quadrados, onde foram investidos R$ 11 milhões. O prédio segue os padrões ambientais e de responsabilidade social, reaproveitando a água da chuva, captando a energia solar, tratando integralmente os efluentes e utilizando paver para melhorar a infiltração da água no solo. Todos os ambientes são climatizados, as instalações cirúrgicas são triplamente filtradas e contam com sistemas de pressão do ar que as isolam completamente do exterior. A unidade está dotada de tudo que a legislação atual exige e preparada para continuar moderna muitos anos à frente. E, o mais importante: estamos abrindo as portas de um hospital que valoriza a qualidade e a humanização, porque a satisfação das pessoas será sempre nossa prioridade número 1. A inauguração é também uma vitória dos cooperados e colaboradores da Unimed. Os investimentos na Rede Regional Integrada de Hospitais Próprios da Unimed Blumenau significam o início de um novo caminho, uma nova Unimed. Outros recursos próprios serão incorporados em breve. No segundo semestre, vamos inaugurar o Atendimento 24 Horas do Bairro Vila Nova e iniciar as obras do Hospital Geral de Blumenau. Um novo cenário de desafios e conquistas se inicia com foco no cliente, na qualidade total, sustentabilidade do negócio e na melhor remuneração do ato médico cooperativo.
ALÔ VOCÊ 25 anos da Ampe Agradecemos o apoio e parceria da Unimed Blumenau para a realização do Jubileu de Prata da Ampe Blumenau. A união dos esforços foi fundamental para que este acontecimento tivesse êxito e justifica porque a Ampe Blumenau, em seu 25º aniversário, fez questão de homenagear as entidades representativas do segmento empresarial, pois acreditamos que é a parceria sólida e cada vez mais forte que promove o desenvolvimento da sociedade civil organizada, assim como do País. As ações comemorativas ao jubileu continuarão durante todo o ano de 2009 e envolvem atividades culturais, palestras e cursos, além de novos eventos. Sônia Medeiros Presidente da Ampe Blumenau
Folheie a revista na internet Do papel para o mundo digital. Agora ficou mais dinâmico visualizar a revista da Unimed Blumenau no site. O leitor pode acessar todo o conteúdo da revista na internet folheando as páginas e aproximando os trechos de maior interesse, incluindo os anúncios. É o chamado efeito “flip book”, em que as páginas são “folheadas” na tela do computador. Este novo formato de apresentação é uma ação sustentável do ponto de vista ambiental e financeiro, além de estar alinhado a tendências de web design. Acesse o site www.unimedblumenau.com.br e confira.
Alimentação e idosos Como leitora assídua da Revista Unimed, gostaria de parabenizar pela edição 41, principalmente a reportagem de capa, sobre a importância das informações contidas nos rótulos de alimentos, e a reportagem sobre o perigo dos corantes contidos em salgadinhos e doces geralmente servidos às crianças. Sendo neta de um casal de idosos muito ativos, gostaria de aproveitar este contato para sugerir uma reportagem sobre a importância da diversão, das atividades de lazer para as pessoas da terceira idade. Maria Teresa dos Santos Cunha Educadora infantil
Envie cartas para o endereço eletrônico revista@unimedblumenau.com.br
EM FOCO Projeto Unimed Vida capacita 173 professores
A capacitação contou com a participação da nutricionista Mônica Hela Berner e da pediatra Mariza Soares, que falaram sobre Alimentação; do pneumologista Roger Pirath Rodrigues, que abordou o Tabagismo; do técnico em Segurança Miguel Emsters, que falou sobre Prevenção de Acidentes e da professora de Educação Física Juliana Brandão, que tratou da Qualidade de Vida e Lazer. A empresa que desenvolve seu negócio de forma socialmente responsável precisa pensar de forma global mas
Divulgação
Um total de 173 professores e coordenadores das escolas das redes públicas municipais e estadual integrantes do Projeto Unimed Vida participaram, no período de 30 de março a 7 de abril, do processo de capacitação do Projeto Unimed Vida, que tem por objetivo discutir Qualidade de Vida. Os professores são agentes importantes neste trabalho.
Professores participam de evento de capacitação agir e intervir de forma local. Partindo dessa premissa e entendendo que a comunidade é parte interessada da Unimed Blumenau, investimos no Projeto Unimed Vida”, explica a coordenadora de Responsabilidade Social, Maike Rothenburg Mohr. O Unimed Vida é desenvolvido em escolas da rede pública de Blumenau, Indaial e Pomerode, através do trabalho educativo para gerar uma cultura de prevenção e promoção da saúde.
Unimed faz pesquisa com o público A Unimed Blumenau, Cooperativa preocupada em ser uma empresa transparente e aberta ao diálogo com cooperados, funcionários, clientes, comunidade, prestadores, fornecedores, outras Cooperativas do Sistema, concorrentes, sindicatos e governos, estabeleceu em sua Política do Sistema de Gestão Integrada (SGI), composta pela Gestão da Responsabilidade Social e Gestão da Qualidade, realizar pesquisas periódicas que busquem identificar a percepção deste público em práticas sócioambientais relacionadas a suas atividades.
Em 2008, foram enviados 1.570 questionários, destes, 544 foram respondidos, o que representou 34,65% do total encaminhado. Do universo das pesquisas respondidas, 94,46% concordam que a Unimed Blumenau desenvolve suas atividades de forma ética, transparente, de forma socialmente responsável e ecologicamente correta. A pesquisa é uma ferramenta que irá auxiliar a Unimed Blumenau na melhoria de seus processos. Ela pode ser conhecida na íntegra, basta encaminhar um e-mail para maike@unimedblumenau.com.br.
Unimed e Splash firmam convênio A Unimed Blumenau e a Splash Academia firmaram convênio que proporciona a clientes da Cooperativa, acima de 55 anos, participarem do programa Faz Bem com desconto de 30% do valor da mensalidade na academia. Para participar do programa, basta apresentar a o cartão da Unimed e atestado médico liberando para as atividades do programa.
Quem aderir ao convênio, cujo desconto é exclusivo a clientes da Unimed, terá aulas de Alongamento e Flexibilidade; Fortalecimento Muscular; Atividades Recreativas; Bike; Dança; Hidroginástica; Matt Pilates. O programa foi elaborado para que, dentro de suas condições e interesse, o aluno melhore suas potencialidades físicas e qualidade de vida.
Cooperados da Unimed empossados na ACM Kakau Santos
Dr. Cézar Zillig Divulgação
Dois médicos cooperados da Unimed Blumenau foram empossados dia 8 de maio, às 19h30min, na sede da Associação Catarinense de Medicina, como novos integrantes do Corpo Acadêmico da Academia Catarinense de Medicina. O neurologista Cézar Zillig, na categoria de Membro Emérito, e o ginecologista Luís Carlos Lins, como Membro Titular. Em nota, a diretoria da Unimed Blumenau cumprimentou os novos acadêmicos, destacando que “o acolhimento na Academia representa o reconhecimento da classe médica da profícua produção cultural dos nobres colegas cooperados”.
Dr. Luiz Carlos Lins
Dr. Jauro e Dr. Bramorski coordenam conselhos da Unimed Dois cooperados da Unimed Blumenau assumiram cargos em nível nacional e estadual e passaram a coordenar, em maio, os Conselhos Fiscais da Unimed do Brasil e da Federação das Unimeds de Santa Catarina. O presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, foi empossado conselheiro fiscal dia 15 de maio, em São Paulo, e eleito na sequência, pelos demais conselheiros, coordenador do Conselho Fiscal da Unimed do Brasil. Na mesma oportunidade, foram empossadas as diretorias da Unimed do Brasil, Central Nacional Unimed, Fundação Unimed, Unimed Participações e Seguros Unimed. Já no dia 9 de maio, o diretor de Atenção à Saúde, Dr. Marco Bramorski, assumiu a vaga de conselheiro e também foi escolhido pelos colegas para coordenar os trabalhos do Conselho Fiscal da Federação de Santa Catarina.
PÁGINAS VERDES
com o ex-jogador de basquete e palestrante Oscar Schmidt
Kakau Santos
“O povo de Blumenau mostrou que é obstinado” 8
M
ais de mil blumenauenses, uns apaixonados por basquete, outros admiradores do jeito Oscar Schmidt de ser dentro e fora das quadras, compareceram ao ginásio Sebastião Cruz, o Galegão, no dia 20 de maio, para conhecer um pouco mais da vida do “Mão Santa”. Depois da palestra, que mais pareceu um bate-papo com os presentes, Oscar atendeu à imprensa e falou sobre assuntos diversos, entre eles a possível realização das Olimpíadas no Brasil, a situação do basquete brasileiro, a participação dele na política, a vida de palestrante, as vindas a Blumenau e muito mais. À Revista Unimed, o “Mão Santa” concedeu a seguinte entrevista: Revista Unimed: O Brasil está preparado para sediar uma Olimpíada? Oscar Schmidt: Muitos países não estavam preparados e fizeram. A Grécia, por exemplo, parecia que não ia conseguir fazer uma Olimpíada e fez. Se derem uma para nós, vai ser uma grande Olimpíada, que vai fomentar muito a prática esportiva. A Olimpíada pode ser um grande salto para que a gente tenha um projeto esportivo escolar, que é a única maneira de nos tornarmos uma potência esportiva. RU: Hoje, longe das quadras, como você vê o basquete brasileiro, já que desde 1996, quando você deixou a Seleção Brasileira, o País não se classificou mais para disputar as Olimpíadas? Oscar: O basquete brasileiro tocou o fundo do poço mais de uma vez. O poço estava cada vez mais fundo e a gente não sabia. A gente chegou na pior fase do basquete brasileiro. Felizmente, algumas pessoas não se contentaram, entre elas eu, e brigamos bastante contra a confederação. Hoje, temos uma liga dos clubes, por-
que é assim que tem que ser. Mas, para isso, houve uma briga tremenda, com ações na Justiça e tudo, que tramitam até hoje. Não foi uma briguinha qualquer. RU: Com tantos talentos atuando no basquete internacional, como pode o Brasil ficar fora das Olimpíadas e ir mal nos mundiais? Oscar: Porque os brasileiros que jogam na NBA e na Europa não são protagonistas nas suas equipes, com exceção do Thiago (Splitter). No final de jogo, o Leandrinho passa bola para o Shaquille Oneal, o Varejão para o Lebron James e o Nenê para o Carmelo Antony. Ninguém joga fim de jogo, que tem sido o nosso maior problema, ninguém decide no fim de jogo. A gente sempre perde fim de jogo, porque não sabemos jogar fins de jogos. Além disso, falta disciplina. A Seleção tem que ser um quartel e o jogador tem que ser um soldado. Quando o quartel chama, o soldado tem que bater continência.
“A Olimpíada pode ser um grande salto para que a gente tenha um projeto esportivo escolar, que é a única maneira de nos tornarmos uma potência esportiva” Kakau Santos
Everton Siemann Especial/Mundi Editora
RU: Em 1998, você concorreu ao Senado (pelo PP) e foi derrotado por Eduardo Suplicy (PT-SP). Pretende retomar esse caminho? Oscar: Ainda bem que fui derrotado, porque não é o meu lugar. Como bom filho de militar e patriota que sou, fiquei muito tempo (13 anos) fora do Brasil e voltei querendo ser presidente do País. Esse era o meu objetivo. Ser um senador seria um pulo para isso, mas ainda bem que eu perdi, porque em um ano que fiquei dentro da política vi que esse não é o meu espaço. RU: Você afirmou durante a palestra que não se considera o melhor jogador de basquete do mundo, apesar de ter treinado e se preparado para isso. Então, quem foi? Schmidt: Três jogadores acima de todos: Magic Johnson, Michael Jordan e Kobe Bryant. Mas meu ídolo foi o Larry Bird, que não pulava, não corria e arremessava pra caramba.
“Chegamos na pior fase do basquete brasileiro. Felizmente, algumas pessoas não se contentaram, entre elas eu, e hoje, temos uma liga dos clubes, porque é assim que tem que ser”
PÁGINAS VERDES
com o ex-jogador de basquete e palestrante Oscar Schmidt
RU: As outras duas vezes que você esteve no ginásio do Galegão foi para jogar. Como foi entrar na quadra para palestrar? Oscar: Foi legal. Adoro a cidade de Blumenau. Fiquei muito triste com o que aconteceu em novembro, mas hoje são poucas as marcas que lembram aquele episódio. O povo de
“Como bom filho de militar e patriota que sou, fiquei muito tempo (13 anos) fora do Brasil e voltei querendo ser presidente do País. Esse era o meu objetivo”
Blumenau deu mostras de que é um povo obstinado. RU: Qual sua opinião sobre o jogador blumenauense Thiago Splitter? Oscar: O Thiago é hoje o jogador mais constante do basquete brasileiro e o maior exemplo. Todo técnico quer ter um jogador como o Thiago Splitter, um verdadeiro soldado, que obedece sem contestar. Ele é um modelo de como a gente quer ver um jogador brasileiro vestindo a camisa da seleção. Ele joga machucado, joga em todas as situações. Ele é um jogador que eu admiro muito.
Kakau Santos
RU: Você treinou para ser o melhor jogador de basquete. Hoje, como palestrante, você se considera o melhor do Brasil? Oscar: Eu sou o maior palestrante do Brasil. Tenho 2,05 metros de altura. Você tem alguma dúvida?
Perfil Oscar Schmidt 51 anos Natural de Natal Rio Grande do Norte Em quadra - Disputou 1.615 jogos - Anotou 49.737 pontos, sendo mais de mil com a camisa da Seleção Brasileira nas cinco Olimpíadas que disputou: Moscou (1980), Los Angeles (1984), Seul (1988), Barcelona (1992) e Atlanta (1996) - Conquistou 49 títulos - É considerado o recordista mundial em pontos marcados Fora das quadras - Apresentou 459 palestras (com a de Blumenau) - Considera-se o maior palestrante do Brasil, com 2,05 metros de altura
“Adoro Blumenau. Fiquei muito triste com o que aconteceu em novembro” “Todo técnico quer ter um jogador como o Thiago Splitter, um verdadeiro soldado. Ele é um modelo de como a gente quer ver um jogador vestindo a camisa da Seleção” 10
Oscar anotou 49.737 pontos, em 1.615 jogos. Como palestrante, já atuou mais de 450 vezes em várias cidades brasileiras
NOSSA GENTE
Q
uando chegou ao SOS da Unimed, há sete anos, Carlos Hermann não imaginava que teria tanto a aprender. Motorista experiente, ele já conhecia toda a cidade e seus caminhos, porém, ser motorista socorrista exigia mais atributos. E isso não foi problema. No início, ele guiava as ambulâncias que faziam atendimento para escolas, no projeto Unimed Vida. Experiência que ele relata como inesquecível. “Gostava muito de trabalhar com as crianças, tinha que exercer um pouco de psicologia, mas é encantador”, conta Hermann. Após dois anos, passou a atender no SOS Unimed. A mudança foi um choque, segundo ele, pois os quadros de atendimento eram mais graves. Isso não afastou Hermann da função, ao contrário, foi um estímulo para procurar aperfeiçoamento profissional. Um motorista socorrista, além de dirigir bem, precisa ter conhecimentos sobre atendimento a vítimas para eventuais necessidades. Hermann fez cursos para aprender a imobilizar vítimas de acidentes, atender vítimas de parada cardíaca e como agir nas situações mais adversas.
Sua função também é a de conferir as condições da viatura – se luzes, sirene, giroflex intermitente estão em perfeito funcionamento, se as macas estão apostas, tanque de oxigênio cheio – enquanto os técnicos de enfermagem verificam os medicamentos. Ao chegar na vítima, o auxílio vai desde o preenchimento da ficha do paciente, até a entrega de materiais para o técnico em enfermagem, quando necessário. Estar ao volante de uma ambulância do SOS Unimed requer uma alta carga de responsabilidade. O transporte de pacientes pode ser entre hospitais e também entre municípios. “É preciso cuidar de si, mas, principalmente, dos outros”, afirma Hermann. Ele enfatiza que os outros motoristas devem ficar muito atentos quando veem as luzes do giroflex intermitente, pois isso significa que a equipe está se dirigindo a um atendimento. A sirene também ajuda a ganhar lugar entre os carros. Segundo o motorista socorrista, o trânsito de Blumenau é bastante complicado e, dependendo do horário, se torna ainda mais difícil. Isso
Kakau Santos
Responsabilidade ao volante
Hermann: muita destreza na condução dos pacientes o preocupa, pois sabe que alguém está esperando pelo atendimento. Esta profissão de adrenalina constante enche Hermann de orgulho. Ele se emociona ao ver que está contribuindo para o bem-estar de muitas pessoas.
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REPORTAGEM DE CAPA
O
processo de verticalização da Unimed Blumenau se consolida com a inauguração do Hospital Unimed - Unidade Timbó no dia 11 de julho de 2009, que amplia a nova Rede Regional Integrada de Hospitais Próprios da Cooperativa no Médio Vale do Itajaí. Com 4 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 15 mil metros quadrados, o hospital deve trazer grandes mudanças para toda a região, não só como mais uma estrutura, mas no atendimento focado na qualidade e na humanização. O evento de inauguração vai ser neutro em carbono através do plantio de árvores em lo-
cais ainda a serem definidos, mas de preferência em municípios de Santa Catarina. Para o presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, a fase agora é uma das mais importantes, a de integração das pessoas que vão trabalhar no Hospital Unimed - Unidade Timbó, entendendo os valores da Cooperativa, compreendendo que o hospital é parte da Unimed e que desde já seja adotada a cultura da qualidade. “Não é só um novo edifício, enfatizamos a qualidade no atendimento às pessoas”, afirma o presidente da Unimed Blumenau.
Gilberto Viegas
Portas abertas 24 horas com a qualidade unimed
A Cooperativa busca aprimorar os canais de atendimento ao cliente, sejam os pacientes, médicos cooperados, colaboradores e toda a sociedade. Ferramentas como a Ouvidoria devem estar à frente deste processo. Ela estará aberta para receber críticas, sugestões e elogios. “Todos que trabalharem no hospital terão que ter esse critério de atendimento, com foco no bom serviço para os nossos clientes. Queremos a satisfação de todos”, aponta Dr. Jauro. Segundo o médico, esta é uma forma de consolidar a marca da Cooperativa, ampliando o número de clientes, uma das medidas para manter a empresa sustentável.
DEPOIMENTOS
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Os munícipes de Rodeio conveniados da Unimed com certeza serão beneficiados com a abertura deste hospital na cidade de Timbó, principalmente com relação à proximidade dos municípios. Será, na certa, mais um ícone de bom atendimento e infraestrutura na área da saúde em nossa região.
O reflexo é positivo, porque tem muita gente cliente da Unimed e é mais uma tranquilidade para o Médio Vale. Saúde é o que mais falta no País, por isso, vemos com bons olhos a vinda do Hospital da Unimed. Ele vai atender melhor a demanda de nossa população por serviços de saúde.
Genor Girardi prefeito em exercício de Rodeio
Hartwig Persuhn prefeito de Doutor Pedrinho
A posição estratégica do hospital deve tornar a região um polo de saúde. Dr. Jauro diz que, diferente de investir em um local já consolidado, a Cooperativa fez algo mais complexo, que é desbravar um lugar mais afastado e, com isso, trazer um benefício ainda maior para a região. “Uma estrutura hospitalar envolve muitas mudanças positivas em várias áreas, como comércio e lazer. A região será um novo polo de atenção na área médica-hospitalar”. O novo hospital representa um salto em relação à condição de segurança, tecnologia e ambiente humanizado na área da saúde. O primeiro impacto para a comunidade será o de atendimento 24 horas, adulto e pediátrico. A unidade está preparada para atender os pacientes sem que haja perda de tempo na procura de hospitais aptos para cada caso. Haverá integração entre o hospital e o atendimento domiciliar, com condições de internação domiciliar com acompanhamento diário de técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros e a visita do médico. Tudo isso será viabilizado pela nova base hospitalar da cidade. O investimento contempla um hospital todo equipado, mobiliado e pronto para funcionar, obedecendo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há o
Ivan Schulze
Região será polo de saúde
Dr. Jauro Soares enfoque na humanização, buscando a imagem não de um hospital, mas de um hotel, com ferramentas como decoração e iluminação natural para compor os ambientes. O hospital segue normas de qualidade e segurança que garantem a qualidade. “O Hospital Unimed - Unidade Timbó é uma conquista”, afirma Dr. Jauro. Considerando que há um tempo de maturação e retorno do investimento, o presidente da Cooperativa tem a certeza de que em seis meses estará sendo discutida a ampliação do hospital. Destacando a criação extensiva de novos empregos em um momento adverso da economia, Dr. Jauro acredita que a Unimed Blumenau está rumando no sentido contrário, em busca de sua sustentabilidade. “É durante uma crise que temos que investir”.
A inauguração deste empreendimento é de suma importância para todos os municípios de nossa microrregião. O mais novo hospital da Unimed, que está sendo inaugurado na cidade de Timbó, tornar-se-á referência em atendimento, facilitando a vida dos usuários, principalmente em se tratando de deslocamento, visto que hoje, o munícipe ascurrense cliente Unimed tem que se deslocar aos centros, como Blumenau. O hospital trará conforto e agilidade no atendimento. Parabéns à Unimed pela escolha de nossa região para a instalação dessa unidade hospitalar. Moacir Polidoro, prefeito de Ascurra
REPORTAGEM DE CAPA Banco de imagens
Para a gestora hospitalar Jany Luz da Silva, que estará à frente do Hospital Unimed - Unidade Timbó, o primeiro desafio será o de colocar toda a máquina em funcionamento, com processos bem definidos para que se tenha o melhor resultado. Para ela, é preciso ter uma visão de futuro, em atitudes que irão impactar na satisfação do cliente. “Cada detalhe influencia no resultado final”, aponta Jany, destacando que é preciso ajustar as engrenagens quando se trata de recursos humanos – colaboradores, corpo médico, equipe multidisciplinar –, quanto da estrutura física. Com o cronograma de admissões já estabelecido, todos receberão treinamento específico para que haja sintonia em todos os níveis
Ivan Schulze
Atenção para todos os detalhes de atendimento. Considerando que a área da saúde não comporta nenhum amadorismo, Jany avalia que a padronização diminui riscos em saúde. Por isso, todo o grupo está concentrado para que tudo seja um sucesso, mantendo a marca de qualidade da Cooperativa. Jany analisa que o empreendimento é um ganho fabuloso para a região, agregando tecnologia, suprindo a carência de atendimento, qualidade e estrutura. “Este hospital será um referencial em saúde, diminuindo a necessidade de se deslocar até Blumenau para um atendimento”. A Cooperativa irá buscar a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Ela cita que todos
Jany Luz da Silva
os esforços estão voltados para que o hospital funcione de maneira harmônica com todos os recursos, trazendo resultados e trabalhando com a justa medida de uma administração que valoriza todos os públicos.
DEPOIMENTOS
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O Hospital Unimed – Unidade Timbó é de grande importância para a saúde, para os moradores da cidade de Timbó, e para todos os municípios da região do Médio Vale. A comunidade poderá contar com um espaço médico de excelência e a região ganhou um centro para o tratamento de pacientes conveniados e atendimentos particulares.
Todo investimento que prioriza a saúde e agiliza o atendimento ao cidadão pela proximidade e qualidade será sempre bem-vindo.
Sérgio Almir dos Santos prefeito de Indaial
Fernando Tomaselli prefeito de Rio dos Cedros
Ivan Schulze
Uma solução regional O coordenador do escritório regional de Timbó, Dr. Cleonildo de Oliveira, é também o diretor-técnico do Hospital Unimed - Unidade Timbó. “A expectativa é muito grande, tanto por parte dos médicos como da comunidade, já que a região tem poucos hospitais com atendimento 24 horas”, conta. A estrutura teve a pedra fundamental lançada em 6 de dezembro de 2007. Os trabalhos foram iniciados em fevereiro de 2008. “O hospital está aberto para todos os cooperados. Por isso, qualquer médico da Unimed que quiser operar lá, poderá utilizar a estrutura. Estamos selecionando o quadro de plantonistas, já que a pediatria e a clínica médica irão necessitar de profissionais de plantão”, diz o diretor técnico. Estarão disponíveis para os clientes serviços de ultrassom, raio-X digital, laboratório e agência de sangue com sala de estoque e aquecimento do sangue para ser encaminhado para o centro cirúrgico. O hospital contará também com uma sala de emergência e outra para a higienização de pacientes traumatizados. O projeto original viabiliza a construção de mais dois andares, apesar do terreno possuir 30 mil metros quadrados. “Em breve, vamos construir uma lavandeira industrial. O prédio já conta com tratamento de efluentes, central de ar-condicionado e energia”, afirma o diretor.
Dr. Cleonildo é o diretor-técnico do Hospital Unimed - Unidade Timbó
A escolha do terreno ficou por conta da localização estratégica. “Analisamos muitos terrenos, mas decidimos comprar este porque está próximo de Pomerode, Rio dos Cedros, Benedito Novo e Doutor Pedrinho. Quem vem de Indaial não precisa passar pela cidade, pode passar por fora. A localização foi estudada estrategicamente para atender toda a região do Médio Vale”. O diretor-técnico do Hospital Unimed - Unidade Timbó acredita que a ampliação da unidade será necessária ainda no primeiro ano de funcionamento, devido ao número de clientes da Unimed que estarão sendo beneficiados e de atendimentos particulares e clientes de outros convênios contratualizados. A Unimed também adquiriu o terreno ao lado do hospital para futuramente construir um centro clínico.
Hospital Unimed Unidade Timbó Inauguração dia 11 de julho, às 10h Área construída 4 mil m2 Investimento R$ 11 milhões, incluindo obra civil, terreno, projetos, estação de tratamento de efluentes, equipamentos, tecnologia e mobiliário. Recursos aplicados pela Intermed e Unimed. Leitos 16 para internação, 14 para observação e 1 para isolamento Serviços oferecidos Atendimento 24 horas adulto e pediátrico; unidade de emergência; internação clínica e cirúrgica; ortopedia; videocirurgias e cirurgias convencionais em três salas de cirurgia; endoscopia digestiva alta e baixa; diagnóstico por imagem (Unimagem); laboratório de Análises Clínicas (Laboratório Unimed).
A inauguração do Hospital Unimed – Unidade Timbó significa mais uma opção de trabalho para os profissionais. Além disso, para o cliente Unimed é uma opção de atendimento que segue padrões do nível elevado. Ganha-se em termos da estrutura hospitalar. Também é uma forma de referência para negociar convênios com outros hospitais da região. Este empreendimento mostra que a Unimed tem uma política de descentralização, reconhecendo o valor das cidades vizinhas.
Minutos que salvam vidas. Contar com o hospital da Unimed em Timbó assegura aos usuários de Benedito Novo atendimento rápido e eficiente.
Paulo Maurício Pizzolatti prefeito de Pomerode
Laurino Dalke prefeito de Benedito Novo
SEU PLANO
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Unilife Serviços •Rua das Missões nº 563 - sala 01 Fone 3331.8559 e 3035-7701/02 Marconcini Corretora de Seguros •Timbó - 3312-5500 Escritórios Regionais. •Gaspar - 3332-3956 •Pomerode - 3387-0415 •Timbó - 3382-2300 •Indaial - 3333-2278 Reinaldo Fagundes Gerente de Vendas da Unimed
Desenvolvimento O diretor de Recursos Próprios da Unimed Blumenau, Dr. Marco Antônio Cavalcanti, ressalta a importância do Hospital Unimed - Unidade Timbó ser implantado em uma região altamente industrializada e localizada na confluência de municípios prósperos como Timbó, Indaial, Benedito Novo, Pomerode e Rio dos Cedros. “Com a duplicação da BR470, esta área vai se desenvolver muito e existe um potencial de crescimento de usuários talvez maior do que em Blumenau”. Além da construção em local estratégico, o hospital contará com uma unidade do SOS Unimed, que ficará permanentemente para fazer a ligação com as outras unidades de recursos próprios da Unimed e hospitais credenciados. “O aspecto estético trará uma
Kakau Santos
É de extrema importância que todos estejamos bem informados. Entretanto, os meios de comunicação, às vezes, pecam ao prestar informações à população. Com constância, circulam notícias sobre a previdência, seguros, impostos, telefonia e planos de saúde. Recentemente, foi veiculado pelos principais jornais e emissoras de rádio e televisão que, por unanimidade, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras de planos de saúde não podem limitar o valor do tratamento e de internações de seus clientes. É de fato compreensível tal argumentação, entretanto, na prática, apenas algumas operadoras de planos de saúde agiam assim. Num autêntico gol contra, os meios de comunicação generalizaram, como se todas agissem assim. E ainda lançaram dúvidas sobre a validade ou não da migração dos contratos antigos para os regulamentados, como se a diferença entre eles fossem apenas a questão de limitação de internações e limitação de custo. Para esclarecer, ocupamos novamente este espaço: leia seu contrato hoje vigente e consulte um dos nossos corretores que, sem compromisso, poderá evidenciar as diferenças reais entre os contratos. Isso irá comprovar que a migração é a atitude mais sensata para quem tem preocupação com sua segurança e de seus dependentes, pois, de que adiante poder ficar internado sem limites de dias, porém, sem coberturas para os mais modernos exames e procedimentos? Que seja juntado o útil ao agradável: faça sua migração e, de acordo com a Lei 9656/98, não poderá haver limitação de espécie alguma.
REPORTAGEM DE CAPA
Dr. Marco Antônio Cavalcanti gratificação a mais para a população da região, que poderá usufruir de um hospital de excelência no atendimento”, garante. O hospital terá serviços associados de imagem altamente modernos e serviços de laboratório de Análises Clínicas da Unimed. Nas áreas de enfermagem e administrativa, foram contratadas 60 pessoas.
Construindo com responsabilidade O Hospital Unimed – Unidade Timbó segue padrões de responsabilidade ambiental. A estrutura contempla um sistema de reaproveitamento de água da chuva, que poderá ser reutilizada em jardins e vasos sanitários. Também foi utilizado um sistema de captação de energia solar, o que minimiza os gastos para aquecimento de água. Uma marquise protege da luz solar, diminuindo a necessidade de climatização. A área externa foi pavimentada com paver, que ajuda na absorção da água da chuva. Todos os ambientes são climatizados e o centro cirúrgico recebeu atenção especial. Com um sistema de filtragem específico, o ambiente tem maior proteção em relação às impurezas do ar. Segurança foi um dos focos da obra, que conta com controle de acesso. Cada colaborador tem um cartão que permite o acesso a determinadas áreas.
Internamente, as paredes são feitas em gesso acartonado, tornando, uma alternativa que permite modificações ao longo dos anos sem a necessidade de demolições. Além disso, está preparado para receber novas tecnologias constantemente.
DEPOIMENTOS É uma felicidade para Timbó ser contemplado com esse empreendimento. A vinda do Hospital Unimed – Unidade Timbó mostra a confiança que o grupo depositou em nosso Município. Estaremos juntos com a Unimed dando um salto para o futuro quando o assunto é saúde de qualidade. Desejamos enorme sucesso a todos os responsáveis pela vinda do Hospital Unimed, em especial ao coordenador do escritório regional da Unimed de Timbó, Dr. Cleonildo de Oliveira. Construiremos parcerias fortes com um único objetivo comum: saúde de qualidade às famílias. Laércio Schuster Júnior, prefeito de Timbó
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Gravidez
Banco de imagens
Pré-natal bem feito, gestação saudável
U
ma gravidez, salvo algum incidente, é um momento sublime para o casal e toda a família. Quando se trata do primeiro filho, este momento vem também cercado de dúvidas e possíveis inseguranças. Por isso e para garantir que o período gestacional seja tranquilo para mamãe e bebê, o acompanhamento pré-natal com o médico de confiança é fundamental. Este é o período para sanar as dúvidas, acompanhar o desenvolvimento do feto e as mudanças que ocorrem no corpo da mãe. Os hábitos saudáveis fazem bem a qualquer pessoa em qualquer fase da vida, mas são fundamentais durante a gestação. Segundo o ginecologista e obstetra Gustavo De Ré, os cuidados devem começar a partir do momento
em que o casal decide ter um filho. O primeiro passo é a futura mamãe consultar o ginecologista, fazer todos os exames de rotina – como o exame de Papanicoloau (preventivo) – e averiguar se as vacinas estão em dia – principalmente contra rubéola e hepatite B. Nesta fase, também se deve iniciar uma suplementação com ácido fólico, que tem por objetivo prevenir má-formação no sistema nervoso central do feto, decorrente do fechamento incompleto do tubo neural. A alteração mais comum neste caso é a mielomeningocele, situação em que a medula espinhal fica exposta, sem proteção. Após a confirmação da gravidez, o primeiro passo é agendar a primeira consulta do pré-natal com o obstetra. O objetivo deste acompanhamento é
a orientação ao casal, o acompanhamento do desenvolvimento fetal, a prevenção e identificação de possíveis doenças materno-fetais e também o tratamento das mesmas. Entre as complicações mais comuns que podem aparecer durante a gravidez estão a hipertensão específica da gestação (pré-eclâmpsia), o diabetes gestacional e as infecções. Além de monitorar e tratar o surgimento destes problemas, o obstetra vai orientar a gestante sobre as modificações que a gravidez provoca no corpo da mãe, sobre o trabalho de parto e o parto. “É papel do médico dar suporte psicológico à mãe e à família”, afirma Dr. Gustavo. Assim, as chances de mãe e filho chegaram ao dia do parto com a saúde perfeita são sempre maiores.
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Gravidez Ivan Schulze
Boa alimentação e atividades físicas aliadas ao pré-natal garantem uma gestação sem sobressaltos
Atividade física e alimentação Dr. Gustavo observa que uma mulher com hábitos sedentária antes da gravidez não deve passar a praticar exercícios que exijam grande esforço físico durante a gestação. Aquelas que já têm uma prática física regular, podem continuar, observando sempre as recomendações médicas. Para a maioria das gestantes, o ideal são atividades de baixa carga física, exercícios de alongamentos e relaxamento. Por isso, yôga e hidroginásticas são consideradas adequadas para as gestantes. Os exercícios corretos diminuem as dores nas articulações, principalmente em região lombar, melhoram a postura e preparam a musculatura da pelve e do períneo para o parto. O obstetra observa que os exercícios físicos na gravidez devem ser feitos sob orientação médica e de um profissional de educação física ou fisioterapeuta, para evitar problemas. Em casos como ameaça de aborto, trabalho de parto prematuro ou ocorrência
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de hipertensão, por exemplo, o correto deve ser o repouso. As futuras mamães também precisam estar atentas à alimentação. Dr. Gustavo orienta que as principais refeições do dia devem conter alimentos dos três grupos – grupo dos construtores, representado pelas proteínas; grupo dos energéticos, representado pelos carboidratos; grupo dos reguladores, representados pelas fibras – para que a nutrição da gestante e do feto seja completa. As proteínas são encontradas em carnes, ovos, leite e derivados. Os carboidratos são encontrados no arroz, feijão e massas). E as fibras, sais minerais e vitaminas, encontrados em frutas e verduras. As grávidas devem evitar longos períodos em jejum. “O ideal é alimentarse a cada três horas”, orienta o médico. Frituras, refrigerantes e doces devem ser evitados. Na média, diz Dr. Gustavo, uma gestante deve ter um
ganho de peso entre 12 e 13 quilos durante a toda a gestação. Se tudo ocorrer bem, este peso deve desaparecer nos três ou quatro meses logo após o nascimento do bebê.
Manter a autoestima Cuidar do corpo e, consequentemente, da autoestima deve ser uma preocupação da mãe e do médico durante o pré-natal. O primeiro passo é evitar o ganho excessivo de peso, que também pode influenciar negativamente na saúde da grávida e do feto. O obstetra recomenda a utilização de cremes hidratantes no abdômen, quadril e mamas para a prevenção de estrias. O uso de protetor solar no rosto evita o surgimento de manchas (cloasma gravídico), causadas pelo aumento de melanina nesta região. “O uso de meias elásticas de média compressão ajuda a evitar o aparecimento de varizes e, manter atividade sexual regular também é fundamental para a autoestima”, completa o obstetra.
Parto normal ou cesariana Mais do que antes, na gravidez a mulher deve evitar a automedicação. Principalmente nos três primeiros meses – o chamado período de organogênese –, quando a divisão celular começa a dar origem aos órgãos e estruturas do corpo do feto. Todo medicamento que a mãe for tomar durante a gestação deve, antes, ser comunicado ao médico pré-natalista. O obstetra Gustavo De Ré salienta que o pré-natal deve ser dirigido para
Ivan Schulze
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Gustavo De Ré CRM 8728 (47) 3326-1693
o parto normal. A cesariana deve ser considerada quando há indicação obstétrica para tal procedimento, como por exemplo, em gestantes que já foram submetidas a duas ou mais cesáreas anteriores, entre outras. A decisão pela via do parto (normal ou cesariana) é sempre uma decisão do médico. O parto normal é menos traumático, tanto para a mãe como para o bebê e permite uma recuperação mais rápida da mãe, por não haver intervenção cirúrgica.
Odontologia
A evolução da cirurgia dentária Kakau Santos
Giancarlo Jaeger: tecnologia ajuda no desenvolvimento do implante dentário
A
necessidade de intervenção cirúrgica nos procedimentos dentários faz algumas pessoas desistirem do sorriso perfeito, seja por medo, dor ou mesmo a incerteza do resultado. Com a evolução tecnológica da odontologia, a necessidade de cortes fica cada vez mais distante. Segundo o especialista em implantodontia Giancarlo Jaeger, os procedimentos cirúrgicos realizados sem cortes têm revolucionado a técnica convencional, melhorando os resultados cirúrgicos e o pós-operatório. Hoje, a odontologia conta com softwares avançados, que utilizam imagens tridimensionais, permitindo planejar todo o tratamento, desde a viabilidade para o procedimento até a colocação dos dentes. A técnica da cirurgia de implante dentário sem
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corte chegou aos consultórios há cerca de um ano e meio e tem mudado a vida de muitas pessoas. O primeiro passo para a cirurgia de implante dentário sem corte é a tomografia digital. Com esta ferramenta, o profissional terá precisão e poderá calcular toda a cirurgia. Softwares específicos permitem a reconstrução tridimensional de toda a maxila ou mandíbula do paciente, desde acidentes anatômicos até terminações nervosas. Segundo Jaeger, a partir das informações obtidas na tomografia computadorizada digital, pode-se realizar a cirurgia no computador permitindo o planejamento da instalação dos implantes em regiões com quantidade óssea adequada, inclinações favoráveis e
posicionamento ideal em relação à futura prótese. Tudo isso envolve a preocupação com a estética, fonética e facilidade de higienização. Após ter esses dados em mãos, um guia cirúrgico personalizado é confeccionado para orientar a colocação dos implantes. Ele é a garantia de alta precisão e segurança na transferência do planejamento virtual do tratamento para o momento cirúrgico. Utilizando apenas anestesia local, o guia indicará exatamente os locais a serem perfurados para introduzir os implantes. No procedimento tradicional, a reabilitação total do paciente pode se estender até seis meses, enquanto no novo método esse prazo pode ser de uma semana, mas isso depende de cada paciente.
Além da estética
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O especialista em implantodontia destaca que os efeitos após a cirurgia vão muito além da estética. “As mudanças ocorrem em termos de saúde, melhora o convívio social e o bemestar dessas pessoas”, afirma Jaeger. Dentre as vantagens de um acesso cirúrgico mínimo como este, ele ressalta maior previsibilidade, rapidez e simplicidade. Quanto ao pósoperatório do paciente, ele enfatiza o menor sangramento, menor desconforto, menor edema e mínima perda óssea.
Um sorriso perfeito influencia positivamente na autoestima das pessoas, no convívio social e na saúde
Depressão
Uma grande inimiga das mulheres Banco de imagens
Michele Wilke michele@mundieditora.com.br
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perda de alguém muito querido, uma decepção amorosa, a frustração profissional ou até mesmo um ambiente familiar hostil são acontecimentos que justificam a tristeza e provocam uma negatividade na forma de ver a vida. O normal, porém, é a pessoa ir reagindo aos poucos, encontrando caminhos para superar os maus momentos e retomando as atividades rotineiras. Entretanto, há casos em que a tristeza, muitas vezes até injustificada, não passa. Neste caso, a tristeza pode estar sendo confundida com a depressão, uma doença que se prolonga no mínimo por duas semanas, afeta a capacidade de sentir prazer e compromete a qualidade de vida. “Depressão é um transtorno grave, bastante frequente, que interfere no sono, no apetite, na sexualidade,
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no ânimo, na disposição para realizar as tarefas diárias, na capacidade de concentração e de alegrar-se. O episódio depressivo maior acomete mais as mulheres, na proporção de duas para cada homem”, explica o psiquiatra e psicoterapeuta Marco Aurélio Cigognini, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia de Grupo. Atuando na área há nove anos, o médico explica que a primeira crise costuma se manifestar ainda na adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade. A dupla jornada de trabalho é apontada como uma das causas de depressão nas mulheres. “Houve grandes mudanças com o passar dos anos, já que elas assumiram uma responsabilidade maior na sociedade”. Ao assumir um papel significativo no mercado e até mesmo um papel de liderança, a mulher não deixou de ter responsabilidades tradicionais, como o cuidado com os filhos e o companheiro. “Isso,
muitas vezes, representa uma carga maior de estresse e sofrimento. Então, acreditamos que a famosa dupla jornada, talvez, contribua com um maior sofrimento emocional nas mulheres e, quem sabe, em uma maior incidência de transtornos no gênero feminino”, diz Cigognini. Hoje a mulher tem a necessidade de trabalhar fora de casa. “Ela perdeu o papel feminino, já que muitas mulheres estão trabalhando porque têm necessidade financeira ou porque não se conformam com o papel de dona de casa. Hoje, a sociedade cobra que ela tenha uma profissão reconhecida. Muitas vezes, a mulher sai em busca disso e acaba frustrada porque escolheu o caminho errado. Dessa forma, ela não vai conseguir ser uma boa profissional, acaba não sendo uma boa mãe, nem uma boa amante. E, por isso, sofre muito”, analisa o médico ginecologista e obstetra Edilberto Tadeu de Goes.
Medicação associada à psicoterapia Em comparação aos homens, as mulheres lembram mais dos episódios anteriores de depressão. “Além disso, elas apresentam sintomas mais característicos, como o sentimento de culpa e de desesperança, o aumento do apetite e o ganho de peso”, diz Cigognini. Isso faz com que os profissionais tenham que estar muito atentos para oferecer opções terapêuticas adequadas que consigam lidar com esses sinais e sintomas. “É um equívoco prescrever um medicamento que aumente o apetite para uma mulher que está ganhando peso devido à depressão. É preciso prescrever um remédio que faça com que ela reduza o apetite e, consequentemente, perca peso”, diz o psiquiatra. Outro sintoma de depressão muito frequente nas mulheres é a diminuição do desejo sexual. “Neste caso, é melhor prescrever medicações que Kakau Santos
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Marco Aurélio Cigognini CRM: 8752 Telefone: (47) 3322-4164
não interfiram ou que melhorem o desejo sexual, senão o médico estará criando outro problema na vida da paciente”. O tratamento que oferece melhor eficácia em mulheres que sofrem de depressão é a associação da medicação antidepressiva a algum tipo de psicoterapia, individual ou em grupo. “As duas coisas, em conjunto, oferecem melhores resultados ao longo do tempo”, justifica Cigognini. É importante lembrar que, embora o medicamento possa atenuar os sintomas da ansiedade, do humor depressivo e do cansaço, o remédio não ajuda a resolver os conflitos emocionais, as dificuldades de relacionamento ou até mesmo as dificuldades pelas quais está passando por causa de uma situação de estresse. “Nós sabemos que os fatores genéticos, perdas precoces na infância, características da personalidade da pessoa e estar vivenciando fatores expressores formam um conjunto de coisas que geralmente fazem com que uma determinada pessoa sofra emocionalmente e, neste caso, se deprima”, diz. Geralmente, vários fatores estão envolvidos. “Se a medicação pode contribuir para a alteração da neuroquímica cerebral, isso é muito positivo, mas a medicação não vai ajudar um paciente a superar uma perda importante do passado ou a enfrentar uma dificuldade de relacionamento”. O que acaba contribuindo com isso são as várias formas de psicoterapia. Com o tratamento eficaz, as pessoas melhoram muito. “Se estima que 50% das pessoas que recebem tratamento adequado nunca mais voltam a apresentar um episódio de depressão”, afirma Cigognini. Para o especialista, talvez as mulheres se adaptem melhor a psicoterapia porque elas têm uma facilidade maior em expressar seus sentimentos, ao contrário dos homens.
Depressão
problema de saúde pública Banco de imagens
transtornos de humor, principalmente ao que diz respeito à vida produtiva da mulher, desde o processo da menarca até a menopausa. “Há uma relação importante entre a depressão nas mulheres e as alterações hormonais, tanto que aproximadamente 80% das mulheres apresentam algum tipo de alteração emocional durante o período que precede a menstruação, mas apenas 5% a 8% apresentam o transtorno disfórico pré-menstrual. Este tipo de transtorno causa muita irritabilidade, muita tristeza e muita oscilação das emoções”, afirma Cigognini . As mulheres podem até se sentir menos produtivas e incapacitadas para o trabalho. O lado positivo é que a maioria destes sintomas desaparece ainda no período menstrual. Uma boa parte das mulheres, durante a gestação, também apresenta oscilação do humor. “Em média, 80% apresentam o que chamamos de blues puerperal, ou seja, elas ficam entristecidas após o parto, mas esse sentimento melancólico é passageiro”, explica o psiquiatra. Já 10% a 20% delas têm a clássica depressão puerperal, mais conhecida por depressão pós-parto.
Uma gravidez indesejada pode levar à depressão pós-parto “É importante ver que a depressão é um problema grave de saúde pública. Estimamos que na década de 20 deste século, a depressão vai ser a segunda causa de incapacidade para o trabalho no mundo inteiro”, afirma o psiquiatra Marco Aurélio Cigodnini. Algumas doenças como diabetes, hipotiroidismo e anemia podem simular sintomas semelhantes aos da depressão. “É muito comum que as pessoas já tenham passado por avaliações médicas antes de procurar o psiquiatra ou o psicoterapeuta, descartando as causas orgânicas. A depressão é uma
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doença com uma prevalência respeitável, já que aproximadamente 5% a 10 % da população a têm. Isso significa que ela é muito mais comum que estas outras doenças e, então, não se pode ficar perdendo muito tempo”, alerta o médico.
Alterações do humor Além da depressão, outras alterações do humor também são mais comuns nas mulheres. Nas últimas décadas, tem se percebido a presença de mudanças importantes em relação aos
“É difícil distinguir uma depressão puerperal leve de uma patológica, já que uma grande parcela de gestantes acaba apresentando algum grau de depressão. Os casos de psicose puerperal se estabelecem até umas seis semanas após o parto e atinge de 15% a 20% das gestantes. Nestes casos, o tratamento envolve o obstetra, o psiquiatra e o psicoterapeuta”, diz Dr. Edilberto. A prescrição de remédios exige muita responsabilidade, principalmente em fase de gestação e amamentação. A regra geral é tentar evitar, ao máximo possível, medicamentos psicotrópicos em mulheres gestantes – principal-
mente no primeiro trimestre – e em mulheres que estão amamentando, já que através da amamentação a mãe está criando um laço de apego fundamental no desenvolvimento emocional da criança. “Antes de receitar um psicotrópico, o médico tem que levar isso em consideração. Agora, se a depressão é muito grave, a ponto de colocar em risco a vida da própria mulher, é necessária a prescrição. Mas, se a depressão for leve, a psicoterapia pode ser suficiente”, analisa Dr. Marco Cigognini.
Kakau Santos
“O recém-nascido percebe essa rejeição e emite sinais do que está acontecendo, assim como acontece com as mães que estão inseguras”
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Edilberto Tadeu de Goes Ginecologista e obstetra CRM: 5693
É importante frisar que já existem medicamentos no mercado que não são prejudiciais à mãe e à criança, mas somente o médico pode analisar o caso. “Se o medicamento é importante, ela vai usar porque existem casos em que não é aconselhável suspender o tratamento. O que se tenta fazer é usar os medicamentos menos agressivos, na menor dosagem possível”, explica Dr. Edilberto Tadeu de Goes.
tores pré-disponíveis. “Durante o pré-natal, o médico já se alerta para os fatores de risco que podem causar a depressão puerperal. Mulheres com uma gravidez indesejada, mães solteiras, mulheres que têm muitos filhos ou que se separam durante a gestação, gestantes que estão desempregadas ou que os maridos estão desempregados estão bem mais suscetíveis a sofrer com este tipo de depressão”, diz o médico.
O médico diz que é bom estar atento aos sintomas. “Existe o diagnóstico errado, de mulheres que estão tratando de depressão sem na verdade ter a doença, além de muitas mulheres e homens com diagnóstico não estabelecido. Por isso, é fundamental encaminhar o paciente para o psiquiatra para ele estabelecer o diagnóstico de depressão”, prossegue Dr. Edilberto. Na depressão pós-parto, existem fa-
Esses fatores foram descobertos através de análises estatísticas. O que caracteriza a rejeição da mãe pelo bebê é a depressão puerperal grave, também chamada de psicose puerperal. “O recém-nascido percebe essa rejeição e emite sinais do que está acontecendo, assim como acontece com as mães que estão inseguras”, finaliza o ginecologista Edilberto Tadeu de Goes.
Medicamentos
Fracionamento encontra barreiras
Kakau Santos
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rês anos depois do decreto que autorizou as indústrias a produzir remédios fracionados, a venda de medicamentos em pequena quantidade não faz parte da rotina da maioria dos consumidores. A resolução RDC 80 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi publicada em 10 de maio de 2006 no Diário Oficial da União e, desde então, está sendo aplicada. O farmacêutico da Usirede Robert Bruno Manske (foto) explica que a lei é bastante detalhada, com uma série de parâmetros que devem ser cumpridos pelas indústrias farmacêuticas e farmácias. Um deles é que as farmácias só podem fracionar os medicamentos que já vêm das indústrias preparados para este
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procedimento. “As indústrias farmacêuticas não têm muito interesse em produzir este tipo de medicamento, já que cada comprimido deve vir embalado em um blister que apresenta o nome do medicamento, a fórmula, a concentração, a data de fabricação, a data de validade e o número do lote. Cada blister deve vir acompanhado da bula. Para a indústria, o custo é menor para fabricar um blister com 20 comprimidos com todas essas informações, ao invés de fabricar uma caixa com 200 comprimidos que irão necessitar de uma bula cada. O custo vale a pena para a indústria apenas quando o custo do medicamento é muito alto”, afirma o farmacêutico. A lei também estabelece que o custo para o paciente, do comprimido fracionado, não pode ser maior do que se o medicamento fosse vendido em maior quantidade. Isso faz com que as indústrias tenham que investir mais no me-
dicamento fracionado, sem poder cobrar a mais por isso. “Para as indústrias, isso se tornou financeiramente inviável, apesar de ser interessante para o consumidor”, analisa Manske. Alguns meses antes da lei entrar em vigor, o projeto foi colocado à disposição da população através do site da Anvisa para consulta pública. Através do site, as pessoas podiam sugerir alterações. Este projeto estava disponível tanto para as indústrias farmacêuticas e associações de farmácias, como para as pessoas físicas. “Através de uma consulta pública é possível avaliar o projeto e sugerir alguma alteração. A maioria das alterações que acabaram inviabilizando este procedimento, na verdade, foram sugestões da própria sociedade. Na ânsia de defender e proteger o consumidor brasileiro, acabaram tornando essa lei financeiramente impraticável para os fabricantes”, acredita o farmacêutico.
Prescrição Os medicamentos fracionados mais prescritos pelos médicos são os remédios para problemas agudos, que necessitam de antiinflamatórios, antibióticos e anti-histamínicos. Já os medicamentos de uso contínuo, aqueles que o paciente precisa tomar diariamente, o fracionamento é desnecessário. Os medicamentos para colesterol, hipertensão e diabetes, entre outros, são comercializados em caixas de 30 comprimidos para que a pessoa tenha comprimido para o mês inteiro. “É um problema quando a pessoa precisa apenas de cinco comprimidos e a caixa vem com 10. Se não temos o produto para oferecer, em alguns casos, podemos utilizar o
nosso laboratório de manipulação”, diz o farmacêutico. Outro problema dos medicamentos que não são de uso contínuo e não são fracionados é que a pessoa compra a caixa de comprimidos e, quando sobra, muitas vezes acaba utilizandoos em outra ocasião, sem prescrição médica. Por isso, o fracionamento previne o uso inadequado de medicamentos, já que o remédio fracionado permite que o consumidor compre somente o que vai utilizar para tratar uma doença específica. O primeiro passo para que a venda de medicamentos fracionados obtenha
sucesso é o interesse do consumidor. Muitos pacientes não perguntam ao médico se há a possibilidade de adquirir o remédio fracionado. “Alguns médicos preferem prescrever o medicamento manipulado, já que a quantidade de produtos que podem ser fracionados atualmente é mínima”, comenta o farmacêutico da Usirede. A farmácia interessada em comercializar produtos fracionados precisa ser credenciada pela Vigilância Sanitária e Anvisa. O objetivo é garantir a segurança do consumidor, pois. dessa forma, se ocorrer algum problema com o medicamento, será possível detectar em qual local foi comprado, assim como as especificações do produto.
Medicamentos fracionados Fracionamento Medicamentos fracionados são remédios fabricados em embalagens especiais e vendidos na quantidade prescrita. Por exemplo, se o paciente precisa tomar 4 comprimidos, não precisa mais comprar a caixa com 10. Alguns remédios já são vendidos fracionados. Antibióticos, antiinflamatórios e medicamentos para alergia são os mais procurados. Já os medicamentos sujeitos a controle especial, chamados de “controlados”, não podem ser fracionados. O procedimento do fracionamento deve ser feito em uma área identificada e destinada exclusivamente para este fim. Somente o farmacêutico está autorizado a realizar o fracionamento dos medicamentos.
Benefícios Além de ampliar o acesso a medicamentos, o fracionamento contribui para a promoção da saúde porque evita que os pacientes mantenham em sua casa sobras de remédios utilizados em tratamentos anteriores, diminuindo o risco de utilizar medicamentos sem prescrição ou orientação médica. Sem contar a economia que se faz comprando remédios apenas na quantidade necessária.
Características Os medicamentos fracionáveis vêm em embalagens especialmente desenvolvidas para esse fim, que não permitem o contato do medicamento com o meio externo até a sua utilização pelo usuário final. Além disso, os dados de identificação (nome do produto, concentração do princípio ativo, nº de registro, lote, prazo de validade etc.) deverão constar na unidade individualizada do medicamento.
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ouvidoria
A Unimed quer ouvir você
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A Unimed tem interesse em que esse processo seja mais ágil e mais prático para que todos os usuários tenham maior acesso. A assistente da Ouvidoria Letícia Caputo destaca que essa mudança fortalece o exercício da cidadania, pois permite que o cliente opine sobre o trabalho da Unimed, que está aberta para ouvir. Com este objetivo, este ano foi contratada uma empresa que desenvolveu um software em que o cliente poderá, através do site da Unimed, no link ou e-mail da Ouvidoria, colocar sua manifestação. Um meio comum, fácil e de amplo acesso. Letícia é assistente social e foi contratada em abril com a expectativa de ouvir os clientes, ter um contato mais pessoal, para que ele tenha uma liga-
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Kakau Santos
s mudanças recentes na Ouvidoria da Unimed Blumenau prometem facilitar o atendimento aos clientes que queiram fazer suas críticas e sugestões à Cooperativa. Observando a necessidade de criar processos menos burocráticos que não inibam o contato dos clientes, foram adotadas alterações na estrutura e ferramentas que auxiliam nessa relação.permitindo acesso direto à Ouvidoria por e-mail ou pelo site.
ção mais direta com a Unimed. Com o auxílio da profissional e do site, os atendimentos serão mais ágeis, com prazo de resposta em, no máximo, oito dias úteis. No www.unimedblumenau.com.br/ ouvidoria irá constar uma lista de assuntos a serem selecionados e, além de diminuir a quantidade de papel, essa nova forma de contato deve trazer mais dados e permitir a emissão de relatórios que avaliem a satisfação do cliente, o que vai interferir diretamente na qualidade do serviço prestado. Letícia ainda destaca que o software servirá para mapear e localizar eventuais falhas nos procedimentos da Unimed, o que se torna uma espécie de consultoria gratuita para a Cooperativa. “Não há a necessidade de contratar nenhuma empresa especializada.
Os próprios clientes estão apontando os problemas. Muitas vezes, podem acontecer problemas isolados, mas, se alguma coisa se repete, nós podemos trabalhar para que melhore”, afirma a assistente de Ouvidoria.
Benefícios da nova Ouvidoria Aproximação com os diversos públicos (clientes, cooperados, prestadores) Identificação dos setores que estejam merecendo maior atenção Identificar as necessidades dos clientes Inovação de processos Credibilidade e fortalecimento da imagem da Unimed Fortalecimento do exercício da cidadania
Treinamento A Ouvidoria da Unimed existe desde 2007, quando foi observada a necessidade de ouvir com imparcialidade os anseios das partes com as quais a Cooperativa tem alguma forma de relacionamento, sejam clientes, cooperados, prestadores de serviços ou a sociedade em geral. Para o presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, as mudanças na Ouvidoria reafirmam a posição da Cooperativa na busca pela melhoria contínua e mantém o foco no cliente. “Vêm críticas, mas também sugestões e, muitas vezes, isso é uma consultoria dada por quem está vendo o nosso ambiente de fora”, afirma o presidente, acreditando que esta é uma forma de estar sempre em busca do aprimoramento. Segundo Dr. Jauro, a ideia é transformar todos que trabalham com a Unimed em ouvidores, oferecendo treinamento para que possam informar e facilitar os canais de acesso para a Ouvidoria.
Ouvidoria da Unimed Blumenau E-mail: ouvidoria@unimedblumenau.com.br Link no site: www.unimedblumenau.com.br/ouvidoria
Opções de assuntos no site Atendimento Hospitais
Comportamento do cliente
Atendimento Clínicas
Agendamento de consulta
Serviço de Enfermagem Alegação de cobrança indevida Pedido de reembolso Atendimento de cooperado
Atendimento de secretária Alegação de infração Elogio
Dúvidas sobre contratos
Sugestão
Dúvidas sobre autorizações
Outros
FILMES INDICADOS
Cantando na Chuva ”O filme retrata a mudança do cinema mudo para o falado, que data de 1927. Dois famosos bailarinos precisam fazer a mesma transição em suas carreiras. Um se sai muito bem, enquanto o outro se aproveita da amizade com uma jovem que sonha em ser atriz. Quando os dois bailarinos se vêem apaixonados por ela, começa uma disputa pela sua atenção. Com números musicais inesquecíveis, o filme figura como um dos 10 melhores da história do cinema norte-americano em várias listas”. Franz Wagner Heidmann Cliente Unimed desde 1º/03/1988
O Caçador de Pipas “O filme se baseia na história de dois garotos, Amir (filho do patrão) e Hassan (filho do caseiro), amigos desde a infância, até que um dia Hassan, ao defender Amir, acaba sendo abusado por alguns garotos e esse infeliz acontecimento os separa para sempre. Depois de muitos anos, Amir descobre que seu amigo acabou tendo um filho que corre grande perigo. Sendo ele a única esperança do garoto, luta com todas as forças para redimir seus erros do passado.” Fábio Luciano Nolasco Assistente Financeiro da Unimed
Artigo
Os deslizamentos de terra podem ser previstos? Até certo ponto, diria que sim. Mas, vamos pelo começo:
tipo de vegetação crescendo no morro.
Engenharia geotécnica é o ramo da engenharia civil especializado em avaliação da estabilidade e resistência dos solos e rochas, bem como das condições das águas nesses materiais. Os escorregamentos ou deslizamentos de terra são conhecidos dos engenheiros geotécnicos como problemas de estabilidade de taludes.
Acrescente-se a isso um pequeno elemento de incerteza em relação aos fatores desconhecidos e não quantificáveis que vão além do estado da arte dos engenheiros geotécnicos. O ideal é formar um grupo de profissionais – geotécnicos, geólogos e outros – a fim de se criar um órgão responsável pela segurança e gerenciamento dos taludes na cidade.
Hoje, essa análise é feita por programas de computador. A situação é mais complexa do que uma simples análise. O problema é saber se estamos dispostos a juntar recursos, seja em termos de pessoal especializado ou de verba para a solução do problema. O crescimento contínuo da população e a escassez de terrenos planos utilizáveis continuarão exercendo tremenda pressão no sentido da urbanização dos morros. Mesmo que seja implementada a proibição de habitar os morros, o problema ainda fica já que existem morros cujos taludes não são estáveis, podendo causar danos em construções próximas. Ainda mais, terrenos de inclinação superior a 35 graus não são seguros como os de inclinação menor. Todavia, a estabilidade de um talude depende de muitos outros fatores além do gradiente, ou seja, da inclinação do mesmo. A estabilidade do talude depende também da intensidade e duração das chuvas no local, do tipo de solo, da formação geológica, da eficiência do sistema de drenagem e do
Esse órgão poderá ser composto por especialistas em geotecnia, engenheiros geotécnicos, geólogos de engenharia, especialistas em erosão do solo, hidrologistas, especialistas em drenagem, profissionais do meio ambiente, advogados, fiscais de obras e administradores. O papel desse órgão seria o de regular e auditar a investigação, projeto, construção, monitorização e manutenção dos taludes, sejam eles de cortes ou de aterros, feitos ou não pelo homem, e também os muros de contenção. Além da função reguladora, o órgão deverá prover pesquisa e educação, incluindo a investigação forense dos deslizamentos, o que ajudará a melhorar a compreensão das causas dos deslizamentos. Educação pública também é importante para desenvolver a compreensão do risco e a importância da manutenção do deslizamento entre os proprietários de imóveis ou de terrenos nos morros e adjacências. A primeira tarefa desse órgão seria a de trabalhar com os proprietários
LIVROS INDICADOS
A língua de Eulália
de imóveis e terrenos para desenvolver a avaliação dos riscos de cada talude existente que aparece como ameaça à população. Todo talude considerado inseguro deverá ser reforçado a um nível aceitável de segurança, enquanto que todo defeito ou deficiência surgida na drenagem deverá ser imediatamente corrigido. Com relação a novas construções nos morros, esse órgão deverá analisar rigorosamente o projeto, a construção e a manutenção dos taludes feitos pelo homem, de modo a ficar dentro do mais alto padrão da prática de engenharia.
“‘Trabáio’, ‘grobo’, ‘as pranta’ e ‘pra mim fazer’ são formas erradas do Português? Em uma história muito bem narrada, o conceituado linguista da Universidade de Brasília, Marcos Bagno, explica de modo científico por que essas formas existem e nos dá uma verdadeira lição sobre o preconceito linguístico. Um best-seller que todo falante de português deveria ler para não fazer juízos equivocados a respeito do certo e do errado no idioma. Extremamente interessante e de fácil assimilação, A língua de Eulália ilumina o entendimento.”
Finalmente, além de tudo isso, esse órgão deverá ser vestido com os poderes estatutários de aprovar ou rejeitar novos empreendimentos nos morros, de modo que o conselho municipal ou a Defesa Civil emita um certificado de aprovação. Assim, a incidência de deslizamentos seria muito reduzida, o desenvolvimento urbano nos morros seria ambientalmente amigável e os terrenos nos morros seriam aprovados, mas, dessa vez, com segurança. Paulo Ricardo Rogério Engenheiro geotécnico Crea/SC 073031-7 Kakau Santos
Osvando de Melo Marques Cliente Unimed desde 1º/03/2007
Na natureza selvagem “O livro de Jon Krakauer conta a história de Chirs McCandless, um jovem americano saudável e de família rica que doa todo o dinheiro que tem, abandona o carro e a maioria de seus pertences, adota outro nome e some na estrada, sem nunca mais dar notícias aos seus pais, numa jornada ao Alasca. Nesta aventura ele vive em contato com a natureza selvagem da re-
Filipe Vieira Assistente de Contas Médicas/Unimed
Pré-operatório
Avaliação pré-anestésica é direito do paciente e dever do médico A consulta com o anestesiologista é a hora certa de sanar dúvidas do paciente
Kakau Santos
A
pesar de a anestesia ser, hoje, um procedimento médico de altíssima segurança, a avaliação pré-operatória é a chave principal para diminuir os riscos da cirurgia. Quando a avaliação é realizada com antecedência, permite uma análise melhor, possibilitando investigações adicionais, melhorando a qualidade do preparo e diminuindo os custos hospitalares. Por isso que, para fazer qualquer procedimento cirúrgico, o Conselho Federal de Medicina exige que seja feita uma avaliação préanestésica. “Existe uma resolução emitida pelo Conselho Federal de Medicina que regulamenta a nossa profissão”, conta o anestesiologista Carlos Escobar Vásquez. Com a resolução, o especialista
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teve a medicina perioperatória acrescida à sua responsabilidade, uma vez que o documento recomenda uma avaliação pré-operatória do paciente em consulta anestesiológica alguns dias antes da internação. A maioria dos hospitais tem um departamento de anestesiologia com consultório, onde os pacientes são encaminhados, com antecedência, para avaliação. A avaliação préanestésica é o primeiro contato que o anestesista tem com o paciente. “Nesta avaliação, nós otimizamos o paciente para o procedimento cirúrgico. É feita uma avaliação e, caso seja necessário, solicitamos mais exames conforme o quadro clínico do paciente ou pedimos uma avaliação a um especialista, como cardiologistas
e pneumologistas, entre outros”. Esta avaliação ajuda diminuir a suspensão de cirurgias eletivas (programadas), que são aquelas que não são consideradas de urgência. Antigamente, a avaliação era feita praticamente no dia da cirurgia ou no dia anterior ao procedimento cirúrgico, dificultando os procedimentos necessários para diminuir os riscos. “Por isso, a gente sempre sugere que o cirurgião encaminhe o paciente para avaliação pré-anestésica com 7 a 15 dias de antecedência”. Exceto em cirurgia pediátrica, pois a criança precisa ser avaliada mais próxima do dia da cirurgia pela peculiaridade de febre repentina e outros problemas clínicos súbitos comuns na infância, que podem requerer o adiamento da cirurgia.
Hora de dirimir as dúvidas Esta consulta direcionada permite abordar todas as dúvidas do procedimento anestésico, com maior disponibilidade de tempo. A avaliação também pode ser realizada no hospital, um dia antes da cirurgia, quando o paciente está internado. Contudo, não é incomum a necessidade de ser realizada no mesmo dia, até momentos antes da cirurgia. “Nas cirurgias de emergência, principalmente nos casos em que o paciente está desacordado, não há como fazer uma avaliação pré-operatória”, diz Dr. Carlos. A cirurgia é indicada pelo cirurgião, portanto cabe apenas a ele suspendê-la. Mas, o anestesiologista, com base nas informações colhidas na avaliação pré-anestésica, pode identificar as alterações clínicas ou falta de condições técnicas necessárias que impeçam a realização da anestesia com segurança naquele momento e assim adiá-la até que se estabeleçam as condições adequadas. “Por outro lado, em casos de emer-
gência com risco de morte iminente ou quando o paciente estiver inconsciente, sem a presença de acompanhante responsável que possa informar aspectos relevantes ao ato anestésico-cirúrgico, será necessária a cirurgia ainda que sem avaliação prévia”, explica Dr. Carlos.
Orientação Basicamente, são cinco itens a serem analisados, que são primordiais para o anestesiologista. Primeiramente, é verificado se o paciente possui alergia medicamentosa ou rejeição a algum tipo de medicamento. Também são verificadas as patologias prévias, como diabetes, pressão alta e problemas do coração, entre outros problemas de saúde em geral. “Além de saber se o paciente tem alguma patologia prévia, é necessário saber quais os medicamentos que ele utiliza para saber quais podem e não pode tomar, a fim de não interferir na cirurgia. Mas, quanto menos patologias o paciente apresentar, menor o
risco de acontecer algo mais grave”, diz o anestesiologista. Ele explica que analisar o histórico de saúde do paciente, incluindo o número de cirurgias, é muito importante. “Até porque o paciente que já teve contato com cirurgias é mais fácil de orientar”. O medo é inevitável, mas é fundamental que o anestesiologista amenize o medo da anestesia. “Eu sempre falo aos pacientes que a consulta é um bate-papo informal, na qual eu vou dar uma série de informações e orientações relacionadas com a anestesia. Para a consulta ficar mais dinâmica, eu faço uma série de perguntas e, no final, o paciente pode questionar para esclarecer todas as dúvidas. Eu sigo uma sequência lógica para facilitar a consulta. É muito simples, porque quando uma cirurgia é eletiva, normalmente ele já falou com o cirurgião inúmeras vezes e é preciso apenas lapidar a parte da anestesia”, afirma o anestesiologista Carlos Escobar Vásquez.
Pré-operatório Kakau Santos
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Carlos Escobar Vásquez Anestesiologista CRM: 8950
Avaliação e orientação Outro item avaliado são os vícios, principalmente o tabagismo, para saber se é necessário um raio-x de tórax, por exemplo. Por fim, o jejum pré-operatório dos pacientes é de extrema importância. “Para as cirurgias programadas, o jejum é indispensável. Geralmente, pedimos para o paciente ficar em jejum absoluto por 8 horas para se preparar para a cirurgia”. O jejum é indispensável porque o risco do paciente regurgitar e broncoaspirar enquanto está inconsciente diminui. “A broncoaspiração durante a cirurgia, pode ser muito grave. Na verdade, é uma das coisas mais graves que pode acontecer”, observa Dr. Carlos Escobar Vásquez. Todos os dados registrados na ficha pré-anestésica e exames são entregues ao paciente antes da internação. Na consulta, os pacientes são orientados sobre o procedimento ao qual serão submetidos e que serão reavaliados no centro cirúrgico, sujeitos à suspensão da cirurgia quando houver modificação do quadro clínico. “Existem as questões médico legais. Hoje, os pacientes assinam um termo de conscientização préanestésica que inclui as orientações e as questões de risco, já que em qualquer procedimento cirúrgicoanestésico existem os riscos, desde os pequenos até os mais graves”. O risco é o mesmo para crianças e adultos, aumentando apenas para recém-nascidos e idosos. “Se o cirurgião indicou uma cirurgia, é porque ela é necessária. Os benefícios são infinitivamente superiores aos riscos”, analisa Dr. Carlos. “Também entregamos um boletim informativo, que os pacientes devem ler com muita atenção. Quanto mais as pessoas estiverem informadas, melhor”, explica o especialista.
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